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Revista de Jovens e

Adultos da Convenção
Batista Fluminense
Ano 17 - n° 68 - 1T2021
Novidade!

Sumário
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4 Nota Especial
Revista evangélica
trimestral da Convenção
7 Primeiras Palavras
Batista Fluminense. 11 Palavra do Redator
O intuito desta revista
é servir de material de
15 Biografias
educação religiosa acerca
do que é ensinado na
20 Lição 1 Recomeçar: um Grande Desafio

Palavra de Deus, pela


leitura e interpretação dos 24 Lição 2 Lançando as Bases
escritores destas lições.
Esta revista não é um 28 Lição 3 Mantendo o Foco em Deus
manual para a vida cristã,
é apenas um material de
auxílio educacional. Antes
32 Lição 4 Ouvindo as Pessoas Certas

de tudo leia a Bíblia, que


é a Palavra de Deus. 36 Lição 5 Celebrando Cada Etapa Vencida

Publicada pela Convenção 40 Lição 6 Caminhando na Direção Certa


Batista Fluminense, sob
cuidado do Departamento
de Educação Religiosa
44 Lição 7 Esquecendo o Orgulho

e produção do DECOM
(Departamento de 48 Lição 8 Disposição e Confiança
Comunicação).
52 Lição 9 Planejar para Vencer

56 Lição 10 Trabalhar e Vigiar

60 Lição 11 Deixando os Maus Hábitos

64 Lição 12 Consciência da Grande Obra

(21) 2620-1515
68 Lição 13 Não Fuja das Decisões Difíceis
contato@batistafluminense.org.br
Rua Visconde de Morais, 231
Ingá, Niterói/RJ - CEP 24210-145 72 Notas Técnicas
Nota Especial

Esclarecimentos
aos nossos queridos
irmãos sobre a revista
Palavra & Vida
Rio Bonito, 20 de dezembro de 2020.
Queridos pastores, líderes e mui amados irmãos.
Gratos e alegres no Senhor por suas vidas, ministérios, pela fidelidade dou-
trinária e conduta exemplar na sua família e igreja, manifestamos o desejo de
que as bênçãos do Senhor continuem a recair sobre sua preciosa vida e minis-
tério na igreja em que Deus o colocou.
Agradecendo a Deus pelas vidas que foram alcançadas por sua instrumen-
talidade e, reconhecendo que juntos sempre seremos melhores, mais eficien-
tes, eficazes e graças a essa parceria, união e dependência absoluta de Deus,
estamos concluindo o ano, com muitas dificuldades, mas cumprindo os com-
promissos assumidos dentro de nossos objetivos.
Ao escrever essa carta, estou em oração por sua vida, missão e desafios,
lembro que não estamos sós, Deus é conosco nesse tempo de crise real e
de grandes oportunidades. Sei que não tem sido fácil, para a maioria de nós,
manter os projetos que Deus tem colocado em nosso coração, daí encorajá-lo
a perseverar na certeza de que o Senhor da provisão fará o que for necessário
para que o trabalho, resultante de Sua vontade, seja concluído.
Com muita gratidão, dou-lhe o testemunho de que a cooperação de sua
igreja, tem permitido alcançar muitas pessoas nos nossos aproximadamente
60 projetos, nos pilares de plantação e fortalecimento de igrejas, capelanias e
projetos especiais, onde mais de 100 mil pessoas são assistidas todos os anos
e que, não fosse a vossa generosa participação, não seriam alcançadas.
O Plano Cooperativo tem importância fundamental nessa missão, pois atra-
vés dele, os irmãos têm abençoado aos mais diversos segmentos e organiza-
ções de nossa denominação:
Departamento de Evangelismo e Missões, Associações, Conselho Gestor,
Comunicação e Marketing, Revista Palavra & Vida, Departamento de Educação
Religiosa, Convenção Batista Brasileira, Fundo de Apoio e Fortalecimento de
Igrejas, Lar Batista, Fundo para Ação Social, Ordem dos Pastores Batistas do
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Nota Especial
Brasil (Seção Fluminense), Juventude Batista do Estado do Rio de Janeiro, As-
sociação dos Músicos Batistas Fluminense, União Feminina Missionária Batista
Fluminense e União Missionária De Homens Batistas Fluminense.
Da distribuição acima, a Revista Palavra & Vida recebe 11% e, ainda recebe
ofertas de algumas igrejas sabedoras de que o Plano Cooperativo não garante
sequer o pagamento da impressão da Revista.
Em atenção à gentil solicitação de informações de alguns irmãos, sentimo-
-nos no dever de escrever este comunicado para esclarecer a razão de não
estarmos conseguindo imprimir a Revista Palavra & Vida e, demonstrar como
está a situação de receitas e despesas DESTINADAS à produção da Revista,
lembrando que pagamos em 3 parcelas após produção gráfica e distribuição
em 30, 60 e 90 dias após o início do trimestre.
Veja, por gentileza, o extrato do relatório financeiro apresentado e aprovado
pelo Conselho Deliberativo, que acompanha todas as atividades da Conven-
ção, nesse caso abaixo, relacionado apenas à produção da Revista:

Extrato de relatório financeiro de janeiro a setembro de 2020


Receitas
Revista Palavra & Vida R$ 98.671,50
Oferta Revista Palavra & Vida R$ 26.187,33
Total de receitas da Revista em 9 meses R$ 124.858,83
Despesas
Duas impressões da Revista Palavra & Vida R$ 182.341,19
Custo de 228 mil exemplares (só impressão gráfica) R$ 182.341,19
Déficit do Exercício R$ -57.482,36

Como se pode ver, mesmo não sendo distribuída a revista impressa, ainda
não entraram recursos que sejam suficientes para pagar o que já gastamos
neste ano. Com a média de contribuições do Plano Cooperativo, precisamos
da arrecadação de 12 a 14 meses para ter recursos para imprimir apenas um
trimestre. Desejamos muito voltar a imprimir e distribuir as revistas em todos os
trimestres, o que será feito inicialmente no segundo trimestre e, posteriormen-
te continuaremos caso haja recursos para esse fim.
Reafirmando nossa gratidão e orações para que o Senhor da obra continue
nos sustentando e, especialmente sustentando nossas igrejas coirmãs que es-
tão passando por grandes dificuldades, pois muitos membros estão desem-
pregados ou sem o trabalho formal ou informal que tinham para o sustento de
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Nota Especial
suas famílias. Peço que continuem orando por nós, pois precisamos demitir
muitos colaboradores de quase todos os segmentos, para não ter que demitir
nenhum missionário e manter a obra de Missões Estaduais que hoje sustenta
60 projetos, inclusive inauguramos mais uma unidade de atendimento à mu-
lheres com dependência química, Comunidade Terapêutica Pr. Francisco e
Olívia Sanches.
Sem a importante cooperação desta querida Associação, não conseguiría-
mos avançar, especialmente na obra de Evangelização, Missões e Educação
Cristã.
Muito obrigado pelo seu exemplo de dedicação e fidelidade. Estenda nossa
gratidão à sua liderança, especialmente nossos pastores.
“Que os homens nos considerem, pois, como ministros de Cristo, e despen-
seiros dos mistérios de Deus. 2 Ora, além disso, o que se requer nos despensei-
ros é que cada um seja encontrado fiel.” (1 Coríntios 4.1-2)
Desejando que todos tenham um Natal marcado pela presença de Jesus
abençoado sua vida e de sua igreja e familiares, e um ano novo pleno de amor,
paz, e realizações para a glória do Senhor.
Feliz 2021!
No Amor de Cristo,

Pastor Amilton Ribeiro Vargas Pastor Elildes Junio Macharete Fonseca


Diretor Executivo Presidente

Caso você possa, e queira contribuir para uma grande obra, entregue
sua oferta para ajudar Evangelismo e Missões e custeio futuro da Revista
Palavra & Vida. Lembrando que oferta que é um ATO DE AMOR VOLUN-
TÁRIO, será destinada 2/3 para Evangelismo e Missões e 1/3 para a revista
Palavra & Vida que é parcialmente custeada pelo
recurso do Plano Cooperativo. Continuando a cum-
prir nossa missão, em especial na obra evangelísti-
ca, educacional cristã e de ação social, contamos
com sua cooperação.
Repetimos: Você não é obrigado a fazer essa oferta,
mas peço que você o faça, pois abençoará uma obra
muito relevante.

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Primeiras Palavras
Pr. Amilton Ribeiro Vargas
Diretor Executivo da CBF

Se Está
Pensando em
Desistir, Não
Faça Isso Hoje!
Há momentos em nossas vidas em mesa de trabalho, na porta da gela-
que o desejo “jogar tudo pro alto”, de- deira, se quiser escolha um destes
sistir, voltar atrás, abandonar projetos versículos e cole também:
e sonhos, fala tão alto, que não con- “E não nos cansemos de fazer
seguimos ouvir a voz de Deus. Mui- o bem, pois no tempo próprio co-
tas vezes o desânimo abate as nossas lheremos, se não desanimarmos.”
vidas e o sentimento de solidão nos (Gálatas 6:9)
fragiliza. Isso é mais comum do que
estamos prontos a admitir. “Mas, sejam fortes e não desani-
mem, pois o trabalho de vocês será
Quando os problemas se agigan- recompensado.” (2 Crônicas 15:7)
tam em nossas vidas, só a misericór-
dia e graça de nosso Deus para não “Por isso não desanimamos.
pararmos no meio do caminho, lite- Embora exteriormente estejamos a
ralmente só pelo poder de Deus, que desgastar-nos, interiormente esta-
se aperfeiçoa em nossas fraquezas, mos sendo renovados dia após dia,
persistimos, avançamos, e vencere- pois os nossos sofrimentos leves e
mos, pois a obra é muito grande e momentâneos estão produzindo
não podemos voltar atrás; não pode- para nós uma glória eterna que
mos abandonar a missão de testemu- pesa mais do que todos eles. Assim,
nhar do amor de Deus, daí tenho uma fixamos os olhos, não naquilo que
sugestão: Imprima o tema: “SE ESTÁ se vê, mas no que não se vê, pois
PENSANDO EM DESISTIR, NÃO FAÇA o que se vê é transitório, mas o que
ISSO HOJE!” e cole no seu espelho, não se vê é eterno.“ (2 Coríntios 4:16-
na porta do armário que você mais 18)
usa, no “quebra sol” de seu carro, em O apóstolo Paulo estava em Co-
um canto de seu notebook, em sua rinto, talvez com vontade de desistir,
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mas apenas redirecionou sua ação amor a Deus. Precisamos falar de
missionária,(Atos 18) e recebeu supor- Deus e de Jesus Cristo, pelo teste-
te dos pobres irmãos da Macedônia, munho fiel de nossa fé, mesmo sem
que através de Timóteo e Silas, envia- palavras, é só agir como Jesus, que
ram-lhe oferta generosa, conforme sendo humano como nós, deu-nos
II Corintios 8:3-5, “Porquanto posso o seu exemplo. Basta perguntar: O
dar testemunho de que contribuíram que Jesus faria nesta situação? Ele é
de livre vontade na medida de seus nossa referência e modelo no com-
bens, e até mesmo acima disso! Pois preender, perdoar, ajudar, acalentar,
nos solicitaram, com muita insistên- estimular, pacificar, aceitar, dar aten-
cia, o privilégio de participar da as- ção, não julgar e amar. Precisamos de
sistência em favor dos santos. E não pessoas menos materialistas e mais
simplesmente fizeram o que esperá- espirituais, mais essencialmente “hu-
vamos, mas primeiramente deram a manas” e menos coisificadas como se
si mesmos ao Senhor, e a nós pela fossem “máquinas”, se não for assim,
vontade de Deus”, o que viabilizou seremos mais vazios, tristes, solitários
que sua dedicação passasse à exclu- e infelizes.
sividade para evangelizar, entretanto Lembrando que precisamos apro-
pela oposição que se levantou entre veitar todas as oportunidades para
os judeus (Atos 18, 5-6) ele precisou proclamar a palavra, pois o evange-
mudar seu esforço missionário dedi- lho que é o Poder de Deus para salvar
cando-se mais aos gentios. Lembrem e libertar as pessoas de suas misérias
que ele estava sendo tentado a parar físicas, morais, emocionais e espiritu-
por causa da dissenção, mas estava ais.
sensível à voz de Deus, o Senhor lhe
falou em visão encorajando-o a con- Deus conta com você como o re-
tinuar. Ele sabia que não poderia ficar curso principal e, o nosso propósito é
calado, pois precisava obedecer à mais que uma oferta financeira, pre-
voz do Senhor: “Não temas, mas fala cisamos de sua oferta missionária,
e não te cales;” (Atos 18:9b) mas antes de ofertar qualquer dinhei-
ro, consagre sua vida, cumpra o seu
Como precisamos dessa convic- ministério, seja um missionário, um
ção hoje, precisamos prosseguir, pois evangelista, um dizimista, faça do lu-
o que Deus falou ao apóstolo Paulo, gar onde Deus o colocar, um lugar de
ecoa também nossas mentes. Pre- demonstrar amor, comunhão, oração
cisamos crer que Jesus Cristo está e adoração.
conosco para nos guardar, e assim
cumprirmos a missão que Jesus nos Muito obrigado por continuar cum-
confiou! Não podemos ser abatidos prindo sua missão, ajude-nos a cum-
pelo desânimo ou desistir, pois ele prir a nossa. Dedique-se cada vez
jamais desistiu de nós! É prioritário mais, pois disto depende a salvação
que, a esperança renasça e que nós de muita gente.
e, a cada dia, renovemos o nosso Que assim o Senhor nos abençoe
compromisso de fé, esperança e de e faça o Seu reino crescer.

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Palavra do Redator
Pr. Alonso Colares
Pastor da Igreja Batista de Vera Cruz,
Campos dos Goytacazes (RJ) e
Diretor da FABERJ

ao meu líder, Pr. Amílton Vargas, Di-


retor Executivo da nossa Convenção
Batista Fluminense, pela confiança
e apoio incondicionais, bem como
a toda diretoria da nossa Conven-
ção, presidida pelo nosso dinâmico
e grande motivador, Pr. Elildes Mar-
charete Fonseca. Também agradeço
“O Deus de toda a graça, que os ao departamento de comunicação
chamou para a sua glória eterna em da nossa Convenção, representa-
Cristo Jesus, depois de terem sofrido da pelo Pr. Rodrigo Zambrotti, pelo
durante pouco tempo, os restaurará, belo layout de nossa revista.
os confirmará, lhes dará forças e os
porá sobre firmes alicerces.” 1 Pedro Certamente, o ano de 2020 ficou
5:10 marcado para todos nós por conta
dos desafios que enfrentamos. Cer-
É com grande satisfação que en- tamente, muitos paradigmas foram
tregamos ao nosso querido povo as quebrados, mas, também, fomos
lições do primeiro trimestre de 2021. capazes de ver que podemos muito
Quero externar a minha gratidão a mais do que imaginávamos. Por ou-
Deus pela oportunidade de servi-los tro lado, também foi um ano de per-
como redator deste trimestre que das dolorosas para muitos. Perda do
ora se inicia e peço ao Senhor que emprego, perda de um próspero ne-
cada pessoa que ler e estudar estas gócio, e o tipo de perda mais signifi-
lições possa ser ricamente aben- cativa: a perda de um ente querido.
çoada. Agradeço muitíssimo tam-
bém à minha querida esposa Sônia Mas o ano de 2020 ficou para trás,
pelo suporte e conselhos sempre e é tempo de recomeçar. É tempo
oportunos. Certamente, não teria de recomeçar o compromisso com
conseguido sem seu apoio constan- Deus, que fora perdido pelo desâni-
te e orações. mo; é tempo de recomeçar os bons
relacionamentos perdidos; é tempo
Expresso também minha gratidão de recomeçar os bons sonhos que
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foram destruídos na tempestade nhor, expuseram de forma brilhan-
passada; é tempo de refazer o ca- te ensinamentos valiosos para nós.
minho com os propósitos de Deus Aproveito aqui para expressar minha
no coração e com a esperança viva profunda gratidão a Deus pela vida
de que o Senhor nos conduzirá em de cada um dos nossos autores.
triunfo.
Não poderia deixar de registrar
Para encorajar a vocês nessa ta- também, novamente, minha grati-
refa, propomos estudarmos impor- dão à nossa equipe de revisores da
tantes lições nos preciosos livros de FABERJ pelo empenho, dedicação e
Esdras e Neemias. Podemos ver na zelo em revisar cada uma das nos-
história desses grandes homens de sas lições: que o Senhor possa re-
Deus lições importantíssimas para compensá-los por todo carinho que
sermos bem sucedidos neste novo têm demonstrado pela Sua Palavra.
ano. Para compor estas lições, foi
convidado um grupo de líderes va- Por fim, exclamamos: É tempo de
lorosos que militam em nosso cam- recomeçar! Feliz 2021! Deus aben-
po fluminense. Homens de Deus çoe a vocês poderosamente!
que, com sabedoria e graça do Se-

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Biografias

Pr. Alonso Colares é esposo da


Sônia e pai do Bernardo e do João
Guilherme. Foi pastor da Primeira
Igreja Batista em Travessão da Barra
- São Fco de Itabapoana/RJ e atu-
almente é pastor da Igreja Batista
de Vera Cruz – Campos dos Goy-
tacazes/RJ. Graduado em Teologia
– FABERJ, Especialista em Filosofia
Lição 1 da Religião – UFES, Mestre e dou-
torando em Cognição e Linguagem
Pr. Alonso Colares
– UENF. Diretor da Faculdade Batis-
ta do Estado do Rio de Janeiro – FA-
BERJ.

todista Bennett. Master in Business


Administration (MBA) em Coach
Executivo - ISEIB – Instituto Su-
perior de Educação Ibituruna. Pós
Graduado em Liderança com ênfa-
se em Coach – Centro Universitário
do Sul de Minas. Pós Graduado em
Terapia de Família – Universidade
Cândido Mendes. Bacharel em Teo-
Lição 2 logia – Seminário Teológico Batista
de Duque de Caxias. Bacharel em
Pr. Antonio Marcos
Teologia – Centro Universitário Me-
todista Bennett. Graduado em Lide-
Pastor Presidente da Primeira rança Avançada – Instituto Haggai
Igreja Batista em Jardim Gláucia Brasil. Psicanalista Clínica - Instituto
(Belford Roxo – RJ) e Coordenador Brasileiro de Psicanálise. Practitioner
Geral da UMHBF. em Programação Neurolinguística /
Pós Graduado em Teologia/Lato PNL – International Association of
Sensu – Centro Universitário Me- NLP Institutes/INAP.

