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Plano de Marketing
Plano de Marketing
Plano de marketing
1ª Edição
Brasília/DF - 2018
Autores
Simone Cardozo de Assumpção Mello
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e
Editoração
Sumário
Organização do Livro Didático....................................................................................................................................... 4
Introdução.............................................................................................................................................................................. 6
Capítulo 1
Análise do Macroambiente........................................................................................................................................ 7
Capítulo 2
Análise do Microambiente........................................................................................................................................15
Capítulo 3
Objetivos e Estratégias..............................................................................................................................................22
Capítulo 4
Comportamento de Compra.....................................................................................................................................35
Capítulo 5
Marketing Tático.......................................................................................................................................................... 50
Capítulo 6
Desenvolvimento do Plano Estratégico e Tático de Marketing.....................................................................66
Referências .........................................................................................................................................................................80
Organização do Livro Didático
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em capítulos, de forma didática, objetiva e
coerente. Eles serão abordados por meio de textos básicos, com questões para reflexão, entre outros
recursos editoriais que visam tornar sua leitura mais agradável. Ao final, serão indicadas, também,
fontes de consulta para aprofundar seus estudos com leituras e pesquisas complementares.
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização do Livro Didático.
Atenção
Cuidado
Importante para diferenciar ideias e/ou conceitos, assim como ressaltar para o
aluno noções que usualmente são objeto de dúvida ou entendimento equivocado.
Importante
Observe a Lei
Conjunto de normas que dispõem sobre determinada matéria, ou seja, ela é origem,
a fonte primária sobre um determinado assunto.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa
e reflita sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio.
É importante que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus
sentimentos. As reflexões são o ponto de partida para a construção de suas
conclusões.
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Organização do Livro Didático
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Saiba mais
Sintetizando
Posicionamento do autor
Importante para diferenciar ideias e/ou conceitos, assim como ressaltar para o
aluno noções que usualmente são objeto de dúvida ou entendimento equivocado.
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Introdução
Você iniciará, agora, a disciplina que contempla os conhecimentos de todas as matérias anteriores
para que o plano de Marketing se efetive na prática.
Teremos capítulos que lhe permitirão participar com desenvoltura do processo de elaboração
do plano de marketing.
No segundo capítulo, a Análise do Microambiente deixará claro que é uma das principais condições
para a organização obter sucesso em todo o processo.
No terceiro capítulo, vamos analisar as diversas opções estratégicas dos mais consagrados autores,
estudiosos do assunto.
No quinto capítulo, vamos colocar em prática o conteúdo estudado no curso para desenvolver
as decisões táticas de marketing para o plano de marketing.
Objetivos
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ANÁLISE DO MACROAMBIENTE
CAPÍTULO
1
Introdução
Trata-se da base de conhecimentos e informações que o gestor deve possuir a fim de optar pela
estratégia mais adequada para que os objetivos empresariais possam ser atingidos.
O capítulo analisa e propõe determinada metodologia visando facilitar a vida do gestor estratégico.
É lógico que não se pretende traçar um caminho único. São sugestões com base nos estudos
até aqui empreendidos, bem como na vivência que temos em processos reais e que, portanto,
indicam a possibilidade de sucesso, por se tratar de caminho já comprovado na prática.
Boa caminhada!
Objetivos
» Interpretar tendências.
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CAPÍTULO 1 • ANÁLISE DO MACROAMBIENTE
Análise do Macroambiente
Durante o desenvolvimento de um plano de marketing devemos considerar que existem alguns
fatores que são essenciais nesse processo.
Nesta unidade, nós orientaremos na elaboração da seguinte questão: Quais são as oportunidades
e ameaças do mercado?
Sua análise esclarece as situações favoráveis e desfavoráveis que o ambiente pode proporcionar
à empresa.
Quando encontramos a união de uma situação favorável que possa ser aproveitada pelos pontos
fortes da empresa temos uma oportunidade de mercado. Já quando ocorre a união de uma
situação desfavorável que evidenciará os pontos fracos da empresa, ela se encontra diante de
uma ameaça de mercado.
A título de exemplo de ameaça, citamos a recente crise econômica que acarretou grande elevação
do valor do dólar, prejudicando operadoras de turismo que se concentram em pacotes e excursões
internacionais.
Por outro lado, acabou beneficiando o turismo interno, pois muitas pessoas que viajariam para
o exterior compraram programas turísticos internos.
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ANÁLISE DO MACROAMBIENTE • CAPÍTULO 1
Macroambiente
Demografia (tamanho, densidade, localização, idade, sexo, raça, ocupação etc.)
Ambiente Natural (recursos naturais usados como insumo que são afetados pelas atividades de
marketing).
» Ambiente Tecnológico.
» Ambiente Cultural (instituições e outras forças que afetam valores básicos, as percepções,
as preferências e os comportamentos da sociedade.
Oportunidades:
» Inovações tecnológicas.
Ameaças:
» Escassez de matéria-prima;
» Poucos fornecedores;
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CAPÍTULO 1 • ANÁLISE DO MACROAMBIENTE
Observar Tendências
O gestor estratégico deve dirigir sua atenção para tendências manifestadas no ambiente externo.
Tendências são aspectos ou variáveis que estão surgindo e vêm apresentando perspectivas de
crescimento. Elas podem se constituir em ameaças ou oportunidades.
Um bom exemplo a citar é a tendência pela alimentação mais natural, isenta de agrotóxicos,
rica em fibras.
É conhecida uma organização que soube identificar essa tendência e explorar esse segmento,
inclusive com nome bem adequado, tendo construído uma marca forte. Trata-se da rede “Mundo
Verde”.
Para sua compreensão, apresentamos, a seguir, listas de relevantes tendências que poderão ser
aproveitadas em vários segmentos de negócios.
Tendências externas
4. Tendências monetárias.
5. Tendências inflacionárias.
9. Saturação do mercado.
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ANÁLISE DO MACROAMBIENTE • CAPÍTULO 1
Ambiente Geral
Para fins de maior entendimento, vamos, a seguir, especificar os fatores que compõem cada
componente do ambiente geral.
Componente Econômico
» Crescimento da indústria.
» Potencial de mercado.
» Nível de emprego.
» Características da população.
» Nível de inflação.
» Taxa de juros.
» Distribuição da renda.
» Tendências de consumo.
» Nível de emprego.
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CAPÍTULO 1 • ANÁLISE DO MACROAMBIENTE
Componente sociocultural
» Ecologia.
Componente Político/Legal
» Efeitos da legislação;
» Política internacional;
» Poluição e legislação;
Componente Demográfico
» Características da população;
» Taxa de crescimento;
» Distribuição populacional;
» Migração.
Componente Tecnológico
» Mudanças tecnológicas;
» Inovações;
» Transferências tecnológicas;
» Marcas e patentes;
Componente Natural
» Escassez de matérias-primas;
» Custo de energia;
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ANÁLISE DO MACROAMBIENTE • CAPÍTULO 1
» Níveis de poluição;
A variável demográfica fornece uma real possibilidade de enfocar mudanças que acarretarão
ora oportunidades, ora ameaças, dependendo do ramo de negócios em que opera determinada
empresa.
Por outro lado, empresas voltadas ao mercado infantil já devem estar sentindo a queda de
faturamento nos segmentos de roupas, brinquedos etc.
Pegando outro exemplo, no caso do componente econômico, temos uma variável de grande
relevância para todos, que é a queda na taxa de juros, diminuindo o valor das prestações nas
compras de bens financiados ou, mesmo, empréstimos pessoais.
Economia
Meio Ambiente
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CAPÍTULO 1 • ANÁLISE DO MACROAMBIENTE
Tecnologia
» Em termos gerais, quais os principais produtos substitutos potenciais para seu produto?
Política
Cultura
» Que mudanças nos estilos de vida e valores dos clientes podem afetar a empresa?
Sintetizando
» As quatro variáveis não controláveis do macroambiente e as principais questões que englobam cada uma delas.
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ANÁLISE DO MICROAMBIENTE
CAPÍTULO
2
Introdução
Objetivos
Esperamos que, após o estudo do conteúdo deste capítulo, você seja capaz de:
» Aprender a desenvolver uma matriz SWOT com base no conteúdo estudado nos primeiros
capítulos.
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CAPÍTULO 2 • ANÁLISE DO MICROAMBIENTE
Para orientar a análise do microambiente, podemos segmentá-la nos seguintes níveis com seus
principais componentes.
