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DECRETO N° 92.512, DE 2 DE ABRIL DE 1986. DOU 03/04/1986 Estabelece Normas, Condi¢des de Atendimento e Indenizagdes para a Assisténcia Médico-Hospitalar ao Militar e seus Dependents, e da outras Providéncias. TITULOL Das Disposigées Preliminares (artigos 1 a 6) Art.1° - O militar da Marinha, do Exército e da Aeronautica e seus dependentes tem direito a assisténcia médico-hospitalar, sob a forma ambulatorial ou hospitalar, conforme as condigses estabelecidas neste Decreto e nas regulamentagdes especificas das Forgas Singulares. Art.2° - A assisténcia médico-hospitalar, a ser prestada ao militar e seus dependentes, sera proporcionada através das seguintes organizagées de satide: | - dos Ministérios Militares; Il - Hospital das Forgas Armadas; lll - de Assisténcia Social dos Ministérios Militares, quando existentes; IV - do meio civil, especializadas ou ndo, oficiais ou particulares, mediante convénio ou contrato; \V - do exterior, especializadas ou nao. § 1° - O estabelecimento de prioridade para a utilizag&o das organizagdes de que trata este artigo sera regulamentado em cada Ministério Militar, observado o disposto neste Decreto. § 2° - Os servigos médicos em residéncia serdo prestados somente quando, a critério médico, houver impossibilidade ou inconveniéncia da remogo para uma organizacdo de satide. Art.3° - Para os efeitos deste Decreto, serao adotadas as sequintes conceituacées: | - Alta Hospitalar: € 0 encerramento da assisténcia prestada ao paciente do hospital por decisio médica. Pode ser definitiva ou proviséria, a pedido, administrative, por remogao ou evacuagao, por abandono e por dbito; I - Ambulatério: € a unidade médico-assistencial, integrante de outra organizacao de satde ou isolada com funcionamento aut6nomo, que se destina ao diagnéstico e ao tratamento do paciente externo; Ill - Assisténcia Médico-Hospitalar: é 0 conjunto de atividades relacionadas com a prevengao de doengas, com a conservacdo ou recuperacéio da satide e com a reabilitago dos pacientes, abrangendo os servigos profissionais médicos, odontolégicos e farmacéuticos, o fornecimento e a aplicagao de meios, os cuidados e os demais atos médicos e paramédicos necessarios; IV - Atendimento: 6 a atengao dispensada pela organizagéo de satide ao paciente ou seu responsavel, no sentido da prestago da assisténcia médico-hospitalar, ou encaminhamento, ou notificagdo de ocorréncia médica; \V - Beneficiarios da Assisténcia Médico-Hospitalar: s4o os militares da ativa ou na inatividade, bem como seus respectivos dependentes definidos no Estatuto dos Miltares; VI - Beneficiarios dos Fundos de Satide: so os beneficidrios da assisténcia médico-hospitalar que contribuem para os Fundos de Satide e os dependentes dos militares que, a critério de cada Forca, sejam enquadrados nos regulamentos dos respectivos Fundos; Vil - Centro Geriatrico: € 0 servigo, ou clinica especializada, destinado a prestar assisténcia médico- hospitalar e social As pessoas idosas; Vill - Clinica Especializada: 6 a unidade médico-assistencial, integrante de outra organizagaio de satide ou isolada com funcionamento auténomo, destinada ao atendimento especifico de pacientes de uma especialidade, em regime de internacao ou ambulatorial; IX = Consulta: é a entrevista do profissional de satide com o paciente para fins de exame, diagnéstico e tratamento; X - Contribuintes: s40 0s militares da ativa, na inatividade @ os pensionistas que contribuem para os Fundos de Satide das respectivas Forcas; XI - Dependentes de Militar: so os assim definidos no Estatuto dos Militares; XII - Despesa Corrente: constitui o grupo de despesas que promove a manutencdo e o funcionamento do érgaio; XIll - Despesa de Capital: constitui o grupo de despesas que tem 0 propésito de criar novos bens para o patriménio piblico; XIV - Didria de Acompanhante: é a importancia a ser indenizada para cobrir as despesas inerentes a0 alojamento e as despesas de alimentacéio do acompanhante; XV - Didria de Hospitalizacdo: é a importancia a ser indenizada para cobrir as despesas inerentes a0 alojamento e as despesas de alimentacéo por dia de internagdo, em organizagbes de satide das Forgas Armadas, do militar na inatividade que nao tenha direito a assisténcia médico-hospitalar