Diagnéstico ambiental para producao de algodao herbaceo no municipio de Campina Grande, Paraiba Environmental diagnosis for herbaceous cotton production in the municipality of Campina Grande, Paraiba DOF: 10.55905/teveonv.16n.4-020 Recebimento dos originais: 10/04/2023 Aceitagdo para publicado: 10/05/2023 Felipe Lira Furtado Graduado em Engenharia Elétrica Instituigio: Universidade Federal de Campina Grande Endereco: Campina Grande - PB, Brasil E-mail: flira@gmail.com Airton Goncalves de Oliveira Mestre em Engenharia Agricola Instituigdo: Universidade Federal de Campina Grande Endereco: Campina Grande - PB, Brasil E-mail: aistonufeg]454@gmail.com Dermeval Araiijo Furtado Doutor em Recursos Naturais Instituigdo: Universidade Federal da Paraiba Endereco: Campina Grande - PB, Brasil E-mail: araujodermaval@gmail.com ‘Vera Liicia Antunes de Lima Doutora em Engenharia Agricola Instituicfio: Universidade Federal de Vigosa Endereco: Campina Grande - PB, Brasil E-mail: antunestima@gmail.com José Wallace Barbosa do Nascimento Doutor em Engenharia de Estruturas Instituigdo: Universidade de Sao Paulo Endereco: Campina Grande - PB, Brasil Exmail: wallacebosa@gmail.com José Pinheiro Lopes Neto Doutor em Engenharia de Processos Instituigdo: Universidade Federal de Campina Grande Endereco: Campina Grande - PB, Brasil E-mail: lopesneto@gmail.com Contribuciones a Las Ciencias Sociales, So José dos Pinhais, v.16, n.4, p. 1794-1805, 20231794John Edson Chiodi Mestre em Engenharia Agricola Instituigdo: Universidade Federal de Campina Grande Enderego: Campina Grande - PB, Brasil E-mail: jobnedsonmax@yahoo.com Tacila Rodrigues Arruda Graduada em Zootecnia Instituigdo: Universidade Federal da Paraiba Endereco: Campina Grande - PB, Brasil Eval: tacila.arruda@gmail.com RESUMO Neste trabalho objetivou-se analisar os dados bioclimatolégicos do municipio de Campina Grande, PB, relacionando-os com exigéncias para produgao de algodio herbaceo (Gossypium hirsutum L.), utilizando-se uma serie de dados de 20 anos obtidos no periodo de 1999 a 2019, fomnecidos pelo Copemicus Climate Change Service e INMET. As varidveis analisadas foram temperatura do ar média, minima, maxima, umidade relativa do ar e 0 indice pluviométrico. No municipio deve haver atencio especial para os periodos de plantio, evitando-se os meses mais frios do ano e, apesar das temperaturas baixas para algumas fases do desenvolvimento da planta, em todas suas etapas as varidveis climéticas se encontram proximas da zona de conforto ou dentro da sua faixa de tolerincia. Diante dos resultados do diagndstico bioclimstico é recomendado 0 cultivo do algodao de sequeiro entre os meses de janeiro a junho e em todos os meses para 0 cultivo do algodio irigado. Palavras-chave: Gossypium hirsutum L, conforto térmico, varidveis climatolégicas, ABSTRACT This paper aimed to analyze the bioclimatological data of the municipality of Campina Grande, PB, relating them with requirements for production of herbaceous cotton (Gossypium hirsutum L), using a series of 20-year data obtained in the period 1999 to 2019, provided by Copernicus Climate Change Service and INMET. The variables analyzed were average air temperature, ‘minimum, maximum, relative humidity and the rainfall index. In the city, special attention should be paid to the planting periods, avoiding the coldest months of the year and, despite the low temperatures for some phases of plant development, in all its stages the climatic variables are close to the comfort zone or within its tolerance range. The results of the bioclimatic diagnosis recommend the cultivation of rainfed cotton between the months of January and June and all the months for the cultivation of irrigated cotton. Keywords: Gossypium hirsutum L, thermal comfort, climatological variables. 