» Consumidor;
» Concorrência;
» Fornecedor;
» Internacional.
Ambiente Interno
» Recursos Humanos;
» Recursos Organizacionais;
» Recursos Físicos.
De acordo com o tamanho e abrangência do tipo de negócio, podemos identificar algo que agilize
e simplifique a análise, sem perda de sua qualidade.
De maneira geral, podemos afirmar que os ambientes operacional e interno possuem alta
relevância para pequenas, micro e empresas de porte médio, regional, nacional e multinacional.
É preciso entender que esses pontos existem, caracterizam a organização, fazem parte do seu dia
a dia e são consequência de tarefas executadas com deficiência (pontos fracos) ou com maestria
(pontos fortes).
Microambiente
» A Empresa (outros departamentos);
» Fornecedores;
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ANÁLISE DO MICROAMBIENTE • CAPÍTULO 2
» Clientes;
» Concorrentes;
Na verdade, esse conjunto de análise deriva do conceito abreviado da língua inglesa chamado
SWOT (forças, fraquezas, oportunidades e ameaças).
1. Acesso a matérias-primas.
2. Propaganda;
3. Conselho de administração.
4. Marcas;
5. Administração de canais.
6. Reputação da empresa;
8. Sistemas de controle.
9. Custos.
11. Distribuição.
14. Previsões.
18. Liderança.
19. Localização.
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CAPÍTULO 2 • ANÁLISE DO MICROAMBIENTE
24. Promoção.
26. Compras.
29. Vendas.
33. Tecnologia.
Mercados
Clientes
Concorrentes
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ANÁLISE DO MICROAMBIENTE • CAPÍTULO 2
Distribuição e revendedores
Fornecedores
» Qual a perspectiva de disponibilidade dos recursos essenciais utilizados na produção?
Público
» Que segmentos da sociedade representam oportunidades ou problemas específicos
para a empresa?
» Que medidas a empresa tem tomado para lidar efetivamente com cada segmento?
Tendências internas
1. Tamanho.
2. Complexidade.
3. Estrutura.
4. Sistemas.
5. Comunicações.
6. Estrutura de poder.
7. Definição de papéis.
8. Centralização/descentralização.
9. Valores e normas.
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CAPÍTULO 2 • ANÁLISE DO MICROAMBIENTE
Análise de equilíbrio
O objetivo da análise de equilíbrio é ajudar o processo decisório, tornando-o mais claro, o que
permitirá o início da ação, oferecendo às pessoas envolvidas na decisão uma abordagem qualitativa,
enquanto a seção Resultados Financeiros oferece uma abordagem quantitativa.
Para compor esta seção recomenda-se a divisão da página em quatro partes (quadrantes). Em
cada uma, deverá ficar um dos componentes do quadro de análise de equilíbrio.
Quadro 1.
Oportunidades Ameaças
A redação do conteúdo do quadro deve ser feita de forma resumida, até mesmo telegráfica, a
fim de ser rapidamente lida. Tal simplicidade, que exige grande capacidade de síntese, ajudará
muito durante o processo de leitura do plano, facilitando a compreensão das oportunidades e
dos riscos. Em consequência, a decisão será mais rápida.
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ANÁLISE DO MICROAMBIENTE • CAPÍTULO 2
É essencial que a análise de equilíbrio seja feita com toda honestidade e franqueza, de forma que
os leitores do plano identifiquem os limites com clareza. Dessa forma, o planejador e aqueles
que tomarão decisões poderão manter os pés no chão, sem deixar de lado a ousadia.
Sintetizando
» Que a análise do microambiente pode ser segmentada nos níveis do ambiente operacional e do ambiente interno.
» A Matriz SWOT.
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OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS
CAPÍTULO
3
Introdução
Objetivos
Esperamos que, após o estudo do conteúdo deste capítulo, você seja capaz de:
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OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS • CAPÍTULO 3
Objetivos e Estratégias
O conceito de estratégia evoluiu ao longo do tempo. Essa evolução permitirá uma melhor
compreensão no decorrer do capítulo e vai permitir a você tirar o seu próprio conceito de estratégia.
A adoção do termo estratégia é inicialmente de origem militar, em que se utiliza o combate para
atingir a finalidade da guerra. Segundo Clausewitz (1976):
Com o passar do tempo, a estratégia foi utilizada na teoria dos jogos, passando para a Administração
de Empresas.
Já para Ansoff (1977, p. 101), a estratégia consiste em: “Regras para a tomada de decisões em
condições de desconhecimento parcial.”
A formulação dos teóricos de estratégia tem vários pontos em comum, apesar de terem também
divergências.
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CAPÍTULO 3 • OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS
Antagonicamente a esses conceitos, os fatos mostram que muitas empresas tomaram decisões
estratégicas que não atenderam a vários requisitos listados anteriormente.
Cada empresa que compete em uma indústria tem uma estratégia competitiva,
seja ela explícita ou implícita. Esta estratégia tanto pode ser desenvolvida
explicitamente através de um processo de planejamento como pode ter evoluído
implicitamente através das atividades dos vários departamentos funcionais da
empresa [...]
A estratégia, conceitualmente, deverá atender aos casos em que ela seja formulada explicitamente
e, também, implicitamente ou que resulte das ações da empresa no mercado.
Você pode perceber que existem divergências nos conceitos tanto no de estratégia de
marketing quanto no de estratégia empresarial, algumas vezes não se distinguem com clareza os
dois conceitos.
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OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS • CAPÍTULO 3
A estratégia de marketing é a parte visível da estratégia empresarial, a sua face externa, abrangendo
as decisões sobre a seleção do composto produto-mercado e a forma de competir. Em função
disso, a estratégia de marketing é tarefa da alta direção.
» Ideologia básica: define o caráter duradouro da empresa e inclui tanto seus valores
quanto seu propósito, sua razão de ser;
A implementação da estratégia vai mostrar como um conjunto de ações leva a empresa de hoje
em direção ao futuro.
Estratégias genéricas
Estratégias Produto-Mercado
Escolhe a parcela da demanda que a empresa atenderá e com que oferta específica.
Pelo lado da demanda, a parte a ser atendida pela empresa tem duas dimensões básicas: a
escolha de mercados e a escolha dos segmentos-alvos em cada mercado. A empresa pode atuar
nos mercados já explorados ou expandir-se em direção a novos mercados.
É importante para a empresa definir-se em cada mercado em que atue, por um conjunto de
consumidores, que poderá se constituir em um mercado total ou um segmento deste.
A empresa, depois de definir o mercado consumidor, define a oferta específica que fará em
relação à sua própria linha de produtos e serviços para cada mercado ou segmento de mercado.
Ansoff define duas estratégias independentes: decisões de produtos (atuais e novos) e decisões de
missões (atuais e novas). Ao usar duas decisões estratégicas, define quatro possíveis estratégias
genéricas de crescimento para a empresa.
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CAPÍTULO 3 • OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS
» Diversificação: quando a empresa se expande para novos mercados por meio de novos
produtos. Dependendo do tipo de produto e da natureza dos novos mercados, a empresa
dispõe de quatro alternativas básicas de diversificação: diversificação horizontal,
integração vertical, diversificação concêntrica e diversificação não relacionada.
A visão de Kotler é diferente da visão de Ansoff, na medida em que Kotler considera apenas um
mercado, seja ele o único em que a empresa atua ou não.
Estratégias competitivas
A concorrência é uma variável não considerada por Ansoff e Kotler ao abordar as suas estratégias
genéricas de produto-mercado. Veremos as estratégias genéricas desenvolvidas por Alderson,
Porter e Treacy e Wieserma em que relacionam a estratégia produto-mercado e concorrência.
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OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS • CAPÍTULO 3
A concorrência altera o equilíbrio entre preço e satisfação favorável ao consumidor. Para Alderson,
existem duas estratégias competitivas básicas:
Porter desenvolveu três estratégias genéricas com as quais a empresa pode competir no mercado,
discriminadas a seguir: diferenciação, liderança total de custos e enfoque.
Porter apresenta um conceito chamado por ele de presa no meio-termo, que significa quando
a empresa não se distingue da concorrência pela liderança de custos e pela diferenciação de
produto, ela não escolhe adequadamente uma estratégia ou despreza mudanças ambientais,
comprometendo a sua rentabilidade, aumentando o seu risco.
