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POR VANE MARQUETE

Se aplica a todo paciente internado/hospitalizado. O hospital sempre tem uma ração base e todos os
pacientes recebem aquela ração, não se faz nenhum cálculo para saber se o paciente está se
alimentando da forma que ele precisa.

A demanda do organismo é maior em pacientes doentes e muitos deles tem perdas como vômito,
diarreia e inflamação. Geralmente eles terão privação de alimentação e o que isso causa
fisiologicamente:

▪ Quebra de glicogênio hepático


para ter maior disponibilidade de
glicose (energia).
▪ Catabolismo muscular: quebra de
proteínas → aminoácidos → leva a
emagrecimento, atrofia muscular.
▪ Quebra de gordura corporal.

Tudo isso é mediado por uma resposta


neuroendócrina.

Privação de alimento → pouca quantidade


de energia → ativação da resposta neuroendócrina → liberação maior de catecolaminas (paciente pode
ficar taquicárdico), cortisol (em excesso faz imunossupressão → maior chance de infecção), hormônio
do crescimento, citocinas (inflamatórias) e glucagon → aumento da glicemia e catabolismo proteico
(por conta da quebra de glicogênio, cortisol estimula maior liberação de glicose > gera fraqueza, apatia;
condição de estresse metabólica) → balanço energético negativo (por conta do uso das suas reservas
de energia porque ele não está recebendo) → desnutrição proteico-energética.

▪ Perda de peso, apatia, fraqueza.


▪ Anemia leve, sem muita alteração de hematócrito (normal 30-35).
▪ Hipoproteinemia leve ou severa (muita diarreia e processo crônico).
▪ Atraso na cicatrização (péssimo em pacientes cirúrgicos).
▪ Prejuízo na função intestinal: redução de peristaltismo, catabolismo da musculatura intestinal
(atrofia de vilosidades) → imunossupressão.
▪ Queda na função imune: pelo cortisol e disfunção intestinal.
▪ Hospitalização prolongada.
▪ Óbito.
OBJETIVO DO SUPORTE NUTRICIONAL: EQUILÍBRIO ENTRE DEMANDA E OFERTA DE NUTRIENTES → PREVENIR DESNUTRIÇÃO PROTEICA

Identificar desnutridos ou com potencial para desnutrição. Interação entre clínico (identifica) e
internamento (faz a manutenção).
HISTÓRICO: qualidade da dieta, ingestão de alimentos (se está ou não comendo, quantidade), trauma
recente (aumenta demanda energética), perdas (sangramento, vomito, diarreia, perda de secreção,
seroma → aumenta demanda energética), fármacos (interfere no apetite), doenças de base.

ECC: de 1 a 9. Influenciam na ingestão e absorção de alimentos.

EXAMES LABORATORIAIS: hemograma (anemia), PPT, albumina (avalia condição geral e catabolismo,
quando baixa ela diminui a pressão oncótica → não mantem líquidos dentro do vaso (perda de líquido
para o terceiro espaço) → edema, ascite, potássio (paciente que não está se alimentando tende a ter
hipocalemia quando → gera fadiga intensa, tremores musculares, gatos fazem ventroflexão de pescoço,
arritmias → solução com suplementação com fluido e alimentação) e CK – creatina quinase (quando se
tem um catabolismo muscular severo a CK tende a aumentar).

Necessidade nutricional: soma da energia necessária para metabolismo basal, atividade física e perdas
decorrentes da doença.

1. Pesar o paciente em kg.


2. Calcular a necessidade energética basal.
3. Verificar o kcal de cada alimento.
4. Ofertar o total dividido em 3x ao dia.

Considerar energia necessária para manutenção de funções fisiológicas com alta demanda.

Necessidade energética de manutenção:

Calcular a necessidade hídrica: para pacientes que não vão ficar em fluidoterapia.
A maioria dos pacientes que chegam estão desidratados → fluidoterapia! Portanto, esse cálculo é pouco
usado porque é apenas para pacientes que irão ingerir água.

IMPORTANTE:

▪ Capacidade gástrica: 50ml/kg.


▪ Frequência: 6x ao dia (a cada 4h) → para paciente debilitado com alta demanda, paciente com
perdas (vômito, diarreia), paciente com sonda.
▪ Pacientes anoréticos: fornecer 1/3 da quantidade calculada no primeiro dia (dividida em 6x ao
dia), 2/3 no segundo dia (dividida em 6x ao dia) e o volume total somente a partir do terceiro dia
(dividida em 6x ao dia) → evitar a síndrome a realimentação. Todo dia se faz ajustes nessa
alimentação e TODOS OS DIAS pesar o paciente.

ENTERAL: nutrientes na luz do TGI. Oral, sonda esofágica.

PARENTERAL: nutrientes por IV. Alimentação preparada de forma diferente, comprada pronta.
Pacientes em coma e anestesiado.

Critérios para a escolha da via: integridade do TGI, risco anestésico (precisa anestesiar para colocar
alguns tipos de sonda, ver se o paciente está apto para anestesia).

▪ Fisiológico, seguro (pouco risco de infecção) e econômico.


▪ Preserva o intestino: Imunidade intestinal por estimulação do funcionamento.
▪ Métodos: oral, sonda orogástrica, sonda nasoesofágica, faringostomia, esofagostomia,
gastrotomia e jejunostomia.

ORAL

Avaliar se o consumo voluntario de alimentos está atendendo as necessidades diárias.

Estimular em pacientes hiporéticos:


▪ Dieta palatável.
▪ Ração hipercalórica: mais caloria por grama de alimento, boa opção

Estimulação farmacológica: motivar o início do consumo voluntário.

o Ciproeptadina: anti-histamínico e efeito secundário é aumentar a apetite. Associada a B12.


Cobavital®.
o Mirtazapina: gatos.
Alimentação forçada: NÃO FAZER! APENAS EM SITUAÇÕES EXTREMAS, utilizar sonda. Dieta liquida
ofertada em seringa, por via oral. Não ultrapassar 24h. Complicações: estresse, pneumonia aspirativa,
leva a desnutrição porque não consegue fazer o volume adequado.

SONDAGEM

INTUBAÇÃO OROGÁSTRICA

Boca – estômago. Apenas para neonatos órfãos ou com fenda palatina (não
consegue mamar por conta de aspiração, portanto optar pela sonda). Se faz a
cirurgia para correção da fenda apenas a partir de 5 meses. Sonda uretral nº
6 ou 8 (depende do tamanho do paciente).

Técnica:

1. Medir o tamanho da sonda antes de inserir para saber quando ele está
no estômago.
2. Marca com o esparadrapo a medida → 10ª – 11ª costela está o
estômago.
3. Inserir a sonda pela cavidade oral, erguendo um pouco a cabeça, animal
vai deglutir.
4. Quando introduzir parar quando chegar no esparadrapo.
5. Lembrar que é neonato e vai entrar pouco.
6. Administra o leite e logo depois retira a sonda (porque o animal está acordado).
7. Repetir a cada 4h.

NASOESOFÁGICA

Narina – esôfago. Ela para no esôfago para não ter estímulo de vômito. Suporte nutricional a curto prazo,
máximo 3 a 4 dias. Opção em paciente debilitado que não pode ser anestesiado.

Vantagens: facilidade de colocação e remoção, não requer anestesia geral porque precisa de reflexo de
deglutição, por isso o animal precisa estar acordado.

Desvantagens: pequeno diâmetro das sondas (nº 4 ou 6), dieta líquida (tem menos kcal/ml → precisa
de muito volume → paciente pode ter vômito portanto administrar aos poucos).

Opção de dieta líquida hipercalórica no mercado utilizada nesse tipo de sondagem: Nutralife® (1,22
kcal/ml) e Salute® (1,00 kcal/ml).

Técnica:

1. Medir antes a quantidade que irá


entrar e marcar com esparadrapo - 7º -
8º espaço intercostal (esôfago sem
entrar no estômago).
2. Levantar a cabeça a 45°, levemente
elevada.
3. Entrar com a sonda na porção medial
da narina, anestésico local (Lido) e
sonda lubrificada.
4. Passar rapidamente por conta do reflexo de espirro.
5. Fixar a sonda (borboleta com esparadrapo próximo ao
nariz e testa ou pode dar ponto).
6. Não deixar a ponta da sonda aberta por conta de
aerofagia. Sondagem Nasoesofágica

ESOFAGOSTOMIA

Suporte nutricional a longo prazo (mais de 3-4 dias, podendo


ficar até meses). Necessita de anestesia geral. Pacientes com
anorexia persistente (a partir de 2 dias) e enfermidades craniais a entrada da sonda na cavidade oral ou
faringe que prejudique a alimentação natural. Sonda nº 14-16 ou 18 para grande porte.

Contraindicação: distúrbios esofágicos, alimento não pode cair no local doente.

Vantagens: pode ser feita dieta pastosa (rações hipercalóricas → + caloria – volume), medicação em
xarope para facilitar para o tutor.

Desvantagens: anestesia geral.

Técnica:

1. Anestesia geral profunda, animal intubado.


2. Decúbito lateral direito, sempre passar a sonda
pelo lado esquerdo porque o esôfago é mais
próximo da parede na região cervical.
3. Tricotomia ampla da região cervical, cirurgia
asséptica.
4. Usar pinça hemostática curva: Kelly ou Crile curva.
5. Introduzir pela cavidade oral → epiglote → ponta dela fica no esôfago. A parte curva da pinça
apontar na região da incisão. Fazer garrote para localizar a jugular para não incisar em cima.
6. Incisar exatamente o diâmetro da sonda (para não extravasar nada do esôfago).
7. Sonda entra da região cervical para a cavidade oral.
8. Segurar a ponta da sonda com a pinça e puxar para a cavidade oral, dobrar a sonda e voltar ela
para o esôfago.
9. Sutura em bailarina para fixar a sonda.
10. Pomada nebacetim® ao redor da incisão, atadura e deixar apenas a ponta da sonda fora, na parte
de cima.
11. Paciente não precisa ficar internado apenas por conta da sonda.

Opção de dieta líquida hipercalórica no mercado utilizada nesse tipo de sondagem: a/d® ou Recovery®
Royal Canin → as duas tem 1,7kcal/grama.

Cuidados:

▪ Administração lenta: +- 20ml por vez.


▪ Limpeza da ferida e proteção com bandagem.
▪ Evitar entrada de ar.
▪ Limpeza da sonda com água após alimentação (5ml).
▪ Remoção.
▪ Cuidar com o tamanho e local da sonda para não estimular vômito.
▪ Sempre ofertar alimentação seca para estimular, se o animal estiver comendo bem por alguns
dias, remover a sutura de bailarina e não suturar a incisão.
▪ Sempre deixar o animal com colar para não arrancar.

GASTROSTOMIA

Pouco utilizada. Indicada para pacientes anoréxicos e com distúrbios esofágicos. Usar apenas sonda
Foley (balão na ponta, evita sair). Sonda nº 14 ou 16.

Contraindicação: em pacientes com enfermidades gástricas.

Complicações: peritonite por extravasamento de conteúdo (balão esvaziar, sonda sair do local).

Desvantagens: celiotomia mediana.

Técnica:

1. Incisão de pele.
2. Duas suturas de reparo no estômago.
3. Inserir a sonda no esôfago e fazer uma bolsa de tabaco
ao redor (prender a sonda).
4. Infla o balão da sonda.
5. Gastropexia com as suturas de reparo.
6. Bandagem.

JEJUNOSTOMIA

Não utilizada na veterinária, indicada parenteral. Indicada para pacientes anoréxicos e com distúrbios
gástricos ou duodenais. Requer celiotomia mediana (técnica parecida com a Gastrotomia).
Complicações: peritonite. Sonda nº 4. Apenas dieta líquida.

▪ Empresa especializada nesse tipo de alimentação.


▪ Administração lenta.

Bolsas:

▪ ALIMENTAÇÃO TOTAL (NPT): calorias, aminoácidos, lipídeos, vitaminas e minerais. Administrada


apenas em acesso catéter central (jugular). Mais cara.
▪ ALIMENTAÇÃO PARCIAL (NPP): eletrólitos, vitaminas e parte das necessidades calóricas e
proteicas. Acesso periférico.

Como pedir? Apenas dizer o peso e a necessidade nutricional. Elas vêm com a quantidade para 24h.