gratuita e dos dependentes dos militares. A diaria de hospitalizagao se conta do dia imediato ao da internagdo ao dia da alta hospitalar inclusive; XVI - Emergéncia: situagao critica ou perigosa, de surgimento imprevisto e sibito, como manifestagao de enfermidade ou traumatismo, que obriga ao atendimento de urgéncia; XVII - Evacuagao: € a transferéncia do paciente, por razdes de ordem médica, para uma organizagdo de sade, ou desta para outra, localizada em outro municipio, estado ou pais; XVIll - Exames Complementares: so os procedimentos necessarios ao esclarecimento do diagnéstico @ a0 acompanhamento do tratamento, tais como: exames radiolégicos, laboratoriais, histopatolégicos, eletrocardiogréficos, eletroencefalograficos, endoscépicos, funcionais e outros; XIX - Fator de Custos de Atendimento Médico-Hospitalar é o valor estipulado por militar das Forgas Armadas - da ativa ou da inatividade - e por dependente dos militares, fixado pelo Ministro Chefe do Estado-Maior das Forgas Armadas, que servira de base para o célculo de dotacao orgamentaria destinada a assisténcia médico-hospitalar, * Inciso XIX com redagao dada pelo Decreto N° 1.133, de 03/05/1994. XX - Fundo de Satide: é 0 recurso extra-orgamentario oriundo de contribuigées obrigatorias dos militares, da ativa e na inatividade, e dos pensionistas dos militares, destinado a cobrir parte das despesas com a assisténcia médico-hospitalar dos beneficidrios do Fundo, segundo regulamentag&o especifica de cada Forga Singular; XXI - Hospitalizacdo: € a internagao do paciente em organizagao hospitalar ou para-hospitalar, para fins de tratamento; XXII - Internago ou Internamento: é a admisséo de um paciente para ocupar um leito hospitalar, XXIll - Organizagao Hospitalar: 6 a organizagao de satide aparelhada de pessoal e material com a finalidade de receber pacientes para diagnéstico e/ou tratamento, seja em regime de internago ou ambulatorial; XXIV = Organizagdo de Saude: ¢ a denominacdo genérica dada aos érgaos de diregéo ou de execugao dos servigos de sade, inclusive hospitais, divisées e segdes de satide, ambulatorios, enfermarias e formagdes sanitérias de corpo de tropa, de estabelecimento, de navio, de base, de arsenal ou de qualquer outra unidade administrativa, tatica ou operativa das Forgas Armadas; XXV - Organizagéio de Saude Especializada ou Hospital Especializado: o servigo capacitado a assistir, predominantemente, pacientes de uma especialidade; XXVI - Organizagéo Para-Hospitalar: 6 a instalagao ou érgao com fungSes paralelas ou correlatas as desempenhadas pelo hospital, nao chegando a totalizar a finalidade hospitalar, tais como: policlinica, ambulat6rio, dispensérrio, posto de satide e alinica; XXVIl - Pensionista: é 0 beneficidrio do militar das Forgas Armadas, falecido ou extraviado quando na situag&o da ativa ou na inatividade, que, em conformidade com os dispositivos da legislagao especifica e do Estatuto dos Militares, toma-se habilitado 4 penséo militar; XXVIII - Pericia Médico-Legal: € 0 exame técnico-especializado, por meio do qual so prestados esclarecimentos 4 administracéo ou @ justica; XXIX - Remogdo: é a transferéncia do paciente, por razdes de ordem médica, para uma organizagao de satide, ou desta para outra, localizada dentro do perimetro urbano ou suburbano; XXX - Taxa de Sala de Cirurgia: é a importancia a ser indenizada para cobrir as despesas decorrentes do uso da sala de cirurgia, excluidos o material e os medicamentos aplicados a0 paciente; XXXI - Taxa de Remogdo: 6 a importancia a ser indenizada para cobrir as despesas decorrentes da remogao do paciente em viatura apropriada; XXXII - Tratamento: é 0 conjunto de meios terapéuticos utilizados pelos profissionais habilitados para a cura ou alivio do paciente; XXxill - Urgéncia: € 0 atendimento que se deve fazer imediatamente; por imperiosa necessidade, para que se evitem males ou perdas conseqientes de maiores delongas ou protelagSes; XXXIV - Usuarios: s40 os beneficiarios da assisténcia médico-hospitalar. ‘Arl.4® - A organizagéio de satide de um Ministério Militar destina-se a prestar assisténcia médico- hospitalar aos militares da ativa ou na inatividade - a ele vinculados - e respectivos dependentes. Art.5° - Nas localidades onde no houver organizacao de satide de seu Ministerio, o