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CAPÍTULO 3 • OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS
» Liderança de produto: oferecem aos seus clientes produtos ou serviços que expandem
as fronteiras de desempenho. Levam seus produtos aos domínios do desconhecido, do
não tentado e do altamente desejado. A líder de um produto oferece, a seus clientes,
o melhor produto. São focadas pelas empresas a velocidade e a inovação permanente
com uma organização flexível e pouco burocratizada.
A partir dos anos 1960, foram desenvolvidos estudos no campo da estratégia empresarial em
que faziam a correlação positiva entre participação de mercado (uma medida do tamanho
relativo da empresa) e rentabilidade. Esses estudos foram fundamentados no conceito de curva
de experiência.
Figura 1.
Curva de experiência
Custo por unidade
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OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS • CAPÍTULO 3
A posteriori, dois estudos realizados mostraram que, em alguns casos, o efeito da aprendizagem se
dava não apenas com relação ao custo de produção, mas, também, em relação aos custos totais.
São feitas algumas críticas ao efeito de experiência, observando para o fato que:
Estudos mais recentes colocam a hipótese de que a relação entre parcela de mercado e rentabilidade
poderia assumir a forma de uma curva em U. Na realidade, resultados de pesquisas indicam que
a relação entre parcela de mercado e rentabilidade pode assumir qualquer forma, vai depender
das condições específicas de mercado.
Participação no mercado e rentabilidade podem não andar juntas, então, é necessário que as
empresas identifiquem até que ponto é bom seguir uma estratégia de participação de mercado.
Uma pergunta importante para a empresa fazer é se aumentar a participação é condição necessária
para ser rentável. Se positiva, a empresa deve buscar o aumento na participação do mercado,
analisando as suas condições, fundamentalmente os referentes aos efeitos de escala e experiência.
Se negativa, a empresa deve fazer nova pergunta, é desejável aumentar a participação? Se for
positiva, deverá seguir uma estratégia para aumentar a participação no mercado. Se negativa, a
empresa poderá ou não manter sua participação no mercado.
As empresas líderes do mercado obtêm essas posições não só em função de economias de escala,
efeitos de experiência, poder de barganha e outras vantagens, mas, sobretudo pelos efeitos
potenciais dessas vantagens sobre as vendas e a rentabilidade.
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CAPÍTULO 3 • OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS
Existem várias sugestões para que empresas de alta participação de mercado aumentem essa
participação, conforme discriminação a seguir:
» Inovação do produto;
» Segmentação de mercado;
» Inovação na distribuição;
» Inovação promocional.
O comportamento básico da empresa é querer manter a sua posição no mercado, tarefa não
muito fácil. A empresa deve adotar alguns procedimentos como condições específicas
produto-mercado e estratégias competitivas. A empresa que é líder do mercado nunca pode
relaxar nos seus propósitos, pois um desenvolvimento externo tecnológico pode terminar com
essa liderança (exemplo: a fábrica de brinquedos Estrela).
A empresa deve atuar de forma inovadora e garantir a liderança pela superioridade técnica,
administrativa, comercial ou de marketing, e não procurando enfraquecer ou eliminar os
concorrentes em ascensão.
A solução de sair do negócio supõe que o negócio não é rentável, ou deixará de sê-lo em função
dos efeitos da curva de experiência. As formas mais comuns de uma empresa deixar o seu negócio
são: liquidação, transferência para outra atividade ou a venda.
Liquidar um negócio pode não ser viável quando o custo do desinvestimento é alto.
A transferência para outra atividade requer, além de tempo, recursos adicionais aos que
normalmente a empresa necessitaria para o prosseguimento de seu negócio. Uma das variáveis
mais críticas é a capacidade gerencial para detectar novas oportunidades.
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OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS • CAPÍTULO 3
A alternativa estratégica de ganhar novas parcelas de mercado pode ser realizada se o mercado está
em expansão e uma empresa com baixa participação no mercado pode perseguir esse objetivo,
pois o custo seria mais baixo, podendo crescer à base de novos consumidores que ingressam
no mercado, não conquistando clientes dos concorrentes. Porém, existem alguns problemas
que não facilitam a consecução do objetivo de aumentar a parcela de participação no mercado.
Na maioria dos setores, há poucos primeiros lugares; em virtude disso, haverá sempre um grande
número de empresas com baixa participação no mercado.
Aumentar a participação no mercado não é condição necessária para a empresa ser rentável.
A empresa não líder do mercado deve procurar destacar-se mais que as empresas maiores
por diferenciais competitivos, escolher segmentos interessantes para atuar e focar elementos
específicos de marketing mix.
Sendo as empresas formadas por pessoas, é natural que se queira atingir o topo, ser a líder de
seu mercado, portanto, as empresas que ocupam posições secundárias podem ser chamadas
de desafiantes de mercado. As grandes do mercado, apesar de não serem a líder, podem adotar
duas posições: atacar a líder e as outras concorrentes (visando conquistar uma parcela maior
do mercado), desafiando o mercado ou apenas querem manter suas participações no mercado
(suas seguidoras). Hoje, a Toyota fabrica mais carros do que a General Motors. A Nikon produz
mais câmaras fotográficas especiais do que a Leica. Essas desafiantes fixaram objetivos elevados
e alavancaram recursos menores, enquanto as líderes de mercado conduziram seus negócios
da maneira usual.
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CAPÍTULO 3 • OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS
Segundo Kotler, na escolha de uma estratégia geral de ataque, a empresa desafiante do mercado
deve fundamentalmente definir o seu objetivo estratégico que, em sua maioria, é aumentar a
sua participação no mercado. As decisões de ataque interagem com a decisão de quem deve ser
atacado e pode-se:
» Atacar a líder de mercado: é uma estratégia de alto risco e só deve ser feita se a líder não
estiver sólida na sua posição e não estiver atendendo bem o mercado. O fundamental
é perceber a necessidade ou a insatisfação do consumidor. Se uma boa parcela dos
consumidores não estiver sendo atendida ou se estiver mal atendida, é uma excelente
oportunidade para a empresa desafiante. Um exemplo foi a Canon, quando conquistou
uma grande fatia do mercado da Xerox, ao introduzir copiadoras de mesa;
» Atacar empresas de seu tamanho que não estão fazendo bom trabalho e que estão
atravessando dificuldades financeiras: são empresas com produtos obsoletos, cobrando
preços expressivos ou não estão satisfazendo os consumidores;
» Atacar pequenas empresas locais e regionais que não estão fazendo bom trabalho e que
estão atravessando dificuldades financeiras: na área de refrigerantes, cervejas, sorvetes,
no Brasil, as empresas maiores cresceram comprando empresas menores.
Há casos em que empresas maiores querem simplesmente eliminar a menor do mercado, pois
esta a está incomodando em seus negócios.
Definidos os seus adversários e os objetivos, a empresa parte para as opções que têm à sua
disposição para atacar. Estudaremos, agora, cinco estratégias de ataque escolhidas:
Um ataque de flanco pode ser feito por duas dimensões estratégicas: geográfica e por segmento.
Na geográfica, a desafiante marca as áreas em que a empresa adversária não está tendo um
bom desempenho.
Pode também ser realizado quando a desafiante descobre necessidades de mercado que não
estão sendo atendidas pela empresa líder. A cervejaria Miller, ao lançar a cerveja light (leve).
32
OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS • CAPÍTULO 3
Os ataques de flanco têm maior probabilidade de serem bem-sucedidos do que os ataques frontais:
» Ataque de cerco: é uma tentativa da empresa desafiante de tomar uma grande parcela
do território da adversária por meio de um ataque abrangente e intensivo. A desafiante
oferece ao mercado tudo ou mais que a adversária oferece, tornando-se a oferta
irrecusável. Esse tipo de ataque só pode ter sucesso se a empresa desafiante possuir
recursos superiores e acreditar que uma mudança de cerco destruirá a adversária;
» Evitar o ataque: evita o adversário e ataca mercados mais fáceis com o objetivo de ampliar
a base de recursos. Essa estratégia oferece três linhas de abordagens: diversificação
com produtos não relacionados, diversificação em novos mercados geográficos ou
diversificação por novas tecnologias para superar os produtos existentes;
A escolha de uma estratégia de ataque específica é ampla, mas estudaremos algumas delas:
33
CAPÍTULO 3 • OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS
Uma desafiante, para atingir o seu objetivo, não pode lançar mão de apenas uma estratégia.
O seu objetivo só será alcançado se combinar diversos princípios para melhorar a sua participação
ao longo do tempo no mercado.
