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FACULDADE MARIA MILZA


LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

ISLANE DA SILVA RIBEIRO

A PRÁTICA DA HIDROGINÁSTICA PARAIDOSOS

GOVERNADOR MANGABEIRA – BA
2019
ISLANE DA SILVA RIBEIRO

A PRÁTICA DA HIDROGINÁSTICA PARA IDOSOS

Monografia apresentada ao Curso


Educação Física da Faculdade Maria
Milza, como requisito parcial para
obtenção do título de graduado.

Orientadora: Prof.ª Elipaula Marques da Cruz Carvalho

GOVERNADOR MANGABEIRA – BA
2019
Ficha catalográfica elaborada pela Faculdade Maria Milza,
com os dados fornecidos pelo(a) autor(a)

Bibliotecárias responsáveis pela estrutura de catalogação na publicação:


Marise Nascimento Flores Moreira - CRB-5/1289 / Priscila dos Santos Dias - CRB-5/1824

Ribeiro, Islane da Silva


R484p
A prática da hidroginástica para idosos / Islane da Silva Ribeiro. -
Governador Mangabeira - BA, 2019.

42 f.

Orientadora: Elipaula Marques da Cruz Carvalho.

Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Educação Física) -


Faculdade Maria Milza, 2019.

1. Hidroginástica. 2. Idoso. 3. Exercícios Físicos. I. Carvalho, Elipaula


Marques da Cruz, II. Título.

CCD 613.716
ISLANE DA SILVA RIBEIRO

A PRÁTICA DA HIDROGINÁSTICA PARA IDOSOS

Aprovado em: / /

BANCA EXAMINADORA

Profª. Elipaula Marques da Cruz Carvalho


Faculdade Maria Milza - FAMAM

Prof.
Nailton Cerqueira de Souza
Faculdade Maria Milza - FAMAM

Prof.FabrícioSousa Simões
Faculdade Maria Milza - FAMAM

GOVERNADOR MANGABEIRA - BA
2019
A Deus.
“Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas,
e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus” Filipenses 4:6
AGRADECIMENTOS

E meu pedido foi atendido! Agradeço a Deus, por ao longo desse processo
árduo e visceral, me ter feito chegar até aqui. Nos momentos em que pensei em
desistir Ele foi o meu refúgio e segurança, por alimentara minha fé a cada dia e me
mostrar que isso tudo era possível.
Ao meu marido, amigo e companheiro Antonio Neto, por estar ao meu lado
em todos os momentos, por me incentivar, apoiar e não me deixar entregar os
pontos. Ao meu filho Enzo Gabriel, pelo amor e a realização de ser quem sou.
Aos meus pais Manoel e Valdirene,a quem devo a minha existência e tudo
que sou, meu muito obrigado. E também a meus irmãos Isabelle e Anderson.
A minha queria e amada orientadora Elipaula Marques, por ser para mim
muito mais que uma mentora, e sim uma grande incentivadora, sempre a me mostrar
que por mais difícil que seja a caminhada,é preciso prosseguir.
Atoda Coordenação Pedagógica em especial ao professor Fabrício
Simões,minha gratidão por sempre entender as minhas necessidades e me acolher
com carinho.
A todos os meus familiares e amigos que torceram por mim ao longo desses
anos.
Nessa longatrajetória nada foi fácil, havia sempre um obstáculo, algo que me
impedia de seguir, mas, através desse processo pude perceber que sou mais capaz
do que imagino, e que todos os sonhos são possíveis, quando os colocamos nas
mãos de Deus.

Muito Obrigada!!!
“... Não pretendemos formar acrobatas nem Hércules, mas desenvolver o quantum de vigor físico
essencial ao equilíbrio da vida humana, à felicidade da alma, à preservação da Pátria e à
dignidade da espécie.” (Ruy Barbosa)
RESUMO

A hidroginástica surgiu na Alemanha por volta de 1722 e chega ao Brasil em 1980.


Esta modalidade de exercício físico consiste na realização de ginásticas no meio
líquido. A princípio era destinadaa idosos, obesos, pessoas com problemas
articulares, e nos últimos tempos se tornou alvo de diversos grupos de diversas
faixas etárias que tenham necessidades específicas e que buscam pelos benefícios
desta prática. Os estudos revelam que a hidroginástica tem entre seus objetivos,
melhora da flexibilidade, força muscular, circulação sanguínea, diminuição da
frequência cardíaca. Por ser considerada de baixa tensão muscular, normalmente é
realizada em grupo e por isso também estimula a socialização. Dentro deste
contexto, os idosos veem nesta prática um ambiente adequado para suas
necessidades, já que com o passar dos anos o envelhecimento propicia a
diminuição gradativa da massa muscular, chamada de sarcopenia, que gera um
enfraquecimento com a perda da força muscular. Diante deste cenário surge o
objetivo geral deste estudo que é: identificar os motivos que levam o idoso à prática
da hidroginástica como exercício físico. E especificamente: mapear o percentual de
idosos praticantes de hidroginástica na região de: Cruz das Almas, Muritiba e
Cachoeira; identificar os principais benefícios apontados pelos idosos praticantes da
hidroginástica. O percurso metodológico deste estudo qualitativo descritivo tem
como instrumento de coleta de informação um questionário aplicado a quatro
professores e 67 alunos idosos praticantes de hidroginástica das cidades de Cruz
das Almas, Muritiba e Cachoeira. Percebe-se que há uma participação massiva nas
aulas de hidroginástica por parte dos idosos. Os mesmos identificam que há uma
melhora significativa na mobilidade. Além da melhora dos aspectos fisiológicos,
revela-se que essa prática possui uma relação direta com as questões sociais e
psicológicas, levando esses indivíduos à socialização, melhora do
desenvolvimentodas atividades do dia a dia, pelo fato de ter na água mais leveza na
realização dos exercícios que ocorrem de forma prazerosa e também relaxante, por
meio dos exercícios que envolvem a ginástica e a dança, proporcionado aos seus
praticantes alcançarem os seus objetivos.
Palavras-chave: Hidroginástica. Idoso. Exercícios Físicos.
ABSTRACT

Water aerobics started in Germany around 1722 and arrived in Brazil in 1980. This
type of exercise consists of performing gymnastics in the liquid environment. One
principle was aimed at the seniors, obese, people with joint problems, and in recent
times has become the target of several groups of various age groups who needed
the specific needs andwho seek the benefits of this practice.Studies show that water
gymnastics have among their goals, improved flexibility, muscle strength, blood
circulation, decreased heart rate. Because it is considered low muscle tension, it is
usually performed in groups and therefore also stimulates socialization. Within this
context, the seniors see in this practice a suitable environment for their needs, since,
with or after years or age, they cause a gradual reduction in muscle mass, called
sarcopenia, which generates a weakening with loss of muscle strength. Given this
scenario, the general objective of this study is: to identify the reasons that lead the
seniors to practice water aerobics as a physical exercise. And specified: map the
percentage of seniors practicing water aerobics in the region of: Cruz das Almas,
Muritiba and Cachoeira; identify the main benefits pointed out by the seniors
practicing water aerobics. The methodological method of this descriptive qualitative
study has as instrument of information collection a questionnaire applied to four
teachers and 67 students practicing aqua aerobics from the cities of Cruz das Almas,
Muritiba and Cachoeira. It is noticed that there is a massive participation in water
aerobics classes by the seniors. They identify that there is a significant improvement
in mobility. In addition to improving the physiological aspects, it reveals that this
practice has a direct relationship with social and psychological issues, leading these
factors to socialization, improving the development of activities of daily life, because it
has in water more light in performing the exercises that occur in a pleasurable and
relaxing way, through exercises involving gymnastics and dance, provided by
practitioners to achieve the goals.
Keywords: Water aerobics.Seniors. Physical exercises.
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1 INTRODUÇÃO