militar e seus dependentes terdo assisténcia médico-hospitalar proporcionada por organizagéo congénere de outra Forga Singular, quando encaminhados por autoridade competente. Paragrafo Unico. Aplica-se 0 disposto neste artigo aos casos em que, mesmo existindo organizagéo de satide de seu Ministerio, existam razdes especiais, relativas & caréncia de recursos médico- hospitalares ou a situacdes de urgéncia, que justifiquem 0 atendimento em organizagao de satide que no a da prépria Forga. Art.6® - O militar e seus dependentes, quando intemados em organizagao de satide das Forgas Armadas, poderao ter acompanhante, desde que as instalagdes 0 permitam e no haja prejulzo ao tratamento do paciente nem ao funcionamento da organizag&o, a critério do respectivo diretor. Paragrafo unico. © acompanhante ficara sujeito as normas da organizagéo e ao pagamento da didria de acompanhante. TITULO IL Das Condigées de Atendimento em Organizagées de Satide Estranhas as Forgas Armadas (artigos 7 a 10) CAPITULO Dos Militares (artigos 7 ¢ 8) SEGAO | Dos Militares da Ativa e na Inatividade no Pais (artigo 7) Art.7° - A assisténcia médico-hospitalar aos militares da ativa ou na inatividade, em organizagées de satide estranhas as Forgas Armadas, no Pais ou no exterior, por motivos médicos que transcendam a possibilidade de atendimento pelos seus sistemas, sera autorizada: 1 pelo seu comandante, diretor ou chefe, ou autoridade militar para tal designada, mediante parecer de oficial médico subordinado ou de facultativo contratado, para organizagdes de satide no Pais; Il - pelo Ministro de Estado da respectiva Forca Singular, mediante parecer de seu Diretor de Saude, para organizag6es de satide no exterior. § 1° - Os internamentos de emerg6ncias em organizagées de satide estranhas as Forgas Armadas, ‘que ocorrerem sem a autorizagdo de que trata o item | deste artigo, poderao ser ratificados pela autoridade ali mencionada, desde que comprovada a urgéncia. § 2° - A continuidade do tratamento dos casos especificados no paragrafo anterior, no que tange & permanéneia na organizago estranha ou a remogao ou evacuagao para as organizagdes das Forgas Armadas, ficar condicionada & situago médica dos pacientes, em conformidade com as normas especificas de cada Forca ‘Art.8° - Ao militar da ativa que se encontre no exterior em misséo permanente, transitéria ou eventual, sera prestada assisténcia médico-hospitalar em organizag6es de satide dos respectivos paises, com 0s mesmos direitos relativos a assisténcia médico-hospitalar prestada em Territério Nacional, desde que, verificada a impossibilidade ou inconveniéncia de evacuagao para o Brasil, seja encaminhado pelo seu comandante, diretor ou chefe, ou pela maior autoridade da respectiva Forga com jurisdigao na area, ou pela autoridade militar para tal designada. Paragrafo Unico. Aplica-se 0 disposto neste artigo ao militar na inatividade que se encontre no exterior em miss oficial. CAPITULO I Do Dependente (artigos 9 e 10) SEGAO | Do Dependente dos Militares no Pais (artigo 9) Art.9° - Aplicam-se ao dependente dos militares as mesmas disposigSes do ART.7 e seus pardgrafos. SECAO I Do Dependente dos Militares no Exterior (artigo 10) Art. 10 - Aplica-se 0 contido no ART.8, ao dependente dos militares que se encontrem em missAo oficial no exterior com obrigatoriedade de mudanga de sede do Territ6rio Nacional ou autorizados a se fazerem acompanhar de dependentes. TITULO II Dos Recursos Financeiros e dos Convénios e Contratos (artigos 11 a 23) CAPITULO | - Dos Recursos Financeiros para a Assisténcia Médico-Hospitalar ao Militar e seus Dependentes (artigos 11 a 19) Art.11 - Os Ministérios Militares contarao, para a assisténcia médico-hospitalar aos militares e seus dependentes, com recursos financeiros oriundos de: | - Dotagdes Orgamentarias, consignadas no Orgamento da Unido através de propostas anuais dos Ministérios Militares, constituidas de: a) recursos financeiros previstos com base no produto do Fator de Custos de Atendimento Médico- Hospitalar pelo numero de militares, da ativa e na inatividade, e de seus dependentes; b) recursos financeiros especificos para o custeio de convénios e contratos; ©) outros recursos que visem a assisténcia médico-hospitalar. Il - Receitas Extra-Orgamentarias provenientes de: a) contribuig6es mensais para os Fundos de Saud b) indenizagdes de atos médicos, paramédicos e servicos afins; ©) receitas provenientes da prestagdo de servigos médico-hospitalares através de convénios e/ou contratos; d) receitas provenientes de outras fontes. Paragrafo tnico. Os recursos financeiros, consignados anualmente no orgamento da Unido para cada Ministério Militar, destinados a atender as despesas correntes e de capital das organizagoes de saiide, independem das dotagdes orgamentarias especificadas neste artigo e nao constituem objeto deste Decreto. Art.12 - O montante dos recursos financeiros orundos do produto do Fator de Custos de Atendimento Médico-Hospitalar pelo nimero de militares e de seus dependentes, de que trata a letra "a", do item |, do ART.11, sera calculado: | - para os militares, em fungao do produto dos efetivos militares da ativa e na inatividade, computados em 31 de dezembro do ano anterior, pelo valor do Fator de Custos de Atendimento Médico-Hospitalar fixado para o militar; Il - para o dependente dos militares, em fung&o do produto do ntimero de dependentes dos militares (da ativa, na inatividade e falecidos), computados em 31 de dezembro do ano anterior, pelo valor do Fator de Custos de Atendimento Médico-Hospitalar fixado para o dependente. Paragrafo tnico. Os valores correspondentes ao Fator de Custos de Atendimento Médico-Hospitalar do Militar, bem como do dependente dos militares, serdo fixados, anualmente, pelo Ministro de Estado Chefe do Estado-Maior das Forgas Armadas, ouvidos os Ministros Militares. Pardgrafo com redagao dada pelo Decreto n° 1.133, de 03/05/1994. Art.18 - Os recursos financeiros para a constituigéo e manutengéo dos Fundos de Satide de cada Forga Armada, de que trata a letra "a", do item Il, do ART.11, advirdo de contribuigdes mensais obrigatérias dos militares, da ativa e na inatividade, e dos pensionistas dos militares, e destinam-se a complementar o custeio da assisténcia médico-hospitalar. Art.14 - As contribuigdes mensais, para constituigéo dos Fundos de Saude de cada Fora Armada, sero estabelecidas pelos respectivos Comandantes da Forgas.” (NR) * Artigo com redagao dada pelo Decreto n° Decreto n? 3.557, de 14 de agosto de 2000. (DOU de 15/08/2000, em vigor desde a publicacao). Art.15 - O Fundo de Satide de cada Forga Armada seré regulamentado pelo respectivo Ministro. Art.16 - Os recursos financeiros oriundos das Indenizagdes de que trata a letra "b", do item II, do ART.11, terdo, como suporte, uma Tabela de Indenizagdes expressa em termos da Unidade de Servigo Médico - USM, aprovada e atualizada através de portaria do Estado-Maior das Forgas Armadas, ouvidos os Ministérios Militares através da Comissao Permanente dos Servicos de Saude da Marinha, Exército e Aeronautica - CPSSMEA. § 1° - O valor da Unidade de Servigo Médico (USM) corresponde a 0,00015 (quinze centésimos milésimos) do soldo do posto de Capitao-de-Mar-e-Guerra. * § 1° com redagao dada pelo Decreto numero 722, de 18/01/1993. § 2° - O custo do servigo prestado é igual ao produto do valor da USM pelo numero de USM atribuido ao procedimento executado. Art17 - As indenizagdes de atos médicos, paramédicos ou de outra natureza, nao constantes da Tabela de Indenizagdes, aprovada pelo Estado-Maior das Forgas Armadas, serdo calculadas pelo Justo valor do material consumido ou forecido ou aplicado no servico prestado. Art.18 - Os recursos financeitos de que trata o ART.11 deste Decreto, destinados exclusivamente a assisténcia médico-hospitalar, serao geridos pelo respectivo Ministério, de acordo com regulamentagao propria. Paragrafo Unico. As receitas provenientes das indenizagdes e dos convénios e/ou contratos reverterao em favor da organizacdo de satide que prestar os servigos médico-hospitalares. Art.19 - Os recursos financeiros, com que contara o Hospital das Forgas Armadas para a prestacdo da assisténcia médico-hospitalar aos seus usuarios, sao os constantes de sua legislagao especifica. CAPITULO II Dos Convénios e Contratos (artigos 20 a 23) Art.20 - Os Ministérios Militares, através de seus radios competentes, poderdo celebrar convénios ou contratos com entidades publicas, com pessoas juridicas de direito privado ou com particulares, respectivamente, para: | - prestar assisténcia médico-hospitalar aos seus