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pastor, jornalista e escritor. Pastor
da Igreja Batista do Prado – Nova
Friburgo/RJ, é graduado em Teolo-
gia pelo STBSB e em Comunicação
Social (com especialização em Jor-
nalismo), pela Universidade Gama
Filho. Pós-graduando em História do
Lição 3 Cristianismo e do Pensamento Cris-
tão, pela FABAT; é membro da AELB
Pr. Josué Ebenézer - Academia Evangélica de Letras do
Brasil. Apresenta o programa UMA
Pr. Josué Ebenézer de Sousa So- CHANCE em seu canal no YouTube:
ares é esposo da Katia e pai do Lu- Pr. Josué Ebenézer.
cas, do Murilo e da Noemi. É poeta,

Pr. Pedro Elizio é casado com Li-


liani, com quem tem 3 filhos: Maria
Luísa, Pedro Henrique e Manuela. É
pastor na Primeira Igreja Batista em
Paraty/RJ. Graduado em Teologia
– FABAMA. Possui cursos de aper-
feiçoamento nas áreas de Teologia
Lição 4 Sistemática e Cristologia - Faculda-
de Teológica de São Paulo e Homi-
Pr. Pedro Elizio letica - FABAPAR. É atualmente o 2º
Secretário da OPBB-fl.

- Avô de Guilherme, Emily, Lucas e


Eloá - Pastoreou a PIB em Cantaga-
lo RJ - Central em Cardoso Moreia
e atualmente a PIB em Casimiro de
Abreu - Atuou como Vice presiden-
te da CBF e Coordenador de Admi-
nistração e Finanças da CBF - pre-
Lição 5 sidente das Associações- Serrana,
Abanflu e Serra Litoral. Graduado
Pr. Rafael Antunes em Teologia e pós graduado em
história da igreja Pelo Seminario Te-
Pr. Rafael Antunes Vieira - Casado ológico Batista Fluminense- Diretor
com Rosimar - pai de Flávia e Lyvia do Centro Educacional Batista.
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Pr. Clademir de Mendonça Faria,
filho do Pr. Clademir Faria e Nadir Fa-
ria. Casado com a Ministra de Músi-
ca Martha Keila Faria, e pai de Lucas
(18 anos), Samuel (16 anos), Danilo e
Murilo (3 anos). É Pastor da Primeira
Igreja Batista do Paraíso – São Gon-
çalo há 16 anos, onde desenvolve
seu primeiro ministério. É Bacharel
em Teologia pela Faculdade Batista
Lição 6 (STBSB) e graduado pelo Instituto
Haggai Brasil.
Pr. Clademir Faria

Bacharel em Teologia pela Facul-


dade Unida de Vitória (2011), Tecnólo-
go em Marketing pela Universidade
Norte do Paraná (2010). Licenciatura
em história pela Estácio-RJ (2019).
Pós-graduado em Educação a Dis-
tância pela UNISEB (2015), Vice-pre-
sidente da Sociedade de Ensino
Teológico do Rio de Janeiro. Coorde-
nador do curso de Educação Cristã
Lição 7 da FABERJ, Pastor presidente da Se-
gunda Igreja Batista em Gramacho,
Pr. Elizeu Rocha Duque de Caxias - RJ.

Bacharel em Teologia e em Direi-


to. Pós graduado em Teologia Apli-
cada com Especialização em Mis-
sões e Novo Testamento. Professor
na área de História do Cristianismo
e Geografia Bíblica. Liderança Avan-
çada e Workshop de Docente pelo
Instituto Haggai; Arqueologia Bíblica
pela Universidade Hebraica de Je-
rusalém, em Israel. Pastor da Primei-
Lição 8 ra Igreja Batista de Pádua/RJ.

Pr. Márcio Antunes


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Thiago Soares da Rocha é esposo
de Thamiris e pai de Thalita e Théo.
É pastor há 11 anos formado pelo
STBNF em Itaperuna, onde também
concluiu o mestrado em teologia.
Pastoreou a IB em Purilândia e atu-
almente está na PIB de Itaperuna,
onde pastoreia desde 2016.
Lição 9
Pr. Thiago Soares

de Ronem Júnior e Pr. Rômulo, Ka-


rine e Ludimila, suas noras, Laila e
Lucas seus netos. Formado no Se-
minário Teológico Batista Fluminen-
se, em 1984, tem servido à denomi-
nação nas mais variadas funções.
Iniciou o ministério na Igreja Batista
de Ururaí, Igreja Batista de Ibitióca.
Lição 10 Secretário Geral da Associação Ba-
tista da Planície e há 21 anos pasto-
Pr. Ronem Rodrigues reia a Igreja Batista Central de Italva.
Graduado em Serviço Social pela
Pr. Ronem Rodrigues do Amaral, Unitins.
casado com Ana Lúcia Amaral, pai

Barra Mansa RJ desde 1975. Ba-


charel em Teologia- Pelo Seminário
Teológico Batista do Sul do Brasil
– 1977 – RJ e Bacharel em direito –
Centro Universitário em Barra Man-
sa (UBM – RJ). Licenciado em portu-
guês e literatura –1982 pelo Centro
Universitário em Barra Mansa – RJ
Lição 11 e Licenciado em Filosofia – 1978 –
Faculdade Dom Bosco de Filosofia
Pr. Gerson Januário – São João Del Rei – MG. Pós gradu-
ado em Língua Portuguesa, Didática
Pr. Gerson Januário é esposo de do Ensino Superior e Gestão de Pes-
Selma e pai de Priscila e Raquel. É soas – Centro Universitário em Barra
pastor da Igreja Batista Central em Mansa – RJ. Graduado pelo Instituto
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Haggai. Conselheiro Bíblico pela ABCB (Associação Brasileira de Conselhei-
ros Bíblicos) São José dos Campos – SP. Mestre em Ministérios – ênfase em
Aconselhamento Bíblico – Seminário Palavra da Vida – Atibaia SP.

Pr. Davidson Pereira de Freitas


é esposo da Carla, pai da Vanes-
sa, Daniele, Lucas, Pedro Henrique,
João Victor e Luis Felipe. Pastor da
Primeira Igreja Batista em Heliópolis,
Belford Roxo. Graduado em Econo-
mia – UGF e em Teologia – STBSB
e Mestre em Administração – UNI-
GRANRIO.

Lição 12
Pr. Davidson Freitas

Pastor há 49 anos da Tercei-


ra Igreja Batista de Macaé e ainda
pastoreou 15 igrejas interinamente,
Bacharéis em Teologia pelo Semi-
nário Teológico Batista Fluminense
e Ciências Jurídicas pela Faculdade
de Direito de Campos (FDC), Mestre
em Divindade pela University Theo-
logical Seminary (Califórnia – EUA) e
vários cursos de atualização minis-
terial. Por vezes muitas, presidiu a
Lição 13 Ordem de Pastores Batistas do Bra-
sil, seção Rio de Janeiro e da Con-
Pr. Geraldo Geremias venção Batista Fluminense, sendo
conferencista no Brasil e exterior.
Casado há 48 anos com a professo-
ra, educadora cristã e musicista, Ma-
ria Francisca de Oliveira Geremias e
pai de Priscila, Diógenes, Joás e Jo-
sane.
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Data do estudo Lição 1
Texto base: Neemias 2.5

Recomeçar:
Um Grande
Desafio
Por Pr. Alonso Colares

Os livros de Esdras e Neemias 1. Reconhecer onde


têm sido fontes de motivação foi que errou
para muitos servos de Deus no
passado e no presente. Nesses Não podemos ter dúvi-
preciosos livros, muitos líderes das quanto ao fato de que tanto
têm encontrado estratégias e mo- Esdras quanto Neemias tinham
tivações para desempenhar o seu a certeza dos motivos de tantos
trabalho com sucesso. No entan- infortúnios do povo de Israel. Eles
to, podemos observar, também, sabiam que, a causa de tanta dor
uma importante lição nestas jóias e sofrimento do cativeiro e de to-
da Palavra de Deus: O desafio de das as humilhações que o povo
recomeçar! Com uma cidade des- sofrera, vinha dos constantes atos
truída, um povo distante e o lugar pecaminosos do povo. Certamen-
de adoração abandonado, eles te, as ações pecaminosas sempre
enfrentaram o desafio de recons- gerarão derrotas em nossa vida.
truir tudo e foram vitoriosos nes-
sa empreitada. O que podemos Podemos notar, porém, tanto
aprender com eles? Vejamos. na vida de Esdras quanto na vida
de Neemias um ‘coração pronto’
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para a confissão. Por exemplo, no dentro de nós mesmos. Os reve-
livro de Esdras, no capítulo nono, ses da vida costumam imprimir
verso sete e no livro de Neemias, muitos elementos negativos em
capítulo primeiro, verso seis, há as nós. No caso do povo de Deus na
intenções do coração desses ser- Babilônia, depois de setenta anos
vos do Senhor e o temor a Deus de exílio, houve muita mudança.
em seus corações. Deus sempre Provavelmente já estava acultu-
usa pessoas com coração e men- rado; tinha a permissão de ter os
te, totalmente, devotado a Ele. seus próprios negócios e uma
nova geração estava emergindo
Deus, também, usa pessoas vivendo ali. Podemos, então, nos
com os corações humildes e dis- perguntar: existiriam vantagens
postos a servir. Certamente, não em sair da Babilônia? Vejamos.
será instrumento para o louvor
da Sua glória, pessoas más in- É relevante mencionar três
tencionadas e com motivações elementos, a fim de compreen-
que gerem práticas malignas. der que o recomeço nem sempre
É imprescindível ter em mente será uma tarefa fácil. O primeiro
que, o Senhor usa aqueles cujos elemento é o ‘medo’. O medo im-
corações e mentes estejam dis- pede as pessoas de ir adiante, de
postos a servir e obedecer com suplantar os desafios e adversi-
humildade e mansidão. Não nos dades da vida. Para aquele povo,
esqueçamos de uma verdade por exemplo, poderia ser o medo
fundamental. “O Senhor resiste de “perder” a estabilidade da vida
aos soberbos, mas dá graça aos da Babilônia; o medo dos perigos
humildes.” (Tg 4.6). Assim, com da viagem; o medo do projeto de
humildade e temor ao Senhor, po- reconstrução ser inviável. Esses
demos confiar e recomeçar. medos poderiam passar na men-
te do povo.
2. Vencer as frustrações,
o medo e a acomodação O segundo elemento é a ‘frus-
tração’. No caso dos exilados na
Além de todos os desafios ex- Babilônia, eles tinham sofrido
ternos que uma pessoa precisa uma derrota acachapante sob
enfrentar para recomeçar, pode- Nabucodonosor. Muitos se lem-
mos perceber que, muitas vezes, bravam de toda a humilhação que
os piores desafios se encontram foi a destruição de Jerusalém.
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E essa memória, ainda, poderia 3. Confiar em Deus e
estar viva no imaginário das pes- planejar as ações
soas, impedindo-as de ir adiante e
vencer esse bloqueio mental. Um dos segredos da boa em-
preitada de Esdras e Neemias foi
o reconhecimento de que a “boa
E o terceiro elemento é a ‘aco-
mão do Senhor” estava com eles.
modação’. Nem todos os que es- Todavia, podemos identificar tra-
tavam, na Babilônia, acabaram ços da diferente personalidade
por voltar à Jerusalém. Somente desses dois grandes líderes. Por
um remanescente, ou melhor, so- exemplo, em Ed 8.22, Esdras não
mente “aqueles cujo espírito Deus pede ao rei uma guarnição de ca-
despertou!” (Ed 1.5). O desperta- valaria: “Porque tive vergonha de
pedir ao rei exército e cavaleiros
mento de Deus é vital para vencer
para nos defenderem do inimigo
todos os desafios de recomeçar. pelo caminho; porquanto tínha-
mos falado ao rei, dizendo: A mão
Quantos exemplos, nós po- do nosso Deus é sobre todos os
demos extrair da nossa própria que o buscam, para o bem deles;
vida acerca de situações que nos mas o seu poder e a sua ira contra
exigiram recomeçar, refazer o ca- todos os que o deixam.” Já Nee-
minho e um ou mais desses três mias, quando tem a oportunidade
de voltar e reconstruir a cidade de
elementos (o medo, a frustração
Jerusalém, não hesita em solici-
e a acomodação), simplesmen-
tar ao rei que o mesmo dê cartas
te nos mantinha(m) prostrados. para os governadores dalém do
Entretanto, quando estamos cer- rio, para que o permitam passar
tos de que o projeto é de Deus, até que chegue a Judá. “Como
não precisamos ficar escravos também uma carta para Asafe,
dos nossos medos e frustrações, guarda da floresta do rei, para que
pois é impossível acomodar-se, me dê madeira para cobrir as por-
tas do paço da casa, para o muro
quando Deus nos desperta. Sob o
da cidade e para a casa em que
despertamento de Deus, aqueles eu houver de entrar.” (Ne 2.7,8a).
homens e mulheres deixaram a
Babilônia para trás! Um leitor incauto poderia até
questionar a natureza da fé des-
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ses dois servos de Deus, mas eles desistiram! Eles foram até o fim e
mostraram, por meio de seus re- saíram vitoriosos! O que impede
sultados e de suas realizações, você de recomeçar um bom pro-
que a boa mão do Senhor estava jeto que ficou para trás? Converse
sobre eles. Eles tinham tempera- com o Senhor sobre isso e peça
mentos e planos diferentes, po- que Ele revele a Sua vontade. Se
rém, uma característica em co- Deus aprovar, siga em frente!
mum: a confiança em Deus!
Para pensar e agir
Às vezes, recomeçar com ‘con-
fiança’ pode esbarrar em nossas 1. Você identifica alguma inse-
limitações e inseguranças devido gurança em sua vida, para em-
a nossos temperamentos. No en- preender um projeto ou recome-
tanto, não podemos temer qual- çar algo que foi destruído? O que
quer projeto, se o Senhor estiver falta para vencer esse desafio?
ao nosso lado.
02. Qual é a maior qualidade
A Bíblia Sagrada, diversas ve- em Esdras e Neemias para ven-
zes, nos ensina a não temer algo, cer? Você se identifica com essa
quando a direção vem do Senhor. qualidade em sua vida?
Podemos, então, usar todos os
meios disponíveis ao nosso al- 03. Você se considera ‘ensiná-
cance; vencer a insegurança e ca- vel’, para aprender com os erros
minhar em triunfo, sabendo que a do passado e não mais cometê-
vitória é certa! -los? Se não, o que falta para mu-
dar?
Conclusão
Leitura Diária
Sendo assim, recomeçar não é
uma tarefa fácil! Imaginemos as SEG Esdras 1.1-7
ansiedades, privações e provoca- TER Ageu 2.1-9
ções que Esdras e Neemias en- QUA 2 Timóteo 1.6-14
frentaram, ao longo da caminha- QUI Salmos 137
da, de reconstrução do templo
SEX Jeremias 25.1-13
e da cidade de Jerusalém. Eles,
certamente, enfrentaram perigos SÁB Zacarias 4
internos e externos. Contudo, não DOM Neemias 2