INDICAÇÃO

▪ Obstrução intestinal.
▪ Vômitos frequentes.
▪ Cirurgia intestinal.
▪ Trauma cranioencefálico.
▪ Coma.
Acúmulo de sangue entre a cartilagem auricular e a pele. Lesão nos ramos da
artéria auricular → hematoma.

Etiologia: trauma auto infligido, muito comum otite associada.

Sinais clínicos: aumento de volume, áreas espessadas, macia, fibrose (quando


crônica), uni ou bilateral, bastante dor.

CLÍNICO

Não deve ser a terapia de escolha por não ser muito eficaz. Indicação quando for parcial.

▪ Drenagem com agulha (25x7) sem anestesia.


▪ Bandagem compressiva: por conta do espaço morto que ficou. Com gaze dos dois lados, virar a
orelha para cima da cabeça e passar a atadura.
▪ Antinflamatório:
o AIE (melhor resposta – rápida ação): corticoide. Prednisona ou Prednisolona 0,25 a
0,5mg/kg SID 4 a 5 dias. Causam imunossupressão em doses altas, portanto usar a dose
baixa. Não indicada Dexametasona por efeito acumulativo de até 7 dias.
o AINE: Meloxicam, Carprofeno ou Firocoxibe. 3 a 4 dias.
▪ Tratamento da causa base → Otite.
▪ Baixa eficácia.

CIRÚRGICO

▪ Drenagem por incisão e sutura para reduzir o espaço morto com sutura.
▪ Maior eficácia.
▪ Complicação: contratura do pavilhão auricular por conta de tecido fibroso.

Técnica:

▪ Tricotomia de todo o pavilhão auricular, dos dois lados e antissepsia.


▪ Entrar com tratamento para otite antes da cirurgia para ter menos
secreção, não precisa esperar ela melhorar 100% para entrar na
cirurgia porque demora em torno de 14 dias para melhorar.
▪ Colocar uma gaze estéril na entrada do ouvido.
▪ Incisão em S na face medial do pavilhão auricular,
não incisar a cartilagem.
▪ Remoção de sangue e coágulos.
▪ Limpeza com solução fisiológica e gaze.
▪ Sutura em padrão Wolf captonada com fio não
absorvível sintético – pele e cartilagem auricular,
não perfura o outro lado da pele.
▪ Usar dreno de pen-rose, equipo ou botão de costura esterilizado para fazer os captons.
▪ Limpar duas vezes por dia com soro fisiológico.
▪ Passar pomada (nebacetin®) ou vaselina entre a gaze e os pontos para não grudar.
▪ Bandagem compressiva.
▪ Retirar os pontos com 14 dias.

▪ Tratar causa primária: otite.


▪ Bandagem compressiva: 24/48h.
▪ Limpeza da ferida cirúrgica apenas com soro.
▪ Antibiótico: Cefalexina, Enrofloxacina. 5 a 7 dias. Cirurgia contaminada por conta da otite.
▪ Antinflamatório: Carprofeno, Meloxicam, Firocoxibe.
▪ Analgésico: Dipirona. 2 a 3 dias.
Neoplasia epitelial (início na pele) maligna
(metástase, rápido crescimento) invasiva
(aprofundando outras camadas, perde anatomia).
Baixo potencial metastático. Locais: orelhas,
pálpebras e focinho (raios solares), animais de pele e
pelo claro (falta de melanina - frequente em gatos)
abdômen (frequente em cães pela posição que ele
fica no sol).

Sinais clínicos: descamação cutânea, eritema, úlceras, crostas.

Diagnósticos: Biopsia → histopatológico. Diagnóstico diferencial: esporotricose (fazer citologia –


carcinoma não aparece em citologia e a esporotricose aparece).

Tratamento:

ORELHA:

Cirúrgico → Conchectomia (retirada da orelha). Não se faz criocirurgia


por lesionar a cartilagem.

Técnica da conchectomia:

▪ Incisão curvilínea envolvendo pele e cartilagem auricular 1-2cm


do tumor.
▪ Hemostasia por compressão / cauterização.
▪ Síntese da pele em padrão continuo ou interrompido simples
com nylon 4.0
▪ Importante: pele da parte convexa da orelha recobre a
cartilagem auricular para não deixar a cartilagem exposta.
Suturar pele com pele por cima da cartilagem.

Clínico → Piroxicam (AINE - efeito antineoplásico para carcinoma de células escamosas) + ômega 3
(ajuda na proteção e reconstituição da epiderme).

PÁLPEBRAS: cirurgia contra indicada.

FOCINHO: nosectomia (retirada do nariz, conchas nasais ficam expostas), criocirurgia (com nitrogênio -
lesões superficiais), eletroquimioterapia (ponteira com agulhas que emitem uma voltagem que muda o
potencial de ação da membrana, ao mesmo tempo se aplica quimioterápico IV fazendo com que a
absorção do medicamento seja melhor → ocorre morte celular por apoptose).

Pós-operatório: antinflamatório (Piroxicam), analgésico (Dipirona), usar colar e limpeza com soro
fisiológico. Sem necessidade de antibiótico.
é a saída de uma víscera para fora dos limites abdominais.
Hérnia Verdadeira
VERDADEIRA: hernias com anel bem definido e as
vísceras estão envolvidas em uma bolsa peritoneal.
Ex: hernia umbilical.

FALSA: há exposição visceral sem a presença de uma


bolsa peritoneal. Ex: hernias traumáticas ou incisionais.

hérnia com exposição visceral ocasionada por incisão cirúrgica. Ex:


deiscência de sutura.

saída de uma víscera por uma falha na parede abdominal ou por


uma ferida cirúrgica cicatrizada. Ex: hernia traumática sem exposição visceral.
Hérnia Falsa

Ocorrem pela falha na fusão do músculo reto abdominal durante o desenvolvimento fetal.

▪ Frequência de 1,7 / 1000 nascimentos.

▪ Principalmente animais jovens (recém nascidos).


▪ Fatores hereditários.
▪ Fatores mecânicos: Tração do cordão umbilical.
▪ Obesidade.
▪ Ocorre em fêmeas e machos.
▪ Pré disposição racial em labrador, Cocker speniel, Basenji entre outros.

▪ Maioria dos casos são assintomáticos.


▪ Presença de aumento de volume no local da cicatriz
umbilical, de fácil redução e identificação do anel
herniário.
▪ Geralmente são moveis e redutíveis.
Hérnia Umbilical
▪ Quando duros, dolorosos, com eritema, vômito e
diarreia, podem ser sinais associados ao encarceramento/estrangulamento visceral.

▪ Exame visual direto.


▪ Exames de imagem específicos podem ser necessários para avaliar a presença de outras
anomalias congênitas.
▪ Ultrassonografia abdominal: não muito indicado por ser móvel e não muito específico, iremos
visualizar uma estrutura com aspecto de gordura.

▪ US: identificar o conteúdo presente no saco herniário.


▪ RX: verificar a ocorrência de outros defeitos congênitos.

ANÁLISES HEMATOLÓGICAS: sem alterações, a menos que ocorra encarceramento ou estrangulamento


visceral.

CLÍNICO: Em filhotes com hérnias pequenas com conteúdo gorduroso, pode ocorrer oclusão do defeito
até os 6 meses de idade.

→ Hérnias com anel de grandes diâmetros devem ser tratados cirurgicamente pelo alto risco de
estrangulamento visceral.

CIRÚRGICO:

▪ Incisão sobre a hérnia.


▪ Dissecção do saco e conteúdo herniário.
▪ Incisão do peritônio e reposicionamento das estruturas.
▪ Excisão do excesso do saco herniário.
▪ Sutura da parede abdominal com PSI (ponto simples
isolado) e sutura sintéticas absorvível (polidioxanona).
▪ Reavivar o bordo da hérnia, se não quiser
reavivar o bordo da hernia, em caso de
hernias pequenas, usar fio inabsorvível.
▪ Cirurgia mais indicada em filhotes para não
gerar corpo estranho no futuro.

▪ Grande defeito da linha media abdominal.


▪ Ocorre ao nascimento.
▪ Exposição de grande quantidade visceral.
▪ Difícil correção devido a idade do paciente e a
resistência da parede muscular. Onfacele

Passagem de conteúdo visceral pelo anel inguinal. Podem ocorrer de maneira:

▪ CONGÊNITA: Mais comuns em machos.


▪ ADQUIRIDA: Mais comum em fêmeas inteiras.
▪ IDADE: Animais adultos a idosos.
▪ RAÇAS PREDISPOSTAS: Pequinês, Poodle, Cocker Speniel, Maltês, Daschound, entre outros.

CANAL INGUINAL: abertura localizada na região ventro lateral do Canal Inguinal

abdômen. É a união dos anéis inguinais interno e externo, abertura na


parede muscular por isso é frágil.

▪ ANEL INGUINAL INTERNO: abertura delimitada medialmente


pelos m. reto abdominal cranialmente pelo m. obliquo abdominal
e lateralmente pelo ligamento inguinal.
▪ ANEL INGUINAL EXTERNO: Abertura direta no músculo reto
abdominal.

Pelo anel inguinal passam: artéria e veia pudenda externa e o n.


genitofemoral.

▪ MACHOS: por esse canal passam


a veia e artéria pudenda e o
cordão espermático.
▪ FÊMEAS: por esse canal passam a
veia e a artéria pudenda mais
calibrosa.

Baseada em três fatores:


HORMONAIS: hormônios sexuais como o estrógeno, apresentam capacidade de enfraquecimento das
estruturas músculo tendíneas e aumentando o diâmetro do canal inguinal, pré dispondo a formação de
hérnias.

ANATÔMICOS:

▪ Canal inguinal apesar do nome não formam um canal e sim uma estrutura com duas aberturas.
▪ Canal inguinal curto e mais largos, predispondo a passagem visceral.
▪ Fraqueza e atrofia muscular regional (perda de resistência).
▪ Útero gravídico.

METABÓLICO:

▪ Obesidade.
▪ Aumento da pressão interna abdominal.
▪ Presença de gordura na região inguinal pode levar a dilatação do canal inguinal.

▪ Aumento de volume na região inguinal de


consistência macia, uni ou bilateral.
▪ Pode ter torção da uretra. Hérnia Inguinal
▪ Reação dolorosa a palpação.
▪ Ocorrência aguda a crônica.
▪ Em caso de estrangulamento visceral: dor, apatia e
vômito.

RX:

▪ Perda de continuidade da parede abdominal.


▪ Presença de vísceras fora dos limites abdominais.
Hérnia Inguinal com
▪ Identificação de útero gravídico. presença de fetos

US: auxiliar na identificação do conteúdo do saco herniado.

Não há alterações laboratoriais, apenas nos seguintes casos:

▪ Encarceramento uterino com maceração fetal / piometra: leucocitose com desvio a esquerda.
▪ Encarceramentos intestinais: leucocitose com desvio a esquerda.
▪ Encarceramento de bexiga: ureia e creatinina (azotemia – sem sinal clínico; ou uremia – com
sinal clínico. As duas pós renal).

CIRÚRGICO

1. Deve ser realizada o mais rápido possível pois há chance de comprometimento vascular.
2. Incisão retro umbilical até o limite do pus, não sendo feita em cima da hérnia.
3. Seguida de dissecção em direção ao aumento de volume e exposição do saco herniário (saco
peritoneal). Ponto de referência o músculo reto abdominal.
4. Dissecação, exposição e abertura do saco herniário.
5. Identifica quais estruturas estão herniadas.
6. Reduzir os componentes abdominais.
7. Excisar e suturar o saco herniário.
8. Suturar o anel inguinal externo com sutura não absorvível sintética (polipropileno). Não incluir
componentes vasculares e neurológicos na sutura.
9. Indicado castração em femeas.

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PROGNÓSTICO: excelente quando há reparo sem complicações.

De ocorrência rara. Ocorre por defeito no anel vaginal (túnica


vaginal), causando a passagem de conteúdo abdominal por entre a
túnica vaginal e o cordão espermático.

▪ Ocorre principalmente em cães jovens e tamanho grande.


▪ Causas não são bem estabelecidas, porém, cães criptorquidas apresentam maior incidência.

▪ Geralmente unilateral → Em humanos a ocorrência bilateral é de 15%.


▪ Aumento de volume escrotal.
▪ Dor.
▪ Edema testicular.
▪ Presença de hidrocele.
▪ Acumulo de liquido dentro da túnica vaginal.

▪ Baseado no histórico e sinais clínicos.


