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Nero tx CONFLITOS DE LEIS COMENTARIO AOS ARTIGOS 14° A 65” DO CODIGO CIVIL Em anexo: Regulamentos Roma I ¢ Roma I @ Coimbra Editora 2009 Depésito Logal n.° 289 621/2009 Mai 2008 CAPITULO UE DIREITOS DOS ESTRANGEIROS E CONFLITOS DE LEIS SECCAO I DISPOSICOES GERAIS dos estrangeiros) 1. Os estrangeiros sio equiparados aos nacionais quanto 20 gozo de direitos civis, salvo disposicao legal em contrario. 2. No so, porém, reconhecides aos estrangeiros 0 s que, sendo atribuidos pelo respectivo Estado aos seus nacionais, 0 nto sejam aos portugueses em igualdade de circunstancias. J tem por e} de leis. Contudo, € essencialmente cor tos de leis & disposigdes au Alitos e também do dre a aplicagio das disposigées 5 designada pelo direito por oposigdo ao regime que, para certos efeitos ou em determi- jonais portugueses. Naturalmente que no pode- odas aquelas disposigdes incluir-se na parte geral ou mesmo no préprio diversidade © 0 contexto por vezes marcadamente criagio. Por exemplo, fazem parte do direito ada e a permanéncia de esiran- (0s ou 0 acesso a pres- 0. As disposigées que, a aquisigo de partcipapbes por estrangeiros no capi- smbém se inclufam no direito dos estrangei- proceder ao elenco de todas as normas que juridica dos estrangeiros em Portugal, pois essa dos direitos que o estrangeio pretenda fazer valet até recenteme tal de sociedades vos, De manei dos principios gerais adoptados pelo Estado portugués nesta mat sja compreensio importa ter em conta os artigos 12.° ¢ 17. do Tratado: {que institui a Comunidade Europeia (TCE) (ou os artigos 18° e 20° do Tra- indo em vigor 0 da Constituigo (CRP) e, finalmente, 0 pr6- 10 14," do Codigo Civi 3. A cidadania comunitéria € a no ‘0 artigo 20° do TRUE) dectara in iscriminagio. artigo 17° la Unido gozam dos dircitos ¢ esto sujeitos aos deveres previstos no A cidadania da. Unido, principio geral de proibigao das discriminagoes, ‘em razo da nacionalidade, consagrado no artigo 12.° (correspondente a0 lo TFUE) ¢ reafirmado em vitias disposigdes do TCE, impdem ao Estado portugués 0 reconhecimento de uma medida de equiparagio entre os por Cup. 1 ~ Dives econfas de leis 2 lugueses e os estrangeiros nacionals de qualquer Est Esta equiparagio tem por ef dir que disposi tuguesa estabelegam regimes especiais fundados na estrangeiros sempre que as mesmas tenham por efei ses oa desfavorecer os nacionais de outcos Estados-membros, direitos e liberdades reconhecidos pelo tratado. Por exempl avs referidos limites & pa ‘em procesto de seprivatizagdo, nal de Tustiga (Acérdtio de 4 de supressio por os mesmos const tado que, com base no efeito di cedia a uma interpretagao restrtiva daquel ios de outros Estados-membros, e esido sujeitos aos deveres do cidadio por thecimento ao estrangeito de wm aniverso imposicZo resulta para o Estado portugués do diteito intemacio 1 oquiparagio declarada no n° | da autigo 15:° da CRP pode ser mndamentais, cuja srvadios pela Cor cidaddos portugueses ( © primeizo ¢ imposto pela celagio estabelecida entre o principio get de euiproto «a noma que permite a reserva de dis, As a niio potlem assumir proporgd: ‘pio proclamado no n.° Conptios de Leis os nacionais de outros paises mem- ima referidos. E sobretudo neste dominio lisposigOes do tratado ser laterais entre o Estado por- jua portuguesa impdem o reconhecimento de direitos indo assim 0 alcance das restrigdes que se pretendam estabelecer por lei ordindria, A estes se refere 0 nS 3 do artigo 15.° da CRP. 6. Alcance da equiparaco nos contfitos de leis. O n2 I do artigo 14° do Cédigo Civil reafirma o principio da equiparagdo entre nacionais e estran- geitos previsto no n° | do artigo 15.° da CRP em termos substancialmente lentes. A gquiparacdo entre nacionais e estrangeiros 6 est © gozo de direitos civis. TOR iil contém varias nor- mas de cOnTMTDs QUE Tevarto, na maior parte dos casos, 8 aplicagio das dis. posigdes de ume lei estrangeita quanto ao gozo € a0 exercicio de direitos por parte de um estrangeiro que se encontre em Portugal ou relativamente ao qual sé coloque, em Portugal, um problema de determinacao da lei aplicével. Se, icar a capacidade de um cidadio argent para a celebrago em Pe g6es dos atigos 25 cagdo das normas de confitos. Ou sei do prinef riam as normas de conflitos, nomeadamente a do n.° 1 do artigo 31 lade? ) Uma eventual incapscidade resutane do di Cop. = Direites dos extrangeiros ¢ confi 9 7. Que esta niio era a c6digo e, acima de tudo, tal s6 artigo 15° da CRP. Conforme sagra um principio geral imposto nnidade da pessoa humana engui guesa, 0 aleanee preceptvo do a 20 do legislador resulta claro do prOprio igo também no & imposta pelo intemacional e coerente com a dig- fundamental da Repiblica portu- do artigo 15." da CRP no vai 20 ponto Ges privadas intemacionas 2 do artigo 15° per- mite que, através de acto legislativo, certos direitos e deveres sejam reservados 20s cidadios portugueses, o que seria suf justificar a ndo equipara- 20, por outro lado, as normas de conflites do sistema portugués, a0 mandarem atender & lei nacional (no exemplo referido) ou a outra lei estrangeira visam sobretudo salvaguardar interesses dos préprios estrangeiros (mas no apenas 4os estrangeiros) enquanto intrvenientes na situacio privada internacional e no proceder a qualquer favorecimento dos portugueses. As normas de conflitos por- {uguesas nio poderio assim, pelo menos por via do n. | do artigo 15: da CRP, regime que apresente uma conexio relevante ¢ estreita com a questi lar, respeitando assim 0 princfpio de justica fundamental na aplicagdo das no espago. 8. Neste enquadramento, o n.° | do artigo 14.%, ao iniciar a parte geral do direito de conflitos com o principio da equiparago, funciona como pressu- io das normas de conflitos. Na regulagdo das quest6es priva- 5. 0S estrangeiros so em geral equiparados aos portugueses, sendo reconhecida a sua capacidade geral de gozo de direitos. A partir dagui equiparagio tem por significado a sujeigdo de portugueses ¢ estrangeiros as soal sujeita is disposigoes 9. Pessoas colect do de disposigdes de di coneeito de nacionalidade as estrangeiros aparece frequentemente esse verificar se deter hna maior parte dos casos uma sociedade comes portuguesa, Nao existe actualmente no sistema portugués uma disposiglo geral sobre 5 pessoas colectivas. Com efeito, as pessoas colectivas que, por estatuto pessoal, se encon- ‘pessoas colectivas estrangeiro, mas que devam ter sede no reing e nele exercer o prin ‘cio, serio consideradas para todos os efeitos como sociedades nacion das as disposigdes deste Cédigo. Dado que 0 CSC, s se debrugou sobre a Jel pessoal das sociedades comer que o legislador disse mais do que pretendia zo revo- tigo 3.° do diploma preambular do ‘que se teportava & nacio- ia em vigor do artigo 110." I depende de sujeigio daquela revogatbria a interpretagio Jo fica integralmente resolvido 0 probleme da nacio- le das pessoas coleetivas, E que 0 artigo 110. do Cédigo Comen nas se refere as sociedades comerciais € nilo a todas as pessoas cotectivas. Na Gap. = Dire even con beie u a de outra norma, ser o mesmo artigo 110° do Codigo Comercial, desta feita vel py peito pela soberania de cada Estado impde que a determinago da nacio seje efectuada em termos meramente unilaterais. Deste modo, no caso de pes soas colectivas com sede no estrangeiro apenas se poderd afirmar que as mes ras no sfo consideradas portuguesas. Quanto a saber se devem ser conside- radas nackonais do pais onde se pelo direito da nacionalidade do iS onde se localiza a referida sede. 13, Reciprocidade ou retaliagao. © n° 2 do astigo 14° consagra uma limitagdo 20 reconhecimento dos direitos do estrangeiro quando, em face do direito do Estado da sua lade, idénticos direitos mo sejam reconhe- ceidos aos portugueses em igualdade de circu surtigo 14" deve ter em atenclo algumas distingdes. Em pr for reconhecido a um cidadio portugués porque no a 6 sequer atrib varia 0 seu regime a um limite geral ao fancionamento das normas de confli- tos pois determinaria que, aquando da aplicagio do direito estrangeiro designdo pelas normas de conilitos portuguesas, se procedesse a uma comparagio da solugio a dar a0 caso com a hipotética solugtio que resultaria para um portu- onfitos de Lats em Portugal portuguesa, dessa mesma diver- sobre @ esrangeiso uma especie de pu sidade de solugdes. On 2 do ). Diz-se a este propésito que sob a capa de reei- rismos de protecgao dos cit estrangeiro (dos quais 0 n° 2 do attigo 14." con: : 2 do artigo 15." da CRP prever a possibilidade de a lei ordi CRP), como sucede com os origingrios de paises de lingua portuguesa, cujo estatut © dos estrangeiros em geral. € mais favordvel do que 15. Em abono da tese da mnlam-se dois aspec- tos, um de natureza formal e outro dé one2 o artigo 15.° da CRP permite que a s exclu- sivamente aos cidadaos portugueses, podendo a rese! ‘consequente recusa aos estrangeiros resultam da n° 2 do artigo 14.° Isto é, tal reserva pode nfo se fondamer ‘qualquer quebra de reciprocidade. Neste perspectiva e do ponto de vista da a B on." 2-do artigo 15:° da CRP. 325) que se pronunciou no 17. Bibliografia. Sobre os aspecto se: Collaco, Isabel de Magalbaes, Di tados nesta anotagio podem con- in AAVV, A Unido Europeia numa er Machado, Joao Baptista, Liedes de direito i 1990; Miranda Jorge, Manual de di 1998; Pinheiro, Luis de Lima, Direi ieagdes, Sobre uma evoluglo recente do direito dos estrangeiros em Por- uernacional privado ¢ de direito processual civil inter- internacional privado Coimbra, 1998. Artigo 15: (Quatificages) A competéncia atribuida a uma lei abrange somente as nor- mas que, pelo seu contetido e pela funcio que tém nessa lei, integram © regime do instituto visado na regra de conflitos. 