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Data do estudo Lição 2
Texto base: Esdras 3.8-13

Lançando
as Bases

Por Pr. Antonio Marcos

A melhor forma de recome- para iniciar a construção do tem-


çar é fazendo da maneira certa. plo, o senhor inicialmente só vai
Quando a adoração ao Senhor é precisar de uma pá e uma enxada,
a base e a prioridade, o resulta- pois, após conclusão da primeira
do será abençoado. Aprendemos sapata, Deus enviará os recursos
com esse texto que, as priorida-
necessários”. Semelhantemente,
des dos remanescentes foram de
foi o que aconteceu com o povo
restaurar a casa e o altar do Se-
nhor. Para recomeçar bem, antes Judeu, Deus enviou os recursos
de tudo, é necessário ter o Senhor necessários, conduzindo a história
como prioridade em nossa vida. e agindo através da vida de Ciro,
rei do Império Persa, que invadiu
1. Quando lançamos as e derrotou a Babilônia em 538 a.C.
bases, Deus envia os Inesperadamente, um dos seus
recursos necessários primeiros atos oficiais foi autorizar
para recomeça
o retorno dos Judeus exilados à
Certa vez, um diácono virou-se Palestina e a reconstrução de seu
para o seu pastor e disse: “Pastor, Templo em Jerusalém, restauran-

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do assim seu Culto Nacional (Ed 2. Quando lançamos
1.2-4). Não obstante, muitos Ju- as bases, é imperativo
deus decidiram ficar no conforto usarmos instrumentos
da Babilônia estabelecida e civili-
adequados
zada, em lugar da dificuldade da
No ano de 2020, foi menciona-
Judeia empobrecida.
do, em demasia, acerca de EPIs
(Equipamentos de Proteção Indi-
A política da liderança do rei
vidual), visto que, eles têm como
Ciro era restituir os deuses dos
finalidade proteger o trabalhador
povos conquistados ao seu san- dos prováveis riscos que amea-
tuário. Aos Judeus foram restituí- çam a sua segurança e sua saúde
dos todos os pertences do Deus no trabalho. O emprego dos EPIs,
de Israel. Logo, foram devolvidos de forma correta, foi essencial
cerca de cinco a seis mil utensí- para proteção dos profissionais da
lios de ouro e prata (Esdras 1.1-11). área da saúde no combate à Pan-
Sobretudo, o Rei também encora- demia da COVID/19.
jou o povo a retornar a sua terra
e, no segundo ano após a volta, Por analogia, os que retornaram
536 a.C., Zorobabel assumiu a li- do exílio seguiram um protocolo
derança sob a orientação de Deus de atividades. A reconstrução do
e, logo, se apresentaram quatro Altar fez parte deste ‘protocolo’.
líderes de quatro famílias de Le- Ele foi reconstruído e, por con-
vitas, para assumirem o trabalho seguinte, os sacrifícios regulares
(Esdras 3.8,9). foram oferecidos nas épocas in-
dicadas e todas as Festas foram
Vejamos a soberania de Deus: restabelecidas, de acordo com
Ele usou a vida de um Rei pagão o que estava prescrito da Lei de
para cumprir os Seus propósitos. Moisés. Houve uma ênfase sobre
Creia que Ele esteja agindo em a Oferta de Holocausto que, dife-
rentemente da Oferta pelo Peca-
seu favor, preparando os recursos
do, representava a dedicação do
e tudo o que for necessário para a
adorador a Deus. Em vista disso,
realização da obra. Portanto, colo-
vemos a sinceridade e a espiritua-
que o Senhor como prioridade na
lidade da adoração que os Sacri-
sua vida.
fícios estabeleciam (Esdras 3.1-6).
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No texto de Esdras 3.8,9, per- 3. Quando lançamos as
cebe-se que tudo foi feito exata- bases, as lágrimas de
mente da forma correta, até mes- tristeza são contidas pela
mo na contratação de pedreiros e alegria do recomeço
carpinteiros; as pedras deveriam
Surpreendentemente, estamos
ser cortadas e a madeira obtida
diante de uma autêntica explosão
nas colinas do Líbano, igualmen-
de emoção, um misto de ‘tristeza’
te da mesma fonte da qual Salo-
e ‘alegria’. Visto que o choro pode
mão conseguiu o material para a ser desencadeado por diversos
construção do primeiro Templo (2 estados emocionais, as lágrimas
Cr 2.8,9). Em conformidade à san- expressam ‘emoção’ e podem
tidade da tarefa, os Levitas foram exercer um impacto positivo na
encarregados para supervisionar saúde física e psicológica, alivian-
os trabalhadores. Em seguida, do angústia e aflição. Além do
após a colocação das últimas pe- mais, pode também ser interpre-
dras do alicerce, foi realizada uma tado como um pedido de ajuda.
grande celebração, onde os Sa- Todavia, o choro não significa que
cerdotes estavam paramentados, uma pessoa seja fraca, sentimen-
de forma adequada, trajando suas tal ou impotente. Dessa maneira,
vestes e com as trombetas em o choro é uma emoção que o pró-
suas mãos, e os Levitas estavam prio Senhor Jesus experimentou
com seus instrumentos e louva- (João 11.35).
vam a Deus em duas vozes: “Lou-
vai ao Senhor, porque ele é bom; Ora, nessa parte final do nos-
so estudo, encontramos uma
porque a sua benignidade é para
multidão de aproximadamente
sempre” (Salmos 136).
500.000 pessoas reunidas, tanto
as que vieram do cativeiro, como
Deus é Santo! Todos os proto-
as que ficaram em Jerusalém.
colos foram cumpridos por meio Essas pessoas estavam ao redor
de uma liderança comprometida. daqueles que lançaram as ‘bases’.
Creia que Ele esteja agindo em As mais velhas, as quais viram a
seu favor. Portan to, lancem os ali- beleza do primeiro Templo cons-
cerces e declarem que o Senhor é truído por Salomão, estavam cho-
bom; porque a sua benignidade é rando ao observar o novo Templo
para sempre. de medida inferior. Por outro lado,
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havia, no meio do povo, pessoas 2. Deus requer de cada pessoa
que davam brados de alegria pelo uma postura correta diante da
lançamento das bases do Templo. execução da Sua obra;
Finalmente, aquele seria o início
da reconstrução do Templo, o 3. Deus não pode ser limitado
qual seria inaugurado cinco anos pelo tamanho da estrutura de um
depois (Esdras 3.8,9). Templo ou por um espaço físico.

Deus é Poderoso! O choro dos Bibliografia


mais velhos foi sufocado pela ale-
gria do povo. Creia que Ele esteja CHESTER, Mulder O. et al. Comentá-
rio Bíblico Beacon: Josué a Ester, volu-
agindo em seu favor. Celebre ao me 2, 3.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.
Senhor com brados de alegria.
“A glória desta última casa será MESQUITA, Antonio Neves de. Es-
maior do que a da primeira” (Ageu tudo nos livros de Crônicas, Esdras,
2.9a). Neemias e Ester. Rio de Janeiro: Casa
Publicadora Batista, 1974.
Para pensar e agir
ORR, Guilherme W. Trinta e nove
chaves para o Velho Testamento: um
Dessa forma, nesta lição, manual prático para estudo bíblico. São
apre(e)ndemos que quando exis- Paulo: Batista Regular, 1997.
te o desejo de recomeçar, o me-
lhor meio é fazer da maneira cor-
reta: buscar primeiro o Reino de
Deus e a sua Justiça. Visto que,
o povo, o qual retornou do exílio
babilônico, priorizou o Senhor em
sua vida, como resultado dessa
Leitura Diária
demonstração pública, houve à
restauração do Altar, bem como SEG Sl 118.22 e Ef 2.20
o lançamento das ‘bases’ para a TER 1 Pe 2.6-10 e Mt 7.24-27
reconstrução do Templo. Nesse QUA Sl 24.1 e Ag 2.8
prisma, então, reflita: QUI Isaías 43.10-13
SEX 1 Co 11.1 e 1 Pe 1.15,16
1. Deus usa qualquer pessoa
para cumprir os Seus propósitos e SÁB Mt 5.4 e Sl 30.5
envia os recursos necessários; DOM Neemias 8.10-12

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Data do estudo Lição 3
Texto base: Esdras 4.1-3

Mantendo o
Foco em Deus

Por Pr. Josué Ebenézer

O estudo de hoje se propõe a não era meramente uma questão


mostrar que, quando recebemos política. Acima de tudo, havia um
uma missão da parte de Deus, Deus que tem propósitos e que
precisamos cuidar para a cum- usa a sua criatura do jeito que
prirmos com qualidade. Para tan- quer, na hora que precisar e como
to, não podemos perder o foco. bem entender.

1. Ser, mas não pertencer Aprendemos uma preciosa li-


ção aqui: Somos deste mundo,
Perceber o fato de que tanto mas não pertencemos a este
Ciro quanto Dario I, reis persas, mundo. Estamos aqui tempora-
estavam determinados a coope- riamente. Porém, adquiridos que
rar com a reconstrução do templo fomos por alto preço e em Cristo
de Jerusalém pode parecer estra- Jesus justificados, pertencemos
nho para muitos. Para esses sobe- agora ao Reino de Deus. Quero
ranos, o que era fundamental era destacar esse fato, para lembrar
manter a paz no meio do povo e que o cristão só conseguirá cum-
garantir o recolhimento dos im- prir sua missão de forma satisfató-
postos. Mas sabemos que isso ria, quando não priorizar as ques-
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tões humanas, terrenas. E isso só para agradar a ele. A nossa ca-
será alcançado à medida que ti- minhada terrena pode nos apre-
ver consciência de missão, estiver sentar barreiras e obstáculos que
afinado com o propósito de Deus a dificultem, mas devemos estar
para sua vida e consagrar-se ao atentos. Não há coisa melhor do
Senhor para uma vida útil. que estar no centro da vontade
de Deus.
2. Deus tem uma missão
para seus servos 3. Identificando os
opositores do projeto de
Quando a gente olha para o Deus para nós
propósito de reconstrução do
Templo – a busca da glória da O texto básico nos remete para
segunda casa para testemunhar a realidade de que o nosso suces-
do poder do Deus de Israel – e a so pode atrair aliados de última
restauração de Jerusalém por in-
hora, que no lugar de somar po-
termédio de Neemias, a partir da
reconstrução de seus muros, per- derão desagregar e provocar per-
cebemos como cada indivíduo das. Diz o texto que o avanço da
tem um propósito divino para si: obra de reconstrução do Templo
Esdras (na reconstrução da mura- chega aos ouvidos dos adversá-
lha de Jerusalém e nas reformas rios de Judá e Benjamim. O que
religiosas); Neemias (na influência isso quer dizer?
junto a Artaxerxes e, também, na
reconstrução da muralha de Jeru-
A reivindicação deles foi: “Dei-
salém e nas reformas religiosas);
Zorobabel (como líder cívico, na xai-nos edificar convosco; pois,
reconstrução do Templo); Josué como vós, buscamos o vosso
(como sacerdote, líder espiri- Deus; como também nós lhe te-
tual, também na reconstrução do mos sacrificado desde os dias de
Templo); Ageu e Zacarias (como Esar-Hadom, rei da Assíria, que
profetas que falam a palavra de nos fez subir para aqui” (Ed.4.2).
Deus ao povo).
É bem provável que os líderes da
Como servos do Altíssimo, de- reconstrução do templo tivessem
vemos conhecer o propósito de tido um momento de instabilida-
Deus para nossas vidas e viver de – e isso é frequente quando
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se enfrenta opositores, em qual- Mas a oposição pode ser interna
quer época e lugar –, quando fo- ou externa. E como identificá-la?
ram instados a tomar a decisão se E como saber de onde vem? Com
aceitariam ou não essa coopera- discernimento espiritual, que é
ção. Mas, por fim, tomaram a de- dom do Espírito, somos capaci-
cisão certa, como veremos mais tados a compreender o que os
adiante. homens estão pensando, ma-
quinando, se há sinceridade ou
Alguns desafios nos são apre- se existe algo por trás das inten-
sentados para não perdermos o ções daqueles que se aproximam
foco, quando estamos diante de de nós, de forma particular, e do
pequenos ou grandes feitos que povo de Deus, de forma geral.
nos ajudam a cumprir a missão
que Deus nos deu. Vejamos: 4. Para não perder o foco é
preciso agir com sabedoria dian-
1. Para não perder o foco é pre- te dos opositores. A sabedoria,
ciso ter consciência de missão. É como disse Tiago, é virtude a ser
fácil perder o foco quando não se conquistada. Quem não a tem,
tem certeza de qual o propósito deve pedir a Deus (Tg.1.5).
da sua existência terrena e o pro-
pósito de Deus para a sua vida no 4. Fazendo a opção de
sentido espiritual. manter o foco

O uso dos dons de sabedoria


2. Para não perder o foco é pre-
e de discernimento espiritual por
ciso saber que encontraremos parte dos líderes Zorobabel e Jo-
opositores pela frente. Se temos sué (bem como dos demais che-
ciência de que não vamos agradar fes dos pais de Israel), nesse con-
a todos, precisamos nos preparar texto, foi algo fundamental para
para a oposição, a começar do que eles não perdessem o foco,
conhecimento de sua existência. envolvendo-se com quem pode-
ria contaminar o seu projeto que
era tridimensional: político, cultu-
3. Para não perder o foco é pre-
ral e religioso, embora a questão
ciso ter discernimento espiritual. religiosa/espiritual sobressaísse.
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O comportamento desses lí- cumprir sua missão aqui na terra,
deres contradiz o seguinte ditado a partir de sua família?
popular: “toda ajuda é bem-vin-
da!”. Nem sempre. É preciso ava- 2. Você tem consciência que
liar, e Deus pode nos capacitar a poderá enfrentar opositores ao
perceber isso, se a ajuda ofereci-
procurar cumprir sua missão?
da vem pra cooperar ou para ins-
talar confusão no seio da Igreja. Tem pedido a Deus sabedoria
para vencer os obstáculos?
Muitas vezes, como cristãos,
somos instados a tomar decisões 3. Você tem procurado manter
que a princípio nos incomodam, o foco, não permitindo que in-
geram incertezas e provocam fluências nocivas encontrem es-
contrariedades. Mas, quando
paço na sua vida?
descansamos no poder de Deus
e temos consciência de que fi-
4. Você tem exercido o dis-
zemos escolhas calcadas, não
cernimento espiritual para ava-
no que pensamos ou queremos,
mas na mente de Cristo que nos liar comportamentos desviantes
dirige, então “a paz de Cristo”, que e não se deixar levar por ofertas
faz o arbitramento sobre os cora- tentadoras que possam vir e ten-
ções fiéis, mostrando como anda tar desviá-lo da sua missão?
a nossa segurança em Deus, nos
enche da tranquilidade necessá-
ria para prosseguir nossa jornada Leitura Diária
terrena, com alegria e fé. SEG Esdras 4.1-3
TER Jeremias 29.8-14
Para pensar e agir
QUA Ageu 2.1-9

1. Você possui convicção acer- QUI 2Crônicas 36.20-23


SEX Mateus 6.19-34
ca dos propósitos de Deus para
SÁB Esdras 10.1-17
sua vida? Tem se esforçado para
DOM Colossenses 3.15-17

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Data do estudo Lição 4
Texto base: Esdras 5.1-2

Ouvindo as
Pessoas Certas

Por Pr. Pedro Elizio

O objetivo da presente lição é nossa sociedade. Neste contexto de


refletir e avaliar sobre aquilo que hipermodernidade, como chama o
precisa ser mudado na retomada filósofo Gilles Lipovestsky, cresce
do caminho a trilhar num contexto exponencialmente os “influenciado-
de múltiplas informações e crises. res digitais”, exigindo de cada um de
As lições até aqui delineadas têm nós atenção redobrada e conheci-
pavimentado uma estrada segura, mento bíblico profundo. Em meio a
a fim de continuarmos avançando tantas “influências” e opiniões, vimos
e retomando a confiança, após um surgir as “fake news”: nome novo e
período extremamente desafiador, moderno para a conhecida e maléfi-
que foi o ano de 2020. ca mentira (alguns preferem chamar
de meias-verdades), gerando uma
Mas como fazê-lo? O nosso pon- real guerra de versões e “visões” do
to de partida é nos certificarmos mesmo fato. Toda narrativa tem se
daquilo que “temos visto e ouvi- mostrado uma tentativa de construir
do” (Atos 4.20) para que tenhamos algo e, ao mesmo tempo, de des-
a autoridade espiritual necessária construir fundamentos e princípios
para nos orientarmos no caminho sólidos. Sendo assim, a nossa aten-
e orientar outros. Para tanto, é ne- ção se volta para o mundo a nossa
cessário e imprescindível ouvir as volta e, concomitantemente, para a
pessoas certas, observando o que Palavra de Deus, compreendendo
tem acontecido à nossa volta e em o que aconteceu com o povo de Is-
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rael, aplicando-o ao nosso tempo. suas influências. Percebe-se que in-
divíduos mal-intencionados “planta-
1. O contexto ram” desânimo e medo no povo (Ed.
4. 4-5). Nesse contexto, os profetas
O povo de Israel, após um gran- Ageu e Zacarias exortam veemen-
de período no cativeiro (70 anos), temente a retomada da construção
fruto da sua desobediência à alian- que, por motivos econômicos e ini-
ça (Deuteronômio 28), tem a pos- mizades com os samaritanos, ficou
sibilidade de retornar a Jerusalém paralisada por dezesseis anos (Ed
quando Ciro, o persa, ao vencer os 4.24-5.17). Apesar das circunstâncias
babilônios, adota uma política de desfavoráveis, dos problemas, das
repatriação. Um mover de Deus na lutas, era preciso recomeçar nova-
história e restauração do seu povo mente! Para tanto, deveria ouvir as
(Esdras 1). pessoas e as orientações corretas!

