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1.1. Nocao de administracao em geral; varios sentidos da AP: 1.1.1. Sentido Subjetivo/Organico/Formal (1.3.) 1.1.2. Sentido Objetivo/Material/Funcional (1.4) 1.1.3. Sentido Juridico Formal/Formal (1.5) 1.2. Caracteristicas tipicas da administracao public: 1.2.1. Existéncia de fins pblicos (primarios e secundérios) 1.2.2. Atividade publica administrativa 1.3. Administracao publica em sentido organico: 1.3.1, Pessoas coletivas piblicas (PCP) estruturadas em + Administracdes estaduais: + Diretas (Estado - Administracéo) ~ Indiretas (nome proprio/sob superintendéncia + turela do Estado) Autoridades requladoras independentes + Autoridac /as independent * Administrac6es autonomas: 1.3.2. Entidades privadas administrativas 1.4, Administracio publica em_sentido material/funcional 1.5. Administragao publica em_sentido juridico - formal 1.6. Em suma: AP = objeto DA LUSOFONA --) A atividade administrativa esta sujeita aos principios gerais jo DA: Sio padres de otimizacéo e, embora nao necessitassem de uma densidade normativa, ha principios consagrados no texto constitucional € nos art? 3. a 19 do CPA, que se aplicam a toda a administracdo, integrados, ou nao, na Administracao Pablica em sentido organico funcional - art.° 2 n.° 3 CPA. No arte 3 do CPA encontra-se a mencao ao principio da leaalidade, acontece que a Administracao Publica, ndo se rege apenas por normas, também se rege por um conjunto de principios (art.° 266 CRP), que se Feconduzem a ideia de Direito. Deste modo, a administracdo nao esta apenas sujeita apenas & legalidade, mas também a juridicidade. “Sempre que a lei lhe confere poderes de valoracao proprios, a Administracio, embora nao esteja vinculada pela lei, deve pautar-se por critérios de natureza Juridica, decorrentes de principios fundamentais que conformam o exercicio desses podere: Os principios gerais da atividade administrativa, so muito importantes quando se pensa no controlo que os tribunais podem fazer da administracao. Isto porque 0 controlo que os tribunais fazem, trata - se de questdes de legalidade, e nao de merito; estes principios, permitem aos tribunais sindicar algumas situacdes de mérito. A discricionariedade da Administracdo Publica pode ser controlada por um tribunal por violacao dos principios gerais da atividad istrativa ou por etto arosseiro da mesma. Ainda assim, os tribunais s6 aplicam este critério quando a violacdo € evidente. Note-se que o tribunal impede a violacao dos principios, mas ndo os impée - verifica ou nao se aquele ato violou 0 Quem tem legitimidade para pedir uma acdo de verificagio sio: a pessoa/sujeito, privado, 0 lesado, e o Ministério Piblico, havendo ainda érie de bens que sao protegidos, como a tutela dos bens publicos 1. Principio da legalidade - art.° 3 CPA e art.° 266 CRP Os érgaos, ¢ os agentes da Administraco Publica, sé podem agir em obediéncia a lei e ao direito, ou seja, ha uma exigancia de precedéncia de lei Para que a administracao possa atuar. Esta base normativa tem duas funcdes - ~ Protegero primado do poder leaislativo sobre o poder e ecuti —Vertente_negati va ~ a Administracdo Publica nao poder praticar =Vertente_positiva mediante a lei; Lei como | atividade administrativa; independentemente da sua - a Administracio Publica sé pode atuar limite, pressuposto e fundamento de toda a aplica-se a toda a administracdo piblica natureza; =Proteger os interesses dos brivados = Os atos administrativos sao tidos Por legais € produzem os seus efeitos, até que um tribunal decida em contrario, Principio da discricionariedade (para o segundo exame) A legalidade assenta no Principio da precedéncia de lei, e preferéncia de lei, no princi da competéncia, no primado do poder legislativo sobre o Poder executivo. Portanto, o campo da legalidade, € a zona do Procedimento administrativo, que é suscetivel de um juizo, de conformar ou desconformar, com o bloco legal. Contudo, também existem questées de mérito, as quais s6 estéo sujeitas a um juizo de oportunidade ou conveniéncia, Assim, é importante ter presente que, as decisées administrativas tem uma parte vinculativa e outra discricionaria. Ha situacdes em que, a propria lei, prevé uma liberdade