O envelhecimento se dá de forma dinâmica e heterogênea com alterações


bioquímica, morfológica, psicológica e funcional com a diminuição da capacidade
motora para cada indivíduo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) no ano de
2018 considera como idosos, nos países em desenvolvimento, pessoas com 60
anos ou mais. Com o avançar da idade, de maneira geral, o indivíduo vai
perdendo progressivamente sua capacidade funcional, habilidades motoras, força
muscular, flexibilidade e movimento.
As diversas modificações que ocorrem no indivíduo ao longo dos anos
dificultam a capacidade de realizar atividades diárias e levam os idosos a algumas
limitações na competência funcional. As limitações fisiológicas que vêm com o
processo de envelhecimento interferem diretamente na realização das atividades da
vida diária (AVD), provocando a dependência do auxílio de outras pessoas para
efetuar tarefas simples como levantar da cama, tomar banho, entre outras. Muitas
vezes essas restrições provocam na pessoa idosa a desvalorização,
e consequentemente surgem alguns problemas psicológicos e a autoexclusão
social.
Atualmente houve um aumento significativo dos idosos à procura por um
estilo de vida melhor. Grande número deles tem buscado por exercício físico,
emmodalidades como: caminhada, musculação, dança, hidroginástica, entre outros,
que possam proporcionar significativamente uma melhora nos problemas causados
pelo estilo de vida. A procura de uma vida mais saudável leva esse idoso à busca
por uma vida ativa, através de exercício físico para auxiliar no tratamento de
doenças degenerativas, manutenção das funções locomotoras, facilitando o
desenvolvimento e desempenho na realização das atividades físicas diárias.
Nesse contexto surge a hidroginástica, que teve origem na Alemanha em
1722 e em todo o mundo vem ganhando mais adeptos com idade acima dos 60
anos. Trata-se de uma junção de exercícios físicos acompanhados por música, em
um ambiente agradável e refrescante que é a água, cujos benefícios auxiliam no
tratamento de doenças degenerativas e manutenção das funções locomotoras,
aumentando desta forma a independência e autonomia do indivíduo que faz uso
regular desta atividade. Neste sentido, surge o problema deste estudo que é: Quais
motivos levam os idosos à prática da hidroginástica como exercício físico?
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Para responder à questão, este estudo tem como objetivo geral: Identificar
os motivos que levam o idoso à prática da hidroginástica como exercício físico. E
especificamente: Verificar o percentual de idosos praticantes de hidroginástica na
região de: Cruz das Almas, Muritiba e Cachoeira e Identificar os principais benefícios
apontados pelos idosos praticantes da hidroginástica. Para tanto, o caminho
metodológico do estudo, que tem uma abordagem qualitativa de caráter descritiva,
buscou mapear aulas de hidroginástica para esse público idoso nas cidades de Cruz
das Almas, Muritiba (sede do município e o distrito da cidade, São José do Itaporã) e
Cachoeira os quais desenvolvem aulas de hidroginástica. Através de um
questionário aplicado a quatro professores, graduados com formação específica em
Educação Física que atuam nestas áreas, e mais 67 idosos praticantes desta
atividade.
Este estudo encontra-se dividido em capítulos: o primeiro é a introdução,
que expõe o problema e os objetivos do estudo; o segundo capítulo intitulado
Aspectos Fisiológicos do Envelhecimento faz uma contextualização, discorrendo
sobre as categorias de envelhecimento, a hidroginástica, o exercício físico no meio
líquido, a hidroginástica como exercício físico em idosos, a partir de uma amostra
de estudos da Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício e apresenta
o professor de Educação Física em outros espaços de atuação; o terceiro aborda a
hidroginástica como prática de atividade física em idosos nas cidades de Cruz das
Almas, Muritiba e Cachoeira, relata os dados do estudo, com a metodologia e os
resultados encontrados. Por fim, as considerações finais e as referências.
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2 ASPECTOS FISIOLÓGICOS DO ENVELHECIMENTO

A funcionalidade e a longevidade dos idosos vêm aumentando com o passar


dos anos. Estudos recentes revelam que a busca de uma vida mais ativa e funcional
está aumentando para o público idoso (BÊTA et al., 2016). Estudos demonstram que
a população brasileira com 65 anos de idade ou mais cresceu 26% entre 2012 e
2018. Dados do Instituto Brasileiro de Estatística (IBGE, 2019), contudo, apontam
que o estilo de vida é quem irá determinar esse processo.
Para Nahas (2010, p.224), o envelhecimento é:

Um processo de natureza biológica, ocorrendo de forma gradual, universal é


um processo que não pode ser revertido, mas acelerado ou desacelerado
conforme o tipo de vida e ambiente a que o indivíduo participa e as escolhas
que faz para manter o corpo e a mente saudáveis.

O processo de envelhecimento pode ser determinado pela perda funcional


progressiva que ocorre de forma gradual, universal e irreversível com o avançar da
idade (NAHAS, 2010). Podendo variar de indivíduo para indivíduo, de forma
gradativa para uns e mais rápida para outros (CAETANO, 2006). Contudo é um
fenômeno que atinge todos os seres humanos, independentemente do seu estado
social, econômico ou racial, caracterizando-se como um processo dinâmico,
progressivo e irreversível, ligado intimamente a fatores biológicos, psíquicos e
sociais (BRITO; LITVOC, 2004). O estilo de vida, as condições sociais, as relações
trabalhistas, doenças-crônicas hereditárias podem abrir várias possibilidades que
vão interferir de forma positiva ou negativa neste processo, principalmente na forma
que esse indivíduo chega a essa etapa da vida e vai definir o seu envelhecimento.
Os cuidados com a saúde, a alimentação e uma vida ativa, propõem para esse
indivíduo um processo de envelhecimento mais tranquilo ou não.
Este processo é caracterizado por um declínio gradativo das funções de
todos os sistemas do corpo, cardiovascular, respiratório, geniturinário, endócrino,
imunológico, entre outros (MOTTA, 2014). É um processo inexorável aos
seres humanos, conduz a uma perda progressiva das capacidades físicas,
aumentando o risco do sedentarismo. Essas alterações põem em risco a qualidade
de vida do idoso, por limitar a sua capacidade de realizar com vigor as atividades do
cotidiano. Tem início desde a concepção e se consolida na velhice. É um
processo dinâmico e progressivo, em que há modificações tanto morfológicas como
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funcionais, bioquímicase psicológicas que determinam a progressiva perda da


capacidade de adaptação ao meio ambiente, ocasionando uma maior incidência de
processos patológicos. Segundo Meirelles (1999), a terceira idade é um estágio da
vida que pode ser tão são quanto os outros, pois o processo de envelhecimento é
só mais uma etapa para o corpo humano e a forma como isso se dá faz toda
diferença nesta fase da vida. O desenvolvimento humano tem início desde os
primeiros dias de vida e perdura por toda existência, alternando a depender das
diferentes espécies de ocorrênciasde causa e efeito na esfera social. As
aptidões cognitivas como memória, capacidade de aprendizagem, raciocínio rápido
e capacidade para solucionar problemas vão diminuindo com o tempo. Etchepare et
al. (2003), afirmam que os avanços das ciências e das condições médico-sanitárias
têm aumentado cada vez mais a expectativa de vida das pessoas e a tendência no
país é que cada vez mais cresça o número de idosos.
O envelhecimento é um período da vida que, segundo Fechine (2019),
começa com o nascimento e não para até à morte, variando os tipos de
manifestações e reações individuais e sociais. Para Birren e Schroots (1996), o
envelhecimento primário, também conhecido como envelhecimento normal, atinge
todos os humanos pós-reprodutivos, pois esta é uma característica genética típica
da espécie.
Contudo, atualmente o número de pessoas com idade acima de 70 anos
é muito maior, levando vidas ativas e independentes (MOTTA, 2014). Conforme
avança o envelhecimento, os ossos se tornam mais frágeis, surgem alterações nas
articulações e diminui a amplitude dos movimentos.

2.1CATEGORIAS DOENVELHECIMENTO

Segundo Birren e Schroots (1996) o envelhecimento é definido em três


categorias: o envelhecimento primário no qual é denominado como envelhecimento
normal, sendo uma característica genética do ser humano que age em todos; o
envelhecimento secundário ou patológico, no qual estão associadas doenças e os
hábitos no decorrer da vida, incluindo os fatores ambientais; e o envelhecimento
terciário, o qual é definido por intensas perdas físicas e cognitivas acarretadas por
patologias e efeitos desse processo.
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Entender como o processo de envelhecimento ocorre e principalmente