Nesse contexto, os israelitas se 2. Quem são as pessoas


viram diante de muitos desafios, certas?
dentre estes, a reconstrução do
templo de Jerusalém, que havia Quando pensamos sobre a quem
sido destruído por Nabucodono- devemos ouvir, pode ser que de for-
sor, rei da Babilônia (II Reis 25. 8-17). ma imediata tenhamos em mente
O livro de Esdras trata diretamente a orientação apresentada por Deus
dos avanços e retrocessos desse no momento da transfiguração “A
desafio. De um lado os avanços, Ele ouvi” (Mt 17.5). Mas o fato é que,
as motivações e a retomada da re- em meio às decisões e pressões do
construção (Esdras 3), do outro a es- dia a dia, perdemos o foco e, assim,
tagnação (Esdras 4). Começaram a escutamos vozes que podem nos
obra, porém, em meio ao recomeço, levar ao erro.
tudo parou novamente. O que se in-
terpõe entre o sucesso e o fracasso Por esse motivo, é importan-
de um projeto? As pessoas a quem te estarmos cercados de pessoas
estamos ouvindo e a direção para certas. Os profetas Ageu e Zacarias
onde estamos olhando têm muito a foram os homens que trouxeram as
dizer-nos a esse respeito. Enquanto orientações adequadas, falando “em
em Esdras 3, o clima é de seguran- nome do Deus de Israel” (Ed.5.1). Não
ça, ânimo, devoção e adoração com bastava apenas profetizar coisas
a respectiva retomada da constru- sobre Deus, pois os falsos profetas
ção, Esdras 4 fala de desânimo, per- já haviam causado muitos estragos
seguição e paralisação da obra. em meio ao povo, afirmando em
nome dEle coisas que não estavam
Qual a explicação? O povo havia autorizados a falar. Assim, o livro de
dado ouvidos às pessoas erradas e Esdras acrescenta uma sentença fi-
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nal “que estava sobre eles” (Ed.5.1). escolhido de Deus para o futuro.”

a. Pessoas certas são aquelas 3. Ouvir requer disposição


que estão cheias do Espírito Santo e para obedecer (Ed 5.2)
falam em nome de Deus – Esdras 5.1
Após compreender as orienta-
Ageu e Zacarias eram homens ções apresentadas, o povo retoma
que falavam em nome de Deus. imediatamente a construção do
Não basta apenas ouvir àqueles que templo. Era preciso mais do que
afirmam falar coisas sobre Deus. Os apenas ouvir o que era certo, de-
conselhos que trazem vida e trans- veriam colocar em prática todas as
formação precisam vir de pessoas ordens dadas por Deus através dos
que tenham uma vida de intimidade profetas.
e profundidade com o Senhor. É o
Espírito Santo quem deve orientar Um dos grandes dilemas que
nossas ações, sempre em conformi- vivemos não é saber o que é certo
dade com as Escrituras. (as pessoas sabem perfeitamente),
mas a disposição que temos de co-
b. Pessoas certas apresentam pa- locar as orientações que o Senhor
lavras de encorajamento e consolo nos apresenta. Por esse motivo, não
basta apenas ouvir, é preciso decidir
O profeta Zacarias nos aponta obedecer. Zorobabel, líder político,
uma verdade que devemos obser- e Josué, líder religioso, tomaram a
var. Temos que ter o cuidado de, decisão de recomeçar imediata-
mesmo em meio à exortação, apre- mente o trabalho, mesmo sabendo
sentar encorajamento e consolo: que poderiam enfrentar oposição.
“Então o Senhor respondeu palavras Mas havia uma certeza: Deus estava
boas e confortadoras ao anjo que com eles (Leia Ed.5.5 / Zc.4.6).
falava comigo” (Zc 1.13).
Ouvir sem obedecer traz sérias
Conforme afirma John MacArthur, consequências (Ag. 1. 5-11)
na introdução ao livro de Zacarias, o
profeta animou o povo para retomar O profeta Ageu apresenta aos is-
a obra do templo, chamando a aten- raelitas as consequências da sua de-
ção dos judeus não apenas para o sobediência. O povo estava vivendo
presente, mas também para o fu- de maneira egoísta e experimentan-
turo, com a esperança da vinda do do a miséria social e econômica. Ao
Messias. Segundo o comentarista: se esquecerem do Senhor e aban-
“As palavras de Zacarias são, portan- donarem seus postos de trabalho,
to, ‘boas, (...) Consoladoras’ (1.13) tanto Deus trouxe punições sérias, como
para os exilados do tempo do profeta afirma o Dr. Russell Shedd em seu
quanto para o remanescente do povo
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comentário “Por causa da negligên- Para pensar e agir
cia deles com o Senhor e Sua casa,
o Senhor não derramaria Suas ben- 1. Quem são as pessoas que nos
çãos”. Não podemos cometer o erro cercam? Quais características delas
da negligência se desejamos reco- marcam a sua vida e história? Preci-
meçar. Se ouvirmos a voz de Deus samos pensar para quem abrimos
através de homens que Ele mesmo o nosso coração e de que maneira
tem levantado para nos orientar, en- isso nos influencia.
tão desobedecer trará consigo con-
sequências desastrosas. 2. Estamos dispostos a obede-
cer? Obedecer é o segredo do su-
4. Ouvir exige cesso. A desobediência pressupõe
compromisso e empenho castigo. Não basta ouvir diariamente
(Ag. 1. 13-15; Ed 5.2) a vontade do Senhor e seus conse-
lhos, se não decidimos colocá-los
Os profetas estavam com o povo em prática.
e a obra havia recomeçado e, agora,
deveria ser concluída. Para isso, era Bibliografia
necessário empenhar-se para cum-
prir a orientação do Senhor. Nesse Bíblia do Ministro – NVI – Edição 2003
momento, através do profeta Ageu, – VIDA
Deus envia uma palavra de motiva- Bíblia de Estudos MacArthur – Almei-
ção: “Eu estou com vocês” (Ag. 1.13). da Revista e atualizada - Edição 2010 –
Quando nos dedicamos a cumprir a SBB
vontade de Deus, a presença dele Bíblia Shedd – Almeida revista e atua-
faz toda a diferença. Deus é quem lizada – edição 2008 – Vida Nova
garante o sucesso do trabalho, pro- O Peregrino – John Bunyan – Edição
vendo os recursos necessários (leia 2008 – Mundo Cristão.
Zc. 1.16-17).

No livro O Peregrino, de John Bun-


yan, há um momento em que o pe- Leitura Diária
regrino para sua caminhada, ficando SEG Esdras 5.1-17
à beira do caminho. Diante disso, ele TER Ageu 1.1-15
recebe orientação e ânimo para re-
começar. Assim também devemos QUA Ageu 2.10-23
saber que recomeçar exige dedica- QUI Zacarias 1.1-21
ção. E nesse recomeço, estar cer-
SEX Zacarias 2-3
cados de pessoas comprometidas
com Deus e a sua palavra faz toda SÁB Zacarias 5
a diferença. DOM Zacarias 6.1-15

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Data do estudo Lição 5
Texto base: Esdras 6.13,16

Celebrando
Cada Etapa
Vencida
Por Pr. Rafael Antunes

No processo de recomeçar, con- mente reconstruída, no entanto, o


siderar a importância de cada etapa templo sim, e isso era uma grande
da construção é de suma impor- conquista para o povo. A Casa de
tância. É necessário também, des- Deus, lugar de adoração e comu-
cobrir a motivação para entrar na nhão, estava liberada para abrigar o
obra. Os problemas são reais e se povo na sua mais importante obra.
apresentam com toda força. Então, reflita: Como não agradecer,
mesmo que seja apenas uma etapa
Após 13 anos de trabalhos inter- concluída?
rompidos (provavelmente, de 529 a
516 a.C.), os judeus concluem a obra Quero desafiá-lo a pensar comi-
do templo, motivados pela prega- go na situação atual da humanida-
ção dos profetas Ageu e Zacarias de. Um tempo estranho de muitas
(ver Esdras 5.1,2). incertezas e grandes perdas. Dian-
te desse quadro caótico, a igreja
Vivemos um tempo de bus- precisa reagir, e a melhor maneira
ca por coisas grandes, mas sem de fazer isso é trabalharmos três
consistência, o que nos leva a um aspectos nessa nossa leitura de
processo de não valorização das época (ver 1Crônicas 12.32): a aná-
etapas. Jerusalém não estava total- lise das circunstâncias, o conheci-
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mento do projeto e a fé na credi- fiar o povo em “Nome do Deus de
bilidade do Autor. Estes aspectos Israel, cujo Espírito estava com eles”
proporcionam tranquilidade e dis- (5:1), a edificarem a Casa de Deus.
posição para realizar a obra neces-
sária, além, é claro, da vontade de As circunstâncias causadas pela
vê-la concluída, o que estimula a pandemia afetam o emocional e o
observação cuidadosa de cada eta- espiritual de todos nós e têm le-
pa vencida. vado muitos cristãos a se esque-
cerem dos feitos maravilhosos de
1. Análise das Deus. Estamos impedidos de vi-
circunstâncias ver toda a liberdade da comunhão
através das reuniões presenciais.
No capítulo 4 de Esdras, encon- No entanto, temos tido uma gran-
tramos a ação dos inimigos fazendo de oportunidade de fortalecimento
com que a reconstrução do templo dos laços familiares, do estudo da
fosse interrompida. Situação difícil! Palavra, de um tempo maior para a
oração, de chegarmos virtualmente
Analisando o atual momento, a muitos que nunca alcançaríamos.
não é difícil perceber que tem ha- Talvez você diga que continuamos
vido uma intenção velada, mas presos, com dificuldades. Sim, esta-
galopante, de impedir que a igre- mos, porém essas importantes eta-
ja cumpra a sua missão. Olhamos pas do processo de reconstrução
para tudo o que está acontecendo espiritual acima referidas, que há
e é notório que uma das ações mais muito tempo estavam esquecidas,
cruéis para tal intento obstaculante estamos tendo a oportunidade de
é a tentativa de desqualificar a igre- reconstruir em nossas vidas e, por
ja como instrumento de bênção na isso, devemos celebrar.
terra. Muitos cristãos, por causa das
dificuldades deste tempo, estão se Entender este momento será de
entregando a um esmorecimento fundamental importância para nos-
quase que total da fé e, consequen- sa vitória. Os adversários não desis-
temente, da responsabilidade com tem com facilidade, e no capítulo
a missão que recebemos. 5.6,17 fazem uma consulta ao rei
Dario, invocando a história e ques-
Olhando o texto de Esdras 5.1,5, tionando a legitimidade de quem
percebemos que a análise das cir- ordenou a reconstrução. Outro en-
cunstâncias de maneira equilibrada trave para o processo.
faz com que Ageu e Zacarias assu-
mam a responsabilidade de desa- Mais uma vez, Deus permite aos
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judeus entenderem que etapas são tratégias?
importantes e eles contemplam
Deus usando Dario de uma forma Acompanhando projetos elabo-
poderosa para abençoar e fazer rados por amigos arquitetos, vejo
acontecer aquilo que desejavam. a facilidade com que as famílias
Precisamos depender de Deus e
se alegram com a conclusão das
acreditar que é no vivenciar das
etapas, em virtude de percebe-
etapas que percebemos os deta-
lhes, conhecemos as dificuldades rem que o próximo desafio está ali,
e sentimos, em meio às circunstân- bem diante dos olhos. Perceber
cias, o poderoso agir da proteção que Deus deu a vitória na etapa e
dAquele que nos comissionou. ter clareza quanto ao próximo pas-
so é estimulante, e assim é preciso
2. Conhecimento dar atenção a este fato: conhecer o
do projeto projeto.

Em todo processo de constru- Como igreja de Cristo, somos o


ção, a importância de um arquiteto grande projeto de Deus e aí está o
é de grande valor. Ele faz com que desafio. Não devemos olhar para
leigos vislumbrem aquilo que so- os empecilhos ou olhar para nós
nham ver realizado. Quando segui- mesmos. Devemos seguir as orien-
mos o projeto, mesmo que demore tações do Autor, cumprir as etapas
um pouco ou muito, nos alegramos e saber que na conclusão de cada
diante de cada etapa concluída por uma, temos motivos para celebrar o
já sabermos o que ainda está por vir. feito de Deus (Esdras 6.16).

Atentemos, porém, para a atitu- Em um final de tarde, durante


de de Tatenai, o governador, e seus nossa viagem missionária à Ama-
companheiros, que fizeram pon- zônia, entregamos aos missionários
tualmente segundo o que decretou duas bolas. Ao olharmos para eles,
o rei Dario. Quero destacar: PON- estavam chorando e resolvemos
TUALMENTE (6.13). Assim, pergun- perguntar o porquê, e eles nos res-
to: como estamos tratando a obra ponderam: “Este era nosso sonho,
que Deus nos confiou? Será que, pois evangelizamos os meninos atra-
de fato, estamos preocupados em vés do esporte, mas não tínhamos as
conhecê-la na sua totalidade para bolas.” Pense comigo: isso não seria
que, então, possamos definir as es- razão de celebração?
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3. Credibilidade do Autor processo de construção, e logo
consigo ver com motivação a pró-
O decreto do rei Dario em Esdras xima etapa a ser iniciada (Hebreus
6.8, mostra Deus cumprindo, inde- 12.1). Celebro cada etapa por saber
pendentemente das circunstâncias, que cada uma faz parte do cumpri-
o que prometeu. Seremos gratos mento da promessa do Autor e nele
e com motivos para celebrarmos, confio, pois já sei como a obra será
quando confiarmos incondicional- concluída (Filipenses 1.6).
mente no Autor do projeto: o Deus
de Israel. Neste tempo, precisamos Para pensar e agir
nos apresentar para a realização
do projeto assim como os judeus 1. A conclusão de um projeto é o
se apresentaram (6.17,18). Precisa- objetivo de todos que iniciam uma
mos entender que celebração é a obra. No entanto, aprender a valo-
manifestação pessoal daquilo que rizar cada etapa ajudará, e muito,
sinto e vejo Deus fazendo, antes de na manutenção da satisfação e no
tudo na minha vida e, então, reco- encorajamento para o início da pró-
meçar. Não será tão difícil quanto xima etapa, que tende a ser mais
parece. Diante das adversidades, a difícil.
igreja precisa estar de pé, atuante,
criativa, aceitando os desafios e se 2. Assim como fizeram os filhos
aprimorando para este novo tempo. de Israel, celebremos com rego-
Assim, louvo a Deus por ver cada zijo cada etapa concluída, até que
etapa concluída e saber que só foi possamos chegar à conclusão des-
possível porque Deus nos aben- ta grande obra, quando veremos o
çoou. Louvo porque estou tendo nosso Deus face a face.
oportunidade de recomeçar e isso é
evidencia de preservação da parte
de Deus, que cuida de mim. Louvo a
Leitura Diária
Deus por ver que, mesmo em meio
a adversidades, somos em Cristo SEG Esdras 3.1,7
mais que vencedores. Louvo a Deus TER Esdras 3.8,13
por saber que, mesmo imperfeito, QUA Esdras 4.1,23
ainda assim, Ele me ama, cuida de
QUI Esdras 5.1,5
mim e me usa como instrumento
abençoado e abençoador. Conside- SEX Esdras 6.1,12
ro, portanto, tudo que já enfrentei, SÁB Esdras 6.13,15
como etapas cumpridas em meu DOM Esdras 6.16,18

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Data do estudo Lição 6
Texto base: Esdras 7.10

