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Ménica Viegas Andrade Luiz Fernando Alves Microeconomia Exercicios resolvidos da ANPEC Belo Horizonte Editora UFMG 2004 Copyright © 2004 by Editora UFMG Este livro ou parte dele nfo pode ser reprod por qualquer meio sem autorizagao escrita do Editor A553 Andrade, Ménica Viegas, ‘Microeconomia — Exercicios resolvidos da ANPEC! Ménica Viegas Andrade, Luiz Femando Alves - Belo Horizonte : Editora UFMG, 2004. (Populacdo & Economia) 407 p. Inclui Referéncias ISBN: 85-7041-403-X Lee SUNEVE Teta UNE UEES \ 36.04.94 “ear EO 1. Microeconomia ~ Estudo e ensino 2, Microeconomia - Problemas, exercicios ete I Alves, Luiz Femando I. Titulo CDD: 338.5 ‘CDU: 330.101.542 Ficha catalogritica elaborada pela CCQC - Central de Controle de Qualidade da Catalogagao da Biblioteca Universitiria da UFMG EDITORAGAO DE TEXTO Ana Maria de, REVISAO DE PROVAS, Alexandre Vasconcelos de Melo Lourdes da Silva do Nascimento FORMATAGAO Raquel Condé PRODUCAO GRAFICA Warren de Marilac Santos capa, Marcelo Belico UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Reitora Ana Lucia Almeida Gazzola Vice-Reitar Marcos Borato Viena EDITORA UFMG Av. Anténio Carlos, 6627 Ale direita da Biblioteca Central - térreo Campus Pampulta - 31270-901 Bolo Horizonte/MG Tel.: (31) 3499-4650 Fax: (31) 3499-4768 editora@ufmg.br www.editora-ufmg.br CONSELHO EDITORIAL Titudares Ant6rio Luie Pisho Ribeiro, Cerlos AAniGnio Leite Brandio, Heloise Maria. Murgel Starling, Luiz Otivio Fagundes Amaral, Maia das Gragas Santa Barbara, Maria Helena Damasceno © a Megale, Romeu Cardoso Guimaries, Wander Melo Miranda (Presidente) Suplentes Cristiano Machado Goniij, Denise Ribeiro Soures, Leonardo Barci Castiots, Lucas José Bretas dos Santos, Maria Aparecida dos Santos Paiva, Maurllio Nunes Vieira, Newton Bignotto de Souza, Reinaldo Martiniano Marques, Ricardo Castanea Pimenta Figueiredo CEDEPLAR Centro de Plansjamento ¢ Desenvolvimento Regional Faculdade de Ciéncias Eeondmicas - FACE/UFMG Rus Curitiba, $32 - 9 andar - 30170120 — Belo Horizonte/MG Tel. (61) 3279-9100 wew-cedeplar.ufing.br se@cedeplar.ufing br Diretor da FACE Clétio Campolina Diniz Diretor do CEDEPLAR José Alberto Magno de Carvalo Agradecimentos Aos professores José Alberto Magno de Carvalho e Joao Anténio de Paula, que, em nome do Cedeplar, deram credibilidade a este projeto e viabilizaram sua execucéo; As assistentes de pesquisa, Cristina Guimaraes Rodrigues e Maria Augusta Bretas Lima, que participaram de toda a execugo deste livro, e sem as quais certamente este trabalho nao seria possivel; Aos bolsistas de iniciagdo cientifica, Thiago Barros de Oliveira e Douglas Rafael Moreira, que fizeram uma leitura cuidadosa do livro; ‘Aos alunos de pés-graduacao do Cedeplar, Vinicius Velasco Rondon e Betania Totino Peixoto, que participaram discutindo e propondo solugdes para alguns exercicios; ‘Ao professor Paulo Brigido da Rocha Macedo pela sua disponibilidade em discutir algumas das solugdes propostas; A todos os alunos da graduagtio em Ciéncias Econémicas da Universidade Federal de Minas Gerais que indiretamente participaram da execugao deste livro; ‘Aos nossos familiares que nos apoiaram neste projeto. Sumario 17 19 Apresentagao ... Prefielo ... ‘Teoria do Consumidor ANPEC/1991 Quest Tenn Questo 2... Questo 3 ANPEC/1992, Questiio 1 Questo 2 Questo 3. ANPEC/1993 Questo | QUESHEO 2 anon Questio 3 .. Questo 4 ANPEC/1994 Questo | Questiio 2 QUESHAO 3 one Questio 10... Questo 11. ANPEC/1995 Questéo 1. Questiio 2 Questo 3 ANPEC/1996 Questo 1 .... Questao 2 Questo 3 ANPEC/1997 Questo 1. Questo 5 ANPEC/1998 Questo I... Questo 2. Questao 3 Questo 4... Questo 12. ANPEC/1999 Questio 1. Questo 2 Questo 3 Questo 4 ANPEC/2000 Questo 1... Questo 2 79 81 ANPEC/2001 QUEStHO Lenn Questo 2... ANPEC/2002 Questo 1... Questo 3. Questio 4... Questo 14 ANPEC/2003 Questo 1 .. Questo 2... Questao 10 Questo 14... ANPEC/2004 Questo 1 Questao 2. Teoria da Firma ANPEC/1991 Questo 4 Questio 5 . Questao 6... Questio 7 .. Questio & . Questao 9 .. Questo 10... Questo 11 Questo 12 Questo 13 .... Questo 14 ANPEC/1992 QUESHEO S se QUES 6 nn Questo 7 en. Questio 8 135 QUESTO D waresnrnsrninnnnnn aoe eeeeeern Is], Questio 10 “ “ 138 129 130 132 ANPEC/1993 Questo 5 QUESLHO 6 oes ereenen Questiio 7... Questio 8 .. Questdo 9 .. Questo 10 Questo 11 Questo 12 ..... Questio 13 ANPEC/1994 Questao 6 Questo 7 Questio 8 .. Questo 9 Questiio 13 Questo 14 . ANPEC/1995 Questo 6 Questao 7 Questao 8 Questo 9 Questto 10. Questo Ho Questo 12 Questo 13 171 eed T3 174 176 ANPEC/1996 Questo 6 .. Questao 7 Questo 8 .. Questo 9 Questdo 10 Questo 11... Questo 12... Questo 13... Questo 14 ANPEC/1997 Questio 4 . Questio 5 .. Questo 6 Questo 7... Questdo 8 Questo 9... Questo 10....... Questo I... Questo 12 ANPEC/1998 Questo 5 Questdo 6 Questiio 7 Questo 8 Questao 9. Questo 11 ANPEC/1999 Questo 5 .... Questéo 6 Questa 7. Questao 8 Questo 10 Questao 13 . ANPEC/2000 Questo 4 Questo 5 Questiio 6 Questiio 7 Questo 8 .. ANPEC/2001 Questiio 3 Questo 4 : Questdio 5. 