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ALEPE BATERIA DE AVALIACAO DA LEITURA EM PORTUGUES EUROPEU MANUAL Ana Sucena Sao Luis Castro Lisboa: CEGOC-TEA. ALEPE / MANUAL/ ANA SUCENA & SAO LUIS CASTRO pl INDICE 1. INTRODUGAO cressscssssststeetseneesneestsnanntstnctnenstnetsenatnenasseseeate 3 2. DESCRICAO DA ALEPE. Ficha Técnica Objectivo. Estrutura da prova.n occ Instrugdes de aplicagao.. Comecetio : 3. INSTRUGOES DE APLICACAO PARA CADA TESTE Couscigucia fonolégica epilinguistica..... Consciéneia fonolégica metalinguistica ul Leitura de letras e palavras 2 Leitura de pseuco-palavras 2 Eserita de letras... ‘Nomeagao Rapida de Cores... 4. CRITERIOS DE CORRECCAO. Consciéncia fonolégica epilinguistica 4 Testes de conhecimento das relacdes entre letras e sons. MW Teste de leitura de palavras. 4 Teste de leitura de pseudo-palavras 15 Correcgao comum aos testes de consciéncia fonolégica metalinguistica e testes de leitura e de escrita. Nomeagio Rapida de Cores Tempos de 1eaceA0 ccm 5. DADOS ESTATISTICOS .. Anallises estatisticas Escolaridade e sexo vse Desenvolvimento do Iéxico ortografico. Desenvolvimento do processo de descodifieagao 18 6. INTERPRETACAO DOS RESULTADOS NA ALEPE 7. REFERENCIAS BIBLIOGRAFIC: ALEPE / MANUAL/ ANA SUCENA & SAO LUIS CASTRO p2 1. Introdugao A dislexia é entendida como um desempenho na leitura substancialmente absixo daquilo que seria de esperar em fungao da idade cronolégies, do QI e do nivel de escolaridade, O desempenho abaixo daquilo que seria de esperar pode ocorrer ao nivel da exactidio, velocidade ou compreensio, sendo avaliado através de medidas estandardizadas. Na literatura dedicada a dislexia a medida estandardizada de idade de leitura € condigaio sine gua non. De que outra forma podemos determinar que uma erianga tem um atraso de wm determinado tempo na leitura se nio comparando com valores controlo? Apés pesquisa da literatura, deparimo-nos com a auséncia de um teste de leitura para o portugués europeu que permita a comparagao do desempenho de leitura a0 nivel da exactidaio e velocidade. © panorama nacional & paradoxal: a dislexia & reconhecida, avaliada, tratada/ remediada, Contudo, ao existe um teste de leitura amplamente aceite pela commidade cientifica A ALEPE visa preencher essa lacuna. Avalia as competéncias de leitura em portugués europen, eujos dados foram recolhidos junto de eriangas que fiequentavam o liltimo periodo lectivo nos 1°, 2°, 3° e 4° anos de escolaridade (ca. 68 criangas por ano escolar). A ALEPE é constituida por cinco provas: trés provas de avaliagaio do processamento da palavra escrita e duas provas de avaliagio do processamento fonolégico. Em todas as provas de leitnra os resultados sio analisados quer ao nivel da exactidao quer ao nivel dos tempos de reacgao. A anilise das provas de leitura permite a avaliagao do desenvolvimento dos processos de leitura lexicais e fonolégicos. 0 desenvolvimento do Iéxico ortografico é avaliado através do desempenho na leitura de palavras inconsistentes e através do efeito de lexicalidade (melhor desempenho na leitura de palavias do que de pseudo-palavras). O desenvolvimento do processo fonologico de converstio dos simbolos escritos em fonemas é avaliado através do desempenho na leitura de palavras e psendo-palavras consistentes. ‘As provas de processamento fonolégico inclnem a avaliagio da consciéncia fonologica implicita e explicita de trés unidades linguisticas: silaba, rima e fonema. Incluimos ainda uma prova de nomeagao répida de cores, tendo registado a exactidao. A dislexia de desenvolvimento ALEPE / MANUAL/ ANA SUCENA & SAO LUIS CASTRO ps Existem dois tipos de dislexia: a dislexia de desenvolvimento e a dislexia adquirida (para uma apresentagio breve em portugués, cf. Castro e Gomes, 2000, pp. 139-150). A primeira € observada entre as criangas que experimentam insucesso na aquisisio das competéncias de leitura, ¢ a segunda é observada em individuos que, previamente a um. acidente on doenga cerebral, nao tinham dificuldades notérias de leitura e escrita, A presente bateria centra-se na avaliacao da dislexia de desenvolvimento. dado mais robusto na investigagaio sobre a dislexia de desenvolvimento & que se trata de uma perturbagao baseada num défice ao nivel do processamento fonolégico (Ramus, 2001, 2003, 2004; Share, 1995; Snowling, 1987; Wagner & Torgesen, 1987). © processamento fonolégico engloba a conscigncia fonolégica, a recodificagao