Caminhando na
Direção Certa

Por Pr. Clademir Faria

Esdras é citado como um es- mem de Deus, para somar na vida


criba hábil na Lei de Moisés e daqueles que vivem o grande
tem a tarefa primordial de ensi- desafio de recomeçar na direção
ná-la aos que não a conheciam certa.
(Ed 7.25). Dentre as suas caracte-
rísticas, deveria sobressair a de 1. A disposição de
um homem intérprete da Palavra conhecer a vontade de
Deus
de Deus, professor, daqueles que
procuram conhecer a Lei, cumprir
Vivemos em um tempo em que
e vive-la, e só então ensinar. Eu
cada dia surge novidades con-
e você, crentes em Jesus, fomos
trárias à Palavra de Deus. A reve-
chamados por Cristo para esta
lação bíblica ficou em segundo
missão: “Ide e fazei discípulos” (Mt
plano, dando lugar a experiências
28.19). Esta é a direção certa para
místicas que satisfazem o ego
a vida do discípulo de Cristo.
humano. A corrida desenfreada
em busca de milagres imediatis-
Vejamos então três elementos
tas tem substituindo o examinar
importantes na vida desse ho-
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meticuloso da Revelação Divina. 2. A habilidade de
Estamos diante de uma geração transmitir a vontade
frustrada espiritualmente, oca e de Deus
carente de direção.
O versículo seis, do capitulo
Esdras sabia que a verdade sete, do Livro de Esdras, fala dele
como um homem entendido e co-
estava na Escritura. A Bíblia preci-
nhecedor da Palavra, “hábil na Lei
sava ser trazida para o lugar que
de Moises dada pelo Senhor”. (Ed
lhe pertencia. Apenas era neces-
7.6). Além de sacerdote, Esdras
sário um homem com o coração
era escriba, tinha recebido uma
disposto a ser ensinado junto com
autoridade governamental, um
o seu povo. Então Esdras parte de cargo como secretário designado
Babilônia rumo a Jerusalém, car- para executar algumas funções
regando não apenas sua baga- de confiança, como, por exemplo,
gem de viagem, mas um coração fazer o controle e alistamento de
disposto. Como um estudioso e contingente, também era um re-
exímio conhecedor das Escritu- visor literário e, o que já foi fala-
ras, Esdras sabia que nela estava do anteriormente, fazia cópias de
o caminho para conhecer a von- textos sagrados (Ed 7.11,14,25; Ne
tade de Deus, então ele dispôs 8)
o seu coração para conhecer o
querer de Deus. Precisamos des- Esdras estabeleceu estraté-
sa disposição também. Precisa- gias, orientado pelo Senhor, para
mos valorizar a Palavra. Precisa- levantar uma comunidade empo-
mos viver experiências profundas brecida cultural, social e espiri-
com o Soberano Deus através da tualmente. Ele avalia as condições
leitura e o estudo da Sua Palavra,do povo judeu com o objetivo de
para assim também contagiar ou- fazer as mudanças necessárias.
Esdras identifica que a raiz do pro-
tros. Conduzir pessoas até a von-
blema estava no distanciamento
tade de Deus só será possível se
do povo das Escrituras Sagradas.
a Bíblia for conduzindo-nos. Só é
E, com alegria, vemos que o povo
possível chegar a Deus se o co-
aceitou a orientação de Esdras e
nhecermos, só é possível conhe-
seguiu seus conselhos. A Habili-
cer a Deus se ouvirmos sua voz. dade em transmitir a vontade de
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Deus a um povo carente de luz de Esdras apontou para Deus e
vem de um preparo minucioso, de sua vontade. Ele falava e discur-
uma busca incansável de melho- sava bem, mas sua intenção não
res estratégias e principalmente era atrair atenção para si mesmo,
de vivermos inteiramente debai- mas para que o povo enxergasse
xo da boa mão do Senhor (Ed 7.9 nele o Senhor. Assim aconteceu:
e 28). A missão de Esdras não era todos em volta conseguiam en-
nada fácil, como também a nos- xergar Deus nele. O seu discurso
sa realidade hoje. Lembremo-nos e o seu caráter estavam afinados.
das palavras desse homem de
Deus: “Assim visto que que a mão Quando olhamos o ministério
do Senhor, meu Deus, estava sobre do senhor Jesus, podemos ver
mim, encorajei-me...”
a mesma atitude que até hoje
nos ensina: mesmo sendo Deus,
Confiemos! Dependamos do
apontava sempre os olhos da hu-
Senhor! Ele nos orienta, Ele nos
manidade para o Pai. As palavras
ensina, Ele nos mostra a melhor
forma de transmitir o seu querer, de Jesus eram cativantes, mul-
a Sua Palavra. tidões o seguiam maravilhadas,
porém a cada passo, a cada mila-
3. O Caráter de viver gre, o Pai era glorificado.
aquilo que o Senhor
deseja que vivamos Vivemos tempos difíceis. Os
púlpitos têm relativizado os ensi-
O livro de Esdras nos apresenta namentos bíblicos para agradar
este personagem como alguém os ouvintes. A glória de Deus está
que vivia o que pregava. Esdras sendo esquecida e os aplausos
não revelou ser um homem com são a energia que alimenta o ego
atitudes distantes da sua fé. Ele humano. Há uma verdadeira cri-
era estudioso, letrado, o que já se moral que, às vezes, se instala
sabemos, porém não era apenas dentro da nossa própria casa. So-
isso, Esdras era um conhecedor mos crentes na igreja e fora dela
e um hábil orador, coerente e co- nos revelamos carnais. Às vezes,
nhecido pela sua integridade e há um abismo entre o que fala-
caráter. Tudo na vida e ministério mos e o que fazemos. Enquanto
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isso, a vontade de Deus se distan- mão nos conduza, então desfru-
cia cada vez mais, e a nossa in- taremos dos efeitos de vivermos
fluência se torna tóxica e contrária no centro do querer do Senhor.
ao querer do nosso Criador. Pre- Se permitirmos que a boa mão de
cisamos moldar o nosso caráter e Deus nos ensine, seremos aptos e
dobrar as nossas vontades. Preci- habilidosos no ensino da Palavra,
samos com urgência que os Es- moldando a cada dia nosso cará-
dras desta geração se levantem ter aos padrões dAquele que nos
com ousadia! Que Deus nos ajude chamou.
a viver exatamente o que Ele de-
seja que vivamos. Para pensar e agir

Conclusão 1. Você tem buscado conhecer


a vontade de Deus em sua vida?
Esdras concluiu com sucesso a
sua missão. Mesmo enfrentando 2. Você tem aperfeiçoado seus
dificuldades, ele caminhou na di- dons e talentos para a obra de
reção certa. A sua confiança e de- Deus?
pendência sempre estiveram no
3. O que tem nos faltado para
Senhor. A boa mão de Deus, men-
expressamos o caráter do Senhor
cionada por ele aproximadamen-
em nós?
te seis vezes, fez toda a diferença
na sua trajetória. A boa mão de
Deus abre portas para a propaga-
ção da sua Palavra: “...o rei lhe deu
tudo quanto lhe pedira” (Ed 7.6). Leitura Diária
A boa mão de Deus nos anima e
SEG Isaías 55.1-9
nos encoraja: “...encorajei-me...” (Ed
TER Salmo 25.8-10
7.28). O nosso coração disposto
terá a força necessária para per- QUA Provérbios 2.2-15

manecer firme e constante, com QUI Deuteronômio 5

ânimo e fervor espiritual. Se esti- SEX Mateus 7.13-14


vermos em Deus e Deus em nós, SÁB Provérbios 4.18-19
se permitirmos que a sua boa DOM 2 Samuel 22:31-33

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Data do estudo Lição 7
Texto base: Esdras 9:5-9

Esquecendo
o Orgulho

Por Pr. Elizeu Rocha

Nos livros de Esdras, Daniel e com o pecado do povo. Essa ati-


Neemias, exatamente no capítu- tude produziu o esvaziamento de
lo 9 deste último, encontramos a qualquer sentimento de orgulho
oração pela nação, uma oração ou vaidade.
de humilhação para a restaura-
ção do povo de Deus. Esdras fa- Para vivermos uma transforma-
zia parte da tribo de Levi, era um ção em nossa vida, precisamos
exímio conhecedor das Escritu- esquecer o orgulho, reconhecen-
ras e ajudou na reconstrução do do onde caímos ou erramos. Após
templo destruído por Nabucodo- este reconhecimento, iniciamos
nosor. Esdras traz um avivamento o processo de reconstrução de
para o retorno às Escrituras e para uma nova história.
viver na centralidade da vontade
de Deus. O recomeço ou a res- 1. Quando esquecemos
tauração do povo iniciou com um o orgulho, entramos em
coração humilde e uma confissão oração de intercessão (v.5)
de reconhecimento de pecados.
Apesar de não ter relação naque- Esdras recebeu a informa-
les pecados, Esdras se identificou ção de que vários homens se

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casaram com mulheres de ou- gias, partidos e religiões. Preci-
tros povos. Esta era uma atitude samos deixar de lado nossa visão
completamente condenada por pessoal e orgulho, e atuar interce-
Deus (Dt.7:3-4). Seus filhos esta- dendo para que este Brasil supe-
vam aprendendo outras línguas re todas as adversidades. Precisa-
e a adoração a deuses estranhos. mos ser um povo cristão que não
Esdras estava transtornado com se permita dividir pelos interesses
o que estava acontecendo e não humanos, partidários e ideoló-
apenas se humilhou, mas foi orar. gicos, mas que clame pelo valor
do indivíduo, praticando a oração
Orar é buscar direção de Deus intercessora, buscando verda-
para nossa vida, buscar solução deiramente a libertação do povo,
para os problemas e crises. Por não só social e economicamente,
meio da oração, demonstramos mas, sobretudo, espiritualmente.
total dependência diante das ad-
versidades que se levantam. Mui- 2. Quando esquecemos o
tas vezes, as pessoas tomam uma orgulho, nos identificamos
decisão precipitada, sem sequer com o próximo (v.6)
solicitar uma oração a uma pes-
soa próxima ou procurar um líder A humildade e humilhação de
sábio para um aconselhamento Esdras, mesmo inocente de tais
pastoral. As pessoas fazem suas pecados, pressupunha que ele fi-
escolhas e tomam suas decisões, zesse parte deles com eles – “(...)
as quais lhes farão lamentar pelo porque as nossas iniquidades se
resto de suas vidas, simplesmen- multiplicam sobre nossas cabe-
te por acolher o orgulho e acha- ças, e a nossa culpa cresce até
rem que podem resolver os seus os céus” (Ed 9.6). Esdras se coloca
próprios problemas sozinhos. como intercessor do povo e pro-
cura o arrependimento e perdão
Depois de arrancar o cabelo de dos pecados. Não apenas reco-
sua cabeça e os fios de sua barba nhece os erros da sua época, ele
(v.3), num gesto extremo de in- vai além, reconhecendo os peca-
dignação, ele intercede pelo seu dos de seus pais os dias em que
povo. Esdras realiza uma oração vivia.
pela nação. Como hoje se faz ne-
cessária tal atitude. Vivemos em Colocarmo-nos no lugar do ou-
um Brasil dividido entre ideolo- tro demonstra o esvaziamento de
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sentimentos pessoais, que bus- meu próximo falhe comigo ou
cam o próprio interesse. Quando cometa algum delito, terei mise-
olhamos para Cristo, o Deus que ricórdia dele, entendendo que
se fez carne, podemos perceber também sou pecador e sujeito a
que Ele deixou a sua glória, para cair e a pecar contra Deus. Essa
se tornar um de nós, sofrendo visão e sentimento tornam-nos
fome, sede e dor para buscar a li- mais humildes e compreensivos,
bertação de todo aquele que crê não tendo nenhum prazer sobre
em seu nome (Jo 3.16). a situação de quaisquer pessoas
que estejam vivendo momentos
Quando renunciamos o orgu- de dor e sofrimento por causa de
lho, nossos títulos, nosso poder algum pecado cometido.
financeiro, nossa fama ou beleza
e nos concentramos no sofrimen- 3. Quando esquecemos o
to, pecados e dor do povo, pode- orgulho, entendemos que
mos verdadeiramente cumprir o somos abençoados em
segundo mandamento, “ama teu meio às lutas (v.9)
próximo como a ti mesmo” (Mt.
22.39). Infelizmente vivemos um Judá permanecia no cativeiro
período pós-moderno em que a dos babilônicos, e a Pérsia, uma
busca pelo poder, prazer e indivi- potência estrangeira, estava lhe
dualismo tem formado uma gera- favorecendo, permitindo o re-
ção insensível e indiferente à dor torno a Jerusalém, a construção
dos outros. do templo e a reconstrução das
muralhas. Esdras reconhece que
Precisamos reconhecer nos- Deus não tinha desamparado seu
sos pecados diante de Deus. Nós povo, e que, de alguma forma,
estávamos condenados e Ele, o governo pagão estava sendo
pelo seu amor, resolveu nos sal- instrumento para que o povo re-
var. Dessa forma, conseguiremos vivesse, e Deus estava agindo no
entender os erros que pessoas tempo por meio de sua misericór-
cometem conosco, as falhas e li- dia. Eles eram escravos e servos
mitações que possam ter. Renun- de Babilônia, mas também servos
ciando nosso orgulho, podemos do Deus altíssimo. Mesmo debai-
olhar para o próximo e entender xo do poderio persa, mas, sobre-
que somos iguais e carecemos tudo, debaixo das promessas de
das misericórdias de Deus. Caso restauração e bençãos do Deus
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vivo. glória, comandando e dirigindo o
universo. Ele não esqueceu você!
O orgulho muitas vezes impede Ele prometeu estar conosco to-
que reconheçamos a misericórdia dos os dias até a consumação dos
de Deus sobre nós e também até séculos (Mt. 28:20).
a ajuda de pessoas que em algum
momento nos tiraram de alguma Para pensar e agir
dificuldade. A verdade, porém, é
que ninguém vence sozinho, não 1. Sabemos que o pecado tem
conhecemos todas as respostas e trazido grande prejuízo para o
precisamos uns dos outros. povo de Deus. Em qual área da
sua vida você precisa quebrar o
Infelizmente, tivemos a oportu- orgulho?
nidade de conhecer pessoas que
venceram na vida com ajuda da 2. Precisamos confessar nossa
esposa, amigos e filhos, e hoje, dependência de Deus. Recome-
depois do sucesso, abandonaram çar com sucesso é deixar a autos-
suas famílias, para construir outra suficiência e confiar na direção do
família, não dando o devido reco- Senhor.
nhecimento às pessoas envolvi-
das com o seu sucesso. 3. Como tem sido o seu mo-
mento de oração? A qualidade
A caminhada ministerial, pro- desse momento é vital para qual-
fissional ou familiar é construída quer sucesso na vida.
com várias mãos. Pessoas pas-
saram e ajudaram você a chegar
exatamente onde você está. Mes-
mo diante da luta, pessoas foram
Leitura Diária
usadas por Deus para abrir as
portas e orientar a sua caminha- SEG Mateus 18.15-17
da. Esdras reconhece que, mes- TER Tiago 1.5-8
mo diante da servidão, Deus es- QUA Lucas 18.1-8
tendia a sua mão misericordiosa QUI Salmo 32.3-5
para abençoar o povo. Agradeça
SEX Mateus 6.9-13
a Deus mesmo que as lutas es-
tejam duras e constantes em sua SÁB 1 João 1.5-10
vida. Ele permanece no trono de DOM Salmo 51.3-7

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Data do estudo Lição 8
Texto base: Neemias 2.18

Disposição e
Confiança

Por Pr. Márcio Antunes

A destruição de Jerusalém por 1. A lembrança do quanto


ordem de Nabucodonosor, con- Deus tem sido bom
cluída em 586 a.C., fez parecer
Após o relato que obteve da
que os planos de Deus para Seu parte de seu irmão Hanani, do
povo pudessem ser frustrados e quanto Jerusalém se tornara terra
que Sua soberania, naturalmente, arrasada, Neemias chorou, jejuou,
viesse a ser desacreditada. Jeru- orou e derramou seu coração
diante do rei Artaxerxes, com o in-
salém tornou-se uma terra arrasa-
tuito de dispor sua vida, para que
da, perdera seu templo, seu culto os muros fossem reerguidos, ob-
e seus muros. Na lição de hoje, jetivando restabelecer proteção
veremos as motivações que leva- contra os inimigos que os rodea-
ram Neemias a desafiar o povo à vam.
reconstrução dos muros, fato que
Depois de toda explicação
devolveu segurança e dignidade dada ao rei acerca da deprimente
à Jerusalém. situação de Jerusalém e da soli-
citação para que fosse ver como
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estava a cidade, Neemias recebe direita do Altíssimo não age mais”
da parte de Artaxerxes, não só (Sl 77.10). Essa foi a impressão que
autorização, como também toda teve Asafe em seu tempo de dor,
segurança e suprimento para o mas logo, em seguida, ele tomou
empreendimento. Com todas as uma decisão que mudaria tudo:
portas abertas, Neemias não se “Recordarei os feitos do SENHOR;
‘gabou’ de sua capacidade de recordarei os teus antigos mila-
persuasão, nem mesmo atribuiu à gres. Meditarei em todas as tuas
bondade do rei o sucesso de sua obras e considerarei todos os teus
solicitação. Como servo de Deus, feitos” (Sl 77.11,12).
ele soube reconhecer de onde
teria vindo a sua bem-sucedida Recordar, meditar e conside-
tentativa: “... Visto que a bondosa rar sobre o quanto Deus tem sido
mão de Deus estava sobre mim, o bom é o primeiro passo para o re-
rei atendeu os meus pedidos” (Ne começo de tudo o que porventura
2.8). Neemias ‘colocou na conta’ tenha vindo por terra em nossas
da bondosa mão de Deus sobre vidas. Pensemos nisso!
sua vida a aquiescência do rei, ao
conceder-lhe mais do que havia 2. Disposição e coragem
sido pedido. para recomeçar