1INTRODUCAO. Oalgodoeiro se adapta muito bem ao clima e as condigdes de solo do semidrido brasileiro, por ser uma planta de metabolismo fotossintético C3 e, apesar de ser uma heliéfita, possui altas Contribuciones a Las Ciencias Sociales, So José dos Pinhais, v.16, n.4, p. 1794-1805, 20231795taxas de fotorrespiracio, ndo se saturando em condigdes de campo, mesmo com méxima de radiagio solar (Eeher et al., 2010). O algodoeiro (Gossypium hirsutum L.) é uma planta perene que resulta em um produto de alta importincia econdmica para a populagio, devido a recorréncia a fibra natural presente no vestuario ¢ em outros produtos de uso doméstico. A produgao se tornou uma grande atividade agricola dentro da economia mundial, se fazendo presente em todos os lugares do nmundo (Gongalves ¢ Gongalves, 2009). ‘No municipio de Campina Grande/PB a agricultura apresenta relevincia econdmica (Santos et al., 2011) ¢ ja foi um dos polos principais de beneficiamento e produtor do algodio herbiceo, sendo que para elevar a produgio e a produtividade deve-se conhecer as condigoes climaticas da regido e as exigéncias da cultura, algo que pode nao ter acontecido e declinou a produgao, Compreender o efgito das varidveis climéticas ausilia no planejamento da melhor época de semeadura, bem como nas outras priticas de manejo da cultura, podendo desta maneira organizar e planejar as atividades desde a semeadura até a colheita (Daniel et al., 2021). Assim, a caracterizagio da aptidao agroclimitica visa empregar os parimetros meteoroldgicos que mais interferem no desenvolvimento ¢ que possam prejudicar no crescimento das culturas agricolas, deste modo, é de grande importancia compreender a sua variabilidade e suas condigdes extremas (Medeiros et al., 2018). A cultura do algodoeiro necessita de temperaturas médias do ar na faixa de 18 a 30°C, elevada radiagdo solar e horas de insolagao (Azevedo e Silva, 2007). Temperaturas do ar étimas para a cultura estio entre 25 e 30 °C (Daniel et al., 2021). A faixa de temperatura ideal para a germinagio do algodoeiro esti entre 25 ¢ 30 °C. O algodoeiro ¢ mnito sensivel a variagdes térmicas, sendo que temperaturas noturnas superiores a 25 °C atrasam o florescimento, enquanto temperaturas diumas em tomo dos 25 °C 0 estimulam (Silva et al., 2011). Outro fator preponderante na producio do algodio ¢ a disponibilidade hidrica, em determinadas fases fenologicas, 0 que pode comprometer o rendimento da cultura ¢ a qualidade do produto final da fibra (Arruda et al., 2002), A demanda hidrica da cultura é em tomo de 4 a 8 mm dia“, variando de acordo com a fase da cultura e a quantidade de Area foliar (Bezerra et al., 2012), necessitando de 700 mm de agua durante o seu ciclo para alcangar altas produtividades (Grimes e El Zik, 1990). Contribuciones a Las Ciencias Sociales, So José dos Pinhais, v.16, n.4, p. 1794-1805, 20231796O diagnéstico bioclimtico é fundamental nessas questdes, pois caracteriza os fatores meteorolégicos que atuam no desempenho dos cultivos, uma vez que condigdes extremas podem prejudicar sensivelmente 0 crescimento ¢ desenvolvimento das cultivares, objetivando-se identificar dreas e periodos criticos para cultivos e os menores riscos a agricultura (Medeiros et al, 2018). A reducio da producio de algoddo nao estar associada somente as condicdes climéticas, mas também a outros fatores como 0 econdmico e patologias que surgiram durante