Sintetizando
» As diferentes estratégias das empresas de alta (líderes) e baixa participação no mercado para aumentar as suas
participações no mesmo.
» O objetivo estratégico e as suas opções de escolha de uma estratégia de ataque geral e de uma estratégia de ataque
específico e como modo de atingir as empresas líderes.
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COMPORTAMENTO DE COMPRA
CAPÍTULO
4
Introdução
Objetivos
Esperamos que, após o estudo do conteúdo deste capítulo, você seja capaz de:
35
CAPÍTULO 4 • COMPORTAMENTO DE COMPRA
Você pode explicar por que compra a sua pasta dental? Ou o pão, a bolacha, o sabão em pó?
E o seu aparelho de som, seu relógio, seus sapatos? Se é difícil para cada um de nós descrever por
que compramos o que compramos, imagine como é difícil para os profissionais de marketing
entenderem (e tentar prever) o nosso comportamento. Os profissionais mais astutos chegaram
à conclusão de que a melhor maneira de tentar entender o comportamento de compra do
consumidor é considerá-lo como um aspecto do comportamento humano básico dentro de um
contexto específico: o consumo.
As atividades de consumo, desde a decisão do que comprar até o uso e posse dos produtos,
desempenham papel importante na vida das pessoas. Devido à difusão do consumo, os profissionais
de mercado recorreram a conceitos ligados à Psicologia, à Sociologia, à Antropologia e à
recém-estabelecida matéria do comportamento do consumidor para melhor entender o
comportamento de compra.
O envolvimento refere-se ao grau em que determinada compra está voltada ao ego ou ao valor.
Quanto mais uma compra está ligada à autoimagem da pessoa, mais envolvida estará ela no
processo de decisão. As compras de alto envolvimento referem-se tipicamente a produtos e serviços
que refletem o status social do indivíduo, seu estilo de vida, o autoconceito ou a participação no
grupo referência. Produtos de baixo envolvimento são aqueles de natureza menos simbólica e
que tendem a servir funções utilitárias bastante comuns.
36
COMPORTAMENTO DE COMPRA • CAPÍTULO 4
37
CAPÍTULO 4 • COMPORTAMENTO DE COMPRA
sabão em pó, toalhas de papel e detergente são comprados dessa forma por muitos
consumidores. Recentes pesquisas sugerem que consumidores do sexo masculino, por
sua impaciência com compras, tomam suas decisões dessa forma.
Essas quatro categorias fornecem toda a base das diferentes formas que os consumidores adotam
para as decisões de compra. As categorias de envolvimento/busca de informação são, todavia,
puramente descritivas daquilo que os consumidores “fazem” e não de “como” o fazem. Para
melhor entender o comportamento de compra do consumidor, é necessário examinar a maneira
como os consumidores tomam suas decisões e examinar o processo de compra.
1. Reconhecimento da necessidade.
2. Busca de informação.
5. Decisão de compra.
6. Comportamento pós-compra.
38
COMPORTAMENTO DE COMPRA • CAPÍTULO 4
os consumidores podem dedicar pouco tempo a cada fase. Há poucas consequências negativas
resultantes da compra de um produto inadequado e um erro de decisão pode ser rápida e
facilmente corrigido.
Reconhecimento da Necessidade
A necessidade de reposição é a mais simples das três. É a situação comum em que um item de
baixo custo, comprado com frequência, é regularmente reabastecido. Pasta dental, sabão em pó e
alimentos são produtos típicos dessa categoria. O consumidor sente pouco desconforto durante
o processo decisório e normalmente dedica pouco tempo às fases seguintes.
Assim, qualquer produto pode trazer satisfação emocional, dependendo do indivíduo. Por exemplo,
a maioria dos consumidores estará no processo decisório de compra de sabão em pó pelo
reconhecimento da necessidade de reposição. Mas é o consumidor que compra sabão em pó e
está sinceramente preocupado que a família fique satisfeita com o resultado? Nesse contexto,
há um elemento emocional.
39
CAPÍTULO 4 • COMPORTAMENTO DE COMPRA
Outra forma de observar esse processo é considerar se a compra é repetida ou nova. No primeiro
caso, as etapas restantes do processo são, geralmente, mais rápidas, pois o consumidor já conhece
o produto e simplesmente está repetindo sua aquisição. Quando é uma nova compra, por outro
lado, o consumidor perceberá claramente sua passagem pelos vários estágios.
Busca de Informação
Uma vez surgida uma necessidade, começa a busca de informação. Em situações de baixo
envolvimento e/ou repetidas, essa busca pode ser rápida ou simplesmente nem existir.
Em contextos de alto envolvimento e/ou novos, a busca de informação pode ser muito intensa.
O consumidor pode recorrer a dois tipos básicos de informação: informações internas e externas.
Se o repasse das informações internas não gerar alternativas claras para a satisfação da necessidade,
o consumidor se voltará ativamente para as fontes de informações externas: a mídia, amigos ou
parentes e avaliações objetivas do produto. A propaganda veiculada em revistas, jornais, rádio
e televisão lhe fornecerá informações sobre as alternativas disponíveis do produto. Os amigos e
parentes poderão oferecer informações com base em seu uso atual ou passado daquele produto.
Os compradores mais preocupados costumam recorrer a publicações especializadas que testam
os produtos e tais informações poderão compor o processo decisório. Uma vez que o comprador
potencial se sinta confortável com a quantidade de dados obtidos das fontes internas e externas,
dará continuidade ao processo decisório.
A avaliação feita pelo consumidor das características funcionais do produto inclui fatores como
preço, características de desempenho, características exclusivas e quaisquer garantias oferecidas
com o produto. A avaliação de características funcionais costuma estar ligada aos aspectos
econômicos e a outros aspectos “racionais” da compra.
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COMPORTAMENTO DE COMPRA • CAPÍTULO 4
A satisfação emocional de cada alternativa é uma percepção, que pode ser estimulada pela
maneira como o fornecedor retrata seu produto e o relaciona com uma imagem. Os produtos
podem ser avaliados segundo seu potencial de oferta de prestígio ou sucesso junto ao sexo oposto,
por exemplo. Nesse caso, envolve aspectos de difícil medição, que são os aspectos “emocionais”
da compra.
A Decisão de Compra
Comportamento Pós-Compra
Muitas empresas não consideram ou ignoram o fato de que o consumidor pode ter uma variedade
de comportamentos depois que a compra é feita. Entre esses comportamentos podemos indicar:
busca de informações adicionais e avaliação da satisfação.
Devemos identificar as situações em que a essa dúvida poderá afetar o comprador e desenvolver
estratégias que o ajudem a aliviar a ansiedade. Muitas empresas inserem uma mensagem de
parabéns na embalagem do produto para fornecer imediata segurança ao comprador. Por exemplo:
É nesse momento, também, que o consumidor avalia sua satisfação com a escolha. Os consumidores
repetirão um comportamento que lhes seja gratificante e agradável. Portanto, se a empresa espera
41
CAPÍTULO 4 • COMPORTAMENTO DE COMPRA
que seus clientes voltem a comprar com ela, deve garantir que a experiência que ele teve com
o produto foi satisfatória. Do contrário, o consumidor adota dois possíveis comportamentos:
reclama ou muda de produto. Para a empresa, a primeira opção é sempre melhor, pois significa
que o cliente está nos dando uma nova chance de satisfazê-lo. Muitas vezes, o cliente deixa de
comprar conosco e nem sabemos o por quê.
» Iniciador;
» Influenciador;
» Decisor;
» Comprador;
» Usuário.
Ocasionalmente, todos os cinco estágios do processo de compra têm a atuação de uma única
pessoa.
Nem sempre, porém, é tão simples. Pense na compra de uma televisão em uma família composta
por cinco pessoas. Essas várias pessoas podem assumir qualquer dos papéis.
Precisamos reconhecer e entender as contribuições feitas por todos os que participam de uma
compra. Afinal, todos eles se sentem como clientes da empresa.
Influências Psicológicas
Necessidades
42
COMPORTAMENTO DE COMPRA • CAPÍTULO 4
» Realização pessoal: este é o mais alto de todos os estados de necessidade, sendo atingido
somente por uma pequena porcentagem de pessoas, segundo Maslow. O indivíduo
busca usar ao máximo suas próprias capacidades.
A qual necessidade o consumidor estará procurando satisfazer? É muito difícil responder, mas,
certamente, comprar uma camisa branca de malha é completamente diferente de comprar uma
camisa de seu clube de coração. Contudo, ambas são camisas.