Nas experiências devastado- “Sim, vamos começar a re-


ras enfrentadas nos dias de hoje, construção.”, foi a resposta do
muitas vezes, com a realidade povo ao chamado de Neemias.
de uma verdadeira terra arrasa- Tudo o que passa por destrui-
da, será preciso que tenhamos ção, na vida dos servos de Deus,
sempre diante de nossa mente o deve experimentar um processo
quanto a mão de Deus tem sido de retomada, mas para reerguer
bondosa para conosco, ao nos alicerces derrubados, é preci-
proteger, livrar e guiar. O deses- so muita disposição! Recomeçar
pero de hoje não pode nos fazer não é fácil em nenhum sentido
olvidar do agir de Deus em nossas da vida. Como dito pelo escritor,
vidas; o que está obscuro, agora, poeta e dramaturgo irlandês Os-
não deve fazer-nos pensar que car Wilde: “Todo santo tem um
Deus não aja mais. “Então pensei: passado e todo pecador tem um
A razão da minha dor é que a mão futuro”. As experiências positivas
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e negativas da vida têm a marca recomeço. Coragem não é a au-
da desconstrução. Os perdoados sência do medo, pois ela se ma-
procuram reconstruir ‘às duras nifesta diante de um medo real. O
penas’ o dano deixado pelo pe- medo pode inibir ou desafiar uma
cado; os pecadores precisam crer reação. Sendo assim, é a coragem
que haja futuro para aquele que que nos permitirá reagir, positiva-
se dispõe a recomeçar sua vida, mente, diante do temor, uma vez
seu relacionamento com Deus e, que o risco eminente de uma der-
portanto, em ambos os casos, a rota já está a nossa frente, então,
disposição do filho pródigo preci- sem coragem não haverá reco-
sa ser presente: “Levantar-me-ei, meço.
e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei:
Pai, pequei contra o céu e perante Neemias se preparou espiri-
ti...” (Lc 15.18). tual e estrategicamente para a
reconstrução dos muros. Sua pru-
Para reconstruir, é preciso re- dência ao procurar, em silêncio,
começar, ainda que, isso signifi- reconhecer a desastrosa situa-
que algo muito pequeno. Reco- ção, confiado na bondosa mão de
meçar um casamento destruído, Deus sobre sua vida, o encorajou
uma vida moral arruinada; re- a começar a obra, desafiando o
construir finanças abaladas, a povo a trabalhar para não mais
confiança perdida e tudo o mais permitir que, os inimigos lhe in-
que tenha sido lançado ao chão, fringissem tamanha humilhação.
somente será possível ver a obra Disposição e coragem, juntamen-
restaurada, se a disposição for tal, te com vidas debaixo da bondosa
que nos leve a recomeçar a partir mão de Deus, é a receita para a
dos escombros, pouco a pouco: reconstrução de muros.
“Pois aqueles que desprezaram
o dia das pequenas coisas terão 3. A confiança no bom
grande alegria ao verem a pedra projeto
principal nas mãos de Zorobabel”
(Zc 4.10). “... E se encheram de coragem
para a realização desse bom pro-
A disposição, naturalmente, jeto”. Nesse viés, então, surge a
exigirá uma coragem para enfren- pergunta: Em que se baseava a
tar os desafios de um duro e difícil ‘coragem’, a qual se apoderou
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do povo para que a reconstrução trução, em qualquer área de nos-
fosse levada a cabo? O texto afir- sas vidas, deve ser encarada com
ma que foi a ‘confiança’ de que o disposição, coragem e confiança,
projeto era bom! Portanto, valeria na certeza de que Deus tem sido
à pena investir nele, mesmo que bom ao longo de nossa história,
por hora só houvesse escombros pois Ele mesmo fará com que se-
à frente. jamos bem-sucedidos!

O projeto era bom, primeira- Para pensar e agir


mente, porque estava debaixo da
aprovação e do cuidado de Deus; 1. Neemias estava diante de
era bom, porque Neemias havia uma tragédia, mas não se deixou
estudado todas as possibilidades; intimidar por tal situação.
era bom, porque a liderança de
Neemias era confiável, visto que 2. Neemias confiou e depen-
ele estava completamente com- deu de Deus em todas as fases do
prometido com a reconstrução. O projeto, pois sabia que qualquer
projeto era bom e, por isso, o povo projeto vindo de Deus seria bom!
podia confiar no sucesso do em-
preendimento, mesmo sabendo 3. Disposição, coragem e con-
que obstáculos iriam surgir, den- fiança no Senhor são os requisitos
tre eles, uma oposição velada, necessários para uma nova histó-
mas incapaz de impedir a ação ria. Vamos reconstruir?
de um povo disposto, corajoso e
confiante.

A ‘confiança’ fez com que Nee-


Leitura Diária
mias enfrentasse os opositores, os
quais zombavam e humilhavam o SEG Salmos 77.11-15
povo, por conta de seu estado de TER Josué 1.1-9
destruição. Todavia, baseado no QUA Mateus 11.28-30
que Deus iria fazer, bem como na QUI Daniel 10.17-19
confiança do cuidado e proteção
SEX Neemias 1.4-11
de Deus, tudo isso fez com que a
SÁB Naum 1.7
obra de reconstrução dos muros
fosse bem-sucedida! A recons- DOM Habacuque 3.17-19
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Data do estudo Lição 9
Texto base: Neemias 3

Planejar Para
Vencer

Por Pr. Thiago Soares

Estamos passando por um ponto de partida é a reconstrução


momento muito parecido com o dos nossos muros e o planeja-
vivido pelo povo de Jerusalém. mento para vencer é: buscar toda
Depois de um tempo em confina- proteção e segurança possíveis.
mento, temos adiante o desafio de
retomar nossas atividades e, por 1. O planejamento
meio da experiência dos judeus, precisa de exemplos
podemos tirar lições que viabili- encorajadores!
zem nosso recomeço para a cons-
trução de um futuro abençoado Quando as coisas estão pa-
por Deus. Se os nossos irmãos do radas, muitos tendem a se aco-
passado se dedicaram ao planeja- modar na inércia. Dificilmente, as
mento em prol da proteção e se- pessoas se envolverão num pro-
gurança através da reconstrução pósito de forma espontânea, mes-
dos muros, conosco não poderá mo que seja por um bom objetivo.
ser diferente. Nós temos que cui- Elas precisam de exemplos bons,
dar da proteção. Retomar ‘sim’, encorajadores, que as inspirem a
mas com todas as medidas neces- seguir o caminho e fazer o mesmo.
sárias para a segurança do nosso Na reconstrução dos muros de Je-
povo. Vamos recomeçar! Nosso rusalém, este exemplo começou
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pelo líder religioso (v.1). Eliasibe era de Neemias é um registro minu-
o Grande Sacerdote e, juntamente, cioso de tudo o que aconteceu
com os seus colegas sacerdotes e que foi imprescindível para o
começaram a executar a obra. sucesso da operação. Podemos
considerá-lo uma ‘ata’, cujos rela-
Os líderes religiosos exercem tos entraram para a história bíblica
grande influência sobre as pes- e para o conhecimento de fatores
soas e devem dar bons exemplos relevantes, objetivando a supera-
de comportamento e atitude que ção dos desafios que se levantam
inspirem o povo a fazer o mesmo. na vida.
Outro exemplo visto na ‘recons-
trução’ veio do líder político (v.9). O versículo dois, por exemplo,
Refaías era governador da metade como demais versículos também
de Jerusalém e também não se abordam, aparece uma ajuda vin-
omitiu, antes participou ativamen- da de fora, um auxílio externo.
te da obra. Em momentos de crise, Homens de Jericó e de outras ci-
o povo precisa de referência(s). O dades se mobilizaram para ajudar
horizonte parece cinza, sem nada Jerusalém (v.2). Essa é uma via
claro para se esperar. de mão dupla, porque ao mesmo
tempo em que precisamos ser
Nesse prisma, então, as pes- humildes para aceitar a ajuda de
soas precisam de exemplos que pessoas no que tange à resolução
encorajam; líderes que conse- de nossos problemas, precisamos,
guem enxergar além do horizonte, também, nos dispor para ajudar
a luz no fim do túnel, os quais mos- aos outros a superar seus desafios.
tram a direção pela qual se deve
caminhar. No caso da pandemia, é mister
a ajuda de povos para garantir a
2. Planejar para vencer segurança a favor do recomeço, e
deve contar com todos! não podemos discriminar os povos
por causa de preconceitos este-
A reconstrução do muro de reotipados. O mundo todo precisa
Jerusalém começou no norte e se unir para produção e distribui-
avançou no sentido anti-horário. ção das vacinas. Exemplos e estra-
Para cercar toda a cidade, muitos tégias devem ser compartilhados,
recursos foram necessários. Toda a fim de ajudar e servir de orien-
ajuda era bem-vinda e precisava tação para situações semelhan-
ser envolvida. O capítulo terceiro tes, as quais por ventura venham
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acontecer. buição e não se envolver pessoal-
mente.
Toda ajuda é tão importante
que, até adaptações e improvi- A ajuda de cada um pode acon-
sações poderão acontecer para tecer de múltiplas formas, depen-
solucionar problemas. O texto diz de do contexto, mas o que não
(v.8) que Uziel, um ourives, deixou podemos esquecer é de valorizar
seu trabalho com ouro para ‘colo- a figura do indivíduo. Um dos prin-
car a mão na massa’ e ajudar na cípios dos batistas diz que: cada
reconstrução do muro. Hananias, o indivíduo é um ser único e de valor
perfumista, deu um tempo com os infinito. Como igreja, precisamos
perfumes para se dedicar ao mes- lembrar que existimos também
mo trabalho. para servir e abençoar as pessoas.
Em sua ‘ata’, Neemias registrou um
Para recomeçar talvez seja ne- gesto simples, porém que ficou
cessário improvisarmos, adaptar- eternizado pela boa ação: Mal-
mos, mas necessitamos recome- quias foi colocar trincos e trancas
çar de alguma forma. As igrejas, nos portões (v.14).
retomando os cultos presenciais,
tiveram que se adaptar. As fun- É como se hoje fizéssemos
ções dentro da igreja tiveram que uma postagem, homenageando
ser mudadas, e por mais que isso o irmão ou a irmã que estava por
seja estranho, devemos reconhe- trás da câmera de filmagem ou da
cer que é necessário para um re- equipe que se encontra na recep-
começo seguro. ção dos cultos para higienização
das mãos e receptividade.
3. Planejar para
vencer precisa de Toda ajuda para o recomeço é
comprometimento bem-vinda, e por mais singela que
pessoal! seja, é relevante. Uma contribui-
ção mínima vai ajudar bastante.
Reconstruir o muro era um E por fim, a ajuda que fez toda a
grande desafio, o qual se tornou diferença para a reconstrução do
possível devido ao comprometi- muro veio do comprometimento
mento de todos. Recomeçar com das famílias (v.23). Neemias fez as
segurança é o nosso objetivo ago- pessoas entenderem que, a re-
ra, e também não conseguiremos, construção do muro daria segu-
se cada um não der a sua contri- rança às suas famílias e, por isso,
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elas deveriam estar engajadas vamos reconstruir nossos muros e
nesse projeto. Foi assim que, cada garantir nosso recomeço.
lar ficou responsável por construir
a parte do muro em frente de sua A crise precisa ser deixada para
própria casa. trás, e a pós-crise deve vir rechea-
da de bons exemplos de ajuda
Hoje, as famílias precisam en- por todos os lados, bem como do
tender que elas mesmas são as comprometimento de cada um de
mais abençoadas pelo trabalho da nós.
igreja, e isso, por si só, já deve ser
um fator motivador para o envolvi- Para pensar e agir
mento dos lares na obra de Deus.
Recomeçar com segurança é o 1. Nossos líderes estão compar-
nosso propósito, a fim de chegar- tilhando bons exemplos? O que
mos lá. Assim sendo, necessita- podemos fazer para ajudá-los?
remos do comprometimento das
famílias. 2. Por que temos dificuldade de
receber ajuda? O que podemos
Conclusão fazer para ajudar aqueles que ne-
cessitam?
O capítulo terceiro, do livro
de Neemias, nos mostra um ex- 3. Como podemos valorizar os
traordinário planejamento para a indivíduos em suas funções na
construção dos muros da cidade. obra de Deus?
O resultado foi o êxito! Destarte,
aprendemos com Neemias a pla-
nejar, cuidadosamente, todas as
nossas ações para sermos bem-
-sucedidos! Leitura Diária
SEG Provérbios 16.1-7
A reconstrução dos muros de
TER Lucas 14.28-21
Jerusalém nos ensina que, para
recomeço de nossas vidas, pre- QUA Jeremias 29.4-14
cisamos antes de qualquer coisa QUI Tiago 4.13-16
garantir a ‘segurança’. Tudo o que SEX Miquéias 2.1-3
fizermos, perderá completamente SÁB Provérbios 15.14-24
o sentido, caso não preservemos
a segurança das pessoas. Por isso, DOM Salmos 10
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Data do estudo Lição 10
Texto base: Neemias 4.13-18

Trabalhar
e Vigiar

Por Pr. Ronem Rodrigues

Nesta lição iremos notar que, Por analogia, como Igreja do


Neemias está trabalhando a re- Senhor, precisamos reconstruir os
construção dos muros da cidade muros espirituais de nossa socie-
de Jerusalém. A cidade havia sido dade devastada, sucumbida ao
tomada pelos babilônios, seus poder do pecado. Para assumir-
muros derrubados e suas portas mos tal desafio, necessitamos ou-
queimadas. Muros trazem sensa- sadamente ter uma espada à mão
ção de segurança, de proteção. e executar o trabalho com a outra
Nas cidades antigas, os muros mão. Não devemos descuidar do
eram imprescindíveis para se ava- trabalho confiado a nós, de pre-
liar o grau de segurança de seus gar o evangelho da salvação em
habitantes. Como homem de Deus Cristo, e sermos vigilantes contra
que se preocupa com seu povo, ao as astutas ciladas do inimigo. No
tomar conhecimento de tamanha poder do Espírito Santo e para a
desolação e sofrimento, Neemias glória de Deus, precisamos agir
lamenta, chora e se levanta para em duas frentes: trabalhar e vigiar.
agir, e trabalhar em favor do povo.
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1. Trabalhar (v.13) nossas famílias têm sido derruba-
dos. Valores que, outrora eram ca-
É importante observar que, ros, têm sido desprezados numa
Neemias põe as famílias para tra- cultura influenciada pelo socialis-
balhar cada qual diante de sua mo, hedonismo, iluminismo, nar-
própria residência. Com esse ato, cisismo, marxismo e tantos outros
Neemias se mostra um exímio “ismos”, que têm afrontado e di-
estrategista! As famílias trabalha- lacerado a família na tentativa de
vam a reconstrução dos muros, os desconstruí-la. Nossa luta em de-
quais estavam derrubados ime- fesa da família, conforme instituída
diatamente a sua frente. Logo, não por nosso Deus, deve ser constan-
havia problemas quanto à locomo- te. Nosso trabalho para defendê-la
ção até a área de trabalho. Com deve ser hercúleo. A vida cristã é
efeito, todos poderiam ter sempre uma ‘vida de serviço’. Em I Corín-
os olhos sobre sua casa e sobre tios 15.58, Paulo nos encoraja ao
suas posses. trabalho cristão: “portanto, meus
amados irmãos, sejam firmes, ina-
Assim, famílias trabalhando uni- baláveis e sempre abundantes na
das fortaleciam os laços entre si e obra do Senhor, sabendo que, no
tinham a agradável sensação de Senhor, o trabalho de vocês não
estar lutando para o bem de to- é vão”. O próprio Jesus afirmou
dos. O muro reconstruído diante que: “quem lança a mão no arado
da casa significava que a família e olha para trás não é apto para
estava protegida, segura, inalcan- seu Reino” (Lucas 9.62). O servo de
çável pelo inimigo. Neemias deixa Jesus Cristo “trabalha enquanto é
bem clara essa visão no verso 14: a dia porque sabe que a noite vem,
luta que o povo se propusera lutar quando não vai mais trabalhar”
não era uma luta individual, mas (João 9.4). O trabalho cristão se
coletiva; estavam lutando pelos restringe a esse mundo.
seus irmãos, pelos seus filhos, pe-
las suas filhas, por suas mulheres, Todavia, quando formos convo-
por suas casas. cados ao encontro do Senhor todo
o trabalho será encerrado (Ecle-
Mais do que nunca, precisamos siastes 9.10). Sendo assim, todo
compreender que estamos lutan- o trabalho realizado por nós em
do por nós e nossas famílias. Os nossa vida deve ser para a glória
muros que cercavam e protegiam de nosso Deus (I Coríntios 10.31).
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2. Vigiar (vv.16-18) A Palavra de Deus nos lembra
que: “o diabo, nosso adversário,
Naturalmente, quando nos dis- anda ao nosso derredor, braman-
pomos a trabalhar, o inimigo se do como leão, buscando a quem
levanta para nos impedir. É fato possa tragar. Então, devemos ser
que, ao desejarmos nos envolver sóbrios e vigilantes” (I Pedro 5.8).
e trabalhar na obra do Mestre, al- Nossa vigilância deve ser cons-
guns entraves surgirão tentando tante, “porque nossa luta não é
nos desestimular e demover nos- contra carne e sangue, mas contra
so desejo. Não raro, depositamos os principados, contra as potesta-
nossa expectativa em pessoas des, contra os príncipes das trevas
para nos estimular e encorajar. Na deste século, contra as hostes es-
verdade, muitas vezes, se levan- pirituais da maldade, nos lugares
tam para fazer oposição. celestiais” (Efésios 6.12).

