You are on page 1of 18
FUNGOES ORGANICAS OXIGENADAS Capitulo Tépicos do capitulo Introdugio Alcoois Fendis teres Acidos catboxlicos Derivados dos dcidos carboxlicos 1 2 3 4 5 Aldeidos ecetonas ‘ 7 8 Resumo das funcSes oxigenadas omeuatvel As fungdes orgénicas oxigenadas representam uma familia enorme e muito diversifcada de compostos organicos. Isto acontece porque, depois do carbono e do hidrogénio, o oxigénio 60 elemento quimico de maior presenga nos compostos orgénicos. s grupos funcionais oxigenados esto presentes numa infinidade de compostos de grande importéncia biol6gica, como, por exemplo: no amido dos cereais, nos éleos dos vegetais, na gordura dos animais, nas bebidas alcodlicas etc. lém disso, esto presentes também em esséncias, perfumes, plasticos, fibras téxteis sintéticas, e no dlcool como combustivel para automéveis. Por fim, devemos lembrar que os compostos oxigenados representam o “ponto de partida” de muitas reagées de preparacdo de outros compostos orgénicos. 5) ee a _|| 1 eo | INTRODUGAO Fungdes organicas oxigenadas sao as que contém oxigénio, além de carbono e hidrogénio. ‘Vamos estudar as mais importantes, que sao: élcoois, fendis, éteres, aldeidos, cetonas, cidos carboxlicos e seus derivados, Muitos compostos oxigenados tém importancia biolégica, como, por exemplo: 0 agticar comum (Cuatl:0,,), 0 amido (CeHicOs)q, a glicerina (CyHsO,), 0 colesterol (CyyHae0) ete, iB ALCooISs 2.1. Definigao Alcoots sfo compostos orginicos que contém um ou mais grupos oxidrila (OH) liga- dos diretamente a dtomos de carbono saturados. Exemplos: CH, — CH,OH Hema on on“ OH OH ‘eo ate Dieol atco Aol co ‘Aol somiteo Costuma-se representar um monoélcool por R— OH . Pode-se também considers-lo como deri- vado da agua (H — O — H), pela substituicéo de um hidrogénio por um grupo organico. a ‘A oxidrila ou hidroxila (OH) é 0 grupo funcional dos lcoois, pois é a responsdvel pelas proprie- dades quimicas desses compostos. CO Nem todos os compostos que apresentam o grupo oxidrila (OH), podem ser considerados slcoois. Veja os dois exemplosseguintes on Oo OH on cH, Ide € scoot é um enol [Nie € coo & um fenol, pos Astive), pois © OH ests igado 1. est igado a um ane ‘um carbone insaturad, bensénic. No dia-a-dia, quando os jornais, 0 rédio, a televisao etc. falam em alcool, estdo se referindo ao lcool comum, de férmula CH, — CHOH, conhecido como élcoo! etilico e de nome oficial etanol Além de estar presente nas bebidas “alcodlicas”, 0 etanol tem largo emprego industrial — como solvente, na produgio de locées e perfumes e, ainda, como combustivel para automéveis. A familia dos alcoois, no entanto, € muito mais numerosa e diversificada, Por exemplo, sao élcoois (ou tém 0 grupo funcional dos élcoois) substancias como: a glicerina, usada em sabdes, em cosméticos, nas tintas de impressao gréfica, como aditivo em alimentos etc.; 0s acticares, como a glicose, a sacarose etc.; 0 amido, existente na batata, na mandioca, no trigo etc.; a celulose, presente no papel que usamos diariamente; etc. 70 S| meen * rs ‘ono 3 : i 3 i i 3 3 a i || $ Co || 2.2. Nomenclatura dos alcoois ‘A nomenclatura IUPAC reserva para os lcoois a terminacao OL, tirada da propria palavra 4lcool. A cadeia principal deve ser a mais longa que contém o carbono ligado ao OH; a numera- 80 da cadeia deve se iniciar pela extremidade mais préxima ao OH; ¢, por fim, o nome do dlcool sera 0 do hidrocarboneto correspondente & cadeia principal, trocando-se a letra o final por ol Exemplos: CH, —CH,— oH Etane! re > 2 4 5S 4 8h Correa Saas SaaS cH, cH, oH [Nomendatura IUPAC: 2-meti-propan- [Nomenclatura IUPAC: -mstil-pentan-2-01 Nomenclatura antiga: 2m Nomenclatura antiga: metl2 pentane! oH cH, o Clon & Q Nomencatura IUPAC: ilopentanl Nomenclatra IUPAC: 2-msticicohexanI-o { Nomeneatura antiga: mt I-cosnexanel : (Neste Gltimo exemplo, o ntimero 1 pode ser omitido, dizendo-se: 3-metil-ciclo-hexanol,) i Em moléculas mais complicadas, a nomenclatura IUPAC considera a oxidrila como sendo uma 2 ramificagao, chamada de hidr6xi : > 2 4 4 (Och cH= CH= cH, td oH ct 2-cloro-1-fenih:2-hidréx-butano (Note que as ramiticagées si escritas em ordem aati) Uma nomenclatura comum, muito usada, é: Alcool ________ ico. ‘Nome do grape arganico Capitulo 3 # FUNCGES ORGANICAS OXIGENADAS 71 5) em " _|| 7 > 28 55 See Outra nomenclatura, mais antiga, é a nomenclatura de Kolbe. Esse cientista chamava o metanol de carbinol e considerava os demais alcoois como seus derivados: CH,OH cH, C= 6H arbinat ‘Timetibcarb 2.3. Classificagdes dos alcoois 5 lcoois podem ser classificados segundo varios critérios. Os mais comuns sao: * de acordo com a cadeia carbénica CH,— CH, —CH,OH cH,=CH—CH—CH, (CHOH I OH propan-t-ot buten 3-1 Alcoo! benzilco (Geo saturade) {Gleoolnsaturade) (Goo! sromstce) + de acordo com o nimero de o» a) monoélcoois ou monéis (tém uma oxidria): CH,—CHOH —exanol (0 scoot cman) b) didlcoois ou didis (tém duas oxidrilas) cH,—cH, To Elono-iol (usado na produto de polimeros «como anticongeante da Sou) OH On ©) tridlcoois ou tridis (t8m trés oxidrila): & CH.