▪ Difícil diferenciar torção testicular da hérnia escrotal.
▪ US: auxiliar para excluir causas neoplásicas e avaliar vascularização testicular.

CIRÚRGICO
1. Deve ser realizada o mais rápido possível pelo alto risco de estrangulamento.
2. Realizada incisão paralela ao flanco.
3. Dissecção da túnica vaginal, incisão da túnica vaginal para exposição do saco herniário.
4. Incisão do saco herniário para avaliação do conteúdo:
a) Sinais de estrangulamento, hipóxia, intensão de orquiequitomia.
b) Realiza-se ligadura dos componentes comprometidos e reposicionamento dos
componentes viáveis dentro da cavidade abdominal.
c) Avaliar viabilidade testicular.

2
3-4 b

PROGNÓSTICO: bom se a castração for realizada com a redução da hérnia por ter alta recidiva e se não
houver envolvimento ou estrangulamento visceral importante.

▪ Cadelas devem ser castradas para diminuir a chance de recidiva.


▪ Machos castrados diminuem em muito chances de recidivas.
▪ Muitas hérnias ocorrem por causas hereditárias, logo a castração de indivíduos acometidos evita
a perpetuação genética.
▪ Em todas as hérnias podem ocorrer a formação de seroma pós operatório.
o Espaço morto.
o Fechamento incorreto do subcutâneo.
o Dissecção excessiva.
▪ Remoção dos pontos deve ocorrer 10 dias após a cirurgia.
▪ Utilização do colar elisabetano/roupa cirúrgica (até a retirada dos pontos).
▪ Restrição de atividade física (10 dias).
▪ Pacientes podem apresentar dor ao caminhar
▪ Estrangulamento visceral: Intestino, Baço, Bexiga.
▪ Antibiótico terapia: amplo espectro de ação.
▪ Analgesia: AINE + analgesia leve
Lesões ocasionadas principalmente por traumas envolvendo grande energia: Atropelamento, Chutes,
Quedas, Mordidas. Locais mais comuns de lesão: Inguinal, Pré púbica e Paracostal.

Por se tratar de lesões traumáticas, podem ocorrer associações nas lesões. 75% dos pacientes com
hérnia apresentam lesões ortopédicas, gastrointestinais, respiratórias ou geniturinárias, tornando assim
a hérnia menos importante em alguns casos.

▪ Aumento de volume abdominal.


▪ Perda da simetria abdominal.
▪ Área de edema.
▪ EMERGENCIA – ABC do trauma: primeira coisa a ser verificada em paciente politraumatizado.

RX: abdominal. Avaliar se não tem fratura.

TOMAGRAFIA: abdominal. Dificuldade de ser


feita e o animal precisa ser anestesiado.
Avalia parte visceral, acumulo de liquido e
extensão da lesão, ajuda a planejar melhor a
cirurgia.

US: abdominal. Avaliação da vascularização


visceral, principalmente da bexiga, quando
repleta tem um formato ovalado continuo, na
imagem ao lado ela não tem esse formato
(pielonefrite – alterações de ureia e
creatinina).

▪ Conteúdo do saco herniário.


▪ Presença de líquido livre: hemorragia.
PACIENTE NÃO ESTÁVEL: sempre estabilizar antes da correção da hérnia ou de qualquer outro trauma.

CIRÚRGICO

▪ Pacientes estáveis em que não há urgência na reparação devem ser operados de 3 – 5 dias após
o trauma.
▪ Melhora no ambiente lesionado.
▪ Revascularização dos tecidos lesionados.
▪ Melhorando a disponibilidade tecidual para o reparo.
▪ Diminuição na chance de infecção: diminuir carga
bacteriana com antibiótico prévio.
▪ Em casos onde não há grandes lacerações teciduais realiza-se aposição dos bordos com suturas
simples isoladas.
▪ Sempre incluindo a fáscia muscular na passagem dos fios.
▪ Distância entre os bordos da ferida e a entrada da agulha deve ser 0,5 a 0,7cm.
▪ Pode-se fazer pontos mais distantes, até 3cm com o primeiro fio e depois com um segundo fio
incluindo a fáscia.

Quando se tem grandes perdas teciduais:

▪ Não conseguimos realizar apenas aposição dos bordos, em


lesões abertas.
▪ Uso de telas de polipropileno:
o Telas sintéticas.
o Propriedades físicas que possibilitam sua utilização em
ambiente com infecção.
o Custo acessível.
o Baixo risco de rejeição.
o Elas permitem que aumente a vascularização entre seus furos.

Lesão grave numa área que envolve


costela com grande perda de
musculatura intercostal, utiliza-se a
tela fixada na parte interna da
parede com pontos simples
isolados.

FLAP MUSCULAR DO GRANDE DORSAL: mais fácil localização,


mas ele está um pouco mais cranial a hérnia. Desvantagem:
dissecção bem cruenta, grande linha de incisão, difícil
mobilização, bastante trabalho aumentando o tempo
cirúrgico, não possível diminuir espaço morto → predispõe a
seroma → infecção.
Lesão grave numa área que envolve costela com
grande perda de musculatura intercostal e não se tem
a tela disponível, pode-se utilizar a técnica de FLAPS
MUSCULARES.
Flaps m. obliquo abdominal: transpor o músculo para
a região lesionada, mas lembrar da dificuldade de
manter o leito vascular. Faz a dissecção → cuidar para
não romper → sutura do músculo nas bordas da lesão.

Inicia na inserção do obliquo interno ou


coxofemoral na superfície do púbis, acaba
expondo a bexiga. Geralmente associada com
um trauma grave.

▪ Localiza os dois
canais inguinais.
▪ Ponto de
desinserção das
aponeuroses do
oblíquo interno e do
reto abdominal.
▪ Faz perfurações no
osso do púbis e,
com sutura de Wolf,
ancorar essas
aponeuroses na
parte óssea.

Quando o osso do púbis está fraturado:

▪ Utilizar o músculo grácil


como apoio, que está
bem em cima do osso
púbis.
▪ Suturar o reto
abdominal (ponto
simples isolado) na fibra
do m. grácil e depois
ancorar no púbis.
▪ Bandagem compressiva.
▪ Utilização de dreno capilares.
▪ Restrição na atividade física por 2 – 3 semanas, por conta de a musculatura levar em torno desse
tempo para se recuperar.
▪ Lesões associadas: pós baseado na lesão associada.
▪ Antibiótico terapia amplo espectro:
o Betalactâmicos: Amoxicilina + Ac. Clavulânico 15 - 25mg/kg BID.
o Cefalosporinas: Cefalexina 20 - 30mg/kg BID.
o Quinolonas: Enrofloxacina 5 - 10 mg/kg BID
o Mordidas: presença de bactérias anaeróbias,
utilizar:
▪ Metronidazol 15 a 25 mg/kg BID.
▪ Clindamicina 11 – 20mg/kg BID.
▪ Analgesia: AINE + Opioides.
o Tramadol.
o Morfina: ótimo efeito analgésico, mas induz a vomito.
o Metadona: bom efeito analgésico e ótimo efeito sedativo, deixando o animal mais quieto
no pós.

Perda estrutural do diafragma pélvico por onde passam estruturas viscerais como bexiga, próstata,
bexiga e reto. Diafragma pélvico: região mais caudal do abdômen que circunda os canais anal e
urogenital.

▪ Acomete principalmente cães machos, inteiros, com idade ente 7 e 10 anos, sendo raras
ocorrências em felinos.
▪ Ocorrência maior em machos decorrente de hiperplasia prostática benigna.
▪ Raças como Boston Terrier, Boxer,
Collie, pequinês são citados como
os mais suscetíveis.
▪ As hérnias podem ocorrer de
ambos os lados: estudos indicam
maior ocorrência do lado direito
(66%) quando comparado ao
esquerdo (33%).

Os músculos que compõem o diafragma


pélvico são:
▪ Músculo coccígeo.
▪ Elevador do ânus.
▪ Esfíncter anal externo: sempre é o musculo de referência por ter o formato circular.
▪ Esfíncter anal interno.
▪ Ligamento sacro tuberoso.
▪ Artéria e veia pudenda.
▪ Nervo pudendo.
▪ M. obturador interno: ele que iremos descolar caso precisa reforçar uma sutura no local.

A maior frequência de hérnias é entre o m. elevador o ânus e o esfíncter anal externo.

Deterioração da musculatura pélvica caudal.

▪ ATROFIA NEUROGÊNICO: estímulo nervoso por causas degenerativas.


Problemas de coluna.
▪ ATROFIA SENIL (IDADE): atrofia de algum músculo acima.
▪ Perda de resistência das fibras musculares com ruptura das fibras.
▪ Acúmulo entre as fibras musculares.
▪ TENESMO SUB CLÍNICO: quanto maior a dificuldade para defecar, maior
a força dessas fibras e pode herniar.
▪ EFEITOS HORMONAIS: estudos demonstram que os níveis de
testosterona não influenciam na ocorrência de hernias perineais. Mesmo
fato foi contatado nos níveis de andrógenos e estrógenos.
▪ PRÓSTATA: Hiperplasia prostática benigna leva a piora no tenesmo →
Aumento prostático pode aumentar a pressão interna do abdômen
pélvico, predispondo a ruptura muscular.

▪ Tenesmo: Dificuldade para defecar.


▪ Disquesia: Dor para defecar.
▪ Constipação.
▪ Aumento de volume na região ventro lateral do ânus (redutível).
Podendo ocorrer de maneira uni ou bilateral.
▪ Estrangúria (ocorre em aprox. 25% dos casos).
▪ Podem ocorrer saculações, dilatações e divertículos retais.
▪ Deslocamento da ampola retal.
▪ Em casos de próstata muito aumentada, pode ter deslocamento de bexiga também.

EXAME FÍSICO DIRETO:

▪ Presença de grande aumento de volume em região de períneo, com acúmulo de fezes.


▪ Em caso de a bexiga estar herniada, pode haver aumento de volume
relacionado a ausência de fluxo urinário.

EXAME RETAL:

▪ Avaliação da viabilidade de parede diafragmática pélvica, bem


como a extensão da lesão, viabilidade retal e tamanho da
próstata.
▪ Anatomicamente teremos: ventral estará o púbis, cranial ao
púbis estará a próstata, ambos precisam estar o mesmo nível.
Dorsal osso sacral e nas laterais teremos músculo.

SONDAGEM URETRAL: quando a bexiga está herniada, pode haver fluxo


ausente, parcial ou normal urinário. A sondagem uretral e o esvaziamento, além de possibilitar o fluxo
urinário, possibilita a redução da hérnia.

ULTRASSONOGRAFIA: CISTOCENTESE: verifica-se que a


bexiga está herniada na imagem.
▪ Eficiente para diferenciar hérnias
intestinais das vesicais.
▪ Avaliar tamanho prostáticos.

RADIOGRAFIA ABDOMINAL: pode demonstrar


posição anômala de bexiga e intestino.
Cistografia contrastada
EXAMES LABORATORIAIS:

▪ Aumento de ureia e creatinina.


▪ Leucocitose e desvio a esquerda (constipação crônica).

O tratamento corretivo é apenas CIRURGICO, mas existe terapia conservadora (apenas para hérnias
pequenas, nos dão mais tempo até o procedimento cirúrgico):

▪ Pode ser utilizada em animais com hérnias pequenas ou com graves disfunções sistêmicas.
▪ Dietas ricas em fibras e com alto teor de umidade: fibras deixam as fezes mais úmidas.
▪ Laxantes formadores e volume: compostos hidrofílicos que atuam na absorção de água e
eletrólitos, mantendo o volume fecal hidratado e volumoso, facilitando assim a defecação. Ex:
Lactulose (Lactuliv®) → Cão: 0,5ml/kg e Gato 2,5ml/animal.
▪ Métodos conservadores não apresentam efetividade a longo prazo no controle dos sintomas
relacionados as hérnias perineais.
▪ Todas as terapias atuam na
manutenção de bolo fecal mais
hidratado, facilitando o processo de
defecação.

TERAPIA CIRÚRGICA:

1. Paciente em decúbito dorsal.


2. Dorso flexão da cauda.
3. Tricotomia e antissepsia cirúrgica.
4. Retirar toda a quantidade de fezes acumulada na região do períneo → aumenta muito a pressão
dentro do canal pélvico.
5. Sutura de bolsa de tabaco no ânus.
6. Incisão paralela a abertura do ânus → palpa a tuberosidade isquiática e a base da causa, não
fazer a incisão em cima do m. esfíncter anal externo e desviar a glândula adanal.