Quando Neemias iniciou o seu Nosso Mestre nos alertou que


trabalho, uma violenta oposição se devemos “vigiar e orar para não
levantou para impedi-lo. Isso mos- entrar em tentação. Pode o espírito
tra que, é necessário não somen- estar pronto, mas a carne é fraca”
te trabalhar, mas também vigiar. (Mateus 26.41).
Neemias tinha plena consciência
de que o trabalho a ser desenvol- Nossa vigilância espiritual pre-
vido era uma “grande obra” e que, cisa ser apurada, para que o peca-
na intenção de impedi-la, os inimi- do não tenha domínio sobre nós e
gos viriam e, por isso, a vigilância os anseios dessa vida nos envol-
deveria ser constante. Ele põe os vam de tal maneira, que nos levem
homens trabalhando em condi- a ficar despercebidos e despre-
ção de se defenderem de ataques, parados quanto à vinda de nosso
sem comprometer o andamen- Senhor.
to da obra. Ao realizarmos a obra
do Senhor, certamente, inimigos Os sinais de Sua vinda estão se
internos e externos se levantarão apresentando, porém não sabe-
tentando impedir a sua realização. mos quando Ele virá. Precisamos
Os ataques virão e precisamos es- estar preparados para o encontro
tar vigilantes para nos defender- com Ele, a fim de que nos encontre
mos dos mesmos. de pé (Lucas 21.36; Mateus 24.42-
44).
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Charles Spurgeon, chamado o breus 4.12).
príncipe dos pregadores, disse o
seguinte: “a verdadeira conversão Nesse tempo de relativismo, a
dá segurança à pessoa, mas não verdadeira igreja de Cristo procla-
lhe confere o direito de parar de ma a Bíblia Sagrada como a Pala-
vigiar”. vra de Deus e sua única regra de
‘fé’ e ‘conduta’.
Conclusão
Para pensar e agir
A apatia, o esfriamento espiri-
tual tem acometido a igreja. En- 1. Nossa vida de serviço na obra
tendamos como Neemias que, a do Senhor tem sido eficiente? Te-
obra na qual estamos a realizar é mos utilizado nossos dons e talen-
grandiosa e que estamos muito tos para a glória do Senhor?
separados. Há muito por fazer e o
desafio imposto a nós, nesse tem- 2. Temos sido vigilantes quanto
po, é o de comprometimento to- aos ataques do mundo, da carne
tal na reconstrução dos muros de e do diabo? Temos sido vigilantes
uma sociedade caída e carente da quanto à volta de Cristo?
graça salvadora de Cristo.
3. Estou disposto a aceitar o de-
Certamente que ao assumirmos safio de trabalhar e vigiar na obra
tal postura, o inimigo se levanta- de meu Senhor e Salvador Jesus
rá e lançará armadilhas tentando Cristo?
nos fazer desistir. Nossa vigilância
precisa ser redobrada para iden-
tificarmos tais armadilhas e nos
defendermos delas, atacando-as Leitura Diária
com a única arma de ataque que
SEG Efésios 6.10-20
Deus nos deu: a espada do Espí-
rito, a Palavra de Deus, “que é viva TER Salmos 141.3,4
e eficaz e mais penetrante que QUA Filipenses 2.12-16
qualquer espada de dois gumes, QUI Colossenses 3.23-25
que penetra até a divisão da alma SEX Lucas 21.34-36
e espírito, de juntas e medulas, e é
SÁB Mateus 24.42-44
apta para discernir os pensamen-
tos e intenções do coração” (He- DOM Provérbios 6.6-11
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Data do estudo Lição 11
Texto base: Neemias 5.1-9

Deixando os
Maus Hábitos

Por Pr. Gerson Januário

O texto em questão começa com pontânea”1. Os humanos são seres


a queixa do povo, dos homens e de de costumes. O costume traz certa
suas mulheres contra os judeus. segurança por sentirmos um lugar
O contexto da passagem relata a conhecido. Podemos dizer que o há-
opressão dos pobres por parte dos bito é a contínua repetição de um ato
mais ricos, quando na restauração que se torna regra. Nesse sentido,
da nova comunidade de judaizantes podemos adquirir bons e maus há-
no retorno do cativeiro. Tal proble- bitos. No caso do que está expresso
ma advém de uma negligência aos em nosso texto base, podemos ver
mandamentos de Deus, que prezava os perigos dos maus hábitos e a sua
por um relacionamento de paz, har- repercussão na vida das pessoas.
monia social e direitos igualitários
(Êx 19-24), o que não estava ocorren- 1. O contexto: um grande
do. e desesperado clamor
Pensando nisso, vamos refletir Neemias estava realizando uma
sobre os maus hábitos que motiva- grande obra para o grande Deus
ram as perdas de direitos e a opres- da aliança e, de repente, ouviu-se
são desses irmãos israelitas. Defi- entre os judeus um grande clamor
ne-se hábitos como a interiorização
“de uma ação de forma natural até o 1 Disponível em: <https://conceitos.com/habito/>
ponto de tornar-se uma atitude es- Acesso em: 28 nov. 2020.
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(5.1). Não estavam clamando contra perspectiva prática para a religião de
os samaritanos, os amonitas ou con- Israel, a saber, cuidar dos oprimidos
tra os árabes. Desafortunadamente, (Êx 23.9). É importante ressaltar que
clamavam contra seu próprio povo. o fator social, na cosmovisão religio-
Os judeus estavam explorando seus sa israelita, foi a causa de sua ascen-
compatriotas. Três grupos de pes- são e derrota. Ao lermos o texto de I
soas estavam diretamente envolvi- Reis 12, percebemos que o povo de
das nessa dificuldade: Israel estava sob o regime de escra-
vidão no governo de Salomão, sen-
• Primeiro, havia aqueles que não do uma das causas para a divisão
possuíam terras, mas que precisa- do reino em Norte (Israel, composto
vam de comida. de dez tribos sob o comando de Je-
roboão) e Sul (Judá, constituída por
• O segundo grupo era composto duas tribos, governada por Roboão).
por proprietários de terras que ha-
viam hipotecado suas propriedades Diante das tragédias registra-
com a triste finalidade de comprar das nos anais históricos do povo de
comida. Deus, que culminaram em divisão
e, respectivamente, em cativeiro, o
• O terceiro grupo se queixava de recomeço (Retorno à Terra Prome-
que os impostos eram muito altos e tida) deveria ser marcado por atitu-
de que eram obrigados a fazer em- des e hábitos diferentes, pautados
préstimos a fim de pagá-los. nos princípios da Palavra de Deus.
No entanto, não é o que vemos. Per-
• Por sua vez, outro grupo era for- petua-se, nesse contexto, hábitos
mado por judeus ricos que, desca- incoerentes com a Lei do Senhor, o
radamente exploravam os próprios que nos conclama à libertação de
irmãos e irmãs, oferecendo-lhes maus hábitos para vivermos em paz
empréstimos com usura. O mau há- com Deus, com as pessoas e com
bito de alguns criou uma grande de- nós mesmos. Que maus hábitos fo-
sarmonia entre o povo. Com efeito, ram esses?
todo o projeto de reconstrução da
cidade de Jerusalém estava amea- 2. Ganância e apego
çado. excessivo ao dinheiro
– Neemias 5.7
Nessas circunstâncias, uma vez
que Israel foi libertado do cativei- Os nobres e magistrados dentro
ro egípcio, a sua missão era refletir, da comunidade judaica são acusa-
em nome de Javé, o cuidado ativo dos de maltratar o seu próprio povo.
em favor das viúvas, órfãos, cativos Desta feita, os perigos que ronda-
e estrangeiros (Êx 22.21-24). O ato vam e ameaçavam o recomeço
libertador de Javé implicaria numa
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não advinham apenas de fora, mas Nesse sentido, o apego excessi-
também do meio de seu povo. Ob- vo ao dinheiro prejudicou a nação,
serve que em Neemias 5.3 o povo porque os poderosos, ricos estavam
reclama: “(...) Nós tivemos que hi- espoliando, escravizando, tornan-
potecar as nossas terras (...)”, uma do toda uma nação subjugada, sem
referência ao risco de falência por poder de reação. A demonstração
emprestar dinheiro para cobrir os clara desse pecado ficou evidente.
altos impostos cobrados pelos per- Podemos ver em várias referências
sas, sob a chancela dos nobres e da Palavra de Deus, por exemplo,
magistrados judeus, motivados pelo Isaías 5.8 e Amós 6.4, as orientações
egocentrismo e pela ganância. Lem- contra as injustiças provenientes da
bremos que a Lei de Moisés previa usura. Astuciosamente, entretan-
que, no quinquagésimo ano, todas to, os nobres aproveitaram-se da
as dívidas teriam de ser perdoadas, oportunidade de tremenda crise
as terras deveriam ser restituídas a econômica de seus compatriotas
para enriquecer (Ne 5.3). Certamen-
seus proprietários originais e todos
te, existem muitos oportunistas para
os escravos deveriam ser libertos
abusar da fragilidade das pessoas,
(Lv 25.8-13).
mas o servo de Deus não deve estar
entre eles. Neemias teve a coragem
Nessa perspectiva, podemos para quebrar um ciclo vicioso do
pensar nos maus hábitos que des- mau hábito (5.5).
troem vidas, famílias e trazem adoe-
cimento físico, social, psíquico e Os pobres estavam perdendo
espiritual, em qualquer situação em seus bens por conta dos juros exor-
que são exercidos. O mau hábito é bitantes, gerando a miséria, porque
uma questão que nasce no coração, o povo entregou seus bens, suas
portanto, subjetiva. Segundo Provér- propriedades, suas casas e até seus
bios 4. 20-23, o coração é o centro filhos. Nada muito diferente dos dias
de orientação para a vida, pautado atuais. A ganância financeira tem
na sabedoria que vem de Deus. É criado, no mundo, um sistema eco-
no coração que são produzidos os nômico truculento e desesperada-
pensamentos, sentimentos e es- mente injusto.
colhas. Sendo assim, quando não
submetemos as nossas vontades à 3. Neemias e o confronto
vontade de Deus, o que nos resta das injustiças
é a opressão, os maus tratos, a ga-
nância e a segregação do indivíduo, É muito doloroso enfrentar os
motivados por interesses escusos e da própria casa. Irmãos contra ir-
gananciosos. Por que acreditar que mãos. Neemias interveio, depois
seja assim? Porque o que é mau vem de analisar juntamente com o povo,
do coração. (Mt 15.19). e confrontou os nobres e oficiais.
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Há momentos em que o líder deve hábito do povo. Podemos apren-
“confrontar”, de modo incisivo, os der esses elementos também para
maus hábitos dos liderados. A atitu- a nossa vida. Devemos identificar
de de Neemias diante desse grande quais maus hábitos têm nos impe-
problema foi uma demonstração dido de ter uma melhor comunhão
de como um líder do povo de Deus com o Senhor e com as pessoas,
precisa agir. Neemias agiu no tempo sermos sensíveis à mudança e agir-
certo, de tal maneira que “todos se mos firmemente para vencê-los.
calaram e não tiveram respostas”
(5.8). Para pensar e agir
Neemias repreendeu os explora- 1. Hoje estamos presenciando es-
dores, apelando à consciência de- cândalos e maus hábitos em muitas
les. Apelou para o amor dos judeus, áreas da vida cotidiana. Mas você
lembrando-lhes de que estavam consegue identificar os seus pró-
roubando dos próprios irmãos; ape- prios maus hábitos?
lou aos judeus que observassem a
Palavra de Deus, pois a lei de Moi- 2. Precisamos estar atentos, pois,
sés proibia que os judeus cobras- onde quer que a obra de Deus pros-
sem juros uns dos outros. Neemias pere, o inimigo faz todo o possível
lembrou os seus compatriotas dos para que haja dificuldades. Fique fir-
propósitos redentores de Deus para me e mantenha-se na direção certa.
Israel.
3. Confronte os maus hábitos com
Neemias mostrou o mau hábito coragem. Não hesite em acabar com
e, consequentemente, o mau tes- eles, pois disso depende grande
temunho de Israel diante de seus parte do nosso crescimento espiri-
vizinhos gentios (5.9). Deus chamou tual.
Israel para ser “Luz para os gentios”
(Is 42.6, 49.6). O testemunho do povo
estava muito aquém daquilo que
deveria ser. Maus hábitos sempre Leitura Diária
gerarão um mau testemunho. Nee-
SEG Tito 2.1-8
mias repreendeu-os e o mau hábito
foi quebrado, restabelecendo a paz. TER Romanos 12
QUA Provérbios 22.1-16
Conclusão QUI Mateus 7.15-20

Neemias precisou de muita sabe- SEX Provérbios 9.6-13


doria para identificar o problema, ser SÁB Filipenses 4.4-9
sensível à voz dos aflitos e agir no DOM Provérbios 28.1-10
momento certo para quebrar o mau
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Data do estudo Lição 12
Texto base: Neemias 6.1-4