1. Qualificagio, referéncia selectiva e dépecage. As virias normas cons tantes da - mento de ligagio ter- secamente dependente itos a reconhecer a0 islador procedeu entio A seleccdo dos elementos de conexio ade pessoa, ora aos negécios, ora as coisas), de forma a desig- fea methor posicionada para a resoluedo do caso. nar a ordem jul 2. Por conseguinte, sendo varias as normas de conflitos (¢ as order consoante © instiuig que se visa regular, a refe~ 152 ao determinar de um determinado negéeio jurtdico que nessa ordem jurfdica sto aplicdveis & cap Imente determinem que 0 negé Assim se demonstra que 36 a solugio consagrada com © método seguide pelo direito de conflitos portugues, mente designado por dépecage ou fraccionamento, que consi a numa hipotética situagao privada para cada uma, da ordem ju {que tem como consequénci materiais potencialment exemplo, algunas nor soas, outras respeitardo a0 regime das obrigagdes contrat tos reais, outras ainda aos efeitos do casamento ou ao regime da morte. A operagio de qualificagdo € scmelhante 4 efectuada, no plano do intemo, aquando da procura da sede normativa adequada a regular uma a-se de subsumir os factos & previsio de uma ou vérias normas materials, naquele trata-se da subsunedo das normas raters as categorias previstas nas normas de conflitos. No primeiro caso. sificam-se factos, no segundo, classificam-se as normas aplicdveis aos factos. (Roma I), Poblicado no JO ne L 177, de 4 de ‘6 Congo de Laie nha na ordem j proceder@ 0, posteriormente, as razBes prossezuidos peo fe fem geeal, plo crador da norma, # sobretudo No primeizo caso, tratase elaramente de we ao passo que, no segurdo, de nora 1345 deve subsumir-se no deiros & luz. daqu: tem dono conhecido, podendo entzo 5. Para efeitos de g do & inrelevante a fonte da norma em causa ‘ou mesmo a sua insergo sister portugués, um exem- plo clissico & 0 do artigo 877: do Cédigo Civil que profbe @ venda a fillios ou to dos outros filhos ou nelos, sob pena de anulagzo. Tdo Livro H, rela- Cap. — Direitos dos sucess6ri to ndo é resolvida pelo artigo I operagao que nele se regula. de conflitos) integradas 10 sis ico portaguas, a it ceitos nelas utilizados deve fazer-se com rect Fiais portugueses. Te ser acompanhado de toda a carga no. tocante aos direitos real interno portugués que impede, por outro lado, que a norma de c afinal uma norma de previsio em branco, O direito intern ragdo geral ao instituto visado, devendo a lei concretamente competente preen- ché-lo de regime. Por isso se diz que os conceitos utilizados na previsdo da ©) Convengio de Roma sobre a Lei Apliosvel As Obrigasbes isado, 7. Determinacio do ol Consves de Leis Cap. It ~ isis dos exrangeivos © eon contratual (artigos 4° e seguintes do Regulamento Roma esta soluedo pode cond direlto estrangeiro, pois apesar do recurso as solugdes al e 17 de Dezembro de 2009 16° da Convengio de Roma ov 20 Confitos de Leis situagdo privada intemacional cabe, em primeiro (fio operada por cada uma das ordens juridicas pot ta caracterieagdo permite encontrar, sem os preconceitos impostos pela lei do foro, a sede (oui sedes) normativa do problema em causa. Segue-se a do conteiido e da funcéo que as normas juridicas da lei potencialmente aplicével ‘a em que se integram com vista @ sua integra glo num dos ito de conflitos portugués. Esti ‘assim determinada a norma de conflitos relevante ¢ efectuada a qualificagdo padendo passar-se & operagdo de concretizagio do elemento de conex3o que terd que remeter para a ordem juridica cujas normas foram integradas no instituro ‘cause para que as suas normas possam ser aplicadas ao caso. A representagio nos coniratos io da coeréncia em blemas na aplicago do direito estrangei dispersa 1 — Scienia luridica, Braga, 1991; Pinkeito, nacional privado, vol wernacional priva ponsabilidade pré-contratual em dire 1987; Vicent iernacional privado, Coimbra, 2001. Artigo 162 (Referéncia & lei estrangeira. Principio geral) Significa este prinefpio que, .operada por uma norma de conflit Cop. tt = Direitas dos exrangeirs e confltes de leis a excluindo, portanto, a consulta das suas préprias normas de conflitos © do seu sistema de referSncia a uma out a plo, a lex rei sitae € que se apresenta como mais ‘adequada para a resolugio dos problemas relativos aos direitos reais (artigo 46”) a referéncia efectuada pela norma de conflitos hi-de ser, em prin reza material s6 podendo ceder em favor lei em nome de outro prin io da regulagdo das situagSes privadas inter- nacionais. 2, ‘Teoria de referencia slob a da referéncia global significando ee sempre se poder defender que deve caber & ordem ji (que, afinal, vem a ser uma afirmacio sobre o Ambito de apli- [Neste ponto, colocam-se aos defensores da rejeréncia ‘lobal vérios dilemas: deve atender-se, ov ndo, também ao sistema adoptado pela Segunda lei quando ela prépria remete para direito estrangeiro (isto é, saber se a segunda lei também efectua uma referencia global) 0 que pode originar uma cadeia sucessiva de remissdes? Ou, pelo . deve limitar-se a consulta 3s normas de conflites da lei designada, excluindo as suas disposigdes re vas & remissio a uma lei estan ‘posigdes sobre devoluei0). Ou jndependentemente ou cumulativamente, deve atender-se, ov no, dda terceira ei, para saber se esta se consideraria competente? Por da L 1 for um sistema de referencia mate ‘Ide L 2. Tratando-se de um sistema de referéncia global procs 1rd que L 2 designa como compe- tente o direito de L 3. Porém, na perspectiva de L 1 haverd que determinar se apenas se procede A consulta das normas de conflitos de L 2 (caso em que simples 0 ‘que apenas determina a consulta das le L 3, mesmo que, em con- ente aplicado pelos tribunais de L 2. lo por grande ddoptasse o sistema que L 2, Mas agora haverd que di 120 sistema de refer L3,¢ logo L L 3, Se L 2 adoptasse o sistema d uedo simples aplicaria o di esignado pelas normas de conflites de L 3, caso em que aplicaria L 1. A ser © seu prdprio direita, Se L, 2, por sua vez, também adop- ‘dependente da solugao a fomecer pelo + fice final também dependente que as és leis intervenientes no ci na procura da resolugao do caso. 6. Outras regras de referencia material. A refer adoptada como regra ger E 0 caso do n® 2 do concluir que sempre que éstejamos pera rminagao da lei competente niio haven lugar mesmos no chegardo a ser aplicados. A tese de adoptada no artigo 42.° do Cédigo dos Valores Mi igo 20° do Regulamento (CE) n° $93/2008, do Conselho, de 17 de Junho de 2008, sobse a lei twais (Roma D (!), no artigo 24. Tamento Europeu ¢ do Consell 2s obrigagdes extracon Ey nde Leis de 1966, Lisboa volugio) em din de Col mal privado, Col pessoal dos stbditos britdnicas dom 1a da Faculdade de Direito da Universidade de Lis- io Baptista, Lides de direito internacional pri iro, Lufs de Lima, Diretio internacional privado, 1es dos, Direito internacional pri- Perter, al privado, Bole- 1962; idem, Lipdes vado, sumdiries, Lisboa, 1987, Artigo 172 (Reenvio para a lei de um terceiro Estado) 1. Se, porém, 0 direito internacional privado da lei referida pela norma de conflitos portuguesa remeter para outra legislacio esta se considerar competente para regular 0 caso, 6 0 direito interno desta legislagdo que deve ser aplicado. 2. Cessa 0 disposto no nimero anterior, se a lei referida pela norma de conflitos portuguesa for a lei pessoal e interessado resi- dir habituaimente em territério portugués ou em pais cujas nor- ‘mas de conffitos considerem competente o direito interno do Estado da sua nacionalidade. 3. Ficam, todavia, unicamente sujeitos & regra do n.” 1 os casos da tutela € curatela, relacdes patrimoniais entre os cdnjuges, poder paternal, relagdes entre adoptante e adoptado e sucesso por morte, se a lei nacional indicada pela norma de conflitos devolver para a lei da situagio dos bens iméveis ¢ esta se considerar competente. 1 eens armonia ures ners GET i ate a0 regime dos artigos eferéncia material consagrada no artigo 16:° \das as disposigbes de uma terceira lei (ou o iais da Tei designada ravés de uma suces- tos portuguesa, © artigo funci So de desvios que operam do seguinte modo: 0 1.” | leva & a aplicagio do 2 excepeiona a aplicagio do n° I, deter direito material da terceira lei, 0 1. tos do a mais adeqi der no contexto do 6 atipico, no se iden bal acima seferidos 10 entanto, 0 igo 17°, 0 que permite verificar que o sistema por icando com qualquer dos sistemas de referéncia glo- 2. Pressupostos do reenvio e cireuito de leis, So os seguintes os pres ssupostos gerais de consulta do artigo 17. primeiro que a norma de conflitos portuguesa remeta para uma segunda lei (L 2). Se as norma de conflitos portuguesa remeter ise de qualquer damental que o di ordem juridica. Hi entio uma total harmonia ene o sistema portugués eo da L 2, Pode ainda suceder que a L 2, embora remetendo para uma terceira lei (L 3), venha a julgar-se competente em virtude de posterior remissdo da terceira lei para a L 2 em conjugagio com a adopedo, pela L 2, de um sistema de referéncia global. Neste caso, verifica-se também que a lei portuguesa © esto afinal de acordo quanto & competéncia da L 2, nfo se jus ‘cago do direito materia Imente, pressuposto este que & ara a distingZo entre © Ambito de lei portuguesa, Se for 0 portuguesa e visa resolver no artigo 17.° E assim fun ago do sistema portugues, a consulta de um circuito logicamente completo de leis Por exemplo: ndo basta verficar que L 2 remete para L 3. fundamental ficar ainda qual a solugio dada pelas normas de conflitos de L 3. Se esta remeter para si prépria ou para L.2 esté aberto o caminho para a andlise do artigo 17.