fonologica no acesso lexical, ¢ a recodificagao fonética para manter a informagao na meméria de trabalho fonolégica (Wagner & Torgesen, 1987). Vejamos entio como a hipotese do défice fouologico sintetiza os diferentes resultados da investigacao, em cada um destes aspectos Um défice ao nivel da conseiéncia fonologica tera consequéncias no estabelecimento de correspondéncias entre as letras e os fonemas correspondentes, & dificultara a capacidade de manipular os segmentos de som constituintes da palavra. Por exemplo, Shaywitz, Fletcher, Shankweiler e Katz (1992, em Shaywitz, 1996) avaliaram as competéucias linguisticas e nao-lingufsticas de 378 criangas, com idades entre os 7 & os 9 anos, verificando que os défices fonolégicos constituem o tipo de défice mais, siguificativo e consistente entre as criangas com dislexia, Mais especificamente, de toda a bateria de Shaywitz et al. (ibd.) o teste de analise auditiva (segmentagio de palavras em fonemas ¢ subtracglio de fonemas) foi o mais sensivel 4 dislexia. Lander! et al. (1997) compararam o desempenho de criangas disléxicas inglesas e alemas num conjunto de tarefas, designadamente de leitura e de conscigneia fonoldgica. Os autores, descreveram os resultados da tarefa de consciéneia fonoldgica como ‘os mais surpreendentes’ de entre as varias tarefas realizadas pelas criangas. Lander! et al. (ibd.) verificaram que, ao contrério do padrio de resultados para as tarefas de Leitura, em que as criangas disléxicas alemas tinham resultados superiores as inglesas, na tarefa de conseiéneia fonolégica, criangas disléxicas alemas e inglesas tinham resultados muito préximos, indiciando que “as eriangas disléx ‘cas alemas consideravam esta tarefa quase to dificil como as criangas disléxieas inglesas” (p. 327, Lander! et al., 1997). Um estudo conduzido com criangas portuguesas revelou também uma diferenga ALEPE / MANUAL/ ANA SUCENA & SAO LUIS CASTRO pa significativa entre as criangas disléxicas e 0 grupo de controlo de leitura ao nivel da conseiéucia fonolégica (Santos, 2005), A recodificagio fonolégica no acesso lexical refere-se 4 eficiéucia na recodificagao de simbolos escritos em fonemas, traduzindo-se pelo desempenho na recuperagao da forma fonolégica das palavras. Pode ser avalinda através da leitura de pseudlo-palavras, bem como através de tarefas de nomeagao répida de abjectos, cores ou outros simbolos (Wagner e Torgesen, 1987). Nas tarefas de leitura de pseudo-palavras os disléxicos so mais lentos e tendem a dar mais erros do que as pessoas com competéucias de leitura normais (Wagner e Torgesen, 1987; Wimmer, 1996; Lander] et al, 1997), Nos anos 70, Denckla ¢ Rudel (1976) observaram, entre os disléxicos, um défice ao nivel da velocidade de nomeagao através de uma tarefa em que pediam ao individuo que nomeasse o mais répida e correctamente que fosse capaz um conjunto de figuras repetidas. As autoras chamaram a essa taref’a nomeagio automatizada répida (Rapid Automatized Naming - RAN); desde entio, esta tarefa tem sido adoptada na investigagao para avaliar a velocidade de nomeagao. Criangas e adultos disléxicos sa0 mais Ientos do que os leitores normais nas tarefas de nomeagao ripida (Denckla & Rndel, 1976; Vellutino et al. 1995) e diferengas precoces em tarefas de nomeagio répida predizem dificuldades de leitura (Wolf, Bally e Morris, 1986). A recodificagio fonética para manter a informagio na meméria de trabalho fonologica refere-se 4 competéncia para manter activa a tradugio de simbolos escritos em fonemas por periodos de tempos curtos durante um dado processo cognitivo (Wagner ¢ Torgesen, 1987). A capacidade de armazenamento fonologico pode ser avaliada através de tarefas de meméria de curto prazo como a sub-tarefa de meméria de digitos da escala de Wechsler. A generalidade dos disléxicos (adultos on eriangas) tem resultados piores do que 0s obtidos pelos controlos em tarefas de repetigao de digitos ou de palavras (Baddeley, 1986; Wagner e Torgesen, 1987) e os resultados em tarefas de amplitude de séries de palavras predizem competéncias de leitura (Mann e Liberman, 1984). Estudos trans-linguisticos sobre a dislexia de desenvolvimento: a importancia dos tempos de reaccao Apesar de mais recentemente comegarem a ser realizados estudos em Portugal (c.g., Femandes, Ventura, Querido, & Morais, uo prelo), a investigagio sobre a dislexia provém, sobretudo, da lingua inglesa (e.g., Frith, 1985; Snowling, 