234 QUeSLEO 6 oer 236 QUEStHO Toei 239 Questo 8 241 Questo 15 nA ANPEC/2002 Questo 5 243 Quest 6 on snc2 AS Questiio 15 .. 248 ANPEC/2003 Questio 3 .. 249 QUESTO oon 250 Questa 5... 252 Questo 6 . 254 QUESHEO 7 eeconn 256 Questo 13 259 Questao 15 10260 ANPEC/2004 Questo 3 z 262 QUESHEO 4 csr 264 Questo $ 265 Questao 6 268 Questo 10 272 Questo 12 275 QUestdO 13 nen 276 Questo 14 nn 276 Incerteza, Informacio Assimétrica e Teoria dos Jogos ANPEC/1992 QUeEStEO 4 rene 279 ANPEC/1993, Questo 15 : ANPEC/1994 Questo 4... Questo 5 .... 284 285 ANPEC/1995 Questo 4 Questdo § ANPEC/1996 Questio 4 .. Questo 5 ANPEC/1997 Questo 2 293 ANPEC/1998 Questo 10 294 Questio 13 .. 1.295 ANPEC/1999 Questo 9... ssrnnntnnnnnnneen 296 Questo 14 = sone 297 ANPEC/2000 Questo 3 299 Questiio 12 301 Questo 13 303 Questo 14 a. 306 Questdo 15 308 ANPEC/2001 Questiio 11 e310 Questo 12 ... 3iL Questdo 13 ... 313 Questo 14 ... BIT ANPEC/2002 Questiio 2 319 QUEStEO Born 320 Questdo 11... 323 Questiio 12 325 Questo 13 327 ANPEC/2003 Questiio 9 331 Questo 11 334 Questo 12 337 ANPEC/2004 Questio 8. Questo 9. QUESHEO Haconennnni Questio 15... Equilibrio Geral ANPEC/1991 Questio 15. on 351 ANPEC/I992 Questo 1 an Questdo 12 ... Questdo 13 Questo 14 .... Questio 15... 352 nnd 3 B55 337 358 ANPEC/1993, QuestdO 14 een 360 ANPEC/1994 Questo 12 Questiio 15 361 363 ANPEC/1995, Questo 14 Questio 15... 366 ANPEC/1996 Questo 15 368 ANPEC/1997 QWeStHO 13 oan Questiio 14 Questio 15... ANPEC/1998, Questiio 14 .. Questo 15 ANPEC/1999 Questo Ho. Questo 12... Questiio 15 ANPEC/2000 Questiio 9 Questzio 10 Questéo 11 381 382 385 ANPEC/2001 Questo 9 Questo 10... ANPEC/2002 QUEStIO T nn Questiio 9 ... Questo 10. ANPEC/2003, Questiio 8 2396 ANPEC/2004 Questo 7 398 Referéncias . 403 Ae eee coon 405 Apresentagao Harold Bloom certa vez propés, talvez com a liberdade inspirada pelo seu objeto de trabalho, que Sheakespeare teria inventado a moderna concepgao de humano, Outros, talvez com menos ousadia literéria, utilizaram diversas pegas de Sheakespeare para ilustrar 0 surgimento da moderna concepg%o de individuo no lento processo de formacdo da sociedade contempordnea. Nao surpreende, portanto, que Bloom tenha sugerido recentemente que j4 se encontram em Hamlet muito dos temas de Becket, a0 menos os mais conhecidos: “Oh, Deus, poderia viver em uma casca de noz e ser fe espagos infinitos, no fossem esses malditos pesadclos.” O tema da Angiistia da Influéncia talvez seja dos mais influentes da contribuiga0 de Bloom & critica literdria. O tortuoso processo em que os autores procuram se libertar daqueles que os precedem e definir as estruturas da nova producdo. O aspect paradoxal desse proceso ¢ 0 cardter inevitavel da influéncia dos autores do passado naquele que se ptopde inovador. Angiistia similar € inerente a0 processo de formagio de novos pesquisadores. Deve-se oferecer os argumentos, resultados © construgdes formais conhecidas ¢, simultaneamente, os insirumentos e formas para sua propria superago. Encontrar os caminhos de novos problemas e propostas de solugio, ou ainda outros encaminhamentos ao que jé existe, é o objetivo central da pesquisa académica. Trata-se de um inevitével diélogo com 0 passado em que 0 conhecimento do que precede, das técnicas ¢ argumentos existentes é fundamental na construedo de novos caminhos. Cabe ao oficio de professor, nesse proceso, intermediar a relago entre o que ja existe e estimular sua superagdo. E esse é 0 reverso da angustia da influéncia, talvez mais marcante na academia do que na literatura: o sucesso do ensino est na superagdo pelo novo, na autofagia que caracteriza a boa academia em que os professores mais antigos so superados pelos que formaram. Essa autofagia do processo de formagdo talvez seja uma das medidas mais precisas do bom processo académico. Retornando ao Brasil ¢ comegando meu trabalho, que tomou caminhos inesperados nos iiltimos tempos, recebi um presente do acaso e da obstinagdo. Monica ‘Viegas era aluna do programa de doutoramento da EPGE/FGV e fora minha aluna em um breve curso de equilibrio geral que oferecera em 1996. Durante um perfodo em que estive fora do Brasil, Ménica insistiu para que trabalhdssemos juntos em estudar economia da satide no Brasil, analisando as restri¢Ses institucionais existentes e seus impactos no bem-estar social. ‘As dificuldades com as bases de dados existentes nos levaram a comegar com uma extensa andlise empirica dos anos de vida perdidos por diversas causas de mortalidade, passando pela surpresa com a magnitude ¢ desdobramento temporal e por geragées da morte por homicidio, até uma andlise da regulamentago do setor de saiide no Brasil. A extensfa e superago das dificuldades nesse trabalho foram possiveis como um rei de apenas pela