Aprendizagem
Ao adquirir determinado produto, certamente o consumidor aprende muitas coisas. Como usá-lo,
quais são suas características e, mais importante, se ele é bom ou ruim em sua perspectiva.
A aprendizagem é a base para a fidelização dos clientes. Como dissemos, se uma experiência é
ruim, o consumidor tende a não repeti-la; se é boa, tenderá a usar novamente.
Atitude
43
CAPÍTULO 4 • COMPORTAMENTO DE COMPRA
Quando solicitados a explicar por que “gostam” mais de determinada marca ou produto, os
consumidores geralmente encontram dificuldade em articular as razões exatas.
Percepção
Percepção é a maneira como um indivíduo interpreta os estímulos provindos do seu meio ambiente.
Cada um de nós usa a percepção para criar nossa própria “realidade”. Três fatores influenciam
nossa percepção: a atenção seletiva, a retenção seletiva e a distorção seletiva. A atenção seletiva
significa que só perceberemos parte dos estímulos, não conseguimos atentar para tudo que
está a nossa volta e “escolhemos” o que observaremos ou não. Além disso, mesmo observando
determinado estímulo, guardaremos em nossa memória apenas parte dele, em especial, aquilo
que nos traz conforto. Finalmente, tendemos, ainda, a modificar essas informações de forma
que elas não nos ameacem, não nos causem desconforto.
Influências Sociológicas
Em geral, porém, os consumidores não tomam decisões de compra no isolamento; pelo contrário,
quando consomem bens e serviços, eles funcionam num contexto social.
Cultura
A cultura tem uma influência profunda, cujo efeito resulta em normas e regras para o funcionamento
de uma sociedade. Pense em alimentação. Você comeria um bife de carne de cachorro? Em nossa
cultura, isso é quase inadmissível. Para os chineses, é comum.
Classe Social
Outra influência ampla, semelhante à cultural, que atua sobre o consumidor, é a classe social.
Classe social é “uma divisão da sociedade em grupos relativamente distintos e homogêneos no
que tange às atitudes, aos valores e estilos de vida”.
Por outro lado, as classes sociais menos abastadas dão um valor e uma ênfase maiores à família
e aos amigos. Assim, são mais importantes os produtos que tornam sua vida mais confortável e
enriquecem o convívio social.
44
COMPORTAMENTO DE COMPRA • CAPÍTULO 4
Grupos de Referência
Uma das fontes mais poderosas de pressão e influência sobre o comportamento é exercida pelo
grupo de referência, ou grupos, de que faz parte o indivíduo. Esses grupos podem ser grandes
e diversos, tais como grupos de estudantes, grupos profissionais ou membros de um partido
político. Eles podem também ser pequenos e íntimos, tais como a família, os colegas de trabalho
ou um clube social. Há uma forte tendência de os indivíduos seguirem as normas dos grupos com
os quais se identificam e de adotarem comportamentos considerados adequados pelos demais.
Há pouco mistério nessa relação, uma vez que a pessoa valoriza sua participação no grupo,
tendo a ele se ligado por atitudes e interesses semelhantes. O grupo torna-se uma referência
de julgamento de comportamento, determinando os comportamentos futuros, inclusive o
comportamento de compra.
A Família
De todos os nossos grupos de referência, a família é a mais influente. De fato, serve como um filtro
para os valores e normas de todo o nosso ambiente social – cultura, classe social e outros grupos
de referência. Como nosso grupo de referência primário, a família proporciona a experiência
final na interação face a face. E do ponto de vista do consumo, a família difere dos grupos de
referência maiores porque seus membros precisam satisfazer suas necessidades individuais e
partilhadas, recorrendo a um suprimento de recursos comuns e relativamente fixos.
Fatores Situacionais
Discutindo o Consumo
Vamos, então, aprofundar nossa compreensão sobre as decisões de compra com base em nossas
próprias decisões.
» Coca-Cola ou Pepsi?
» Consul ou Brastemp?
45
CAPÍTULO 4 • COMPORTAMENTO DE COMPRA
» Itaú ou Bradesco?
» Brahma ou Antarctica?
» Bob’s ou McDonald’s?
» Ford ou Volkswagen?
» Ônibus ou Van?
Para refletir
Os fatores que influem na decisão de compra são os mais variados. Há alguns que sejam mais importantes do que outros?
As empresas não apenas vendem; elas também compram grandes quantidades de matérias-
primas, partes manufaturadas, instalações, equipamentos auxiliares, suprimentos e serviços.
O Mercado Industrial
O mercado industrial compreende todas as organizações que adquirem bens e serviços para usar
na produção de outros produtos ou serviços ou para serem vendidos, alugados ou fornecidos a
outros. Em alguns casos, também para consumo próprio, como material de escritório ou de limpeza.
Os mercados industriais têm diversas características que contrastam fortemente com os mercados
consumidores.
» Poucos compradores;
» Grandes compradores;
46
COMPORTAMENTO DE COMPRA • CAPÍTULO 4
» Comprador profissional;
O comprador industrial enfrenta muitas decisões para realizar uma compra. O número de decisões
depende do tipo de situação de compra.
Os agentes de compra são influentes nas situações de recompra direta e recompra modificada,
enquanto o pessoal de outros departamentos são mais influentes nas situações de compra nova.
Os consumidores industriais não compram bens e serviços para consumo ou utilidade pessoal.
Compram para ganhar dinheiro, para reduzir custos operacionais ou para satisfazer uma obrigação
legal ou social. Descreveremos as oito etapas para a situação típica de compra nova.
» Identificação do problema;
» Descrição da necessidade;
47
CAPÍTULO 4 • COMPORTAMENTO DE COMPRA
» Especificações do produto.
» Busca de fornecedores;
» Solicitação de proposta;
» Seleção de fornecedor;
» Revisão do desempenho.
Seção Consumidor
Assim sendo, a razão de ser desta seção do plano é conhecer e entender o consumidor do produto
objeto do plano de marketing, e o SIM é a fonte das informações que a irão compor.
Perfil do consumidor
» Qual seu perfil social (grupos de referência, família, papéis e posições sociais)?
» Qual seu perfil pessoal (idade, ocupação, condições econômicas, estilo de vida, personalidade)?
48
COMPORTAMENTO DE COMPRA • CAPÍTULO 4
Papéis de compra
Lembre-se de que nem sempre quem compra é quem usa o produto. Existem algumas outras
variáveis, indicadas pelas seguintes perguntas:
» Quem é o influenciador?
» Quem é o comprador?
Sintetizando
» Os principais hábitos de consumo dos consumidores do século XXI e como eles impactam na postura estratégica das
organizações.
» O grau de influência dos diferentes grupos de referências na tomada de decisão de compra dos consumidores.
49
CAPÍTULO
MARKETING TÁTICO 5
Introdução
Agora vamos colocar em prática o conteúdo estudado nas disciplinas anteriores e nos nossos
primeiros capítulos por meio do desenvolvimento das táticas de marketing, pois, conforme ficou
claro durante o nosso aprendizado, para que o plano de marketing seja, realmente, confiável, é
fundamental que sejam criadas e implementadas táticas que estejam de acordo com os recursos
disponíveis das organizações e a realidade do seu mercado de atuação.
Objetivos
Esperamos que, após o estudo do conteúdo deste capítulo, você seja capaz de:
50
MARKETING TÁTICO • CAPÍTULO 5
Marketing Tático
Para que o plano seja confiável, é muito importante desenvolver táticas realistas e de acordo
com os prazos previstos.
Produto
Além disso, um produto pode ser classificado como de consumo (p. ex.: xampu) ou industrial
(p. ex.: máquinas para uma fábrica).
Esta seção do plano de marketing descreverá detalhes táticos referentes ao produto. Os principais
elementos a serem considerados estão descritos a seguir:
Histórico
No caso de produto existente, faz-se um breve histórico sobre ele; quando se tratar de produto
novo, explicam-se as razões de sua criação e de seu desenvolvimento.
» Em que fase de seu ciclo de vida o produto está: introdução, crescimento, maturidade
ou declínio?
» Qual a estratégia básica para o produto, considerando-se o atual estágio do seu ciclo
de vida?
51
CAPÍTULO 5 • MARKETING TÁTICO
Características
Marca
Design
Embalagens e rótulos
» Quantas embalagens, ou versões, serão comercializadas?
Rótulos
» Qual o conteúdo, em termos de peso ou de volume?