—CH—CH, IT d “clicerna (asada em perlumaia, em confetara OH OH OH tra produgio de polimerasenivogicerina) e assim por diante: tetréis, pentéis, polidis ete. + de acordo com a posigao da oxidrila a) alcool primario (tem a oxidrila ligada a carbono primétio): CH, —CH,— OH etanol b) Alcool secundério (tem a oxidrilaligada a carbono secundétio) cH, —CH—CH, I propan-201 oH ©) Alcool tercisrio (tem a oxidrila igada a carbono terciério): cH, I CH,—C—OH — 2meti-propanzot | cH, GEV 8) O que sto sleoois? b) Como é dado o nome a um alcool? ©) Come sie dassificades 0s sleoais, segundo © nimere de oxidrias? 4) Quando um dlcoo éclassiieado como primétio ou secundério ou teririo? 72 S| meen * é vont 3 3 i 3 S| ene » é , EXERCICIOS {Registre a5 respostas ‘Ateneo: Viris questées de vestibular continuam usando re- ‘gras mats antigas da IUPAC, nas quais 0 ndmero que indica a posica0 do grupo funcional aparece antes ou depois do nome tdo.compasto, lo acorrers a0 longo de tado este livre, 1 De osnomes, segundo a UPAC, dos sequintes compostos: 2) cH, CH=CH, on chy ah Sen cH— cH cn, I cH, on cH, cH, —cH, i cH, OW cH I ) CH, cH, CH=CH, CH cH, rot I cM, oH cH, ° ‘on 2. Excreve as fSrmuls estruturais dos sequintes compostes: 2) sleooltercobuttico <) 6-meti-heptan-s.0l b) metitetiearbinol _¢) ciclopropanel on I 3 (UFC-GO) 0 composto CH, — CH, — C—CH,, pelosi I H I cH, CHACH, tema IUPAC, & 3) 3-eni-3hexanal ») propil-n-meti-‘enicarbinol 6) A-enil-4-ellbutancl «) propilentetikarbinal ©) 3-eni-3-hexanol 4 (U. Sao udas-SP) O manital,C,H),0,-&um tipo de agdear urilzado na abriagao de condensadores eletoicos se- os, que so usados em ris, videacassetes elevsores ot iso, em fas aparelhos podem aparece alguns inse- 10s, prinipalmente formigas. Se af6rmula esrutural & HH OH oH rit HoH.c—C—c—C—c—ch,oH riod On OHHH {Qualo nome oficial (UPAC) desse agcear? 4) Hexanol 1,23 Atetranidrox-hexano b) Hexanodiol1,6 —_¢) 1,2.3,4,5,6-hexano-hexol ©) 1.2,3shexanoiril 5. (UCS.RS) 05 compostos da fungto Alcool sto de grande importincia para a nossa vida, tanto plo uso dreto como pela utldade na preparagdo de outros compostos or ginicos. 0 1,2-ctanodiol, ou etleno-glicl,€comercali- zado como anticongelante da Squa de radiadores, Capitulo 3 # FuNcies ORGANICAS OXICENADAS OSE TTS || ©1,2,3-propanotriol ou glicerna,éulizado como agen: te umectante na inddsta almenticia, © 2-ropanah, ov cool sopropilcn,€ usado como desinfetante. Os com. postosdafuncdo alcool ctados sao, respectivamente presentados peas (6rmulss 3) CH, = CH, — OH, CH, — CH, — CH, — OH; cH, och, BIE GH, Heer He HCH, HO OH HO OH OH on CH, — CH, — 0, Ch, = CH, — OH H,C— CH, I HO oH ) H.C= CH: CH, — 0 — CHy HyC— CH CH, ti Pid HO oH HO on On ©) CH, — CH, — COOH, CH, — cH, — CoH, Hye— cH ch, I on (Unams-PA) Entre os composts listados a Segui, idk que aquele que apresenta um carbono teriio, uma ‘dupla igagso e pertence 3 fungSo soo! ° l 3) CH= CCH cH cH, I cH, cH, on H by chy C=C cH, — cH, ) CH, CH, cH On ©) Cy C= CH CH CHC, (Mackensie-SP) 0 6leo de rosas tem formula estatural 2 CH, — cH, — OH E incorrete afirmar que: 3) €um sleoal ') porsuisomente um carbone tercro em sua estratura ©) um ciclno, 1) tem f6rmula molecular G0. ©) possul um anel benzénico em sua estrutua (UFF-R)) Um composta orginico X apresenta os quatro Stomos de hidrogénio do metano substituides pelos ra dicais:lopropil, Benz, hidroxi © met, A formula ‘molecular eX € |) CHO, Q CuO €) CyHO B)GAHAO —— d) CathuOy 73 || $ 2.4. A presenga dos alcoois em nossa vida Vamos considerar apenas os dois élcoois mais comuns: 0 metanol e o etanol. a) Metanol ‘© metano|, slcool metilico, ou carbinol, fol, antigamente, chamado também de “dlcool de madeira”, pois pode ser obtido pelo aquecimento da madeira em retortas (fornos fechados, sem entrada de ar), de acordo com 0 esquema seguinte: Taw] —_{ Miura de C0, c0, Nachy Gee Tees {Maras ou 200) te