1987; Wagner & ALEPE / MANUAL/ ANA SUCENA & SAO LUIS CASTRO ps Torgesen, 1987, Seymour & McGregor, 1984; Seymour & Evans, 1999; Coltheart, 1983; Castles & Coltheart, 1993). Recentemente, porém, tém sido conduzidos estudos comparativos entre dislexicos falantes da lingua inglesa e disléxicos falantes de lingnas com ortografias mais transparentes do que o inglés (e.g., Lander! et al., 1997, Ziegler et al., 2003). Estes estudos trans-linguisticos tam como objectivo confirmar se a hipétese do défice fonologico pode ser generalizada a todas as escritas alfabéticas ou, se pelo contririo, 0 défice fonoldgico é caracteristica exclusiva da dislex: ia em lingua inglesa, por esta conter muitas relagdes inconsistentes entre grafemas e fonemas. A observagio de disléxicos que aprenderam a ler em ortografias mais transparentes do que o inglés revelou a existéncia de caracteristicas diferentes das dos disléxicos ingleses. As dificuldades no processamento fonolégico dos disléxicos nao-ingleses revelam-se, nao pela percentagem de respostas correctas (como acontece com os disléxicos ingleses), mas antes pelos tempos de reacgo (Wimmer, 1993, para o alemio; Rodrigo & Jiménez, 1999, para o castelhano, Zoccolotii et al., 1999, para o italiano; Yap e van der Leij, 1993, para o neerlandés). Actualmente, existe consenso entre a conmnidade cientifiea quanto a importancia de avaliar nao apenas a percentagem de respostas correctas mas também os tempos de reacgtio das eriangas disléxicas em tarefas de leitura, ALEPE / MANUAL/ ANA SUCENA & SAO LUIS CASTRO pé 2. Descrigao da ALEPE Ficha Técnica Nome: ALEPE Autores: Ana Sucena e Sao Luis Castro Modo de aplicagio: individual Ambito de aplicagio: primeiro ¢ segundo ciclos do ensino basico Duracao: 40 minutos Objectivo: avaliar as competéacias de leitura — conhecimento das relagdes entre letras & sons, descodificagao letra-som, descodificagao grafema-fonema, recurso a0 léxico ortogrifico — e as competéncias de processamento fonolégico — conseiéneia fonolégica e nomeagao rapida Resultados normativos: média, desvio-padrao e valor critico (média +/- desvio-padrao) para cada teste, por ano escolar. Material: manual, caderno de provas, folhas de sesposta Objectivo © objective da ALEPE consiste na analise detalhada dos processos envolvidos na aquisig@io da leitura, no sentido de identificar o(s) défice(s) na base da dificuldade de aprendizagem da leitura. Estrutura da prova A ALEPE foca duas dimensdes de avaliagio: 0 processamento da palavra escrita e 0 processamento fonolégico. A avaliagdo do processamento da palavra escrita inclui trés provas: 0 conhecimento das relagdes entve letras ¢ sons, a leitura de palavras e a leitura de pseudo-palavras, A avaliagio do processamento fonolégico inelui duas provas: a conscigucia fonol6gica (epilinguistica e metalinguistica) e a nomeagio rapida de cores. ALEPE / MANUAL/ ANA SUCENA & SAO LUIS CASTRO p7 Provas de avaliagio do processamento da palavra escrita As provas de avaliagio do processamento da palavra esctita compreendem (1) 0 conhecimento das relagdes entre letras e sons, (2) a leitura de palavras e (3) a leitura de pseudo-palavras. teste de conhecimento das relagdes entre letras ¢ sons esta dividido em dois sub-testes: leitura e escrita de letras (as 23 letras do alfabeto portugués). Existem dois testes de leitura: leitura de palavras e de pseudo-palavras, Os itens de leitura variam quanto as caracteristicas ortograficas — 50% dos itens tém uma ortografia consistente 50% uma ortografia inconsistente ~ e quanto a extensio silabiea — dissilabos, trissilabos ¢ quadrissilabos estao equitativamente distribuidos na lista de palavras e de pseudo-palavras As pseudo-palavras foram derivadas a partir das palavras, através da alteragaio de uum (ou dois) grafemas; as pseudo-palavras mantém todos os critérios estabelecidos para as palavras, incluindo o segmento de complexidade das palavras de que derivam, Criamos trés condigdes de consisténeia ortografica: palavras/ pseudo-palavras simples (com correspondéncias fixas biunivocas entre letra e som), consistentes & inconsistentes, Provas de avaliagao do processamento fonologico As provas de avaliagao do processamento fonolégico compreendem (1) a conscigucia fonologica, ¢ (2) a velocidade de nomeagao, De acordo com Gombert (1990) existem dois niveis de consciéneia fonolégica: a consciéucia epilinguistica ¢ a consciéneia metalinguistica. Por conscigneia