beneficidrios nas localidades onde no existam organizagoes de salide das Forgas Armadas; |= complementar os servigos especializados de suas organizagées militares de satide; lil - outros fins, a critério dos respectivos Ministérios. Paragrafo nico. As organizag6es de satide das Forgas Armadas, através de convénios ou contratos firmados nas mesmas condig6es deste artigo, poderdo prestar assisténcia médico-hospitalar ao piiblico estranho aos Ministérios Militares quando inexistir organizagdo civil congénere na localidade. ‘Art.21 - Para efeito do estabelecido no ART.5 e com relag&o ao Hospital das Forgas Armadas, os Ministérios Militares ou as organizagées deles dependentes poderdo celebrar convénios, se julgados necessérios, ou estabelecer normas de atendimento que visem a facilitar os procedimentos administrativos pertinentes. Art.22 - Os convénios e contratos estabelecerao, em suas clausulas, a vinculagao das partes, o objeto, o modo e as condigdes de execugdo do ajuste, além de condigdes gerais nzio enquadradas nos elementos anteriores. § 1° - Deverd ser prevista a forma de identificagao do beneficiario, de modo a ensejar a efetiva prestagdo da assisténcia sem qualquer bice burocratic § 2° - Em qualquer caso, o estabelecimento de convénios ou contratos est condicionado aos ditames do interesse das Forgas Armadas e as conveniéncias da Seguranga Nacional. Art.23 - Os convénios a nivel ministerial serdo firmados pelos respectivos Ministros, e os demais, pelas autoridades competentes, TITULO IV Das Indenizagées e Isencées (artigos 24 a 31) CAPITULO! Das Normas Gerais (artigos 24 a 26) Art.24 - Sdo passiveis de indenizagdes todos os atos médicos e paramédicos ou de outra natureza, que demandem dispéndios nao relacionados com as despesas correntes e/ou de capital das organizages de sauide das Forgas Armadas. Paragrafo nico. Em principio, os atos indenizéveis so os relacionados na Tabela de Indenizacées, aprovada pelo Estado-Maior das Forgas Armadas, observado o disposto no ART. 17. Art.25 - Nao constituem objeto de indenizago, seja para os militares da ativa ou na inatividade, seja para seus dependentes, os seguintes itens: | - pericias médico-legais, medidas profiléticas e evacuagdes médicas, quando tais procedimentos forem determinados por autoridade competente; | - consultas, assisténcia médica e de enfermagem, curativos nao relacionados na Tabela de Indenizagées, aos pacientes de ambulatério ou em regime de internagdo, quando prestados com os recursos proprios das Organizagées Militares de Saude; lll - (Revogado pelo Decreto N° 692, de 03/12/1992). IV - taxa de remogo, quando envolvidos recursos proprios das organizagdes militares; \V - inspegdes de saiide, quando de interesse do servigo. Art.26 - Os militares da ativa e na inatividade terdo direito & assisténcia médico-hospitalar custeada integralmente pelo Estado, quando dela necessitarem, em qualquer época, pelos seguintes motivos: | - ferimento em campanha ou na manutengéo da ordem publica, ou doenga contraida nessas condigGes ou que nelas tenha sua causa eficiente; Il acidente em servigo; Ill - doenga adquirida em tempo de paz com relagao de causa e efeito com o servigo. CAPITULO II Das Indenizagées e Isengdes do Militar da Ativa (artigos 27 e 28) SEGAO! Das Indenizagées do Militar da Ativa (artigo 27) Art.27 - O militar da ativa, quando hospitalizado ou em tratamento ambulatorial em organizagées de salide das Forgas Armadas, ressalvadas as isengdes previstas no ART.28, estara sujeito as seguintes indenizagdes: I - atos médicos, paramédicos e outros relacionados na Tabela de Indenizagées, aprovada pelo Estado-Maior das Forgas Armadas, observado o disposto no ART.17; Il - medicamentos produzidos por laboratorios estranhos a Forga serdo indenizados de acordo com tabela propria, elaborada por ato dos respectivos Ministérios, cujos percentuais sero proporcionais ao custo do medicamento, tempo de uso e a situagao do usuario. * Inciso Il com redagao dada pelo Decreto N° 886, de 04/08/1993. Il = medicamentos produzidos por laboratérios estranhos a Forca Armadas, de forma integral, ‘quando em tratamento ambulatorial e, a critério de cada Forga, quando hospitalizado; Ill - aparethos ortopédicos, éculos e artigos correlatos, conforme regulamentacéo das Forcas Singulares; IV - servigos solicitados a organizagSes ou especialistas estranhos as Forgas Armadas; \V - diéria de acompanhante, de forma integral. Paragrafo Unico. O disposto neste artigo aplica-se assisténcia médico-hospitalar prestada por organizagdes de sauide sob convénio ou contrato, no que for compativel, conforme regulamentagao das Forgas Singulares. SEGAO II Das Isengdes do Militar da Ativa (artigo 28) Art.28 - O militar da ativa, quando hospitalizado ou em tratamento ambulatorial em organizagoes de satide das Forgas Armadas, estara isento das seguintes indenizag6 | - de qualquer natureza e em qualquer tempo, quando hospitalizado ou em tratamento ambulatorial, se amparado pelo Art.26; Il - da didria de hospitalizagao; lll - de medicamentos de qualquer origem, de prescrigao especifica, quando hospitalizado - a critério de cada Forga; IV - de medicamentos de qualquer origem, prescritos ao Marinheiro, ao Soldado, ao Cabo, as Pragas Especiais - exceto o Guarda-Marinha e 0 Aspirante-a-Oficial - e aos alunos gratuitos érfaos do Colégio Militar e da Fundagao Osério, quando hospitalizado ou em tratamento ambulatorial - se prescritos por facultativos das Organizacées Miiltares de Satide e distribuidos pelas Diretorias de Satide das respectivas Forgas; V - de exames complementares de qualquer origem e de aplicagdes fisioterdpicas, quando hospitalizado - a critério de cada Forga: VI da taxa de sala de cirurgia; Vil - da taxa de remogao. Paragrafo nico. Aplica-se a este artigo 0 disposto no paragrafo Unico do Art27. CAPITULO IIL Das Indenizagées e Isengées do Militar na Inatividade (artigos 29 e 30) SEGAO! Das Indenizagées do Militar na Inatividade (artigo 29) Art.29 - © militar na inatividade, quando hospitalizado ou em tratamento ambulatorial em organizagées de satide das Forgas Armadas, ressalvadas as isengdes previstas no Art.30, estard sujeito as seguintes indenizagdes: | didria de hospitalizacdo; Il - atos médicos, paramédicos e outros relacionados na Tabela de IndenizagSes, aprovada pelo Estado-Maior das Forgas Armadas, observado 0 disposto no Art.17; Ill - medicamentos produzidos por laboratérios estranhos as Forgas Armadas, de forma integral, quando em tratamento ambulatorial e, a critério de cada Forga, quando hospitalizado; IV - aparelhos ortopédicos, dculos e artigos correlatos, conforme regulamentagéo das Forgas Singulares; \V - servigos solicitados a organizagées ou especialistas estranhos as Forgas Armadas; V1- didria de acompanhante, de forma integral Paragrafo nico. Aplica-se a este artigo 0 disposto no pardgrafo Unico do Art.27. SEGAO I Das Isengées do Militar na Inatividade (artigo 30) Art.30 - O militar na inatividade, quando hospitalizado ou em tratamento ambulatorial em organizag6es de satide das Forcas Armadas estard isento das seguintes indenizagées: | - de qualquer natureza e em qualquer tempo, quando hospitalizado ou em tratamento ambulatorial, se amparado pelo Art.26; | - de medicaments de qualquer origem, de prescri¢ao especifica, quando hospitalizado - a critério de cada Forga; Ill = de exames complementares de qualquer origem e de aplicagées fisioterapicas, quando hospitalizado - a critério de cada Forga; IV - da taxa de sala de cirurgia; \V - da taxa de remogao. Pardgrafo tnico. Aplica-se a este artigo 0 disposto no paragrafo Unico do Art.27. CAPITULO IV Das Indenizagées do Dependente dos Militares (artigo 31) Art31 - © dependente dos militares, quando hospitalizado ou em tratamento ambulatorial em organizagées de satide das Forgas Armadas, estaré sujeito as seguintes indenizacdes: | - didria de hospitalizagao; Il = atos médicos, paramédicos e outros relacionados na Tabela de Indenizagées, aprovada pelo Estado-Maior das Forgas Armadas, observado 0 disposto no Art.17; lll - medicamentos produzidos por laboratérios estranhos as Forgas Armadas, de forma integral, quando em tratamento ambulatorial e, a critério de cada Forga, quando hospitalizado; IV - aparelhos ortopédicos, éculos e artigos correlates, conforme regulamentagao das Forgas Singulares; \V - servigos solicitados a organizagées ou especialistas estranhos as Forgas Armadas; VI- didrias de acompanhante, de forma integral. Paragrafo Unico. Aplica-se a este artigo 0 disposto no paragrafo Unico do rt.27. TITULOV Do Pagamento das Indenizagées da