co 10%, metanol (1 39), acetona (0,5 a 196 et. Tere} oman oa Mur lesa com dezeas de composts ergincos eae Serta) (Oe es ice ice een Cando de madera Esse processo & antigo e esté em desuso por ser antieconémico. € oportuno, porém, observar que a fragdo aquosa da destilacdo da madeira tem cardter dcido (pois contém Acido acético), ao contrério da fragdo aquosa da destilacao da hulha (pagina 66), chamada de aguas amoniacais, que é basica (pois contém hidréxido de aménio) Atualmente, o metanol é obtido sinteticamente por dois caminhos: & ‘+ a partir do monéxido de carbono: 4 co + 2H, 02m eH ZnO + C50, Nesse caso, a mistura CO e Hl, € obtida do chamado gas de agua: cH HO + co 4H, Gaede igua co + H.0 co, + H, ‘Caaliadores Esse € um proceso carboquimico, pois parte do carvao coque. * por oxidacao controlada do metano: CH,OH Calaliadores Esse é um proceso petroquimico, pois parte do gés natural (metano). © metanol é muito wsado, industialmente, como solvente e na produso do metanal ou aldeido férmico (formol), de acordo com a equacao: Gio + 40, HoH + Ho © metanol é também usado na obtengio do MTBE (éter mettco-terciobutilce), empregado para aumentar a octanagem da gasolina,principalmente nos Estados Unidos cH, ca ! He + CHOH Seer ceo, cH, cH 74 5) me Cn 3 i OSE TTS || _|| 1 ‘© metanol é 0 mais téxico dos dlcoois. Ingerido, mesmo em pequenas doses, causa cegueira e até marte, como ocor- reu em Salvador, no inicio de 1999, em que 40 pessoas morreram devido ao consumo de aguardente contaminada com metanal. ‘© metanol pode ser usado como com- bustivel, em motores a explosio, como os de certos carros de corrida € de aeromodelos. b) Etanol © etanol ou ico! etilico é 0 lcoal comum, de extenso uso doméstico. Ele pode ser preparado das seguintes maneiras: ** por hidratagao do etileno (fora do Brasil, € 0 principal processo de fabricaco do etanol) Hs, CH=CH, + HO 5 (CH, —=CH,OH Oetileno, por sua vez, é obtido a partir do petrdleo. * por fermentacao de acticares ou cereai No Brasil, 0 alcool é obtido por fermentacao do agiicar de cana. Em outros paises, usam-se como matérias-primas a beterraba, o milho, o arroz etc. (dai o nome "élcool de cereais”), Esquematicamente, 0 processo usado no Brasil & 0 apresentado a seguit. Repare que, a partir de 1 tonelada de cana-de-agiicar, consegue-se produzir cerca de 70 litros de etanol : en z ‘Cana-de-agdcar |_Trturagio Concentragio e E (CV tonelada) | emmaenas” | O28P2 | Gitzagio 3 Melago, 3 bermentgto ((“aaner Mosto, Destilagio £70 Heros) |fermentado 1 Somente na fermentagao do melago € que ocorrem reagdes quimicas, ou melhor, bioquimicas, como as mostradas a seguir: CutOy = HO SCO, F CHO. sacrose Giese Frater (asiear de ena) Erin : CiH.O, > 2GHOH + 2C0/ Cleese ou tunel Ghraarbtnico ‘rutore As enzimas envolvidas nas reagées acima so produzidas pelo microorganismo Saccharomyces cerevisae, encontrado no fermento ou levedura de cervej Capitulo 3 * FUNcGES ORGANICAS OxIGENADAS 75 — WT 5) me " _|| 1 & Apés a fermentacio, alcool é destilado, obtendo-se o alcool comum a 96 graus Gay-Lussac (96 °GL), que corresponde a mistu- ra de 96% de etanol € 4% de agua, em volume. A escala Gay- Lussac, usada para medir as concentracées das misturas alcool- gua, € antiga, mas ainda bastante usada. Na pratica, ela é incor- porada a um densimetro especial, chamado alcoémetro (mostra- do ao lado), no qual o valor de 0 °GL (zero grau Gay-Lussac) corres- ponde a agua pura, e o valor 100 °GL corresponde ao etanol puro. Equipamento de amostragem para convole de quallade na pradugao ae acco Duas expressdes bastante usadas sao: élcool anidro e ékcool desnaturado. Alcool anidro ou absoluto € 0 alcool praticamente isento de gua (quase 100% etano)). € obtido, industrialmente, destilando-se 0 Alcool comum com benzeno, 0 qual arrasta consigo praticamente os 4% de Agua existentes no lcool comum. 0 élcool anidro é usado em rmistura com a gasolina. Aicool desnaturado ou denaturado 0 alcool comum a0 qual sao adicionadas substancias de cheiro e sabor desagradaveis.Is0 € feito para que o dlcool industrial (sobre o qual incidem impostos mais baixos) nao seja desviado para a fabricacao de bebidas (que usa alcool sujeito a impostos mais altos) © Alcool comum 6 usado como: + solvente para tintas, vernizes, perfumes ete, + combustivel para carros a alcool (usam etanol a 95%). ‘+ na obtengao de varios compostos organicos como, por exemplo: Colinas de cestlagso de Serlaozinho (S) — oacetaldeido (CH,— CH,OH + 0, CHy— CHO + H,0); — Acido acético (CH,—CH,OH + ©, ——= CH,—COOH + H,0 € a reagio que ocorre quando 0 vinho azeda e se torna vinagre); — éter comum (2 CH,—CH,OH —— CH,—CH,—O—CH,—CH, + H,0) ete; + em bebidas alcodlicas. 