fonolégica epilinguistica entende-se a sensibilidade aos sons, sem que o individuo tenha conseigneia dos processos cognitivos que decorrem de modo a tomar possivel essa sensibilidade, Ja a consciéneia fonolégica metalinguistica implica nao apenas sensibilidade mas também 0 controlo consciente e capacidade de manipulagio. Com base na distinglo entre a conscigncia fonoldgica epilinguistica e mnetalinguistica, criamos tarefas equivalentes para os dois niveis linguisticos, avaliando 118s unidades lingnisticas: a silaba, a rima e o fonema. A tarefa de nomeacao rapida permite a avaliaco da competéncia da crianga para recuperar a forma fonoldgica das palavras através da converstio dos simbolos escritos em fonemas. As tarefas de nomeagio répida podem incluir objectos, cores ou outros simbolos. Optémos por seleccionar as quatro cores bisicas (azul, vermelho, amarelo e ALEPE / MANUAL/ ANA SUCENA & SAO LUIS CASTRO ps verde) de modo a estarmos seguros de que todas as criangas estar familiarizadas com os simbolos a nomear. Instrucées de aplicacio A aplicagao da bateria deve ser realizada individualmente, numa sala sossegada. A ordem de aplicagio dos testes deve ser a que se apresenta de seguida: 1. Conscigucia fonolégica epilinguistica da silaba ‘Nomeagao répida de cores Consciéncia fonolégica epilinguistica da rima |. Leitura de letras Consciéneia fonolégica epilinguistica do fonema 6. Escrita de letras 7. Conscigucia fonolégica metalinguistica da silaba 8, Leitura de palavras 9. Consciéncia fonolégica metalinguistica da rima 10. Leitura de pseudo-palavras 11. Conseiéncia fonolégica metalinguistiea do fonema Antes da aplicagao de cada teste, devem ser administrados os ensaios de treino. No caso de a crianga revelar dificuldade com os primeiros seis testes, devera dividir-se a aplicagao da bateria em duas sessbes, deixando os testes 7 a 11 para un outro dia, Devem anotar-se os erros da crianga. Tais anotagdes podem mais tarde, em conjungao com o resultado em cada teste, fornecer pistas importantes na interpretagao do tipo de estratégia a que a erianga recorre nas actividades relacionadas com a leitura. Existem duas listas de leitura de palavras e de pseudo-palavras com diferentes extensOes: as listas “A” sao constituidas por 18 itens e as listas “B” por 36 itens. As listas “A” devem ser administradas as criangas com um nivel de leitura equivalente ao 1° ano de escolaridade; as listas “B” devem ser administradas as criangas com um nivel de leitura equivalente (on superior) ao do 2° ano de escolaridade. ALEPE / MANUAL/ ANA SUCENA & SAO LUIS CASTRO ps Correegao Em todos os testes as respostas a cada estimulo devem ser cotadas como correctas, incorrectas ou inexistentes (n&o sabe/ nao respondeu). Com excepgio dos testes de consciéncia fonolégica implicita, todos os resultados podem ser analisados em valores percentuais. No caso do teste de conscigncia implicita os resultados devem ser analisados calculando o valor de d’, que determina a sensibilidade da resposta da crianga (cf. em anexo de calculo de d’). A percentagem de respostas correctas obtida pela crianga deve ser anotada no espago cortespondente na folha de resposta. ALEPE / MANUAL/ ANA SUCENA & SAO LUIS CASTRO p.l0 3. Instrucoes de aplicagao para cada teste Conseiéncia fonologica epilinguistica “Vais ouvir com muita atengao as palavras que eu te vou dizer. A seguir, dizes-me se tém pedacinhos de som iguais. Ora ouve com atengao: “gota, gomo”'. Agora, repete o que on disse. Tém um pedacinho de som igual, nao tém? E agora, ouve outra vez com atengao: laca, mimo. Ora, repete as palavras que eu disse. Nao tém nenhnm pedacinho de som igual, pois nao...? Agora, vais ser tu a dizer-me se as palavras tém ou nao pedacinhos de som iguais — introduzir pares de treino e dar oportunidade erianga para responder; dar feedback correctivo Agora, que ja percebeste, vamos fazer este jogo com mais palavras; eu digo duas palavras, tu repetes o que eu disse, e depois dizes-me se ha pedacinhos de som iguais ou nao. Nota: aps a sessiio de pritica, e quando a erianga tiver compreendido 0 objectivo da tarefa, repetir as instrugdes e s6 entio passar para a tarefa experimental. Conseiéncia fonolégica metalinguistica “Hoje (/agora) vamos jogar um jogo parecido com um que jé conheces, em que te pedia para dizeres se as palavras tinham pedacinhos de som igual, lembras-te? Mas desta vez. as palavras tém sempre pedacinhos de som