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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO - UEMA

CENTRO DE ENSINO SUPERIORES DE ITAPECURU-MIRIM - CESIM


CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS LÍNGUA PORTUGUESA E
LITERATURAS DE LÍNGUA PORTUGUESA

ANA KISSIA CARDOSO RODRIGUES


MAURÍCIO SILVA

RESENHA DO FILME BLACK

Itapecuru Mirim
2022
ANA KISSIA CARDOSO RODRIGUES
MAURÍCIO SILVA

RESENHA DO FILME BLACK

Resenha apresentada à disciplina de


Educação Especial e inclusiva para
compor o processo de avaliação.

Orientadora: prof.ª Esp. Maria Alice de


Jesus

Itapecuru Mirim
2022
Resenha do filme Black

O filme Black, de 2005, dirigido por Sanjay Leela Bhansali, conta a história
de uma menina chamada Michele, pertencente a uma família rica. Ela, com poucos
meses de vida foi diagnosticada como cega e surda, a partir disso, a família começou
a tratá-la diferente, não tendo paciência com a garota e a tratando como um animal,
isso é tão nítido que em certo momento amarram um pequeno sino como auxílio para
localizá-la.
Com o passar do tempo, observando seu modo violento de agir, os pais
decidem tomar alguma providência e Paul (pai de Michele) cogita levá-la a um
manicômio, porém a mãe da garota se recusa, pois, acredita que haveria um modo
melhor de resolver. Nesse intervalo de tempo, chega ao conhecimento dos pais que
há um professor muito bom que ensina crianças surdas e cegas, sempre obtendo êxito
em seus trabalhos. Empolgados, contratam o professor Sahai para que pudesse
ajudá-los no desenvolvimento de Michele, no ínicio, os pais não conseguem aceitar o
modo como o professor ensina, pois ele é um pouco rude, mas com o passar do tempo
e observando que Michelle melhora gradativamente, resolvem deixar o professor
ensinando a menina.
O filme recebe o nome Black (escuro), por se referir a forma como a
protagonista enxerga, detalhe esse tão importante que nos primeiros dias que o
professor a ensina, disse que as primeiras letras que ela aprenderia seria N E G R O,
mas que ele iria auxiliá-la a chegar à luz. O mais interessante do enredo é que, embora
Michelle não enxergue e nem escuta, aprende a se comunicar através de sinais e
compreende através do toque, e sempre reitera que o seu professor lhe ensinou: que
não existe nada impossível.
A grande frase que Michelle mentaliza em seu interior se expressa em
eventos marcantes no decorrer do filme. A protagonista, que vivia em um mundo
escuro por não saber expressar seus sentimentos aos demais, se liberta da escuridão
e aos poucos ganha liberdade e independência, chegando ao ápice de ingressar na
universidade.
Sua jornada no ensino superior não é fácil, desde sua admissão até a
formatura, Michelle tem que aprender a trabalhar com as suas limitações, mas assim
como na infância, o professor Sahai lhe acompanha em cada fase, lhe auxiliando no
que é necessário e não a deixando desistir diante os fracassos, que não são poucos.
Com o passar dos anos, Sahai começa a apresentar problemas de saúde,
sua memória começa a ficar abalada, o que o faz esquecer das coisas mais simples,
como a saída de um espaço onde ele se localizava; até às mais importantes como a
Michelle. Mesmo nesta situação, o professor acompanha sua garota até o momento
que ela lhe pede, após o casamento de sua irmã, um beijo. Após o ocorrido, Sahai se
afasta da companhia de Michelle, deixando-a apenas uma carta de despedida.
Após esse momento brusco de separação, a saúde do professor se agrava
de maneira imensurável, todas suas lembranças são apagadas pelo Alzheimer.
Reencontrando Sahai nessa situação, Michelle tenta ajudá-lo a recuperar sua
memória, mas nada adianta.
Após sua formatura, a qual Michelle faz com uma roupa cobrindo sua beca,
ela se dirigi ao manicômio no qual seu professor se encontra para lhe mostrar que ela
conseguiu realizar o grande sonho dos dois. Neste momento comovente, Sahai
consegui recordar alguns momentos que eles passaram juntos e comemora a grande
conquista de sua aluna. Pouco tempo depois, o grande professor de Michelle encontra
sua luz.
Esse filme nos apresenta algumas lições bem interessantes, a primeira e
mais importante se fundamenta no fato de que a pessoa deficiente não é um ser
meramente incapaz, ou seja, reconhecendo suas limitações, ela tem a possibilidade
de desenvolver suas capacidades e aprender a se comportar de forma adequada e
realizar muitas funções, mas para isso é preciso ter um acompanhamento adequado.

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