de decisdo (permitindo escolher entre agir ou nao agir), liberdade de escolha (entre adotar uma ou outra medida) ou valoracdes através da ponderacio dos interesses do caso concreto, de forma a preencher conceitos indeterminados (as chamadas Prerrogativas de avaliacdo). Ou seja, nos aspetos discriciondrios da decisao, ha uma racionalidade propria do éraao da administracao publica. A percentagem de cada um dos elementos (vinculativo e discricionario) 6 varidvel nas varias decisées da administracao. A discricionariedade_em sentido estrito encontra-se na estatuicao da norma (definicdo tradicional da discricionariedade) - regra geral em normas com natureza permissiva ou alternativas. No entanto, na previsao das normas podem existir conceitos indeterminados, pelo que também aqui, podem encontrar - se, elementos de discricionariedade em sentido amplo. Neste sentido, 0 dever de fundamentacao das decisdes da administracéo é essencial para controlar a atividade discricionaria da administracéo. Todos os atos__administrativos tém de estar fundamentados, para que o destinatario possa saber exatamente o que € que foi tido em consideracao, para ter sido tomada aquela decisao (art? 152 CPA). Nos aspetos de legalidade da atividade administrativa, a competéncia dos tribunais é maxima. Nos aspetos da discricionariedade, o tribunal pode apreciar se hd um erro grosseiro, ou manifesto, violacao dos principios gerais da atividade administrativa, ou fazer 0 controlo do procedimento. 2. Principio da prossecucao do interesse piiblico e da protecio dos direitos e interesses dos cidadaos - art.° 4 CPA Direitos_subjetivos —+ consubstancia as situacées juridicas ativas que possibilitam a satisfacdo de um interesse proprio do seu titular. Interesse leaitimo — nao implica a satisfacao de um interesse do proprio do titular, mas apenas a satisfacio de um interesse publico, que a0 sé-0 possibilita a satisfacao indireta do interesse privado. Quer num caso, quer no outro, estamos perante posicdes juridicas ativas do particular face a administracao. 3, Principio da proporcionalidade - art.° 7 CPA e art.? 266 CRP jeita entre os beneficios que No direito administrativo esta comparacao é fe ta atuacao impoe vao resultar da atuacao administrativa e os custos que es aos particulares. Este principio divide-se em trés niveis/testes: ‘Adequacéo - implica que se verifique que © comportamento Administrative em causa (meio) ¢ adequado & prossecucdo do interesse publico visado (fim); de (ou exigibilidade) - implica escolher a solucdo que é a é indispensavel a prossecucao do interesse '§ menos restritivos para alcancar 0 + Necessi menos lesiva e que, por isso, publico por nao haver outros meio: mesmo desiderato; . Proporcionalidade ntido_estrito_(ou ‘as vantagens decorrentes da prossecucao do correlacéo que é feita entre Laces publica e os sacrificlos que so impostes eos privadas (ponderacdo entre o desvalor do meio e o valor do fim). 4 6 tratado de forma auténoma no n° 1 e tem Note-se que o subprincipio da adeauacdo 2 aon do. que os subprincipios da necessidade e da um ambito de aplicagao mais ami proporcionalidade em sentido estrito, aos uals se refere 0 ne o.n2 1 do art? 7 do CPA impée a exigencia da adequacso em * tipos de atuagdo administrativa que envolvam a escolha de vie fins e ndo apenas as decis6es que sacrifiquem certos tipos .sses em beneficio de outros” 10, nas suas aces, a causar o minimo tivel com a “Com efeito, relacao a todos o: meios em fungao de bens, valores ou intere: Este principio obriga a administraca\ ce \Gsdo possivel ao interesse privado que seja compa prossecucao dos interesses publicos. Atencdo - a interpretacdo literal, restringe-se apenas as situagdes onde esteja a ser afetado um interesse legalmente protegido. & necessario considerar as atuagdes da administracao, que sejam contendentes com bens coletivos (satide, cultura...). 4. Principio da igualdade - art.° 6 CPA e art.