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Resumo - Clínica Cirúrgica Pequenos (1º Bimestre)
Resumo - Clínica Cirúrgica Pequenos (1º Bimestre)
Se aplica a todo paciente internado/hospitalizado. O hospital sempre tem uma ração base e todos os
pacientes recebem aquela ração, não se faz nenhum cálculo para saber se o paciente está se
alimentando da forma que ele precisa.
A demanda do organismo é maior em pacientes doentes e muitos deles tem perdas como vômito,
diarreia e inflamação. Geralmente eles terão privação de alimentação e o que isso causa
fisiologicamente:
Identificar desnutridos ou com potencial para desnutrição. Interação entre clínico (identifica) e
internamento (faz a manutenção).
HISTÓRICO: qualidade da dieta, ingestão de alimentos (se está ou não comendo, quantidade), trauma
recente (aumenta demanda energética), perdas (sangramento, vomito, diarreia, perda de secreção,
seroma → aumenta demanda energética), fármacos (interfere no apetite), doenças de base.
EXAMES LABORATORIAIS: hemograma (anemia), PPT, albumina (avalia condição geral e catabolismo,
quando baixa ela diminui a pressão oncótica → não mantem líquidos dentro do vaso (perda de líquido
para o terceiro espaço) → edema, ascite, potássio (paciente que não está se alimentando tende a ter
hipocalemia quando → gera fadiga intensa, tremores musculares, gatos fazem ventroflexão de pescoço,
arritmias → solução com suplementação com fluido e alimentação) e CK – creatina quinase (quando se
tem um catabolismo muscular severo a CK tende a aumentar).
Necessidade nutricional: soma da energia necessária para metabolismo basal, atividade física e perdas
decorrentes da doença.
Considerar energia necessária para manutenção de funções fisiológicas com alta demanda.
Calcular a necessidade hídrica: para pacientes que não vão ficar em fluidoterapia.
A maioria dos pacientes que chegam estão desidratados → fluidoterapia! Portanto, esse cálculo é pouco
usado porque é apenas para pacientes que irão ingerir água.
IMPORTANTE:
PARENTERAL: nutrientes por IV. Alimentação preparada de forma diferente, comprada pronta.
Pacientes em coma e anestesiado.
Critérios para a escolha da via: integridade do TGI, risco anestésico (precisa anestesiar para colocar
alguns tipos de sonda, ver se o paciente está apto para anestesia).
ORAL
SONDAGEM
INTUBAÇÃO OROGÁSTRICA
Boca – estômago. Apenas para neonatos órfãos ou com fenda palatina (não
consegue mamar por conta de aspiração, portanto optar pela sonda). Se faz a
cirurgia para correção da fenda apenas a partir de 5 meses. Sonda uretral nº
6 ou 8 (depende do tamanho do paciente).
Técnica:
1. Medir o tamanho da sonda antes de inserir para saber quando ele está
no estômago.
2. Marca com o esparadrapo a medida → 10ª – 11ª costela está o
estômago.
3. Inserir a sonda pela cavidade oral, erguendo um pouco a cabeça, animal
vai deglutir.
4. Quando introduzir parar quando chegar no esparadrapo.
5. Lembrar que é neonato e vai entrar pouco.
6. Administra o leite e logo depois retira a sonda (porque o animal está acordado).
7. Repetir a cada 4h.
NASOESOFÁGICA
Narina – esôfago. Ela para no esôfago para não ter estímulo de vômito. Suporte nutricional a curto prazo,
máximo 3 a 4 dias. Opção em paciente debilitado que não pode ser anestesiado.
Vantagens: facilidade de colocação e remoção, não requer anestesia geral porque precisa de reflexo de
deglutição, por isso o animal precisa estar acordado.
Desvantagens: pequeno diâmetro das sondas (nº 4 ou 6), dieta líquida (tem menos kcal/ml → precisa
de muito volume → paciente pode ter vômito portanto administrar aos poucos).
Opção de dieta líquida hipercalórica no mercado utilizada nesse tipo de sondagem: Nutralife® (1,22
kcal/ml) e Salute® (1,00 kcal/ml).
Técnica:
ESOFAGOSTOMIA
Vantagens: pode ser feita dieta pastosa (rações hipercalóricas → + caloria – volume), medicação em
xarope para facilitar para o tutor.
Técnica:
Opção de dieta líquida hipercalórica no mercado utilizada nesse tipo de sondagem: a/d® ou Recovery®
Royal Canin → as duas tem 1,7kcal/grama.
Cuidados:
GASTROSTOMIA
Pouco utilizada. Indicada para pacientes anoréxicos e com distúrbios esofágicos. Usar apenas sonda
Foley (balão na ponta, evita sair). Sonda nº 14 ou 16.
Complicações: peritonite por extravasamento de conteúdo (balão esvaziar, sonda sair do local).
Técnica:
1. Incisão de pele.
2. Duas suturas de reparo no estômago.
3. Inserir a sonda no esôfago e fazer uma bolsa de tabaco
ao redor (prender a sonda).
4. Infla o balão da sonda.
5. Gastropexia com as suturas de reparo.
6. Bandagem.
JEJUNOSTOMIA
Não utilizada na veterinária, indicada parenteral. Indicada para pacientes anoréxicos e com distúrbios
gástricos ou duodenais. Requer celiotomia mediana (técnica parecida com a Gastrotomia).