esse periodo, Visto a necessidade de aumentar o conhecimento para outras varidveis com plantas tolerante ao déficit hidrico e com maior acumulo de massa seca no capulho (Vasconcelos et al., 2008) as pesquisas se intensificam cada vez mais nessa érea, O algodio herbiceo (Gossypium hirsuttan L.), pertence a familia das malvaceas e tem como principal produto a fibra e como principal subproduto o éleo, sendo que para produzir satisfatoriamente requer clima ensolarado com periodo de 140 a 160 dias, média de temperatura superior a 20°C, solos medianamente profundos e de média a alta fertilidade (Beltrao et al., 1994). Doorenbos e Kassan (2000) citam que na germinagao a temperatura deve estar entre 18 a 30°C, possuindo como limite miximo 40 °C, na formago das gemas e florago o ideal € 30°C, com limite de 27 © 40 °C para os periodos noturno e diumo, respectivamente, € no desenvolvimento e maturagao dos capulhos a temperatura deve estar entre 27 e 32°C, com limite mxiximo de 38 °C, sendo que nas etapas iniciais a umidade relativa média do ar deve estar em torno de 60%. Barbour & Farquhar (2000) sugeriram que valores abaixo de 76% ja causam redugdes na produtividade do algodio herbaceo. O ciclo do algodoeiro oscila de acordo com as condigdes ambientais, entre 160 a 180 dias, dependendo principalmente da temperatura que tem como valores ideias entre 20 a 30°C temperaturas mais elevadas, acima de 30°C sao favordveis para a precocidade do ciclo (IMAMT, 2022), Tendo em vista o destaque da produgio do pais ¢ a necessidade de maior nimero de pesquisas referentes a produgdo em regides com climas onde as temperaturas so mais elevadas, esta pesquisa tem como objetivo realizar o diagnostic bioclimatologico para produgdio de algodio herbaceo no municipio de Campina Grande ~ PB que jé foi destaque com o algodao. Contribuciones a Las Ciencias Sociales, So José dos Pinhais, v.16, n.4, p. 1794-1805, 202317972 MATERIAL E METODOS trabalho foi desenvolvido na Universidade Federal de Campina Grande no municipio de Campina Grande que estar localizado no estado da Paraiba, na regido oriental do Planalto da Borborema. A cidade possui as seguintes coordenadas geogrificas: Latitude: 7° 13! 51" Sul, Longitude: 35° 52’ 54" Oeste. Possui também relevo que varia de 337 m a 665 m acima do nivel médio do mar (Medeiros, Silva, Medeiros, Lima, 2011). Baseado no método de Thomthwaite, o clima é classificado como “C2SW”, clima subtimido, com moderada deficiéncia de agua no verdo e com vegetagdo durante o ano (Francisco etal, 2014). Para a realizagio da determinagio da aptidio agroclimitica baseou-se nos dados de temperatura e precipitagio das estagdes meteorolégicas do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) (INMET, 2020), foram utilizados os dados de uma série historica de 20 (vinte) anos, obtidos no periodo de 1999 a 2019. Foram utilizados dados didrios de temperatura do ar e precipitagio, os quais foram verificadas e submetidos a correcdes, preenchimento de falhas ¢ anélise de consisténeia utilizando o software CLIMA, desenvolvido pelo Instituto Agronémico do Parana (IAPAR) (Faria et al., 2003), Foram analisadas as seguintes varidveis: temperatura do ar média, minima, maxima, bem como a média da umidade relativa do ar e indice pluviométrico (Tabela 1). Tabela 1. Médias da temperatura do ar, minima, maxima, umidade relativa do ar ¢ indice pluviométrico na série histérica de 1999 a 2019. ‘Varlivels climiticas Meses do ano Temp. Méd. CC) Temp. Max. CC) Temp Min ‘Chuva (mm Umidade Teneire ore) 26 70.7 0 710 Fevereiro 2 29.6 210 49.0 72.0 ‘Margo 244 294 2) 65.0 730 ‘Abril 240 287 210 670 763 Maio 233 278 205 540 78.0 Junho 20 2388 19.5 377 80.0 Julbo: 213) 231 18,7 Skt 79.0 Agosto a4 2389 184 33.0 75.0 Setembro 23 23 18.8 20 710 Outubro BS 29.2 19,4 180 67.0 Novembro 2 30.0 20.0 15.0 66.0 Dezembro, 244 29.9. 