2ª técnica: Transposição do músculo obturador interno:

1. Oclusão do diafragma pélvico, por reforço ventral.


2. Sutura dos m. esfíncter anal externo e elevador do ânus.
3. Coloca o m. obturador externo por cima desses dois músculos para dar mais firmeza a sutura.
4. Fecha com ponto simples isolado e fio monofilamentar sintético.
5. Ancorar a sutura no ligamento sacro tuberoso, mas tem grande chance de lesar o nervo
isquiático.
6. Técnica de primeira escolha em casos primários de hérnia perineal.
7. VANTAGENS: Não há grandes distorções musculares. Não há necessidade de enxertos. Pouco
manipulação
muscular.
8. DESVANTAGENS:
depende do
volume e tônus
muscular.

Maioria das hérnias ocorrem entre os


músculos EAE e EA. Se houver tônus e
volume muscular eficiente a sutura ocorre
diretamente na musculatura. Caso haja
musculatura suficiente, para melhorar a
resistência da sutura os pontos são
ancorados no ligamento sacro tuberoso. Próstata neoplásica aumentada

Casos onde não há tecido muscular suficiente para efetiva fixação da musculatura pode ser utilizados
enxertos com malha de polipropileno (estimula a fibrose local e ocupa o espaço do m. obturador interno,
coloca ela em formato de “casquinha de sorvete” dentro da hérnia e fixa com simples isolado). Técnica
segue os mesmos passos da transposição do músculo obturador interno.

Tela em
formato de
“casquinha de Sutura 360°
sorvete

3ª técnica: Transposição do músculo semitendinoso:

▪ Possibilita a oclusão de hérnias bilaterais em um único procedimento.


▪ O m. semitendinoso é fixado nos m. coccígeo, obturador interno bilaterais.
▪ Técnica associada a alta taxas de seroma e muito cruenta.

HÉRNIAS BILATERAIS

▪ As técnicas unilaterais podem ser utilizadas de maneira semelhante em ambos os lados.


▪ Elevado tempo cirúrgico.

▪ Restrição de espaço e restrição ao exercício físico durante 10 – 14 dias.


▪ Limpeza da ferida.
▪ Antibiótico: Amplo espectro.
▪ Analgesia: AINE ou Opioides.
▪ Evitar o tenesmo: acrescentando fibras na dieta.
▪ Lesões ao n. isquiático e n. pudendo (5% dos casos).
▪ Incontinência fecal (10% dos casos).
▪ Infecção e deiscência dos pontos (6 – 23% dos casos).
▪ Penetração das suturas no lúmen intestinal (2 – 13% dos casos).
▪ Recorrência da hérnia (depende da técnica utilizada e da condição em que a hérnia ocorre):
pacientes idosos ou com comorbidade.

O diafragma é uma estrutura muscular que faz a divisão entre as cavidades torácicas e abdominais.

Função: Auxilia na respiração, Individualização das cavidades e Importante componente no fluxo


linfático.

CONGÊNITA: Peritniopericárdica.

▪ Hérnia congênita mais comum em cães e gatos.


▪ Comunicação anômala entre a parede diafragmática e o saco pericárdico.
▪ Não há componente hereditário.
▪ Suspeita-se de componentes teratogênicos intrauterinos.
▪ Incidência de aproximadamente 5 – 10% de todas as hérnias atendidas.

SINAIS CLÍNICOS:

▪ Podem permanecer assintomáticas durante


anos: 30 meses para cães e 48 meses para
felinos.
▪ Estrangulamento visceral: Intestinal → Vômito e
diarreia → Anorexia.
▪ O estrangulamento visceral pode levar a
Tamponamento cardíaco e Estrangulamento
estomacal →Intolerância ao exercício e Alças intestinais no tórax
taquicardia.
▪ Compressão pulmonar:
Insuficiência respiratória →
Dispneia.

ADQUIRIDA: Ruptura traumática da


musculatura


Radiografia
torácica: presença
de estruturas
radiopacas dentro
do saco pericárdico
e dilatação
pericárdica.

CIRÚRGICO:

▪ Fechamento deve ser realizado com sutura continua simples e fio não absorvível sintético
monofilamentar.
▪ Não há necessidade de suturar o saco pericárdico.
▪ Retirar o ar máximo de ar do saco pericárdico para não ocupar espaço do pulmão.
▪ Toracocentese em caso de pneumotórax.
▪ COMPLICAÇÕES: diminuição na capacidade de expansão do diafragma.

▪ Suplementação de oxigênio: Expansão do músculo diafragmático diminuída.


▪ Analgesia leve: AINE e Opioides
▪ Antibiótico: terapia profilática e de amplo espectro.
▪ Taxas de mortalidade pós operatória é de 12%
▪ Prognóstico excelente se paciente evoluir bem nas primeiras 24hrs.

As mais comuns em acontecer.

▪ Incidência de aproximadamente 85% de todas as hérnias atendidas.


▪ Ocorre principalmente em cães jovens machos.
▪ Porem pode ocorrer em qualquer raça com qualquer idade.

▪ Acidentes automobilísticos.
▪ Quedas.
▪ Trauma abdominais

▪ Aumento súbito da pressão intra-abdominal durante a inspiração no momento do trauma.


▪ Em acidentes automobilísticos 39% dos pacientes apresentam lesões toracoabdominais.
▪ 2% dos pacientes com fraturas de costela apresentam hérnias diafragmáticas.
▪ Ocorrem com maior frequência 2x maior do lado esquerdo.
▪ Fígado está envolvido em 88% dos casos por conta de ser o órgão mais próximo ao diafragma,
sendo seguido do intestino, estomago e baço.

Sintomas respiratórios: Dispneia, Taquipneia, Cianose, Posição ortopneica e Letargia.

Sintomas gastrointestinais: Anorexia e Vômito.

Radiografia torácica: Aumento de radiopacidade dos componentes torácicos, Perda de definição


diafragmática e Presença de estruturas com gás dentro do tórax.

Sempre ter CAUTELA porque esse tipo de paciente é politraumatizado, avaliar ele como um todo:

▪ Pacientes hemodinamicamente instáveis.


▪ Pacientes hemodinamicamente instáveis e com estômago no tórax.
▪ Paciente estáveis com contusão pulmonar.
▪ Cada caso deve ser avaliado de acordo com a condição do paciente.
▪ Correção não pode ser tardia.
▪ Oxigenação prévia do paciente para melhorar a condição respiratória do paciente.

CIRURGIA:

▪ Abordagem abdominal visualizando bem o arco costal.


▪ Desafio na anestesia pois perder a capacidade de respiração, animal precisa ser ventilado.
▪ Sutura continua simples com fio de grosso calibre monofilamentar absorvível e não absorvível
na parede torácica e no m. diafragma.
▪ Cuidar com a passagem da agulha para não ancorar o pulmão.
▪ Antes de fechar o último ponto entrar com uma pinça e pedir para o anestesista fazer o
recrutamento alveolar → fazer a maior expansão possível da caixa torácica do paciente para
eliminar todo o ar e voltar → chegando no máximo de expansão fecha-se o ultimo nó → volta a
reestabelecer a pressão negativa.
▪ Teste de borracheiro: encher a cavidade abdominal de solução fisiológica → anestesista faz a
inspiração → verificar se teve passagem de líquido para a cavidade torácica.
Toracocentese pós operatória: por conta de
pneumotórax. 6, 7 ou 8º espaço intercostal.
Colocar a agulha na parte mais dorsal do
tórax e remove todo o conteúdo gasoso

▪ Reestabelecimento da pressão
negativa do tórax: Toracocentese e
Tubo torácico
▪ Pode ocorrer edema pulmonar por
reexpansão → Crepitação pulmonar.
▪ Antibiótico terapia profilática.
▪ Analgesia com opioides: Depressão cardiorrespiratória.
▪ Prognóstico: Ótimo se o paciente sobreviver nas primeiras 24 horas.
▪ Taxa de mortalidade ocorre em 12 a 48%.

neoformações a partir de várias mutações no DNA de uma célula somática ocorrendo um


desequilíbrio nos processos de proliferação → morte celular. Não acontece a apoptose por conta da
proliferação. Comum porque o organismo está passando por vários estímulos diários para acontecer
essas mutações.

BENIGNA: crescimento lento, não invasivo, não infiltrativa, dependendo do local pode ser grave,
formato delimitado e circunscrito. Não existe perda da coesão celular por conta de não ter sofrido tanta
mutação celular, por isso não causa metástase. Alguns benignos podem virar malignos, a partir de mais
mutações. Eles podem ou não levar o paciente a complicações graves dependendo do local que ele
estiver, como no cérebro por exemplo. Ex: lipoma (benigno) nunca vira lipossarcoma (maligno);
adenoma mamário (benigno) vira maligno.

MALIGNO: crescimento rápido, invasivo e infiltrativo, formato irregular, quando pequeno pode ser
delimitado, capacidade de fazer metástase.

→ METÁSTASE: proliferação de células tumorais por via linfática e/ou sanguínea, depende do tipo de
tumor. Pulmão é o órgão mais frequente em ter metástase porque tem muita irrigação linfática e
sanguínea, baço e fígado são comuns também, mas a metástase pode atingir qualquer local do
organismo.

O primeiro exame de triagem é a citologia e nele vem dizendo a origem das células tumorais e não
exatamente o nome do tumor, e as origens podem ser:
EPITELIAL: células cuboides (redondo). Origem: Epitélio, folículo piloso e glândulas.

▪ GLÂNDULA: adenoma (benigno) e adenocarcinoma (maligno).


▪ EPITÉLIO: carcinoma (maligno).
▪ FOLÍCULO PILOSO.

MESENQUIMAL: células alongadas. Origem: tecido conjuntivo → Fibroblasto, adipócito, ósseo, tecido
cartilaginoso. Maligno: sarcoma, fibrossarcoma.

CÉLULAS REDONDAS: linfócitos, mastócito, plasmócito. Ex: mastocitoma (apenas maligno), linfoma,
plasmocitoma → os três são apenas malignos.

MELANOCÍTICA: origem em melanócito, que é uma célula redonda, mas tem melanina no seu interior.
Ex: melanocitoma (benigno) e melanoma (maligno).
Melanocítica: Melanoma

Epitelial: Carcinoma Mesenquimal:


Fibrossarcoma
Células redondas
cutâneo

HEMATOPOIÉTICO: origem em células do sangue, medula óssea. Sistêmico então não se fala que ele faz
metástase, por mais que iniciou em um local específico, portanto ele não é localizado. Ex: leucemia ou
linfoma. Tratamento sistêmico → quimioterapia.

SÓLIDOS: firmes, nódulos. Tratamento → cirúrgico.

Muita informação por conta de idade, raça, sexo, pelagem


e peso.

CÃO: 1º pele → mastocitoma e lipoma. 2º Mamário


→ adenocarcinoma (maligno). 3º Hematopoiética →
linfoma. 4º Orofaríngeo → melanoma (maligno) e
odontogênicos (origem dentária – epúlides). 5º TVT
→ muito estudado porque é transmissível, não foi a
célula dele que teve mutação, presente na genitália e
sua transmissão é pela cópula, mas pode ser por lambedura ou olfato desenvolvendo na boca ou nariz.
CÃO GRANDE PORTE: osteossarcoma (dog alemão). SCOT TERRIER: altamente predisposto a carcinoma
urotelial (bexiga). GOLDEN: linfoma, mastocitoma e hemangiossarcoma.

GATO: 1º hematopoiético → linfoma é o mais comum em gatos. 2º Pele → carcinoma de células


escamosas e sarcoma por aplicação subcutânea (reação inflamatória excessiva em gatos que tenham a
mutação genética – indicado sempre aplicar IM e em membros). 3º Mamárias → adenocarcinoma
extremamente agressivo. 4º Orofaríngeo → carcinoma de células escamosas.

→ GATO E CÃO BRANCO: carcinoma de células escamosas pela falta de melanina.

Queixa principal: sempre perguntar o tempo de evolução e progressão das lesões ou sinais clínicos →
que possa indicar metástase.

Revisar todos os sistemas: presença de metástase ou comorbidades → idosos.

Histórico médico pregresso: FIV e FeLV em gatos → pode predispor a carcinoma. Neoplasia prévia.

Histórico ambiental e manejo: exposição solar, vacina, internações, contraceptivos e castração.