Complicações: peritonite. Sonda nº 4. Apenas dieta líquida.
Bolsas:
Como pedir? Apenas dizer o peso e a necessidade nutricional. Elas vêm com a quantidade para 24h.
INDICAÇÃO
▪ Obstrução intestinal.
▪ Vômitos frequentes.
▪ Cirurgia intestinal.
▪ Trauma cranioencefálico.
▪ Coma.
Acúmulo de sangue entre a cartilagem auricular e a pele. Lesão nos ramos da
artéria auricular → hematoma.
CLÍNICO
Não deve ser a terapia de escolha por não ser muito eficaz. Indicação quando for parcial.
CIRÚRGICO
▪ Drenagem por incisão e sutura para reduzir o espaço morto com sutura.
▪ Maior eficácia.
▪ Complicação: contratura do pavilhão auricular por conta de tecido fibroso.
Técnica:
Tratamento:
ORELHA:
Técnica da conchectomia:
Clínico → Piroxicam (AINE - efeito antineoplásico para carcinoma de células escamosas) + ômega 3
(ajuda na proteção e reconstituição da epiderme).
FOCINHO: nosectomia (retirada do nariz, conchas nasais ficam expostas), criocirurgia (com nitrogênio -
lesões superficiais), eletroquimioterapia (ponteira com agulhas que emitem uma voltagem que muda o
potencial de ação da membrana, ao mesmo tempo se aplica quimioterápico IV fazendo com que a
absorção do medicamento seja melhor → ocorre morte celular por apoptose).
Pós-operatório: antinflamatório (Piroxicam), analgésico (Dipirona), usar colar e limpeza com soro
fisiológico. Sem necessidade de antibiótico.
é a saída de uma víscera para fora dos limites abdominais.
Hérnia Verdadeira
VERDADEIRA: hernias com anel bem definido e as
vísceras estão envolvidas em uma bolsa peritoneal.
Ex: hernia umbilical.
Ocorrem pela falha na fusão do músculo reto abdominal durante o desenvolvimento fetal.
CLÍNICO: Em filhotes com hérnias pequenas com conteúdo gorduroso, pode ocorrer oclusão do defeito
até os 6 meses de idade.
→ Hérnias com anel de grandes diâmetros devem ser tratados cirurgicamente pelo alto risco de
estrangulamento visceral.
CIRÚRGICO:
ANATÔMICOS:
▪ Canal inguinal apesar do nome não formam um canal e sim uma estrutura com duas aberturas.
▪ Canal inguinal curto e mais largos, predispondo a passagem visceral.
▪ Fraqueza e atrofia muscular regional (perda de resistência).
▪ Útero gravídico.
METABÓLICO:
▪ Obesidade.
▪ Aumento da pressão interna abdominal.
▪ Presença de gordura na região inguinal pode levar a dilatação do canal inguinal.
RX:
▪ Encarceramento uterino com maceração fetal / piometra: leucocitose com desvio a esquerda.
▪ Encarceramentos intestinais: leucocitose com desvio a esquerda.
▪ Encarceramento de bexiga: ureia e creatinina (azotemia – sem sinal clínico; ou uremia – com
sinal clínico. As duas pós renal).
CIRÚRGICO
1. Deve ser realizada o mais rápido possível pois há chance de comprometimento vascular.
2. Incisão retro umbilical até o limite do pus, não sendo feita em cima da hérnia.
3. Seguida de dissecção em direção ao aumento de volume e exposição do saco herniário (saco
peritoneal). Ponto de referência o músculo reto abdominal.
4. Dissecação, exposição e abertura do saco herniário.
5. Identifica quais estruturas estão herniadas.
6. Reduzir os componentes abdominais.
7. Excisar e suturar o saco herniário.
8. Suturar o anel inguinal externo com sutura não absorvível sintética (polipropileno). Não incluir
componentes vasculares e neurológicos na sutura.
9. Indicado castração em femeas.
2 3 3 4 5 7 7 8
CIRÚRGICO
1. Deve ser realizada o mais rápido possível pelo alto risco de estrangulamento.
2. Realizada incisão paralela ao flanco.
3. Dissecção da túnica vaginal, incisão da túnica vaginal para exposição do saco herniário.
4. Incisão do saco herniário para avaliação do conteúdo:
a) Sinais de estrangulamento, hipóxia, intensão de orquiequitomia.
b) Realiza-se ligadura dos componentes comprometidos e reposicionamento dos
componentes viáveis dentro da cavidade abdominal.
c) Avaliar viabilidade testicular.
2
3-4 b
PROGNÓSTICO: bom se a castração for realizada com a redução da hérnia por ter alta recidiva e se não
houver envolvimento ou estrangulamento visceral importante.
Por se tratar de lesões traumáticas, podem ocorrer associações nas lesões. 75% dos pacientes com
hérnia apresentam lesões ortopédicas, gastrointestinais, respiratórias ou geniturinárias, tornando assim
a hérnia menos importante em alguns casos.
CIRÚRGICO
▪ Pacientes estáveis em que não há urgência na reparação devem ser operados de 3 – 5 dias após
o trauma.
▪ Melhora no ambiente lesionado.
▪ Revascularização dos tecidos lesionados.
▪ Melhorando a disponibilidade tecidual para o reparo.
▪ Diminuição na chance de infecção: diminuir carga
bacteriana com antibiótico prévio.
