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Direito Do Trabalho I - 1. º Bimestre 2023
Direito Do Trabalho I - 1. º Bimestre 2023
Bons estudos.
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UNIFAI – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ADAMANTINA
DIREITO DO TRABALHO I - PROF. Me. JOSÉ EDUARDO LIMA LOURENCINI
D
DIIRREEIITTO
ODDO
O TTRRAABBAALLH
HOO -- II
I- INTRODUÇAO AO ESTUDO DO DIREITO DO TRABALHO
1 - NOÇÕES GERAIS
Em razão do seu forte apelo dinâmico, seu conteúdo jurídico raramente encontra-
se delimitado tão somente a CLT. Há várias normas esparsas que acabam por
trazer grande influência a relação de emprego, dentre as mais importantes, as
diversas normas coletivas normativas específicas de cada categoria (acordos e
convenções coletivas), o que faz do Direito do Trabalho um ramo dos mais
complexos e abrangentes.
Temos nos dias atuais uma sociedade de massa, absolutamente integrada, o que
se reflete de maneira incisiva no campo econômico, cada vez mais globalizado e
competitivo, fazendo com que a redução de custos operacionais dos meios de
produção se torne cada vez mais uma prioridade dentro do ambiente empresarial.
Em face disso, a busca pela relativização das garantias trabalhistas se apresenta
como um tema de extrema relevância, gerando, indubitavelmente, uma
verdadeira queda de braço entre patrões e trabalhadores, os quais lutam com
todas suas forças para a manutenção de seus direitos, bem como de seus postos
de trabalho.
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Por fim, na área pública, o operador do Direito poderá atuar como serventuário da
Justiça do Trabalho, no Ministério Público do Trabalho ou ainda na Magistratura
do Trabalho, áreas extremamente concorridas, mas que, em regra, destinam
vantajosas remunerações, muito embora não se possa deixar de destacar a
complexidade do trabalho executado.
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ROMAR, Carla Teresa M.; LENZA, Pedro. Esquematizado - Direito do Trabalho. Editora Saraiva,
2021. 9786555591293, p. 16. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555591293/. Acesso em: 24 jun. 2022, p.
16.
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Vejamos.
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buscavam mais liberdade econômica e mão de obra barata para o trabalho nas
manufaturas, submetendo os trabalhadores a jornadas absolutamente
extenuantes de trabalho (12, 14, 16 horas), contando, inclusive, com mulheres e
crianças (6, 7 anos), pagando-se o menor salário possível. Muitos acidentes fatais
ocorriam; muitas mortes ocasionadas por doenças decorrentes do trabalho
também.
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Para saber mais, acesse: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/petroleo1.htm.
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Este cenário foi potencializado em razão das seguidas crises econômicas que o
mundo globalizado enfrentou nas últimas décadas (Rússia, Tigres Asiáticos, Grécia
e Portugal, Estados Unidos, etc). A prioridade se tornou a redução da atuação
Estatal, e, portanto, de suas despesas.
Por fim, neste mesmo caminho, importante citar o modelo de nosso vizinho
Uruguai: detentor de uma das mais modernas legislações trabalhistas do mundo,
toda e qualquer alteração neste âmbito conta com a efetiva participação de todos
os verdadeiros interessados, trazendo, desta forma, resultados práticos
animadores, sem grandes cismas sociais.
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sobretudo em razão da grave crise institucional que vivemos. Seus efeitos vêm
sendo aprofundados nos últimos anos. Quanto aos resultados, merecem uma
análise mais cuidadosa.
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Em outras palavras, um modelo de negócio que fora criado a partir de uma lógica
anticonsumista e democratizada, se tornou, em verdade, em uma plataforma
tecnológica de concentração de renda e de precarização das relações sociais e
trabalhistas.
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Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2019/05/09/economia/1557399108_045920.html.
Acesso em 26 fev. 2021.
5
Disponível em: https://einvestidor.estadao.com.br/negocios/airbnb-ipo-como-investir. Acesso
em 26 fev. 2021.
6
Disponível em: https://www.tst.jus.br/web/guest/-/afastado-v%C3%ADnculo-de-emprego-entre-
motorista-e-plataforma-de-transporte-por-aplicativo. Acesso em 27 fev. 2021.
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Desta forma, a decisão proferida pelo STF pode ser um indicativo de como este
tema será interpretado pelos tribunais superiores.
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Disponível em: https://www.tst.jus.br/web/guest/-/3%C2%AA-turma-reconhece-v%C3%ADnculo-
de-emprego-entre-motorista-e-uber. Acesso em 23 jun, 2022.
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Disponível em: https://www.ilo.org/brasilia/noticias/WCMS_571065/lang--pt/index.htm. Acesso
em 24 jun. 2022.
9
Disponível em: https://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/---europe/---ro-geneva/---ilo-
lisbon/documents/publication/wcms_749807.pdf. Acesso em: 24 jul. 2022.
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Vejamos.
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b) Fontes Formais
As fontes formais do Direito são consideradas os meios de revelação e
transparência da norma jurídica, produzindo relevantes efeitos à sociedade. Em
outras palavras, é o meio de exteriorização da norma jurídica ao mundo em
concreto, para que, assim, possa regulamentar as relações de cunho trabalhista.
