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Atividade Física e Sua Relação Com A Prevenção e Controle Da Dor Crônica No Envelhecimento
Atividade Física e Sua Relação Com A Prevenção e Controle Da Dor Crônica No Envelhecimento
2018
ATIVIDADE FÍSICA E SUA RELAÇÃO COM A PREVENÇÃO E
CONTROLE DA DOR CRÔNICA NO ENVELHECIMENTO
RESUMO
Conforme o ciclo vital prolonga-se, de forma dinâmica e progressiva
neste processo, naturalmente ocorrem mudanças podendo levar a inúmeras
doenças crônicas e degenerativas, das quais a dor é um sintoma e forma de
manifestação que pode interferir na longevidade. A dor crônica é uma forma de
dor é responsável por interferir de forma negativa de 7% a 40% da população
mundial, principalmente na vida de adultos e idosos que poderiam
desempenhar normalmente suas atividades cotidianas. Este trabalho teve
como objetivo evidenciar o papel da atividade física na prevenção e controle da
dor crônica no avanço da idade. Neste sentido foi realizado uma revisão de
literatura, sendo a busca realizado por meio dos termos Physical Activity,
Chronic Pain e Aging nas seguintes bases de dados digitais: Pubmed e
Cochrane Library. Foram encontrados 314 estudos, sendo pré-selecionados os
resumos de 30 artigos em que fossem possível identificar os termos
relacionados à atividade física ou dor crônica ou envelhecimento, para em
seguida passando por uma avaliação criteriosa para verificação da presença da
relação da atividade física como intervenção pertinente à dor crônica. Dentre os
30 estudos somente 6 estudos estavam disponíveis com texto completo para
leitura, e assim conduzindo à seleção final de 4 estudos, dos quais 1 deles
constituindo uma revisão sistemática. Dessa forma a atividade física regular
com outras formas terapêuticas tornam-se uma abordagem bem aceita para
prevenção e controle da dor persistente à medida que há o avanço da idade da
população com dor crônica.
PHYSICAL ACTIVITY AND ITS RELATION TO THE
PREVENTION AND CONTROL OF CHRONIC PAIN IN AGING
ABSTRACT
As the life cycle proceeds dynamically and progressively in this process,
naturally occur changes leading to innumerable chronic and degenerative
diseases, of which pain is a symptom and form of manifestation that can
interfere with longevity. Chronic pain is a form of pain that is responsible for
negatively interfering with 7% to 40% of the world's population, especially in the
lives of adults and seniors who could normally perform their daily activities. This
work aimed to evidence the role of physical activity in the prevention and control
of chronic pain in the advancement of age. In this sense a literature review was
carried out. The search was done using the terms Physical Activity, Chronic
Pain and Aging in the following digital databases: Pubmed and Cochrane
Library. A total of 314 studies were found, with abstracts of 30 articles in which
it was possible to identify the terms related to physical activity or chronic pain or
aging, followed by a careful evaluation to verify the presence of the relation
between physical activity and intervention chronic pain. Of the 30 studies, only 6
studies were available with full text for reading, and thus leading to the final
selection of 4 studies, of which 1 was a systematic review. Thus regular
physical activity with other therapeutic forms becomes a well accepted
approach for the prevention and control of persistent pain as the age of the
population with chronic pain advances.
INTRODUÇÃO
Definida pela International Association for the Study of Pain (IASP) como
uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada com dano
tecidual real ou potencial, a dor pode estar presente em uma fase específica da
vida ou mesmo desenvolver-se durante a progressão cronológica de um
indivíduo. Trata-se de uma experiência que origina-se por interpretação
individual, podendo ocasionar em leve desconforto ou até sensação
incapacitante (FREITAS, E. V et al. 2017).
De acordo com estudos, esse tipo de dor pode estar presente em até
30% dos adultos, nos quais ocorrem impactos físicos, psicológicos, sociais,
resultando muitas vezes em incapacidade, medos e incertezas, reduzindo a
qualidade de vida. É possível ainda que grande parte destes adultos possam
sofrer recorrências dessa manifestação, e quando associada a aspectos
patológicos o quadro álgico pode tornar-se frequente até a fase senil (SMITH,
D et al. 2014).
Estudos N Faixa Etária Características dos Revista Características da Dor Período de Treinamento
sujeitos avaliados Publicada
Naugle, K. M 51 60 a 77 anos Idosos saudáveis, 21 Pain: the jornal ------------------- Atividade física em
et al. (2017) masculino e 30 feminino of the geral durante 7 dias
international consecutivos
association for
the study of pain
Cheng, S. T et 160 ≥ 60 anos Idosos com dor Pain Dor musculoesquelética Intervenção
al. (2017) muculoesquelética Management crônica ≥ 40 de 100 Multicomponente
crônica moderada com Nursing 1,8anos - 10 sessões
pontos Chronic Pain
habilidade basica ler- semanais
escrever Grade
Casey, M. B et 160 ≥ 18 anos Adultos que frequentam Trials Journal Dor crônica persistente por Exercício físico +
al. (2018) clínicas de dor crônica mais de 12 semanas e ≥ 2 terapia – 8 semanas (8
no Brief Pain Inventory – sessões – 1/semana –
Interference Scale 3,5hrs)
Hurley, M. et 21 ------------------ ----------------------- Cochrane Dor crônica ---------------------------
al. (2012) estudos Library
DISCUSSÃO
A prática de atividade física regular pode ser uma estratégia eficaz para
reduzir o risco de dor crônica. Neste trabalho os estudos apresentados tiveram
população preferencialmente idosa, acima de 60 anos, e também adultos
acometidos pela dor crônica. O aumento da dor crônica na população idosa
deve-se levar em consideração, já que a maioria dos estudos relacionam-se à
esta faixa etária em questão, podendo estar associada à especificidade do
envelhecimento em que há um alterações e desequilíbrio na inibição do perfil
da dor, principalmente em comparação ao público jovem-adulto (NAUGLE, K.
M et al. 2017).
Visto que a maior parte dos estudos desta revisão abordou atividade
física de forma combinada a outras terapias, combinar atividade física com
outras terapias não farmacológicas, como terapia cognitivo-comportamental e
educação de autogerenciamento, socialização e adaptação podem ser uma
estratégia clínica efetiva para redução da dor. No trabalho de intervenção de
autogestão para dor em idosos, utilizou o exercício físico combinado com a
terapia cognitiva, mostrando que as técnicas cognitivas comportamentais,
quando combinadas com o exercício físico, eram superiores ao exercício
sozinho ou a outra intervenção de forma isolada no sofrimento relacionado à
Dessa forma, como trata-se de uma transição de fase adulta para idosa,
e muitas vezes um idoso com limitações, sem informações e conselhos
adequados dos profissionais de saúde, as pessoas não sabem o que devem ou
não devem fazer e, consequentemente, evitam atividades pelo medo do
movimento e causar complicações. Fornecer garantias e orientações claras
sobre o valor do exercício no controle dos sintomas e as oportunidades de
participar de programas de exercícios que as pessoas considerem prazerosas
e relevantes podem encorajar maior participação na atividade física, o que traz
uma série de benefícios à saúde para uma grande parte desta população.
CONCLUSÃO