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Editor cientfico: Guilherme Assis de Almeicia Editor: Fabio Humberg evisdo: Humberto Grenes Capa: Alejandro Uribe pados Internacionais de Cataloga¢ao na Publica ai (Camara Brasileira do Livro, SP, Brasil)" “'”) ‘Mediagdo empresarial : experiéncias brasileiras 7 organizador Adolfo Braga Neto. ~ Sao Paulo Editora CLA Cultural, 2019. Varios autores. Bibliografia. ISBN 978-65-5012-005-4 1. Arbitragem (Direlto) 2. Mediag30 3. Negociacao 4, Solucdo de conflitos |. Braga Neto, Adolfo. 19.28317 cou-347.9 Indices para catélogo sistematico: 1, Mediago. empresari processual 347.9 Conflitos : Direito (Cibele Maria Dias Biblotecdria -CRB-#/9427) Editora CL-A Cultural Ltda. Tet (11) 3766-9015 e-mail: editoracla@editoracla.com.br / www.editoracla.com.br Disponivel também em ebook {NDICE “Apresentagao: Adolfo Braga Neto ¢ Guilherme Assis de Almeida ..7 Prefacio: Kazuo Watanabe Parte 1: Visdo geral Os desafios da mediagio empresarial no Brasil. oo 2 José Nantala Badue Freire e Adolfo Braga Neto ‘Mediacéo empresarial em Portugal - novos rumos, velhos obstaculos#! . 25 Célia Nobrega Reis Mediagéo nos conflitos comerciais ... = 33) Alexandre Palermo SimBes Mediagao organizacional na pratica .. 51 Rosane Fagundes Parte 2: A aplicagao nos diversos campos do ambiente de negécios Mediacio empresarial e engenharia : 70 Beatriz Vidigal Xavier da Silveira Rosa e Ricardo Issa Mediagao em empresas familiares 88 Caio Eduardo de Aguirre e Paula de Magalhaes Chisté Mediagao no franchising: uma ponte entre o conffito e a colaboragao .. 105 Melitha Novoa Prado ‘A mediago em contratos empresariais de longa duragao soe 3 Maria Candida do Amaral Kroetz Mediagio e sociedades de advogad0$ nem Vera Cecilia Monteiro de Barros e Eliana Baraldi Beneficios da mediagao empresarial no contexto empresarial: anilise geral e exemplo pritico de aplicagao no setor de comercializagao de combustiveis James I. Mohr Bell, Maria Cecilia Carvalho Tavares, Rosemeire Aparecida ‘Mogo Vilella e Vivian Aguiar Russo 142 A mediagio ¢ 0 Conselho de Administragio: pelas lentes da prevengao e gesta nga € gestao do con! eee rn Parte 3: it institui As experiéncias nas instituicdes de mediacao e arbitragem Mediagéo empresarial em niimeros: um retrato do funcionamento da media¢ao em Camaras de Mediagao e Arbitragem que atuam no Brasil Daniela Monteiro Gabbay “ 168 A experiéncia do Sistema das Associagdes Comerciais, no desenvolvimento da mediacdo empresarial Eduardo da Silva Vieira 186 ‘Mediacao empresarial: a experiéncia institucional no CAM-CCBC. Carlos Suplicy de Figueiredo Forbes us Mediacao empresarial e as competicdes académicas . Leandro Rigueira Renné Lima “ Parte 4: Métodos, técnicas e usos inovadores Desafios e perspectivas do mediador na gestio adequada de conflitos: uso da técnica da empatia aplicada a contextos, empresariais inovadores sm 223 Ana Viddia Martins Feitosa e Viviane Rufino Pontes ‘Acesso a Justiga e métodos online de resolucao de conflitos (ODR) ..... 240 Andrea Maia e Daniel Becker 'A mediagio e os pactos de non compete: uma parceria necesstia www 251 Nathalia Mazzonetto e Marcelo Perlman O proceso de mediagio empresarial eas vantagens da utilizagao da comediasao «. 