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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ – IFPI

CAMPUS TERESINA ZONA SUL


CURSO: BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL
DISCIPLINA: DRENAGEM URBANA
TURMA: 628
PROFESSOR ME. ISRAEL DE OLIVEIRA COSTA

4 - ELEMENTOS DE
MICRODRENAGEM URBANA
MINISTRANTE:
PROF.° ISRAEL DE OLIVEIRA COSTA
ENGENHEIRO AGRIMENSOR - UFPI
ESPECIALISTA EM GEOPROCESSAMENTO - IFPI
MESTRE EM ENGENHARIA CIVIL (RECURSOS HÍDRICOS) - UFC
4 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA

4.1 - GENERALIDADES
4 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA

4.1 - GENERALIDADES
REQUISITOS PARA O CORRETO TRAÇADO DO PROEJTO DE OCUPAÇÃO
URBANA:
✓ TOPOGRAFIA DA ÁREA;
✓ GEOLOGIA DA ÁREA;
✓ TRAÇADO DAS RUAS;
✓ SISTEMA PLUVIAL.
4 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA

4.1 - GENERALIDADES
✓TOPOGRAFIA DA ÁREA:
Deve-se evitar a urbanização de áreas com topografia
excessivamente escarpada.

Declividades médias superiores a 30% devem ser excluídas das


áreas de lotes e ruas.

Tais áreas devem ser mantidas como áreas verdes ou livres.


4 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA

4.1 - GENERALIDADES
✓TOPOGRAFIA DA ÁREA:
4 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA

4.1 - GENERALIDADES
✓GEOLOGIA DA ÁREA:

Conhecimento geológico e geotécnico é imprescindível para


orientar as obras.

Evitará projetar os arruamentos sem tomar as meidas necessárias


para o controle de erosões, recalques, esbarreiramentos e
desmoronamentos.
4 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA
4.1 - GENERALIDADES
✓GEOLOGIA DA ÁREA:
4 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA

4.1 - GENERALIDADES
✓SISTEMA PLUVIAL:
Geralmente é o grande elemento definidor do sistema de
esgotamento pluvial.

Define a largura das ruas, declividades longitudinais e


transversais, as características dos lotes e a liberação ou não de
pontos baixos (fundos de vale).
4 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA
4.1 - GENERALIDADES
✓SISTEMA PLUVIAL:
4 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA
4.1 - GENERALIDADES
✓TRAÇADO DAS RUAS:
É definido como o conjunto de elementos que permite o
esgotamento das águas pluviais. Inclui a calha das ruas, galerias,
escadarias hidráulicas, rampas, dentre outros, até o lançamento
das águas pluviais nos córregos, riachos, lagoas e rios.

Tem como função principal:


▪ Evitar erosões do terreno;
▪ Evitar erosões do pavimento;
▪ Evitar alagamento da calha viária;
▪ Eliminar os pontos baixos de alagamento;
▪ Chegada ordenada e controlada das águas pluviais à
macrodrenagem da região.
4 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA
4.1 - GENERALIDADES

O sistema de escoamento pluvial nas ruas é subdividido em:

✓ Declividade transversal: Tem o objetivo principal de escoar as


águas para a linha de cota mais baixa a partir do abaulamento
transversal da via (1% a 3%), evitando a ocorrência de
alagamento no trecho de tráfego da via.

✓ Declividade longitudinal: Tem o objetivo principal de escoar as


águas pluviais para a jusante das ruas, lançando-as em um
dispositivo de captação.
4 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA
4.1 - GENERALIDADES
Declividade transversal:
4 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA
4.1 - GENERALIDADES
Declividade longitudinal:
4 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA
4.1 - GENERALIDADES

Quando o sistema urbanístico é projetado, deve-se dar liberdade


ao escoamento superficial de tal modo que este não encontrem
obstáculos ao longo do fundo de vales.

Em casos onde não é respeitado o escoamento no fundo dos


vales, a complexidade e os custos da infraestrutura urbana será
considerável na obra e manutenção a posteriori.
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4.1 - GENERALIDADES

Topografia Natural:
Escoamento natural pelo
fundo do vale.

Urbanização 1 (liberação do
fundo de vale):
As águas pluviais escoam
pela calha das ruas
superficialmente.
4 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA
4.1 - GENERALIDADES

Topografia Natural:
Escoamento natural pelo
fundo do vale.

Urbanização 2 (bloqueio do
fundo de vale):
As águas pluviais são
captadas por bocas de lobo
e o escoamento é
subterrâneo (galerias).
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4.1 - GENERALIDADES
À medida que o escoamento superficial aumenta, a calha da rua
perde a capacidade do transporte do caudal gerado, podendo até
chegar ao transbordamento. Esse é o ponto de falha nas redes de
águas pluviais.
4 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA
4.1 - GENERALIDADES
Quando ocorre o ponto de falha, faz-se a captação do excedente
por meio de bocas de lobo, colocadas abaixo do passeio de na
cota da linha de água das sarjetas, fazendo com que o excesso
seja drenado e conduzido pela tubulação subterrânea (galerias).
4 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA
4.1 - GENERALIDADES
LEI COMPLEMENTAR Nº 4.851, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2015.

Cria as zonas de urbanização específica no município de Teresina,


definindo parâmetros urbanísticos especiais para o parcelamento do
solo e dá outras providências.
4 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA
4.1 - GENERALIDADES
4 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA

4.2 – ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA


4 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA

4.2 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA:

o MEIO-FIOS; o BOCAS-DE-LOBO;
o SARJETAS; o POÇOS DE VISITA;
o SARJETÕES; o POÇOS DE COLETA;
o CANALETAS; o CAIXAS COLETORAS;
o VALETAS; o DRENOS;
o SAÍDAS D’ÁGUA; o DISSIPADORES DE ENERGIA.
o DESCIDAS D’ÁGUA;
4 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA

4.2 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA:

o MEIO-FIOS
4 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA
MEIO-FIO

Guia
4 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA
MEIO-FIO
Sua função é definir os limites do passeio e do leito trafegável.