as principais mudanças na estrutura física e composição corporal são importantes
para análise dos exercícios físicos e suas necessidades, sendo possível destacar: a
diminuição da estatura, que com o passar dos anos existe por causa da compressão
vertebral, o estreitamento dos discos intervertebrais e a cifose, e este processo
parece ser mais rápido nas mulheres do que nos homens, em função da diminuição
do estrogênio após a menopausa evidenciando a osteoporose (MATSUDO, 2001).
Outra mudança no organismo durante o envelhecimento é o aumento de
peso corporal, que normalmente começa em torno dos 45 anos, estabilizando-se
aos 70, e declinando até os 80. Essas alterações na estatura e no peso corporal
resultam na alteração do Índice de Massa Corpórea (IMC) (MATSUDO, 2001).
Ocorre também uma perda da massa mineral óssea, consequência do
envelhecimento, porém essa perda não está relacionada apenas com o processo de
envelhecimento, mas também com a genética, o estado hormonal, nutricional e o
nível de atividade física do indivíduo.
De acordo com Pícoli (2011), a sarcopenia é um processo multifatorial, que
envolve declínio da massa muscular e consequentemente a diminuição da síntese
proteica, declínio nos níveis hormonais relacionados ao músculo e a inatividade
física que pode acelerar essa redução da massa muscular. Idoso sedentário tende a
ter esse processo mais acelerado, essa fraqueza muscular. Esse enfraquecimento
tem atuação diretamente na vida desse idoso, que com o enfraquecimento muscular
e a perda da força fica dependente de outra pessoa para realizar simples atividades
como levantar da cama, pentear os cabelos, se alimentar, entre outros.
Apesar dos fatores negativos é importante entender a velhice não como um
período de decadência física ou mental, pois há aqueles com 60 anos ou mais, que
são completamente independentes e muito produtivos. Muitos desses idosos
continuam ativos em suas atividadesPÍCOLI (2011). Sabe-se que existe uma perda
progressiva, mas as formas de retardar este processo estão por toda parte, desde
os avanços tecnológicos até os estilos de vida que cada pessoa possui. E os idosos
têm buscado por atividades através do exercício físico, com modalidades como:
caminhadas, musculação, dança, hidroginástica entre outros, que possam
proporcionar significativamente uma melhora dos problemas causados pelo estilo de
vida ou pelo processo de envelhecimento, o que leva esse idoso à busca por uma
vida ativa na sociedade.
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2.2 HIDROGINÁSTICA

O contato com o meio líquido se dá a partir da gestação. Essa ligação


é extremamente forte e nos acompanha desde o nosso nascimento. Ainda nas
antigas civilizações a água era utilizada não só para saciar a sede, como também
era usada como forma de terapia para cura. Estudos arqueológicos relatam que, há
5.000 anos, na Índia, já existiam piscinas de água quente. Na Grécia Antiga as
cidades possuíam balneários públicos e cerca de 2.000 termas privadas que as
pessoas utilizavam a água para o lazer.
Os exercícios físicos realizados no meio aquático recebeu o nome de
hidroginástica, na Alemanha em 1722, e teve como objetivo atender os idosos que
precisava praticar atividade física segura, sem causar riscos de lesões e que lhe
proporcionasse bem-estar físico e mental. De acordo com Teixeira (2007), “A
hidroginástica é um tipo de atividade física praticada na água com utilização de
exercícios específicos, baseados no aproveitamento da resistência da água como
sobrecarga e do empuxo como redutor do impacto”.
No Brasil, segundo Bonachela (1994), a prática da hidroginástica começou há
49 anos, sendo que atualmente é bastante divulgada e praticada em clubes,
academias de ginástica, universidades, nas mais diversas faixas etárias, inclusive
fazendo parte do programa de treinamento de diversas modalidades esportivas. A
hidroginástica é uma atividade que une exercícios aeróbicos, localizados e
exercícios de relaxamento, praticados na água com música. No ponto de vista de
Freire (2014), entende-se hidroginástica como um programa de exercícios físicos
que ao considerar as características peculiares do meio aquático, procura, mediante
a utilização de alguns padrões de controle, execução edosagem do exercício,
amenizar, facilitar e recuperar algumas disfunções de ordem corporal na tentativa de
melhorar o bem-estar psicomotor do indivíduo.
Para Sova (1998) a hidroginástica melhora a saúde, o bem-estar físico e
mental, sendo destinada a pessoas de ambos os sexos por ser divertida e
agradável, além de ser mais estimulante, eficaz, cômoda e segura do que as demais
ginastica de solo. Junto com o envelhecimento vem a incapacidade de realizar
movimentos simples como caminhar e movimentar-se como antes. Isso acontece
devido às inúmeras mudanças que o corpo passa quando chega o envelhecimento e
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a hidroginástica é uma atividade ideal para pessoas idosas devido à leveza de sua
prática (MEIRELES, 1999).
Praticar uma atividade como a hidroginástica proporciona ao idoso: perda de
peso, melhor condicionamento físico, melhora na coordenação, fortalecimento
muscular e também a resistência dos músculos aumentaBONACHELA (1994). A
sensação de prazer e de vigor que a água produz torna o indivíduo mais motivado
para uma vida funcional, segundo Sova (1998),que atribui benefícios
da hidroginástica à diminuição da frequência cardíaca em que o coração trabalha
com menos esforço, os pulmões aumentam de tamanho, pois passam a dispor de
mais oxigênio, porém, as atividades são tranquilas e de baixa tensão muscular. O
idoso nem percebe que está praticando uma atividade de grandes proporções,
devido à leveza. Podemos entender que essa prática proporciona aos participantes
muito mais que benefícios fisiológicos, pois aumenta os níveis de força, resistência,
equilíbrio e principalmente da mobilidade, prolongando sua independência funcional,
permitindo-lhes viver de maneira autossuficiente e digna, quando associada a outras
modificações nos hábitos de vida.
De acordo com Figueiredo (1999) e Bonachela (1994), são muitos os
benefícios da hidroginástica, dentre eles: aumento da resistência
cardiovascular,aumento da força e da resistência muscular localizada
(RML),mudanças na composição corporal, aumento da flexibilidade, do equilíbrio e
da coordenação motora global; que contribuem para o bem-estar dos praticantes.
Acrescentando a isso a característica de sua prática no meio líquido, proporciona
para o idoso um aumento na massa muscular, promovendo além da aptidão física
boa, níveis de independência e autonomia para as atividades da vida diária sem
danos às principais articulações corporais (LIMA, 2004). Destacando esses
benefícios, a hidroginástica auxilia no fortalecimento muscular, ajudando esse idoso
no desenvolvimento de suas atividades diárias. Segundo Barbosa e Queirós (2005),
o exercício físico na água será um meio facilitador da prática de atividades físicas e
do estabelecimento de relações intrapessoais em indivíduos com baixo nível de
autoestima devido à insatisfação com o seu corpo, já que dentro d’água, estes não
estarão tão expostos a terceiros, como nas atividades desenvolvidas no meio
terrestre.
Praticar hidroginástica regularmente pode proporcionar uma melhora na
aptidão cardiopulmonar e neuromuscular, além de ser uma prática relaxante e de
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baixo impacto. A mesma melhora o domínio físico, a força e a flexibilidade,


contribuindo para evitar lesões e promover a independência (BARBOSA; QUEIRÓS,
2005).
Devido às baixas condições de gravidade e a redução do peso corporal
em 60%, a prática da hidroginástica se torna uma modalidade prazerosa e muito
procurada com inúmeros benefícios, devolvendo para o idoso a mobilidade,
autonomia funcional e qualidade de vida. Paula e Paula(p. 24, 1998)salientam que:

Ela propicia ao idoso o aumento de sua capacidade aeróbia, força muscular,


flexibilidade articular e o treinamento de habilidades específicas como
equilíbrio e coordenação motora. Soma-se ainda o fato de esta atividade
oferecer ambiente de relaxamento e incentivo ao contato social, atuando no
combate ao estresse, depressão, na melhoria da autopercepção corporal e da
auto-estima.

A hidroginástica é também uma modalidade que utiliza a música como


polo motivacional, meio de manutenção de sincronização entre outros utentes e é
uma necessidade para atingir a intensidade de excitação desejada
(BARBOSA;QUEIRÓS, 2005).
Nesse sentido, a hidroginástica é uma prática que pode ser desenvolvida
por vários grupos sociais, com faixa etária diferente, apresentando resultados
positivos na vida de quem a pratica. Mediante tais considerações, torna-se uma
modalidade indicada para todas as idades desde a gestante e o bebê, adolescentes,
adultos e idosos. A hidroginástica não é uma atividade específica dos idosos, mas
são eles os maiores praticantes, sendo que a maioria deles procura essa prática por
meio de recomendações médicas (PAULA; PAULA, 1998). Vale ressaltar que devido
a sua aceitação e benefícios, atualmente outros grupos buscam por essa
modalidade, sejam eles pessoas com índice de massa corporal elevado, com algum
grau de obesidade ou doenças articulares, pelos inúmeros benefícios
apontados. Outro aspecto importante sobre as atividades na água é a diferença
entre hidroginástica é um conjunto de ginástica, e exercícios que trabalham o
sistema cardiorrespiratório, já a hidroterapia é uma modalidade terapêutica atuando
atua principalmente na reabilitação de doenças reumáticas, ortopédicas e
neurológicas. As modalidades trazem benefício para quem a pratica, cada uma com
suas particularidades.
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2.3 EXERCÍCIO FÍSICO NO MEIO LÍQUIDO