iguais; o que eu te vou pedir & que me digas qual é o pedacinho igual, esti bem? Ora ouve com atengio e repete depois: “gota, gomo™. Qual é o pedacinho de som igual? E /g6/, nao é? Agora diz-me tu qual é 0 pedacinho de som igual em “bago-bala”. (dar feedback corrective) Muito bem! Agora vou dizer-te mais palavras ¢ tu vais repetir o que eu disse © depois dizer-me qual é o pedacinho de som igual. Pronto(a)?” + Exemplo para a unidade silaba; o avaliador deve seleccionar o exemplo de acordo com a unidade que esta a avaliar. ALEPE / MANUAL/ ANA SUCENA & SAO LUIS CASTRO pall Nota; apés a sessiio de pritica, e quando a crianga tiver compreendido 0 objective da tarefa, repetir as instrugdes e s6 entio passar para a tarefa experimental. Leitura de letras ¢ palavras “Vais ver algumas palavras/ letras; quando vires uma palavra/ letra tenta 1é-la © mais, depressa e correctamente que possas. Depois dessa palavra/ letra, vou mostrar-te outra, e tu voltas a ler o mais depressa e corectamente que possas, e depois aparece outra, € outra, ¢ tu vais ler todas em voz alta. Vamos ensaiar primeiro.” Nota: apés a sesso de pritica, e quando a crianga tiver compreendido 0 objective da tarefa, repetir as instrugdes e sé entio passar para a tarefa experimental. Leitura de pseudo-palavras Vais ver algumas palavras inventadas. Estas palavras no so verdadeiras mas mesmo assim vais tentar I8-las em voz alta. Quando vires uma, vais 1é-la em voz alta o mais, depressa e correctamente que consegnires. Depois de leres essa palavra, vou mostrar-te outra, e tu voltas a ler o mais depressa e comectamente que fores capaz; e depois mostro-te outra e outra, e tu vais ler todas em voz alta, Vamos ensaiar?” Nota: apés a sesso de pratica, e quando a crianga tiver compreendido o objective da tarefa, repetir as instrugdes ¢ s6 ent&o passar para a tarefa experimental. Escrita de letras “Eu agora vou ditar-te letras, uma de cada vez. Vais ouvir com muita tengo cada letra que eu vou dizer. Depois de eu dizer uma letra, tu repetes aquilo que eu disse, e depois entio, escreves, esta bem?” Nota: apés a sessao de pratica, e quando a crianga tiver compreendido o objective da tarefa, repetir as instrugdes e s6 ento passar para a tarefa experimental ALEPE / MANUAL/ ANA SUCENA & SAO LUIS CASTRO plz Nomeagao Rapida de Cores Yais ver um quadrado grande cheio de quadradinhos mais pequenos 14 dentro com cores diferentes. Vais dizer o nome das cores dos quadrados pequenos; comegas por cima, aqui nesta ponta a esquerda, e vais andando para a direita, depois passas para a fila de baixo, sempre assim, a dizer 0 nome das cores, o mais coectamente e depressa que fores capaz. Se te enganares no nome de uma cor, passa para a proxima. Primeiro vamos ensaiar. Muito bem! Agora vou mostrar-te um quadrado com 16 quadradinhos, e tu vais tentar dizer o nome da cor em cada quadradinho, sim? Sé paras de dizer 0 nome das cores quando en disser “acabou’, Pronto(a)?” A matriz deve ser mostrada A erianga durante 30 segundos, apés os quais o avaliador deve voltar a folha ao contrario. A sesso de treino é realizada com a matriz de 2x2. Nota: apés a sessao de pratica, e quando a crianga tiver compreendido o objective da tarefa, repetir as instrugdes e s6 entio passar para a tarefa experimental ALEPE / MANUAL/ ANA SUCENA & SAO LUIS CASTRO ps 4. Critérios de correcgao Cada resposta dada pela crianga deve ser anotada com uma de 118s possibilidades: correcta, incorrecta, nao respondeu. As respostas incorrectas devem ser transeritas para a folha de respostas Conseiéncia fonologica epilinguistica Para a correcgio destes testes deve adoptar-se a metodologia da detecgio do sinal. De acordo com a teoria da detec¢ao do sinal, existem duas distribuigdes a ter em conta: a distribuigao do mido e a distribuiglio do mido adicionado ao sinal: ¢ a partir do afastamento das duas distribuigdes que se determina valor da sensibilidade do sujeito. O indice de sensibilidade 6 representado pelo simbolo d’ e consiste na diferenga entre os valores Z das percentagens de falsos alarmes e os valores Z correspondentes as percentagens de éxitos. valor maximo de d’ nesta tarefa € 3.7, indicando sensibilidade maxima: a medida que o valor de d’ se distancia de 3.7, indica uma progressiva menor sensibilidade, que atinge 0 seu maximo quando d’ assume um valor igual ou inferior a 0, revelando que a crianga respondeu ao acaso. Testes de conhecimento das relacées entre