Existe uma importante discussão sobre a origem das fontes formais, no que
pertine a sua origem: se provindas de um só núcleo ou de vários núcleos.
Para a teoria monista, de grande influência positivista, tendo como seu grande
representante Hans Kelsen, sustenta que as fontes formais do direito derivam de
um só núcleo positivista, O ESTADO, único ente dotado do poder de coerção e de
aplicação de eventuais sanções, sendo, portanto, o único com poderes de ditar as
regras do direito positivo trabalhista.
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I) Constituição: Como fonte formal do direito é a lei máxima, é aquela que emana
do poder central de forma a regular a aplicação do Direito do Trabalho na relação
de emprego. Advém de interesses sociais, políticos, religiosos, etc.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de
sua condição social:
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
III - fundo de garantia do tempo de serviço;
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por
motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do
trabalhador portador de deficiência;
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais
respectivos;
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer
trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
Por conseguinte, são classificas como negativas aquelas que proíbem algo, por
exemplo o trabalho do menor de 16 anos, discriminação de emprego em razão de
raça, credo, cor, estado civil, etc.
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II) Leis Complementares: É uma especial modalidade de lei que tem por objeto
regular determinados preceitos contidos na Constituição, especificando seu
âmbito de atuação. Desta forma, se configura como uma das mais relevantes
fontes do Direito do Trabalho.
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Para que tais instrumentos jurídicos tenham validade no Brasil é preciso que sejam
acatados por Decreto do Presidente da República. A partir daí, se tornam mais
uma espécie de fonte formal do Direito do Trabalho. Exemplo: Convenção 158 da
OIT., que tratava sobre o término da relação de trabalho.
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Vejamos um exemplo prático da utilização de Dissídios Coletivos: https://sicepot-
pr.com.br/deciso-do-tst-do-dissdio-coletivo-fetropar.html. Acesso em 08 mar. 2021.
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Vejamos um exemplo de Convenção Coletiva de Trabalho:
https://cdn.comerciarios.org.br/convencao/sindisider/CCT-SINDISIDER-2020-2021.pdf. Acesso em
08 mar. 2021.
12
Vejamos um exemplo de Acordo Coletivo de Trabalho:
https://drive.google.com/drive/folders/14UV-vMRJkODNHIkzc7nXYRx1xkKL4Uls. Acesso em 08
mar. 2021.
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Aqui também - tal como verificado na análise do novo § 2º do art. 8º da CLT -, a conclusão
interpretativa não pode ser primitiva, absurda. Nesse quadro, a interpretação racional,
lógica, sistemática e teleológica do novo § 3º do art. 8º da Consolidação é no sentido de
que a Justiça do Trabalho, ao examinar os preceitos constantes dos diplomas coletivos
negociados ( convenções coletivas e/ou acordos coletivos do trabalho), deve
compreender o papel regulador complementar à ordem jurídica heterônoma estatal que
é cumprido pela negociação coletiva trabalhista, respeitando, de maneira geral, os seus
dispositivos celebrados.
Entretanto, esse respeito aos dispositivos celebrados pela negociação coletiva trabalhista
não significa sufragar agressão frontal, por tais dispositivos - se houver -, ao patamar
civilizatório mínimo fixado pela Constituição da República e pelas normas internacionais
imperativas sobre direitos humanos econômicos, sociais e culturais, inclusive trabalhistas.
Não significa, igualmente, sufragar agressão frontal, por tais dispositivos, ao piso
civilizatório fixado pelas normas legais imperativas federais de proteção às condições de
trabalho, respeitadas, naturalmente, as ressalvas jurídicas pertinentes.
13Disponível em:
https://juslaboris.tst.jus.br/bitstream/handle/20.500.12178/157116/2014_peduzzi_maria_art8lei13467_reac
ao.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em 08 mar. 2021.
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O costume para ser fonte formal do Direito do Trabalho deve ser formado pela
convicção de um núcleo social sobre um determinado assunto que contenha
conteúdo jurídico.
Uso e costume estão sempre ligados. Tanto é assim que a CLT se refere a eles de
maneira geral no artigo 8. º :
b3) Figuras especiais: são espécies de fonte do Direito em que não é possível
caracterizar como autônoma ou heterônoma. Vejamos:
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Ora, é da essência do direito que cada uma das soluções dos casos concretos
tenha valor de exemplo. Também é sabido que a força do juiz se oculta numa
simples palavra. É ele quem dá a interpretação e se o julgamento se confirma,
cria-se uma jurisprudência e se consolida, se se torna repetitiva para outros casos
torna um costume e dá surgimento a súmula da jurisprudência, sendo então fonte
formal.
A lei é uma roupa feita que serve a todos mas não assenta bem a ninguém. E
que a justiça pede uma roupa sob medida para cada caso em concreto. Daí o papel
fundamental da jurisprudência que é o entendimento, a justeza da lei para um
caso em concreto.