Atualmente a Educação Física vem estudando o ser humano em um


contexto de cultura de múltiplas possibilidades na prática de exercícios físicos
sistematizados e direcionados para a educação, desporto, estética e saúde, entre
outras (MENEGUCI et. al, 2018). Possibilitando a prática regular dos exercícios
físicos pode contribuir de modo significativo, para a manutenção da aptidão física do
idoso, tanto na saúde quanto nas capacidades funcionais. Diversos autores
discutem a importância dos exercícios físicos para o controle do peso corporal, a
prevenção e controle de algumas condições clínicas associadas a fatores como:
doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão, Acidente Vascular Cerebral (AVC),
artrite, apneia do sono, prejuízo da mobilidade, entre outros (MATSUDO,
2001). Sobre a importância da atividade física na terceira idade, Cardoso (p. 10,
1992) salienta que:

O exercício físico regular, moderado e bem orientado ajuda na diminuição do


processo de degeneração e contribui para a preservação das estruturas
orgânicas. Por outro lado, leva o indivíduo à participação grupal, associativa,
resultando num nível adequado de bem-estar bio-psico-físico, fatores esses
que contribuem para a melhoria de sua expectativa de vida.

Vale ressaltar que, este estudo, a partir da definição apontada por


(MATSUDO, 2001), toma por base o conceito de exercício físico ou atividade física,
como qualquer movimento do corpo, produzido pelo músculo esquelético que resulta
em um incremento do gasto energético. Ainda que, exercício físico seja
compreendido como uma atividade planejada e estruturada a fim de melhorar ou
manter o condicionamento físico por meio de altas intensidades e volumes de
exercícios, evitando a solicitação do sistema anaeróbico e fazendo uso de
movimentos rápidos e bruscos.
Por esse ângulo, neste estudo, ambos os conceitos se equivalem ao estudar
a aptidão física em idosos. Medeiros (2013), por exemplo, afirma que com o
declínio gradual das aptidões físicas, a chegada do envelhecimento e de possíveis
doenças, os idosos tendem a ir mudando seus hábitos de vida e rotinas diárias por
atividades e formas de ocupação pouco ativas, causando efeitos associados à
inatividade e a má adaptabilidade que são muito sérios. Esses efeitos podem
acarretar numa redução no desempenho, na habilidade motora, capacidade de
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concentração, de reaçãoe coordenação, gerando processos de autodesvalorização,


apatia, insegurança, perda da motivação, isolamento social e solidão.
De acordo com Aguiar e Gurgel (2009, p. 162, apud GONÇALVES, 2014, p.
131),um programa de hidroginástica que utiliza a sobrecarga natural da água
pode trazer inúmeros benefícios à saúde física do idoso. Posição corroborada por
Bonachela (1994) ao destacar as propriedades físicas da água:densidade, flutuação,
pressão hidrostática e viscosidade, como fundamentais, pois trazem inúmeros
benéficos para quem pratica exercícios físicos na água, desde a gestação até à
velhice. Para o autor, é no meio líquido que está um dos locais mais completos e
eficazes para realizações de exercícios físicos regulares, capaz de proporcionar
ganho na vida dos seus praticantes.
Bonachela (1994) define a Densidade como a relação entre massa e
volume D=m/V e Flutuação como a força experimental com empuxo para cima que
atua em sentido oposto à força da gravidade. Pressão hidrostática é exercida sobre
todas as áreas da superfície de um corpo imerso em repouso, a uma
determinada profundidade. Viscosidade é fricção que ocorre entre moléculas de um
líquido que oferece resistência ao movimento debaixo da água em qualquer direção,
provocando uma turbulência maior ou menor de acordo com a velocidade e são
eficazes na prática de exercício físico para conservar a autonomia funcional de
indivíduos idosos, repercutindo em um bem-estar social, psicológico e físico,
fornecendo, conseguintemente, uma melhora na qualidade de vida dessa
população (BONACHELA, 1994).
Essas propriedades devem ser respeitadas e utilizadas a favor dos
movimentos praticados no meio líquido, pois quando um corpo mesmo em repouso
está imerso na água, a ação da gravidade está influenciando na estrutura periférica,
causando efeitos sobre a caixa torácica e a musculatura da respiração, e possui um
efeito massageador durante aulas de hidroginástica, diminuindo sobremaneira as
dores musculares pós-exercício (ABOARRAGE, 1997). A água apresenta maior
densidade e viscosidade do que o ar, consequentemente o deslocamento nesse
meio requer uma quantidade maior de energia. Quando um corpo está submerso na
posição vertical em repouso, as forças compressivas, pela pressão hidrostática
favorecem o retorno venoso, ocorrendo um aumento no volume sanguíneo central, o
que ocorre para ajustes cardiorrespiratórios (KRUEL, 1994). A pressão tranquilizante
da água alivia os edemas e as dores articulares e aumenta a flexibilidades e a
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mobilidade (SOVA, 1998). Quando o indivíduo está imerso no meio líquido ele
flutuará e essa flutuação é a força experimentada como empuxo para cima que atua
em sentido oposto à da força da gravidade.
Há inúmeros benefícios apontados por Nahas (2010), assim como por
Matsudo (2001) que fazem com que o exercício físico para o idoso seja uma prática
considerada um tratamento de prevenção, principalmente para doenças do coração
e diabetes, melhorando a expectativa de vida. Infelizmente nem todos os exercícios
são indicados para idosos com problemas, principalmente articulares e de
hipertensão. Portanto, os exercícios aquáticos são indicados pelos médicos, por
exercerem um efeito equilibrador da pressão arterial e serem de pouca gravidade,
diminuindo o estresse sobre as articulações. Entre as opções de exercícios físicos
procurados por idosos, segundo Gomes(1987) e Teixeira (2007), destaca-se a
hidroginástica como uma modalidade escolhida pelas pessoas idosas por possibilitar
a interação com outras pessoas ou simplesmente por orientação médica, além de
proporcionar emagrecimento geral, fortalecimento da resistência muscular,
condicionamento físico geral, melhora da flexibilidade, melhora do equilíbrio e
coordenação motora geral, diminuição do estresse, reabilitação física, e
principalmente, melhora do relacionamento interpessoal, com os familiares
e reintegração ao meio social (MAZO, 2004). É possível enumerar os objetivos de
um programa de exercícios físicos principalmente quando relacionado com as
mudanças mais importantes que decorrem durante o processo de envelhecimento,
devendo estar direcionado ao melhoramento da flexibilidade, força, coordenação e
velocidade; elevação dos níveis de resistência, com vistas à redução das restrições
no rendimento pessoal para a realização das atividades cotidianas; manutenção da
gordura corporal em proporções aceitáveis.
Esses aspectos, para Bêta et al. (2016) influenciarão na melhoria da
qualidade de vida e devem estar inclusos em um programa de exercícios físicos
para idosos, sendo alguns cuidados e restrições essenciais para a participação do
idoso em programas de atividades físicas. Esses cuidados devem girar em torno de:
não ultrapassar a amplitude máxima dos movimentos, não prolongar o exercício
na presença de dor, ter o cuidado com o uso de medicamentos, assim como
também não levar à exaustão.
Do mesmo modo, os exercícios devem acontecer dentro de uma
temperatura ideal para realização das práticas da hidroginástica, de 27 a 32 graus,
20

pois a temperatura da água influencia na mudança cardiovascular. Quando a


temperatura da água está acima dos 32 graus o indivíduo pode sofrer variação na
pressão atrial, ânsia de vômito, danos nos músculos durante o exercício e
problemas respiratórios (ABOARRAGE,1997). Isso proporciona uma melhor
resposta fisiológica, já que a temperatura mais fria causa alerta na circulação
periférica que é diminuída devido à vasoconstrição, o que reduz a oxigenação
muscular ocorrendo assim a rigidez da musculatura, ocasionando risco de lesões e a
ocorrência de cãibras.
A falta de exercício físico no idoso pode ocasionar ou agravar o
aparecimento de doenças que são erroneamente atribuídas ao envelhecimento,
como a osteogenia, caracterizada pela deterioração do tecido ósseo, ou seja, perda
da densidade mineral óssea (DMO), problemas nas articulações, diabetes,
obesidade e hipertensão arterial, doenças articulares crônicas, dentre outras(PONT
GEIS, 2003).