obstinagio, competéncia, seriedade e compromisso com o trabalho que M@nica demonstrou durante todo 0 processo, Aprendi muito com Monica. Sua tese de doutorado e artigos posteriores demonstram sua relevancia em uma Area ainda nao suficientemente explorada pela academia brasileira, apesar de alguns importantes esforgos isolados, como o de André Médici. Este livro € um exemplo significativo das qualidades profissionais de Ménica, Ao retomar ao CEDEPLAR, combinando suas atividades de pesquisadora e professora, Monica ultrapassou em muito o que se espera da atividade docente, Em um ambiente extremamente profissional e tecnicamente competente, com contribuigdes extremamente importantes em freas que vio da demografia & microeconometria, da metodologia da ciéncia a teoria, Ménica nfo apenas manteve sua produgio académica como ainda encontrou tempo para produzir este livro de resolugao de exercicios da ANPEC que seré muito util para os alunos de economia. Trabalho, construgao e difustio do que jé existe, formagio de novos alunos e pesquisa inovadora sio atributos desejados do nosso offcio. Que Ménica exerca todos esses atributos com competéncia expressa a minha sorte e gratidio em ter compartilhado parte do seu processo de formagao. Marcos de Barros Lisboa 18 Prefacio A idéia de escrever um livro de exercicios de Microeconomia nasceu com a experiéncia didética vivenciada ao longo desses anos na Universidade Federal de Minas Gerais. A exigéncia de formalizagio e a consolidacao de uma linguagem matematica determinaram uma importéneia muito grande & capacidade de operacionalizagio resolugéo de problemas principalmente no campo da Teoria Microeconémica, ao mesmo tempo em que criou um distanciamento da abordagem didética puramente conceitual. Este livro é uma primeira tentativa de suprir uma lacuna existente na literatura econémica brasileira, na qual praticamente no existem livros de exercicios resolvidos de Microeconomia. © livro ¢ uma compilagio de todos os exercicios contidos nas provas de Microeconomia do Exame Nacional da Associacdo Nacional de Pés-Graduagdo em Economia - ANPEC no perfodo de 1991 a 2004. A escolha pela resolugao dos exercicios da ANPEC se deve principalmente a trés motivos: em primeiro lugar, o exame aborda todos os conteiidos da Teoria Microecon6mica obrigatérios para a formago de um aluno de graduacio em Ciéncias Econémicas; em segundo, os exercicios contidos nas provas foram elaborados por professores de todas as Universidades e Escolas de Economia do Brasil, sendo portanto bastante representativo do estado da arte do curso de Economia do Brasil; por iltimo, ¢ ndo menos importante, por acreditar que o Exame Nacional da ANPEC se tornou uma referéncia em termos das exigéncias estabelecidas aos profissionais de Economia assim que os mesmos saem da Universidade, O livro esta organizado segundo os principais contetidos da disciplina de Microeconomia, mas todas as quesides t&m indicados 0 ntimero ¢ 0 ano correspondentes no Exame Nacional. Reconhecemos desde ja as possiveis falhas que serdo percebidas a0 longo da leitura do mesmo, uma vez que nao temos nenhuma pretenséo de mostrar uma solugdo tinica para os problemas propostos. Buscamos, entretanto, na medida do possivel, apresentar e justificar a interpretagiio dada aos exercicios. Desse modo, apesar de reconhecer que 2 decisio de escrever este livro abre portas para a incursdo em um caminho de dividas ¢ apresentagdo de solugdes alternativas, consideramos que sua elaboragio tem uma justificativa importante na medida em que pode contribuir para a formagao e consolidagio do processo de aprendizado do aluno de Ciéncias Econémicas. Teoria do Consumidor ANPEC/1991. Questo 1 Sobre a Teoria de Consumidor, é correto afirmar que: (0) Na abordagem ordinal a utilidade marginal é suposta decrescente. ) A Taxa Marginal de Substituigdo € decrescente devido a hipotese de que a utilidade marginal é decrescente, (2) Naabordagem cardinal a fumgao-ntilidade é aditive. (3) Na abordagem ordinal se a Taxa Marginal de Substituieao for crescente havera especializagao do consumo em apenas um bem. (4) Amensurabilidade da wilidade caracteriza a abordagem cardinal Solugao: (0) Faiso. Existem duas abordagens na Teoria Microecondmica Neoclissica: abordagem cardinal e ordinal, Na abordagem cardinal ¢ possivel atribuir valores para cada cesta de bens enquanto que na abordagem ordinal o que importa é apenas a ordenacdo das cestas. Qualquer transformagio monotdnica crescente de uma fungZo-utilidade ird representar as mesmas preferéncias, Ou seja, o valor absoluto atribuido utilidade auferida com determinada cesta de bens nfo importa. A Teoria Microeconémica Neoclassica se desenvolveu a partir da abordagem ordinal Na abordagem ordinal o comportamento da utilidade marginal depende das preferéncias dos consumidores, portanto, essa afirmativa nem sempre é verdadeira. Como exemplo podemos citar: bens substitutos (perfeitos e imperfeitos), que, representados por uma funngo-utilidade linear, apresentam a utilidade marginal de cada bem constante, Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 57; 59 € 60. © Pindyck, R. etal. (1994), p. 96.098, (1) Falso. A Taxa Marginal de Substituigio ¢ a inclinagao da curva de indiferenca e mede a taxa a qual o consumidor esta disposto a substituir um bem por outro. Em geral a TMS é uum niimero negativo devido ao pressuposto das preferéncias monoténicas. Preferéncias monoténicas implicam que quanto mais bens o consumidor possuir, melhor ele se encontra, ou seja, na cesta de consumo do individuo existem apenas bens (nao existem males). Desse modo, partindo do pressuposto de preferéncias monoténicas nos dois bens, as curvas de indiferenea que as representa possuem inclinagio negativa, Jé 0 fato de a TMS ser decrescente decorre da convexidade estrita da curva de indiferenga, que quer dizer que 0 consumidor sempre prefere consumir quantidades positivas de todos os bens, ao invés de se especializar no consumo de apenas um. Esta convexidade esitita das preferéncias implica que o individuo teré que abrir mao de uma quantidade positiva de um dos bens para obter uma quantidade positiva de outro bem, No entanto, quanto mais de um bem o individuo possuir, menor sera sua vontade de possuir mais deste bem e, simultaneamente, ele estaré mais propenso a abrir mao de um pouco do bbem que ele tem em grande quantidade para adquirir aquele que ele tem em quantidade menor. Tecnicamente falando, a taxa a qual @ pessoa deseja trocar 0 bem | pelo bem 2 diminui & medida que aumenta a quantidade do bem I que o individuo possui. Em outras palavras, @ Taxa Marginal de Substituicdo é decrescente. A afirmativa proposta é falsa porque 0 comportamento decrescente da Taxa Marginal de Substituigao decorre da hipétese de convexidade estrita das preferéncias. A utilidade marginal decrescente € uma conseqtiéncia da hipétese de convexidade estrita das preferéncias. Sobre este t6pico, ver: © Mas-Colell, A. et al. (1995), p. 44 © Varian, H. (2000), p. 52a 55; 72a 74, © Pindyck, R. ef al. (1994), p. 72 € 73; 96 a 98, (2) Falso. A_aditividade de uma fungdo-utilidade esté relacionada ao grau de substitutabilidade existente entre os dois bens.’ Vejamos alguns exemplos de fungao aditiva mais tipicos em Economia: Substitutos: f(x, y) Quase-line: Fungao de Utilidade Esperada: U(ci, ¢:) myulc,) +7 0(C3) A aditividade das preferéncias pode ocorrer tanto na abordagem cardinal como na ordinal. Sobre este t6pico, ver: © Varian, H. (2000), p. 59 a 66. As fungSes utilidade Cobb-Douglas admitem substcutabilidade entre os bens mas nfo so aditivas, (3) Verdadeiro. A Taxa Marginal de Substituigdo de x por y indica a quantidade do bem x que o individuo est disposto a deixar de consumir para receber uma unidade a mais do bem y e obter o mesmo nivel de utilidade, Se a Taxa Marginal de Substituigdo for crescente, 0 individuo estaré sempre disposto a dar uma quantidade maior de x por uma unidade a mais de y. Desse modo, o individuo tende a se especializar no consumo de y. Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 52.455, © Pindyck, R. ef al. (1994), p. 72. € 73. (4) Verdadeiro. A Teoria Microeconémica Neoclassica apresenta duas abordagens principais: a Abordagem da Escolha e a Abordagem das Preferéncias. A Abordagem da Escolha tem como principio a observagio das escolhas realizadas pelos individuos e é usualmente denominada na literatura de Abordagem da Preferéncia Revelada. A Abordagem das Preferéncias, conforme 0 préprio nome jé sugere, tem como ponto de partida as preferéncias dos individuos e se divide em duas teorias: a Teoria Ordinal ¢ a Teoria Cardinal. A principal diferenca entre essas duas teorias é que na Teoria Cardinal o valor absoluto da utilidade auferido com a cesta de bens importa, enquanto que na Teoria Ordinal apenas a ordenagdo das cestas tem significado. Vejamos a ilustracdo abaixo. Suponha dois individuos com as seguintes fungdes utilidade representando as suas preferéncias: Individuo A: f(x, y)=x ty Individuo B: f(x, y) = yR+¥ Na Teoria Cardinal esses individuos apresentam diferentes preferéncias, enguanto que na Teoria Ordinal, como essas preferéncias implicam na mesma ordenacdo de cestas, elas representa o mesmo individuo. Sobre este tépico, ver: © Varian, H, (2000), p. 62 ¢ 63. © Pindyck, R. ef al. (1994), p. 71. Questo 2 © governo estabelece um imposto especifico sobre as vendas de caleas jeans. Supondo que esse mercado seja competitivo, (©) 0s vendedores transferem todo o imposto para os consumidores, via aumento de prego. (1) a incidéncia do imposto recairé totalmente sobre os vendedores, se a elasticidade-prego da demanda for infinita. (2) © imposto sera distribuido entre vendedores ¢ consumidores, dependendo da sensibilidade das curvas de oferta e demanda as variagdes de prego. (3) os