▪ Em casos onde não há grandes lacerações teciduais realiza-se aposição dos bordos com suturas
simples isoladas.
▪ Sempre incluindo a fáscia muscular na passagem dos fios.
▪ Distância entre os bordos da ferida e a entrada da agulha deve ser 0,5 a 0,7cm.
▪ Pode-se fazer pontos mais distantes, até 3cm com o primeiro fio e depois com um segundo fio
incluindo a fáscia.
▪ Localiza os dois
canais inguinais.
▪ Ponto de
desinserção das
aponeuroses do
oblíquo interno e do
reto abdominal.
▪ Faz perfurações no
osso do púbis e,
com sutura de Wolf,
ancorar essas
aponeuroses na
parte óssea.
Perda estrutural do diafragma pélvico por onde passam estruturas viscerais como bexiga, próstata,
bexiga e reto. Diafragma pélvico: região mais caudal do abdômen que circunda os canais anal e
urogenital.
▪ Acomete principalmente cães machos, inteiros, com idade ente 7 e 10 anos, sendo raras
ocorrências em felinos.
▪ Ocorrência maior em machos decorrente de hiperplasia prostática benigna.
▪ Raças como Boston Terrier, Boxer,
Collie, pequinês são citados como
os mais suscetíveis.
▪ As hérnias podem ocorrer de
ambos os lados: estudos indicam
maior ocorrência do lado direito
(66%) quando comparado ao
esquerdo (33%).
EXAME RETAL:
O tratamento corretivo é apenas CIRURGICO, mas existe terapia conservadora (apenas para hérnias
pequenas, nos dão mais tempo até o procedimento cirúrgico):
▪ Pode ser utilizada em animais com hérnias pequenas ou com graves disfunções sistêmicas.
▪ Dietas ricas em fibras e com alto teor de umidade: fibras deixam as fezes mais úmidas.
▪ Laxantes formadores e volume: compostos hidrofílicos que atuam na absorção de água e
eletrólitos, mantendo o volume fecal hidratado e volumoso, facilitando assim a defecação. Ex:
Lactulose (Lactuliv®) → Cão: 0,5ml/kg e Gato 2,5ml/animal.
▪ Métodos conservadores não apresentam efetividade a longo prazo no controle dos sintomas
relacionados as hérnias perineais.
▪ Todas as terapias atuam na
manutenção de bolo fecal mais
hidratado, facilitando o processo de
defecação.
TERAPIA CIRÚRGICA:
Casos onde não há tecido muscular suficiente para efetiva fixação da musculatura pode ser utilizados
enxertos com malha de polipropileno (estimula a fibrose local e ocupa o espaço do m. obturador interno,
coloca ela em formato de “casquinha de sorvete” dentro da hérnia e fixa com simples isolado). Técnica
segue os mesmos passos da transposição do músculo obturador interno.
Tela em
formato de
“casquinha de Sutura 360°
sorvete
HÉRNIAS BILATERAIS
O diafragma é uma estrutura muscular que faz a divisão entre as cavidades torácicas e abdominais.
CONGÊNITA: Peritniopericárdica.
SINAIS CLÍNICOS:
→
Radiografia
torácica: presença
de estruturas
radiopacas dentro
do saco pericárdico
e dilatação
pericárdica.
CIRÚRGICO:
▪ Fechamento deve ser realizado com sutura continua simples e fio não absorvível sintético
monofilamentar.
▪ Não há necessidade de suturar o saco pericárdico.
▪ Retirar o ar máximo de ar do saco pericárdico para não ocupar espaço do pulmão.
▪ Toracocentese em caso de pneumotórax.
▪ COMPLICAÇÕES: diminuição na capacidade de expansão do diafragma.
▪ Acidentes automobilísticos.
▪ Quedas.
▪ Trauma abdominais
Sempre ter CAUTELA porque esse tipo de paciente é politraumatizado, avaliar ele como um todo:
CIRURGIA:
▪ Reestabelecimento da pressão
negativa do tórax: Toracocentese e
Tubo torácico
▪ Pode ocorrer edema pulmonar por
reexpansão → Crepitação pulmonar.
▪ Antibiótico terapia profilática.
▪ Analgesia com opioides: Depressão cardiorrespiratória.
▪ Prognóstico: Ótimo se o paciente sobreviver nas primeiras 24 horas.
▪ Taxa de mortalidade ocorre em 12 a 48%.
BENIGNA: crescimento lento, não invasivo, não infiltrativa, dependendo do local pode ser grave,
formato delimitado e circunscrito. Não existe perda da coesão celular por conta de não ter sofrido tanta
mutação celular, por isso não causa metástase. Alguns benignos podem virar malignos, a partir de mais
mutações. Eles podem ou não levar o paciente a complicações graves dependendo do local que ele
estiver, como no cérebro por exemplo. Ex: lipoma (benigno) nunca vira lipossarcoma (maligno);
adenoma mamário (benigno) vira maligno.
MALIGNO: crescimento rápido, invasivo e infiltrativo, formato irregular, quando pequeno pode ser
delimitado, capacidade de fazer metástase.
→ METÁSTASE: proliferação de células tumorais por via linfática e/ou sanguínea, depende do tipo de
tumor. Pulmão é o órgão mais frequente em ter metástase porque tem muita irrigação linfática e
sanguínea, baço e fígado são comuns também, mas a metástase pode atingir qualquer local do
organismo.