52
MARKETING TÁTICO • CAPÍTULO 5
» Qual o texto dos rótulos? Já houve aprovação legal e técnica para o rótulo?
Qualidade
Serviços e garantias
Necessidades regionais
» Que características regionais das necessidades e dos desejos dos consumidores causarão
impacto no produto e exigirão versões específicas (influências ambientais, culturais,
religiosas, geográficas, legais, linguísticas)?
Desenvolvimento de produto
Pesquisas previstas
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CAPÍTULO 5 • MARKETING TÁTICO
Este tópico resume as principais providências relativas à produção e à logística. Ele deve ser
preenchido com precisão a partir das informações fornecidas pela diretoria ou gerência da área.
Elementos importantes:
» Suprimentos
» Instalações e espaço
» Equipamentos
» Pessoal técnico
» Testes médicos
» Quadro-resumo de investimentos
› Mostrar um quadro que resuma os valores anuais dos investimentos cotados nos
itens anteriores.
Ponto
O P de ponto de venda é também chamado simplesmente de ponto, praça ou, ainda, distribuição.
É uma forma mnemônica de se referir a um conjunto complexo de elementos que visa tornar
o produto disponível para o consumidor onde e quando ele o desejar, e isso inclui elementos
importantes como canais de distribuição, logística de mercado e as variáveis que integram
esses elementos.
54
MARKETING TÁTICO • CAPÍTULO 5
Nesta seção, serão definidas as táticas relativas a todo o processo de distribuição do produto
para o mercado-alvo.
Canais de distribuição
» As vendas serão diretas ao consumidor? Ou serão feitas por intermediários?
» Se houver possibilidade de conflitos entre canais, como esses conflitos serão administrados?
Logística de mercado
Logística de mercado é um conceito que evoluiu do processo de distribuição física para o conceito
de administração da cadeia de suprimentos. A função da logística de mercado é coordenar as
atividades de fornecedores, compradores, fabricantes, profissionais de marketing, participantes
de canal e consumidores.
Estoques
» Qual a necessidade de estoque por canal?
Transporte
» Quem fará o transporte do produto?
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CAPÍTULO 5 • MARKETING TÁTICO
Armazenagem
Previsão de vendas
Uma previsão de vendas bem feita deve ser desenvolvida de acordo com os seguintes parâmetros:
» Por canal de distribuição e, se possível, por cliente (mês a mês para os primeiros 12
meses; dependendo do ciclo de compras do produto, a previsão de vendas deve ser
feita para cada dia);
» Para os primeiros cinco anos, com previsões anuais distintas para cada ano;
Existem vários métodos de previsão de vendas, e é preciso distinguir entre os que são aplicáveis a
produtos existentes e os que podem ser empregados em produtos novos. Os principais métodos
são:
Produtos existentes
» Métodos qualitativos
› Análise da tendência: refere-se à projeção de vendas com base nas vendas passadas
do produto;
56
MARKETING TÁTICO • CAPÍTULO 5
› Semimédias: são o cálculo da média entre duas médias; aplica-se quando existe uma
tendência linear ou aproximadamente linear;
› Ciclos: é o estudo dos ciclos econômicos e a influência que exercem nas vendas de
determinado produto.
Produtos novos
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CAPÍTULO 5 • MARKETING TÁTICO
» Substituição: este método analisa o produto novo como se fosse substituir algum
produto ou serviço existente;
Muitas empresas costumam usar não apenas um método de previsão de vendas, mas dois, três ou
mais métodos diferentes que se complementam e aumentam a precisão da previsão de vendas.
Pesquisas previstas
» Que pesquisas de mercado estão previstas para avaliar as táticas de ponto utilizadas?
Promoção
Promoção de
Propaganda Relações públicas Venda pessoal Marketing direto
vendas
Anúncios Adesivos Comunidade Amostras Catálogos
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MARKETING TÁTICO • CAPÍTULO 5
Promoção de
Propaganda Relações públicas Venda pessoal Marketing direto
vendas
Videoteipes Exposições Mídias especiais Telemarketing
Feiras Patrocínios
Fidelização Publicações
Seminários
A seguir, temos as perguntas mais importantes que precisam ser respondidas nesta seção do
plano de marketing.
Propaganda
Público-alvo
Copy strategy
Copy strategy, ou estratégia de criação, é uma técnica útil para definir com clareza e precisão
a comunicação do produto. Ela visa definir como a mensagem em si será desenvolvida para
atingir os objetivos do plano de marketing. Todas as peças de comunicação – como o comercial
de televisão, os impressos, os folhetos e qualquer outro material similar – serão criadas a partir
do copy strategy. O conteúdo do copy strategy deve considerar os itens que se seguem:
» Objetivo: define qual a imagem que se deseja estabelecer para o produto com base no
seu posicionamento.
» Reason why: define qual a razão lógica que justifica o posicionamento que se deseja
estabelecer para o produto.
59
CAPÍTULO 5 • MARKETING TÁTICO
Agência de propaganda
» O serviço de propaganda poderá ser feito na própria empresa, por funcionários
especializados ou a ser contratados?
Mídia
» Qual o objetivo a ser atingido com a mídia no ano I?
Obs. Em geral, os objetivos de mídia são expressos em GRP (gross rating points) ou em
TGRP (target gross rating points); também se mencionam cobertura e frequência.
Obs. É útil acrescentar comentários referentes à possível reação dos concorrentes e quanto
ao nível de investimentos para o nosso produto; um forte apoio de construção de imagem
de marca normalmente requer um investimento comparativo – em porcentagem do total
investido pelo mercado –, equivalente a três ou quatro vezes o objetivo de participação
de mercado para a marca.
» Qual o quadro de inserções para cada praça em que haverá apoio de mídia?
Promoção de vendas
» Qual o objetivo a ser atingido com a promoção de vendas?
» Quais os programas para cada ferramenta a ser utilizada ao longo do primeiro ano?
Relações públicas
» Qual o objetivo a ser atingido com relações públicas?
60
MARKETING TÁTICO • CAPÍTULO 5
» Quais os programas para cada ferramenta a ser utilizada ao longo do primeiro ano?
Capacidade de absorção
Treinamento da equipe
Material de trabalho
Marketing direto
» Quais os programas para cada ferramenta a ser utilizada ao longo do primeiro ano?
Evento de lançamento
» Será feito algum evento oficial para o produto (p. ex.: convenção de lançamento)?
61
CAPÍTULO 5 • MARKETING TÁTICO
Endomarketing
Uma das situações mais constrangedoras – e também potencialmente destrutivas para o sucesso
de qualquer projeto de marketing é quando um cliente telefona para a empresa, pergunta sobre
um produto novo da organização e a telefonista fica sem saber o que dizer, sentindo-se como
pessoa traída: a última a saber. Cabe ao planejador de marketing evitar que situações assim
possam acontecer com o seu produto.
62
MARKETING TÁTICO • CAPÍTULO 5
Pesquisas previstas
» Quais as pesquisas de mercado previstas para avaliar as táticas de promoção utilizadas
Preço
O P de preço é um elemento muito complexo e extremamente sensível: afeta diretamente a
receita e o lucro. Vamos lembrar algumas características principais do preço:
» O preço recebe muitos nomes: salário, juros, mensalidade, taxa, honorários, gorjeta,
gratificação;
» É o único elemento do marketing mix que produz receita (os demais geram despesas
e custos);
» Quando o consumidor diz “está caro”, frequentemente quer dizer muitas outras coisas:
“não tenho dinheiro agora”, “não gosto da imagem do produto”, “não tenho necessidade
do produto”, “não posso decidir sozinho”.
» O P de preço inclui muitas variáveis, que vão desde os custos do produto até o preço
para o consumidor, passando por descontos e valores de venda para os canais.
Objetivo
» Qual o nível de preços estabelecido para o produto (baixo, médio, alto, luxo)?
Estratégia
» Qual a estratégia de preços para o produto?
63
CAPÍTULO 5 • MARKETING TÁTICO
Controle de preços
Condições de pagamento
Financiamento
» Há financiamento disponível?
Estrutura de preços
Estrutura de custos
Pesquisas previstas
Fonte: O conteúdo deste capítulo foi adaptado do livro Plano de marketing: passo a passo –
Vicente Ambrósio.
64
MARKETING TÁTICO • CAPÍTULO 5
Sintetizando
» O papel das decisões táticas de marketing para que as organizações alcancem os resultados esperados.
» Como identificar o melhor aproveitamento dos recursos da organização na escolha das táticas que serão sugeridas.