°, mas se devolver para a L 1 (lei portuguesa) jf 0 probl analisado por consulta dos requisitos previstos no artigo 18° Se, L 3 remeter para L 4, 0 cicuito nfo se apresenta completo e haverd que ver ficar para que lei apontam as normas de conflites de L 4. se para a 1.1, se para 26 onptos de Leis to que nio @ portuguesa, $6 neste dime caso poderd recor rer-se a0 artigo 17° designada pela norma de con ‘dos casos uma terceira lei (L 3), Para o efeito deve ‘estar preenchidas daas condigées: o sistema de L 2 deve considerar efectivamente de L 3¢ este deve considerar-se competente. A verificagdo, a tese da refer le L 3, por ser a a qual remete, Se também L 3 porque as normas de remetem para o seu proprio diteito. Se o sistema seguido por card L 3 jf que esta € a solugzo a 10s casos em que L 3 nfo remeta para o seu proprio. se competente por via indirecta (por exemplo ward L 4, devolvendo esta de novo para L 3). iugio adoptado por L 2 & deteninante para 0 caso. ‘A aplicagio de L 3 apenas serd aceitivel se L, 2 adoplar a tese da referéncia mate- “fo. Na verdade se L 2 adoptar 0 mura de Ld nfo 0 de L3, O preenchiment 1 do artigo 172 € to $6 aparente (L 2 igo de L 3 nfo se obteria a harmonia ida pelo legislador portugués. De facto, néo faria ‘que se considerou ab initio como @ mais em favor de ums terceira lei que niio é pelo sistema de L 2. Atendendo ao objectivo de har ica prosseguido pelo artigo 17°, nos casos em que L 2 nio aplique para o qual reimete deve passar a verificar-se se a lei aplicada por L 2 ‘se considera competente. Ainda no caso exposto, se L 2 aplicasse L 4 (por ‘dc uma devolucio simples para L 3) estaria preenchido om. { do artigo 17° se L 4 se considerasse competente sendo aplicavel L 4 ¢ nao L 3, = Dirsitos dos exrangeror¢ 5. Caracterizagio do sistema do n! I do artigo 17° Aa nsmissio de competéncia prevista no a. consagrasse a devo- lugdo simples ba cfectuada pelas normas de confitos de L.2. Nio € 0 caso. Para o efeto, necessirio que L. 2 aplique 0 direito de L 3 (ou de L 4 como se viv). Por out ado, no basta a solugio adoptada pelo sistema de L 2. & preciso considere competente, requisito este que coma on? | do seria imposto pela consagragio do sistema de 6. Reenvio e estatuto pessoal, Para a necessirio que estejam preenchidos fard sentido que se disponha no anterior. A estatui¢io do n° 2 do artigo deixe de ser L 3, para voltar a apficar-se L 2 de acordo com artigo 16." Para 0 efeito estabelecem-se dois re aacionalidade do individuo permitem, por sua vez, concluir que n." 2 56 € a evel quando se trate de questées relativas ao estatuto pessol das pessoas sin- {gulares com nacionalidade, Na verdade, como determina o n° | do artigo 31.2, 7. Assim, quando, em mi guesa € também o pats da resi sada go mandav atender ‘modo sucede se 0 sujeito tem residéncia babi considera competente (directa ov indirectamente) 2. Nestes casos, o legislador portugués abdica da harmonia obtida pela con- sulla do direto de Conftes do pas da nacionaidade, em favor da referéncia mate- dizer, alguma complexidade na determinacao da lei competente pois no permite a finalizaga da andlise a que se tenha chegado por via do n° I. Além disso, jto de este eft jueses o direito & heranga gio do n° 3 do artigo 17.” supie 0 3 abdiea-se de novo da preocupagio fo @ dar a0 ca80, Supde-se entio ‘bens possa conteibuir ‘em Portugal. Artigo 18° (Reenvio para a lei portuguesa) 1. Se o direito internacional privado da de conflitos devolver para o direito interno portugués, se trate de matéria compreendida no esta- tuto pessoal, a lei portuguesa s6 € aplicdvel se o interessad fiver em D portugués a sua residéncia habitual ou se a lei do pas desta residéncia considerar igualmente competente 0 dire portugues. 2. Quando, porém, interno I. Pressupostos do reenvi 10 17, para que possa ja devcugao Siva de dpendcia em face dt portagues a : forcncontads plo stein porguts) nar no Teme pao eto mes ports como exis on? Ido ang 18% mas sim pao i js Assim sendo, no se poder eos & efectuada por uma terceira | @i-L2—-L3—-L1 ruguesa se L 2 adopt portugues: a0 papel da tescei ivida quanto a este aspecto. As de devotug se quer L 2 quer L 3 adoptarem © arse que L 2 devolve pata o diteito interno portu- » 7 Congtios de bes twado por L 2 ¢ ay 10 melhor opinigo, ieito material por- L 3 que se apresenta no into do estabele- 10 de paralisagao da igo nos casos artigo 18° 10. A diferenga ndo & apenas formal. Ao exigir a concord s do pai dda residéncia habitual, on." 2 do artigo 18." € afinal mais exigente para a aceitagio do retomo do que o n° 2 do artigo 17. para a transmissdo de com- 2. do artigo 17.° nfo se exige que @ lei da apenas se deter~ ro haverd plo, 0 seu proprio determinada pelo Contrariamente, no caso previsto no aplicar 0 seu proprio dircito ja nao ia da lei portuguesa, determinada por via do jue a lei da residéncia habitual também ep. 1 — Dir sir ¢ conf 6, O interessado, Também aqui o interessado € a pessoa relativamente 4 qual é concretizado 0 elemento de conexio, jografia. V. bi jografia 1a antago a0 Artigo 192 (Casos em que néo é admitido o reenvio) 1. Cessa 0 disposto nos dois artigos anteriores, quando da aplicagio deles resulte a invalidade ou ineficdeia de um negécio 0. 2. Cessa igualmente 0 disposto nos mesmos artigos, se a lei estrangeira tiver sido designada pelos interessados, nos casos em que a designagao é permit Paralisagdo do reenvio e favor nege Go resultante do (portanto, o diteito material de L 2). Caso cevel segundo 0s artigos 17° ou 18, tum negéeio juridico ov a i a legitimidade do estado, prosseg\ tos da situagio privada internacional. A andlise da solugiio obtida através da aplicagdo de uma determinada lei nZo é, em geral, det a desig naglo do direito aplicivel. Por esta razlo se diz que 0 dizeito de conflitos & corm posto por normas formais dado que a generalidade da estatuigio das normas de expectativas dos sujei- favorecimento da validade dos negécios juridicos ou favor ne} consagrada pelo n° 1 do artigo 19.° permite concluir que no regime geral do te Leis te em saber se o regime nele ir. Nao haverd de determinar o dleito aplicavel a um ido ou de reconhecer 0 estado de ito competente € que se pretende regular, Serd o substancial a cessapio da devolugio mas sim um caso de i @ 18" Neste do favor neg: fa verdadeiro alcance da a lei designada deve ter-se por © determina 2 vontade das partes. ‘095 sujeitos ndo esto que ass a Direitos dos extrangeios ¢ em leis 3 tha directa do direito vés do aplicavel, podendo ef que designam. ainda Teles, Eugenia Galvio Teles, " normnas de conflitos", Estudos em homenagem ao Proj dos Santos, vol. 1, Coimbra, 2005. Artigo 202 (Ordenamentos juridicos pluritegistativos) 1, Quando, em razao da naci lade de certa pessoa, for competente a lei de um Estado em que coexistam diferentes sistemas legislativos loca reito interno desse Estado que fixa em cada caso o sistema aplicavel. 2. Na falta de normas de direito interlocal, recorre-se a0 direi internacional privado do mesmo Estado; e, se este ndo bastar, con- sidera-se como lei pessoal do interessado a lei da sua residéncia territorialmente unitaria, mas nela vigorarem diversos normas para diferentes categorias de pessoas, observar-se- sem- pre 0 estabelecido nessa legislacio quanto ao conflito de sistemas. 1, Ordenamentos plurilegistativos ou complexos de base territ lemas relacionados com a ts & ordenamentos plurilegisatives ou complexos. se de ordenamentos em que, no seio de um mesimo Estado, vigora verso sistemas normativos aplicaveis 2 rlagées de ct 0 aimbito de aplicagio de cada um desses sistemas depende do ten que 0 ordenamenta é de base territorial jf se 0 ambito de aplicagio dos snas de normas depende de categorias de sujetos est pessoal. Aos p 3. Apesar de -namentos em que vigoram vérios sistemas juridicos de fort Naqueles ca vado €, no todo ou em parte, de fonte Jurisprudencial (como sucede no caso do ordenamento do Reino Unido da no segundo caso, qual Nos termos do n.” 1 do artigo 20”, 0 prin- aloptado pelo legislador portugues in éria € 0 de que 1 se remeteu determinar qual o sistema normative ppara doterminar a ordesn estabelece que a dete se-i a0 sistema juridico dos Estados Unidos da Amé- im conjunto de normas destinadas a resoluga0 s, Para efeitos do ep. = Dirsios des privado unificado. Esta solugio resul de vatios paises & 1ar do Estado soberano para se proceder & consulta quer ordem jurfdica local 5. Residéneia habitual do imeressado. Finalmen ido, © n° 2 do artigo 20.° remete ent para feressado. Deste modo, a capacidade para casamento do cidadio norte-americano, com residéncis habitual em Los Ange- les, seria analisada de acordo com 0 direito do Estado da Cali sendo a nacionalidade suficiemte para a determinacdo de uma order sompetente na fala de 6. Residéncia habitual fora do pais da n: sagrada pela parte final do n° 2 do artigo 20. © nacional do ordenamenta plurilegislativo no re unificado ou do dlreito intemacional pri- vvado unificado, ou se apenas pode aplicar-se aos casos em que a residéncia habi- xual poss funcionar como crtério de seleegio de urna ordem jurfdica local, isto 6, aos casos em que o interessado reside no-ordenamento juridico complex de que € nacional. A favor da interpretagaa literal sempre poderé afirmar-se que pjectivo do legislador poderd ser o de substituir a referéncia & lei da nacio- nalidade em favor da residéncia habitual, que € conexio subsidisria ern maté- sia de lei pessoal (artigo 32.) dado terem fiearam esgotadas as possibilidades Ge deerminagio do dito competente no inercr do Estado da nacional io da ordem juridiea local competente, Leis sapacidade de francesa. pessoal competent 7, Devendo a parte final do n° 2 do artigo 20. apenas a es ‘ordenamento da como determinar ‘0 sujeito reside num * da Lei da Nacionalidade ('5): neste artigo, bavendo lades estrangeiras € ndo re iades, relevaré, na ordem presente uma vineulagiio do nacional de ordenamento pl varias ordens jurtdicas locais pot iveis € nio cesidindo 0 inte- ressado em qualquer delas dever aplicar-se squela com a qual mantenha uma vineulagio mais estreita. Assim, ao norte-americano residente em Lisboa, Tei do Estado da Califia, local da sua ep. ll ~ Direitos das cordem juridics Estado soberano. Neste caso, porém, nio se avangam cr ausEncia ou de dificuldade de determinagdo do sistema jos do Estado em causa. O problema nio as di ito pessoal pode dependes de urn si le uma combinagio de varios destes 9. Referéncia a ordenames mentos de conexio. 