275 Soraya Vieira Nunes soe 289 Mediacao empresarial e os advogados . Veronica Beer APRESENTAGAO. Adolfo Braga Neto e Guilherme Assis de Almeida’ £ com alegria que anunciamos a publicacao de Mediagao empresarial: experiéncias brasileiras. A presente obra da sequéncia a apresentago de narrativas de boas praticas de mediago no Brasil, ja abordadas em livros desta editora’, ‘A originalidade do presente livro esté em apresentar, de forma inédita, a meméria dos mais diversos profissionais a propésito de sua pratica na sea- vr da mediagao com foco nos confites oriundos da atividade empresaria [esse sentido, importante constatar que a teoria da mediacao sua pratica ja sao conhecidas nos mais variados contextos da vida social. O contex- to empresarial é digno de nota pela abrangéncia possivel de seu emprego, além da emergéncia de pritias criativas resultantes, de modo habitual, da propria atividade mediativa. 'A mediacio empresarial no Brasil progrediu - desde o final dos anos 1990 — gracas a novos instrumentos legais’ e sem abordar questoes atinentes. 4 relacio capital/trabalho. Todavia na situagéo atual, em fungi da reforma trabalhista de 2018, é possivel viskumbrar a sua utilizagio na relagao empre- gador-empregado. Pritica comum nos Estados Unidos, pais no qual os con- flitos capital/trabalho, na sua grande maioria séo resolvides pela mediagio. [Taal Baga Neto mestando em Diet Civil pela PUCIS, speciaista em Dito Dios ¢ COL tlle Superior do intro Plc de St Paso «em Negocio, Medias « Artirge Fis) rea etopndemefinda. Ato ete ours doo Medi: una eperinia sins (CLA, 2017) ¢ nition de Medigdofamibar: a experidncia da Vara de Famed Tape (CLA 2018) Gudherme Asis de Almedda é profesor dovtor no Departamento de Floss ¢ Teoria Geral do Dieto 08 Galler ty cto da Universidade de St Palo e autor do listo Media eo reconbeimento de peson (c1a,2009). 2, Para mas informagdes, consult: wwweditoracacom.r, 3, Vide BRAGA NETO, Adal, Mediagto: uma experinca brasiia Sto Paulo: CLA, 2017 7 oe [marae oer ae = Sone [ms = Seaspgeseres lee www [ener oun fr | egeamaetacmeseis | *sty oeeeceacacms samen) eatcas an ser ‘Trababista ia pela nfo concorrnca, 0 guejaticay 3 eeteteraemmens [Tn » Sheena Sener iemetee | Siatinne = oa de Sergas | Priva 185 20000.00, SS agamaiepencee |B, me cimamamerce [msm ‘ap “Tiounal enterdeu comorazoveandeiugao cartes” | Ap ARI49300 msermragreassae | Norse morse vara anes | so O processo de meg; empresarial e ag da utilizacao da Y. 'agao antagen: S Comediacag 1. Introdugao, Com 0 advento da Lei ne particulates, percebe- Para o desenvolvimento da mediagéo privada no pis. hem vrdae que a Reig iio 125/10 do CNJ, que implantou a politica piblica dos, eis atocompos Judiciério nacional, ompesitivos no alavancou a discussio sobre a mediagio, até entio utilizada timidamente, por poucos, agi até enti " ‘eM comparacio ao cenario atual. Com a politica piblica, houve a instlago de CEUSCs ns firuns¢ a realizagio dos cursos de capacitago para os profssonas tuarem,vo- luntirios e servidores, atendendo & demands dos confitosjuicslizados, bem como daqueles que poderiam ser resolvios na fase préprocesual E, nesse sentido, os tribunais criaram convénios com insituighes de en sino superior para a realizagio das sessbes de mediago nos seus micleos de pratica juridica. Com isso, promove-se a oportunidade da patca real de mediagao para os alunos do curso de Direito, com a possibilidade de in tegrar outras reas do saber, cumprindo um papel plagigico ma frmagio ein Prk se Advocate eis an 2 en ae Te de pn mea eh i arses cores disc ‘Coordenadora ena do CAE 275 das novas geragees de profissionais qe atuardo a construcao da solycs dos conflitos, a partir de uma perspectiva dialogica e transdisciplinay We . salte-se que a Resolugio n° 5/18 (CNEICES/MEC), que estabelece as ag trizes curriculares nacionais do curso de Direito, “priorizando a Pann plinaridade a articulagio de saberes™", inclu, em carter obrigatén, F teidos e atividades sobre “formas consensuais de solucio de ae no eixo de formagao técnico-juridica. No que se referelegislagdo processual, com