AEstrutura Da Terra - Final

Estrutura Interna da Terra
Ondas sísmicas
estrutura interna da Terra

O método da tomografia sísmica Tomografia Sísmica

baseia-se na tomografia axial
computadorizada (TAQ); tal como na
TAC se obtêm imagens
tridimensionais do corpo humano a
partir de raios X, a tomografia sísmica
utiliza a velocidade e a trajetória
das ondas sísmicas e a sua direção
para obter imagens bidimensionais e
tridimensionais do interior da Terra.
Estudo do comportamento da
propagação das ondas sísmicas.
Tomografia Sísmica
Estudo da velocidade de propagação das ondas

sísmicas através de cartografia.
Velocidade MAIS LENTA → Manto mais Quente →
Material mais maleável → Estado de fusão
parcial (cor vermelha)
Velocidade MAIS RÁPIDA → Manto mais Frio →
Material mais rígido (cor azul)
Quando um feixe luminoso passa

de um meio (ar) para outro
(água), pode sofrer dois
fenómenos:
- Reflexão
- Refração (mudança de trajetória)
Com as ondas sísmicas ocorre um processo semelhante.

Ondas sísmicas e descontinuidades
Se a Terra fosse homogénea, todo o seu Mas tal não acontece. Como tal a trajetória das
interior seria semelhante, devido a isso, as ondas não é uma reta. De vez em quando ocorrem
ondas sísmicas propagar-se-iam numa mudanças de direção devido à sua entrada num
trajetória retilínea meio diferente.
Pelo facto de sofreram sucessivas refrações a trajetória das ondas sísmicas é curvilínea.
Trajetória das ondas sísmicas
As trajetórias das ondas sísmicas sofrem desvios devido às características dos meios que
atravessam.
As trajetórias das ondas P e S são curvilíneas. Como a Terra é heterogénea, admite-se que as
ondas sísmicas atravessem meios com propriedades físicas diferentes.
Logo que um raio sísmico toca

uma superfície de
descontinuidade, separando
dois meios de propagação
diferentes (superfícies de
descontinuidade), reflete-se
e/ou refrata-se, permitindo aos
sismólogos conhecer as
características dos meios
atravessados.
R R
As ondas sísmicas E
As ondas sísmicas
E
percorrem o F
percorrem diferentes
F
mesmo meio mas R meios mudando
L
mudam de direção A apenas de direção.
E
e de sentido
C Mantêm o sentido
X Ç
Ã Ã
O O
DESENVOLVIMENTO de uma ONDA SÍSMICA
Onda DIRETA: Onda REFLETIDA:

é a onda inicial, com é uma nova onda que se
origem no foco sísmico propaga, a partir de uma Onda REFRATADA:
e que não interage com superfície de desconti- é a onda transmitida, por
nenhuma superfície de nuidade, em sentido uma superfície de
descontinuidade, não contrário e no mesmo descontinuidade, para o
sofrendo, por isso, segundo meio.
meio em que a onda
reflexões nem refrações. inicial se estava a
propagar.
Ao passarem de um meio para outro com características físicas diferentes., as ondas sísmicas
alteram a sua trajetória. À superfície de separação entre esses dois meios dá-se o nome de
Descontinuidade.
Superfície de descontinuidade – Superfície

no interior da Terra que separa materiais
com diferentes composições e propriedades.
Superfícies de descontinuidades
O que sabemos?
- Tendência para o aumento de velocidade de propagação das ondas P e S com a profundidade é
comprovada através dos tempos de chegada dos diversos tipos de ondas originadas pelos
sismos.
- O aumento de velocidade depende das variações da rigidez e da densidade dos materiais.
- A rigidez aumenta com a profundidade devido à ação combinada da temperatura e da pressão.
- A densidade aumenta com a profundidade devido ao aumento de pressão que torna os materiais
mais densos.
Então, para que a velocidade das ondas P e S aumente com a profundidade é necessário que a
rigidez e a densidade dos materiais aumentem. Embora o aumento da rigidez tenha que ser superior
ao da densidade.
Ao analisar a fórmula podemos

inferir que a velocidade das ondas
sísmicas depende da densidade e
da rigidez do meio que estão a
atravessar.
Quanto maior for a rigidez- maior será a velocidade da ondas sísmicas
Quanto maior a densidade- menor será a velocidade das ondas sísmicas

