Não é possível discutir preconceito étnico excluindo as questões sociais,
desta forma, o racismo está ligado à classe social, isso é provado por diversos indicadores apresentando maiores índices de pobreza envolvendo a população negra no Brasil. Desta forma, esta atividade prática tem como objetivo fazer você, acadêmico(a), perceber o racismo institucional, velado, escondido no nosso país através da exclusão social.
Nesta atividade o(a) acadêmico(a) deverá:
Assistir e analisar programações televisivas e ao assistir um jornal, telenovela, série, etc., conte quantos âncoras, repórteres, atores, etc., negros existem na programação, após descreva qual o papel que o ator desempenha na programação e, por fim, faça suas considerações sobre o resultado desta atividade prática, conforme informações abaixo:
Nome da programação: Jornal Nacional da Rede Globo do dia 18/02/2023 das 20h30min às 21h.
Modalidade da programação: (Ex.: telejornal, filme, novela, série, etc.)
Telejornal
Quantidade de personagens negros e brancos:
Durante o telejornal foi possível observar o total de 05 repórteres negros e o total de 09 repórteres brancos.
Função desempenhada do personagem negro: (Ex.: se jornal diga se o
negro é âncora, é repórter, etc.. e se for novela, filme ou série responda se é empresário, segurança, doméstica, médica, etc.) Do total de 05 repórteres negros e o total de 09 repórteres brancos, temos 01 âncora negro, 01 âncora branco, 02 repórteres negros em reportagem, 06 repórteres brancos em reportagem, 02 repórteres negros ao vivo e 02 repórteres brancos ao vivo. Agora faça as suas considerações sobre os resultados levantados por você nesta Atividade Prática de Estudo. Baseado nos estudos dessa disciplina, o racismo constitui um mecanismo fundamental de poder utilizado historicamente para separar e dominar classes, raças, povos e etnias. Seu desenvolvimento moderno se deu com a colonização, com o genocídio colonizador. Pois o reconhecimento formal do racismo no Brasil ocorreu tardiamente, sendo que a identidade nacional, só ocorreu no final do século XIX e início do século XX, onde foi erguida com base no mito da democracia racial. E o racismo institucional é visto como o fracasso das instituições e organizações em prover um serviço profissional e adequado às pessoas em virtude de sua cor, cultura, origem racial ou étnica. Ele se manifesta em normas, práticas e comportamentos discriminatórios adotados no cotidiano do trabalho, os quais são resultantes do preconceito racial, uma atitude que combina estereótipos racistas, falta de atenção e ignorância. Em qualquer caso, o racismo institucional sempre coloca pessoas de grupos raciais ou étnicos discriminados em situação de desvantagem no acesso a benefícios gerados pelo Estado e por demais instituições e organizações. E baseado nos dados analisados e os estudos realizados revelam quanto as desigualdades sociais têm cor e estão profundamente enraizadas no racismo institucional que estrutura a sociedade brasileira e se materializa por meio das políticas praticadas pelo Estado, em todos os seus níveis. O que queremos sublinhar ao discuti-los é que, no Brasil, as desigualdades sociais se somam e são elevadas pelas desigualdades raciais. Mais do que isso: as desigualdades raciais estão no cerne do modo de gestão estatal dos territórios de maioria negra e desta população.