O primeiro exame de triagem é a citologia e nele vem dizendo a origem das células tumorais e não
exatamente o nome do tumor, e as origens podem ser:
EPITELIAL: células cuboides (redondo). Origem: Epitélio, folículo piloso e glândulas.
MESENQUIMAL: células alongadas. Origem: tecido conjuntivo → Fibroblasto, adipócito, ósseo, tecido
cartilaginoso. Maligno: sarcoma, fibrossarcoma.
CÉLULAS REDONDAS: linfócitos, mastócito, plasmócito. Ex: mastocitoma (apenas maligno), linfoma,
plasmocitoma → os três são apenas malignos.
MELANOCÍTICA: origem em melanócito, que é uma célula redonda, mas tem melanina no seu interior.
Ex: melanocitoma (benigno) e melanoma (maligno).
Melanocítica: Melanoma
HEMATOPOIÉTICO: origem em células do sangue, medula óssea. Sistêmico então não se fala que ele faz
metástase, por mais que iniciou em um local específico, portanto ele não é localizado. Ex: leucemia ou
linfoma. Tratamento sistêmico → quimioterapia.
Queixa principal: sempre perguntar o tempo de evolução e progressão das lesões ou sinais clínicos →
que possa indicar metástase.
Histórico médico pregresso: FIV e FeLV em gatos → pode predispor a carcinoma. Neoplasia prévia.
TUMORES
LINFONODOS
Sempre avaliar todos os linfonodos e dar uma atenção maior aos linfonodos próximos ao tumor.
▪ TAMANHO: apenas reativo por conta de um tumor próximo,
aumentado de tamanho (por metástase ou linfoma originado no
próprio linfonodo).
▪ CONSISTÊNCIA: irregular e duro sinal de metástase.
▪ MOBILIDADE: com metástase fica mais aderido.
Sempre avaliar o perfil do tumor e do paciente. Sempre pedir o básico e esperar os resultados para pedir
mais exames.
EXAMES LABORATORIAIS
BIÓPSIA
PARA CITOLOGIA:
EXAMES DE IMAGEM
Primeiro identifica o tumor com citologia e histopatológico e depois escolhe os exames de imagem.
Invasão tecidual
▪ Ulceração cutânea.
▪ Inflamação.
Entrar com terapia de
▪ Infecção secundária. suporte, avaliando cada caso
▪ Necrose.
▪ Dor.
▪ INVASÃO TECIDUAL: compressão de estruturas adjacentes, obstrução de órgãos ocos, prejuízo
na função, aderências, ruptura de vísceras, hemorragia (baço, fígado). Ex: tumores orais e
intestinais.
▪ Auscultação pulmonar.
▪ Efusão pleural, abdominal.
Tumor de ovários que fez metástase
esplênica.
Efeitos indiretos das neoplasias causada por substancias liberadas pelo tumor → citocinas, hormônios
e fatores de crescimento.
▪ Anemia, trombocitopenia, leucocitose por neutrofilia.
▪ Hipoglicemia.
▪ Hipercalcemia.
▪ Caquexia.
▪ ULCERAÇÃO GÁSTRICA: mastocitoma → libera histamina → hiperacidez gástrica → úlceras.
Entrar com anti-histamínico e protetor gástrico como preventivo (omeprazol e famotidina).
Sistema TNM: por ele o estadiamento é definito. Tumor, Linfonodo e Metástase. Definido pela OMS e
nos orientamos por essa definição de literatura. Exemplo de estadiamento de tumor mamário em
cadelas:
Tamanho: acima de
5m prognóstico ruim.
N0: sem evidência
clínica de metástase.
N1: metástase já
instalada.
▪ Cirurgia oncológica.
▪ Quimioterapia antineoplásica.
▪ Radioterapia.
▪ Eletroquimioterapia.
▪ Criocirurgia.
▪ Terapia alvo molecular.
▪ Imunoterapia
Deve ser feita por um veterinário oncologista. É a principal modalidade terapêutica na oncologia para
tumores sólidos. Promove o controle local da neoplasia, se já tem metástase precisa associar a
quimioterapia.
Indicada quando a avaliação citológica foi inconclusiva ou quando o procedimento de biopsia aspirativa
é contra indicado.
CELIOTOMIA OU TORACOTOMIA EXPLORATÓRIA: difícil aparecer hoje em dia por conta de fácil acesso
a exames.
A primeira cirurgia é a que proporciona as maiores possibilidade de cura. Maiores chances de cura:
▪ Neoplasias benignas.
▪ Neoplasias malignas localizadas, pequenas, em estágio inicial, com baixo potencial metastático.
PROVA
▪ LIGADURA PRÉVIA DAS VEIAS QUE DRENAM O TUMOR: diminuir o risco de disseminação da
doença no transoperatório.
▪ Mínima manipulação da neoplasia.
▪ Não penetrar a capsula do tumor durante ligaduras ou divulsão.
▪ RESSECÇÃO TUMORAL EM BLOCO: tira o bloco inteiro de uma vez.
▪ INCISÃO:
o Marginal: incisão elíptica o mais perto possível do tumor – apenas em tumores benignos.
o Ampla: tumor maligno. 3cm para cada lado do tumor, na profundidade não é por medida
é um plano anatômico abaixo do tumor - se estiver preso na fáscia muscular precisa
retirar todo o músculo. Gordura e tecido subcutâneo não são planos profundos.