65
CAPÍTULO
DESENVOLVIMENTO DO PLANO
ESTRATÉGICO E TÁTICO DE
MARKETING 6
Introdução
Objetivos
Esperamos que, após o estudo do conteúdo deste capítulo, você seja capaz de:
66
DESENVOLVIMENTO DO PLANO ESTRATÉGICO E TÁTICO DE MARKETING • CAPÍTULO 6
Pensando um pouco, pode-se perceber que todas as pessoas planejam e que quase sempre se
pensa no futuro. Planeja-se, por exemplo, sair de férias, fazer compras, estudar. O planejamento
surge da necessidade de se olhar para o futuro, de fazer com que as expectativas sejam realizadas.
Não se tem absoluta certeza dos acontecimentos, pois não se pode prever o que vai acontecer,
mas se pode planejar, a fim de se tomar atitudes para que o melhor aconteça. Planejar é uma
forma de se adiantar e enfrentar os fatos desconhecidos e incertos; é uma estratégia para
sobreviver.
A necessidade de um planejamento estratégico surgiu por volta dos anos 1980/1985, na Quarta
Era da Qualidade.
A Quarta Era é marcada pela competitividade, em que não basta somente inspecionar, controlar
e garantir; há que ser preditivo, proativo.
O Planejamento Estratégico é usado com muita frequência nos dias de hoje. A organização
que tem um planejamento estratégico aumenta suas chances de sucesso em um mundo de
negócios que muda constantemente. Os planos estratégicos não são garantia, não é uma
ciência que mostra o que é certo ou errado em relação ao futuro, mas prepara a organização
para o que está por vir.
Sua elaboração aumenta a probabilidade de que, no futuro, sua organização esteja no lugar
certo, na hora certa. Um plano estratégico oferece uma visão do futuro. Independente do porte
da organização, o plano estratégico indica a direção estabelecida pelo patrocinador principal.
Ajuda como guia ao longo da jornada.
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CAPÍTULO 6 • DESENVOLVIMENTO DO PLANO ESTRATÉGICO E TÁTICO DE MARKETING
Para se ter uma perspectiva detalhada do futuro, é preciso criar vários cenários relacionados ao
que vai acontecer e, para se construir um planejamento estratégico eficaz, é importante verificar
as premissas em que se inclui. Para se ter certeza de que as premissas são realistas, grande parte
do plano deve ser dedicada a tentar compreender seu ambiente atual, como o que está ocorrendo
na organização, no ambiente e no mercado.
Ter estratégia é fazer opções. É escolher como a sua organização vai se diferenciar das outras.
É definir o que é bom para você – não é ir atrás do que é bom para todo mundo. Ter estratégia é
importante, porque as vantagens operacionais não demoram a ser imitadas. Mas, se conseguir
criar uma estratégia única, sua posição se torna sustentável por muito mais tempo.
Todo negócio integra vários sistemas organizacionais por meio de pessoas com responsabilidades
e dentro de uma hierarquia de decisões. É muito importante ter em mente que a organização para
o negócio não acontece por acaso. Alguém deve tomar conta dela. Organizar estrategicamente
não é uma tarefa fácil. O líder decide, por consenso, com líderes dos sistemas organizacionais
que constituem o negócio.
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DESENVOLVIMENTO DO PLANO ESTRATÉGICO E TÁTICO DE MARKETING • CAPÍTULO 6
Análise Ambiental
Visão e Missão
Perfil do Negócio
Valores
Objetivos Estratégicos
Metas
Visão do futuro
Caracteriza a posição ou situação em que a organização pretende se situar num futuro definido
pela Alta Administração. A visão de futuro deve ser revista periodicamente, na frequência julgada
conveniente pela Alta Administração.
Pode-se pensar que se está num dia de domingo. Na manchete do principal jornal de sua região
saiu uma reportagem sensacional sobre a sua organização. É a imagem que o mercado faz do
seu negócio.
A Visão de Futuro de um negócio deve refletir a imagem que o líder pretende para a sua organização
nesse futuro. Não deve contemplar apenas uma coleção de frases de efeito para agradar o ego
de alguns, mas, sim, refletir o desejo mais sincero do líder do negócio. É para alcançar a Visão
que o líder vai concentrar seus esforços, portanto, os colaboradores devem entendê-la, acreditar
nela e desdobrar esforços para seu atingimento.
“Para quem não sabe aonde vai, qualquer caminho serve”. A Visão deve indicar o caminho a
seguir, a direção a que o negócio está se dirigindo, para que todos os que vão implementá-la
saibam para onde estão indo!
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CAPÍTULO 6 • DESENVOLVIMENTO DO PLANO ESTRATÉGICO E TÁTICO DE MARKETING
» Positiva e inspiradora.
Missão
É a razão de ser da organização, ou seja, o papel que ela desempenha na sociedade e que justifica
a sua existência. É a diretriz de ordem superior que permitirá o alcance da Visão de Futuro,
caracterizando o compromisso do nível estratégico da organização com a qualidade almejada.
A figura 3 ilustra a relação entre a Missão do Negócio e a Visão de Futuro de uma organização.
Missão de Negócios
Hoje
A partir de agora, você já sabe qual é a direção para qual o comandante está levando o barco.
Você tem uma entre quatro escolhas:
» Remar contra;
Pense, agora, nas possíveis reações que uma pessoa tem quando está numa organização. Qualquer
uma das quatro alternativas anteriores está presente para a escolha de qualquer funcionário de
qualquer organização.
A Visão de Futuro do líder é a direção para onde o “barco” da sua organização está indo. Ele só
alcançará o destino se todos remarem na mesma direção.
Para que você possa remar a favor, terá que ser definido o esforço a ser empreendido. Esse esforço
vai se traduzir na Missão do seu Negócio.
A Missão do Negócio estabelece as ações a serem tomadas para que se consiga alcançar a Visão
de Futuro. É a razão de ser da organização.
70
DESENVOLVIMENTO DO PLANO ESTRATÉGICO E TÁTICO DE MARKETING • CAPÍTULO 6
O perfil do negócio é utilizado, nessa fase, para se verificar a posição e o entendimento que as
pessoas têm sobre a organização em que se trabalha. É muito importante para a definição da
missão e alinhamento de percepções.
Para se obter um resultado efetivo, você deve ter certeza de que toda organização funciona como
um sistema adaptável às contingências e perturbações vindas do ambiente.
Diferentemente de passado recente, todo processo de melhoria tem foco no negócio. Todo
benefício que proporciona qualidade às organizações está vinculado a, pelo menos, quatro
grandes objetivos do negócio:
» Redução de custos;
» Aumento de faturamento;
Leia com atenção o modelo de organização adaptável descrito a seguir. Ele estabelece o perfil
de um negócio de uma empresa de informática, cognominada CompuBeta. Está baseado em 12
subsistemas. A descrição do perfil da empresa pode ser adaptada a qualquer tipo de negócio, pois
todos os 12 subsistemas estão presentes em todos eles, nas grandes ou pequenas organizações.
2. Insumos básicos.
71
CAPÍTULO 6 • DESENVOLVIMENTO DO PLANO ESTRATÉGICO E TÁTICO DE MARKETING
8. Mercado de concorrentes.
9. Pressão da conjuntura.
A CompuBeta (1) é uma empresa de engenharia de sistemas de software. Ela recebe capital,
equipe, tecnologia e material (2) de um mercado fornecedor (3), e produz produtos e
serviços (4), que incluem serviços de consultoria de sistemas, softwares personalizados
e pacotes de softwares.
Ela vende seus produtos e serviços para um mercado primário (5) – companhias
aeroespaciais – assim como para outros mercados industriais e individuais. Dentro da
CompuBeta, funções tais como (6) Marketing, Desenvolvimento de Produtos e Operações
de Campo funcionam como fornecedores e clientes internos, que convertem as entradas
em saídas da companhia.
Seus clientes lhe dão feedback (7) por meio de negócios adicionais, de reclamações,
indicações e pedidos de serviços. Seus concorrentes (8) são outras companhias de
engenharia de sistemas e softwares que servem aos mercados da CompuBeta.
Ela conduz seus negócios dentro do contexto político, social e econômico brasileiro
(9). Os fornecedores da CompuBeta são considerados parceiros (10). A CompuBeta tem
diversos mecanismos internos e um sistema de informações para checar a precisão e a
eficiência de seus códigos, relatórios e pacotes (11).