As ondas P refratadas atingem a mesma

estação sismológica mais rapidamente
que as ondas P diretas devido ao material
que atravessam.
Como o material é mais rígido e denso no
manto a velocidade da onda é superior.
No início do século XX, a fronteira entre a crosta e o

manto foi demonstrada pelo geofísico Andrija
Mohorovicic. Ao estudar diferentes estações
espalhadas pela croácia, relativamente a um epicentro
a sul de Zabreb, situado a 40km de profundidade,
verificou que os sismógrafos de estações localizadas a
alguma centenas de quilómetro registavam ondas P
seguidas de ondas S, e depois, novamente ondas P e
ondas S. Porém, tal não aconteceu em estações
sismográficas próximas do epicentro
Em distâncias curtas, as ondas que viajam pela crosta são detetadas primeiro do que as ondas que
percorrem o manto. A distâncias superiores isso já não se verifica!
Mohorovicic verificou que as estações sismográficas mais próximas do epicentro registavam dois
conjuntos de ondas sísmicas P e S.
Mohorovicic propôs que o registo dos
dois grupos distintos de ondas P e S
era consequência da refração das
ondas numa descontinuidade. O
primeiro grupo de ondas P e S
correspondia a ondas refratadas e o
segundo a ondas diretas.
Mohorovicic propôs a existência de uma descontinuidade a separar um meio superficial, no qual as

ondas se deslocam com menor velocidade - a crosta- dum meio mais profundo onde a velocidade
das ondas é maior – o manto. Esta descontinuidade designa-se de descontinuidade de
Mohorovicic ou Moho.
Andrija Mohorovicis, geofísico croata, instalou uma rede de 24 estações

sismográficas localizadas em vários pontos do país. A 8 de outubro de 1909,
observou os registos sismográficos de um sismo cujo hipocentro se localizou a
40km de profundidade a sul de Zagreb, tendo estudado o comportamento de
dois tipos de ondas P.
COMPORTAMENTO das ONDAS SÍSMICAS
Distância ao epicentro: 50Km

Registo das ondas: 1min

Registo das ondas: 1,5min
Quanto maior a distância

ao hipocentro maior a
velocidade das ondas A Terra não apresenta
internas. um modelo homogéneo
e uniforme devido aos
materiais que a
constituem.
Registo das ondas: 2,7min
CARACTERÍSTICAS dos MATERIAIS
Quanto MAIOR a densidade dos materiais MAIOR Quanto MAIOR a rigidez dos materiais MAIOR
a profundidade. a velocidade das ondas sísmicas.
A velocidade (v) das ondas varia diretamente quer com a rigidez (r) quer com a compressibilidade
(k) do meio e inversamente com a densidade (d) do material atravessado.
A análise da velocidade das ondas P permite-
nos dizer que:
- A velocidade das ondas P segue o mesmo
padrão de comportamento das ondas S até
aos 2900Km de profundidade.
- Aos 2900Km de profundidade, as ondas P
sofrem uma brusca diminuição da velocidade
e as ondas S deixam de propagar-se, o que
confirma a hipótese da existência de um
núcleo externo líquido a esta profundidade.
- Aos 5150Km de profundidade, a velocidade
das ondas P aumenta significando isto que o
material do núcleo interno está no estado
sólido (rígido).
Descontinuidade de Descontinuidade de
Gutenberg Lehmann
SUPERFÍCIES de DESCONTINUIDADE
Correspondem a zonas de transição/separação de materiais de composição e características diferentes

Descontinuidade de MOHOROVICIC (30Km): separa a

crosta do manto.
Descontinuidade de GUTTENBERG (2900Km): separa

o meio sólido (manto) do meio líquido (núcleo
externo).
Descontinuidade de WIECHERT/LEHMANN (5100Km):

separa o meio líquido (núcleo externo) do meio
sólido (núcleo interno).
SUPERFÍCIES de DESCONTINUIDADE Descontinuidade de CONRAD:
separa a crosta superior (granitos) da
crosta inferior (basaltos)
Na zona de baixa velocidade -

Astenosfera (100-350Km)- supõe-se que
as temperaturas são suficientemente
elevadas para provocarem a fusão
parcial de alguns constituintes.
- É observada em várias regiões continentais a uma profundidade de 15 a 20 km, porém não ocorre
em regiões oceânicas
-A descontinuidade de Conrad delimita a crosta continental superior(SiAl) e inferior(SiMa).
SiAl - constituída por rochas leucocratas, ricas em sílica e alumínio, representadas por granito.
SiMa – constituídas por rochas melanocratas, ricas em sílica e magnésio, representadas por
basalto.
Zona de sombra sísmica
Faixa da superfície terrestre onde não se propagam ondas sísmicas diretas.
As zonas de sombra devem-se à refração das ondas P na chegada ao núcleo externo e na não
propagação das ondas S nessa zona.
Gutenberg descobriu ainda

que para cada sismo existe
um sector da superfície
terrestre onde é impossível
registar ondas sísmicas
diretas, isto é, ondas com
origem no foco e que atingem
a superfície da geosfera sem
sofrerem reflexões nem
refrações!
Gutenberg determinou que a distância angular desde a zona de sombra sísmica ao epicentro é
constante, situando-se entre os 103º e os 143º para as ondas P (ou entre os 11400 e os 14000km
de distância ao epicentro).
As estações sismográficas antes dos 103º do epicentro registam as ondas P e S diretas.