0 a nagdo do ordenamento plurilegi pode colocar-se a questo de saber se o mesimo alogicamente aos demais casos em se adopte a propdsito do sentido da referénci quem entenda se em Portugal 0 contedido de um ruado em Las Vegas a questio esti em sab uae (artigo 46°) € para o direito dos Estados ‘e splicagio ue aponta 0 elemento de conexiio No exemple citado, a norma de cor G08 Unidos da América deverd agora indicar directamente a ordem j Conf de Lets 38 Nevada, Optando-se pela segun mesmo exemplo, seria dinectamente efectuada para argutentar-se que o problema € estéril, pois afinal se chega a solugSes idén- ‘A solugao € coincidente sim quando inexista no oud indo O mesmo ‘com 0 abjectivo exclusive de que dio origem & false desig 2, Pressupostas da fraude. A existencia de Artigo 21. epende da (Fraude é lei) quando a modificagdo do Na aplicagdio das normas de conflites sio irrelevantes as situa- \encionalmente provocada com o objectivo de Hes de facto ou de direito criadas com 0 intuito fraudulento de evi- nilo essencialmente do objet a luz Noutro exemplo, se um nacional portugues se deslocar a Lon- tamento de acordo com o direito inglés, iberdade de testar segundo as dis- io havers ‘que também elemento de soja a lei do foro ou uma lei est fraude & lel poder nfo ser sancionada na ordem ju o este 0 caso, a aplicagdo do regime do artigo 21° afasiada que ela peé- de solugdes. Por cago da pessoa colectiva Aqui a coneado serd sempre real em virtude no sendo considerados os comportamentos tendentes Cap. = Dir a ragiio do casamento, 3s hajam mo exer- to de conflitos para a deter- minagio da lei competente. Por ex local, porque pretendem ver aplicada ao negéci podera haver fraude 2 lei Machado, Jofo Bay 1990; Pinheiro 2008; San Artigo 22° (Ordem piblica) 1, Nio sio aplicaveis os preceitos da lei estrangeira indicados pela norma de conflitos, quando essa aplicacdo envolva ofensa dos principios fundamentais da ordem piiblica internacional do Estado portugués. 2. So aplicaveis, neste caso, as normas mais apropriadas da legislacdo estrangeira competente ou, subsidiariamente, as regras do direito interno portugués. 1. Nocio e pressupostos. No artigo 22. vaguarda nsagra.se uma cliusula s 2 Conflos de Leis © modelo consagrado neste artigo é 0 da chamada ordem rica, pois a reserva apenas funciona como limite 2 solugdo competente e néo pela imposigdo a priori do regime consagrado portugues no, pot [ei estrangeira em todos a5 casos em que a mesma leve ut da que seria adoptada pel no processo de determinagZo ¢ aplicagio do direito estrangeiro, antes a um fendmeno de verificagiio eve 5. A ordem pifblica é necessariamente vaga. O seu contetido depend das, mar 0 Caso de acoro com os parimetros smiseidos pela lei comapetente. Por exem para ser parte num contrato que foi celebrado hd tem-se por relevante a sua lei pessoal eelebragio do 7. Ordem piblica e inconsti isposigdes da Iei estrangeira cor igo do foro (CRP), pois respeita mais & ave~ Jo serd aqui objecto de estrangeiro aplicdvel, 0 que & suagio do di disposigdes cons quaisquer cegras Independentemente di sempre se diré que do confronto ent fas normas. jona- 9. Ordem piblica ¢ normas de aplicagao imediata. Convém também distinguie a ordem piblica das ct mas de aplicagio necessiria, disposigées intemacionalmente v também designadas alsposigdes de ardem piiblica. As normas de aplicagdo ime- io regras ou conjuntos de regras materizis que se fazem acompanhar, fo de determinagio do seu imbito de iveis a um maior nimeto de ue 2 sua aplicagao Jo 38° do Decreto-Lei n° 178/86, de 3 de para ses em que o contrato de agéncia ruguesa, que 0 regime previsto no diploma para a cessagd0 to Se deseavolva exclusiva ou pre- ets ponderantemente em territario ional, ou 0 artigo 23." da Lei das Cléusulas Contratuais Gerais (Decreto-Lei n.” 446/85, de 25 de Outubro, na redacedo ada pelo Decreto-Lei n.’ 249/99, de 7 de Julbo) que impie a aplicagdo des dis- das & proteccio dos consumidares sempre que o contrato apre- portugués, independentemente da contrato. Como se verifica pelos também podem ter origem em ordens jus cordem publica, diatamente apliciveis no ée uma ponderagao de valores no caso conereto em face dos principios fundamentals do foro. 10. Consequéncias da ordem pitblica. O ios da lei estrangeira cuja apl ordem piblica internacional do Estado portugués. Est ser suficiente para a resolugdo do caso ou poderd dar origem a uma 7 ‘mas aplicaveis. Por exemplo, se a lei edvel consagrar um impe- dimento a0 casamento, por motivo discriminatério inaceitivel & luz da ordem jurfdica portuguesa, bastard 0 afastamento da disposigio em causa para se pos- a celebracio do casamento, Jd se a let estrangeira desconhecer 0 ins- ‘obrigando os sujeitos a permanecerem casados, 0 afasta- “ente no leva a aplicagao de qualquer regime juridico 229 determina a ina uma norma por viola¢ao da ordem piiblica no & odo 0 regime do instituto em que a mesma se integra. No exemplo do casa ferido, a capacidade bem como os demais impedimentos per- maneceriam regulados pela lei nacional de cada nubente (artigo 49." e n° | do bastando, como se referiu, afastar a norma que consagrava o impe- cimento discriminatoro. “ Cor priadas da lei est famente & segunda paste do n° 2 da protecgdo das expectativas (pio da conextio mais esieita, que se recorra te competente ¢ 96 depois & lei portuguesa. No caso em Portugal por nacionais de um Estado possivel 0 recurso as Deveriam entio ser aplicadas dda eesidéncia habitual comum ou 1 e achasse mais estetamente igo 52) antes ainda as da lei do conexa de haver re 12, Outras disposigdes sobre ordem pébliea. Viyoram na ordem isposigbes que se teferem & ordem publica. No so, por exemplo, do artigo 16." da Convencao de Roma sobre a Lei Aplicavel as Obrigagées Con igo 21° do Regulamento (CE) a.” 593/208, do Parlamento Europeu ¢ do Cor de Junho de 2008, \gBes contratuais 1) @), do artigo 17° da Convengo da Haia sobre a Lei Aplicdvel aos Contratos de Mediagio e & Representagdo € do artigo 26° do Regulamento (CE) n° 864/2007, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 11 de Julho de 2007, relative & lei aplicavel &s obrigagbes extracontratuais (Roma Hl) @), A ordem piiblica internacional é também relevante em matéria de reconhe- ‘cimento de sentengas. Vejam-se a este respeito, por exemplo, 0 n. 1 do igo 34° € 0.n2 I do artigo 57° do Regulamento (CE) n.° 44/2001, do Con- Iho, de 22 de Dezembro de 2000, relative & competéncia judicidria, ao ‘execugiio de decisdes em matéria civil e comercial, @ reconhecimento € nea a) do artigo 22° ¢ a alinea a) do artigo 23.’ do Regulamento (CE) rn? 2201/2003, do Conselho, de 27 de Novembro de 2003, relativo & com- poténcia judiciéria, ao reconhecimento ¢ & execugdo de decisdes em matéria matrimonial e em matéria de responsabilidade parental, a alinea f) do artigo 1096.’ do Cédigo de Processo Civil e a alinea 6) do n’ 2 do artigo V da Convengio de Nova Iorque sobre © Reconhecimento ¢ Execugao de Sen- tengas Arbitrais Estrangeiras de Roms pantie de 17 de Dezerbro de ‘de 2008, xo 99 J nL 177, dd de Publica tno de 2007 Cap. tt = Dirgias das a €confvos de ee a 13. Bibliografia. V. sobre este te Direito macional privado, Ci pontamentos sobre as © diteito internacional privado portugués e 0 artigo 21 Macau", Revista da Ordem dos Advogados, 1, 2000; ide privado, v . "Normas de aplicagio. como um método para o diteito internacional privado de protecgio do consuimidor no Brasil", Estudos em homenagem ao Professor Amiénio Marques dos Santos, Vol. 2005; Miranda, Jorge, Manual de Direito Const rome Ul, Coimbra, 1996; Otero, Paulo, "Normas administrat as transnacionais" Estudos em agem ao Professor Aménio Marques dos Santos, vol. I Coimbra, 2005; Ramos, Rui Moura, 0 direito internacional privado ¢ a Cons- sinigdo, Coimbra, 1979: ide cen droit portu- Estudos de diveito internacional privado e de direito processual civil internacional, Coimbra, 2002; Santos, Anténio Marques dos, Direito interna~ ional privado, swnérios, Lisboa, 1987; idem, As normas de aplicagdo tmediata no diveito internacional privado, Lisboa, 1991; Vicente, Dérie Moura, Da responsabilidade pré-contratwal em direito internacional privado, Coimbra 2001 Artigo 23° (Interpretagao ¢ averiguagao do direito estrangeiro) 1. A lei estrangeira € interpretada dentro do sistema a que pertence e de acordo com as regras interpretativas nele fixadas. 2. Na impossibilidade averiguar 0 contetido da lei estrangeira aplicavel, recorrer-se-d a lei que for subsidiariamente competente, devendo adoptar-se igual procedimento sempre que nio for possivel determinar os elementos de facto ou de direito de que dependa a designacao da lei aplicavel. terpretacao € aplicagio do direito estran; fandamental par ro. On | do e pertence. Se! 4 onpaos de Lets os érgios de aplicagio do pals em que tem origem, 0 dio apenas para a interpretago mas também para a reso de problemas relacionados com a aplicagio, em igor, determinada a competén- lar 0-cas0, na procura das nor guineense competente para zegul fem Portugal (artigos 55.