Assisténcia Médico-Hospitalar (artigos 32 a 40) CAPITULO | Do Pagamento das Indenizacées pelos Usuarios (artigos 32 a 36) Art32 - Os beneficiarios dos Fundos de Satide de cada Forga estarao sujeitos ao pagamento de 20% (vinte por cento) das indenizagées devidas pela assisténcia médico-hospitalar que Ihes for prestada em organizag6es de satide das Forgas Armadas, ou através de convénios ou contratos, sendo 0 restante coberto com os recursos financeiros relacionados no Titulo Ill, conforme regulamentagao de cada Forga. § 1° - Os beneficiarios da Assisténcia Médico-Hospitalar, no enquadrados como beneficiarios dos Fundos de Saiide das respectivas Forgas, estardo sujeitos ao pagamento integral das indenizagdes devidas pela assisténcia médico-hospitalar que Ihes for prestada em organizagées de saide das Forgas Amadas ou através de convénios ou contratos. § 2° - Salvo 0 disposto no item IV do ART.28, os medicamentos produzidos por laboratérios estranhos as Forgas Ammadas, de prescrigéo ambulatorial, e as didrias de acompanhante seréo pagos integralmente pelos responsaveis. Ar.33 - As indenizacdes previstas no presente Decreto, exceto a referente a diaria de acompanhante, poderéo ser pagas a vista ou em parcelas mensais, @ escolha do responsavel, sendo consideradas dividas para com a Fazenda Nacional e sujeitas a desconto obrigatorio, conforme estabelece a legislagao especifica. * Art.33, "caput" com redagdo dada pelo Decreto 98.972, de 21/02/1990. § 1° - As despesas inferiores a 20% (vinte por cento) do soldo do militar, assistido ou responsavel, serdo pagas a vista, pessoalmente ou por terceiro em seu nome, a organizagao de satide atendente. *§ 1° com redagao dada pelo Decreto 98.972, de 21/02/1990. § 2° - No caso de pensionistas e demais dependentes do militar falecido, sero pagas a vista as despesas inferiores a 20% (vinte por cento) do soldo ou cota-parte do soldo, que serviu de base para 0 calculo, * § 2° com redagao dada pelo Decreto 98.972, de 21/02/1990. § 3° - Os Ministros Militares, no ambito das respectivas Forgas, observadas as peculiaridades e conveniéncias dos sistemas de assisténcia médico-hospitalar, fixardo os critérios e modalidades de pagamento da indenizagdo de diéria de acompanhante. * § 3° acrescido pelo Decreto 98.972, de 21/02/1990. Ar.34 - As parcelas mensais a que se refere o arligo anterior ndo poderso exceder a uma percentagem das bases para desconto prevista na Lei de Remuneragdo dos res, a ser fixada por ato administrativo ministerial. Art.35 - Os débitos dos usuérios para com as organizag6es de satide das Forgas Armadas, quando no forem pagos a vista, serao encaminhados Organizacaio Militar a que pertencer o responsavel, ou ao seu respectivo érgao pagador, revestidos das formalidades legais a fim de serem averbadas para o desconto obrigatério. § 1° - O 6rgdo pagador a que estiver vinculado 0 usuério nao s6 é responsdvel pelos descontos ‘como também pela remessa da importancia a organizagéo de sade atendente, ou como determinado, até o dia 5 (cinco) do més seguinte ao do desconto. § 2° - Havendo mais de um desconto averbado para um mesmo responsavel, sero liquidados, subseqUentemente, na ordem cronolégica. Art.36 - A divida do militar, da ativa ou na inatividade, e do pensionista, decorrente de assisténcia médico-hospitalar que Ihes for prestada ou aos seus dependentes, especificados no Estatuto dos Militares, ficara extinta com o falecimento do militar ou do pensionista. Pardgrafo Unico. Os dependentes que contrairem divida apés 0 falecimento do responsavel néo estardo isentos dos pagamentos respectivos. CAPITULO II Do Pagamento das Indenizagées as Organizacées de Saiide no Pais (artigos 37 a 39) SEGAO | Do Pagamento das Indenizagées as Organizacées de Satide das Forcas Armadas (artigos 37 e 38) Art.37 - Os atos indenizdveis decorrentes da assisténcia médico-hospitalar, prestada aos aos militares da ativa ou na inatividade e seus dependentes, sero pagos as organizagées de satide das Forgas Armadas, em conformidade com os dispositivos deste decreto, através de um dos seguintes mecanismos: | - integralmente, pelos Ministérios Militares respectivos, com os recursos orgamentarios proprios de cada organizagao militar prestadora dos servigos, consignados nos respectivos planos de acao anuais, quando se