205 23.0 66.0 Fonte: Dados objidos a partir do Copernicus Climate Change Service. Contribuciones a Las Ciencias Sociales, So José dos Pinhais, v.16, n.4, p. 1794-1805, 20231798‘As varidveis (Tabela 1) foram utilizadas a fim de fazer um comparativo com o indice adequado ao bem-estar das plantas e, para melhor identificago das exigéncias das plantas comparado aos valores ideais recomendados na literatura, utilizou as seguintes indicagdes: 1 (inferior ao que ¢ exigido pelas plantas), S (superior ao que é exigido pelas plantas) e C (conforto a0 que é exigido pelas plantas) 3 RESULTADOS E DISCUSSAO Observou-se que para a cultura do algodio as temperaturas média e maxima do ar no municipio de Campina Grande (Tabela 1), esto dentro da média recomendada por Azevedo ¢ Silva (2007), em que 0 algodio herbiceo possui sua zona de conforto térmico entre 18 a 30°C, sendo as médias das temperaturas minimas ¢ maximas dentro da zona térmica de tolerancia para 0 algodao herbceo (Tabela 2). Os fatores que influenciam o potencial fisiolégico desde a germinagio até a produgio, que governam a capacidade teérica das sementes e plantas de expressar suas fungSes vitais sob condigdes ambientais favoriveis e desfavordveis sAo de acordo com a espécie, cultivar e estigio de desenvolvimento da planta, mas geralmente inclui temperatura, disponibilidade de Agua, caracteristicas do solo, protegao da planta e priticas de manejo (Marcos Filho, 2014). A temperatura média indicou 0 municipio como propicio para 0 cultivo do algodao em todos os meses do ano (Tabela 2). Nesse quesito tem que ser levado em consideragao a produgio do algodao de sequeiro ou plantagao do algodo com sistema de irrigagao, sendo o recomendado o cultivo de sequeiro no entre os meses de janeiro a julho ¢ 0 cultivo irrigada em qualquer época do ano. bela 2. Diagndstico bioclimstico para o municipio de Campina Grande-PB, para as varidveis temperatura do ar smédia (Timed), temperatura do ar minima (Tain) temperatura do ar mixima (Tmax), umidaderelativa do ar média (Umi). JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV _DEZ mf CC cc c c c cc C CC Tin) oC C€ C € GC GC € C GC GC C Cc Tmx() ¢ C C € C C © C GC CGC Cc ¢ URG@) Tf 1 ¢ ¢ ¢ © tori 1: inferior ao que é exigido pelas plantas: : superior ao que €exigido pelas plantas e C: conforto ao que € exigido elas plantas. O municipio apresenta um indice pluviométrico médio anual de $03 mm, abaixo do ideal para o cultivo do algodao herbaceo, que deve estar proximo de 700 mm (Grimes e El Zik, 1990), Contribuciones a Las Ciencias Sociales, So José dos Pinhais, v.16, n.4, p. 1794-1805, 20231799mas ainda dentro da faixa de tolerincia da planta para seu cultivo, que é de 450 a 1500 mm em caso de chuvas bem distribuidas (ECOCROP, 2019). Um baixo indice pluviométrico, como corre entre os meses de julho a dezembro, periodo quente do ano, pode comprometer 0 desenvolvimento ¢ produce do algodoeiro. Almeida et al, (2017) citam que 0 estresse por deficigncia hidrica e alta temperatura tende a levar a uma perda de produtividade, isto pois ocorre dimimuigao do mimero de estruturas reprodutivas e de capulhos por plantas, do rendimento de fibra e da produgdo de algodio em carogo. Isso possivelmente se deve ao fato do algodoeiro ser sensivel a alta temperatura e déficit hidrico acima do normal, interferindo seu