Se ao juiz fosse negado o direito de interpretar a lei e dar aplicação mais justa e
ficasse obrigado a aplicar o texto frio dela, seria não um julgador, mas um simples
porta voz do legislador a este sim seria o aplicador do direito.
Assim, muito embora não seja de aplicação obrigatória, comprovado está seu
caráter de fonte formal do Direito do Trabalho. Especificamente na justiça obreira,
temos as Súmulas do TST e as Orientações Jurisprudenciais, bem como os
precedentes normativos, que, certamente, se configuram como um importante
elemento a parte para comprovar a legitimidade de seu pleito.
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Uma leitura superficial, ou mesmo literal do citado dispositivo legal acaba por
transmitir a equivocada ideia que a atividade interpretativa legal efetivada através
do exercício da tutela jurisdicional ficaria de alguma maneira mais restrita a
literalidade do texto legal.
Maurício Godinho Delgado (A Reforma Trabalhista no Brasil, São Paulo, LTR, 2017,
p. 107), compreende tal parágrafo em uma perspectiva diferenciada:
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Aplicava-se muito a equidade nos casos de lacuna da lei. Hoje, tal possibilidade se
reduziu sensivelmente, se tornando a equidade um conceito que deve inspirar a
todos os julgadores em sua atuação, porque julgando com equidade estar-se-á
julgando bem, com justiça, daí porque equidade é a justiça do julgador.
Em nome da equidade o juiz não pode deixar de aplicar a lei por entendê-la
demasiadamente injusta. Ao contrário, deverá abrandar o seu alcance, sobretudo
através de critérios humanitários e sociais, mas nunca negar a sua aplicação,
porque isso seria criar nova fonte do direito.
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Disponível em:
https://juslaboris.tst.jus.br/bitstream/handle/20.500.12178/157116/2014_peduzzi_maria_art8lei13467_reac
ao.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em 08 mar. 2021.
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IV) Sentença Arbitral: é decisão de caráter normativo tomada por alguém (árbitro)
escolhido pelas partes e que buscará resolver determinado conflito na qual as
mesmas estão inseridas. Tal decisão acaba sendo tomada por organismo privado e
não se confunde, portanto, com o exercício da tutela jurisdicional estatal.
Art. 507-A. Nos contratos individuais de trabalho cuja remuneração seja superior a duas
vezes o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência
Social, poderá ser pactuada cláusula compromissória de arbitragem, desde que por
iniciativa do empregado ou mediante a sua concordância expressa, nos termos previstos
na Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996.
Contudo, muito embora o texto legal seja claro no que pertine a sua
aplicabilidade, parte importante da doutrina entende que o instituto da
arbitragem não é compatível com o Direito Individual do Trabalho, sobretudo em
razão do Princípio da Irrenunciabilidade de Direitos Trabalhistas, decorrência do
Princípio da Proteção, os quais abordaremos no momento oportuno.
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a1) Princípio da Condição Mais Benéfica: Através deste princípio se busca garantir
a preservação, ao longo do contrato de trabalho, da cláusula contratual mais
vantajosa ao trabalhador, que acaba por adquirir forma de direito adquirido. Além
disso, caso haja dispositivos contratuais (cláusulas) concorrentes, prevalecerá
aquele que se configurar mais favorável ao empregado.
Requisitos:
- Existência de uma condição concreta anterior ou de uma norma anterior
aplicável àquela situação concreta.
- situação ou norma nova, distinta da anterior e aplicada voluntariamente, de
forma habitual pelo empregador e que seja mais vantajosa para aquele
trabalhador, desde que tal situação não contrarie a lei.
- deve ter sido concedida de maneira voluntária e sem qualquer limitação
temporal. Neste caso, se o empregador tiver deixado claro que a concessão do
benefício perduraria por certo período de tempo, sua supressão é válida. Na
prática, isso ocorre muito em benefícios concedidos em acordos ou convenções
coletivas. Sendo assim, valerão enquanto os instrumentos normativos coletivos de
negociação estiverem vigentes.
a2) Princípio da Norma Mais Favorável: Por; este princípio se permite que o
operador do Direito, caso se depare com ao menos duas normas jurídicas que
tratem acerca do mesmo tema, privilegiar aquela que forneça uma condição mais
favorável ao trabalhador, sempre como meio de garantir a preponderância da
parte considerada hipossuficiente na reação de emprego. Também se confunde
com o brocado latino in dubio pro misero.
Havendo conflito entre uma norma heterônoma e uma autônoma ou entre duas
heterônomas, nos utilizaremos, para identificar a(s) regra(s) que será(ão)
aplicada(s), a chamada teoria do conglobamento. Desta forma, prevalecerá ao
empregado a norma que mais lhe for vantajosa em seu conjunto.
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A redação dada pelo citado artigo procura assegurar uma maior liberdade negocial
as partes integrantes do contrato de trabalho, delimitando que as regras
estabelecidas em acordo ou convenção coletiva prevalecerão sobre a lei, mesmo
que sejam menos benéficas ao empregado se dispuserem, entre outros temas,
sobre aqueles determinados nos incisos do citado artigo.
OBS: O art. 611-B estabelece textualmente garantias que não poderão ser
suprimidas por instrumentos normativos coletivos de negociação.