76 S| een * é ‘onto : 3 i _|| 1 & S| ene » i : ©) Bebidas alcodlicas De um modo geral, as bebidas podem ser classificadas em: ‘+ Nao-alcoélicas, que sao os refrigerantes (solugées aquosas que contém aclicar, corantes € esséncias) Nao-fermentadas, que sao 05 licores (misturas de gua e lcool, que contém agdcar, corantes € esséncias) Vinho, obtido pela fermentagao do suco de ua em tonéi Champanhe, obtido pela fermentacéo do suco de uva na prOpria garrafa. Cerveja, obtida pela fermentacdo do malte, Fermentadas IGpulo ete + Alcoélicas ‘Aguardente (cachaca), obtida pela fermen- tacéo do caldo de cana Uisque, obtido pela fermentacao de cereais. Conhaque, obtido pela fermentacao do vinho. Destiladas Como exemplo, damos, a seguir, o esquema genérico de fabricagao da cerveja. DACEVADA A CERVEA TeMaceragio —3-Seeagem —S-Mistura 7 -Fervura 9 Comeragio. 11 Engarafamento Acaadse — Omateveneé — Omatemido Amsuramolo Avmiua”Acandicionamente miocersdae Seendosarqiene, €misturada’s¢lupupfrvee —ercansa por em bare gua, oeore 3 Sg Spin quente, fas Sieimmée. 12 Pasteizagio ‘uments consenagso oposite. 2-Geminagio 4-Moinho 6 Depuragio 8. Fermentagio. 10. Filagem 15 Elquetagem Em7dasacerade O'maleseco Fivosseparam Mostoelevesira Sto etindosos AS gatas "ranomaen €moi, most femeniam por restos de recebem ut ae vede Scleiride, ——umasemana ferment. rites. ‘Acenaia se transforma em male, a0 ual éadicionadoolipulo ot gre cry milho, roa ealevedira, Oagiear do male ‘ransformasie em gi carbdnica esleal rece cissea que em muitos varie evista Novaciine, SSe Paulo Novas 888 ‘A qualidade da bebida (sabor, perfume, bouquet etc.) depende da qualidade da matéria-prima (uvas, cereais, cevada etc.), dos cuidados na fabricacao, do tempo e da forma de armazenagem etc. ‘Como exemplos, podemos citar a importancia “da safra do vinho", “do amadurecimento do champa- he", “do tempo de envelhecimento do ufsque" etc. (sabe-se atualmente que o vinho contém cerca de 10.000 substancias quimicas diferentes). Capitulo 3 + FUNcGES ORGANICAS OxIGENADAS 7 OSE TTS || || $ Co || As bebidas fermentadas e nao-destladas tém teor alcoélico menor do que as destiladas: na cerveja, por exemplo, varia de 4 a 6 “GL; no vinho, de 8 a 12 °GL. Nas bebidas destiladas, o teor alcoélico é mais elevado: na cachaca, varia de 38 a 45 °GL; no ulsque, de 42 a 48 °GL ‘Uma pessoa adults ingere 10g de coo se eber: 7 at 2330 ml de cerveja ride vinko ranco 40 ml de conhaque is de sleoa "ox de Siena (38% de coo © dlcool etlico 6 téxico e age como depressivo do siste- ‘ma nervoso central — 0,1% de alcool no sangue ja afeta a coordenagao motora da pessoa e 0,6% pode causar sua mor- te. Aressaca provocada por bebidas alcoslicas 6 causada, princ- palmente, pelo acetaldeido resultante da oxidacao do alcool no organismo e também por impurezas existentes na bebida, Como o metabolismo dessas substancias é realizado, princi- palmente, pelo figado, o alcoolismo erénico acaba produzin- do a ciose hepatica Interior de uma co-ejaa, BAFOMETROS Para inibira presenca de motoristas embriagados no transito, a policia usa os chamados bafémetros. (© motor’sta suspeito é obrigado a soprar através de um tubo ligado ao bafémetto, que indicard entdo seu grau de embriaguez. 0 tipo mas simples ¢ antigo de bafdmetro contém um cartucho com K,Cr,0, depositado sobre particu las de sfica gel umedecidas com H,SO,, Se o ar nele soprado contiver alcool, ocorrerd a seguinte reacio: 3CH,CH.OH + 2K,Cr,0, + 8H,SO, ——> 3CH,COOH + 2€r(S0,, + 2K,SO, + 11H,0 Alaranjado Acido Verde ‘A maior ou menor alteragao da cor do care lucho —do alaranjado para 0 verde — indi cari o maior ou menor grau de embriaguez do motorista (Os bafémetros mais modermos funcionam com base no principio das pilhas de combus- tivel. Oar 6 soprado através de um disco plas- tice poroso, coberto com pé de platina, que age como catalisador da oxidagio do alcool a Scido; eletrodos, igados a cada lade do disco poraso, conduzem a cortente elétrica gerada pela reacao de oxirreducao até detectores sen- siveis; como essa cottente 6 proporcional & concentracao de alcool no ar expitado, tern- se entio a determinacio do grau de embria- guez do motorista 78 5) om " — WT _|| 1 eo ATIVIDADES PRATICAS 9. (FuvestsP) Pede-se produ metanela