a reforma do sistema pro. interpessoal, conflitos externos*, b Intragrupal, inter = intergrupal,intraorgant ¢ interorganizacional™ No ambiente empress, « conver; ne continua dos funcionérios por vezes gera dsaveneas, di — e , discordanct censejam prejuizos para as relacdes préximas do setor ¢ cles que . para gral, Observam-se ainda os confit qu sugem no grupo eureaen ncioné- rios que trabalham no mesmo setor(intragrupal); : ' entre os grupos de se- tores ou areas diferentes (intergrupal) entre as hearquis superiors de deciséo da empresa (interorganizacional). Ou, ainda, na perspectiva exter- na, podem se instalar com outras empresas com as quais se mantém re- Jagdo comercial/negocial (intraorganizacional), podendo-se alcangar uma visio externa mais abrangente para incluir os clientes, no que se refere aos conflitos existentes das relacdes entre as empresas e 0 piblico-alvo da sua atividade empresarial. Quanto a tipologia em relagdo is suas causas aos seus custos™, os con- flitos se instalam no ambito empresarial em razio dos interesses, informa: Gao, relagdes, valores e estruturas, que implicam custosdiretosindietos ¢ de oportunidade. Dessa forma, geram consequéncias danosts & mans tengio ¢ existéncia da atividade empresarial, sendo necessiri0 percebé-los s mesma, que no so abet Oe 203 Diener dos confit interns deren ps dnd ome ene cons nn 205, OneTZ,Crtina Men, Gein eaten A «ha peta da medhagio tn AGUIAR: Cal a ‘ehyante Si Pa Quarter als 20700-2262 277 = como oportunidades de mudanga e melhoria organivacio m métodos adequados para a solug ms ‘ » utiizanay Jo que possa gerar ganhos ° tinuidade das relacées . ™ 3. A mediagao e suas etapas Para solucdo das controvérsias, os envolvidos podem Utilizars todos extrajudiciais que sio adequados para cada conflito, tis en ame arbitragem, senho de resolugio de disputas, avaliagao ne Para atender as necessidades das partes, de cada método. one aie -omo ne- Bociagéo, mediagao, conciliagao, dispute board resolution 5. solution, de- tra, que serio desenvolvidos observando-se as caracteristicag mediagdo, como método consensual de resolugio de controvérsiag Promoverd a construgao dialégica da solusio pelas proprias partes envolv, das. Conduzidas por um mediador ou painel de mediadores, serao levadas 4 compreensio do outro ¢ dos motivos ensejadores do conf 0, elaborando solugdes que satisfagam as suas necessidades e seus interesses, beneficiand a manutengao das relagdes interpessoais, comer: atividade das empresas. is, societirias ea propria A escolha da mediaao podera se dar espontaneamente pelas partes quando do surgimento do conflito ou cumprindo a determinacao de uma clausula contratual que prevé 0 método como forma de solucao das con- trovérsias do conflito advindo daquela relagao contratual. Ressalta-se a importancia de a clausula de mediagio constar de forma completa com as informagdes necessérias para o inicio do procedimento quando do surgimento do conflito, constando, sobretudo se a mediagao for ad hoc, © nome do mediador(es) ¢ substitutos para o caso de impediment, ou institucional, quando as partes estar vinculadas a uma institui¢ao que administraré 0 procedimento, com regulamento préprio, cédigo de ética, tabelas de custas e honorarios. 