letras e sons Na leitura de letras so aceites como respostas comectas quer © nome, quer o som da letra Na eserita de letras a crianga poderé optar livremente entre a eserita das letras na forma maitiscula ou mimiscula. Teste de leitura de palavras Definimos como leitura correcta de uma palavra aquela leitura que respeite a proniincia qualquer candnica do Iéxico. E.g., a tinica leitura comecta da palavra é /vaka/: outra leitura (como /vaki/, por exemplo) é considerada incorrecta, ALEPE / MANUAL/ ANA SUCENA & SAO LUIS CASTRO pla Teste de leitura de pseudo-palavras Definimos como leitura correcta de pseudo-palavras qualquer leitura que adopte correspondéncias letra-som correctas sem atender ao contexto. E.g., a leitura da pseudo- palavra seri considerada correcta desde que os grafemas sejam convertidos em fonemas através de corvespondéncias um-a-un certas em portugués, dando lugar a duas leituras possiveis: /2akii/ /2aka/ Correcgao comum aos testes de consciéncia fonolégica metalinguistica testes de leitura e de escrita Em cada teste devem somar-se as respostas correctas. O valor abtido deve ser dividido pelo mimero total de respostas, © resultado da divistio deve ser multiplicado por 100 para se obter um valor percentual, E.g., no teste de leitura de letras uma crianga leu correctamente 12 letras. O teste & constituido por 23 letras. Divide-se 12 (mimero de respostas correctas) por 23 (total de respostas), obtendo-se 0.52. Esse valor € mutltiplicado por 100, obtendo-se a percentagem de respostas correctas: a crianga do nosso exemplo leu correctamente 52% das letras. Nomeagao Rapida de Cores O avaliador deve contar o niimero de cores nomeadas correctamente pela erianga. Tempos de reacgao Com excepgao das provas de consciéncia fonoldgica e nomeagao rapida de cores, 0 avaliador deve medir os tempos de reaeco da erianga em todas as provas, Apés dar as instrugdes & crianga e ter realizado o ensaio de treino, deve preparar © cronémetro ¢ disparar a contagem assim qne mostra o estimulo crianga. O cronémetro ¢ parado assim que a crianga inicia a verbalizagio da resposta, Os tempos de reacgao devem ser registados no local praprio, nas folhas de resposta ‘No caso das provas de leitura, o céleulo da média dos tempos de reacgaio deve ser feito com base apenas nos tempos de reacgiio das respostas comectas. ALEPE / MANUAL/ ANA SUCENA & SAO LUIS CASTRO pls 5. Dados estatisticos Descricto da amostra Os testes da ALEPE foram administrados individualmente a 272 eriangas que frequentavam os 1°, 2°, 3° e 4° anos de escolaridade. As criangas foram seleccionadas de acordo com os seguintes critérios: 1) serem falantes nativas do portugués europen, 2) nao apresentarem problemas de aprendizagem, 3) nao terem qualquer historia de problemas de linguagem, 4) terem a idade prevista para o ano escolar em que se encontravam; 5) terem um QI médio ou superior 4 média (conforme medido pelas Mattizes Progressivas Coloridas de Raven); 6) enquadrarem-se no NSE médio. Todas as criangas tinham autorizagao parental eserita para participar no estudo. Todos os participantes frequentavam o terceiro periodo lectivo no 1° ciclo: 69 criangas no 1° ano com uma idade média de 6.9 anos; 25 criangas no 2° ano com uma idade média de 7.9 anos; 24 criangas no 3° ano com 8.9 anos e 25 eriangas no 4° ano com uma idade média de 9.9 anos (cf. Quadro 1). A medida de inteligéncia nao-verbal utilizada foi a bateria Matrizes Progressivas Coloridas de Raven (MPCR), Anilises estatisticas Escolaridade e sexo Anilises de varidneia revelaram a existéncia de diferengas significativas entre os quatro anos escolares e a inexisténcia de diferengas significativas entre sexos (F < 1). Apresentamos a segnir os resultados das Anovas para cada teste no que respeita a progressfio do desempenho com o avango da escolaridade, O desempenho nas tarefas de consciéneia fonolégica progride com o avango da escolaridade, mas apenas para as unidades silaba e rima; para o fonema nao existem diferengas significativas, uma vez que logo no 1° ano as ctiangas obtiveram resultados de tecto. O desempenho no teste de velocidade de nomeagao melhora significativamente com a progressio na escolaridade: os resultados denotam uma evolugao ao longo dos quatro anos de escolaridade ao nivel do mimero de cores nomeadas, F(3, 263) = 33.66, p< 0.001, ALEPE / MANUAL/ ANA SUCENA & SAO LUIS CASTRO p.l6 Na leitura e escrita de letras a diferenga entre