Caquexia: tumores agressivos demandam muita energia e o animal perde peso.

Dispneia: pode ser indicativo de metástase.

Coloração de mucosa: pode estar ictérico → tumor ou metástase hepática, hemólise.

TUMORES

▪ LOCALIZAÇÃO EXATA: verificar se é possível a retirada cirúrgica.


▪ TAMANHO: com paquímetro → comprimento, largura e altura.
▪ ABRANGÊNCIA:
o Epidermodermal: puxa e ele está na epiderme.
o Subcutâneo.
o Aderido à planos mais profundos: pode ser origem muscular ou subcutâneo com
aderência muscular.
▪ FORMATO: circunscrito (redondo – benigno), irregular, séssil (base larga), pedunculado
(pendurado, base estreita – mais fácil retirada cirúrgica).
▪ CONSISTÊNCIA: macia (gordura), firme (massa) ou flutuante (líquido).
▪ COLORAÇÃO: rósea, violácea (roxo - hemangiossarcoma), enegrecia (preto – melanoma) e
pardacenta (bege ou amarelado).
▪ ASPECTO: ulcerado ou não.

LINFONODOS

Sempre avaliar todos os linfonodos e dar uma atenção maior aos linfonodos próximos ao tumor.
▪ TAMANHO: apenas reativo por conta de um tumor próximo,
aumentado de tamanho (por metástase ou linfoma originado no
próprio linfonodo).
▪ CONSISTÊNCIA: irregular e duro sinal de metástase.
▪ MOBILIDADE: com metástase fica mais aderido.

→ LINFONODO SENTINELA: primeiro linfonodo que o tumor de origem


fez metástase. Tumor primário oral que fez metástase
para linfonodo mandibular
→ Nem sempre o linfonodo estará alterado mesmo tendo metástase.

Sempre avaliar o perfil do tumor e do paciente. Sempre pedir o básico e esperar os resultados para pedir
mais exames.

EXAMES LABORATORIAIS

▪ HEMOGRAMA: feito em todo paciente.


▪ PERFIL BIOQUÍMICO SÉRICO: geral (ALT, FA) → quando o tumor estiver no fígado, pedir mais
completo. Renal a mesma coisa.
▪ CENTESES: abdominocentese e toracocentese. Indicado para tumores que esfoliam células.

BIÓPSIA

Colheita de material para diagnóstico definitivo.

PARA CITOLOGIA:

▪ ASPIRATIVA: permite avaliação citológica.


Exame de triagem em pacientes com suspeita
de neoplasia cutânea ou visceral. Quando não
invasivo o resultado é rápido (48h a 72h).
Quando temos um nódulo superficial visto por
US, sólido, pode-se entrar com agulha e fazer
aspiração. Contraindicado: tumor de bexiga
nunca faz punção porque esfolia muita célula,
espalhando o tumor por todo abdômen.
Limitações: quando aspira pode não esfoliar a
célula quando muito sólido e o resultado pode dar inconclusivo – em torno de 40% (ex: sarcoma);
sangrar muito; inflamado; infeccionado. Procedimento: se usa seringa e agulha, introduz no
meio da lesão e faz movimentos em leque e manter a pressão no embolo, sempre seringa 10ml
e agulha 25x7, coloca amostra na lâmina e analisa.
▪ POR CAPILARIDADE: apenas com a seringa, sem agulha. Poucas células. Indicado: tumores
císticos e sanguinolentos. Geralmente indicado direto histopatológico para um melhor resultado.
▪ POR DECALQUE: apenas colocar a lâmina em cima do tumor e apertar, mas vem muitas células
inflamatórias. Único tumor que fecha com essa técnica é o TVT.
PARA EXAME HISTOPATOLÓGICO:

▪ INCISIONAL OU EXCISIONAL: cirúrgica. Coletar um


fragmento para histopatológico. Nos dá diagnóstico
definitivo e o grau de malignidade tumoral.
o Incisional: apenas uma parte. Em casos de
tumores grandes e aderidos, retirar apenas
uma parte, mandar para histopatológico e
depois entrar em cirurgia com a certeza de
diagnóstico.
o Excisional: tumor inteiro. Em casos de
tumores pequenos, retirar ele por completo
com margem.

EXAMES DE IMAGEM

Primeiro identifica o tumor com citologia e histopatológico e depois escolhe os exames de imagem.

▪ RX DE TÓRAX: em tumores que tem histórico de fazer metástase pulmonar.


▪ US ABDOMINAL.
▪ TC: em região cranial, coluna vertebral, glândula tireoide e adrenal.
▪ LAPAROSCOPIA, TORACOSCOPIA, ENDOSCOPIA, CISTOSCOPIA: evitar cirurgia invasiva quando
possível.

Invasão tecidual
▪ Ulceração cutânea.
▪ Inflamação.
Entrar com terapia de
▪ Infecção secundária. suporte, avaliando cada caso
▪ Necrose.
▪ Dor.
▪ INVASÃO TECIDUAL: compressão de estruturas adjacentes, obstrução de órgãos ocos, prejuízo
na função, aderências, ruptura de vísceras, hemorragia (baço, fígado). Ex: tumores orais e
intestinais.

Via linfática e/ou hematógena. Avaliar bem o paciente:

▪ Auscultação pulmonar.
▪ Efusão pleural, abdominal.
Tumor de ovários que fez metástase
esplênica.

Efeitos indiretos das neoplasias causada por substancias liberadas pelo tumor → citocinas, hormônios
e fatores de crescimento.
▪ Anemia, trombocitopenia, leucocitose por neutrofilia.
▪ Hipoglicemia.
▪ Hipercalcemia.
▪ Caquexia.
▪ ULCERAÇÃO GÁSTRICA: mastocitoma → libera histamina → hiperacidez gástrica → úlceras.
Entrar com anti-histamínico e protetor gástrico como preventivo (omeprazol e famotidina).

Definição da extensão da doença no organismo. Auxilia na seleção da abordagem terapêutica. É um


fator que ajuda definir o prognóstico.

Sistema TNM: por ele o estadiamento é definito. Tumor, Linfonodo e Metástase. Definido pela OMS e
nos orientamos por essa definição de literatura. Exemplo de estadiamento de tumor mamário em
cadelas:

Tamanho: acima de
5m prognóstico ruim.
N0: sem evidência
clínica de metástase.
N1: metástase já
instalada.

▪ Cirurgia oncológica.
▪ Quimioterapia antineoplásica.
▪ Radioterapia.
▪ Eletroquimioterapia.
▪ Criocirurgia.
▪ Terapia alvo molecular.
▪ Imunoterapia

Deve ser feita por um veterinário oncologista. É a principal modalidade terapêutica na oncologia para
tumores sólidos. Promove o controle local da neoplasia, se já tem metástase precisa associar a
quimioterapia.

▪ Avaliar a condição clínica geral do paciente.


▪ Confirmar o diagnóstico da neoplasia: citologia ou histopatológico.
▪ Investigar o estadiamento tumoral: pesquisa de metástase.
▪ Estabelecer o objetivo da cirurgia: diagnóstica, curativa ou paliativa.
▪ Planejamento cirúrgico: grande, invasiva, materiais, exames pré-operatórios.

Remoção de fragmentos do tumor para estabelecer o


diagnóstico antes do tratamento definitivo.

Tru-cut: biopsia em tecidos moles.

Agulha Jamshidi: biopsia óssea, apenas com essa


agulha é possível fazer biópsia óssea.

Punch: ponta arredondada cortante. Biopsia de pele.


Vários diâmetros.

Endoscopia, Colonoscopia, Laparoscopia,


Toracoscopia e Cistoscopia: indicado para situações
menos agressivas.

Indicada quando a avaliação citológica foi inconclusiva ou quando o procedimento de biopsia aspirativa
é contra indicado.

CELIOTOMIA OU TORACOTOMIA EXPLORATÓRIA: difícil aparecer hoje em dia por conta de fácil acesso
a exames.

A primeira cirurgia é a que proporciona as maiores possibilidade de cura. Maiores chances de cura:

▪ Neoplasias benignas.
▪ Neoplasias malignas localizadas, pequenas, em estágio inicial, com baixo potencial metastático.

PROVA

▪ LIGADURA PRÉVIA DAS VEIAS QUE DRENAM O TUMOR: diminuir o risco de disseminação da
doença no transoperatório.
▪ Mínima manipulação da neoplasia.
▪ Não penetrar a capsula do tumor durante ligaduras ou divulsão.
▪ RESSECÇÃO TUMORAL EM BLOCO: tira o bloco inteiro de uma vez.
▪ INCISÃO:
o Marginal: incisão elíptica o mais perto possível do tumor – apenas em tumores benignos.
o Ampla: tumor maligno. 3cm para cada lado do tumor, na profundidade não é por medida
é um plano anatômico abaixo do tumor - se estiver preso na fáscia muscular precisa
retirar todo o músculo. Gordura e tecido subcutâneo não são planos profundos.
Geralmente precisa fazer reconstrução do local com flap de musculatura.
o Ressecção radical: remoção completa de estrutura ou compartimento corporal para
ressecção tumoral.
▪ RESSECÇÃO DE LINFONODO REGIONAL: sempre que possível retirar o linfonodo mais próximo
quando o tumor for maligno, mesmo quando ele não estiver reativo. Precisa-se conhecer como
aquele tumor se comporta antes de retirar.
▪ LIMPEZA DO CAMPO OPERATÓRIO: lavar com soro fisiológico a região da cirúrgica para retirar
possíveis coágulos e células neoplásicas. Nem sempre pode ser feita por conta do tempo de
cirurgia.
▪ TROCA DE LUVAS E INSTRUMENTAL: depois de retirar o tumor, trocar para fazer a sutura.
▪ REDUÇÃO DE ESPAÇO MORTO: sutura e dreno (segunda opção).
▪ OCLUSÃO: técnicas de cirurgia reconstrutiva.

Ressecção radial de
Hemangiossarcoma renal

Ressecção ampla

▪ Neoplasias em estágios avançados


metástases.
▪ Impossibilidade de ressecção com margens
amplas.
▪ Presença de dor hemorragia ou obstruções.
▪ Visa a qualidade de vida temporária do paciente.
▪ Associar com quimioterapia e radioterapia.
▪ Edema, hematoma, seroma → sempre pensar em minimizar no transoperatório
▪ Infecção → cirurgias longas.
▪ Tensão nas bordas da ferida → utilizar a técnica de sutura correta para evitar deiscência.
▪ Comprometimento estético.
▪ Comprometimento funcional → avaliar o tamanho do animal em caso de amputação de
membro.
▪ Recidiva tumoral.
▪ Metástases.

▪ Diagnóstico precoce da neoplasia.


▪ Avaliação clínica do paciente e estadiamento tumoral pré-operatório.
▪ Conhecimento do comportamento biológico da neoplasia.
▪ Planejamento cirúrgico e respeito aos princípios básicos de cirurgia oncológica.

Órgão tubular que comunica a cavidade oral ao estômago. Tem uma maior incidência de complicações
pós operatória quando comparado as outras estruturas do sistema gastroentérico. Função: levar o bolo
alimentar da boca até o estomago. Localização: esquerda da linha media cervical, dorsal da traqueia na
região cervical e lateral direita a traqueia na região torácica. Fatores complicantes:

▪ Ausência da camada serosa: maior dificuldade na cicatrização.


▪ Vascularização segmentar: cada porção é vascularizada por veias e artérias diferentes.
▪ Ausência de omento.
▪ Movimentos de deglutição e respiração constantes.

DIVIDIDO EM CAMADAS: Mucosa, Submucosa, Muscular e Adventícia.

VASCULARIZAÇÃO:

▪ PORÇÃO CERVICAL: Artéria tireóidea cranial e caudal e artéria subclávia


▪ PORÇÃO TORÁCICA: Artérias bronco esofágicas, Ramificações da aorta Intercostal
▪ PORÇÃO ABDOMINAL: Artérias diafragmática e Artéria gástrica esquerda
Doença congênita e do desenvolvimento. Mal formação
congênita de ramos vasculares dos grandes vasos, que levam a
constrição (estenose) esofágica, portanto, geralmente aparece
quando se inicia a introdução alimentar sólida. Isso está ligado
ao grau da estenose. Apresenta megaesôfago cranial a base
cardíaca.

Ocorre pela persistência do ligamento arterioso rudimentar (que deveria ser reabsorvido durante o
desenvolvimento fetal), a direita, que liga a artéria pulmonar e a aorta descendente.