ciclo, € consequentemente em seu potencial produtivo, pois tem via metabélica C3, € por isso, temperaturas acima da temperatura otima (32°C), afetam a fotossintese negativamente (IMAMT, 2022), A umidade relativa do ar ficou dentro da faixa de tolerancia nos meses de abril a julho, indicando que os meses ideais para sua mixima eficiéneia produtiva sejam de abril a julho, nesse caso 0 ciclo produtivo deve iniciar nesses meses quando se trata do cultivo de sequeiro. Nos demais meses a umidade relativa do ar foi inferior a indieada para 0 cultivo do algodao, nesses meses é necessario um maior cuidado com a cultura em relago a sanidade das plantas de modo evitar queda na produtividade (Doorenbos e Kassan, 2000). Observa-se que para as etapas iniciais da cultura o municipio se encontra dentro de todas as faixas de temperatura, mas um pouco acima do recomendado quando referente & umidade relativa do are, no geral acima da faixa recomendada para a fase de desenvolvimento e maturagio dos capulhos (Tabela 3). O periodo semanal que oferece menores riscos climaticos 4 semeadura do algodoeiro herbiceo no estado da Paraiba ocorre entre a 4* (22 a 28 de janeiro) e a 17° (23 a 29 de abril) semana do ano (Azevedo & Silva, 2007), 0 que condiz com os resultados observados quando referentes & temperatura maxima, embora o més de abril ja demonstre indices de temperatura menos adequados. Contribuciones a Las Ciencias Sociales, So José dos Pinhais, v.16, n.4, p. 1794-1805, 20231800‘Tabela 3. Diagnéstico bioclimético para o nuinicipio de Campina Grande para as fases de germinacio, formacio das gemas c floracio € de desenvolvimento ¢ maturacao dos capulhos.. JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV _DEZ. Tmed Cl CHC CCC Tmin Cl Ct Cl Cl Cl CL a CEC ca Tmx CC CC CC CC CC CC Cie CI CI Cee CeO OC Umi S$ _SsS_SsS_SSS_SS_SSS_SSG_SSS__ SSE COC Tetras em maitsculo a fase de germinacio, em minisculo a fase de formacto das gemas e floraglo, em maiisculo negro fase de desenvolvimento © maturagao dos capulbos. O rendimento agricola do algodio herbiceo no se correlaciona com a precipitagdo anual, sendo © mesmo mais influenciado pela distribuigio mensal das chuvas @ outros fatores destacando que a época de plantio ideal seria de novembro a maio e, que em Campina Grande isso ocorre de fevereiro a abril (Santos, 2011), recomendagdes condizentes com os observados no presente trabalho, Dantas, Santos e Olinda, (2015) fizeram uma anilise das tendéncias anuais © sazonais nos extremos de temperatura do ar e precipitagdo em Campina Grande, chegando a conelustio de que as temperaturas minimas e maximas didrias esto aumentando gradativamente, com significancia estatistica ao longo das iiltimas décadas, indicando que a cidade tende a se adequar gradativamente melhor 20 cultivo de algodio, fatos que podem alterar a produgéo agricola local. O municipio de Campina Grande/PB por se tratar de uma regio de clima ameno quando referente ao cultivo do algodio herbiceo, requer um cronograma adequado para maximizar a eficigncia de todas suas etapas de produgio, sendo de outubro a margo os meses ideais para a fase de cultivo e germinagio e os meses de jullio e agosto os mais limitantes para sua eficiéneia produtiva em relagdo a temperatura, mas ainda dentro da faixa de tolerancia da planta, 4 CONCLUSAO Os resultados analisados a partir da investigagao bioclimatologica da cidade de Campina Grande/PB comprovam que 0 cultivo de algodao herbaceo no municipio é adequado em todos os meses do ano para o cultivo irtigado e nos meses de janeiro a junho para o cultivo de sequeiro. Contribuciones a Las