° 52.) serd de atender aos costumes relevantes vigen- res na Guiné-Bissau. ‘Tratando-se, ‘da aplicagao do direito inglés haverd que procurar a jurispru- fel ao caso ow a lei escrita eventualmente existente, Em segundo fagio, ela nilo segue 0 disposto no artigo 9.” do Cédigo fando sujeita is regras e a0 método utiizado na lex eausae, Por exem- pretagio de uma regra legal do dieeto inglés seguird fundamental- feral rule. 2, A reconstituigito do pensamento legislative (n° 1 do artigo 9), nko ‘fan necessariamente parte do processo interpretativo, salvo quanto a um aspect: descoberta da fungio lisposigGes desempenham ‘ago nos termos do artigo 15° Mas ico opera com recurso as elementos for- 12 nos termos dest do pais estrangeizo, mesmo tratando-se de normas igualmente vigentes no Estado do foro pois podem ter aqui cutra interpreta. Tal poder suceder nos 8 aque se operou, apds a independéncia, a recep¢io do Cédig Nestes casos, n&o s6 haverd que ter em conta as alteragdes entretanto efectua- das 20 Cdigo Civil como também a intespretagio que efectivamente ¢ corrente no pars em causa, no obstante interpretagao diversa vigente em Portugal Finalmente, também 2 identificagio de lacunas e os processos relativos & sua integragio devem ficar sujeitos 2 ei designada jonalidade. ¥, também o princi icar-se na resolugdo de problemas rela- estrangeiro em face da Constituigao 3. Direito estrangeiro ¢ incon’ geral do n? I do artigo 23." que dev idade do direit sraneés, 0 tribunal portugués nio poderé dei Se, na lex causae, for permitido aos tribunais comuns recusar a aplicagio de uma segra com fundament a questo mas, para 0 ef 19 do seu proprio irangeiro, com funda- 0 direito estrangeiro deve ser Assim 0 impem a harmonia jurfdica internacional ¢ a necessidade de as expectativas ds interessados. 4, Determinacio, alegacdo e prova do direit do artigo 23. comega por prover a resolucdo de um problema ilidade de determinagio da dyel. Se assim for, haverd que jamente competente. Mas como se procede a essa determinagio? Hav nus da alegugdo e prova do direito estran- eito sobre as partes? Este artigo deve com 10 consuetudinirio, local ou estran- vel nfo depende de alegagio das par- tos sie vinculativas, devendo, sua aplicagio mesmo que as partes no © 8.2). Também relativamente & prova da exis- isposto no n2 I do artigo 348°, logo se obter 0 respe: ‘questo é de relevancia fundamental para a admissibilidade de recursos fun- Confitos de Leis retagio ou aplicagiio do direito estrangeiro que, caso con- ito Tei que for subsidiariamente deve fazer-se do seg gel ‘competentes, portuguesa, tal como se di se a seguinte biblio- Revista da Ordem dos Ligoes de Luis de Lima, Direito jo Marques dos, idem, A aplicaedo do Artigo 24° (Actos realizados a bordo) 1. Aes actos realizados a bordo de navios ou aeronaves, fora dos portos ou aerédromos, é aplicdvel a lei do lugar da respectiva te a lei territorial. 2. Os navios e aeronaves militares consideram-se como parte do territério do Estado a que pertencem. ima das disposigdes gerais lo dizeito de conflitos pretende resolver © problema da localizagiio no espago \dos a bordo de navios ov aeronaves quando estes se encon~ portos ou aerédromos e seja aplicavel 2 lei territorial, Nio existe uma norma destinada a definir o Ambito desta lei territorial, por opo- ap.) ~ Diretos dos esramgstos co F dle uma conexio espacial (e, nessa medida, no se contrapbe que & definid pelo contetdo). Por exemplo, se houver que stender a0 lugar negécio (artigos 36.%, 42°, 65:, ao lugar em que decor pal actividade cansadora do preju coisa (artigo 46.9 est acerca das siguas territoriais ou do espago agreo em que se ou a aeronave aquando da pritica do acto, e sempre haveria problema da lei aplicdvel quando tal acto fosse pi expressamente aos actos que ocorram quando © navio ou aeronave se encon- ‘rem fora destes lugares. 2. Navios e aeronaves militares. A segra do a.” | do attigo 24° sofre tum pequeno desvio no caso dos navios ou aeronaves guentemente, que ou aerédromos, navios e aeronaves te aeronave. 3. Direitos sobre navios ou aeronaves ¢ actos praticados a bordo. disposto neste artigo nio deve confundir-se com 0 que se dispoe do artigo 46.° Neste estahelece-se, icando também o principio do pavilho. No n. se antes de actos, relativos a pessoas ou a bens, bordo do meio de transporte ¢ no do meio de transporte enquanto objecto de negécios. 4, Bibliografia. V. Santos, Anténio Marques dos, Direito internacio- nal privado — sumérios, Lisboa, 1987 sEccAO I NORMAS DE CONFLITOS SUBSECGAO I AMBITO E DETERMINACAO DA LEI PESSOAL Artigo 25.” (Ambito da lei pessoal) O estado dos individuos, a capacidade das pessoas, as relagdes de familia ¢ as sucessies por morte so regulados pela lei pessoal dos res- pectivos sujeitos, salvas as restricées estabelecidas na presente seccio. A lei que vier a considerar-se [mas ndo apenas a estas) conferi para outras ordens ju inde as pretensdes de regulago no ambito de um 2. A lei pessoal proporciona ao legislador a refeséncia a esta categoria, evitando que se proceda, em cada caso, a designacao dos varios elementos de que nela se incluen. Por exemplo, no regulada pela lei pessoal st lei da ep. I Dives dos extrongciros da adopgio. A jas que, embora respeitantes as pesso: le previsias no digo como sucecle com 2 A capacidade das pessoas, por outro. Quanto sucessées por morte, & evidenle que as mesmas 86 gulares, Salvas as restrigSes estabelecidas, 2 capa seta ento regulada pela sua lei pessoal Gan ve fo Conptis de tals ses, E assim veio a ser do artigo 31.°, embor lei da residéncia habitual, disposigSo que subsiste ainda, pese er io demografica portuguesa se encontrar drasticamente modificada, car a lei da nacionalidade do individuo isposigo complementar das regras que se se em conta a Coavengio de Gene- 1 parte dos casos, ici pessoal, devendo que afinal wr dependente das compertncia da lei pessoal, como € 0 caso do artigo 28°, n.” 2 do artigo 31° igo 11.° da Convengdo de Roma sobre a Buropev e do Con ‘obrigagBes contratuais (Rom (0 processual ci lade pré-contratual em direito ternacionat pri 198; Vicente, Dirio Moura, Da respor Cop. 1 ~ Dietios dos exrangeiras €conftos de es 3 imernacional privado, Coimbra, 2001 Artigo 262 Unicio e termo da personalidade ju uma a outra pessoa ¢ estas tiverem presuncdes de sobrevivéncia dessas leis forem incon cdvel 0 disposto no n 2 do artigo 68." ‘entes, se as Weis, € apli- € do principio do respeito pela dignidade da pessoa humat es intermacionais. A todos € atrib personalidade se ad. (a? 1 do artigo 66. de 2002) das alteragoes 20 Code dit 3 décembre 2001, 36 Confos de tein sem mais de 15 anos © menos .cio de uma lei competente para ¢ essa no poderia deixar de sez 2. Determinagio © ambit feio da personalida se, € em que termos, mente 20 qual se coloca o problema da perda & no a uma event intertormente competente. De notar que a determinagdo destas prévias ou prejudiciais de outras que constituem questdes principais. E 0 que sucede, por exeraplo, com a necessidade de determinar os herdeiros na regulacao Icessio ow Com a verificago da possibilidade de contrair easamento pelo ige do ausente cusado, éncia incompativeis. On.’ 2 do artigo 26° is pessoais diferentes cia nelas estabelecidas forem incompativeis. igo nilo resolve o problema 0 de conexio. A remis- ago vertida no n.” 2 do artigo 68° que. 10 de solugdes materiais, ipo, esté assim legal- referida na anataglo a0 artigo 25° € ‘a adaptagdo 4, Bibliografia, V. bibl ind: Santos, Anténio Marques dos, Breves consideragdes s¢ wernacional, Coimbra, 1998. Artigo 272 (Direitos de personalidade) ‘tos de personalidade, no que respeita & sua exis- € As restrigGes impostas ao seu exercicio, é também aplicavel a lei pessoal. ‘mais das vozes, para a resolugio de questdes_ Cap, ~ Direas doe xtrangeiros © confites de leis 7 2. O estrangeiro ou apatrida nao goza, porém, de qualquer forma de tutela juridica que nao seja reconhecida na lei portuguesa, ela as restrigdes ao exercitio dos ditei- pessoal, embora com alguns Nomes Proprios e Apelidos violagdo aos direitos de personal a qual se ‘mantém nifo obstante a entrada em vigor do Regulamento (CE) n $64/2007, o Parlamento Europeu e do Conselho, de 1 de Julho de 2007, relativo a aplicdvel as obrigagses nea g) do n.°2 do artigo 1. expressamente ex. 28 obrigagdes exiraconiratuais que decorram da violagdo da vid direitos de personalidade, incluindo a difamagdo, Finalmente, importa consi- derar a limitagio estabelecida no n° 2 que incide sobre os meios de tutela pre- vistos numa lei estrangeira 2. Determinagio. Assim, os direitos de personalidade dos po so regulados pela lei portuguesa, segundo, fundamentalment autigos 70." ¢ segu — alei pessoal — com a qual o lesante I Por ter agido segundo a lei portuguesa, timamemte no con (2, Resolagdo da Assombleia de Repsb bra de gratia. V. bibliogra Artigo 28° s consequéncias da incapacidade) 0 celebrado em Portugal por pessoa que ido a lei pessoal competente nao pode ser anu- incapacidade no caso de a lei interna por- tuguesa, se fosse aplicavel, considerar essa pessoa como capaz. 2. Esta excepcio cessa, quando a outra parte tinha conheci- mento da incapacidade, ou quando 0 negécio jurfdico for unilateral, 10 da familia, ou das sucessies ou res- seja ineapaz se peitar 2 disposicio de iméveis juridico for celebrado pelo ineapaz em pais estrangeiro, serd observada a lei desse pais, que consagrar regras idénticas as fixadas nos némeros anteriores. Sentido e fundamento. © artigo 28° ravés do competente em 1c que \dade do negdcio a0 passo ql 9 iciona se a contraparte des- ds expectativa mente com= data da eelebragi posterior. lo com 0 lia e das suces- de solu- a tutela da contraparte. 