- Art. 444 da CLT: As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre
estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às
disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam
aplicáveis e às decisões das autoridades competentes.
Parágrafo único. “A livre estipulação a que se refere o caput deste artigo aplica-
se às hipóteses previstas no art. 611-A desta Consolidação, com a mesma
eficácia legal e preponderância sobre os instrumentos coletivos, no caso de
empregado portador de diploma de nível superior e que perceba salário mensal
igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral
de Previdência Social”.
Art. 9º - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar,
impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação.
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A prática habitual acaba por alterar eventuais regras diversas constantes nos
instrumentos formais, gerando, desta forma, obrigações próprias que deverão ser
observadas rigorosamente pelo empregador.
- prevalência das cláusulas contratuais sobre a realidade, desde que elas versem
sobre as hipóteses previstas no artigo 611-A da CLT e que estejamos diante do
chamado empregado hiperssuficiente (art. 444, parágrafo único, da CLT);
- prestação de horas extras com regularidade (habitualidade) não interfere na
legalidade do chamado “banco de horas”.
OBS: Neste momento, importa compreender como “Banco de horas” uma espécie
de acordo firmado entre empregado e empregador, através do contrato de
trabalho ou norma coletiva, onde, caso o empregado necessite trabalhar além de
sua jornada regular em um determinado dia, não terá direito a receber horas
extras, visto que este excesso será descontado em um outro dia de trabalho, onde
o empregado trabalhará a menos, sem que haja descontos em seu salário.
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Importante ressaltar que tal princípio acabou por sofrer severa relativização
quando da criação do FGTS, dando por encerrado as regras que garantiam
estabilidade ao empregado, facultando ao empregador o encerramento do vínculo
contratual sem justo motivo, desde que compensasse o trabalhador através de
indenização.
A Reforma Trabalhista ainda cria outras exceções a este princípio, como aquelas
decorrentes do contrato de trabalho temporário e, sobretudo, o contrato de
trabalho intermitente.
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Neste cenário, podemos observar por atividades produtivas que primam pela
automação em larga escala, com o uso de robótica e mecanismos de inteligência
artificial, onde machine learnings vem ocupando cada vez mais o lugar do homem
no desenvolvimento de atividades repetitivas.
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Art. 5. º: (...)
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa
julgada;
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Em razão de tais conceitos, a lei nova trabalhista não irá retroagir no tempo para
alcançar situações jurídicas já consumadas ao império da lei anterior, mas entrará
em vigor geralmente na data de sua publicação, alcançando todas as relações de
emprego em andamento, bem como todos os direitos que ainda não tenham
adquirido condições impostas para o seu reconhecimento, ou que ainda estejam
pendentes de concretização ou consumação.
Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o
direito adquirido e a coisa julgada. (Redação dada pela Lei nº 3.238, de 1957)
§ 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em
que se efetuou. (Incluído pela Lei nº 3.238, de 1957)
§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por êle,
possa exercer, como aquêles cujo comêço do exercício tenha têrmo pré-fixo, ou condição
pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. (Incluído pela Lei nº 3.238, de 1957)
§ 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso.
(Incluído pela Lei nº 3.238, de 1957)
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Constituição Federal
Leis Complementares, Ordinárias, Medidas Provisórias, etc, sendo a mais
comum, a CLT.
Decretos, Portarias, Regulamentos
Acordos Coletivos de Trabalho e Convenções Coletivas de Trabalho
Contratos de Trabalho
Vejamos.
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Em linhas gerais, através do esquema acima é possível ter uma ideia geral da
forma como se estrutura a Justiça Federal do Trabalho.
Vejamos.
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Desta forma, sempre que uma pessoa estiver submetida as orientações de outra
no que pertine a execução de suas atividades laborativas, sejam quais forem as
condições em que este trabalho estiver constituído (com ou sem finalidade
econômica), tal relação será tutelada conforme as regras definidas pelo Direito do
Trabalho, tendo como seu grande expoente a CLT.
Tal movimento teve início com a lei n.º 5859/72, de forma muito tímida,
assegurando tão somente a obrigatoriedade do registro da relação de empregado
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Com a Constituição Federal de 1988 foi garantido aos domésticos um leque muito
maior de direitos aos domésticos: salário-mínimo, irredutibilidade de salário, 13.º
salário, repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; gozo de
férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário
normal.
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É o popular “chapa”.
CONTRATAÇÃO TOMADOR
SINDICATO
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Nesse sentido, deverá realizar as funções pelas quais fora contratado com
regularidade, colaborando, de fato, com as atividades desenvolvidas pelo
empregador.
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Empregado x Autônomo:
O trabalhador autônomo, conforme vimos, é a pessoa natural que presta serviços
habitualmente, e por contra própria, a mais de uma pessoa, assumindo os riscos
da atividade econômica.
A questão do trabalho ser prestado externamente, por si só, não apresenta grande
relevância para o enquadramento de um determinado trabalhador como
empregado ou autônomo; o que verdadeiramente importa é apurarmos se o
mesmo está submetido a uma relação de subordinação jurídica em face do
empregador.