tratar de casos enquadrados nos itens | e V do Ar.25. Os casos amparados pelo Arl.26 serdo custeados integralmente pelos érgaos responsaveis pela aplicagéo dos recursos de assisténcia médico-hospitalar de cada Forga; II - pelos Ministérios Militares respectivos e pelos usuarios beneficiérios dos Fundos de Satide, nos percentuais estabelecidos no Art.32; Ill = integralmente, pelos usuarios, quando néo forem beneficiarios dos Fundos de Satide respectivos. § 1° - Os débitos, para com as organizacdes de satide prestadoras dos servigos e decorrentes de indenizagées devidas aos Ministérios Militares, deverdo ser liquidados dentro de um prazo ndo superior a 30 (trinta) dias da data de entrada das faturas nos érgaos competentes, em conformidade com a regulamentagao de cada Forga Singular. § 2° - O hospital das Forgas Armadas sera indenizado das despesas correspondentes & assisténcia médico-hospitalar prestada aos militares e seus dependentes na forma regulamentada pelo Estado- Maior das Forgas Armadas, ouvidos os Ministérios Militares. Art.38 - A alimentaco do militar da ativa, quando internado em organizagées de sade das Forgas ‘Armadas, serd indenizada pela etapa de alimentagao e respectivo complemento hospitalar, nos valores em vigor, sacados pela organizacdo atendente. Paragrafo Unico. O disposto neste artigo é aplicével ao Hospital das Forgas Armadas. SEGAO II Do Pagamento das Indenizagées as Organizagées de Satide sob Convénios ou Contratos (artigo 39) Art.39 - O pagamento das indenizagées devidas as organizagées de satide sob convénio ou contrato pela assisténcia médico-hospitalar prestada aos militares e seus dependentes, sera feito pelo istério a que pertencer o militar, 4 custa dos recursos relacionados no Titulo Ill, observado 0 disposto neste Decreto e de conformidade com a regulamentagao das Forgas Singulares. CAPITULO Do Pagamento das Indenizagées as Organizagées de Satide no Exterior (artigo 40) Art.40 - O pagamento das indenizagGes devidas as organizages de satde do exterior pela assisténcia médico-hospitalar prestada aos militares e seus dependentes serd efetuado por ordem da autoridade responsavel pelo respectivo encaminhamento. § 1° - Os drgaios pagadores do exterior serdo ressarcidos, integralmente, pela Forga a que pertencer © militar, & custa de recursos alocados pelos respectivos Ministérios Militares. § 2° - Cabe ao Ministério respectivo providenciar quanto ao desconto, nos vencimentos do militar, da parcela indenizdvel pelo usuério nos valores equivalentes aos do Pais, conforme legislagao especifica. TITULO VI Das Disposigées Finais (artigos 41 a 47) Art.41 - A aplicagao deste Decreto ¢ comum as Forgas Armadas - Marinha, Exército e Aeronautica, ART.42 - As indenizagbes de que trata o Titulo IV deste Decreto serao reajustadas, revistas ou canceladas de acordo com 0 efetivo comportamento da receita, por proposta dos respectivos Ministérios Militares, na forma do ART. 16. Art.43 - O militar, ou o dependente dos militares, invalido, interdito ou portador de doenga que necessite de assisténcia médica ou de enfermagem prolongadas, poder ser internado em clinica especializada do meio civil, mediante convénio ou contrato, enquanto o Ministério respective no dispuser de organizagdo destinada a tal fim, ou se as existentes forem insuficientes. Art44 - O Ministério Militar enquanto ndo dispuser de Centro Geriatrico podera adotar solucdio idéntica a preconizada no artigo anterior, a fim de propiciar tratamento ou recolhimento de militar, ou dependente de militar, que ndo tiver condigao de assisténcia familiar compativel com a situagao de previdenciario da pensao militar. Art.45 - As condigdes de internagdo e as indenizagSes a que ficaré sujeito o militar ou seu dependente, nas situagdes de que tratam os artigos 43 e 44 deste Decreto, serao regulamentadas por ato dos respectivos Ministérios. Art.46 - As disposigdes do presente Decreto serdo complementadas por normas a serem baixadas pelos Ministérios Militares. Art.47 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicagao, revogadas as disposigbes em contrario, especialmente, os Decretos numero 73.787, de 11 de margo de 1974, numero 77.176, de 13 de fevereiro de 1976 e nimero 79.440, de 29 de marco de 1977.

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