Geralmente precisa fazer reconstrução do local com flap de musculatura.
o Ressecção radical: remoção completa de estrutura ou compartimento corporal para
ressecção tumoral.
▪ RESSECÇÃO DE LINFONODO REGIONAL: sempre que possível retirar o linfonodo mais próximo
quando o tumor for maligno, mesmo quando ele não estiver reativo. Precisa-se conhecer como
aquele tumor se comporta antes de retirar.
▪ LIMPEZA DO CAMPO OPERATÓRIO: lavar com soro fisiológico a região da cirúrgica para retirar
possíveis coágulos e células neoplásicas. Nem sempre pode ser feita por conta do tempo de
cirurgia.
▪ TROCA DE LUVAS E INSTRUMENTAL: depois de retirar o tumor, trocar para fazer a sutura.
▪ REDUÇÃO DE ESPAÇO MORTO: sutura e dreno (segunda opção).
▪ OCLUSÃO: técnicas de cirurgia reconstrutiva.
Ressecção radial de
Hemangiossarcoma renal
Ressecção ampla
Órgão tubular que comunica a cavidade oral ao estômago. Tem uma maior incidência de complicações
pós operatória quando comparado as outras estruturas do sistema gastroentérico. Função: levar o bolo
alimentar da boca até o estomago. Localização: esquerda da linha media cervical, dorsal da traqueia na
região cervical e lateral direita a traqueia na região torácica. Fatores complicantes:
VASCULARIZAÇÃO:
Ocorre pela persistência do ligamento arterioso rudimentar (que deveria ser reabsorvido durante o
desenvolvimento fetal), a direita, que liga a artéria pulmonar e a aorta descendente.
PREDISPOSIÇÃO: Pode acometer cães e gatos. Pastor Alemão é a raça mais predisposta em cães.
Siameses e Persas são as raças mais acometidas em felinos. Não há diferença entre machos e fêmeas.
▪ Sinais clínicos iniciam ainda na fase juvenil entre dois a seis meses de idade.
▪ Geralmente se iniciam logo após a introdução sólida alimentar.
▪ Estando intimamente relacionados ao grau de estenose.
Sinais clínicos:
PNEUMONIA POR ASPIRAÇÃO: Descobrimos no exame contrastado. Sempre acontece no Lobo medial
direito → por gravidade esse corpo estranho chega a esse lobo que tem os brônquios principais mais
ventrais.
CIRÚRGICO:
Liberação do esôfago por Toracotomia:
▪ Oxigênio terapia.
▪ Analgesia: cuidar com depressão cardiorrespiratória.
▪ Glicemia sérica: cuidar em filhotes.
▪ Antibióticos: principalmente em caso de pneumonia por aspiração.
▪ Manter alimentação em posição vertical: 10 minutos após a alimentação.
▪ Sinais relacionados ao megaesôfago devem melhorar em aproximadamente 4 semanas.
▪ Reavaliação de esofagograma em 2 meses pós operatório.
▪ Retorno a função e tamanho esofágico está relacionado ao tempo em que a cirurgia é realizada.
Quanto antes o paciente for tratado melhor o prognóstico.
Distúrbio que causam a obstrução física na comunicação e orogástrica. Causas mais comuns: Ossos e
Objetos metálicos pontiagudos. Pontos mais comuns de parada:
▪ Entrada do tórax.
▪ Base cardíaca
PREDISPOSIÇÃO: Raças de pequeno porte e jovens (aprox. 3 anos) → Acesso a brinquedos e Hábito de
morder tudo.
▪ Início agudo.
▪ Dor cervical.
▪ Patadas da cavidade oral.
▪ Disfagia.
▪ Regurgitação / Vômito.
▪ Dispneia (obstruções cervicais).
▪ Salivação excessiva.
▪ Perda de peso e desidratação.
Esofagoscopia
Neoplasias esofágicas. Malignas: invasivas e altamente
metastáticas. Mais comuns:
▪ Carcinoma espinocelulares.
▪ Sarcomas.
▪ Leiomiomas.
▪ Avaliação cuidadosa:
o Pneumonia por aspiração.
o Sinais de extravasamento esofágico
▪ Pacientes submetidos a toracotomia com ou sem perfuração esofágica devem ser mantidos com
tubo torácico para drenagem de efusão pleural → evitar o pneumotórax.
▪ Jejum por 24 a 48hrs pós operatório: Hídrico e alimentar. Início da dieta hídrica em 24hrs caso
não apresente vômitos ou regurgitação, início da alimentação pastosa por 5 a 7 dias.
▪ Utilização de sondas para alimentação: em animais que não podem receber alimentação por via
oral → Cirurgia extensa ou por vômito pós alimentação (períodos acima de 48 a 72hrs).
▪ Sonda por gastrostomia ou sonda enteral.
COMPLICAÇÕES: Esofagite, deiscência dos pontos, regurgitação, pneumonia, sepse e óbito
PROGNÓSTICO: Bom → se rápido diagnostico com mínima lesão tecidual esofágica sem
comprometimento sistêmico. Reservado → se a lesão tecidual moderada ou cirurgias extensas de
tumoração benigna. Ruim → se tiver grande lesão tecidual ou neoplasia maligna.