anos escolares nao atinge significdneia, j4 que as criangas dominam a quase totalidade das correspondéncias entre letras e sons desde o final do 1° ano, © desempenho na tarefa de leitura de palavras melhora com a progressiio da escolaridade (F(2, 197) = 14.11, p < 0.001 para a exactidao e F(2, 197) = 10.97, p < 0.001 para os tempos de reaceao). Também a leitura de pseudo-palavras sofre progressos signifieativos a medida que se avanga na escolaridade ao nivel dos tempos de reacgio, F(2, 197) = 10.07, p < 0.001). Desenvolvimento do léxico ortografico A leitura de palavras com diferentes condigdes ortogréficas permite-nos comparar 0 desenvolvimento do léxico ortogrifico desde o 1° ano até ao 4°, Existem dois cenérios possiveis de resultados, conforme as criangas se baseiem mais no recurso a estratégias lexicais ou sub-lexicais. Se a leitura se basear fortemente no recurso ao léxico, observaremos diferengas pequenas (ou auséncia de diferenca) entre as diferentes condigdes ortograficas. Se a Ieitura se basear no recurso @ conversio grafema-fonema, observaremos diferengas entre as palavras de ortografia regular e imegular Uma ANOVA para medidas repetidas com os factores complexidade e ano escolar revelou un efeito significative dos prineipais factores (p < .0001) bem como da sua interacgao F(8, 788) = 6.29, p < .00. Comparagdes post hoc revelaram que a interacgao se deve ao desempenho nas diferentes condigdes ortograficas desde 0 1° ao 4° anos de escolaridade. No 1° ano nao existem diferengas entre as palavras simples e as, consistentes, sendo os resultados de ambas as condigdes significativamente superiores aos das restantes categorias Em suma, no 1° ano de escolaridade as criangas so competentes na leitura de palavras simples e consistentes. Entre o 1° e 2° anos verifica-se uma evolugio na leitura de palavras consistentes, que, a par das palavras simples, atinge resultados de tecto A leitnra de palavras inconsistentes tem uma progresso mais lenta, atingindo resultados positivos apenas no 3° ano, € no chegando a valores de tecto mesmo no final do 4° ano; desde 0 1° até ao 4° ano os tempos de reacgao desta condigio sto ca, 200 ms unais elevados do que os das palavras cousistentes. ALEPE / MANUAL/ ANA SUCENA & SAO LUIS CASTRO ply Em suma, tanto ao nivel da exactidio como dos tempos de reaegio, as criangas portuguesas revelam melhor desempenbo na leitura de consistentes do que inconsistentes. Trata-se de um resultado que faz transparecer 0 recurso preferencial ao processo fonolégico. Desenvolvimento do processo de descodificagao A leitura de pseudo-palavras & a tarefa mais comummente adoptada para avaliar a competéncia de descodificagao, Existem dois processos de descodificagaio: um processo de descodificagao rudimentar, convertendo cada letra no som correspondente, e que apenas permite a leitura de itens consistentes, ¢ um processo mais sofisticado, de conversio de grafemas em fonemas, que permite a leitura de itens consistentes & inconsistentes A anilise dos resultados na leitura de pseudo-palavras simples e consistentes, permite-nos obter uma medida da evelugdo da competéucia de descodificagio, desde a conversio letra-som, até conversio grafema-fonema. Avaliémos a adopsao preferencial da estratégia de conversio letra-som (caracteristica da leitura prineipiante) ou grafema-fonema (caracteristica da leitura fluente) através da comparagao do desempenho na condigao ortografica simples e na condigao ortografica complexa. Um desempenho melhor na condigio simples € indicador do recurso a estratégias de descodificagao letra-som: pelo contririo, a inexisténeia de diferengas entre as trés condigdes é indicadora da mestria do processo de converstio grafeme-fonema. Anovas para medidas repetidas com os factores complexidade ¢ ano escolar revelaram efeitos significativos para o primeiro factor (p < .0001), ¢ para o segundo factor apenas a nivel dos tempos de reaceaio, F(2, 197) = 10.07. p < 0.001 A anélise conjunta dos resultados da exactidao e dos tempos de reacgao revela que no 1° ano de escolaridade as criangas recorrem a estratégia de conversio letra-som, assim obtendo melhores resultados na condigao simples. A partir do 2° ano as criangas recorrem ja a conversio grafema-fonema, como revelado pelo desempenho equivalente na leitura das simples e consistentes. Os resultados apontam entio para um desenvolvimento moroso do proceso de conversio grafema-fonema, cuja