278 Observa-se comumente a utilizagéo da cliusula escalonada nos contra- definida como “estipulagdes contratuais que preveem fases sucessivas 05, z i” ‘ue contemplam os mecanismos de mediagao e arbitragem para a solug q de contrové tre 0s dois meios jas”, considerada uma “simbiose fortalecedora existente en Dessa forma, as partes utilizarao primeiro a mediagao (Med-Arb) e, caso nio seja construida a solugio através do consenso, as partes iri em seguida para 0 processo arbitral, entregando ao drbitro o poder de decidir através de sentenga arbitral, irrecorrivel. No caso de constar a arbitragem como primeiro método a ser utilizado (Arb-Med), as partes iniciam pela arbitragem, mas poderio suspendé-la para realizagio da mediacao e, caso firmem um acordo, as partes retomam ‘curso da arbitragem para que o arbitro homologue 0 acordo por sentenga. Caso contrario, seguem no curso normal da arbitrage. 0 proceso de mediacio, enquanto atos sistemiticos, sera desenvolvido em algumas etapas, que podem ser flexibilizadas e utilizadas de acordo com ‘© modelo de mediagao ou escotha do mediador, inclusive, “na pratica, as etapas nao so perceptiveis™. Considerando uma mediagio institucional, segundo o regulamento da CAMARB™, apés a solicitagao de instauracao da mediagao e concordancia da requerida, as partes poderdo ser convidadas a participar da pré-media- cio, uma entrevista de acolhimento e escuta ativa realizada pela secretaria da instituigao, com 0 objetivo de identificar se 0 caso comporta mediacdo ¢ receber esclarecimentos sobre o proceso e suas regras. 206. LEVY, Fernanda Rocha Lourengo, Cdusulatecalonadas: a mediagso comercial no contexto da atbitra ‘8m. Sho Paulo: Saraiva, 2013. p. 200 207. Idem, pig. 193, 208. VASCONCELOS, Carlos Eduardo de, Mediagao de confltore préticasrestaurativas. Sed. rev, atl. € 'mpl. Rio de Janeiro: Forense: Sto Plo; Método, 2017, p. 208 208. REGULAMENTO DE MEDIAGAO CAMARB. Disponivel em hip /camarh.com be/wppiwp-content ‘ploads/2019/04/regulamento-camarb pf, Acesso erm; 02 jun 2019. 279 Apés a pré-mediso, as partes indicarioo(8) mediado(es), asinarig contrato de mediagoe, em seguida ser realizada a primeira sesso den diagao com as partes e o(s) mediador(es), secretariados pela CAMARA, Embora o(s) mediador(s)tenha(m) a liberdade para conduzi «me. dliasio realizando as etapas necessirias para 0 caso concreto, invaraye. mente a primeira etapa seri utiizada,Incilmente, 0(3) medador(ey acolheré(Go) os mediandos e oportunizaré(ao) a apresentagao de tod og presentes, confirmando se as partes ou representantes tém poderes parg decidir as questes objeto da controvérsa. Em sepuida,o(8) mediador(g) explicard(Go) como serio desenvolvidas todas as etapas, qual o seu papel, sua imparcialidade e independéncia, confidencialidade, oportunidade de todos expressarem suas percepgGes e apresentarem 0s seus relatos, a poss. bilidade de realizacao da sessao privada com cada uma das partes, ¢ esclare- cera(Go) as dividas que ainda existam em relagio ao processo de mediacio, Na segunda etapa, os mediandos apresentam suas narrativas, embora ja tenham apresentado preliminarmente os seus relatos na pré-mediacdo, No ‘momento das narrativas das partes, ¢ posteriormente de seus advogados, 0(s) mediador(es) estaré(4o) escutando ativamente e perguntando sem jul- gamento, cuidando para que as falas nao sejam interrompidas e todos pos- sam expressar suas necessidades, a sua percepcao sobre os fatos e revelando algum sentimento em rela¢do & outra parte ou ao confito, Caso nao seja possivel a escuta sem interrupgio, quando os animos esto exaltados, poderd ser alterada a segunda etapa para a realizagio da sesso privada com cada mediando e, s6 apés estarem preparados para a fala-escuta sem interromper o outro, ser realizada a sessio conjunta. ‘Apés a escuta das narrativas dos mediandos, quando © mediador ou, no caso de comediagio, um dos mediadores far o resumo dos fatos que foram narrados pelas partes, reformulando e recontextualizando através da utilizagéo de linguagem clara com conotagao positiva. 