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Conforme já vimos, o trabalhador avulso é aquela pessoa física que presta serviços
a diversas pessoas, através de intermediação OBRIGATÓRIA do sindicato da
categoria profissional. Vimos que se tratam normalmente dos “chapas”, operando
carga e descarga de mercadorias, tendo presença marcante nos portos e
aeroportos.
CONTRATAÇÃO TOMADOR
SINDICATO
Essa mesma dinâmica vale para todos aqueles que trabalham com movimentação
de cargas, conforme define a lei n. º 12023/09. Ex: carga e descarga de
mercadorias a granel e ensacados; costura, pesagem, embalagem, enlonamento,
ensaque, arrasto, posicionamento, acomodação, reordenamento, reparação da
carga; amostragem, arrumação, remoção, classificação, empilhamento da carga;
carga e descarga em feiras livres; etc. carga e descarga de mercadorias a granel e
ensacados.
Contudo, de se destacar que, em face de determinação constitucional, é
assegurado a esta categoria profissional os mesmos benefícios dos empregados.
Apenas para exemplificar: no caso dos trabalhadores avulsos em portos, caberá ao
operador portuário recolher ao sindicato da categoria os valores devidos pelos
serviços executados, acrescidos dos percentuais relativos a férias, 13. º salário,
FGTS, encargos fiscais e previdenciários.
Trabalhador Temporário:
O tema referente ao trabalho temporário, regulamentado através da Lei n.º
6.019/74, recebeu importantes alterações, introduzidas através da Lei n.º
13.429/17.
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Art. 2.º Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física contratada por uma
empresa de trabalho temporário que a coloca à disposição de uma empresa tomadora
de serviços, para atender à necessidade de substituição transitória de pessoal
permanente ou à demanda complementar de serviços.
Art. 10. Qualquer que seja o ramo da empresa tomadora de serviços, não existe vínculo
de emprego entre ela e os trabalhadores contratados pelas empresas de trabalho
temporário. (Redação dada pela Lei nº 13.429, de 2017)
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RELAÇÃO DE NATUREZA
CÍVEL
RESPONSÁVEL
PELO
PAGAMENTO DAS
VERBAS
TRABALHISTAS
NÃO GERA
VÍNCULO TRABALHADOR TEMPORÁRIO
EMPREGATÍCIO!!
ASPECTOS IMPORTANTES
A responsabilidade principal pelo pagamento das verbas trabalhistas aos
empregados temporários é da empresa fornecedora de mão de obra temporária.
Entretanto, caso esta não honre com seus compromissos, a empresa tomadora de
serviços será responsabilizada subsidiariamente pelo pagamento das mesmas,
durante o período de vigência do contrato. Nesse sentido, o artigo 10, § 7. º, da Lei
n.º 6019/74:
Art. 10 (...)
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Art. 9. º (...)
§ 3o O contrato de trabalho temporário pode versar sobre o desenvolvimento de
atividades-meio e atividades-fim a serem executadas na empresa tomadora de serviços
Empregado x Estagiário:
O estágio vem atualmente regulamentado na Lei n. º 11788/08.
A jornada fixada a título de estágio deve ser de tal forma a não prejudicar a
frequência do estagiário aos bancos escolares.
DURAÇÃO MÁXIMA DO CONTRATO DE ESTÁGIO: 02 anos
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Art. 11. A duração do estágio, na mesma parte concedente, não poderá exceder 2
(dois) anos, exceto quando se tratar de estagiário portador de deficiência.
Art. 12. O estagiário poderá receber bolsa ou outra forma de contraprestação que
venha a ser acordada, sendo compulsória a sua concessão, bem como a do auxílio-
transporte, na hipótese de estágio não obrigatório.
§ 1o A eventual concessão de benefícios relacionados a transporte, alimentação e
saúde, entre outros, não caracteriza vínculo empregatício.
§ 2o Poderá o educando inscrever-se e contribuir como segurado facultativo do
Regime Geral de Previdência Social.
*JORNADA DE TRABALHO:
Tem seus limites máximos fixados no artigo 10 da lei:
Art. 10. A jornada de atividade em estágio será definida de comum acordo entre a
instituição de ensino, a parte concedente e o aluno estagiário ou seu
representante legal, devendo constar do termo de compromisso ser compatível
com as atividades escolares e não ultrapassar:
I – 4 (quatro) horas diárias e 20 (vinte) horas semanais, no caso de estudantes de
educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade
profissional de educação de jovens e adultos;
II – 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de estudantes do
ensino superior, da educação profissional de nível médio e do ensino médio
regular.
- não há qualquer regulamentação acerca de jornada extraordinária, o que nos
faz concluir que a mesma é terminantemente proibida nos contratos de estágio.
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Art. 13. É assegurado ao estagiário, sempre que o estágio tenha duração igual ou
superior a 1 (um) ano, período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado
preferencialmente durante suas férias escolares.
§ 1o O recesso de que trata este artigo deverá ser remunerado quando o
estagiário receber bolsa ou outra forma de contraprestação.