partir de uma reserva na- ATENGAO: Este experimento deve ser realizado com 2 ‘sipervsiode um aduto, O stanol (skool etice) pode seinflamarecausar queimadurase incendls, Para evtar acidentes, 0s materials marcados com asteriseo(*) dever ser preparados em solurao ade- {quadamente ditida e MANUSEADOS EXCLUSVA MENTE PELO PROFESSOR, [Nenhum dos reagentes deve entrar em contato com ‘pele, 3 boca e or alhos, nem deve ser aprosimado do nar culos de seguranca, lavas © aventas protetores Hie recomendador e Materiais + ealdo de cana (garapa) +1 copo + fermento bioligico + Vespatula +1 pies Procedimento + Adicione em meia cope de caldo de cana (garapa) uma pnts de esptula de fermento bolagico e tampe o cope ‘cam um pies. » Observe, a0 longo de dois ou tes dias © {que acorre e arote em seu caderne, Perguntas, 1) O que acorreu a0 longo dos alias? 2) Houve 0 aparecimento de algum odor caacteistio? Se ouve,tente expiear como era esse odor? 3) Tente explicar, deforma simpliieada, 0 que acorreu ro pracess, 4) Qual a processo que poderia ser utiizado para sepa- rar a substanca formada, com 0 odor caracterstco, do restante da solucso? PSV) 23) Quais 0: pracessos de obtengSe do metanol? b) Quais os processos de obtengio do etanel? ©) O que éleool andro? EXERCICIOS | Pgivecs seins tural (1, canforme o esquema a0 lado, Em tal quem, X e deve ser, respectivamente: 8) metano € oxigéni. 4) calefrio e soda cust ) carvio e hidragénio. ‘9 sacarove e etanol 6) celulosee gés cabsnico, dd) Pode-se afrmar que toda bebida alcoslica & destada? Por qué? z Materiais + Alcool ettico + solueio 0,2 mol/L de K,C*,0, (29)* + algumas gotas de solucto 0,2 moVL. de #,50, (aq)* + Terlenmeyer* 1 rolha com dois furos* 1 tubo deviro fem "L" +1 tubo de vidro em "U" (com uma das extrem ddades mais longa que 2 outra) + 1 proveta » | pera de berracha Procedimento ‘+ Monte a aparelhagem segundo o esquema a seguir |— Solugio aquosa de Kicool HS, + Observe a coloragio inical da solucio de K,Cr,0, (aq) acidicada com H,50, (aq) € anote em seu caderno. * Borbulhe ar, com auxilo da pera de borrach, através do tubo de vidro, no sleool «observe o que ocore, anc- {ando as observagbes no caderno, Perguntas 1) O que aconteceu? 2) Escreva 2 equagio quimica que representa reasio ocortida no process 3) Esse experimento simula qual pola? parelho ulhzado pels x ae \cal/ Lesbone aca y 10 (UFRGS-AS) No Bras, oo combust & oto pa ementasdo do agicar da cna A matrgrima dese proceso pore ser ssn om einen comparavel wo decane de cm, or Simic, Ds ‘9 ctor ‘S beteraba etna 11 GEnemAEC) © esquema tha © proceso de obtento do aloo! ee Eis parr comceneesr ‘tse | [ost Ems ane tor proauats ro asl ssn {Domes dees eee qua sa (coc tage de cna aia er tone de qutoetescahispanese [SaaS ch nt file poninacament mS, Diy Te 10% ke Br} zoe a ois S170 Capitulo 3 © FUNCGES ORGANICAS OXIGENADAS: 79 S| ene * _|| 1 & 2 B “ 1s 80 5) (Enem-MEC) Do ponte de vista ambiental, uma distin importante que se faz entre os combustves € a de serem prove: nientes ou na de fontesrenoveveis, No caso dos dervadar de petréleae do Sool de cana, exsadstng3o se caractriza 2) pela iferenca nas escalas de tempo de formacio das fontes, periodo geoligico no caso do petite e anual ro da cana 5) pelo maior ou menor tempo para se recclar 0 combustivel utilzade, tempo muita maior no eat0 de Sleoe ©) elo maior ou menor tempo para se reciar o combustvel utiliza, tempo muito maior no caso dos dervados do petrleo, d) pelo tempo de combustio de uma mesma quantidade de combustivel, tempo multe maior para os deivados do petss- leo do que do alcool ©) pelo tempo de producio de combustive, pols o retina do petréleo leva dez vezes mais tempo de que a destlacio do fermento de cana (Fatec) Com relagso a0 etanole a0 metanalsiofetas a afirmagbes 1. Ambes 0s acoois podem ser utiizados como combustivel para automévels I Além da utlizagio em bebidas, o metancl pode ser ullzado como solvente em perfumes, loge, desodorantes medicamentos I, Atwalmente © metanol éproduide do petéleoe do atvio mineral por meio de transformagSes quimicasfltas na insta IV, Ometanol é um combustvlreltivamente “impo”, Sua comburto campleta tem alto rend mento, produrindo CO, H,0. V. Ambos 05 alcoois podem ser produzidos a partir da cana-de-agdear Escolna a alternatva que apresenta somente armagso(Ges) verdadeira(). au by el olen. Lille. © kimen, (UFUMG) 0 Steool anidro pode ser obtido, 20 tatar 0 Slcool eco 96 “CL com cal virgem (CaO). A cal vrgem