280 (0 resumo servird para que o(s) mediador(es) con, ram) corretamente 0 que foi dito , C (et «) mediador(es)conjuntamenteo fi eric ane nt " : “OM as partes ¢ ady ett dos pontos que serio explorados, ir arias oe teria espe quando 2 artes asim a speundar os pons seni, iim 4 NeROGBE, Abend 200) med) cn ao de ope 4 solusio QUE Reem ganhos mits atendend ene cessdades de ambos, comparando com as alteratvas, esaltando-se que “ prtagnismo dos mediandosé fundamental queso eles ue cone semprofundamentea situa e tim mai informagées sabre o qu vive, importante € que The atende”?”, Nesta fase, ha uma participacio ativa dos advogados, que contribuem com solugbes criativas ea orientago juridica necessria para tomada de decisi. Wogados, ela Organizando a ordem, Embora seja possivel realizar a sesso privada em qualquer etapa da mediagéo, quando as partes comecam a construir as solugdes a partir da anilise das opg0es e alternativas, comumente torna-se necessério aprofun- dar mais os pontos da agenda com a andlise individual dos cenétios. Para tanto, sera realizada a sessdo privada com cada parte respectivoadvogado, quando também seré possivel testar a viabilidade das propostas Finalizada a fase da negociacéo com 0 acordo total ou parcial sobre 0s pontos da agenda, o(s) mediador(es) passa(m) para o resumo de todas as questdes em relagdo &s quais as partes acordaram, sendo elaborado 0 termo do acordo, correspondendo & quarta fase, com 0 encerramento da mediagao. ‘Normalmente, os advogados das partes ficam responséves pela elabora- co do termo, agendada a data para assinatura do referido terme por todas a our) Sets enti 2, SOLD An Ta. proces de mie. a HOLANDA, lo og ge ‘elo de conftas empresa, put bows en 7p 281 ac parte mediador (es). Ou, caso sea de imteresse das partes, ser ea, rado ao final da ; advogados: Ca89 ni hata acorda,o(8) medidor(es) apresentari(io) yn, resumo pontuando os avangos alcangados pelas partes, sendo “redigidg ° sexmo de encerramento, sem constar nenhuma informacio sobre as trata. 3 que culminou com 9 acordo, coma colaborag gy los vas ou eventuais propostas feitas” Considerando a mediagio no imbito empresarial, percebe-se a impor. sancia da presenca indispensavel dos advogados para a construgio de deci. Ges com a devida orientacio jurdica e analise de riscos para as empresas Ha, alem disso, a sua contribuicio com estratégias de negaciacio que con. tribuem pars a satisfacio dos interesses de seus clientes com a continuidade de relagSes interpessoais que favorecem a manutengio e/0u o fortalecimento de parcerias comerciis. 0 aumento de producio na empresa, a expansio de mercado, entre outros ganhos muitos. 4. A atuacao do mediador e comediador joa previséo da Lei n’ 13.140/15, a mediagio sera conduzida pelo mediador. que realizaatividade técnica e atuard como “terceiro imparcial sem poder decisorio, que, escolhido ou aceito pelas partes, as auxilia e estimula a fcar ou desenvolver solugdes consensuais para a controvérsia’"* Nesse sentido, o CPC/15 trouxe contribuicdo pedagégica, considerando que 0 mediador “auniliard aos interessados a compreender as questdes ¢ os teresses em conflite, de modo que eles possam, pelo restabelecimento da ,Acesso em: 02 jun. 2019, 217. REGULAMENTO MODELO MEDIAGAO. CONIMA. Disponivel em http://wwv.conima.ongbr"eB l_modmed, Acesso em: 02 jun. 2019 218. MARTINS, Pola Pereira, Consderages sobre « mediagdo no contexto emipresrial.Dispnivel em: Ws ‘mga com brePeso/16.MI281701,91041-consideracoestsobreta+mediacaorno+contextov=mpFe 284 rarao da necessidade das partes, levando-se e Em ra 'M conta ainda a s ua nia para a escolha dos mediadores, no € possivel que seja escolhido to : 5 a com