Ingestão de qualquer material que não pode ser digerido pelo sistema
gastrointestinal e se aloja na cavidade gástrica. Mais comum em animais
jovens. Felinos: linhas. Cães: pedras, bolinhas.
Aparecem apenas quando tem alguma obstrução → Vômito crônico, Distensão gástrica e Irritação da
mucosa gástrica. Em caso de perfuração da parede gástrica → extravasamento de conteúdo →
peritonite.
Sinais clínicos gerais:
▪ Sintomáticos ou assintomáticos.
▪ Mimica de vômito produtiva ou não.
▪ Engasgos.
▪ Letargia.
▪ Sensibilidade abdominal.
▪ Regurgitação.
▪ Disfagia.
▪ Tentativa persistente de deglutição
EXAMES LABORATORIAIS:
→ Hipocalemia + hipocloremia + alcalose metabólica
Alterações de hemograma e bioquímica sérica:
▪ Não patognomônica.
▪ Depende da condição do paciente:
o Obstruções agudas: Poucas alterações.
o Obstruções crônicas: Anemia → Leucocitose com desvio a esquerda; Desidratação;
Monocitose; Ulceração / Perfuração gástrica.
▪ Caso eventuais: ASSINTOMÁTICO.
EXAMES DE IMAGEM:
RX simples abdominais: Definitivo quando temos a
identificações de CE radiopacos (ossos, objetos metálicos
e pedras). Objetos radiotransparentes geralmente não é
possível diferenciar os tecidos moles x bolo alimentar x CE.
RX contratados: em áreas com contornos bem definidas RX simples RX contraste
e/ou com formato específico envoltas por gás →
relacionar com o histórico.
Endoscopia: Melhor método para avaliação. Permite identificar o CE e avaliar
mucosa gástrica. Identificar lesões na parede estomacal. Remoção do CE
com segurança.
INDUÇÃO AO VÔMITO: Indicado quando são identificados objetos pequenos, sem superfícies agudas ou
cortantes. Administração intramuscular de:
▪ Morfina 0.5 a 1mg/kg.
▪ Xilazina 0.4 a 0.5mg/kg.
▪ H2O2 via oral
→ Objetos de grandes dimensões ou em muita quantidade e com características
perfuro cortantes devem ser removidos por
gastrotomia.
GASTROTOMIA:
Local da incisão
▪ Realiza-se o acesso ao lúmen gástrico
para remoção de CE.
▪ Acesso ao abdômen por celiotomia
mediana pré umbilical.
▪ Palpa o estômago para identificação do
CE.
▪ Posicionamento das suturas de apoio
para diminuir extravasamento.
▪ Incisão na parede gástrica. Área com
menor vascularização.
▪ Fechamento da parede gástrica: Fio monofilamentar absorvível. Deve ser realizada em padrão
duplo:
o Primeira camada: Sutura continua simples em submucosa, muscular e serosa.
o Segunda camada: Sutura invaginante seromuscular.
INTRODUÇÃO DA ALIMENTAÇÃO E INGESTÃO DE ÁGUA APÓS 12 HORAS DE PÓS OPERATÓRIO:
▪ Avaliar a ocorrência de vômito.
▪ Antiemético de ação central:
o Ondansetrona 0.1 a 0.2mg/kg.
o Citrato de meropitant (Cerenia) 1 – 8mg/kg
CONTROLE DO PH GÁSTRICO: Lembrar que provavelmente a gastrite já esteja instalada e o pH alterado
portanto, usar inibidor H2 (ranitidina2mg/kg BID) ou inibidor da bomba de prótons (omeprazol 1-4
mg/kg ou Pantoprazol 1mg/kg).
ANTIBIÓTICO TERAPIA: Amplo espectro. Betalactâmicos. Quinolonas cuidar com filhotes.
ANALGESIA: cuidar com lesão gástrica, se for utilizar que seja em dose baixa ou Firocoxibe.
COMPLICAÇÕES: deiscência da sutura, peritonite, perfuração gástrica, necrose gástrica
PROGNÓSTICO: Bom → não há lesões a parede gástrica e sem complicações na técnica operatória.
Reservado → quando lesão tecidual prévia ou complicações pós operatória.
Fenômeno caracterizado pelo acúmulo excessivo de gás, alimento e líquido no estômago levando a
dilatação do estômago além das suas dimensões normais. Pode haver ou não a rotação do estômago.
Pode ter apenas dilatação ou dilatação com torção gástrica. Paciente perde a capacidade de eructação
→ causando toda a síndrome.
▪ Apatia.
▪ Decúbito lateral.
▪ Aumento de volume abdominal.
▪ Cifose.
▪ Reflexo de vômito não produtivo.
▪ Hiper salivação.
▪ Inquietação.
Exame físico:
▪ Timpanismo abdominal
▪ Esplenomegalia
▪ Fase compensatório do choque: Exame físico sem alterações
▪ Fase descompensatória do choque:
o Taquicardia.
o TPC aumentado.
o Mucosas hipocoradas.
o Pulso femoral fraco
o Dispneia.
▪ Avaliação de histórico
▪ Exame físico
▪ Exame radiográfico: Incidência LL (direita) e VD. Permitem diferenciar:
o Apenas dilatação
o Dilatação + torção: Deslocamento piloro e
compartimentalização.