2.4 A HIDROGINÁSTICA COMO EXERCÍCIO FÍSICO EM IDOSO: AMOSTRA DE


ESTUDOS NA REVISTA BRASILEIRA DE PRESCRIÇÃO E FISIOLOGIA DO
EXERCÍCIO

A hidroginástica como exercício físico vem crescendo a cada ano no país, e


os idosos são um dos seus principais públicos. Neste sentido, por meio da revisão
integrativa, buscamos nosos artigos virtuais da Revista Brasileira de Prescrição e
Fisiologia do Exercício, que tratam da hidroginástica para o público idoso, através do
método de coleta de dados disponíveis na literatura para comparação com o tema
investigado, sendo os artigos de fonte direta online da base eletrônica de dados da
referida Revista que tratam da hidroginástica, entre os anos de 2009 a 2019.
Foi realizada uma amostra, constituída por 11 artigos publicados
em português, na base disponível da referida revista, cujos critérios de inclusão
utilizados foram: ser artigo completo em português publicado entre 2009 a 2019; ter
no título a palavra Hidroginástica; apresentar resumo e ter nas palavras- chave:
Hidroginástica; Idoso; Atividade Física.

Quadro1: Distribuição da produção científica publicada na base de dados da Revista


Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, anos de 2009-2019.
21

Artigos da Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício (2009-2019)


Nº ANO TÍTULO
1 2009 Estudo comparativo do efeito agudo da hidroginástica sobre a glicemia em
praticantes idosos
2 2010 Efeito hipotensor agudo de uma sessão de hidroginástica em mulheres
normotensas de meia-idade
3 2010 Flexibilidade em participantes de Hidroginástica
4 2011 Análise da percepção geral de saúde e da qualidade de vida de idosos
praticantes de hidroginástica a partir do instrumento SF-36
5 2012 Acompanhamento de curto prazo de indicadores de obesidade em idosas obesas
frágeis: efeitos da intervenção com hidroginástica
6 2014 Hidroginástica aliada à natação com tratamento não farmacológico no tratamento
de dores em diaristas
7 2015 Efeitos da hidroginástica sobre variáveis morfofuncionais de indivíduos de meia-
idade
8 2016 Comparação dos efeitos do treinamento resistido e da hidroginástica na
autonomia de indivíduos idosos
9 2017 Avaliação da percepção subjetiva de esforço como forma de controle de
intensidade de uma aula de hidroginástica em um programa de extensão
10 2018 Não há registro de estudo neste ano
11 2019 Não há registro de estudo neste ano
Fonte: Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia doExercício 2009-2019.

Observou-se que foram publicados na revista nos últimos dez anos (2009 a
2019) um total de 11 artigos publicados; contudo, nos anos mais recentes de 2018 a
2019 não houve registro de publicações desenvolvidas nessa área. Os demais anos
tiveram poucos trabalhos desenvolvidos nessecampo, sendo que no ano de 2010
dois trabalhos foram desenvolvidos, tendo a hidroginástica com base de pesquisa e
os seus benefícios.
Após a busca das palavras-chave, em cada ano citado, foram encontradas (5)
cinco publicações no total, considerando os parâmetros de inclusão mencionados,
que atenderam aos requisitos estabelecidos. Para extrair as informações dos
artigos, utilizou-se, portanto, o seguinte critério: título, ano, resumo e objetivo central.

Quadro 2: Artigos relacionados à Hidroginástica; Idoso e Atividade física.

Nº ANO TÍTULO OBJETIVO


01 2010 Flexibilidade em praticantes de Hidroginástica A importância da hidroginástica na melhora da
flexibilidade com idosos
02 2011 Análise da percepção geral de saúde e da Percepção do estado geral de saúde de idosos
qualidade de vida de idosos praticantes de praticantes de hidroginástica
hidroginástica a partir do instrumento SF-36

03 2014 Hidroginástica aliada à natação como Analisar os efeitos da hidroginástica sobre o


tratamento não farmacológico no tratamento aumento da força de membros inferiores em
de dores em diaristas idosas
22

04 2016 Comparação dos efeitos do treinamento Comparar o efeito do treinamento resistido e a


resistido e da hidroginástica na autonomia de hidroginástica na funcionalidade nas atividades
indivíduos idosos de vida diária de indivíduos idosos

05 2017 Avaliação da percepção subjetiva de esforço Verificar se a escala de percepção de esforço


como forma de controle de intensidade de de Borg (de 0 a 10 pontos) pode ser utilizada
uma aula de hidroginástica em um programa nas aulas de hidroginástica de um programa
de extensão de extensão
Fonte: Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia doExercício 2009-2019.

Em relação aos objetivos do estudo, observou-se que no ano 2010 (nº01), a


única publicação de estudo sobre a hidroginástica tratou sobre a flexibilidade do
idoso que pratica atividade física. Sabe-se, segundo Dantas (2004),que a
flexibilidade é uma qualidade física importante. É a flexibilidade na hidroginástica,
entre os seus diversos benefícios, que auxilia na coordenação motora e
relaxamento. Neste sentido, diversos autores como Sova (1998), Figueiredo (1999)
e Bonachela (1994), concordam que a hidroginástica é eficaz no combate à falta de
flexibilidade e rigidez muscular, comum a este grupo da população.
No ano de 2011, o artigo publicado (nº02) faz uma avaliação da hidroginástica
através do método de estudo SF-36, método que segundo Borges (2011) é uma
forma de mensurar os resultados da prática de hidroginástica, com os parâmetros
que englobam: Capacidade Funcional (CF), Limitações por Aspectos Físicos (LAF),
Dor (DR), Estado Geral de Saúde (EGS), Vitalidade (VT), Aspectos Sociais (AS),
Limitação por Aspectos Emocionais (LAE) e Saúde Mental (SM).
Neste estudo, a hidroginástica aparece como uma base central para os
idosos, pois a mesma possibilita uma vida mais saudável e ativa. Para Meireles
(1999), a hidroginástica ainda se destaca por ser uma atividade física bastante
estimulante, eficaz, divertida, agradável, cômoda e segura. Essa atividade física se
diferencia das outras, devido às propriedades físicas que o meio líquido apresenta,
como densidade, flutuação, pressão hidrostática, resistência, viscosidade e
temperatura (Bonachela, 1994), motivo pelo qual a hidroginástica vem se tornando
uma atividade física popular nas últimas décadas (BARBOSA; QUEIRÓS, 2005).
O mesmo ocorre no ano de 2014, em que o artigo publicado (nº03) analisa os
efeitos da hidroginástica sobre o aumento da força de membros inferiores em
idosas. O método usado para esse estudo foi o teste de levantar e sentar da cadeira
em 30 segundos, padronização de Rikli e Jones (2008). Neste estudo, os resultados
revelam que as mulheres idosas aumentaram significativamente a força
23

dosmembros inferiores, após terem sido submetidas a um programa de treinamento


de hidroginástica.
Para Aguiar e Gurgel (2009), seus estudos nos quais foram aplicados testes
em idosas praticantes da hidroginástica, revelam uma melhor qualidade de vida
relacionada ao domínio físico, assim como maior força de membros inferiores e
flexibilidade, em um grupo de mulheres idosas praticantes de hidroginástica em
relação a um grupo de mulheres sedentárias.
O trabalho publicado no ano de 2016 (nº04) faz uma comparação do
treinamento resistido e a hidroginástica para a autonomia funcional em idoso, no
qual foi utilizado o protocolo desenvolvido pelo Grupo de Desenvolvimento Latino-
Americano para a Maturidade (GDLAM). Os resultados revelam que a hidroginástica
é uma excelente ferramenta para o treinamento resistido. Os indivíduos de ambos os
grupos obtiveram classificação muito boa para o mesmo protocolo.
O artigo do ano de 2017 (nº05) realizou uma análise das mulheres que
participaram da prática da hidroginástica em um programa de extensão com o
mínimo de (6) seis meses de atividade e que não faziam uso de fármacos ou
dispositivos (como marca-passo) que poderiam afetar a frequência cardíaca. A
escala de percepção de esforço utilizada foi a de Borg de 0 a 10 pontos, pois esta foi
desenvolvida com o intuito de ser aplicada mais facilmente com a população
(LIMA,2013). Na avaliação após o repouso, a percepção subjetiva de esforço foi
zero, enquanto que a frequência cardíaca foi de 50,2 ± 9,2% da frequência cardíaca
máxima, revelando que na prática da hidroginástica a frequência cardíaca e os
esforços são relevantes. Também foi encontrada uma correlação positiva entre as
variáveis.
Com o passar dos anos, a hidroginástica se tornou um objeto de estudo,
devido aos benefícios apresentados através dessa pratica, os quais têm uma
relevância considerável para a academia, pois investiga essa modalidade em forma
de prática sistemática e qual o impacto direto ou indireto na vida de quem a pratica,
sendo importante para estudos futuros. Com o processo de envelhecimento e as
mudanças do organismo, o idoso tende a ter uma perda da força muscular
(sarcopenia) e flexibilidade, o que apresenta uma interferência direta no
desenvolvimento das suas atividades, levando os idosos à busca por exercício físico
que atenda às suas necessidades, tanto físicas quanto sociais.
24

No decorrer desses 10 anos, o número de artigos publicados na área ainda é


limitado, perante os avanços dos estudos relacionados ao idoso e a atividade física.
É possível verificar a eficácia desta modalidade, para retardar ou diminuir os efeitos
do processo de envelhecimento e proporcionar aos idosos uma vida mais ativa.