formagio em mediagio e outro giador com formas: € outro que seja expert, por um me profandamente a matéria do conflito elo o tipo do neg ta coe 1, mas sem formagao em mediagio. Nessa hipétese, os mediadores emp! maruirdo uma mediacao planejada com a conducio do procedimento “ rrpaindor técnico, cabendo a0 expert realizar as intervenes per rs pars esclaresimento€entenimento ds quests, conti pr sraboracao da agenda, ese sentido, Mexia (2012, pag. 37)*” entende que ‘A distribuigio das tarefas e das diferentes fases do processo pelos co-mediadores pode facilitar a sessio. Por exemplo, um dos me- diadores pode ficar responsavel pela formulagdo de perguntas e obtengao de informagio, enquanto o outro fica responsivel por escrever a informagio dada pelos mediados, e procurar pontos de interesse comuns as partes que possam ajudar 0 processo. Assim, quando um dos mediadores niio esta a realizar nenhuma tarefa specifica ou esta menos activo deve surgir como observador do processo (acompanhando as subtilezas da interacgao das partes © dos desenvolvimentos substanciais da sessio). Ha uma tendéncia para a co-mediacio demorar mais tempo, o que pode ser contor- nado se os mediadores utilizarem os recursos que um trabalho ‘em equipa fornece. © planeamento eficaz leva tempo, mas mals tarde pode ser rentabilizado. 0, PF i Wv wraba- Portanto, para que os comediadores consigam desenvolver um tho produtivo, i é 3, com a rodutivo, seré necessario um alinhamento prévio da equipe, com : istribui 6 sso, reunide: distribuigao de suas fungGes e planejamento e, apés cada se "al Aces em 03 jun 2019, sna fara Pata 219, MEXIA, Ana Margarida Rogue. A co-mediagdoenquato pr de mets 71 <0 MEDIA, Decl? ‘Dapnive_ em htpe/reposoro wen USE OTA rn 0PORTEOALS ‘GhOK20ENQUANTOR20PRATICA20DER20MEDIACAOS20 ‘820QUE®20POTENCIALIDADES pf. Acesso em: 03jun-2 285 da equipe para avaliagio,atoavaliagio e reviséo do planejamento, alm de todos os cuidados com o procedimento em si 0s comediadores devem, atuar em harmoni, respeitando as intervencé * do outro, considerandg ainda que a atuacio colaborativae harménica dos comediadores tem pape pedagdgico em relagio as partes. 5. Conclusdes Em razdo da demora do andamento dos processos judicias e do conges. tionamento do Judicirio, as reformas legislativas impulsionam a sociedade a construira solugio de seus conflitos uilizando os métodos consensuais, [Nesse cenério, a mediacio é 0 método adequado para os conflitos em. presariais, na medida em que ha o beneficio da solugo construida pelas proprias partes envolvidas, gerando rapidez, além do menor custo finan- ceiro e temporal, viabilizando a continuidade das parcerias comerciais, das relagbes societérias e interpessoais. 0 processo de mediagdo desenvolve-se em etapas que favorecem a par- ticipagio ativa das partes e seus advogados, para juntos encontrarem as solugdes, através da faciltacao do didlogo pelo mediador escolhido livre- mente pelos mediandos. Para atuarem como mediadores, os profissionais devem desenvolver ha- bilidades e competéncias comunicativas, adquirindo conhecimento sobre as técnicas e etapas do processo de mediagao. Se as partes tiverem a ne- cessidade de compor um painel de mediadores de dreas diferentes, é reco- mendavel que haja um mediador téenico, com formagio em mediagio, que conduziré 0 processo, Nesse caso, 0 outro mediador poderd ser escolhido como expert contribuiré complementando com o seu conhecimento na ‘rea sobre a qual versa 0 conflito, 286 serencio® pibliogréficas 70, Adolfo. A mediagio de conftos no context empresa In ca NI Grande, XII, n. 83, dez 2010, Disponivel em:

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