Ciencias Sociales, So José dos Pinhais, v.16, n.4, p. 1794-1805, 20231801AGRADECIMENTOS A Capes/CNPq pela concessio de bolsa de pesquisa aos autores ¢ a Universidade Federal de ‘Campina Grande, Unidade Académica de engenharia Agricola e ao Programa de pos-graduagao em Engenharia Agricola pelo auxilio para execugio da pesquisa. Contribuciones a Las Ciencias Sociales, So José dos Pinhais, v.16, n.4, p. 1794-1805, 20231802REFERENCIAS Almeida, E. A. B., Pereira, J. R., Azevedo, C. A. V., Zonta, J. H., Cordio, M. A. (2017) Algodoeiro herbaceo submetido a déficit hidrico: Produgao, Agropecuaria Cientifica no Semi- arido, v.13, p.22-28. Disponivel em: hitp:/Avwwaalice. cnptia.embrapa.br’alice/handle/doc’ 1083338. Acesso em: 20 de margo de 2023. Arruda, FP. de., Andrade, A. P. de ., Silva, Ide F. da ., Pereira, I. E., & Guimaries, M. A. M.. (2002). Emissio/abscisio de estruturas reprodutivas do algodoeiro herbiceo, ev. CNPA 7H: efeito do estresse hidrico, Revista Brasileira De Engenharia Agricola E Ambiental, v. 6, p.21- 27. ttps://doi.org/10.1590/$ 1415-43662002000100005 Azevedo, P. V. de., & Silva, F. D. dos S. (2007). Risco climatico para o cultivo do algodoeiro na regiao nordeste do Brasil. Revista Brasileira de Meteorologia, v. 22, p.408-416. https://doi.org/10.1590/80102-77862007000300012 Barbour, M. M. e Farquhar, G. D. (2000), Variacdo induzida pela umidade relativa e ABA nas proporgées de isotopos de carbono e oxigénio das folhas de algodio. Plant, Cell & Environment, v. 23, p.473-485. tips://doi.org/10.1046/j.1365-3040.2000.00575.x Beltrdio, N. E. M., Bezerra, J. R. C., Barreto, A. N., Lima, E. F., Oliveira, F. A. Ramalho, F. de S., Santana, J. C.F. de., Costa, J. N., Medeiros, J. da C., Bezerra, J. E. S., Carvalho, J.M. F. C., Nobrega, L. B. da., Silva, L. C., Carvalho, L. P. de., Amorim Neto, M. da S., Luz, M. J. da S. E. Silva, O. R. R. F. da., Braga Sobrinho, R., Almeida, R. P. de., Campos. T. G. da S. (1994). Recomendagées técnicas para o cultivo do algodoeiro herbaceo de sequeiro e irtigado nas regides Nordeste ¢ Norte do Brasil. Campina Grande: Embrapa, CNPA, p. 72 il. Embrapa-CNPA. Cireular Técnica, n. 17. Disponivel em: http://www.infoteca.cnptia.embrapa br/infoteca’ handle/doc/271732. Acesso em: 15 de margo de 2023. Bezerra. M. V. C., Silva, B. B. da., Bezerra, B. G., Borges. V. P.. & Oliveira, A. S. de. (2012). Evapotranspiragao e coeficiente de cultura do algodoeiro irrigado a partir de imagens de sensores orbitais. Revista Ciéncia Agronémica, v. 43, p.64~71. htips: //doi.org/10.1590/S1806- 66902012000100008 Daniel, D. F., Queiroz, T. M. de., Dallacort, R., & Barbieri, J. D. (2021). Aptidio Agroclimatica para a Cultura do Algodao em Trés Municipios do Estado de Mato Grosso, Brasil. Revista Brasileira de Meteorologia, v. 36, p.257-270. https:/doi, org/10.1590/0102-77863620148 Dantas, L.G., Santos, C. A. C., Olinda, R. A. (2015). Tendéncias anuais sazonais nos extremos de temperatura do ar e precipitagio em Campina Grande-PB. Revista Brasileira de ‘Meteorologia, v. 30, p.423-434. https://doi.org/10.1590/ 0102-7786201 30088 Doorenbos, J., Kassam, A. H. (1994). Efeito da Agua no rendimento das culturas, Campina Grande: UFPB, 2a ed. 306p. (Estudos FAO, Irrigagio e Drenagem, 33). Contribuciones a Las Ciencias Sociales, So José dos Pinhais, v.16, n.4, p. 1794-1805, 20231803Echer, F. R; Custodio, C. C.; Hossomi, $. T.; Dominato, J. C.; Machado Neto, N. B. (2014), Estresse hidrico induzido por monitol em cultivares de algodao. Revista Cléncia Agronomica, v. 41, p.638-645. https://doi.org/10.1590/S1806-669020100 00400018. ECOCROP database (Crop Ecological Requirements Database). Rome: Food and Agriculture Organization (FAO). 