reage com 2 gua, formando um composto pouco solivel, que é faclmente separado do iquido por fitragso. Sabendo-re que sleao eilee 96 “GL contém 96% de scocl e496 de Sgua (V/V): 2) screva a reacao da equacio envolvida na obtengao de alcool ani, 1) E,admitndo-se que a reacio ocorra completamente, aleule a quantidade de CaO estequiométrica que serd necessria para remover toda a H,O presente em 1 Lde alcool etiico 96 “GL (Dados: densidade da Sgua = 1g: ml“ e massas molares, em gimok H = 1; 0 = 16;Ca= 40.) (Enem-MEC) Os acidentes de trinsito, no Brasil, em sua maior parte 30 causades por erro do motorsta, Fm boa parte deles, 0 motivo €0fato de drigir apés 0 consumo de bebida acoslica. A ingestio de uma lata de cerveja provoca uma concentragae de aproximadamente 0,3 g/l de sIcool no sangue. ‘tabela abaixo mostra os efetos sobre o corpo humana provoeados por bebidas alcadlcas em fungo de nivel de concen tragio de alcool no sangue: Srrouangue i. co ar-05 Tero parent, anda qe com aes cts asa Earn suave, socnbie aceruadae que deo 09-25 ica, perth de arent ico, queda da sensbade «da veavbes avons 1330 Conroe e pera da coordeagio mctore 27-40 Esapor pati vnioredeseqliio ao andar 250 Coma mare posted Uma pessoa que tenha tomada tré atas de cerveja provavelmente apresenta 3) queda de atengto, de sensibildade e das reagdes motoras. 'b) aparente normalidade, mas com alteragoesclnieas, ©) contusdo mentale faka de coordenaci0 motora «) disfungio digestva e desequitbrio a0 andar 1) estupore isco de parads respirator, (UFMT) Nos dltimos anos tem-se constatado que, em nosso pals, grande porcentagem dos acidentes de trinsito & causado por pessoas aleooizaae. Para dminuir ese indice de acidentes,tem-e importado Um dispositive preventivo que detects motoristasalcoolzados, medindo a quantidade de Slcool no sangue mediante teste do ar exalado em sua respiragio. Esse ‘parata recebeu o nome popular de "batémetra". A equatio da reag30 quimica da batometro descartivel & K.cn0,(4q) + 44450, + 3CH.CHOH(G) ——~ Cr{S0)}(aq) + 7HO] + 3CHCHOG + KO, ‘Alaranja Ineolor ver Ineslor Julgue os itens (0) Cada bebida alcadica cantém um diferente teor de etanol. A graduagio alcadlica & expressa em “Gl. Essa excala cz qual a porcentagem (em volume) de etanol na bebida, (1) A érmula quimiea do etanal &H,C — CH, — On, (@) Acombustéo do etanol& ansloga & de um hidrocarboneto, sendo sempre completa, G) 0 composte de férmula H,50, &0 Sido subi. ese ® é ven OSE TTS || S| ene " é + EXERCICIOS COMPLEMENTARES | "aise a¢respostss) 17 (UERR) Leia texto abalo, para responder 3 questi, Fontes renoviveis de energia: solugio para a crise ‘energética do século 21 [A cites vividae pela economia brasileira nas timas dé ‘adas teduzram 9 ritmo de crescimento do pas, mas a ‘demands por energiacontinuou crescendo, “Mesmo com a queda dos presos internacionals do petré- leo e com deccoberta de importante: campos petal ‘08 no pals, © Brasil conserva ainda hoje uma mathz ‘energética baseads em energis renovives. Hoje, a energia hidrduiea«o petrleo ainda respondem, juntos, por mais de dois tergos do consumo energético brasileiro, © gis natural term pequena pariipagio nesse peri, mas a meta do governo brasileira €a de que o g5s natural represente entre 10% e 1296 da matris energétiea nacional em 2010, com amplacio no uso desse com- Dusivel na geracio da eletricdade, em equipamentos industrials, nos setores de comércioe de servigas, em te 'sdéncias € er veicuoe ‘Observe a matizenergética brasileira Mais ener bree 16% Canedeagicar Petco an ts aur 3% : Cano miner Energi cia em (Asp. de Cini aj. Vl 28, 164, Slemire 2000.4) Hidoleicldade Abaixo estio relacionadas, na coluna A, a5 fontes fenergéticas presentes em cada fragdo da matt2 6, na caluna B, 9s principals componentesutiizados em cada Fonte de energia, COLUNAA (1) Peteéleo (2) Eneegia nuclear 6) Gis natural (8) Carvo mineral (5) Cana-deagucar ——_) Urinio C330) () Lenha 1) Octane (CyH) No caderno, copie as colunas Ae, fazend a associagio 3) 2a, 4b, 6, 36, $e, 1 ) 5a, 4b, 3c, 6d, 26, 16 ©) 5a, Ab, 6, 36, 26, TF 1B (Mackenzie-SP) Admita que a gasolina eo Slcool usados ‘como combustve sejam formados unicamente por mo- "cules de formula Cy € 4,08, respectvamente, As- sim, ocorrendo a combustio total de quantidade igual ddemoléculas de cada uma dessa substancas, separada- mente, veria-s, nas mesmas condigSes de pressio ¢ temperatura, que 3) 0 volume de vapor de Sgua produzido nas uss re3- Bes €0 mesmo, ) © volume de gis oxigénio gasto € menor na queima fa gasolina ©) aquantidade de gs carbénico produzido é menor na combustto do soo! COLUNAB. 