5. Iméveis situados no estrangeiro, "0.n2 | do antigo 28° nO 2 nao ms Confizos de Lain 8 negicios Jepois efectuada non.” 3, aten- sagrando, nes que impede a aplicagdo do impede a invocagio da inval tivesse 0 negicio sido celebrado em Portes como se as referidas restrigSes previstas no n° 2 do artigo 28.° fi como limite directo 20 favor negotii consagrado pela Tet do lugar da celebra~ a0, lei do Ingar da situagZo do bem , Assim, se 0 negécio respeitar -ar 0 regime do artigo 28. ndo obs~ o pais da sua cele isivo € que 0 negécio possa ser considerado vilido de acordo ccom as disposigées do pafs em que foi celebrado, Nao podemos esquecer-nos de que a andlise do direito de conflitos desta lei, determinada pelo n° 3 do Cap. — Dirtos dos esr 8. Incapacidade resultante de outra lei. A aplicagio do artigo 28. 36 deve ser suscitada apés a determinagio da lei pes ineapaz, Se, por hipdtese, se concluir que 0 sujeito nfo € incapaz de acordo com e ide que porventura invoque & luz de qualquer outra order juridica, 6, desde logo, improcedente, nao havendo necessidade de fazer funcioner & desvio previsto no artigo 28° 9. ‘Tipos de invalidade. A referéneia de um dos contraentes niio deve licacdo, directamente ou as ¢ ainda aos contratos entre ausentes. Quanto ‘ocorrem também nos negécios por elas celebrados, independentemente da p ‘nvocar, perante uma pessoa singular ou outra pessos colectiva, a incapacidade resultante da sua Jei pessoal, como poders 2 pessoa colectiva invocar 0 desco- nihecimento da incapacidade de uma pessoa singular ou colectiva com quem con tarou, Em ambos os casos, € pe fer em conta 0s interesses de protecio do comércio juridico local e identificar a legitimidade ou ilegitimidade da cexpectativa do contraente na validade do negécio jurfdico. 11, Negécios entre ausentes. 4 no que respeita aos negécios entre ausontes as dificuldades parccem maiores. © regime do artigo 28." € 0 da aplicagio da lei do lugar da celebragio do negéci s casos, esse & precisamente o elemento em falta e cuja dete rio sendo impossivel, no deixard de resultar artificial. A concretizagdo do elemento de conexi0 @ na falta de escolha ¢ de residé sonsegindo re obrigagdes provenientes de con- ccomumt das partes, det ‘rato, dat lei do Ingar da sua eelebragio nos cor pragiio determinado por recurso a Scio pe ‘@ uma ordem a ideia de perfeigzo do negécio per toa de entre as varias relevantes, sem dano de maior para o fundamento da cone- sagio existente entre 0 negécio ¢ o comér- ‘tém uma disposigao paralela& do io de Roma seré substi Parlamento Europeu ¢ do Conselho, vel as obrigagbes sequéncias da incapacidade a ser os do artigo ‘casos, trata-se de disposigbes destinadas a proteger © dendlo fundamentalmente as disposigoes da do lugar da celebragio do negs- faram com 0 incapa, Convengio de Roma © d capacidade cas da Convengao de Roma e 13° no espage da Comunidade Euro- invocagio da incapacidade la Convengio de Roma derermint entre pessoas que se encontram a lei se, no monento da celebragao dé dessa incapacidade ou a desconke vez, 0 artigo 13 do Re; da sua parte. Por pe que num contrato celebrade bragio do contraio, 0 outro cor dade ou a desconhecia p 15, Comparagio entre o artigo 28. e os artigos 11° da Convengio de Roma e 13." do Regulamento Roma 1. © exacto aleance desta questi depende das semelhangas e das diferencas existentes ente estas normas. Quanto as semelhangas, todas visam evitar a invalidade do negécio jurtdico (mais pre- cisamente um contrato) resultante da incapacidade resultante da lei pessoal de um dos contraentes todas tém por efeito a aplicagio da lei do lugar da bragio do negécio. O seu regime niio se laters © aos pertencentes a0 dominio do di caso do artigo 28°, por imposigio don? 2 e pelas raz caso do artigo 11.° da Convengao de Roma, por via do Ambito directo estabe- 7 Config de Leis Cap. ~ Diretos dos esrangeiros¢ onfios de leis 6 serd o préptio artigo 11.° ou 0 artigo 13.2, respectivamente, que é direito de con- flitos uniforme naqueles orém, 0 regime dk ® da Convengiio de Roma e do artigo 13.° do Regulamento Roma I é apli diferengas que pesmitem ve inde dos neg ais Favor gular. ‘menor favor negot Roma I, eespectivamente, Assim, se, por exemplo, ros, que Ine foram entregues pelo ‘0 contrato poder ser invalidado por ceontrato deveria smento Roma I, a0 passo 0 eontrato dey Relativamente ao objecto do contrato, 0 artigo T1.° da Convengao de cestabelecem qualquer subs Roma e 0 artigo 13," do Regulamento Ror tagio no caso da disposigdo de bens a passo que 0 artigo 28.” ndo per 10s, excepto se os bens imdveis est iados em Portugal ou no pals da celebragdo. Adicionalmente, © artigo 11° da Convengio de Roma ¢ 0 artigo 13° do Regulamento Roma 1 ndo exigem, no caso de contratos cele~ uma disposigéo semelhante, como ‘Naturalmente que se 0 contrato tiver sido cele~ fio de Roma, ou em paises brados no sucede 10 1 brado e conform rsa dee considerages ns 45 So da Comissio de 22 de Dezembro de 2008 de 2009, nos termes da qual @ Roma tapi (01) Todos menos 6 Reino Ur 1 46 do Repl {CO08/261CE) pabhenga 99 JO 10, 6215 de ‘ivel ap Reino Uni. jinda que 0 contrato tenha sido celebrado fora da Comunidade Europeia e a solugio que con- sagram é indiferente da verificagao da validade do cot de conflitos da lei do lug: 17. Ambito de aplicagio da Conyensio de Re sal. A Convengio de Roma enrou em vigor em | sobre 0 disposto no artigo 28." do Codigo Civil o qual ni impedir ou restringir a aplicag20 do seu regime. Poréza, a an entre 0 artigo 28° e 0 artigo 11° da Convengiio de Roma no se basta com esta perspectiva, Na verdade, a uniformizacio do direito de conflitos prosseguida pela Convencao de Roma nio incidiu sobre a dominios da capacidade das pessoas sin ipio de favorecimer ios juridicos. Para os defensores desta tese seria pos: vel, por exemplo, salvaguardar a validade do contrato celebrado pelo in (pessoa singular ou col pacidade por impr promete a hatmonia jurfdica na interpretagio e aplicazao da Convengiio de Roma: 18. A Convengio de Roma vincula os Estados contratantes com caricter Universal (artigo 2.°). Quer isto dizer que a aplicagio das suas normas no depende da verificagio de ligagdes entre a situagio a regular e os pafses sige natirios. © artigo 2°, a0 referir que a lei designada nos termos da (..) c venedo € aplicdvel mesmo que essa lei seja de a criago de um di signatirios. Consequentemente, a Convengio de Roma teve por efeito a der rogagio (em certos casos a revogagdo) de todas as normas de conflitos ou nor: ‘mas auxiliares cujo ambito coincida com © das suas normas. Deste modo, a solugdo coerente com o espirito da Convengiio de Roma € a de considerar que (© resultado da aplicagzo vniforme do 0 favor negotdi, quer quando o impeca, Roma I, Nos termos do seu artigo 28°, celebrados apds 17 de Dezembro ¢ regul ‘de 2009 (} e, de acordo com 0 artigo 24.°, substitui entre os Estados-merbros fa Convengio de Roma, De igual modo, nos termos do artigo 2°, 0 Regulamento e Cap. = Ditcts dos esrangeirose eorflios de bis a Roma I tem cardcter universal e, por isso, sfo ircelevac vengao de Roma gos 35°, 41° 42° Artigo 292 (Maioridade) ‘A mudanca de lei pessoal nao prejudica a maioridade adquirida segundo a lei pessoal anterior. | adquirido a sombra da lei pessoal anterior. Deste mado, a pessoa que mude de nacionalidade (n° 1 do artigo 31°) ndo perde # maioridade que tenha alg rido por via da nacionalidade anterior mesmo que, de aconio com as disposi es materiais da fei do pafs da sua nova nacionalidade, no a tenha ainda atingido, Esta solugdo tem por pressuposto a validade dos negécios celebrados a0 abrigo do estatuto anterior, que se manterd, e por conse dos negécios que 0 sujeito venha a celebrar para 0 faturo. 2. Aplicagao da lei nova. Do artigo 2: antiga. © estatuto pessoal do res de idade e ndo as que so apliciveis aos menores, ima sucesso no tempo do conteiido con- se um postugués de 18 anos pessoas. Por isso a sucesso de estatutos no se confunde com a © sujeito nio poderia perder a do falecimento do autor No primeito caso, 0 estatuto esti ido, no segundo esta sus- [Em casos de dlivids a resalugio do problema da sucesso de estatutos fps efectur-se com recurso 20s princfpis geras que resolver os problemas relativos & sucessdo de leis no tempo. 4. Concurso de leis. Nio deve confundit-se a sucessio de estatutos pessoais potencialmente aplicdveis. O artigo 29:° no fo para, no easo do plurinacional, determinar qual das naciona- iades deve terse por relevante, Por exemplo, se houver que determinar a lei civel o disposto no artigo 29.8, mas sim (v. anotagdo a0 attigo 31). Neste de 19 de Ages 00, de 13 de Cop. If ~ Direitos dos exrangeran € conftos de ets ® hd sucesso de leis pessoais mas sim uma dup mento de conexiio, gratia. V. bi (Tutela e institutos andlogos) A tutela e institutos andlogos de protecedo aos incapazes é apli- vel a lei pessoal do ineapar. 1. Fungo. # a funeio de protcg tos em causa, que determina a solugdo p do que sucede pesvoal do incapaxprevalece Sobre qualquer outta das pestoal € efectuada com recurso ts regras de 13 de Novembro. 3. Bibliografia. Artigo 31. (Determinacito da lei pessoal) 1. A lei pessoal é a da nacionalidade do in 2. Sao, porém, reconhecidos em Portugal, os negécios juri Cap, tl = Dirt dos 03 €conflos de les 4 0 Conf de Lets formidade com a lei desse pais, desde que esta se considere compe- tente. la lei pessoal das pessoas singulares. Para a deter minagtio da lei pessoal das pessoas singulares, 0 legislador partugués optow pelo elemento de conexio nacionalidade. As razGes para esta preferéncia, em detri- jcara quer em preocu- vado, quer em aspectos re ntal que aponta para a preferéncia sido ponderado o elevado mimero de portugueses residentes no estran- ado o direito portugués, em questdes colo- ugueses. Assim, # opelo pela lei da nacionalidade ser a maioria dos casos €as0, plicagdo da sua prépria independentemente das vi jo de coisas, parém, pelo menos no pela naci imero de estrangeiros residentes em cada vez mais crescente do direito direito de conflitos portugues niio ma aplicabilidade a lei da residéncia babi- jamento esté também esteeita- 12° determina: "7 i do pais do s provid polo De £45201, de 1 de Ontubro de 1960, pats de residéncia. 