Mestre Instalado, Grande Inspetor Geral – Grau 33 (REAA/Adonhiramita),
Acadêmico da Academia Maçônica de Artes e Letras da Bahia – Cadeira 15 Membro ativo da A∴ R∴ L∴ S∴ Cavaleiros do Delta, nº 4544 – GOB-PI.
RITO ADONHIRAMITA 13 ou 33 GRAUS? QUAL O CERTO?
Ao se analisar o original do “Recueil Precieux de La Maçonnerie
Adonhiramite” (Compilação Preciosa da Maçonaria Adonhiramita), “Ipsis litteris”, se pode afirmar que ambos estariam em desacordo. No entanto, a análise deve ser feita mais do que “Ipsis litteris”, uma vez que o acrescentado deu vida ao Rito, resgatou tradições antigas, e trouxe aprimoramento da Arte Real em sua essência.
Trabalhar com 13 ou 33 Graus, não deve ser objeto de questão ou desavença,
sendo mais importante o estudo e aprofundamento dos conhecimentos contidos em cada Grau. Quando iniciado Maçons, se é instruído de forma repetitiva, que “levantam-se Templos a Virtude e cavam-se masmorras aos vícios”, daí que não deve ser preocupação do verdadeiro maçom a euforia com títulos e graus, e sim, deve ser sobre o que se sabe - o que se aprendeu -, e como aplicar isso em sua vida.
Há os partícipes da ideia que se deveria voltar ao original “Recueil Precieux de
La Maçonnerie Adonhiramite” com seus 13 Graus. Isso seria viável?...Seria prático? O autor deste, muito amado irmão Marechal Floriano Peixoto (nome simbólico), entende que sim, desde que o trabalho seja executado da forma como criado. Ocorre que esse retorno às origens, implicaria em uma mudança drástica em relação ao trabalho praticado atualmente, sejam em 13 ou 33 Graus, pois não se teria mais música, incensação, acendimento da chama sagrada e velas, pálio, sino, livro da lei, circulação em infinito e outras práticas incorporadas nos trabalhos há tempo, o que desagradaria a muitos.
Agora, mais importante que a Maçonaria Adonhiramita voltar à sua
originalidade ser certo ou errado, é entender que essas discussões ecoam vaidades e egos que deveriam estar nas “masmorras” - que nosso templo deve ser erguido com virtude, com trabalho e estudo e, além disso, com muita sabedoria, independente da quantidade de graus alcançados.
O Maçom é pedreiro de si mesmo e, por mais que a sua obra esteja adiantada, sempre haverá um retoque de trolha a ser aplicado, ainda que minimamente, para que se possa atingir a perfeição.
Cleber Tomás Vianna
Mestre Instalado; Mestre Maçom da Marca; Membro da Academia Maçônica de Artes e Letras da Bahia - Cadeira 15; Grande Inspetor Geral, Grau 33 (REAA/Adonhiramita); Grau 9 e último do Rito Moderno; Membro ativo da A∴ R∴ L∴ S∴ Cavaleiros do Delta, nº 4544, GOB-PI.