Consciência
da Grande Obra

Por Pr. Davidson Freitas

Na lição de hoje, iremos ob- esta grande obra não se limitava


servar que Neemias compreen- aos aspectos físicos, e se expan-
deu em seu coração que havia diu à realidade social e espiritual
uma grande obra a ser realizada, do povo. Havia uma grande obra a
e ele colocou-se à disposição do ser feita e o texto base para a nos-
Senhor, a fim de ser o instrumen- sa lição tem muito a nos ensinar.
to vivo nas divinas mãos para a
construção de uma nova realida- 1. Mantendo o foco
de. Ele buscou a aprovação do rei
para cumprir a missão, a qual en- A frase célebre de Neemias:
tendera ser o propósito de Deus “Estou fazendo uma grande obra,
para a sua vida e recebeu mais do de modo que não poderei descer”
que isso, sendo nomeado gover- (6.3), mostra que eu e você deve-
nador de Jerusalém. mos manter viva a consciência da
grande obra salvadora, por meio
O título persa de tirshatha lhe da qual devemos realizar e não
concedia autonomia para agir e aceitarmos, de forma alguma,
realizar a grande obra de recons- qualquer convite para desistir-
trução dos muros da Cidade, mas mos.
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Assim como Neemias enfren- sos que se orientem pela agenda
tou muitas investidas dos inimi- de Deus. O mundo precisa de ma-
gos, nós também enfrentamos ridos e esposas, mães e pais que
lutas muito intensas. A pandemia saibam aplicar as promessas bí-
trouxe à tona algumas dificulda- blicas no lar, em vez de se apoiar
des, que já existiam em nosso nos conselhos dos livros de au-
meio e estavam ocultas; intensifi- toajuda”1.
cou outras, que eram menores e
adicionou algumas, que não en- Ainda que tudo ao nosso redor
frentávamos no passado. Todavia, nos pressione ou tente nos dis-
mesmo assim, não podemos de- trair, devemos seguir o exemplo
sistir! Não podemos aceitar a voz de Neemias e permanecermos
maldita, a qual afirma que não há com o foco na grande obra que o
solução, pois o nosso Deus está Senhor tem para fazer em nossas
conosco e, jamais, nos abandona- famílias, em nossas igrejas e por
rá; nunca nos deixará desampara- meio de nossas famílias e igrejas.
dos.
2. O inimigo é persistente
O Senhor nos incentiva a ser
fortes e corajosos, diante do gran- Nessa passagem, percebemos
de desafio de levar a esperança que os inimigos de Neemias não
em Jesus Cristo a toda criatura até aceitaram a sua negativa e con-
os confins da terra. tinuaram insistindo para se en-
contrarem com ele. Foram quatro
Neemias foi um líder, o qual tentativas sucessivas e, como re-
manteve o foco na missão que ceberam sempre a mesma res-
recebeu do Senhor. Ele não esta- posta, eles mudaram de estraté-
va preocupado em ser popular e gia e enviaram, na quinta vez, um
aceito pelo povo; ele estava preo- mensageiro com uma carta aber-
cupado com a fidelidade a Deus ta acusando-os de revolta, de re-
acima de tudo. Por isso, manteve belião.
a visão na grande obra a ser rea-
lizada. Nosso inimigo é insistente! Ele
nunca desiste de tentar nos des-
Henry Blackaby afirma: “O
1 BLACKABY, Henry T. ; BLACKABY, Richard. A
mundo precisa de líderes religio- liderança espiritual: desenvolvendo líderes para
todos os tempos. São Paulo: LifeWay e CLC, 2011. p.31.
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truir e ele veio para matar, roubar vontade de Deus, ele somente
e destruir. Por isso, devemos per- será bem-sucedido, se não es-
manecer atentos, em alerta, bus- tivermos vivendo em intimidade
cando o discernimento espiritual com o Senhor. Quando estamos
necessário para identificar cada alicerçados na Rocha Eterna, so-
armadilha preparada por Satanás, mos fortalecidos e preparados
para impedir o avanço da grande para resistir a todas as investidas
obra que o Senhor deseja realizar do mal contra nossas vidas.
em nós e através de nós.
Devemos, portanto, perseverar
Há uma grande obra a ser fei-
em Deus! Manter viva a chama da
ta e ela é realizada de joelhos
nossa fé, a convicção do socorro
na presença de Deus. Jesus nos
bem presente do Senhor, a certe-
exorta: “Vigiai e orai, para que não
entreis em tentação; o espírito, na za de que o nosso Deus está ao
verdade, está pronto, mas a car- nosso lado e nos concederá a vi-
ne é fraca” (Mt 26.41). Assim, não tória, a fim de que o Seu precioso
deixe brechas para o inimigo atuar nome seja exaltado e glorificado
em sua vida, em sua família. Lem- em nós.
bre-se, sempre, de que ele não
desiste de atacar a você! Fique Neemias perseverou, pois ti-
alerta! Ore com sua família; reali- nha a certeza de que não estava
ze os cultos domésticos; estimu- tocando um projeto humano, não
le, pelo exemplo, os seus filhos era uma obra de seu próprio co-
a serem leitores e praticantes da ração, mas era, sim, uma grande
Bíblia Sagrada, a infalível Palavra obra que surgiu no coração de
de Deus; se prepare para a bata- Deus, o Senhor dos senhores, o
lha, pois o inimigo está sempre Deus Altíssimo que deu a visão e
articulando uma ação maléfica abriu as portas dos recursos ne-
para afastar você dos propósitos cessários, para que a obra fosse
divinos para a sua vida. realizada.
3. Devemos ser
Eu e você estamos, aqui, para
perseverantes
realizar a grande obra do Senhor!
Ela não é nossa! Não é para a nos-
Ainda que o inimigo atue, in-
sa glória! É para a glória de Deus
tensamente, para nos afastar da
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e, por isso, devemos perseverar Para pensar e agir
sabendo que o Senhor sempre
nos fortalecerá e direcionará nos- 1. Qual é a grande obra que
sos passos, se formos comple- Deus tem para você realizar em
tamente humildes diante dEle e sua família?
consagrados somente a Ele!
2. Como você tem se prepara-
Ainda que sejamos intensa- do para esta grande obra?
mente pressionados pelo mal,
devemos perseverar. Lembremos 3. Você acha que sua vida de
oração é satisfatória? Se não, que
do apóstolo Paulo: “Em tudo so-
ações práticas você vai implantar
mos atribulados, mas não angus-
para que sua vida de oração me-
tiados; perplexos, mas não deses-
lhore?
perados; perseguidos, mas não
desamparados; abatidos, mas não
4. Você tem identificado as ar-
destruídos” (2 Co 4.8,9). madilhas preparadas pelo inimigo
para a sua queda?
A perseverança é um dos sinais
de uma vida firme em Jesus, pois 5. Quais são as principais ar-
quando estamos convictos do madilhas do mal que têm retirado
cuidado e da provisão do Senhor, você do foco na grande obra?
não vacilamos; não pensamos em
desistir, mas ao contrário, avança-
mos na total dependência do Se-
nhor, sabendo que fazemos parte
de uma grande obra de transfor-
mação de vidas! Leitura Diária
SEG Neemias 6.1-4
Não se esqueça de que o Se-
TER Josué 1.5-9
nhor quer usar a sua vida, para
que muitas vidas sejam trans- QUA 1 Pedro 5.8-11

formadas em novas criaturas, QUI Hebreus 12.1-6


as quais vivem pela fé em Jesus SEX 2 Coríntios 4.7-11
Cristo! SÁB Romanos 5.3-5
DOM Tiago 1.2-4

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Data do estudo Lição 13
Texto base: Neemias 13

Não Fuja
das Decisões
Difíceis
Por Pr. Geraldo Geremias

Vimos nas lições deste trimestre, o intrépido homem de Deus retorna a


a saga do povo de Deus na volta para Jerusalém e fica tristemente decep-
Jerusalém. Depois de submetidos a cionado com o estágio de degradação
uma terrível humilhação, sendo escra- espiritual a que chegara aquele povo.
vizados por setenta anos na corrupta Porém, o homem de Deus, certamen-
Babilônia. Foi quando entrou em cena te ciente de que o Senhor lhe cobraria,
o gigante Neemias, o qual, após cho- caso se mantivesse omisso, recusou-
rar, jejuar e orar, procura o monarca -se a fugir de suas responsabilidades,
Artaxerxes, obtém o aval necessário, tomando importantíssimas decisões,
volta ao seu país, reúne as forças do todas elas, dignas de um homem que
seu povo judeu e, mesmo enfrentan- vivia sob os auspícios do trono do ver-
do as mais duras e cruéis tentações, dadeiro Rei: o Senhor Deus de Israel.
dando uma prova inequívoca de te- Eis as contundentes decisões de Nee-
mor a Deus e liderança, restaura os mias que nos servem de lição hoje:
muros da cidade em espantosos 52
dias! (tudo isso ocorreu, provavelmen- 1. Confrontou os infratores
te em 444 a.C.). Doze anos depois (em com a Palavra de Deus (vv.
432 a.C.), o extraordinário líder retorna
à Pérsia para prosseguir o seu serviço
1- 4)
junto ao rei Artaxerxes e, ao mesmo
tempo, agradecer-lhe pela oportuni- O povo foi levado por Esdras, o
dade que lhe foi concedida de reor- sacerdote, e Neemias, o governador,
ganizar o seu povo. Tempos depois, a relembrar a aliança que havia sido
feita com o Senhor de que jamais se
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misturaria com povos refratários à quei, (...) Agora torna a dar-me a alegria
vontade de Deus (Números 22.1-6; da Tua salvação” (Sl 51.4,12). E depois,
Deuteronômio 23.3-5); o ato milagro- já restaurado, ele declara: “Sacrifício
so de Deus de transformar a maldição agradável a Deus é o espírito quebran-
em bênção que se deu no conhecido tado; coração quebrantado e contrito,
episódio envolvendo o falso profeta não o desprezarás, ó Deus” (v. 17).
Balaão (Números 22.7-24:9). Esdras
e Neemias fizeram o povo recordar o 2. Confrontou o sumo
passado, quando Deus se opôs com- sacerdote Eliasibe por dar
pletamente a quem se propusesse a guarida no santuário a um
desobedecer aos seus mandamentos.
É bom que saibamos que ali começou,
inimigo do povo de Deus (vv.
de fato, a restauração do povo de Is- 4-8)
rael e Judá, com uma reforma interna e
externa, não com base nas palavras de Neemias foi muito firme com Elia-
Neemias, mas sim na Palavra de Deus. sibe pelo duplo erro cometido ao
Há intérpretes que afirmam ser esse aparentar-se com o ímpio Tobias, ca-
o contexto do portentoso Salmo 119 sando-se com a sua filha, e negociar
(o maior capítulo da Bíblia, composto com o referido pagão, oferecendo-lhe
como um acróstico poético e honra às moradia em lugares sagrados. Com
Escrituras). uma sensibilidade espiritual aflorada,
o homem de Deus não poupou esfor-
Foi assim com Josias (2 Reis 22.11; ço em erradicar tal situação, tão logo
23.1-27), com Jeremias (11.1-17; 22.29; chegou a Jerusalém, encontrou aque-
23.29), Isaías (8.20; 40.8), Amós (8.11,12), le desatino e, imediatamente, lançou
Zacarias (1.6; 7.12) e, posteriormente, fora do Templo os móveis de Tobias e,
com João Calvino e Martinho Lutero, determinado, iniciou um processo de
os reformadores do século XVI, com purificação do local, que fora construí-
seu lema “Solla Scriptura”. Todo aviva- do e (re)consagrado, 116 anos antes
mento só se inicia e ganha solidez com (em 516 a.C.), para o louvor e adoração
a Palavra de Deus e muita oração (vv. ao Deus verdadeiro. Com Eliasibe, o
14, 29, 31). Nota-se que oração era algo relapso sumo sacerdote, aprendemos
constante na agitada tarefa reformis- que é possível líderes ouvirem ape-
ta de Neemias, pois tornou-se lugar nas os seus corações e cometerem
comum em suas falas as expressões: enganos absurdos que provoquem a
“Senhor, lembra-te de mim...”, “...lem- indignação de Deus. Fiquemos aten-
bra-te deles”. Portanto, Bíblia e oração tos e cubramos os nossos líderes com
são as molas propulsoras para con- as mais ferventes e calorosas orações.
frontar os transgressores das leis de Ao passo que com o temente gover-
Deus e são princípios para restaurar nador Neemias aprendemos que, por
uma relação com o Trono. mais éticos e compassivos que seja-
mos, quando se trata de abominação
Davi, uma vez confrontado por ao Senhor, devemos romper com tudo
Natã, não titubeou quando, chorando, em defesa do Reino do Deus a quem
disse: “Contra ti, contra ti somente pe- amamos e servimos.
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3. Após os confrontos, volta do ano 428 a.C..
Neemias parte para restaurar
a adoração ao Senhor (vv. 3.2. O dia do Senhor começou a
9-22) ser profanado (vv. 15-22)
Em virtude do que estava aconte- Outra marca do relaxamento es-
cendo, o povo passara a prestar ao piritual é o desrespeito ao dia do Se-
Senhor uma adoração desleixada, nhor, que, como bem sabemos, para
em total descompromisso para com nós, é o Domingo, dia da Ressurreição
a obra de Deus, tornando-se um povo de Cristo, o Shabbat (Sábado, em he-
secularizado. Esse fato aborreceu braico “descanso”) cristão. O texto bí-
profundamente Neemias, pois adorar blico diz que o “dia do Senhor”, para
a Deus é missão precípua do povo es- eles, tornou-se um dia comum em
colhido e, durante aqueles doze anos que cada um fazia o que bem lhes in-
após reconstruírem os muros de Je- teressava e os mandamentos de Deus
rusalém, o que mais foi ensinado ao (ver Êxodo 20.8-11; Isaías 58.13-14)
povo foi justamente a priorizar Deus passaram a não ter o menor valor para
em todos os sentidos e que Ele exige aquele ingrato povo.
exclusividade de seu povo, sem, em
nenhum momento, abrir mão de sua
3.3. O envolvimento dos filhos
Glória (ver Isaías 42.8).
da luz com as filhas das
trevas (vv. 23,24)
Neemias começou por levar o
povo a perceber a natureza da sua
apostasia. O Senhor já havia alertado que os
hebreus não deveriam constituir matri-
mônios com os povos idólatras, exata-
As características de uma mente para que não se contaminasse
adoração desleixada o povo santo do Senhor com os imun-
dos costumes pagãos (Êxodo 34.15-16;
3.1. O povo parou de ser Deuteronômio 7.3-4)1, o que, de fato,
dizimista (v. 10) acabou acontecendo a partir da apos-
tasia do rei Salomão, por volta de 954
Como se entregar o dízimo fosse a.C. (1Reis 11.-2,9-13 – note que Nee-
meramente uma questão opcional. mias se vale desse mau exemplo do
Podemos ver que a primeira atitude passado para exortar o povo, no ver-
que mostra o esfriamento na fé e o sículo 26) e resultou, 350 anos depois,
distanciamento da vontade de Deus é após longânimo processo histórico, na
deportação dos judeus para a Babi-
sonegar os dízimos e as ofertas, como
lônia para 70 anos de Cativeiro (Jere-
tão bem descreve Malaquias 3.8-10,
mias 25.1-14). Pois bem, mesmo agora,
profeta que, segundo os estudiosos,
já de volta à sua terra, um verdadeiro
foi levantado por Deus justamente
nesse contexto do avivamento de 1 Neemias faz questão de incluir esses manda-
Judá sob a liderança de Neemias, por mentos no documento de aliança que o povo, através
dos seus líderes, assinou naquele dia: q.v. 10:30.
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milagre para os moldes histórico-mi- cisamos tomar decisões muito difíceis,
litares da época, as ordens de Deus mas se é para a glória de Deus, não
foram completamente desprezadas, podemos fugir nem protelar.
pois aconteceram vários casamentos
mistos e as famílias judias foram total- Para pensar e agir
mente miscigenadas. Como resultado,
houve um completo esfriamento da 1. Bastou Neemias se ausentar
obra do Senhor, com os pais e filhos para que o povo se desmantelasse,
adorando deuses diferentes. descambando para uma adoração
adúltera. Oremos fervorosamente
3.4. Neemias e sua “ira santa” para que Deus nos dê líderes como
(vv. 25-31) Neemias para a continuação da obra
do Senhor.
Foi aí que o vigoroso homem de 2. Quando o povo parou de adorar
Deus agiu com rigor. Não por ele em a Deus, o primeiro pecado que acon-
si, mas por ver ultrajada a santidade teceu foi a retenção dos dízimos e
de Deus, partiu pra cima dos infrato- ofertas, e depois vieram profanação
res da lei de Deus com muita gana e do dia do Senhor, casamentos mistos
fúria santa, espancando-os, arrancan- etc. Oremos para que o Senhor não
do-lhes os cabelos e levando-os a permita que o diabo roube o nosso
votarem encarecidamente que jamais prazer de adorá-lo.
dariam suas filhas e filhos em casa- 3. Certo pensador disse: “Deus,
mentos a povos que fossem inimigos quero amar tudo o que o Senhor ama
do povo de Deus. É importante en- e quero detestar tudo que o Senhor
tendermos que Neemias era o gover- detesta”. Daí se explica a “ira santa” de
nador, comissionado pelo imperador Neemias. Que Deus nos ajude a imitar
persa, Artaxerxes, com poder de pu- a Cristo, que também se irou quando o
nição sobre aqueles cidadãos judeus “ciúme” (gr. zelo) da Casa do Senhor o
do império. O espancamento deve ser “consumiu” (Salmo 69.9; João 2.17), ao
entendido como punição pública, já ver a “‘Casa de Oração’ para todas as
prevista pelo Senhor em Sua Palavra nações” se transformando em “covil
(Salmo 89.32; Provérbios 10.13; 26.3); de ladrões” (Marcos 11.17).
e o arrancar os cabelos era uma for-
ma de humilhação pública, provavel- Leitura Diária
mente para marcar um momento de
confrontação. Champlin informa que, SEG 1 Coríntios 10.1-10
àquela época, o “rapar os cabelos (...) TER Isaías 42.1-12
indicava humilhação, punição, des-
graça”2 (há um curioso episódio sobre QUA Salmo 115.4-8
isso em 2 Samuel 10.1-5, relacionado, QUI 1 Coríntios 10.10-20
inclusive, ao povo de Amon, pivô jus-
tamente da questão aqui asseverada SEX 2 Coríntios 2.14-17
por Neemias). Muitas vezes, nós pre- SÁB Ezequiel 14.1-9
2 Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, DOM 1 Coríntios 10.21-33
Editora Hagnos (2002), verbete: “Cabelos”.
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Ano 17 - n° 68 - 1T2021 revista Palavra
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