mestria é atingida apenas apés quatro anos de escolaridade. ALEPE / MANUAL/ ANA SUCENA & SAO LUIS CASTRO pls 6. Interpretagao dos resultados na ALEPE Apresentamos, para cada teste, a percentagem e os tempos de reacgiio das respostas correctas. Em cada teste indicamos a média, o desvio-padrio e um valor ctitico. Definimos este ‘valor eritico’ como a média mais um desvio-padrdo para os tempos de reacgao, ea média menos um desvio-padrio para a percentagem de respostas correctas. Uma percentage de respostas correctas abaixo do valor critico e/on um tempo de reaegio acima do valor critico alertam para um desfasamento importante a0 nivel do desempenho da(s) competéncia(s) que se esta a avaliar ‘Nos quadros a seguir (Quadros 1 a 9) apresentamos os valores normativos para as varias provas que constituem a ALEPE. ALEPE / MANUAL/ ANA SUCENA & SAO LUIS CASTRO pls 7. Referéncias Baddeley. A. D. (1986). Working memory. New York: Oxford University Press. Castles, A., & Coltheart, M, (1993). Subtypes of developmental dyslexia. Cognition, 47, 149-180. Castro, $.L. & Gomes, I. (2000). Dificuldades de aprendiizagem da lingua materna. Lisboa: Universidade Aberta, Coltheart, M., Cutis, B., Atkins, P., & Haller, M. (1993). Models of reading aloud: Dual-route and parallel-distributed processing approaches. Psychological Review, 100, 589-608. Denckla, M., & Rudel, R. (1976). ‘Rapid automatised naming’: dyslexia differnciated from other learning disabilities. 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Resultados de d” (max = 3,7) por ano escolar nos testes de fonologica epilinguistica 39°~«30SOS 28 26 233 3836242 43320283 consciéncia Unidade Linguistica ‘Ano Escolar 1° Ano F Ano MDP -1DP M. DP _-1DP Silabal 286 «160 (1.26 3: 04a BAL Rima 223 170 083 337 027 3.10 Fonema 267 150 LAT 365 0623.03 Quadro 3. Tempos de reaccao e mimero de cores nomeadas por ano ese nomeacao rapida de cores colar no teste de ‘Ano Escolar 1° Ano (a= 69) 2° Ano (a = 54) 3° Ano (a = 74) M DP -1DP) =oM DP -1DP) = -M DP -1DP #Cores 258 5.2 20.60 30.3 563 2467 32.8 7.34 25.46 36.2 6.46 29.74 ALEPE / MANUAL/ ANA SUCENA & SAO LUIS CASTRO Quadro 4. Percentagens ¢ tempos de reaccao (ms) nas respostas correctas no final do 1° ano de escolaridade nos testes de leitura e escrita de letras Leitura Escrita ‘Resp. comectas__TR (imilisegundos) ‘Resp. correctas ‘MDP ADP M_ DP__+1DP ‘MDP -IDP Maitisculas 96.44 3.94 92.50 1185 305 1490 a Miniiseulas 94.47 5.72 88,78 1284 273 1827 manana Média 95.46 4.83 90.63 1220 289 1508 98.62_281 95.81 Quadro 5. Percentagem de respostas correctas por ano escolar no teste de leitura de palavras Ortoaratia Ie Ano (n = 69) 3° Ano (a= 74) 4 Ano (a= 75) MDP -1DP_sM DP «DP DP -1DP MDP 1DP Simples 923 110 S283 941 753 8657 942 923 8497 97.0 464 92.36 Cons, TLL 27.76 4330 90.8 1756 7319 949 1269 82.16 S18 1281 6892 Incons, 30.0 2501 4.99 70.8 2763 4313 755 2436 SLIS S85 1732 71.14 Quadro 6. Tempos de reaccao (ms) das respostas correctas por ano escolar no teste de Teitura de palavras Oriografia ‘Ano Escolar T° Ano (a= 69) 2 Ano 3° Ano (n= 74) # Ano (a= 73) Mo Dp =i DP IDPS PDP DP ID Simples 1726 $71 2297 1304 420 1724 1098346444109 323. 1332 Cons, «1697 S16 2213 «1319 447-1766 1092 «332,««1424 «1070-365. 1438 Incons. _2085_950_3035__1567_463_ 20301384 43718211321 467_1788 Quadro 7. Percentagem de respostas correctas por ano escolar no teste de leitura de pseudo-palavras Ortogratia ‘Ano Escolar 1 Ano ( 2° Ano (n= 54) 3° Ano (n= 74) 4° Ano (n= 75) MDP MDP -1DP MDP -IDP_oM DP 1DP Simples 85.7 1847 70.23 92.2 1363 7887 93.6 12.59 86.22 946 9.92 88.79 Cons. 61.5 31.02 30.48 82.3 23.55 58.76 86.3 20.24 66.06 88.5 _17.93 70.52 ALEPE / MANUAL/ ANA SUCENA & SAO LUIS CASTRO p23 Quadro 8. Tempos de reaccao das respostas correctas por ano escolar no teste de leitura de psendo-palavras Ortografia ‘Ano Escolar 1? Ano (n= 69) 2 Ano G 3° Ano (a= 74) M DP +1DP Mf DP +1DP 0M DP +1DP. 4° Ano (n= 75) MDP 1DP Simples 1556 484 2040 1338 370 1708 1138 305 1443 Cons. 1595 56721621446 5121958 12023491880 1146 353 1499 1158 421 1578 Quadro 9. Percentagem de respostas correctas por ano escolar nos testes de cousciéucia fonologica metalinguistica Bids Ano Escolar Linguistica Te Ano Ano M “IP MDP -1DP Silaba 79.55 53.79 93.06 12.18 80.88 Rima 61.77 39.78 2499 6435 38.94 Fonema 96.59 13.84 gels ALEPE / MANUAL/ ANA SUCENA & SAO LUIS CASTRO p24

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