2021. Disponivel em: http://ecocrop.fao. org/ecocrop/srven/home. Acesso em: novembro de 2020. Faria, R. T., Caramori, P. H., Chibana, E. Y., Brito, L.R. S., Nakamura, A. K., Ferreira, A. R. (2003). Clima - Programa computacional para organizagio e anilise de dados meteorologicos. Engenharia Agricola, v. 23, p. 372-387. Disponivel em: EPAGRI- Sede: biblio@epagri.se.gov.br. Acesso em: 25/03/2023. Gongalves, J. $.. Gongalves, $. P. Transformagdes da produgao do algodio brasileiro ¢ os impactos nas paridades de pregos no mercado intemo. (2009). Revista Economia Ensaios, v. 23, p34 Disponivel em https:/seer.ufu.br/index. php’ revistaeconominensaios/article view/3633, Acesso em: 27 marco de 2023. Grimes, D. W., El-Zik, K. M., Cotton. (1990) In: STWART, B. A., Nielsen, D. R. Irrigation of agricultural crops. American Society of Agronomy: Crop Science Society of America, v. 30, p. 741-773. INMET, Instituto Nacional de Meteorologia. Banco de Dados Meteorolégicos para Ensino © Pesquisa - BDMEP 2020. Disponivel_— em__htip://www.inmet.gov.briportal! index.php’=bdmep/bdmep. Acesso em outubro de 2020. Instituto Mato-Grossense do Algodiio-IMAMT. (2022). Fisiologia aplicada ao manejo do algodoeiro. Mato Grosso, MT: IMANT. Disponivel em: _ bittps:/imamt.org.br! wpcontent/uploads/2022/02/boletim_fisiologia2022VFWEB.pdf. Acesso em: 29 janeiro de 2023. Mareos Filho, J. (2015). Teste de vigor de sementes: uma visio geral do pasado, presente ¢ perspectiva futura. Scientia Agricola, v. 72, p.363-374. hittps://doi.org/ 10.1590/0103-9016- 2015-0007 Medeiros, A., Silva, M., Medeiros, R., & Lima, R. (2011). Mudangas Climéticas em Campina Grande-PB — Um Estudo sobre 0 Aquecimento Urbano (Climate Change in Campina Grande-PB — A Study on Urban Heat), Revista Brasileira de Geografia Fisica, v. 4, p.278-285 doj:https:/doi.ora/10.26848/rbaf v4i2.232724 Medeiros, R. M.,. Nunes, J. C., Holanda, R. M., Franga, M. V. Abordagens climaticas: caju, palma forrageira € milho no municipio de Si Bento do Una-PE, Brasil. Journal of Environmental Analysis and Progress. =v. 3.3, pig. «310-318, 2018 hutps://doi.org/10.24221/jeap.3.3.2018.1996.310-318 Santos, A. N. C. dos. Influéneia da precipitagio no rendimento agricola do feljio (Phaseolus vulgaris L.) e algodio herbaceo (Gossypium hirsutum L,) em Campina Grande-PB. 2011. 64 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, So José dos Pinhais, v.16, n.4, p. 1794-1805, 20231804£, Dissertagio (Mestrado em Meteorologia) ~ Programa de Pés-Graduagio em Meteorologia, Centro de Tecnologia e Recursos Naturais, Universidade Federal de Campina Grande, Paraiba, Brasil, 2011. Disponivel em: http://dspace.sti.ufeg.edu.br:8080/jspui/handle/riufeg/3605 Silva, IP. F., Finior, J. F. S., Araldi, R., Tanaka, A. A., Giotto, M., Floresta, G. G., Lima, F. C. C. QOL1) Estudo das fases fenolégicas do algodoeiro (Gossypium hirsutum L.) Revista Cientifica Eletrdmiea de = Agronomia, v.10. p.l-10._Disponivel_ em: hitp://faef revista inf. br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/IKGx_Simg NOFVRW1_2013-5- 17-17-34-45.pdf. Acesso em: margo de 2023. Vasconcelos, U. A. A., Cavalcanti, J. J. V, Farias, F. J. C., Vasconcelos, W. S., Santos, R. C. Anélise dialética em algodoeiro (Gosspium hirsuinn L.) para tolerancia a estresse hidrico (2018). Revista Sio Paulo Perspectiva, v. 18, p.1984-1990. _htt:/dx.doi.org/10.1590/1984- 70332018v18nla4 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, So José dos Pinhais, v.16, n.4, p. 1794-1805, 20231805