Empregado x Cooperado:
Os cooperados são trabalhadores que se agrupam com propósito único de
concentrar uma mão de obra a ser colocada em favor de outrem. Nesse sentido, a
cooperativa se configura como um verdadeiro regime de colaboração mútuo.
Os cooperados não são subordinados, nem à cooperativa, nem aos tomadores dos
serviços; normalmente os serviços são feitos a uma pluralidade de tomadores,
mas individualmente quase sempre são eventuais.
Os cooperados não recebem salário, mas uma divisão do produto auferido. Assim,
assumem o risco da atividade empresarial.
De acordo com o disposto no parágrafo único do art. 442 da CLT, “qualquer que
seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, não existe vínculo
empregatício entre ela e seus associados, nem entre estes e os tomadores de
serviços daquela”.
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O empregado doméstico não tem por intuito atividade econômica, não buscando
atividade lucrativa, visto que será uma pessoa ou uma família que receberá a
prestação de serviços do trabalhador. Ex: limpeza da casa, motorista que leva os
integrantes da família a destinos solicitados, jardineiro que cuida das flores da
casa, etc.
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Art. 2º Empregado rural é toda pessoa física que, em propriedade rural ou prédio
rústico, presta serviços de natureza não eventual a empregador rural, sob a
dependência deste e mediante salário.
Art. 3º - Considera-se empregador, rural, para os efeitos desta Lei, a pessoa física
ou jurídica, proprietário ou não, que explore atividade agro-econômica, em
caráter permanente ou temporário, diretamente ou através de prepostos e com
auxílio de empregados.
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A Convenção n. º 177 da OIT (não foi ratificada pelo Brasil), estabelece uma
importante definição acerca desta modalidade empregatícia:
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Visando caracterizar tal regime de emprego, vale a citação das seguintes decisões
judiciais:
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16) Teletrabalho15
16.1) Conceito
É aquele realizado à distância, de forma remota, através da utilização de meios
tecnológicos.
Art. 75-B. Considera-se teletrabalho ou trabalho remoto a prestação de serviços fora das
dependências do empregador, de maneira preponderante ou não, com a utilização de
tecnologias de informação e de comunicação, que, por sua natureza, não configure
trabalho externo. (Redação dada pela Lei nº 14.442, de 2022)
§ 1º O comparecimento, ainda que de modo habitual, às dependências do empregador
para a realização de atividades específicas que exijam a presença do empregado no
estabelecimento não descaracteriza o regime de teletrabalho ou trabalho remoto.
(Incluído pela Lei nº 14.442, de 2022)
IMPORTANTE:
§ 4º O regime de teletrabalho ou trabalho remoto não se confunde nem se equipara à
ocupação de operador de telemarketing ou de teleatendimento. (Incluído pela Lei nº
14.442, de 2022)
IMPORTANTE II:
§ 5º O tempo de uso de equipamentos tecnológicos e de infraestrutura necessária, bem
como de softwares, de ferramentas digitais ou de aplicações de internet utilizados para o
teletrabalho, fora da jornada de trabalho normal do empregado não constitui tempo à
disposição ou regime de prontidão ou de sobreaviso, exceto se houver previsão em
acordo individual ou em acordo ou convenção coletiva de trabalho. (Incluído pela Lei nº
14.442, de 2022)
IMPORTANTE III
15
Sobre o tema, vale conferir material produzido pelo TST: https://www.tst.jus.br/teletrabalho
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IMPORTANTE IV
§ 7º Aos empregados em regime de teletrabalho aplicam-se as disposições previstas na
legislação local e nas convenções e nos acordos coletivos de trabalho relativas à base
territorial do estabelecimento de lotação do empregado. (Incluído pela Lei nº 14.442,
de 2022)
IMPORTANTE V
§ 8º Ao contrato de trabalho do empregado admitido no Brasil que optar pela realização
de teletrabalho fora do território nacional aplica-se a legislação brasileira, excetuadas as
disposições constantes da Lei nº 7.064, de 6 de dezembro de 1982, salvo disposição em
contrário estipulada entre as partes. (Incluído pela Lei nº 14.442, de 2022)
IMPORTANTE VI
§ 9º Acordo individual poderá dispor sobre os horários e os meios de comunicação entre
empregado e empregador, desde que assegurados os repousos legais. (Incluído pela Lei
nº 14.442, de 2022)
Como será possível, em uma situação em concreto, o controle jurídico acerta dos
serviços prestados pelo teletrabalhador, ou, em outras palavras, como se
configurará o requisito da subordinação: Neste caso, a linha é mais tênue do que
para um trabalhador convencional, mas também se verifica, sobretudo através
dos sistemas online de câmeras, sistema com logon e logoff, assinaturas digitais,
etc. Assim, mesmo que à distância, é absolutamente possível direcionar os rumos
tomados pelo exercício da atividade produtiva.
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Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo (DA JORNADA DE
TRABALHO): (Redação dada pela Lei nº 8.966, de 27.12.1994)
(...)
III - os empregados em regime de teletrabalho que prestam serviço por produção ou
tarefa.
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Ora, tal fato apresenta-se como uma verdadeira contradição ao sistema jurídico-
trabalhista brasileiro, na medida que, conforme veremos em breve, o artigo 2. º da
CLT delimita que o empregador é aquele que assume integralmente os riscos da
atividade econômica exercida.