vendedores seriam beneficiados se o imposto fosse cobrado dos consumidores. (4) se o prego da calga for de $10 e 0 governo colocar um imposto de 10%, ou se colocar um imposto de $1, 0 efeito sera idéntico. Soluezo: (0) Falso. O montante do imposto a ser transferido para os consumidores depende da elasticidade da demanda e da oferta. O imposto recairé unicamente sobre os consumidores em dois casos: se a demands for totalmente inelastica ou se a oferta for totalmente elistica. No caso de a demanda ser totalmente ineléstica os individuos nao tém capacidade de responder a uma variagto de pregos reduzindo a quantidade demandada; nesse sentido os produtores podem repassar todo o imposto para os consumidores. No caso de uma curva de oferia totalmente elistica os produtores esto ofertando o produto ao nivel do custo marginal. Desse modo, se os produtores tiverem que arcar com parte do imposto tero prejuizo e, portanto, irdo ofertar quantidade igual a zero. Generalizando, um imposto recai principalmente sobre 0 comprador se o valor Ey E de oe for muito baixo, e recai principalmente sobre o vendedor se 0 valor de = for muito alto, em que Ey = elasticidade-prego da demanda e £, = elasticidade-prego da feria Sobre este t6pico, ver: © Varian, H. (2000), p. 316 a 318, © Pindyck, R. ef al. (1994), p. 315, (1) Verdadeiro. Em termos matematicos, a elasticidade-preco da demanda definida como: taxa de variagoda demanda _“y_ taxade vatiagaodopreco Ap dp x Outra forma de expressio para a elasticidade: Oinx | @Inx _Olnx AY _1 & > oo @lny 8Inp 4X @lny xélny (a) Note que: & _ a Olny ey elny ey A igualdade anterior implica que ox _ ax @iny > & ‘Substituindo na expresso (1), temos: Ginx _ 1a diny xa A elasticidade-prego da demanda infinita significa que os consumidores reagem ao prego de maneira que qualquer que seja a alteracio infinitesimal no prego ofertado do produto, a demanda cai a zero, ow seja, hd apenas um prego ao qual os individuos esto dispostos a consumir 0 bem e, a este prego, qualquer quantidade ofertada do bem sera consumida. Deste modo, os vendedores terfo que arcar com todo o custo do imposto, pois se 0 repassarem ao preco, ao todo ou em parte, ninguém comprard o bem ofertado. Sobre este t6pico, ver: © Varian, H. (2000), p. 317. ¢ Pindyck, R. et al. (1994) p. 407 e 408. (2) Verdadeiro. Vide resposta do item 0. Sobre este t6pico, ver: © Varian, H. (2000), p. 317, © Pindyck, Ref al, (1994) p. 407 e 408. (3) Falso. Quanto mais elistica for e demanda, 0 repasse do imposto aos consumidores, que significa aumento dos pregos, faré com que a demanda caia de uma maneira tal que © lucro do produtor diminuira. Os vendedores s6 serio beneficiados com o repasse do imposto para os consumidores se a demanda de calcas jeans for inelastica de modo que © aumento dos pregos faca a demanda cair em uma proporgo menor do que a variagdo dos pregos. Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 311 4318. © Pindyck, R. er al. (1994), p. 407 e 408 (4) Falso. © imposto de SI sobre a calga que custa $10 é um imposto sobre quantidade, que quer dizer que 0 consumidor tera que pagar ao governo uma certa quantia por unidade da calga que ele comprar. A aliquota de 10% corresponde a um imposto ad valorem. Se a calga tem 0 prego igual a $10 e sobre este prego é colocado um imposto sobre as vendas A taxa de 10%, 0 prego efetivo para o consumidor sera (1 + 0,1)10. 2s O efeito desse imposto s6 serd idémtico, independentemente do modo aplicado, se a.curva de demanda dos consumidores for perfeitamente ineldstica, ou se a curva de oferta dos produtores for perfeitamente elistica. Nesses dois casos os consumidores iro arear com todo 0 custo do imposto ¢ irao pagar S11 por calea, independentemente do sistema de recolhimento adotado. O efeito também sera idéntico, se, ao contrério, a curva de demanda dos consumidores for perfeitamente elistica e a curva de oferta dos produtores for perfeitamente ineldstica. Nesse caso, os consumidores irto pagar $10 pela calga, mas os produtores sé ficardo com $9. Em qualquer outro caso, a maneira como 0 imposto sera aplicado produzira efeitos diversos, que so poderao ser calculados conhecendo-se as elasticidades de demanda e oferta do mercado. Podemos citar o exemplo de um mercado com curvas de oferta e demanda lineares para provar que nem sempre este efeito sera idéntico. ‘Suponhamos um mereado com as curvas de oferta e demanda abaixo: De S(p) Se nfo houver cobranga de imposto no referido mercado, os pregos de oferta ¢ demanda sero iguais, porém com a adogtio de um imposto os pregos de oferta ¢ demanda diferirdo de acordo com o tipo de imposto adotado. Assim: Se 0 imposto adotado for sobre quantidade, o prego de demanda seré Pd = Ps +1 Se for adotado um imposto ad valorem, o prego de demanda tera a forma Pa = Ps(1+0) equilibrio do mercado se dé igualando-se oferta e demanda. Desse modo podemos analisar o efeito de cada tipo de imposto. Para o imposto sobre quantidade temos: Para 0 imposto ad valorem, 0 prego de oferta sera: a-B[P(1+N)]=c+aP, a-6P, ~biP, =c+dP, > (b+ d+ bt) a-c bed+br anc A partir da comparagio entre os resultados acima, podemos coneluir que os resultados econémicos podem variar de acordo com o tipo de imposto adotado. Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 319 a 328, ® Pindyck, R. ef al. (1994), p. 339 a 346. Questo 3 Suponha que a fungio-utilidade para cada consumidor individual € dada por U =10g, + 5g, +4,93- Cada um deles tem uma renda fixa de 100 délares. Suponha que © prego de Q, seja 4 délares por unidade e que haja 200 consumidores no mercado. (0) ATMS, = 43/4, (1) Os bens 1 2 sao independentes entre si (2) A demanda de mercado do bem 1 sera dada por: O, = (R/2)+ (5p! p,)- 3) Se p, =S2 a quantidade demandada no mercado sera de 12 mil unidades do bem 1. (4) Os bens 1 ¢ 2 sao substitutos liquidos. Solugdo: (0) Falso. A Taxa Marginal de Substituicdo é definida como a inclinag8o de uma curva de indiferenga, Formalmente, diferenciando, temos ou = Big + Gig 20 2 Gag =- Lig, = & oq, eq, 6g, Og, dk Da fungaio U, calcuta-se: Umg; = 10+ g2 Umg: =5+q: De modo que TMS} ae Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 69 ¢ 70. © Pindyck, R. ef al, (1994), p. 170 171 () Falso. Os bens néo sdo independentes entre si, pois quando se aumenta a quantidade de um dos bens, a utilidade marginal do outro bem aumenta, Para se comprovar isto, basta dUMg, _ dUMg, fazer: <8 - SE dk dq, Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 64. ® Pindyck, R. ef al. (1994), p. 129. 2) Falso, Para solucionar esta questo devemos proceder & maximizagao das preferéncias do consumidor. A fingio-utilidade que representa as preferéncias dos consumidores ‘mostra que 6 possivel ocorrerem solugdes de canto. Dito em outras palavras, ¢ possivel que 0 consumidor escolha consumir quantidade igual a zero de algum dos dois bens. Nesse caso, devemos proceder & maximizagao utilizando o multiplicador de Kuhn. Tucker. * Max U = 109, +59, + 4,4, sujeito a( pigs + p2q2= 100) eg, 20 € q2 20 Max U = 109, +393 + 9,92 +2 ( 100 - pigs -p2g2) + wg + bs au 10+ 9, ~4p, +4, =0 Hé teés casos a serem estudados. O primeito deles é a solugto interior, em que g, > 0 ¢ gy > 0. Neste caso py = ths =0. Resolvendo para as duas primeiras equagdes: 1049, Ap, =0= Ap, =10+g, = a= 10% Py S+q $49, - Ap, =0= dp, =54q, A= Pr 104g, 544 10p, + ps AE 3 1p, + pra =5p, +99, 2g, = ELE. BP Pi Sendo p2=4,se q)>0eq2>0, g, = 40242 =5P. el ‘A solugio através ds condigto de iguldade entre u Taxa Marginal de Substtugéo ea rae entre os prepos sé pode ser wilizada dictamente se a tinica solupio possivel fr solupdo intevon 28 Da restri¢do orgamentaria, temos que piqi +p2q2 Substituindo na equagao de demanda de gy, temos: R, de modo que ps pig 10p, +R 5, i A OPL = gp, =10p: +R—4,0,~5p, = 2p, =10p, + R-Sp, lop, +R-5p, | _(_R_),(10p5~5e ) 2p, Op, 2p, } No segundo caso, consideremosg, > 0 € 1 =0; 9, =0 eup>0 , R Pela restrigao orgamentaia, pig) + pxg2= R. Como q>=0 = pigs = R=>q, =~ No terceiro caso, consideremos gr = 0, ti > 0, g2 > 0 e px = 0, ou seja, a quantidade demandada q, é igual a zero. A afirmativa esté falsa, pois nenhum dos trés casos analisados apresenta resultado proposto. Sobre este t6pico, ver: © Varian, H. (2000), p, 96 a 98. ® Pindyck, R. ef al. (1994) p. 17 € 169. (3) Falso, 0-4 =100 2-2 =132 Como o mereado tem 200 consumidores, a quantidade demandada no mercado serd de ee 200 = 6.500 bi = 2, p2=4eR=100, entdo g, = unidades do bem | Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 317. © Pindyck, R. ef al. (1994), p. 407 e 408. (4) Verdadeivo. Estes bens so substitutos em decorréneia da aditividade presente na funcio- utilidade, O conceito de substitutos liquidos, entretanto, nao é uma denominago usual na literatura. Mas-Colell (1995) faz uma diferenciagao entre bens substitutos e bens substitutos grossos. A diferenga entre essa caiegorizacao reside no tipo de demanda que € considerada para analisar a variago na quantidade demandada de um bem decorrente da variagio do prego do outro bem. Segundo este autor, se considerarmos 0 comportamento da demanda Hicksiana, dois bens so substitutos liquidos se o aumento no preco de um bem implicar em aumento no consumo do outro, No caso de considerarmos 0 comportamento da demanda Walrasiana os bens so clasificados em substitutos grossos.? Sobre este tépico, ver: © Mas-Colell, A. et al. (1995), p. 71. © Varian, H. (2000), p. 85 a 94; 99 a 104; 289 e 293 © Pindyck, R. er al. (1994), p. 109 ¢ 110; 123 ¢ 124, ANPEC/1992 Questo 1 Sobre a Teoria do Consumidor, é correto afirmar que: (0) Para um individuo com uma fungao de utilidade U(: x, )= x+y os dois bens 2 ey so substitutos perfeitos, (1) Para um bem inferior, o efcito-substituiglo é sempre menor que o efeito-renda, @ — Acurva de Engel de um bem normal