As estações localizadas entre os 103º e os 143º, não detetam a receção de ondas P e S diretas.
A partir dos 143º, as estações registam ondas sísmicas refratadas e ondas refletidas.
ZONA de SOMBRA SÍSMICA
As ondas S, a partir da descontinuidade de Gutenberg não se propagam e, por isso, todos os locais
que se encontrem a uma distância epicentral superior ao ângulo de 103º não as irão receber..
Camada “D” é uma zona muito ativa e enigmática,

localizada na transição entre o manto e o núcleo, com
uma espessura variável entre os 100 e os 200 km.
Através desta camada o núcleo transfere o seu calor
para o manto.
É a fonte das plumas térmicas.
Existem dois modelos para a estrutura interna da Terra
Modelo Químico – baseado na composição

química das rochas (o interior da Terra é
constituído por diferentes tipos de materiais).
Modelo Físico – modelo baseado nas

propriedades físicas das rochas. Devido às
elevadas temperaturas e pressões, as rochas
nem sempre estão no estado sólido (podem
fundir, estar semifundidas /viscosas ou líquidas
Modelo Químico Crusta
Camada mais superficial e fina da Geosfera. A
sismologia auxiliou na determinação da sua
espessura e composição litológica
Manto
Camada situada imediatamente abaixo da crusta,
com uma espessura aproximada de 2900km,
corresponde a cerca de 2/3 do volume da Terra.
Núcleo
Camada mais interna da Terra. Corresponde a
uma esfera com cerca de 3490km de raio, situada
a 2900km de profundidade.
Modelo Químico
Modelo Físico
Modelo Físico
Esta zona de baixa

velocidade não está bem
definida em todos os locais
da Terra e, por isso, não é
considerada uma superfície
de descontinuidade.
Alguns investigadores
defendem que esta não se
trata de uma camada
contínua.
Litosfera– engloba a parte mais exterior do
manto e a crosta. Pode ter uma espessura de 10km Mesosfera– zona compreendida
(limites divergentes) até 200km nos continentes. entre a astenosfera e o núcleo
externo
Astenosfera– situa-se
abaixo da litosfera e vai até
aos 350 km de profundidade. Endosfera– encontra-se a uma profundidade de 2900km.
Divide-se em duas zonas – núcleo interno e núcleo externo
Mas algo está ainda por explicar…
Como se formaram as
camadas concêntricas que
formam a estrutura interna
da Terra?
A origem do Sistema Solar…

Teoria da Nébula Solar…
Admite que todos os corpos

constituintes deste sistema se
formaram há cerca de 4600
milhões de anos, a partir de
uma nuvem de gases e
poeiras – Nébula Solar
Teoria da Nébula Solar…
Os planetas telúricos,
junto ao Sol, por
atração de partículas
mais densas
Os planetas gasosos, nas zonas

mais afastadas do Sol, pela
acreção de partículas menos
densas
Diferenciação
Aumento da
temperatura
Inicialmente a terra teria uma Acreção Compressão Desintegração

radioativa
estrutura homogénea, com uma
distribuição regular do ferro, do
níquel, dos silicatos e da matéria
menos densa
A temperatura aumenta devido:
- Acreção
- Compressão
- Desintegração radioativa

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Estrutura Interna da Terra

estrutura interna da Terra

O método da tomografia sísmica Tomografia Sísmica

Estudo da velocidade de propagação das ondas

Quando um feixe luminoso passa

Com as ondas sísmicas ocorre um processo semelhante.

Logo que um raio sísmico toca

DESENVOLVIMENTO de uma ONDA SÍSMICA

Onda DIRETA: Onda REFLETIDA:

Superfície de descontinuidade – Superfície

Ao analisar a fórmula podemos

Quanto maior for a rigidez- maior será a velocidade da ondas sísmicas

Quanto maior a densidade- menor será a velocidade das ondas sísmicas

As ondas P refratadas atingem a mesma

No início do século XX, a fronteira entre a crosta e o

Mohorovicic propôs a existência de uma descontinuidade a separar um meio superficial, no qual as

Andrija Mohorovicis, geofísico croata, instalou uma rede de 24 estações

Distância ao epicentro: 50Km

Distância ao epicentro: 100Km

Quanto maior a distância

Correspondem a zonas de transição/separação de materiais de composição e características diferentes

Descontinuidade de MOHOROVICIC (30Km): separa a

Descontinuidade de GUTTENBERG (2900Km): separa

Descontinuidade de WIECHERT/LEHMANN (5100Km):

Na zona de baixa velocidade -

Gutenberg descobriu ainda

As estações sismográficas antes dos 103º do epicentro registam as ondas P e S diretas.

Camada “D” é uma zona muito ativa e enigmática,

Existem dois modelos para a estrutura interna da Terra

Modelo Químico – baseado na composição

Modelo Físico – modelo baseado nas

Esta zona de baixa

Mas algo está ainda por explicar…

A origem do Sistema Solar…

Admite que todos os corpos

Os planetas gasosos, nas zonas

Inicialmente a terra teria uma Acreção Compressão Desintegração

A temperatura aumenta devido:

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