CLÍNICO EMERGENCIAL:
▪ Objetivo: Diminuir a pressão intra-abdominal, descompressão da v. cava e melhorar o retorno
venoso
▪ Gastrocentese: Cateter de grosso calibre (14G 16G)
▪ Sondagem nasogástrica ou oro gástrica: Pode auxiliar na identificação de dilatação e dilatação +
torção gástrica.
▪ Obtenção de acesso venoso cranial a área de compressão:
o Fluidoterapia agressiva cristaloide reversão do quadro de choque 50ml/kg nos primeiros
15min. Resposta positiva – redução para 20 a 40mg/kg nas próximas 2 horas, seguido de
10ml/kg/hr (após a descompressão gástrica). Resposta negativa – manutenção dos
50mg/kg por mais 30 a 45min.
▪ Estabilização clínica antes de entrar em cirurgia.
TERAPIA MEDICAMENTOSA:
▪ Antibiótico terapia: Amplo espectro: Cefalosporinas, Quinolonas ou Ampicilina.
▪ Corticoides: estabilização da membrana celular na síndrome reperfusão. Dexametasona 4mg/kg
ou Succinato sódico de metilprednizolona 20mg/kg.
▪ Terapia anti arrítmica: Lidocaína 2 – 4mg/kg.
TRATAMENTO CIRÚRGICO:
Objetivos: descompressão do estômago, retorno do estômago a posição original, remoção de tecido
necrótico estomacal, inspeção do baço e gastropexia.
Celiotomia mediana:
descompressão do estômago.
1. Esplenectomia:
▪ Avulsão vascular.
▪ Ruptura do parênquima.
▪ Evitar a síndrome de
reperfusão.
2. Gastrectomia:
▪ Da parede necrótica ou
desvitalizada.
▪ Gastropexia: Fixar o
estômago na parede
abdominal para evitar
que ocorra nova
torção gástrica.
▪ Gastropexia incisional:
Rápida, não há acesso Gastropexia incisional
ao lúmen gástrico. Menor resistência.
▪ Gastropexia circuncostal: Forte adesão, lúmen gástrico não é acessado. Difícil execução → Risco
de causar pneumotórax e possibilidade de fraturar uma costela.
Gastropexia circuncostal
▪ Alimentação com pouca quantidade de agua e alimento pastoso com baixo teor de gordura 12
horas após a cirurgia → Observar vômito
▪ Gastrite pós operatória: Inibidor H2 (Ranitidina e Famotidina), inibidor da bomba de próton
(Omeprazol e Pantoprazol), vomito pós operatório (Antiemético de ação central – Ondansetrona
0.1 a 0.2mg/kg ou Citrato de meropitant Cerenia 1 – 8mg/kg).
▪ Antibiótico terapia
▪ ECG: ocorrência de arritmias 48hrs pós-operatório
▪ Fluidoterapia: Manutenção hemodinâmica e Hidratação.
COMPLICAÇÕES: cardiocirculatórias → Arritmias cardíacas. Sepse e peritonite → Perfuração gástrica.
PROGNÓSTICO: Ruim → Necrose da parede gástrica. Reservado se → Dilatação, Dilatação + rotação
(sem necrose da parede gástrica e intervenção rápida com pouco comprometimento visceral).
MEDIDAS PROFILÁTICAS:
▪ Manejo alimentar.
▪ Pouco volume com varias refeições diárias.
▪ Evitar estresse durante alimentação.
▪ Manter o cão preso alguns minutos após alimentação.
▪ Tigela de alimentação estar ao nível do solo.
Indicação mais comum de intervenções intestinais. Causada por corpo estranho. Acomete cães e gatos
de todas as idades e raças, sendo maior ocorrência em animais mais jovens. CE Linear: apenas paralisa,
não obstrui por completo – comum em gatos. Muitos corpos estranhos evoluem ao intestino por:
grande capacidade do esôfago dilatar, pequeno volume gástrico e peristaltismo. Pode levar a quadros
de obstrução parcial ou total.
EXAMES LABORATORIAIS:
Hemograma: leucocitose com desvio a esquerda degenerativo; Policitemia; Proteína plasmática
aumentada; Monocitose.
Bioquímica sérica: azotemia pré-renal.
RX ABDOMINAL:
Permite a identificação de CE com radiopacidade superior à de tecidos
moles. Sinais radiográficos de obstrução intestinal:
▪ Podem evidencia perfuração intestinal.
▪ Dilatação das alças intestinais com conteúdo gasoso.
▪ Relação: diâmetro máximo intestinal x altura vertebral (quinta
vertebra) é de 1.6. Relação inferior é improvável que haja
quadro obstrutivo. Relações iguais ou superiores a 2 grande
chance de quadro obstrutivo.
→ Cautela: Não é possível diferenciar CE intestinais de doenças como íleo
paralitico e gastroenterite.
RADIOGRAFIA CONTRASTADA:
Método com eficiência para o diagnóstico de obstruções totais de trânsito intestinal → Não progressão
do contraste positivo (sulfato de bário ou esferas). Desvantagem: Demora (até 24hrs) para diagnóstico
de obstruções nas porções finais do intestino.
US ABDOMINAL:
▪ Identificação de estrutura
formadora de sombra acústica.
▪ Acúmulo de gás e hipermotilidade
GI.
▪ Plicatura intestinal.
▪ Avaliação na espessura da parede
intestinal (2 – 3mm).
▪ Sinais de obstrução falso positivos
ou falso negativos relacionados a US abdominal variam de 6 a 15%.