PREDISPOSIÇÃO: Pode acometer cães e gatos. Pastor Alemão é a raça mais predisposta em cães.
Siameses e Persas são as raças mais acometidas em felinos. Não há diferença entre machos e fêmeas.

▪ Sinais clínicos iniciam ainda na fase juvenil entre dois a seis meses de idade.
▪ Geralmente se iniciam logo após a introdução sólida alimentar.
▪ Estando intimamente relacionados ao grau de estenose.

Sinais clínicos:

▪ Início agudo de regurgitação após ingerir


alimento sólido.
▪ Crescimento lento em relação aos irmãos
de ninhada.
▪ Desnutrição / Subnutrição.
▪ Apetite voraz.
▪ Tosse baixa e dispneia pneumonia por
aspiração.

Esofagograma contrastado. O que será visualizado:

▪ Desvio traqueal: Ventral em região cervical e lateral a


esquerda em tórax.
▪ Dilatação esofágica cranial a base cardíaca.
▪ Normal caudal a base do coração.

PNEUMONIA POR ASPIRAÇÃO: Descobrimos no exame contrastado. Sempre acontece no Lobo medial
direito → por gravidade esse corpo estranho chega a esse lobo que tem os brônquios principais mais
ventrais.

CIRÚRGICO:
Liberação do esôfago por Toracotomia:

▪ Acesso no 4º espaço intercostal.


▪ Dissecção do nervo vago e aorta. Passar uma fita amarela no vago para identificar.
▪ Identificar o ligamento rudimentar.
▪ Ressecamento desse ligamento com cautério.
▪ Passar sonda e inflar o esôfago para ver se realmente está liberado.

Vídeo cirurgia: menos invasiva, mas poucos veterinários realizam.

▪ Oxigênio terapia.
▪ Analgesia: cuidar com depressão cardiorrespiratória.
▪ Glicemia sérica: cuidar em filhotes.
▪ Antibióticos: principalmente em caso de pneumonia por aspiração.
▪ Manter alimentação em posição vertical: 10 minutos após a alimentação.
▪ Sinais relacionados ao megaesôfago devem melhorar em aproximadamente 4 semanas.
▪ Reavaliação de esofagograma em 2 meses pós operatório.
▪ Retorno a função e tamanho esofágico está relacionado ao tempo em que a cirurgia é realizada.
Quanto antes o paciente for tratado melhor o prognóstico.

Distúrbio que causam a obstrução física na comunicação e orogástrica. Causas mais comuns: Ossos e
Objetos metálicos pontiagudos. Pontos mais comuns de parada:

▪ Entrada do tórax.
▪ Base cardíaca

PREDISPOSIÇÃO: Raças de pequeno porte e jovens (aprox. 3 anos) → Acesso a brinquedos e Hábito de
morder tudo.

▪ Início agudo.
▪ Dor cervical.
▪ Patadas da cavidade oral.
▪ Disfagia.
▪ Regurgitação / Vômito.
▪ Dispneia (obstruções cervicais).
▪ Salivação excessiva.
▪ Perda de peso e desidratação.

Quando se tem perfuração esofágica (mais grave):

▪ Objetos pontiagudos ou por pressão.


▪ Extravasamento de conteúdo esofágico.
▪ Efusão mediastinal.
▪ Efusão pleural. RX simples
▪ Pneumotórax.
▪ Contaminação bacteriana.
▪ Febre.

RX SIMPLES → Normalmente o esôfago não é visível e exame


radiográfico simples, se ele for visto é porque tem algum corpo
estranho. São fáceis de visualizar por serem radiopacos,
Esofagograma
também teremos dilatação esofágica.

ESOFAGOGRAMA: Raramente utilizado para diagnóstico de


corpos estranhos esofágicos. Utilizado apenas em casos onde a
radiopacidade da obstrução tem densidade semelhante à dos
tecidos moles como tecidos, neoplasias, plástico. O contraste
pode mascarar o ponto de obstrução ou perfuração esofágica.

ESOFAGOSCOPIA: Permite a identificação direta do corpo


estranho esofágico e avaliação da mucosa esofágica.

Esofagoscopia
Neoplasias esofágicas. Malignas: invasivas e altamente
metastáticas. Mais comuns:
▪ Carcinoma espinocelulares.
▪ Sarcomas.
▪ Leiomiomas.

Causada pelo parasita Espirocerca lupi. Acontece


por conta de ingestão de besouros parasitados.
Larva se aloja na parede esofágica causando
reação granulomatosa que leva a formação de
nódulos.

▪ Acesso cirúrgico correto.


▪ Manipulação delicada dos tecidos.
▪ Incisões adequadas.
▪ Uso de material de sutura adequado.
▪ Aposição dos bordos de sutura precisos.
▪ Evitar contaminação.
A, Posicionar o paciente em
decúbito dorsal com o
pescoço descansando sobre
uma toalha enrolada. B,
Incisar a pele da laringe para o
manúbrio e separar os
músculos esternohióideos
para expor a traqueia. C,
Recolher a traqueia para a
direita para expor o esôfago,
tireoide, bainha carotídea e
nervo laríngeo recorrente.

Para abordar o esôfago torácico caudal,


posicionar o animal em decúbito lateral
direito e fazer uma incisão no oitavo ou
nono espaço intercostal. A, Identificar e
seccionar ou retrair os músculos grande
dorsal, serrátil dorsal cranial,
abdominais externos oblíquos e
intercostal (linha pontilhada). B,
identificar o diafragma e outras vísceras
torácicas.

Técnica utilizada para remoção de corpos


estranhos. Consiste na incisão da parede
esofágica para acesso ao lúmen esofágico.
Esôfago permite remoção de até 25% da sua
circunferência sem relevância clínica. Imagem
ao lado: Fechamento da esofagostomia. A e B,
Fechar a mucosa e submucosa com uma
sutura simples contínua para que os nós sejam
intraluminais. A e C, Apor a camada adventícia
e muscular com uma segunda camada de
sutura simples interrompida com nós
extraluminais. Não tem comunicação entre os
pontos nas camadas.
Remoção de um segmento esofágico. Porções desvitalizadas ou doentes como nódulos benignos e
neoplasias malignas de pequeno tamanho. Segmentos de até 3 a 5 cm são bem tolerados sem tensão
excessiva a linha de sutura.

A, Primeiro, apor a camada adventícia e muscular no


segmento oposto com uma sutura simples interrompida e
nós extraluminais. B, segundo apor a submucosa e mucosa
Para esofagectomia parcial, ocluir o lúmen do esôfago com no segmento oposto com uma sutura simples
uma pinça atraumática e mobilizar e ressecar o esôfago interrompida utilizando nós intraluminais. C, Terceiro,
doente (linha pontilhada). Colocar suturas para manipular apor a submucosa e mucosa traseiras no lado mais
as extremidades do esôfago (no detalhe). Anastomosar as próximo. D, por último, apor muscular e adventícia mais
extremidades próximas.

▪ Avaliação cuidadosa:
o Pneumonia por aspiração.
o Sinais de extravasamento esofágico
▪ Pacientes submetidos a toracotomia com ou sem perfuração esofágica devem ser mantidos com
tubo torácico para drenagem de efusão pleural → evitar o pneumotórax.
▪ Jejum por 24 a 48hrs pós operatório: Hídrico e alimentar. Início da dieta hídrica em 24hrs caso
não apresente vômitos ou regurgitação, início da alimentação pastosa por 5 a 7 dias.
▪ Utilização de sondas para alimentação: em animais que não podem receber alimentação por via
oral → Cirurgia extensa ou por vômito pós alimentação (períodos acima de 48 a 72hrs).
▪ Sonda por gastrostomia ou sonda enteral.
COMPLICAÇÕES: Esofagite, deiscência dos pontos, regurgitação, pneumonia, sepse e óbito
PROGNÓSTICO: Bom → se rápido diagnostico com mínima lesão tecidual esofágica sem
comprometimento sistêmico. Reservado → se a lesão tecidual moderada ou cirurgias extensas de
tumoração benigna. Ruim → se tiver grande lesão tecidual ou neoplasia maligna.

TRATAMENTO DA ESOFAGITE / ÚLCERA ESOFÁGICA:


▪ Omeprazol 1mg/kg BID.
▪ Famotidina 2mg/kg BID.
▪ Pantoprazol 1mg/kg SID.
▪ Metoclopramida 0,2mg/kg BID.
▪ Cizaprida 0,1 a 0,5mg/kg BID.
TRATAMENTO DA PNEUMONIA POR ASPIRAÇÃO:
BRONCODILATADORES:
▪ Aminifilina: 5 a 10mg/kg BID.
▪ Terbutalia 0,6 a 5mg/kg BID
ANTIBIÓTICOS:
▪ Amoxicilina + ac clavulânico 25mg/kg BID.
▪ Enrofloxacina 5mg/kg BID.
▪ Clandamicina 11mg/kg BID

Ingestão de qualquer material que não pode ser digerido pelo sistema
gastrointestinal e se aloja na cavidade gástrica. Mais comum em animais
jovens. Felinos: linhas. Cães: pedras, bolinhas.

Aparecem apenas quando tem alguma obstrução → Vômito crônico, Distensão gástrica e Irritação da
mucosa gástrica. Em caso de perfuração da parede gástrica → extravasamento de conteúdo →
peritonite.
Sinais clínicos gerais:
▪ Sintomáticos ou assintomáticos.
▪ Mimica de vômito produtiva ou não.
▪ Engasgos.
▪ Letargia.
▪ Sensibilidade abdominal.
▪ Regurgitação.
▪ Disfagia.
▪ Tentativa persistente de deglutição

EXAMES LABORATORIAIS:
→ Hipocalemia + hipocloremia + alcalose metabólica
Alterações de hemograma e bioquímica sérica:
▪ Não patognomônica.
▪ Depende da condição do paciente:
o Obstruções agudas: Poucas alterações.
o Obstruções crônicas: Anemia → Leucocitose com desvio a esquerda; Desidratação;
Monocitose; Ulceração / Perfuração gástrica.
▪ Caso eventuais: ASSINTOMÁTICO.
EXAMES DE IMAGEM:
RX simples abdominais: Definitivo quando temos a
identificações de CE radiopacos (ossos, objetos metálicos
e pedras). Objetos radiotransparentes geralmente não é
possível diferenciar os tecidos moles x bolo alimentar x CE.
RX contratados: em áreas com contornos bem definidas RX simples RX contraste
e/ou com formato específico envoltas por gás →
relacionar com o histórico.
Endoscopia: Melhor método para avaliação. Permite identificar o CE e avaliar
mucosa gástrica. Identificar lesões na parede estomacal. Remoção do CE
com segurança.

INDUÇÃO AO VÔMITO: Indicado quando são identificados objetos pequenos, sem superfícies agudas ou
cortantes. Administração intramuscular de:
▪ Morfina 0.5 a 1mg/kg.
▪ Xilazina 0.4 a 0.5mg/kg.
▪ H2O2 via oral
→ Objetos de grandes dimensões ou em muita quantidade e com características
perfuro cortantes devem ser removidos por
gastrotomia.
GASTROTOMIA:
Local da incisão
▪ Realiza-se o acesso ao lúmen gástrico
para remoção de CE.
▪ Acesso ao abdômen por celiotomia
mediana pré umbilical.
▪ Palpa o estômago para identificação do
CE.
▪ Posicionamento das suturas de apoio
para diminuir extravasamento.
▪ Incisão na parede gástrica. Área com
menor vascularização.
▪ Fechamento da parede gástrica: Fio monofilamentar absorvível. Deve ser realizada em padrão
duplo:
o Primeira camada: Sutura continua simples em submucosa, muscular e serosa.
o Segunda camada: Sutura invaginante seromuscular.
INTRODUÇÃO DA ALIMENTAÇÃO E INGESTÃO DE ÁGUA APÓS 12 HORAS DE PÓS OPERATÓRIO:
▪ Avaliar a ocorrência de vômito.
▪ Antiemético de ação central:
o Ondansetrona 0.1 a 0.2mg/kg.
o Citrato de meropitant (Cerenia) 1 – 8mg/kg
CONTROLE DO PH GÁSTRICO: Lembrar que provavelmente a gastrite já esteja instalada e o pH alterado
portanto, usar inibidor H2 (ranitidina2mg/kg BID) ou inibidor da bomba de prótons (omeprazol 1-4
mg/kg ou Pantoprazol 1mg/kg).
ANTIBIÓTICO TERAPIA: Amplo espectro. Betalactâmicos. Quinolonas cuidar com filhotes.
ANALGESIA: cuidar com lesão gástrica, se for utilizar que seja em dose baixa ou Firocoxibe.
COMPLICAÇÕES: deiscência da sutura, peritonite, perfuração gástrica, necrose gástrica
PROGNÓSTICO: Bom → não há lesões a parede gástrica e sem complicações na técnica operatória.
Reservado → quando lesão tecidual prévia ou complicações pós operatória.