2. Os di de cada Estado, para a qu iberdade. Deste modo, perguntar © comprovar q\ foram concretames wuidas 20 suje 2 25004 de 19 de Confltes de Leis tender-se a0 disposto nos artigos 27° ¢ 28° da Lei da os dispdem 0 seguinte: Wu mais nacionalidades ¢ uma dslas for portuguesa, 96 Artigo 28° habitual. J se o mest resiir haitualmente em Portugal, 10 imeiro dos critérios fornecidas pelo artigo 28.", devendo s aquele com 0 qual 0 individuo podendo esse vinculo coresponde au des que 0 suje! : Nacionalidade (a residéncia habitual ¢ a conextio mais est lades em presenga. A aplicagdo destes critérios aos io da paridade de tratamento curso entre a nacionalidade portuguesa € nacionalidade(s) estrangeira(s). O mesmo niio suede com o disposto no artigo 27.° que, tra- centre a nacionalidade portuguesa ¢ uma ou mais nacionali- referencia pela nacionalidade portuguesa. Por e em Portugal a lei aplicdvel capacidade de um cidadio esidente em Franga, este artigo determina que prevalece portugués ¢ fran cop Direitos dos esrangeres conpvos de es B @ nacionalidade portuguesa, Ou seja, a escolha da depende to-somente de se tratar da omo sucede no artigo 28° lade). A soluedo consagrada pelo artigo 27." da Lei da Nacionalidade € compreensivel. Ela tem por efeito que um plurinacional portugues e esiran- ro nunca seré considerado estrangeiro quando se encontre em tervitirio por- tugués ou perante as autoridades portuguesas. Porém, a spassar este problema é possivel apontar as seguin igo 27° da Lei da Nacionalidade aos conflitos de © disposto no artigo 28° da mesma Tei, caso em que 0 artigo 27° apenas seria aplicivel no dot do individuo com as autoridades portuguesas ov artigo 27. da Lei da Naci ional portugues € ue que aquela conexZo aponta para a prevaléncia da simplesmente fazer ceder os referidos principios dizeito intemacional privado perante os do dire dl plenamente justificam a sclugZo constante do tugal os negécios do estatuto pessoal celebrados ao abrigo da lel da sua outra nacionialidade, em termos anilogos aos previstos no n° 2 do attigo 31°, que dé relevo ridades belgas, de compor 0 niomie dos filhos de Carlos Garcia Avello, nacio~ nas belgas © espanhois, de acordo com o direito espanh lo 0 qual os sujeitos usam o primeizo apelido do pai seguido do apelido da mie. ConfvosdeLeis tiga da Comunidade 1n® C-369/90 que opunha M.V. Michelet ¢ out cen Cantibria (Acdrddo Michelett). © caso 1m ao pedo de deci- em Espana, a ‘A preferéncia pela nacionalidade anger recusido, a um cidadio também possuidor de uma nacionalidade de um Estedo- 0. pelo facto le outros elementos que tum dos palses de rentemente a repereussiio do Acdrddo Mi Jeis é diminuta, na medida em que apenas sdades comui rio da Comunidade Europeia, ver todas questdes a si respeitantes regu (e até indirectamente imposto espanol manda aendet op. ~ 0 -Pelas regras de direito comunitério) que a doutrina do Acérdio Miche! estenda plenamente aos conflitos de leis, relevando, na Comunidade, sempre a nacionalidade europeia, Esta solugdo €, por enquanto, discutivel mas eré-se que corresponde ao sentido da evolugio do cada vex mais tra fando a Europa como um pats, ¢ € coerente com 0 principio de que uma pes+ soa nio pode ser traada como estrangeira, no pals da sua nacio dio de um pats com Comani como no Europeu, Ad - como a propés 31 consagra a lei nacional. Com funda- um desvio a mento na necessidade de proteger as exp alguns, os direitos adquiridas, a ppara 0 reconhecimento de certos fem vez da lei da nacionalidade do eressedo. A aplicagio deste ndmero s6 se justifica quando, por a lei designada no n° 1, 0 negécio seja considerado invlido ou ineficaz ao passo que material da lei da residéncia habitual, © n.°2 do , Sera reconhecida a cial de casamento validamente celebrado por portuguds na ‘Venezuela, pais onde reside, mesmo que esse casamento nio seja considerado vilido de acordo com a lei portuguesa por verificagio de um impedimento ‘matrimonial desconhecido desta tei (artigo 49°, n° 1 do artigo 31° ¢ n° 2 do artigo 31.2), desde que nio haja ofensa da ordem piblica internacional do Estado portugués, 11. Sao varias as propostas da doutrina no sentido da interpretagiio exten- ra consagrada ne n® 2 do artigo ressado, justificada segundo as dis residéncia, Assim, tem sido riais Gn'Iei da residéncia habittial nas seguintes situagdes cia habitual do interessado ndo se considera competente mas aplica as dispo- ©) Ve supra a2 Conftos de Lele % hase ect «pros da intereagan 60 aigg 27° da La da va ne sagiio do Acér- ;cionalidade do individuo. 1 referida em anotago 20 artigo 25° de prestagio de s de conf brs, 2006 Santos Anténo, dos de dlireito da nacions lade e efectividade”, Bstw- ide, Coimbra, 1998. Artigo 32." (Apétridas) 1. A lei pessoal do apatrida é a do lugar onde ele tiver a sua residéncia habitual ou, sendo menor ou interdito, 0 seu domicilio legal. Ft : 2. Na falta de residéncia habitual, € aplicdvel o disposto no n 2 do artigo 82." io da lei i je nacionalidade, 1. Determinagio da lei pessoal dos apitridas. Na falta d mn alee, em gel esidencia habitual do intresado a i = Direwes dos esrangeras ¢ confit de tes n «dos suigos, menor de acordo com esta lei e domicliado legalmente na Suiga? 2. Coneretizagao do dor legal. Para responder a esta questo importa considerar que © domi deve, tal como sucede com a nacto- nalidade, ser coneretizado por recurso & lex causae, pois coresponde a um cate. goria juridica cujo comteddo pode variar de (© domictlio pode cor- responder 20 pafs onde se reside — v. 0 dor rente dom mnalmente, incapacidade resulta ‘que, para a aplicagzo pacidade resultem das Consequentemente, ido 0 domiciio seja sujeito néo seria considerado menor segundo a lei portaguesa, pressuposto essencial, quer para a aplicagao da norma material relativa ao domicilio legal, ‘quer para efeitos da parte final do n° 1 do artigo 32.° J4 se ambas as considerarem 0 interessado menor ov interé léncia 4 lei do domicilio tegal, como claramente resulta deste artigo, tomando 0 exemplo acima descr jo na Suiga) resta saber como proceder se da residéncia habitual considerar 0 sujeito eapaz. lade que resulta da part parece apontar no sentido de ser dada prefers esta que manifesta um espe Tesse na proteceao do incapaz pectiva). Porém, a interpretapiio maioritariamente proposta pela do Finalmente, yalogicam |, quando esta seja 1. Deste modo, as ntos de conexio sub- tiga 32° pode 13 negativos de residés {que milo 0 (Pessoas colectivas) 1. A pessoa colect se encontra situada a sede principal e efe 1a tem como lei pessoal a lei do Estado onde da sua administracio. 2. pessoal compete especialmente regular: a capacidade da pessoa colectiva; a constituiciio, funcionamento € competéncia dos seus érgios; os modos de aquisico ¢ perda da qualidade de associado € os correspondentes direitos e deveres; a responsabil va, bem como a dos respectivos érgos e mem- transformacdo, dissolugo e extingio da pes- soa colectiva. 3. A transferéncia, de um Estado para out da sede da pes- soa colectiva nao extingue a personalidade juridica desta, se nisso convierem as leis de uma e outra sede. 4. A fusiio de entidades com lei pessoal diferente é apreciada em face de amas as leis pessoais. Lei pessoal das pessoas col 10 nica, 0 regime espe emacionais. A nog pelos ay nha parte em que sujeila certas mat igrada dos cipal, Promover 0 registo do eontrato pelo gual a Soc 4, A sociedade que tenha sede efect » Gonpttos de Leis de sede do estrangeiro para Por 10 permite conclvir que a det bem como os problemas 1 ude desconsideraria os especiais colocando-as a par de mam a natureza de sociedades comerciais, serdo submetidas a regra do artigo 32° do CSC quando se coloque, em situagio privada internacional, a questio da aplicavel 2o seu estatuto pessoal, Estas empresas, por se integrarem no sector cempresarial do Bstado, estado imperativamente sujeitas ao regime do Decreto-Lei 12? 558/99, de 17 de Dezembro (%), na parte em que este vincula 0 Estado por- ica estadual, detenkarm participago maioritéria ou se encon- rroutra situa que Ihes comfira uma influéncia dominante, 5. Outras regras especiais. Existe ainda legisiagio especial que prevé requisitos relatives & ura € ao funcionamento das socieda- (9) Nkerado pelo Dooreto-Lei n* 30072007, de 23 de Agosto Cap. ll ~ Dircton das exrangciror ¢ confives de leit an lamento (CE) n* 1435/2003, do Conselho, de 22 de Julho de 2003 a enttada em vigor destes regulamentos, na fata de disposigdes expec civel & sociedade europela 0 regime das sociedade de atender ao Regulamento (CE) n.* 1346/2000, de 29 de Mi lamento (CE) n.° 694/2006, de 27 de Abr insolvencia, le ou (vi) 0 centro de exploragio. A ogo ‘8 problemas suscitados pela fraude & Jee per- i pessoa colectiva coincida com 0 local do ex antagens, por com- ndamentalmente se ‘corrent, os suijitos tendem a designar como tiigdo, Neste pats siio igual- , substancials e de registo das pessoas 10 geral da pessoa colectiva também ja, A determinacao da sede real "om efeito, a localizagio do centro permite as sociedades com sede estatutériz em Portugal que opo- terceiros a sua sujeigZo a lei diferente da lei portuguesa, mas esta sal- wrda no esti consagrada no artigo 33° do Cédigo Civil. (6) Solugio adopt polo $11 do antigo 9 do Cocigo Chit espana. Cap. lt ~ Birelios dos esrangeiros «confi pésito da interpretagao das regras relativas a0 artigos 43.2 e seguintes do Tratado que in: comespondentes aos artigos 49.” e seguintes do Tratado sobre 0 Funcionamento da Unido Buropeia [TFUE]), mais precisamente quan do TCE {artigo 54,° do TFUB), na medida em que equipara as sociedades consti de acordo com a ordem j gulares, para efeitos do exercicio daquele direito. No acérdio de 9 de Margo. 