° 276 n° 2 e 13 CRP Exige que, no exercicio dos seus poderes, a Administracio compare o caso que vai decidir com outros casos, reais ou virtuals, pertencentes ao mesmo universo de relevancia e 0 decida como uma espécie de um género, proibindo-Ihe que © considere como um caso isolado, dnico e irrepetivel”. Significa que, situacées iguais, sdo tratadas de igual forma (maxima generalizadora ou igualitaria), e situacdes diferentes, sd tratadas de forma diferente (maxima individualizadora ou diferenciadora), © principio da igualdade nao se aplica a situac6es llegais - nao ha violacao do principio da igualdade quando se aplica o regime legal proprio a certa situacio juridico-administrativa, apesar de, numa outra situacdo idéntica anterior, ter sido dado outro tratamento, por sua vez, ilegal. Portanto, as decisées da Administracdo vinculam, em certa medida, as suas atuacGes futuras. Ainda assim, esta pode mudar de orientaco desde que haja uma explicagao racional para a solucao escolhida. Tal ideia encontra-se expressa no art. 152 n.° 1, al. d) CPA, que exige que sejam fundamentados os atos administrativos que “decidam de modo diferente da pratica habitualmente seguida na resolugdo de casos semelhantes, ou na interpretacdo e aplicacao dos mesmos principios ou preceitos legais” jo da imparcialidade - art.° 9 CPA e art 266 n.° 2 CRP A administracao, ao decidir, deve ter em consideracao todos e apenas os elementos necessérios para a deciséo. Isto serve para evitar que interesses privados interfiram com a prossecucao de interesses piiblicos (nao tém de ser interesses privados necessariamente, refere - se a qualquer interesse que ndo seja relevante para a tomada de decisao da situacdo em questdo). “No é aceitével ou razoavel a deciséo que resulta de um procedimento inaceitavel ou desrazoavel, sendo, assim, qualificadas como aceitéveis ou razoaveis as decis6es que, por referéncia ao concelto de due process, resultem de procedimentos instruidos de modo transparente e participado, em que sela reunida toda a informaco necesséria e, sobretudo, em que a Administracao forneca justificagao adequada das suas decisées, dando conta de que procedeu a uma criteriosa ponderacao da totalidade dos interesses envolvidos, dando a cada um 0 peso devido. Ou seja, “é reconhecida a importancia da correcéo do procedimento de formacao da vontade da Administracio". Este principio tem projegdes nos art? 69 e ss. do CPA (regime das garantias de imparcialidade) e visa “prevenir a parcialidade das decisées administrativas através do estabelecimento de presuncdes que fundamentam a 6 suspeigao ou 0 proprio impedimento do agente, assim como da previsio dos mecanismos adequados a fazer valer tals presuncdes’. Isto é, por vezes Justifica'se que se apliquem medidas preventivas de garantia deste principio, pois nestas situacdes 0 risco de se ser parcial € muito grande. Existem duas situacdes: > de impedimento, nas quais basta verificar-se uma das ___situacdes e 0 decisor publico esta impedido de decidir > de suspeicdo (art® 73 CPA) No art? 76 CPA prevé a consequéncia é a invalide dos atos praticados quando se verifica uma das situagdes de impedimento ou suspeicao. Como ja foi dito, o agente decisério pode pedir escusa para nao decidi com base no art.° 73 CPA; este ato tem de ser fundamentado. nte_da_suspeicéo pode ser suscitado (pedido) por terceiros, enquanto a escusa é pedida pelo proprio. Desvio de poder - ocorre quando alguém exerce as suas competéncias para fins diferentes daqueles que determinaram a atribuicdo daquela competéncia; percebe-se quando é que se esta perante esta situacao através da fundamentacao do ato. 6. Principio da boa-fé ~ art.° 10 CPA e art.° 266 n.° 2 CRP ‘A existéncia deste principio tem como consequéncia dois limites negativos’ > a Administracdo Publica néo deve atraicoar a confianca que 0s particulares depositam nos seus atos, se esta confianga tiver por base a legalidade (confianga justificada na lel) > a Administracéo Pablica também ndo deve lancar um procedimento para alcancar um objetivo quando esse objetivo nao é 0 legalmente previsto para aquele procedimento. © Direito Administrativo portuauas circunscreve o ambito de aplicagao do principio da boa-fé a protecdo da confianca dos particulares no seu pio esta “intimamente Felacionamento com a Administracdo - este princi relacionado com os valores da seguranca juridica e da protecao da confianga’. 7, Principio da justica e da razoabilidade - art.