2.5 O PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA EM OUTROS ESPAÇOS DE


ATUAÇÃO

A Educação Física proporciona um leque de possibilidades seja em sala de


aula ou em outros espaços de atuação fora da escola, como: academias, clubes,
campos, hotéis, entre outros. Essa atuação está vinculada à formação que o
professor vai adquirindo ao longo de sua formação acadêmica. Pellegrini (1988, p.
254) afirma que:

AEducação Física como uma profissão deve se apoiar em profissionais que


não possuem apenas a habilidade de executar, mas a capacidade de passar
essas habilidades a outras pessoas com o objetivo de levá-las ao pleno
desenvolvimento de suas capacidades motoras.

Nesta concepção, a Educação Física deve ir além das capacidades


motoras; deve produzir um conhecimento ampliado, que permita a qualquer pessoa
conhecer o seu corpo, ser crítico perante a sociedade e desenvolver atividades em
diferentes espaços (GHILARDI, 1998). Ser educador é educar-se permanentemente,
pois o processo educativo não se fecha, é contínuo, agregando conhecimento ao
longo da sua carreira profissional. No tocante às aulas de hidroginástica, que é uma
das vertentes da Educação Física, proporcionando ao professor mais uma
modalidade de trabalho, para o professor que opta por trabalhar com a
hidroginástica se faz necessário uma especialização na área ou um curso que
possibilite ao mesmo uma capacidade para desenvolver essas aulas. Dessa forma,
conhecer os conceitos da cultura corporal é a base principal para se exercer essa
modalidade.
Assim como a dança, ginástica e outros elementos da cultura corporal, a
hidroginástica combina movimentos de ginástica, de dança e de exercícios físicos.
Sua função é proporcionar aos seus praticantes o conforto e mobilidade no
desenvolver de suas atividades, assim como interação social entre quem a
pratica, priorizando não só atingir os objetivos motores e fisiológicos, mais também a
25

relação entre os indivíduos, despertando a consciência corporal que se adquire com


o passar dos anos conforme as experiências vivenciadas.
26

3 HIDROGINÁSTICA: PRÁTICA DE EXERCÍCIO FÍSICO EM IDOSOS DAS


CIDADES DE CRUZ DAS ALMAS, MURITIBA E CACHOEIRA

A hidroginástica surge na Alemanha e chega ao Brasil no ano de 1980,


após a adesão dos professores de Educação Física por essa prática como forma de
exercício físico. Trabalhando movimentos aeróbicos, de força e equilíbrio no meio
líquido, entre outras, esta modalidade trouxe mais interação social e convívio entre
os alunos e professores. Esses aspectos fazem da prática, uma atividade completa
com relevantes benefícios, sendo uma atividade prazerosa e com
resultados expressivos apontados em muitos estudos.
Este estudo teve como objetivo central: Identificar os motivos que levam o
idoso à prática da hidroginástica como exercício físico. Desta forma, optou-se por
verificar o percentual de idosos praticantes de hidroginástica na região de: Cruz das
Almas, Muritiba e Cachoeira. Por meio da abordagem qualitativa descritiva, houve
um mapeamento das aulas de hidroginástica para esse público idoso, de maneira
intencional, nas cidades de Cruz das Almas, Muritiba (sede do município e o distrito
da cidade, São José do Itaporã) e Cachoeira (no distrito da cidade, Capoeiruçu), os
quais desenvolvem de forma sistemática essa atividade.
A cidade de Cruz das Almas encontra-se localizada no recôncavo baiano, e
segundo o IBGE (2019) tem um público idoso de 4.826 habitantes e atualmente
possui cerca de quatro adesões que desenvolvem as aulas de hidroginástica para
esse público. A cidade de Muritiba possui 2.973 idosos, segundo IBGE (2019),
incluindo o município de São José. Nestas localidades, sede e distrito, existem
apenas dois espaços que desenvolvem essa modalidade. Já a cidade de Cachoeira,
segundo o IBGE (2019), possui 3.355 idosos em sua cidade e não há espaços de
atuação da hidroginástica; contudo, no seu distrito, Capoeiruçu, há o
desenvolvimento de aulas com essa atividade, às quais foi possível contato in loco.
É válido ressaltar que em todas estas cidades o desenvolvimento da
hidroginástica acontece em espaços privados. Sendo assim, foram aplicados
questionários para quatro professores e 67 idosos participantes. Os critérios de
inclusão foram: professores formados em Educação Física, idosos com idade a partir
de 60 anos, ambos os sexos, praticantes assíduos da atividade.
No questionário realizado com os quatro professores, buscou-se
saber: instituições de formação e formação acadêmica; especialização; há quanto
27

tempo atua como professor de hidroginástica; quais os pontos positivos de


ministrar aulas de hidroginástica; quais os principais motivos que levam as pessoas
à prática da hidroginástica; se percebe que no grupo em que ministra aula,
há participação da família como incentivadora da prática; o principal fator que leva
as pessoas à prática da atividade. Os professores entrevistados foram categorizados
como A, B, C e D.
Quadro 3: Perfil dos Professores Pesquisados.

TEMPO DE
PROFESSORES FORMAÇÃO/LOCAL ESPECIALIZAÇÃO ATUAÇÃO NA
HIDROGINÁSTICA
A Educação Física Educação Física -
(Famam) práticas educacionais 2 anos
Exercício físico
aplicado a grupos
B Educação Física específicos -
(Famam) prevenção e 2 anos
recuperação de lesões
trauma-ortopédicas
C Educação Física Atividade Física
(Famam) Adaptada à Saúde 10 anos
(em andamento)
D Educação Física Andragogia 3 anos
(Famam)
Fonte: Pesquisa, 2019.

O processo formativo dos professores caracteriza sua prática pedagógica


e cabe ao professor ter o caráter de pesquisador, para se atualizar frente às
exigências do mercado, bem como atuar nesta modalidade da Educação Física,
principalmente com o idoso. Pode-se perceber que os professores possuem
especializações diversas, contudo a especialização na área de hidroginástica
permite que o professor conheça sobre os aspectos da hidroginástica, sabendo a
forma de aplicação dos exercícios, o tempo de cada aula, aplicação dos ritmos
importantes para cada tempo da aula. Em relação à hidroginástica, conteúdos como:
propriedades da água, princípios hidrostáticos, hidrodinâmicos, exercícios e força na
água entre outros, são alguns conteúdos que garantem aos professores mais
segurança e qualidade na atuação para as necessidades do público ao qual se
destinamas aulas.
Dentre os questionamentos feitos aos professores, em relação aos pontos
positivos de ministrar aulas de hidroginástica, obtiveram-se respostas como:
“Melhora na qualidade de vida de cada aluno”(professor A); “ os resultados no
decorrer das aulas, melhoras das patologias com o passar dos tempos” (professor
28