é sempre uma linha reta. (3) Seas curvas de indiferenca fossem convexas em relagio a origem, 0 consumidor compraria apenas um dos dois bens. (4) As curvas de nivel representadas abaixo nfo podem representar as curvas de indiferenga de um consumidor. Ul>U2>U3>U4 Solucao: (0) Verdadeiro. Os bens substitutos perfeitos s&o trocados a uma taxa de I para 1. Essa fungao ¢ uma transformago monotdnica crescente da seguinte fungi: U(xy) =x ty, Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 40, 57 e 58. * Pindyek, R. ef al. (1994), p, 407 e 408, oe * © conerito de Demands Hicksana di respsito& vaviagto da demandacesulante de uma varagSo nos pros, considerando a compensagdo ocorrda devido a alteragéo de poder de compre 30 | (1) Falso. Nao existe uma relagao tinica para um bem inferior entre os efeitos renda © substituigdo, Somente no caso dos bens de Giffen, que sao um caso particular dos bens inferiores, 0 efeito-renda & sempre superior ao efeito-substituigdo, Para os bens inferiores 0 efeito-renda ¢ sempre negativo, ou seja, quando a renda aumenta, 0 consumo cai. Por outro lado, o efeito-substitui¢go, que diz respeito a uma variagdo da demanda quando ocorre altera¢ao dos pregos ~ mantendo consiante 0 poder de compra do consumidor — é sempre negativo para qualquer bem. No caso dos bens de Giffen, quando o prego se altera o efeito final (efeito-prego) é positivo, ou scja, se o prego se reduz (aumenta) a demanda também se reduz (aumenta). Esse efeito ocorre porque 0 efeito-renda ¢ superior em magnitude ao efeito-substituigao. No caso de um bem inferior que ndo seja de Giffen, esta relagao nao iré ocorrer. Os conceitos abaixo ajudam a compreender a resposta: ~ Efeito-renda > variagdo na demanda decorrente de uma variag2o na renda, = Efeito-substituigdo —> variagdio na demanda decorrente de uma variacdo dos pregos ‘mantendo-se constante o poder de compra * Bfeito-substituigdo negativo => redugdo do prego (aumento) => aumento da demanda (reducao) * Efeito-renda positive => aumento da renda (redugtio) => aumento da demanda (redugao) Observagao: redueao do prego significa um aumento do poder de compra (renda), Sobre este tépica, ver: © Varian, H. (2000), p. 152 e 153. © Pindyck, Ref al. (1994), p. 132 ¢ 133. (2) Falso. ‘A curva de Engel é a representagdo dos pontos de escolha étima do consumidor quando ocorrem variagdes na restriglo orgamentéria. Essa curva é uma linha reta somente no caso de preferéncias homotéticas. Preferéncias homotéticas sto aquelas preferéneias em que a frago da renda consumida com cada bem é sempre constante. Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 103 a 110. © Pindyck, R. ef al. (1994), p. 125 a 127. (3) Falso.* Isso nem sempre é verdade. Um exemplo sto as preferéncias do tipo Cobb- Douglas na qual o consumidor sempre escolhe consumir os dois bens, pois, do contrério, terd utilidade igual a zero. No caso de o consumidor ter preferéncias céncavas, ele sempre ira preferir consumir apenas um dos bens. * Esta resposta no eanfere com o gabarito oficial da ANPEC. 31 (4) Falso. Essas curvas de indiferenga representam as preferéncias de um consumidor que apresenta um ponto de saciedade global. © comportamento das preferéneias pode ser analisado dividindo-se 0 gréfico das curvas de indiferenca em quadrantes, tomando como referéncia o ponto de saciedade global. Ulsu>U3>Ud Nos quadrantes em que as curvas de indiferenca possuem inclinagdo negativa, significa que o consumidor possui muito pouco ou demais de ambos os bens em relagao 20 ponto de seciedade. Por outro lado, se @ inclinago das curvas de indiferenga for positive, isso equivale a dizer que o consumidor tem demais apenas de um dos dois bens. Nesse caso, o bem passa a ser um mal, e 0 consumidor ird preferir diminuir o consumo desse bem para consumir mais do outto. Se ele tiver demais de ambos os bens, os dois bens sero males. No quadrante 1, a inclinaeao das curvas de indiferenca é negativa, Tém-se dois males, pois 0 consumidor tem demais de ambos os bens. Nesse caso, a redugo no consumo de ambos leva o consumidor para mais perto do seu ponto de satisfagdo, representado pelo ponto Ul No quadrante 2, as curvas de indiferenga possuem inclinagao positiva, Tem-se demais de um dos bens, que no caso é 0 bem X:, pois como a direc8o do aumento da preferéncia ¢ para baixo ¢ para a direita, o consumidor quer diminuir 0 consumo deste bem, ¢ aumentar o consumo de X1, que € um bem, e nao um mal. No quadrante 3, tanto X2 quanto X; stio bens. A inclinago negativa das curvas de indiferenca indice que o consumidor tem muito pouco de ambos os bens, de forma que para se mover para seu ponto de satisfacdo, 0 consumidor deve aumentar o consumo dos dois bens. No quadrante 4, X; € um mal ¢ Xz é um bem. O consumidor deve diminuir 0 consumo de X; ¢ aumentar o de X>, a fim de chegar ao nivel de satisfagio desejado, Sobre este tépico, ver: © Varian, H, (2000), p. 