° 8 CPA 15 os outros principios que esto refletides no de aplicacao deste principio. so principios de aplicacio residual em fe administrativa, dirigidos a proibir juizos inaceitaveis, em dominios n&o cobertos Na verdade, todo: CPA retiram 0 espaco til 10s principios da justia e da razoabilidade, relacao aos outros principios gerais da atividad ¢ decisées manifestamente inadmissiveis ou 7 belasexigéncas mas densiiad % lensificadas que decorrem dos d galactose hes, Sebepsem gor fora de maior densace Ge ned da zannit correspondents poderes de conolo dos tibunas ue dees 8.P \cipio da boa administracao - art.° 5 CPA 0 principio da boa administraca i cdo traduz-se, em boa medida, eficigncia da Administracao. eee Este principio tem uma dimensao funcional, “que exige que, na sua atuacéo, a Administragio se paute por critérios de eficiéncia, economicidade ¢ celeridade"; uma dimensao organizativa, “que impde que a Administragdo seja organizada de modo a aproximar os servicos das populacées e de forma nio burocratizada’. A referéncia a celeridade tem uma dimenso procedimental e constitui um “reconhecimento de um direito dos interessados a tomada de decisGes em prazo razoavel”. Por fim, para concluir esta ideia, “o dominio preferencial de aplicacio do principio da Boa administracdo diz, na verdade, respeito a situacdes de responsabilidade da Administracao por morosidade excessiva na conducao dos procedimentos e na tomada de decises, na medida em que se deve reconhecer que a inobservancia para além do razoavel dos prazos procedimentais constitui violagao de um verdadeiro direito a procedimentos céleres e eficazes e, em particular, a tomada de decisées em prazo razodvel, que para os interessados, decorre da imposicao legal dos imperativos de eficiéncia e celeridade da atuacao administrativa” Numa segunda analise, assume-se que, de acordo com o principio da boa administracdo, nos termos que 0 art.? PA Ihe confere, “a eficiéncia da ‘Administragio possui relevancia juridica e € uma exigéncia que se impoe diretamente a propria Administracao, desse modo consagrando um comando geral de sujeicio da atividade administrativa aos critérios da eficiéncia, Resumo da matéria: (mediante as aulas teoricas, ¢ 0 quadro inicial apresentado nas praticas que esta na pagina 1) > 1. Conceito de administracéo : woe varios sentidos da expresso “administracdo publica’: sentido ‘rganico: sentido material; e sentido formal (uridico-formal) 7A administracio publica e a administracao privada 2 Administracéo publica e funcdes de Estado: police, legislativa e de “istica vs fungdo administrativa (brevissimas notas) v Evolucio historica da Administracdo Publica . Yr Sistemas de administracao (Freitas do Amaral - pig.88/110) Funcao administrativa como funcao publica Funedo administrativa e funcao politica | Funedo administrativa e funcdo_leaislativa " Fungdo administrativa e funcao juris KV ¥_ Reserva de administracao ¥ Elementos de caraterizagdo da fungio administrativa (Pedro Costa Goncalves - pagina 1010/1043) v Modelo constitucional da administracéo piblica (Fernanda Paula) Principios de organizacéo da administracao publica (PCG - 468/505) ¥ 1, As fontes do Direito Administrativo portugues: direito internacional, direito da Unio Europeia e direito administrativo nacional (PCG - 297/432) ¥ 8. Estrutura organica das administragées publicas (pessoas coletivas pilblicas, érga0s administrativos e seus titulares, atribuicées competéncias) ¥_ 8. Desconcentracdo, descentralizacdo e devolucéo de poderes Sentido Yuridico — 4 toama Hpice tradicional da otividade {unidica ce autoaidade da &) ata o (eoncRet 2 UnilateRal) tas Hoje 48m de ~ _@ensidena= Ae iquelmentTe 2/o tonmas. @® PRineipais o Requlaments 10 eontneto Ato adwiniste- Aderiniotnotive. He que eonoidenan, Pare além dina, (170 2 sereshae) saee atuacéee SR ect mentaia ( Prepanars, Lomuni cuca & Regulamest® sxecuge a ates, Reg-) CA) ou de @- eatnato eumpaimento diteto da lei, bem ¢/o OO Operacsie mateniaio (acsee mate 0 RBiaie de Rvencieio 2 arceo Materiaia (a% Sementte) — de axecugst) da @ — a, atunlenere the Om Atuncsed Infoumaid Cadminiot.), Atua ec QperaK destan, 1m nei . Y ” EgAA, tewem UG infouroals Relevéneia {unidica atenuada

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