São feitas de concreto simples (Pré-moldado) ou de granito;

Existem em diversos tamanhos variando de região para região, sendo


os mais comuns a guia tipo 75 e tipo 100;

A guia tipo 100 forma uma calha de maior capacidade hidráulica.


4 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA
MEIO-FIO
4 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA

4.2 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA:

o SARJETAS
4 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA
SARJETA
4 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA
SARJETA
São elementos feitos de concreto simples, moldado in loco ou
paralelepípedos argamassados;

São utilizadas para fixar as guias e para formar o piso de escoamento


da água;

Graças ao abaulamento (declividade transversal) da rua, as águas


são captadas e conduzidas pelas sarjetas (declividade longitudinal);

Encaminha longitudinalmente as águas pluviais da rua até as bocas


de lobo ou saídas d’água.
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4 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA:

SARJETA
4 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA
4 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA:

SARJETA + GUIA COM EXTRUSORA


4 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA
SARJETA DE CORTE
É o dispositivo de coleta, longitudinal, que realiza a captação das
águas da plataforma e do talude de corte adjacente;

Encaminha as águas para o ponto de transição entre corte e aterro,


onde deságua em valeta de pé de aterro ou em uma caixa coletora
de bueiro de greide.
4 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA
SARJETA DE CORTE

Revestimento Vegetal

ACOSTAMENTO variável

1
n
4 (H)

1 (V)
Pavimentação 1 Talude de Corte
PARAMENTO JUNTO
n
AO ACOSTAMENTO
Revestimento de concreto ou
grama ou alvenaria ou pedra
arrumada (revestida ou não)

Figura 6.1.1.2
Sarjeta de Corte, triangular 1(V):4(H)
(n: segue o talude de corte)
4 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA
SARJETA DE CORTE
4 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA
SARJETA DE CORTE
4 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA
SARJETA DE CORTE
4 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA
SEÇÃO HIDRÁULICA SARJETA + MEIO-FIO
4 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA
SEÇÃO HIDRÁULICA SARJETA + MEIO-FIO
4 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA
DIMENSIONAMENTO DA SARJETA
A função do dimensionamento é averiguar a capacidade de captação
e condução do fluxo advindo da bacia de contribuição pela calha da
rua.

Quando o dispositivo “falha”, imediatamente deve ser providenciado


outro dispositivo de capacidade de captação e coleta superior à
sarjeta, pois, caso não o faça, fatalmente teremos pontos de
alagamento.
4 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA
DIMENSIONAMENTO DA SARJETA
Existem diversos métodos e planilhas disponíveis. Cabe ao projetista
escolher o método que melhor se adeque ao seu projeto.

Utilizaremos as fórmulas clássicas da hidráulica.


4 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA
DIMENSIONAMENTO DA SARJETA
4 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA
DIMENSIONAMENTO DA SARJETA
4 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA
DIMENSIONAMENTO DA SARJETA
EXEMPLO 1:
Verificar a capacidade de captação de uma seção hidráulica
composta de sarjeta triangular e meio-fio com área molhada de
0,2243 m², perímetro molhado de 3,72 m e inclinação longitudinal de
1,43%. Verifique se a seção suporta uma vazão afluente oriunda da
bacia de contribuição da rua Qp = 0,70 m³/s.
4 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA
DIMENSIONAMENTO DA SARJETA
EXEMPLO 1:

SOLUÇÃO:
Dados:
n = 0,015 (tabela)
Am = 0,2243 m²
Pm = 3,72 m
i = 0,0143 m/m
Qp = 0,70 m³/s (afluente)
4 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA
DIMENSIONAMENTO DA SARJETA
EXEMPLO 1:

SOLUÇÃO:

*Cálculo do raio hidráulico (Rh):


𝐴𝑚
𝑅ℎ =
𝑃𝑚

0,2243 m²
𝑅ℎ =
3,72 m

𝑹𝒉 = 𝟎, 𝟎𝟔𝟎 𝒎
4 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA
DIMENSIONAMENTO DA SARJETA
EXEMPLO 1:

SOLUÇÃO:

*Cálculo da velocidade (V):


2ൗ 1ൗ
𝑅𝐻 3 ∙ 𝑖 2
𝑉=
𝑛
2ൗ 1ൗ
0,060 3∙ 0,0143 2
𝑉=
0,015

𝑽 =1,22 m/s
4 - ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM URBANA
DIMENSIONAMENTO DA SARJETA
EXEMPLO 1:

SOLUÇÃO:

*Cálculo da vazão na seção hidráulica (Q):


𝑄 =𝐴∙𝑉

𝑄 = 0,2243 ∙ 1,22

𝑸 =0,27 m³/s
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DIMENSIONAMENTO DA SARJETA
EXEMPLO 1:

SOLUÇÃO:

*Cálculo da vazão na seção hidráulica (Q):


𝑄 =𝐴∙𝑉

𝑄 = 0,2243 ∙ 1,22

𝑸 =0,27 m³/s

𝑸 = 0,27 m³/s para uma sarjeta!

𝑸 = 0,54 m³/s para duas sarjetas!!


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DIMENSIONAMENTO DA SARJETA
EXEMPLO 1:

SOLUÇÃO:

Como Qp = 0,70 m³/s e Q = 0,54 m³/s a seção transborda nesse


ponto, pois Q < Qp!!!
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FIM DO TÓPICO

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