B); “ Vê a mudança nas vidas das pessoas” (professor C); “ além de ser uma
atividade prazerosa ela traz grandes benefícios para quem a pratica” (professor D).
Diversos estudos apontam os benefícios significativos que a hidroginástica
proporciona ao indivíduo, mediante a necessidade de cada aluno estas aulas podem
ser incrementadas por diversos ritmos, objetivos diferenciados para resistência
física, queima calórica entre outras. Nesse caso, as aulas de hidroginástica devem
ter em seu contexto, exercícios voltados para as necessidades do aluno, a fim de
que possa significativamente melhorar ou minimizar problemas de saúde. Este
exercício pode ser realizado dentro de algumas modalidades que a hidroginástica
possui, como: Aqua-jump, aquaspin, hidropower, deep-water-running, deep-water-
exercise (DIMASI; BRASIL, 2006).
Outro questionamento foi que apontassem quais os principais motivos
que levam as pessoas à prática da hidroginástica. Dessa forma, para os
professores os principais motivos foram: problemas de coração, coluna, hipertensão,
procura por uma prática que proporcione alívio e relaxamento por meio da indicação
médica e de amigos, interação com amigos, ampla socialização. Segundo Matsudo
(2001) o processo de envelhecimento, em geral, nãose caracteriza como um período
saudável e deindependência. Ao contrário, evidencia a incidência dedoenças
crônicas e degenerativas que, muitas vezes,resultam em elevados quadros de dor
crônica, podendointerferir de modo incisivo na qualidade de vida dosidosos, gerando
estados de depressão, incapacidade físicae funcional, dependência, afastamento
social, alterações na dinâmica familiar e sintomas depressivos.
A hidroginástica é uma prática de grandes benefícios, percebidos
pelos professores de Educação Física que nela atuam, como também por outras
esferas da sociedade como a comunidade médica, que percebe os impactos diretos
(fisiológicos) e indiretos (sociais e psicológicos) na vida dos indivíduos que praticam
a atividade de maneira regular, trazendo respostas positivas em vários aspectos,
segundo Meireles (1999).
Também foi perguntado aos professores se percebema participação da
família como incentivadora da prática. Todos os professores responderam que a
participação dos familiares é notada através do incentivo para chegar no horário das
aulas, levar e buscar o idoso, assim como participar das atividades promovidas pelo
grupo em tempo de confraternização.
29

Autores como Mendes et al, (2005) dizem que o papel da família é


muito importante para os idosos, pois na família suficientemente sadia, onde se
predomina uma atmosfera saudável e harmoniosa entre as pessoas, há
possibilidade do crescimento de todos, incluindo o idoso, pois todos possuem
funções, papéis, lugares e posições e as diferenças de cada um são respeitadas e
levadas em consideração. Em famílias onde há desarmonia, falta de respeito e não
reconhecimento de limites, o relacionamento é carregado de frustrações, com
indivíduos deprimidos e agressivos. Essas características promovem retrocesso na
vida das pessoas. O idoso torna-se isolado socialmente e com medo de cometer
erros e ser punido (MENDES et al., 2005).
A etapa de coleta de dados direcionada aos idosos que participam da
hidroginástica foi categorizada por faixa etária e sexo, buscando saber deles: Qual a
idade e o tempo de prática na hidroginástica? Quem indicou a prática da atividade?
Quais os motivos que levam à prática da hidroginástica? Quais as melhoras com a
prática da hidroginástica? Quais os motivos que levam à frequência na prática da
hidroginástica? Quais os benefícios da prática da hidroginástica?
Desse modo, verificou-se que em médiaa idade(de acordo com a Figura 1),
esta atividade física é desenvolvida por um grupo de idosos com idade que varia
entre os 60 anos e os 83 anos de idade.
Figura 1: Idade dos participantes.

60 anos 61 a 65 anos 65 a 70 anos 70 a 83 anos

0%

11%

19% 47%

23%

Fonte: Pesquisa, 2019.

O idoso atualmente tem buscado por atividades que lhe proporcione


um melhor estilo de vida,na qual possa alcançar os seus objetivos de uma forma
mais eficaz com menos impacto possível. Por esse motivo,Matsudo (2001) destaca
30

que a prática de exercício físico, sobretudo após os 50 anos de idade, apresenta um


impacto positivo na saúde, isso porque melhora a força, massa muscular e a
flexibilidade.
Neste sentido,dentre as diversas opções de exercícios físicos, os idosos têm
procurado, Gomes (1987) eTeixeira(2007)concordam que a hidroginástica, é uma
modalidade escolhida pelas pessoas idosas para desenvolver uma vida
mais saudável, o que leva os idososà busca por uma vida ativa, através de exercício
físico, para auxiliar no tratamento de doenças degenerativas, manutenção das
funções locomotivas, facilitando o desenvolvimento e desempenho na realização
das atividades físicas diárias. Essa escolha também se deve ao fato de haver na
água mais leveza para a realização dos exercícios, que ocorrem de forma prazerosa
e também relaxante, através de exercícios que envolvem a ginástica e a dança,
proporcionado aos seus praticantes alcançar seus objetivos de maneira mais leve.
Outro ponto a ser destacado neste estudo é que prevalece a presença do
sexo feminino, o que nos revela que há uma preocupação maior do público feminino
com as questões de saúde e bem-estar. Homens e mulheres utilizam dessa
modalidade com forma de atividade sistemática, mas através das informações é
possível perceber que essa prática tem uma adesão maior do grupo feminino. De
um conjunto de 64 entrevistados, apenas dois são do sexo masculino. As mulheres
são mais adeptas às atividades físicas, demonstrando maior cuidado com a saúde e
o bem-estar. Sabe-se que a atividade física é benéfica para todos os indivíduos; e
para as mulheres, muitas vezes surge como uma opção de lazer ou promoção da
saúde (ALVES; TROVÓ; NOGUEIRA, 2010).
Sobre o tempo de prática na atividade (Figura 2), revelou-se que o
tempo mínimo de idosos nesta atividade é de um mês, e o tempo de maior
frequênciaquatro anos.

Figura 2: Tempo de prática dos idosos na Hidroginástica.


31

1 Mês 3 Meses 4 Meses 5 Meses 6 Meses 1 Ano 2 Anos 3 Anos 4 Anos

2%

8%
13%

15%

3% 18%

8%

13%
20%

Fonte: Pesquisa, 2019.

Para Sova (1998), os benefícios da hidroginástica como: melhora da saúde,


do bem-estar físico e mental, sendo destinada a pessoas de ambos os sexos por ser
divertida e agradável, além de ser mais estimulante, eficaz, cômoda e segura do que
as demais ginásticas de solo; garantem a permanência do idoso nessa
atividade. Outro fator está na socialização; o contato com outras pessoas idosas, e
a participação no grupo, que em sua maioria apresenta os mesmos problemas de
saúde ou situação semelhante, ou ainda passando pelo mesmo processo
de envelhecimento que os demais. Muitos desses idosos associam esse espaço
com um ambiente familiar, com momentos de lazer e alegria. Tais circunstâncias
possibilitama interação com outras pessoas, melhora do relacionamento
interpessoal, com os familiares e reintegração ao meio social (MAZO, 2004).
Do mesmo modo, atividades como a hidroginástica garantem ao idoso
a autonomia funcional e fundamenta-se na liberdade de locomoção do idoso, da
sua autonomia nas realizações de atividades diárias. Com o crescimento da
população idosa a preocupação da capacidade funcional vem surgindo, com a
incapacidade associada ao envelhecimento, e atividades na vida diária estão
relacionadas ao aumento de mobilidade dos indivíduos.
A partir disso, buscou-se saber dos idosos quais foram os motivadores
para essa prática de exercício. (Figura 3)
32

Figura 3. Quais os sintomas que levam à prática sistemática da Hidroginástica?

Problemas respiratórios Desequilíbrio Depressão


Estresse Sobrepeso Hipertensão
Dores Articulares

2% 4%

5%

37% 14%

18%

20%

Fonte: Pesquisa, 2019.

Entre os motivos que levam à prática da hidroginástica, os


problemas relacionados às dores articulares são os mais apontados pelos
participantes. Já a hipertensão é o segundo mais indicado pelos alunos, ressaltando
que cada indivíduo marcou mais de uma opção. Um dos aspectos no processo de
envelhecimento é que ocorrem vulnerabilidades físicas e mentais que modificam a
capacidade da pessoa idosa para o desenvolvimento de atividades diárias, podendo
assim dificultar a vida desse indivíduo, incapacitando a realização de atividades básicas
como: locomover-se, sentar, levantar, pegar objetos. Comprometendo assim as AVD
(atividades da vida diária) e ABVD (atividades básicas da vida diária) que são aquelas
relacionadas ao cotidiano dos indivíduos: alimentar-se, levantar-se da cama para a
cadeira, andar, tomar banho, vestir-se, realizar os cuidados higiênicos, controlar a
bexiga e o intestino. Diante de todas essas implicações desponta a importância da
hidroginástica, indicada por Sova (1998),que destaca os principais benefícios para
aqueles que dela fazem uso. Assim, dentre os exercícios físicos indicados para os
idosos, a hidroginástica tem ganhado destaque, pois acontece em um ambiente seguro
e sem impacto nas articulações, quando confrontado ao meio terrestre (REICHERT et
al., 2015).
33