2) Sacarose (CHO) b) Carbone (©) ©) Celulose (C,H,0.), 1) Metano (CH) 6) 1a, 2b, Se, 6d, fe, 3 ©) 62, 36, 1c, 24, 4e, St Capitulo 3 * FuNcies ORGANICAS OxICENADAS 9 20 dd) armassa total dos produtes tides em cada ura das reagbes & 3 mesma, ©) a quanlidade de gis carbénico produzido na com. bust da gasolina € mencr, (atecSP) Metanolé um excelente combustvelque pode ‘er preparado pela eacio entre monéxida de carbono e hidtogénio, conforme a equagao quimica CO(@) + 2H,() —— cHOH(O Supondo rend mento de 100% para a reacio, quando se adicionam 336.g de monéxido de carbono 3 60 9 de hidrogénio, devemos afar queo reagente em excesso fe massa mxims, em gramas, de metanal fermad #80, respectivamente: (Massas molares gimol:CO = 28, H, = 2 CHOH = 32) 3) €0, 384) CO, 480 |e) H,, 480 b)co, 396), 384 (Enem-MEC) A tabela mostra a evolu da fota de vee losleves, eo grfico,aemssio médls do polvente mondxida de carbona (em air) por vicul da ota, a regiao me- lwopoliaa de io Paulo, no periodo de 1992 3 2000, fro] Frotaadlcool | Frotaagavalina (em mithares) | (em milhares) 1992 1.250) 2500 1995 7300 2750 1994 1350) 3.000 1995) 1.400) 3.350 1996 1350 3700 1997 1.250 3.950 1998 7.200 4100 1999 1100 4400) 2000 1.050) 4800 o- Gusting = Acool \ S 190 195 BB 19551996 197 988 9582000 (ota de Ces: ltr do ano. 020} ‘Comparando-se a emissto média de mondxido de care: no dos veculos a gasolina ea doo), pode-se afar que Ih No transcorre do period 1992-2000, afrota 2 sleoel ‘emily menos monéxido de carbono, I Em meaaas de 1997, 0 veicalo 2 gacolina passou a poluir menos que 0 veiculo a sleoo. W.© veicula'a sleool passou por um aprimoramenta | tecnolégico, E correto © que se afrma apenas em: at om et blew oil 81 _|| 1 21 (UEL-PR) Armistura de slcoole égua & express de diver sas maneiras. No comércio, por exemple, 2 garrafas de ‘cool costumam apresentar essa informagso expressa om sendo 96,0 "CL e/ou 92,8 NPM, “GL — indica porcentagem em volume de alcool sa mistura, “INPM — indica a porcentagem em massa de ileool sa mistra Sabe-se que a solugio abtida pela fermentagso da agi car apresenta um Volume de etanol em torno de 10%, Com destlagdes sucessvas, 6 possvel elevar 0 canteddo aleodlico até cerca ce 9696 em volume. Uma puricac39 ‘maior do slcool exige outros tratamentos como, por iB FENOIS 3.1, Definigao Fenéis sao compostos organicos com uma ou mais oxidrilas (OH) ligadas direta- + OSE TTS || lexemplo, a adigio de CaO, que reage com 3 égua pre ent, retrande-a da mistur,O sleoal absolut ov aie, asim obtido, €etanol praticamente isento de Squa, po- ‘dendo ser uilzade come combuetivel para automéves fem sua forma pura ou misturado com gasolina Com base nas informacses, € careto afar: 8) 500.g de uma solugioalcodlica a 60,0 INPM contém 300 g de slcool eco, Por desiagbessucessivas€ possvlelevar o conte: da de eanol 96g por 100 g 6a mitra. ©) Eposivelobtrscoa abso por desing ples €) Aloo com ineicaga0 92,8 INP pode se prepatado ‘msturandose 46,4 ml.de etanl 3,60 ml de Sgua «© Alcool com indcagto 960 "GL pode se” preparado ‘sturandoe 96,0 ml de eanol com 100 de Sgu3 mente ao anel aromatico. i Por exemplo: OH oH oH on i i OH ‘OH 3 ‘OH i ~~ _, i Monetendi Ditenl Teno! 2 e erento : : Nem todos os compostos organicos com um ou mais grupos oxidilas (OH) liga oH 3 ddos a uma cadeia carbonica fechada sio fends, Veja o exemplo ao lado, em que a ‘adeia carbénica fechada no € um anel aromatic. Nio€t (um Meoot cet). ‘Um monofenolé representado simbolicamente por ArOH, em que Aré a abreviagao de anel aromatic. O grupo funcional dos fendis é a oxidrila ou hidroxila (OH). E 0 mesmo grupo funcional dos 4lcoois. A diferenca & que, nos 4Icoois, 0 OH deve estar ligado a um étomo de carbono saturado, tenquanto, nos fendis, 0 OH deve estar ligado a um atomo de carbono de um anel aromético. 