Análise ambiental
Michael Porter define que existem cinco forças competitivas que são: Fornecedores, Intensidade
da Concorrência, Consumidores, Novos Entrantes e Substitutos.
72
DESENVOLVIMENTO DO PLANO ESTRATÉGICO E TÁTICO DE MARKETING • CAPÍTULO 6
que ser avaliados em relação às situações enfrentadas, e um ponto forte em uma circunstância
pode ser um ponto fraco em outra. Os pontos fortes e fracos de uma empresa podem ser listados
da maneira a seguir.
» Os pontos fortes e fracos de sua organização não dependem apenas de suas próprias
capacidades e recursos, mas das oportunidades e riscos que surgem a partir de coisas que
estão fora do seu controle. Dependendo da situação que se enfrenta, as oportunidades
e ameaças aparecem, desaparecem e mudam o tempo todo, e os pontos fortes e fracos
de sua organização mudam com elas.
» Os pontos fortes são as capacidades, recursos e habilidades que servem de base para
desenvolver estratégias, implementar planos e alcançar as metas que você estabeleceu
para a sua organização.
A seguir apresentamos um quadro contendo possíveis pontos fortes e pontos fracos, dependendo
da relevância que eles tenham para determinada organização. Preencha o quadro para ter uma
noção de alguns pontos fortes e fracos de sua organização.
Quadro 6.
FATORES CONCEITO
BAIXO MÉDIO ALTO
Nível de escolaridade superior
Nível de treinamento
Nível de retrabalho
Participação espontânea
Equipamentos modernos
Custo de operações
Sistemas de comunicação
Máquinas ultrapassadas
Grau de desmotivação
Equipamentos obsoletos
Serviços de apoio
Índice de acidentes
Imagem de marca
73
CAPÍTULO 6 • DESENVOLVIMENTO DO PLANO ESTRATÉGICO E TÁTICO DE MARKETING
FATORES CONCEITO
BAIXO MÉDIO ALTO
Preço com relação aos concorrentes
Investimentos publicitários
Consciência do cliente
Qualidade do atendimento
Serviços adicionais
Rede de concessionárias
Logística
Situação econômica
Situação financeira
Cenários
Segundo Porter (1985, p. 412), “um cenário é uma visão internamente consistente daquilo que
o futuro poderia vir a ser”.
Os cenários industriais são constituídos a partir da análise da própria indústria com vistas à
construção de estratégias competitivas e, nesse sentido, incluem análise da concorrência.
» Tendências sociais;
» Crises de energia;
» Condições econômicas;
74
DESENVOLVIMENTO DO PLANO ESTRATÉGICO E TÁTICO DE MARKETING • CAPÍTULO 6
» Padrões de consumo;
» Mudanças culturais.
Merece destaque o Relatório Popcorn, obra de autoria de Popcorn, em que se encontram análises
e estudos de tendência com aspectos de alta relevância para construção de cenários.
Daí resulta que, mesmo que nenhum cenário se aplique perfeitamente, a sua reflexão serve como
exercício estimulante da criatividade.
Drucker, em sua obra Administração em tempos de grandes mudanças, afirma que “as mudanças
mais importantes são aquelas que acontecem sem que ninguém preveja”.
Drucker continua: “Não se pode tomar decisões para o futuro. Decisões são compromissos com
ações. E estas sempre se dão no presente e somente nele. Porém, as ações no presente também
são a única forma de se fazer o futuro”.
Os valores
A ética empresarial tem girado em torno da sobrevivência no mercado. Atenda seus clientes, vença
a concorrência. Contudo, mesmo em um ambiente de negócios dominado pelas economias de
mercado, pela competição global e pelas leis da selva, os valores continuam sendo importantes.
Na verdade, estamos convencidos de que planos estratégicos bem-sucedidos devem começar
com uma declaração de valores da organização.
Os valores mantêm todos em sua organização no curso certo, caminhando na mesma direção.
Quando ocorrer o inesperado, você estará preparado para reagir rápida e decisivamente, baseado
numa clara compreensão do que realmente importa.
Objetivos Estratégicos
Um objetivo estratégico pode ser comparado com a programação de uma viagem de férias de carro.
Escolher o caminho é essencial, a escolha do itinerário, determinando cuidadosamente metas
de quilometragem e lugares que deseja visitar, para que suas férias não se transformem em um
pesadelo. A não definição de objetivos pode resultar em consequências muito drásticas. Um fato a
ser relembrado é o diálogo entre Alice e o Gato em Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carrol.
75
CAPÍTULO 6 • DESENVOLVIMENTO DO PLANO ESTRATÉGICO E TÁTICO DE MARKETING
Alice perguntou:
É a descrição clara, precisa, sucinta dos alvos a atingir. São os indicadores da ação para se chegar
aos resultados. Sem objetivos consistentes, conhecidos e reconhecidos por consenso, haverá
divergência de rumos em matérias essenciais e não haverá integração e nem coesão das equipes
(CHIAVENATO; MATOS, 1999).
Metas
Os Objetivos Estratégicos são desdobrados em metas que devem ser específicas e medidas por
indicadores nelas expressos, devendo ter prazo e responsáveis definidos para a sua execução.
» Ser específica;
Antes, porém, convém tecer algumas considerações que julgamos relevantes para situar com
precisão o papel do planejamento que redundará na confecção do plano.
Nesse sentido, os planos de marketing, a nosso ver, tornam-se indispensáveis para que os objetivos
e as metas organizacionais sejam atingidos.
Igualmente, o plano não é a finalidade última e, sim, um instrumento, uma ferramenta de gestão
de suas ações.
76
DESENVOLVIMENTO DO PLANO ESTRATÉGICO E TÁTICO DE MARKETING • CAPÍTULO 6
Muitas empresas se contentam com o plano como se ele, por si só, fosse capaz de efetivar uma
ideia ou projeto.
Neste capítulo, vamos apreciar os caminhos práticos para elaboração de um plano geral de
Marketing em todas as suas fases, destacando tratar-se de uma proposição entre outros possíveis
caminhos. Aliás, cada organização deve procurar encontrar seu caminho próprio.
Uma organização pode ser competente em Marketing estratégico e tático e mesmo assim não
lograr êxito em seu plano de Marketing.
A empresa precisa ter a capacidade de elaborar e executar bem o seu plano. “O processo de
planejamento pode ser mais importante que os planos que dele surgem” (KOTLER, 1999, p. 206).
Uma empresa pode elaborar diversos tipos de plano de marketing, segundo Kotler (2000, p. 206).
» Plano para lançamento de produtos: todo produto novo deve merecer um plano para
desenvolvimento e lançamento.
» Plano por segmento de produto: caso o produto ou serviço seja vendido para diversos
segmentos, então para cada um, deve ser elaborado um plano de marketing.
Na verdade, como já afirmamos antes, não existe um modelo ideal. Cada organização deve
construir um plano que atenda a suas necessidades e colabore para atingimento de suas metas
nos prazos projetados.
Estrutura do plano
» Sumário executivo;
77
CAPÍTULO 6 • DESENVOLVIMENTO DO PLANO ESTRATÉGICO E TÁTICO DE MARKETING
» Análise ambiental;
» Estratégias de marketing;
» Plano de ação;
» Instrumentos de controle.
Algumas organizações costumam elaborar um resumo do que é abordado ao longo do plano. Para
Ambrosio (2012, p. 34), com a tendência de elaborar planos concisos apesar de completos, sem
deixar de lado os detalhes, esse resumo acaba sendo uma repetição do plano, sendo incoerente
com a busca da otimização operacional. Contudo, se você preferir usar o sumário executivo,
listamos a seguir os itens que, em geral, constam dele:
» Situação;
» Objetivos;
» Mercado;
» Posicionamento proposto;
» 4 Ps;
» Perfil do consumidor.
A figura a seguir identifica as três etapas do plano de marketing dentro de uma visão geral.
Figura 4.
1ª ETAPA: PLANEJAMENTO
SUMÁRIO EXECUTIVO
ANÁLISE DE AMBIENTE
DEFINIÇÃO DO PÚBLICO-ALVO
DEFINIÇÃO DA MARCA
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DEFINIÇÃO DO POSICIONAMENTO DE MERCADO
DESENVOLVIMENTO DO PLANO ESTRATÉGICO E TÁTICO DE MARKETING • CAPÍTULO 6
DEFINIÇÃO DA MARCA
2ª ETAPA: IMPLEMENTAÇÃO
Sintetizando
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