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Em face de sua condição especial de celebração, poderá ter como partes jovens
entre 14 e 24 anos, os quais não poderão receber remuneração inferior a um
salário mínimo hora.
Art. 432. A duração do trabalho do aprendiz não excederá de seis horas diárias, sendo
vedadas a prorrogação e a compensação de jornada.
§ 1o O limite previsto neste artigo poderá ser de até oito horas diárias para os aprendizes
que já tiverem completado o ensino fundamental, se nelas forem computadas as horas
destinadas à aprendizagem teórica.
Para analisar tal questão de uma maneira mais simples, partiremos do seguinte
pressuposto:
- se o diretor era empregado e, nos termos acima, foi eleito para exercer tal
função, seu contrato de trabalho ficará suspenso.
Art. 9º - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar,
impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação.
Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo (JORNADA DE
TRABAHO): (Redação dada pela Lei nº 8.966, de 27.12.1994)
(...)
II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais
se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de
departamento ou filial. (Incluído pela Lei nº 8.966, de 27.12.1994)
Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados
mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança,
compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do
respectivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento). (Incluído pela Lei
nº 8.966, de 27.12.1994)
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Por fim, tem como parâmetro objetivo para sua caracterização a questão da
remuneração, ou seja, deverá receber gratificação de, ao menos, 40% em face dos
demais empregados.
21) Empregador
Desta forma, fica evidente que o empregador será aquele que, se configurando
como pessoa jurídica ou mesmo física, conta com os serviços de uma pessoa física,
a qual remunerará pela realização das tarefas designadas, de forma regular,
sempre subordinada as suas ordens ou de seus representantes legais.
a) Empregador é empresa?
Para efeito do citado artigo, a figura do empregador é equiparada a empresa.
Contudo, não há que se pensar nesta categoria trabalhista tão somente como os
grandes conglomerados empresariais, com diversos sócios, acionistas, etc. Para
efeito da aplicação das regras laborais, é considerado empresa mesmo no caso do
empregador individual, como, por exemplo, um pequeno prestador de serviços
que tenha apenas um empregado.
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b) Empresa x Estabelecimento
Utilizando-se de um conceito mais arraigado ao Direito Empresarial, empresa é o
conjunto dos bens materiais e imateriais, bem como das relações jurídicas
decorrentes do exercício da atividade econômica que acabam por se reunir em um
único todo, em função do exercício da atividade econômica e das finalidades
produtivas almejadas por seus titulares. É, portanto, a organização dos fatores de
produção (bens, relações, direitos e obrigações) a serviço de um objetivo
econômico definido (lucro).
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e) Grupo Econômico
Define o parágrafo segundo do artigo segundo da CLT:
Art. 2. º(...)
§ 2o Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade
jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda
quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão
responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego.
Muitas vezes este vínculo é bem evidente, quando existe uma chamada “empresa-
mãe” e as chamadas “empresas-filhas”, sendo a primeira especialmente
constituída para gerir as segundas. São as chamadas holding.
Em outras palavras: não importa que o empregado tenha trabalhado para tão
somente uma ou duas empresas integrantes do grupo: todo ele será responsável
pelo pagamento das verbas trabalhistas. (Responsabilidade Solidária)
De acordo com o que estabelece a Nova CLT, a mera identidade de sócios, sendo
esta inexpressiva, não é o bastante para a caracterização do grupo econômico.
Para tanto, é necessário que haja uma relação de coordenação entre as empresas
do grupo, um interrelacionamento entre eles.
Grupo Econômico. Responsabilidade solidária. Art. 2º, par.2º, da CLT. O grupo econômico
está previsto no § 2º do artigo 2º da CLT e pode ocorrer por subordinação, coordenação
ou administração conjunta, além de outras formas mencionadas pela jurisprudência,
como a existência de sócios comuns. In casu, os elementos constantes nos autos
evidenciam a existência de grupo econômico, do qual fazem parte a reclamada principal,
SATA SERVIÇOS AUXILIARES DE TRANSPORTE AÉREO, e as demais reclamadas, VARIG S.A,
VARIG LOGÍSTICA S.A., VOLO DO BRASIL S.A. e VRG LINHAS AÉREAS, devendo as referidas
empresas ser condenadas solidariamente em relação às verbas trabalhistas por ocasião
devidos à reclamante.TRT-2 - RO: 1720006520085020 SP 01720006520085020318 A20,
Relator: WILMA GOMES DA SILVA HERNANDES, Data de Julgamento: 17/09/2013, 11ª
TURMA, Data de Publicação: 24/09/2013)
Vejamos:
E ainda:
Tal entendimento visa reforçar ainda mais a diferenciação marcada pela CLT no
sentido de separar o empregador de sua atividade empresarial (empresa),
confirme vimos anteriormente. É a chamada despersonalização da figura do
empregador, permitindo que se modifique sem prejuízo da preservação completa
do contrato de trabalho com o novo titular.
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Vejamos.