4e 1999, relativo ao processo n° C-212/97 (Acérdio Centios), 0 tribunal con- siderou que as disposigdes do TCE se opdem a que um Estade exercer actividades comerciais, quando a sociedade em causa exercer a totalidade da no que respeita&iberagdo de um capital minimo. Nao obstante tratarse de uma situago cuja intemacionalizacZo se deveu, aparentemente, a uma intengao frau- dulenta, 0 TICE, embora tenba reconhecide aos Estados-membros a possi sade de tomar medidas adequadas para prevenir ou sancionar as fraudes, no que se refere & propria sociedade (..) como (1) pretendem, na realidade, através da cor Imir-se ds suas obrigagdes perante credores privados ou no territério do Esiado-membro em causa, considerou improcedente a argu- rmentagio das autoridades dinamarquesas e decidiu em sentido desfavordvel as suas pretenses. Posteriomente, o TICE reforgou a jurispruléncia do AeSrdao Centros em mais duas importantes decisées: © Acérdio de $ de Noverny de 2002, proferide no processo n.* C-208/00 que opunha a sociedade de di neerlandés, Uberseering BV & Nordic Construction Company Bavmanagement cont Cap. ~ Diritas dos exrangeiro © confitos de leis as do Cédigo Comercial porque este apenas se re no a todas as pessoas colectivas. Desta feita, administra soas colectivas cuja sede esteja em Portugal e aqui exergam a sua prineipal actividade, Relativamente & determinagio da nacionalidade das pessoas colec- tivas que no devam considerar-se portuguesas por via dos cesta jurisprudéncia necidos pela lei do pais cuj i da atribuigio da naci com sede no estrangeio ideradas portuguesas. Quanto a cdo um pal conted do vinculo de cidadania, como sucede, por exemplo, com os diri- 0 por geval sobre a determinago da nacionalidade das pessoas Além daquelas matérias, hd ainda a ina portuguesa apresentado funda- oginica, eferida no inda: a capaci jos nio obrigacion: fata de design de outa (igo 40” do mesmo portuguesa. Seriam assim portuguesas as pes- fosse regulado pela lei portuguesa. iproximados, consiste em recorter ao disposto no apressamente revogado pela alinea a) do nV idéncia com a let pessoal que 52/86, de 2 de Setembro, diploma que apro- rnormalmente designada nos termos do n° I do anigo 3° eo CSC ou do dispunha 0 seguinte: as 1 I do artigo 332° do Cédigo Civil, os quais nio ex do artigo 3.° do Decreto-Lei n. you 0 CSC, O artigo 110° do Cédigo Comex Cap. tl = Dircitus dos exrangeirase confltos de kis ar de principal e efeetiva da sua administragao & nforme acima referido, as avtoridades junto das quais, rento tendente 2 constituigg0 da pessoa colect to interno, presumindo que a sede indicada nos est recem apontat no sentido da sue 20 imporem a conformagio do contato com inga de sede, de crer que as auoridades Contribute para o diet internacional privado das pessoas colectivas", Revista da sagdes caravela ¢ Eurobon ‘do Céidigo das Sociedades Comer io Marques dos, 1987; idem, "Algumas refle~ to internacional privadio e em 1998; idem, "Nacionalidade ¢ efectividade”, Estudos de Artigo 342 (Pessoas colectivas internacionais) A lei pessoal das pessoas colectivas internacionais é a desig- nada na convencaio que as criou ou nos respectivos estatutos e, na falta de designagio, a do pats onde estiver a sede princi 1. Pessoas colectivas internacionais. As pessoas colectivas nai referidas neste artigo nio so quaisquer pessoas cok 6e intemaci 0s 3, do Cédigo das Sociedades Comerciais (CSC) ons 1 do artigo 33° Aqui de acto de direito internacional (como umm acordo sim (ou ainda das que si criadas no Ambito de uma pessoa col previamente existente. So exemplos do primeiro tipo a NagGes Unidas, a Comunidade Europeia, a Or dos Negécios em Africa (OHADA) e do segund Central Europeu. ipo, a UNICEF, ou 0 Banco 8s Conptos de Leis we ls demais pessoas cou indirectamente, a vontade dos seus designada na convengo ado i i designada nos estatutos e, finalmente, ipal deve ser a sede est mente Pessoas privadas E duvidoso que este artigo se apli- que também as pessoas cole wvadas internacionais, como € 0 caso da FIPA, da UEFA e de outras organizagSes deste tipo. A resposta deve ser fa. Os especiais fins destas en im a sua sujeigdo & regra jomia da vontade \V. bibliografia referida em comentirio 20 artigo 33.7 SUBSECCGAO IL LEI REGULADORA DOS NEGOCIOS JURIDICOS Artigo 35° (Declaracéo negocial) 1. A perfeicdo, interpretacao e integragio da declaraciio nego- io reguladas pela lei ay substincia do negécio, a qual vel A falta e vicios da vontade. como declaragio negocial € ual comum do declarante e do lugar onde 0 compor- da residéncia hi falta desta, pela 0 como meio declaratério € igualmente da residéncia habitual comum e, na falta desta, pela lei do lugar onde a proposta foi recebida. |. Ambito relago com outtas fontes, No que dz respeito as obrige- 88 Roma sobre a Lei Apl de Dezembro de 2009, pelo lamento Europeu e do Conselhy rigagdes contratuais (Roma do contrato, hé ainda que considerar 0 di dda mesma c hipoteticamente partes podem razoavelmente ia de-um negécio que, na sua pers- do aos interesses em presen ‘lo contar com a apicapio da tei da sul da verificagio do portamento das partes, ou & sua auséncia, conduta ou com cuja aplicagio poderiam co lage nos consratos da coeréncia em rernacional pri- 0 contrato internacional de dos em home "7002: Cello, sabe de Magali ido. Aspectos fundamentais, Lis- do, Das obrgogie » "Compra © vende internacios Revista de Direito ¢ Eo Sociais, 1988; Comeia, A\ consideracbes sobre vvencio de Roma de 19 de Junho sobre a Lei Aplicdvel as 0% twais", Revista de Legislacda e de Jurisprudéncia, 1989-90. : 2000; Jtinior, Edvardo Sam- Estudos em homena Professor Anténio Marques dos Santos, vol. 1, Coimbra, 2005; Macha Baptista, Ligdes de mat privado, Coimbra, 1990; Pi inflagao e moed dores*, Revista da Ordem dos privado, vol. 11, Coimbra, usulas tipicas dos contatos do comércio inte _ Revista ito da Universidade de Lisboa, XLLV a0 contrato de tral dos, Direito internacional , Lisboa, 1987, no direito inter: ,"Algumas con- wl privado em Por ide pré-contr forgo dos conates Cadernos de direito privado, 3, ou Direito internacional privado, Ensaios, vol. 1, Coimiora, 2005; idem, "Des rernacional privado, onal privado no vol. 1V. aplicsivel aos contratas publicos intermaciona «la Revista da Faculdade de Direto da Universidade de Lisboa, 2006. Cop. ~ Dire dos extrangeirs € 91 Artigo 36. (Forma da declaracao) A forma da declaracdo negocial é regulada pela lei aplica- vel a substincia do negécio; é, porém, suficiente 2 observancia da lei em vigor no lugar em que é feita a declaracdo, salvo se a lei regu- ladora da substancia do negécio exigir, sob pena de nulidade ou ineficdcia, a observancia de determinada forma, ainda que 0 neg6- cio seja celebrado no estrangeiro. 2, A declaracio negocial é ainda formalmente valida se, em vex da forma prescrita na lei local, tiver sido observada a forma prescrita pelo Estado para que remete a norma de conflitos daquela lei, sem prejuizo do disposto na ditima parte do mimero anterior. 1. Ambito e relagdo com outras fontes. Este artigo foi derrogado pelo artigo 9.° da Convengio de Roma sobre a Lei Aplicavel as Obrigagdes Contratuais (5), no que re determinacao da lei aplicivel & forma dos do em vigor de 17 de Junho de 2008, sobre (Roma 1) G), a forma dos cor passard a reger-se pelo artigo € do Regulamento Roma I, desde também que niio se encontrem sujeitos a legislago especial ea harmonia ji validade dos alternativas. © e tancia, a do local em que é et clo de salvaguardar a izagio da técnica das conexdes “ em anexo A Resolusdo da Assombloia da Repéblicn n' 394, de 3 de Feve retro, Y. quanto sua ena em vigor 0 aviso n° 24094, de 19 de Setembro, (©) Publeado n0 10 n> L177, de 4 de Julho ce 2008 2 Confitos de Leis guard tencontram-se emt pé de igualdade, sem necessidade de remeter mente den- revelado pelo estabelecimento da conexiio depen 1 do antigo 36°, ao mandar atender, em primeiro JGncia. Evitam-se, assim, na medida do possivel, tagem, como se disse, de submeter as fincia’a uma s6 orden j do artigo 36° O essen cfectivamente regula os aspeetos atinentes forma da declaragéo. 4. Pais em que foi emitida a declaragio e normas internacionalmente fas, Pode, porém suceder que, de acordo com as disposigdes mate- 0 mesmo seje ferido de inva- nie ser de acordo com o direito Cap_ Il ~ Direitos dos extra onptos de eis SEE 3 ‘0 negécio seja celebrado no estrangeiro. Como entender esta diltima parte do 2 1? Por certo no poder entender-se que estas disposigdes prevalecerio sempre que das disposigées materials da lei reguladora da substincia resulte uma posigdes relativas & forma serem, normalmes nando, em caso violaco, precisamente situagdes de in 5. A chave para a correc artigo esté na titima frase do n. estrangeiro interpretagdo da ressalva est A referencia aos negécios celebrados no «ase protendem aplicar mesmo a negécios que sejam celeb -se 0 seguinte exemplo: A e B, portugueses, no pais da sua residéncia uma convengio igo 1710," do Cédigo s, artigo 53°) ‘a tender para efeitos do artigo 36.° Sendo Alki portuguesa e vilida de acordo com 0 se é de atender 2 parte final do n.° 1 do a artigo 1710.° do Cédigo Civi} que 0 seu regime Formal seja a convengées antenupciais celebradas no estan antenupcal seria valida por apicagio do direito vigente no pais em que foi cele- brada,

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