▪ Biópsia / Avaliação do linfonodo mesentérico: cuidado por conta da vascularização, caso ele seja
lesionado, pode gerar necrose de mesentério.
Bom: em casos onda há pouco comprometimento visceral e sem complicações pós operatórias.
Ruim: em casos onde há lesões com grande extensão visceral, ou complicações pós-operatórias como
peritonite.
Reservado: em casos neoplásicos.
▪ Cães e gatos.
▪ Sem pré disposição racial.
▪ Pode ocorrer em qualquer idade, porem animais jovens são mais acometidos porque são mais
propensos a problemas intestinais (por corpo estranho ou parasitoses).
▪ Idosos: presença de massas que causam tenesmo.
Causas que aumentem o peristaltismo retal, tenesmo, ou que causem dificuldade para defecar.
▪ ENTERITE: virais, alimentares, parasitários (giárdia).
▪ Corpos Estranhos Intestinais.
▪ Distocia.
▪ Urolitíase.
▪ Constipação.
▪ Defeitos Congênitos.
▪ Lesão em esfíncter.
▪ Doença Prostática.
▪ Procedimentos cirúrgicos em região de períneo.
HISTÓRICO CLÍNICO:
▪ Acometimento de sistemas urinário, gastrointestinal ou reprodutivo.
▪ Estrangúria.
▪ Tenesmo.
EXAME FÍSICO: depende principalmente do tempo de evolução. Ele é um sinal clínico e não doença
principal. Presença do prolapso é evidente.
▪ Jejum de 12hrs
▪ Após fornecer pequena quantidade água, caso não ocorra vômito, introduzir alimentação
pastosa com baixa taxa de gordura em pequena quantidade de 3 a 4 vezes ao dia.
o Arroz.
o Frango sem pele.
o Rações comerciais (I/d, K/d) das mais variadas marcas.
o Iogurte natural.
o Queijo tipo cottage.
▪ Se tudo estiver bem: Retorno a alimentação gradual com ração seca a partir de 72 horas de pós
operatório.
▪ Monitoramento:
o Palpação abdominal
o Febre
o Acúmulo de liquido abdominal
o Alteração de consciência
o Glicemia
o Vômito
▪ Analgesia deve ser realizada na complexidade do caso e de acordo com a avaliação de
sensibilidade.
o AINE
o Opioides: causa efeito de constipação, ajudando a não recidivar.
o Antibiótico: deve ser efetivo contra bactérias aeróbias e anaeróbias → Cefalosporinas,
Quinolonas (não usar em filhotes e gatos), Betalactâmicos, Metronidazol 25mg/kg (efeito
duplo → combate bactéria anaeróbicas e ajuda na inflamação).
COMPLICAÇÕES:
▪ Extravasamentos.
▪ Deiscências.
▪ Peritonites.
▪ Sepse.
▪ Tenesmo.
▪ Disquesia.
▪ Sintomas Relacionados as causas de base: Neoplasias intestinais, Obstruções mecânicas,
Doenças prostáticas.
▪ Recidiva do prolapso
Bem inespecíficos:
▪ Vômito.
▪ Diarreia.
▪ Depressão. Intussuscepção Prolapso retal
▪ Anorexia.
▪ Hipodipsia.
▪ Hematoquezia.
▪ Desidratação.
EXAMES LABORATORIAIS:
Alterações não patognomônicas.
HEMOGRAMA:
▪ Leucograma de stress → Linfocitose; Linfopenia (casos crônicos) e Neutrofilia.
▪ Neutropenia.
▪ Anemia: por conta de perda de sangue intestinal.
▪ Hipoalbuminemia: falta de alimentação.
▪ Alterações eletrolíticas → Vômito e diarreia crônica
▪ Hipoglicemia: falta de alimentação e desidratação.
→ Casos graves podem ocorrer prolapso retal da porção intussuscepta.
RX SIMPLES:
▪ Acúmulo de gás da área
cranial ao ponto de lesão.
▪ Presença de estrutura
cilíndrica.
▪ Exame apresenta sinais
sugestivos, lesão deve ser
confirmada por
ultrassonografia abdominal.
▪ Flechas: áreas radiopacas onde se tem a intussuscepção.
US ADDOMINAL:
▪ Exame de eleição para diagnóstico da doença.
▪ Caracterizada por “lesão em alvo” paredes intestinais uma
sobre a outra → Patognomônica.
APÓS CONFIRMAÇÃO ULTRASSONOGRÁFICA:
▪ Laparotomia exploratória: Celiotomia mediana → Inspeção de todo intestino (por ela ser
secundária a outras doenças e pode ocorrer em mais de um ponto). Possibilidade de CE linear.
▪ Inspeção da porção afetada:
o Redução manual da intussuscepção: em caso de lesão recente, sem fibrose, sem
aderências, sem áreas de necrose. Sempre irrigar o local com solução fisiológica aquecida
e visualizar a coloração de mucosa e peristaltismo.
o Plicatura intestinal na face antimesentérica.
ENTERECTOMIA + ANASTOMOSE INTESTINAL TERMINO TERMINAL:
Em lesões crônicas, áreas desvitalizadas. Por conta de não conseguir desfazer a intussuscepção por
conta de fibrose.
▪ Ressecamento da porção intestinal afetada.
▪ Remover esse ponto de obstrução.