3.2. Nomenclatura dos fendis ‘A nomenclatura IUPAC dé aos fenéis a terminacao ol ou o prefixo hidréxi. No entanto, como acontece com todos 0s compostos aromiticos, os fencis mais simples tem nomes comuns, que so aceltos pela IUPAC. Exemplo: oH Benzenol ou hidréx-benzene ou fenol comum 82 S| ene * _|| 1 & : Em moléculas mais complexas, usa-se 0 prefixo hidréxi. Existindo varias ramificacées no anel aromatico, a numeracao inicia-se na oxidrila e prosseque no sentido que proporciona numeros menores. Exemplos o* OD oOo o-hidroxitolueno ou e-cresol oucenatte 1 2einidréxe benzene ou eatecol 3.3. A presenga dos fendis em nossa vida Ofenol comum (O- on) é0 representante mais simples e umn dos mais importantes da famfia dos compostos aromaticas denominados fenéis. E um sélido incolor, cristalino, de fusio facil PF = 41,2°C), pOUCO solivel em gua e corrosivo para a pele. Ele foi isolado do alcatrao da hulha, no inicio do século XIX. Em 1865, 0 médico Joseph Lister (1827-1912) demonstrou, na Escola de Medicina de Glasgow (Fsc6cia), 0 poder do fenol como desinfetante dos instrumentos cirdrgicos. Na época, isso representow uma grande conquista no combate as infec¢6es hospitalares. Por ser téxico e muito irritante para a pele, © fenol foi gradativamente substituido por outros bactericidas. Atualmente, outros compostos da familia dos fendis sao usados como anti-sépticos hospitalares, como, por exemple: OH oH oH cu ce ‘OH CHACH).CH, {heatesrcnl Um desinfetante barato, muito usado em agropecusria, € a creolina, que é uma solucao aquosa, alcalina, da mistu- ra dos cres6is. OH OH oH cH, cH, cH, o-cresal mcresol pres ‘eraalina & mute ulizada na lmaeza domestica. © desinfetante lisol, por sua vez, € uma emulsao de cresbis em sabao, sendo limpante devido ao sabao e desinfetante devido aos cresdis. 5 fendis sao usados também na preservacao da madeira, defendendo-a do ataque dos insetos. O maior uso, porém, € na industria quimica, como matéria-prima para a fabricacao de plasticos, corantes, perfumes, explosivos ete. Na natureza, hd muitos compostos que apresentam o grupo OH, caracteristico dos fendis: oH oH oH Hy ‘OCH, ‘OCH, CHO cH, cH, CH CH=CH, CHO ugenol Vaniina Timot (sséncia de crave-da-ngia, (sstnia de bauna,usada maf (Gsséncia de tomiho, também sada comoantisepteobucal) ricario de doces,sorvetes ete) sada na nv de alimentos) Capitulo 3 * FUNGGES ORGANICAS OxIGENADAS 83 S| ene ® é von OSE TTS || _|| 1 eo A REVELAGAO FOTOGRAFICA Um filme fotografico preto e branco é uma pelicula de plistico recoberta por uma emulsio foto- {gr fica, formada por gelatina e contendo pequenos crstais de AgBr, chamados grdos, com tamanhos variando de 0,1 a 1,5 um. O tamanho dos graos e a presenca de quantidades minimas de AgCL ou de. ‘Agl determinam a sensibilidade do filme fotogrstico. 'No instante da fotografia, a luz incide sobre o fle e decompée pequena parte do AgBr, segundo a equagao: he 2Agbr =~ 2Agh + Br esse modo, forma-se um pouco de prata metilica dentro de cada grao de AgBr, dando origem a uma imagem latente. Faz-se entao a revelagio do filme, que cons'ste em mergulhi-lo em uma solucio de hidroquinona (revelador), que desencadeia a reducao do AgBr restante que existe nos graos jd sensibilizados pela luz (isto 6 onde ha imagem latente). Ocoree entao a sequinte reacao: 2Agbe + — + 2Ag) + HBr ‘que forma a parte FSescura de time oH Hiroquinona Pequinona A seguir, filme & lavado com Agua, para eliminar 0 excesso de reagente (¢ parar a reagio) ¢ submetido ao processo de fixagao. Esse procedimento consiste em mergulharo filme em solucio de tiossulfato de sédio (fixador) — Na,S,0,, que antigamente era chamado, pelos fotégralos, de hipossulfito (de s6dio). Ocorre entéo a reacio: AgBr + 2NaS,0, —— NaJAg(S,0,),] + NaBr Nessa raga, &eliminado 0 AgBr que restou no filme, nas regides nao atingidas pea uz & Dose modo, eutase questa venhaa amarear camo tempo. me’ novernenteavade¢ secado, tendo-se entio um negativo em pretoe branco (oto A), Paras obter uma cBpla em papel faze uma "nova fotografia", na qual a lz atravessao negative oblidoe alinge um papel fotograft- co. Este papel tem uma emule ftogtéica semelhante bdo ime anginal , depots de submeti 3s reagdes acima, da origem a uma foto em preto e branco, em papel (Foto B). A fotografia colorida é um processo quimico bem mais complexo que o descrto acima. HS, no filme, ‘tds camadas de emulsio gelatinosa de AgBr, cada uma contendo um corante diferente e sensivel a ‘cada uma das cores primarias: vermelho, verde e azul. A revelacao e a cépia inal em papel colorido sao Lambém processos quimicos complexos, que fogem a finalidade desta obra 84 S| ene “ é tote : : i i : 3 3 i i i 7 2 FEV) 8) O que sto fen6is? b) Como & dado 0 nome, segundo a IUPAC, a um fencl? ©) Onde sioutiizados of fends mais simples? EXERCICIOS [PESE™) 22 DB os nomes dos sequintes fends 23 Escreva a formulas estruturais dos sequintes compostos a) mmetifenol da decalina,representadas peas formulas abaixo. og

You might also like