IMPORTANTE II: não importa, no que pertine a aplicação desta regra, qual a
modalidade de transferência utilizada para a realização do negócio jurídico
(compra e venda, arrendamento, etc). Em qualquer caso será aplicada a sucessão
de empregadores.
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Vejamos.
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IMPORTANTE:
- Cláusula de Não Responsabilização: É muito comum que entre as partes que
operam a transferência do estabelecimento, da empresa, etc., firmem uma
cláusula de não responsabilização, onde o novo proprietário apenas assumiria os
encargos trabalhistas decorrentes do início de suas atividades na empresa.
Empregador Sucedido:
Em regra, não se aplica qualquer responsabilidade (solidária ou subsidiária) ao
alienante pelos créditos trabalhistas relativos ao período anterior à transferência.
Tal questão resulta da aplicação integral dos aspectos decorrentes da sucessão
trabalhista, ou seja, o sucessor assume, na integralidade, o papel de empregador,
respondendo por toda a história do contrato de trabalho.
Deve-se ressaltar ainda que, no caso das sucessões trabalhistas que não
transferem a empresa ao novo titular, de modo definitivo (ex: arrendamento), é
destacada a responsabilização subsidiária do antigo empregador.
anterior à transferência. Essa é a regra geral, que resulta da consumação plena dos efeitos
da figura sucessória: o sucessor assume, na integralidade, o papel de empregador,
respondendo por toda a história do contrato de trabalho. Contudo, a jurisprudência
também tem inferido do texto genérico e impreciso dos arts. 10 e 448 da CLT a existência
de responsabilidade subsidiária do antigo empregador pelos valores resultantes dos
respectivos contratos de trabalho, desde que a modificação ou transferência empresariais
tenham sido aptas a afetar (arts. 10 e 448) os contratos de trabalho. Ou seja, as situações
de sucessão trabalhista propiciadoras de um comprometimento das garantias
empresariais deferidas aos contratos de trabalho seriam, sim, aptas a provocar a
incidência da responsabilização subsidiária da empresa sucedida. Isso significa que a
jurisprudência tem ampliado as possibilidades de responsabilização subsidiária do antigo
titular do empreendimento por além das situações de fraude comprovadas no contexto
sucessório (art. 9º, CLT; art. 159, CCB/1.916, e art. 186, CCB/2003, combinados com art.
8º, parágrafo único, CLT). Mesmo que não haja fraude, como no caso dos autos, porém
comprometimento das garantias empresariais deferidas aos contratos de trabalho,
incidiria a responsabilidade subsidiária da empresa sucedida. Por tais razões, deve ser
mantida a reponsabilidade solidária da Agravante, registrando-se que o recurso de revista
patronal não pretende eventual reforma no tocante à limitação à responsabilidade
subsidiária. Agravo desprovido .(TST - Ag-AIRR: 2305001020095110005, Relator:
Mauricio Godinho Delgado, Data de Julgamento: 23/04/2014, 3ª Turma, Data de
Publicação: DEJT 25/04/2014)
E ainda:
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O referido artigo busca preservar, de forma total ou parcial, os bens dos sócios
que se retiram da empresa empregadora em relação às obrigações de natureza
trabalhista.
IMPORTANTE:
Empregado:
-Muito embora a sucessão trabalhista implique em uma alteração unilateral do
contrato de trabalho, em regra, não é possível ao empregado realizar qualquer ato
jurídico buscando se opor a sua realização, tendo em vista ser alteração permitida
pelo Direito do Trabalho, sobretudo pelo fato de se resguardar, de todas as
formas, os direitos dos trabalhadores, sobretudo no que pertine a
responsabilização pelo pagamento de verbas trabalhistas.
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Interessante:
OJ n. 411 – SDI-1 TST: Sucessão trabalhista. Aquisição de empresa pertencente a
grupo econômico. Responsabilidade solidária do sucessor por débitos trabalhistas
de empresa não adquirida. Inexistência. (Divulgada no DEJT 22/10/2010). O
sucessor não responde solidariamente por débitos trabalhistas de empresa não
adquirida, integrante do mesmo grupo econômico da empresa sucedida,
quando, à época, a empresa devedora direta era solvente ou idônea
economicamente, ressalvada a hipótese de má fé ou fraude na sucessão.
g) Responsabilidade do Subempreiteiro
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Pois bem.
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Vejamos.
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E, ainda:
22 - ESTADO EMPREGADOR
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Vejamos.
Assim, tais princípios irão prevalecer sobre qualquer tipo de benefício trabalhista
abarcado pela CLT, a qual, tem como foco inegável o trabalhador vinculado a
iniciativa privada. Ex: uma eventual gratificação paga a um empregado público
apenas terá validade se for autorizada pelo instrumento legal adequado, não se
incorporando a sua remuneração caso seja ilícita.
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Contudo, ainda há um forte entendimento junto ao TST que, no que pertine aos
empregados de empresas públicas e sociedades de economia mista, não há a
necessidade da motivação para a rescisão do contrato de trabalho.
Para a nossa Corte Maior, mesmo em situações tais como esta, a Justiça Brasileira
será a responsável pela análise do caso.
Nesse sentido:
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E ainda:
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