Fenômeno caracterizado pelo acúmulo excessivo de gás, alimento e líquido no estômago levando a
dilatação do estômago além das suas dimensões normais. Pode haver ou não a rotação do estômago.
Pode ter apenas dilatação ou dilatação com torção gástrica. Paciente perde a capacidade de eructação
→ causando toda a síndrome.

▪ Conformação corporal: cães de tórax profundo (fila).


o Diminuição do reflexo gastroesofágico
o Frouxidão dos ligamentos hepatoduodenal e hepatogástrico
o Pré disposição genética
o Exercício após as refeições
o Ingestão de grandes quantidades de alimentos
o Composição alimentar (fermentação)
▪ Alimentação com elevação do pote de ração
o Aerofagia
▪ Afeta principalmente raças grandes e gigantes

O acúmulo de gás proveniente da aerofagia, fermentação alimentar, líquido ingerido na alimentação e


secreções gástricas associado a falha nos mecanismos de eructação, vômito e esvaziamento pilórico,
levam ao acúmulo de gás e dilatação gástrica. A frouxidão ligamentar de sustentação gástrica causa
grande mobilidade do estômago pré dispondo o mesmo a possibilidade torção. O estômago torce no
sentido horário em relação ao seu eixo
longitudinal. A torção pode ser:
▪ Total: Rotação de 360 graus.
▪ Parcial: Rotação de 90 graus.
▪ Torção esplênica.
Essa dilatação causa:
▪ Compressão da v. porta e v. cava: Diminuição do retorno venoso → Diminuição do débito
cardíaco → Queda da pressão arterial → Choque hipovolêmico.
▪ Compressão v. porta: Congestão do sistema gastrointestinal → Hipóxia
▪ Hipóxia pancreática: Acidose local → Produção de radicais livre (fatores depressores do
miocárdio) → Redução da contractilidade cardíaca → Induz a arritmias cardíacas → Isquemia do
miocárdio.
▪ Compressão da v. cava: Todos os componentes viscerais caudais ao ponto de compressão são
expostos a isquemia e acúmulo de endotoxinas → Septicemia → Falência múltipla orgânica.

▪ Apatia.
▪ Decúbito lateral.
▪ Aumento de volume abdominal.
▪ Cifose.
▪ Reflexo de vômito não produtivo.
▪ Hiper salivação.
▪ Inquietação.
Exame físico:
▪ Timpanismo abdominal
▪ Esplenomegalia
▪ Fase compensatório do choque: Exame físico sem alterações
▪ Fase descompensatória do choque:
o Taquicardia.
o TPC aumentado.
o Mucosas hipocoradas.
o Pulso femoral fraco
o Dispneia.

▪ Avaliação de histórico
▪ Exame físico
▪ Exame radiográfico: Incidência LL (direita) e VD. Permitem diferenciar:
o Apenas dilatação
o Dilatação + torção: Deslocamento piloro e
compartimentalização.

CLÍNICO EMERGENCIAL:
▪ Objetivo: Diminuir a pressão intra-abdominal, descompressão da v. cava e melhorar o retorno
venoso
▪ Gastrocentese: Cateter de grosso calibre (14G 16G)
▪ Sondagem nasogástrica ou oro gástrica: Pode auxiliar na identificação de dilatação e dilatação +
torção gástrica.
▪ Obtenção de acesso venoso cranial a área de compressão:
o Fluidoterapia agressiva cristaloide reversão do quadro de choque 50ml/kg nos primeiros
15min. Resposta positiva – redução para 20 a 40mg/kg nas próximas 2 horas, seguido de
10ml/kg/hr (após a descompressão gástrica). Resposta negativa – manutenção dos
50mg/kg por mais 30 a 45min.
▪ Estabilização clínica antes de entrar em cirurgia.
TERAPIA MEDICAMENTOSA:
▪ Antibiótico terapia: Amplo espectro: Cefalosporinas, Quinolonas ou Ampicilina.
▪ Corticoides: estabilização da membrana celular na síndrome reperfusão. Dexametasona 4mg/kg
ou Succinato sódico de metilprednizolona 20mg/kg.
▪ Terapia anti arrítmica: Lidocaína 2 – 4mg/kg.
TRATAMENTO CIRÚRGICO:
Objetivos: descompressão do estômago, retorno do estômago a posição original, remoção de tecido
necrótico estomacal, inspeção do baço e gastropexia.
Celiotomia mediana:
descompressão do estômago.
1. Esplenectomia:
▪ Avulsão vascular.
▪ Ruptura do parênquima.
▪ Evitar a síndrome de
reperfusão.
2. Gastrectomia:
▪ Da parede necrótica ou
desvitalizada.
▪ Gastropexia: Fixar o
estômago na parede
abdominal para evitar
que ocorra nova
torção gástrica.
▪ Gastropexia incisional:
Rápida, não há acesso Gastropexia incisional
ao lúmen gástrico. Menor resistência.
▪ Gastropexia circuncostal: Forte adesão, lúmen gástrico não é acessado. Difícil execução → Risco
de causar pneumotórax e possibilidade de fraturar uma costela.

Gastropexia circuncostal
▪ Alimentação com pouca quantidade de agua e alimento pastoso com baixo teor de gordura 12
horas após a cirurgia → Observar vômito
▪ Gastrite pós operatória: Inibidor H2 (Ranitidina e Famotidina), inibidor da bomba de próton
(Omeprazol e Pantoprazol), vomito pós operatório (Antiemético de ação central – Ondansetrona
0.1 a 0.2mg/kg ou Citrato de meropitant Cerenia 1 – 8mg/kg).
▪ Antibiótico terapia
▪ ECG: ocorrência de arritmias 48hrs pós-operatório
▪ Fluidoterapia: Manutenção hemodinâmica e Hidratação.
COMPLICAÇÕES: cardiocirculatórias → Arritmias cardíacas. Sepse e peritonite → Perfuração gástrica.
PROGNÓSTICO: Ruim → Necrose da parede gástrica. Reservado se → Dilatação, Dilatação + rotação
(sem necrose da parede gástrica e intervenção rápida com pouco comprometimento visceral).
MEDIDAS PROFILÁTICAS:
▪ Manejo alimentar.
▪ Pouco volume com varias refeições diárias.
▪ Evitar estresse durante alimentação.
▪ Manter o cão preso alguns minutos após alimentação.
▪ Tigela de alimentação estar ao nível do solo.

Intestino apresenta cerca de 5x o comprimento do corpo


do animal. O intestino delgado representa 80% do
comprimento, sendo o duodeno (25cm) composto por
ducto biliar e ducto pancreático, jejuno (mais longo) e Íleo
(15cm). O intestino grosso é dividido em ceco, cólon e reto.
Camadas:
Mucosa: Barreira entre o lúmen intestinal e o meio extra
luminal. Secreção e absorção dos componentes intestinais.
Submucosa: Camada com maior resistência a tensão. Onde
estão presentes os vasos linfáticos, vasculares e feixes
nervosos.
Muscular: Motilidade intestinal (Peristaltismo).
Serosa: Proteção e cicatrização intestinal em casos de lesão.
▪ Reposição volêmica: Cristaloides → Melhora na perfusão intestinal.
▪ Equilíbrio ácido básico: Acidose metabólica (diarreia); Alcalose metabólica (vômito).
▪ Antibiótico terapia: a microbiota intestinal é composta por bactérias gram + e gram –.
▪ Fatores do hospedeiro: Idade, ECC, Comorbidades → Doenças endócrinas ou neoplasias.
▪ Avaliação da viabilidade intestinal:
o Presença de peristaltismo.
o Pulsação vascular.
o Coloração de mucosa.

Indicação mais comum de intervenções intestinais. Causada por corpo estranho. Acomete cães e gatos
de todas as idades e raças, sendo maior ocorrência em animais mais jovens. CE Linear: apenas paralisa,
não obstrui por completo – comum em gatos. Muitos corpos estranhos evoluem ao intestino por:
grande capacidade do esôfago dilatar, pequeno volume gástrico e peristaltismo. Pode levar a quadros
de obstrução parcial ou total.

▪ Vômito: crônico e com característica fecalóide.


▪ Anorexia.
▪ Depressão.
▪ Sensibilidade abdominal.
▪ Dilatação abdominal.

EXAMES LABORATORIAIS:
Hemograma: leucocitose com desvio a esquerda degenerativo; Policitemia; Proteína plasmática
aumentada; Monocitose.
Bioquímica sérica: azotemia pré-renal.
RX ABDOMINAL:
Permite a identificação de CE com radiopacidade superior à de tecidos
moles. Sinais radiográficos de obstrução intestinal:
▪ Podem evidencia perfuração intestinal.
▪ Dilatação das alças intestinais com conteúdo gasoso.
▪ Relação: diâmetro máximo intestinal x altura vertebral (quinta
vertebra) é de 1.6. Relação inferior é improvável que haja
quadro obstrutivo. Relações iguais ou superiores a 2 grande
chance de quadro obstrutivo.
→ Cautela: Não é possível diferenciar CE intestinais de doenças como íleo
paralitico e gastroenterite.
RADIOGRAFIA CONTRASTADA:
Método com eficiência para o diagnóstico de obstruções totais de trânsito intestinal → Não progressão
do contraste positivo (sulfato de bário ou esferas). Desvantagem: Demora (até 24hrs) para diagnóstico
de obstruções nas porções finais do intestino.
US ABDOMINAL:
▪ Identificação de estrutura
formadora de sombra acústica.
▪ Acúmulo de gás e hipermotilidade
GI.
▪ Plicatura intestinal.
▪ Avaliação na espessura da parede
intestinal (2 – 3mm).
▪ Sinais de obstrução falso positivos
ou falso negativos relacionados a US abdominal variam de 6 a 15%.

Após identificação e abordagem cirúrgica do paciente.:


▪ ENTEROTOMIA ANTIMESENTÉRICA
LONGITUDINAL EM ÁREA CRANIAL AO PONTO DE
OBSTRUÇÃO: alças intestinais com viabilidade.
▪ ENTEROTOMIA EM PORÇÃO MÉDIA DO CE E
TRAÇÃO DELICADA: CE linear
▪ ENTERECTOMIA + ENTEROANASTOMOSE
TÉRMINO TERMINAL: Alças intestinais com
área de necrose, múltiplas perfurações ou
lesão extensa, ausência de motilidade e
pulsação vascular.

Ocorrência rara. Podem levar a quadros obstrutivos por oclusão do lúmen


intestinal. Principais: Adenocarcinoma (+ comum em cães), Leiomiossarcoma,
Leiomioma, Linfoma (+ comum em felinos), Doença inflamatória intestinal x
linfoma alimentar.