A hidroginástica também tem o objetivo de utilizar exercícios aquáticos na


posição vertical não mais visando àreabilitação e sim o condicionamento físico,
segundo Marques e Pereira (1999).Com o passar do tempo, a hidroginástica criou
uma identidade própria e evoluiu para um sistema de condicionamento físico que
pode ser utilizado não só pelas populações sedentárias com limitações e restrições,
mas também por atletas de diversas modalidades esportivas, que encontram neste
gênero uma eficiente forma de recuperação ativa e de substituição de parte do
treinamento cardiovascular.
Autores como Barbosa (2005) e Bonachela(1994) entre outros, declaram que
a hidroginástica protela o processo de envelhecimento e traz benefícios
anátomofisiológicos, cognitivos e sócioafetivos aos idosos, tornando-os mais sadios,
independentes, sociáveis e eficientes, proporcionando-lhes uma melhor qualidade
de vida. A prática da hidroginástica está relacionada a problemas de saúde e
aproximadamente 95% dos entrevistados relatam ter problemas de
hipertensão, sobrepeso, dores articulares efibromialgia. Além dos problemas
fisiológicos, os problemas psicológicos afetam esse grupo com: depressão,
isolamento social, problemas para dormir, entre outros.
Entretanto, para o sucesso dessa prática, é importante haver um
planejamento bem organizado, que se tenha um cuidado na hora da escolha das
atividades e devem ser levados em consideração os limites de cada indivíduo,
seguindo os princípios dos treinamentos que são:intensidade, frequência e duração.
Um programa bem planejado deve ter exercícios voltados para força muscular,
flexibilidade articular e aumento da capacidade aeróbica.
A adaptação fisiológica do organismo está condicionada aos seguintes
fatores: intensidade do esforço através dos estímulos aplicados, números de
repetições, tempo parcial do esforço, ritmo do exercício (lento, moderado, rápido),
período de descanso, recuperação, soltura muscular, relaxamento, controle
muscular, controle da respiração, movimento, interesse e participação, segundo
SILVA (2006).
No questionário, perguntou-se aos idosos quais fatores os levaramà prática
da atividade física na água. (Figura 4)

Figura 4: Motivos da permanência na Hidroginástica.


34

Interação social Convívio com os amigos


Prazer em realizar a prática Incentivo da família

10%
10%
42%

38%

Fonte: Pesquisa, 2019.

Percebe-se que a Interação Social (42%) é um dos principais motivos


revelados pelos idosos, seguido do convício com os amigos (38%). Neste sentido,
percebe-se que a socialização é um dos principais fatores que motivam os idosos à
prática da atividade, pois nestes espaços é possível conviver com pessoas de
idades semelhantes, com problemas semelhantes. A hidroginástica torna as aulas
mais participativas, pois as limitações do ritmo ao realizar movimentos na água
permitem com que cada aluno desenvolva seu próprio ritmo, não necessitando ficar
executando as atividades dentro de um ritmo que não acompanha os demais
colegas, como é abordado por Mendes et al. (2005, p. 422):

Além da família, o convívio em sociedade permite a troca de carinho,


experiências, ideias, sentimentos, conhecimentos, dúvidas, além de uma troca
permanente de afeto. Outros aspectos importantes consistem na estimulação do
pensar, do fazer, do dar, do trocar, do reformular e do aprender. O idoso
necessita estar engajado em atividades que o façam sentir- se útil. Mesmo
quando possui boas condições financeiras, o idoso deve estar envolvido em
atividades ou ocupações que lhe proporcionem prazer e felicidade.

Na água cada aluno realiza as atividades dentro do seu próprio ritmo, sem
necessidade de seguir um padrão de exercícios igual ao do companheiro de
atividade.Dentro de uma mesma perspectiva, para Bonachela (1994), praticar uma
atividade como a hidroginástica proporciona ao idoso e demais participantes, o contato
e a troca de experiências, memórias afetivas, construção de laços afetivos, entre outros
35

aspectos que são importantes para a vida social dessas pessoas. Da mesma forma,
Matsudo (2001) salienta que durante o convívio em grupo, o idoso poderá descobrir
muito mais que a satisfação pessoal; este encontrará também uma base social, um
significado a sua existência, constituído pela presença do outro, ou seja, pelas
inúmeras possibilidades propiciadas diante da vinculação a programas de atividades.
Percebe-se que o convívio com os amigos é um fator muito presente para
os idosos pesquisados, pois procuram a hidroginástica não só como melhoria para a
saúde física. Contudo, Sova (1998) destaca que tal atividade é imensamente salutar
por proporcionar melhora na saúde, no bem-estar físico e mental, sendo destinada a
pessoas de ambos os sexos, por ser divertida e agradável, além de ser mais
estimulante, eficaz, cômoda e segura do que as demais ginásticas de solo.
Neste sentido, surge o próximo questionamento que busca (Figura 5) revelaros
motivos que garantem a permanência nas aulas de hidroginástica.

Figura 5: Incentivadores para a prática da Hidroginástica.

Educador Físico Filhos Médicos Amigos

23%

39%

6%

32%

Fonte: Pesquisa, 2019.

Nota-se que além dos amigos e médicos, os educadores físicos são os


grandes influenciadores dessaprática. Os médicos por entenderem os benefícios da
atividade e os amigos, geralmente,por participarem e perceberem os efeitos do
exercício. Porém, o educador físico conhece as especificidades da hidroginástica e
36

entende que devidamente aplicada ela é capaz de promover excelentes resultados


com menor impacto corporal do que outros exercícios físicos.
Os vínculos estabelecidos durante o desempenho de uma atividade física,
inclusive opapel motivacional do professor fazem toda a diferença neste
momento.SegundoSamulski (2002) a motivação tem um grande papel em manter o
sujeito determinado a uma meta, visto que os fatores que motivam uma pessoa
podem advir internamente (motivação intrínseca) ou externamente (motivação
extrínseca). Essa motivação é de grande importância para manter esse indivíduo
ativo.
Outra questão levantada para análise são os benefícios que os idosos
revelamalcançar. Assim, o questionário aplicado buscou saber dos alunos quais
benefícios eles apontavam para a sua permanência na prática desta
atividade,obtendo os seguintes relatos dos idosos: “Melhora física e convívio social
(idoso1); qualidade de vida(idoso 2); alívio das dores articulares (idoso 3);
relaxamento muscular (idoso 4); perda de peso(idoso 5); disposição para fazer as
atividades diárias (idoso 6); sentimento de juventude e revigoramento (idoso 7)”.
Segundo PontGeis (2003) a prática regular da hidroginástica proporciona
músculos mais fortes e resistentes, aumenta a amplitude articular, melhora a
frequência cardíaca, mantém a circulação ativa, melhora a mobilidade, auxilia no
controle de doenças, promovendo assim o alívio de dores, relaxamento e perda de
peso. Inclusive, pessoas que praticam algum tipo de exercício tendem a ser menos
deprimidas do que as que não a praticam.
37

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O processo de envelhecimento e as mudanças do organismo de cada


indivíduo resultam nas pessoas idosas, em alguns casos para mais outros para menos,
em uma perda da força muscular (sarcopenia) e flexibilidade, o que possui uma
interferência direta no desenvolvimento das suas atividades, levando os idosos à busca
por exercício físico que atenda às suas necessidades, tanto físicas quanto sociais. Os
níveis de atividade física, autonomia funcional e qualidade de vida na população de
idosos no Brasil estão crescendo cada vez mais diante do visível envelhecimento da
população. O objetivo deste estudo foi identificar os motivos que levam o idoso à
prática da hidroginástica como exercício físico, através da verificação do percentual de
idosos praticantes de hidroginástica na região de Cruz das Almas, Muritiba e
Cachoeira.
Neste sentido, foi possível identificar que os motivos que levaram estes idosos
da região, a serem inseridos nessa prática, foram: melhora na aptidão física,
diminuição das dores nas articulações, relaxamento muscular, melhora no
desenvolvimento das AVD(atividades da vida diária) e interação social. Foi possível
também observarque os aspectos relacionados à socialização e interação social fazem
com que os idosos permaneçam nas aulas, além do incentivo dos professores que têm
um papel importante para motivar e conduzir um melhor condicionamento físico desses
idosos, através da hidroginástica.
Foipossível também refletir sobre a importância de outros espaços que atuem
com a hidroginástica para os idosos, ampliando do privado ao público, pois
éessencial não apenas democratizar o acesso a esse segmento, mas
igualmenteestender outros estudos na área acadêmica para aprofundar e investigar
essa atividade, a fim de que possam ser produzidas outras pesquisas e evidências
concretas e plausíveis, a respeito dos benefícios da hidroginástica para o público idoso,
em vista de ser uma atividade física,cujo impacto direto ou indireto na vida de quem a
pratica, ser notadamente salutar e de relevante para estudos futuros.
38

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