▪ Peritonite séptica: Deiscência das suturas em 7 a 16% dos casos


▪ Sinais (2 a 5 dias do pós op.): Dor, efusão abdominal, febre, choque séptico (taxa de mortalidade
de 50% a 75%).
▪ Aderências: ocorrência rara em cães e gatos. Quando pequenas se faz soltura manual e em casos
de comprometimento muscular precisa fazer a ressecção do segmento → isso pode levar a
síndrome do intestino curto → suporte nutricional vitalício.
SÍNDROME DO INTESTINO CURTO: ocorre quando há necessidade de ressecção de mais de 70% do
comprimento intestinal. Quadro caracterizado por:
▪ Má absorção.
▪ Má nutrição.
▪ Diarreia aquosa.
▪ Perda de peso progressiva.
Paciente pode necessitar de suporte nutricional especial para o resto da vida:
▪ Adequação eletrolítica.
▪ Adequação no fornecimento de proteínas, carboidratos e vitaminas.
▪ Alimentação parenteral.
▪ Fornecimento de pequenas refeições com alta frequência (8x porções diárias).
▪ Hidratação IV deve ser mantida até que o paciente seja capaz de plena ingestão oral.
▪ Fornecer pequenas quantidades de água após 12 a 24 horas da cirurgia, caso ocorram:
o Vômito: Identificar a causa: Fármacos, sepse, peritonite, quadro obstrutivo, gastrite.
o Sem vômito: fornecimento de pouca quantidade de alimentação de baixo teor
gorduroso: Hill’s Id ou arroz, batata, peito de frango sem pele etc.
▪ Pouca quantidade e maior frequência (a cada 6 a 8 horas)
▪ Dieta normalizada em até 72 após a cirurgia
▪ LEMBRAR DOS BENEFÍCIOS DA ALIMENTAÇÃO ENTERAL
Antibiótico terapia: administração até 6horas após a cirurgia em casos onde não haja peritonite.
Administração profilática e terapêutica de antibióticos de amplo espectro por 7 a 10 dias → Cefazolina,
enrofloxacina, clindamicina, amoxicilina + ac. clavulânico etc.
Analgesia: cautela, podemos ter efeitos colaterais indesejados.
Benefícios da alimentação precoce:
▪ Preservação e aumento da vascularização intestinal
▪ Trânsito intestinal auxilia no controle da microbiota intestinal e diminuição na chance de
translocação bacteriana.
▪ Aumento nas concentrações de IgA.
▪ Estimulo nas defesas imunológicas.
▪ Melhora da cicatrização intestinal.

▪ Biópsia / Avaliação do linfonodo mesentérico: cuidado por conta da vascularização, caso ele seja
lesionado, pode gerar necrose de mesentério.

Bom: em casos onda há pouco comprometimento visceral e sem complicações pós operatórias.
Ruim: em casos onde há lesões com grande extensão visceral, ou complicações pós-operatórias como
peritonite.
Reservado: em casos neoplásicos.

O canal anal possui em torno de 2cm. A parte mais cranial é composta


pelo esfíncter anal interno, depois a musculatura lisa responsável pelo
peristaltismo e na parte mais externa é o esfíncter anal externo (vemos a
contração).
AMPOLA RETAL: dividida em 3 zonas →
▪ ZONA COLUNAR: mais interna. presença de glândulas anais.
▪ ZONA INTERMEDIÁRIA: presença de glândulas anais.
▪ ZONA CUTÂNEA: mais externa, meio centímetro final, já possui pelos, junção muco cutânea.
Presença de glândulas sebáceas e sudoríparas, folículos pilosos.

Eversão da mucosa retal e exposição da mesma através do ânus.


▪ PARCIAL: Exposição de uma porção da mucosa retal.
▪ TOTAL: Exposição de todas as camadas retais. Todo tudo intestinal para exposto.

▪ Cães e gatos.
▪ Sem pré disposição racial.
▪ Pode ocorrer em qualquer idade, porem animais jovens são mais acometidos porque são mais
propensos a problemas intestinais (por corpo estranho ou parasitoses).
▪ Idosos: presença de massas que causam tenesmo.

Causas que aumentem o peristaltismo retal, tenesmo, ou que causem dificuldade para defecar.
▪ ENTERITE: virais, alimentares, parasitários (giárdia).
▪ Corpos Estranhos Intestinais.
▪ Distocia.
▪ Urolitíase.
▪ Constipação.
▪ Defeitos Congênitos.
▪ Lesão em esfíncter.
▪ Doença Prostática.
▪ Procedimentos cirúrgicos em região de períneo.
HISTÓRICO CLÍNICO:
▪ Acometimento de sistemas urinário, gastrointestinal ou reprodutivo.
▪ Estrangúria.
▪ Tenesmo.
EXAME FÍSICO: depende principalmente do tempo de evolução. Ele é um sinal clínico e não doença
principal. Presença do prolapso é evidente.

▪ CONDIÇÃO DO PACIENTE: sistêmica e nutricional. Geralmente chegam caquéticos.


▪ Descobrir a causa primária: ex. se for colite parasitária, sempre trata-la também.
▪ IMPORTANTE DIFERENCIAR:
o Tempo de evolução do caso: crônicos → precisamos ver a Intussuscepção
viabilidade intestinal.
o Diferenciar prolapso retal de intussuscepção → a
intussuscepção pode evoluir para prolapso, e as manobras
de correção do prolapso não irão resolver. Na
intussuscepção se tem um caminho entre o esfíncter anal
externo e a área de eversão interna, consegue penetrar uma
pinça por exemplo, conseguimos verificar que onde ocorreu
a inversão da mucosa está interna e não no canal anal. No
prolapso retal não existe espaço entre o esfíncter anal e o
local da eversão porque ela ocorre no limite do esfíncter anal Prolapso retal
externo, a pinça não irá entrar.
o Lesões agudas: sem comprometimento tecidual (necrose/isquemia) e não recidivante →
redução manual do prolapso.
REDUÇÃO MANUAL DO PROLAPSO:
Hidratação e lubrificação da área exposta. Opções:
▪ Solução Fisiológica 0,9% morna (hidratação).
▪ Gel Hidrossolúvel a base de água (lubrificação).
▪ Massagear delicadamente até fazer a reposição do
prolapso.
Realização de sutura de bolsa de tabaco: apertar o nó
para permitir a passagem de fezes sem recidivar o
prolapso. Manter a luz do esfíncter anal menor. Tamanho
de seringa: animais pequenos → 3ml; médio porte →
5ml; grande porte → 10ml. Garantir que passe fezes, mas
que não passe as alças novamente. Retirada após 5 dias
ou após o tratamento da causa de base.
▪ CRÔNICOS: usar glicose ou gelo.
→ Paciente precisa estar sedado.
RESSECÇÃO INTESTINAL:
▪ Prolapsos crônicos ou com grande área de acometimento (irredutíveis).
▪ Grandes áreas de necrose.
▪ Técnica segue os mesmos princípios da
enterectomia.
▪ Literatura cita altas taxas de estenose retal: por
conta de proliferação fibrosa, por perder
capacidade elástica. Sempre que possível evitar
fazer.
TÉCNICA:
▪ Passa uma sonda ou tubo pelo meio do
prolapso.
▪ Avaliar a extensão da lesão.
▪ Dois pontos de apoio cranial a área da
lesão (dorsal e ventral ou dois laterais)
→ evitar que a porção intestinal volte
para dentro do intestino na hora de suturar.
▪ Coloca uma agulha reta e faz a incisão.
▪ Pontos simples isolados em toda a circunferência para fazer a
união das mucosas.
COLOPEXIA ABDOMINAL:
Prolapsos recidivante e falhas das técnicas
anteriores. TÉCNICA:
▪ Incisão seromuscular no cólon
descendente e na porção muscular
da parece abdominal. Cuidar para
não incisar a submucosa.
▪ Incisão na parede abdominal.
▪ 4 a 5 pontos isolados no
comprimento de 4 a 7 cm e fixa na
parede, fazendo duas linhas de
sutura.
▪ Fibrose e fixação.
▪ Não se faz bolsa de tabaco.

▪ Intestino grosso apresenta carga bacteriana superior à do intestino delgado.


▪ A vascularização do intestino grosso é menos eficiente → Cicatrização mais lenta e que leva a
maior propensão a infecção.

▪ Jejum de 12hrs
▪ Após fornecer pequena quantidade água, caso não ocorra vômito, introduzir alimentação
pastosa com baixa taxa de gordura em pequena quantidade de 3 a 4 vezes ao dia.
o Arroz.
o Frango sem pele.
o Rações comerciais (I/d, K/d) das mais variadas marcas.
o Iogurte natural.
o Queijo tipo cottage.
▪ Se tudo estiver bem: Retorno a alimentação gradual com ração seca a partir de 72 horas de pós
operatório.
▪ Monitoramento:
o Palpação abdominal
o Febre
o Acúmulo de liquido abdominal
o Alteração de consciência
o Glicemia
o Vômito
▪ Analgesia deve ser realizada na complexidade do caso e de acordo com a avaliação de
sensibilidade.
o AINE
o Opioides: causa efeito de constipação, ajudando a não recidivar.
o Antibiótico: deve ser efetivo contra bactérias aeróbias e anaeróbias → Cefalosporinas,
Quinolonas (não usar em filhotes e gatos), Betalactâmicos, Metronidazol 25mg/kg (efeito
duplo → combate bactéria anaeróbicas e ajuda na inflamação).
COMPLICAÇÕES:
▪ Extravasamentos.
▪ Deiscências.
▪ Peritonites.
▪ Sepse.
▪ Tenesmo.
▪ Disquesia.
▪ Sintomas Relacionados as causas de base: Neoplasias intestinais, Obstruções mecânicas,
Doenças prostáticas.
▪ Recidiva do prolapso

Invaginação de parte do intestino para o lúmen do segmento adjacente. É


secundária a um aumento de motilidade.
INTUSSUSCEPTO: parte que entra.
INTUSSUSCEPENTE: parte que dilata para o intussuscepto entrar.
Locais mais comuns de acontecer: entre o duodeno e o jejuno e na válvula
ileocecal (ceco cólica).

Acomete principalmente animais com idade inferior a 1 ano. De


todas as raças
Principais causas: tudo que cause aumento de peristaltismo intestinal.
▪ Gastroenterite.
▪ Parasitária.
▪ Viral → comum em filhotes com parvovirose.
▪ Neoplasias intestinais.
▪ Corpo estranho linear.

Bem inespecíficos:
▪ Vômito.
▪ Diarreia.
▪ Depressão. Intussuscepção Prolapso retal
▪ Anorexia.
▪ Hipodipsia.
▪ Hematoquezia.
▪ Desidratação.

EXAMES LABORATORIAIS:
Alterações não patognomônicas.
HEMOGRAMA:
▪ Leucograma de stress → Linfocitose; Linfopenia (casos crônicos) e Neutrofilia.
▪ Neutropenia.
▪ Anemia: por conta de perda de sangue intestinal.
▪ Hipoalbuminemia: falta de alimentação.
▪ Alterações eletrolíticas → Vômito e diarreia crônica
▪ Hipoglicemia: falta de alimentação e desidratação.
→ Casos graves podem ocorrer prolapso retal da porção intussuscepta.
RX SIMPLES:
▪ Acúmulo de gás da área
cranial ao ponto de lesão.
▪ Presença de estrutura
cilíndrica.
▪ Exame apresenta sinais
sugestivos, lesão deve ser
confirmada por
ultrassonografia abdominal.
▪ Flechas: áreas radiopacas onde se tem a intussuscepção.
US ADDOMINAL:
▪ Exame de eleição para diagnóstico da doença.
▪ Caracterizada por “lesão em alvo” paredes intestinais uma
sobre a outra → Patognomônica.
APÓS CONFIRMAÇÃO ULTRASSONOGRÁFICA:
▪ Laparotomia exploratória: Celiotomia mediana → Inspeção de todo intestino (por ela ser
secundária a outras doenças e pode ocorrer em mais de um ponto). Possibilidade de CE linear.
▪ Inspeção da porção afetada:
o Redução manual da intussuscepção: em caso de lesão recente, sem fibrose, sem
aderências, sem áreas de necrose. Sempre irrigar o local com solução fisiológica aquecida
e visualizar a coloração de mucosa e peristaltismo.
o Plicatura intestinal na face antimesentérica.
ENTERECTOMIA + ANASTOMOSE INTESTINAL TERMINO TERMINAL:
Em lesões crônicas, áreas desvitalizadas. Por conta de não conseguir desfazer a intussuscepção por
conta de fibrose.
▪ Ressecamento da porção intestinal afetada.
▪ Remover esse ponto de obstrução.

▪ Antibiótico terapia: terapêutica e não profilática. Cefalosporinas, Betalactâmicos.


▪ Analgesia: Conforme o necessário → AINE – Dipirona. Opióides – Butorfanol, Morfina, Cloridrato
de Tramadol (diminuiem o peristaltismo intestinal evitando reicidiva).
▪ Suporte nutricional: via tubo de alimentação.
o Presença de vômito ou não.
o Alimentação deve seguir as orientações conforme a terapêutica utilizada.
COMPLICAÇÕES: Recidivas podem ocorrer entre 3 dias a 3 semanas se a causa de base persistir. Ocorre
em aproximadamente 6 a 27% dos pacientes.
PROGNÓSTICO: Bom → Animal receber o tratamento de suporte adequado e diagnóstico rápido. Ruim
→ casos neoplásicos, doenças infecciosas e casos crônicos.

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