43 a 46. Questio 2 O grafico abaixo mostra posigdes de equilibrio altemnativas de um consumidor. (© A mudanga de linha de orgamento BC para BG resulta de uma diminuigao apenas do prego do bem y. (1) A mudanga da linha de orgamento BC para HE resulta da diminuigdio apenas do prego do bem y. (2) curva de Engel para o bem x, que relaciona a quantidade de equilibrio deste bem com a renda monetéria, esta representada no gréfico. (3) A linha prego-consumo é representada por AF. Solugdo: (0) Verdaceiro. Quando 0 prego do bem y diminui, e 0 prego do bem x permanece constante, a reta orgamentatia fica mais plana. Desse modo, a quantidade que o consumidor pode adquirir do bem y aumenta. O que se modifica é apenas o intercepto horizontal que se move para a direita. O intercepto vertical permanece constante. Os interceptos Tepresentam a quantidade maxima que pode ser consumida de cada bem no caso de 0 consumidor gastar toda a sua renda com apenas um dos bens. Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 110 e 111. © Pindyck, R. et al. (1994), p. 120¢ 121 (1) Falso. Quando ha um deslocamento paralelo ¢ para fora da reta orgamentaria isso significa que houve um acréscimo na renda do consumidor, sem alteragao dos pregos relativos, Sobre este tépico, ver © Varian, H. (2000), p. 104 € 105, © Pindyck, R. ef al. (1994), p. 123 e 124 (2) Falso. ‘Accurva de Engel para o bem x deve ser representada no plano x-renda, ou seja, ela deve relacionar a quantidade consumida de uma mercadoria ao nivel de renda. No 33 exercicio, a curva que passa pelos pontos A e D ¢ relaciona a quantidade de equilibrio deste bem com a renda monetaria é dita curva renda-consumo, pois est representada no plano x ey. Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 104 ¢ 105. © Pindyck, R. ef al. (1994), p. 123 e 124. (3) Verdadeiro.? ‘A curva preso-consumo liga os pontos de escolha étima do consumidor quando 0 prego do bem se altera, mas o prego do bem x e a renda permanecem constantes. Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 112 ¢ 113, © Pindyck, R. eral. (1994), p. 120 € 121 Questo 3 A curva de demanda de mercado de um bem de consumo: (0) Ea soma horizontal das demandas individuais. (1) Depende da renda total dos consumidores, desconsiderando a distribuicdo dessa renda (2) Esempre mais eldstica do que qualquer das demandas individuais. (3) Fica com sua posigdo inalterada quando o prego de um bem complementar sobe Solucdo: (0) Verdadeiro. E a propria definigSo de demanda de mercado. Para cada prego do bem, a quantidade demandada pelo mercado corresponde & adigio das quantidades demandadas por consumidor. Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 280. © Pindyck, Ret al. (1994), p. 137 2 139. (1) Falso. Se a demanda agregeda ndo dependesse da distribuicao de renda, dois paises com © mesmo nivel de renda deveriam ter a mesma demanda agregada. ‘Suponha que a distribuigdo de renda desses dois paises seja diferente. Vejamos ‘o exemplo da demanda agregada de um bem especifico: automéveis. Aquele pais com uma distribuigdo de renda mais igualitéria iré provavelmente apresentar um nivel de demanda agregada de automéveis mais elevado, uma vez que no pais com maior concentracio de renda existiré um maior contingente de consumidores que mio poderd comprar automével. # No gabarito da ANPEC, ese item consta como anulado, 4 Vejamos ume outra situagio. Suponha que ocorra uma redistribuigéio de renda no Brasil de modo que o nivel de renda permaneca constante. Essa redistribuicdo sera realizada através de uma tansferéneia direta de renda dos individuos do décimo decil para os individuos do primeiro decil, A demanda agregada observada antes e depois da redistribui¢ao de renda s6 iré permanecer constante se o aumento de demanda que Scorrer no primeiro decil for exatamente igual a redugto de demanda que iré ocorrer no décimo decil. Desse modo, podemos concluir que a distribuiggo de renda s6 nao é importante na determinagao da demanda agregada se o efeito-renda for constante entre todos os individuos. Isso iré ocorrer sempre que os individuos apresentarem as mesmas preferéncias homotéticas. Sobre este tépico, ver: © Mas-Colell, A. et al. (1995), p. 105 a 109. © Varian, H. (2000), p. 280. (2) Faso. Suponhamos, por exemplo, que uma curva de demanda individual seja Dy(p) = 20—p, ¢ que outra curva de demanda individual seja Da(p) = 10 - 2p. Entdo as fuingdes demanda individuais t8m a forma: Da(p) = max {20 -p, 0} Da(p) = max {10 ~ 2p, 0} Logo se peo Di [ig D2 6 D 27 2a A partir disso, vamos calculat a elasticidade no ponto para as demandas individuais ¢ para a demanda de mercado: Aala 6=1 Como Ap! p=1 entio: pip 27-24 27 01 Pode-se concluir que a elasticidade da demanda de mercado é maior que a elasticidade da demanda individual 1, porém ¢ menor que a elasticidade da demanda individual 2, Portanto, nem sempre 2 demanda de mercado € mais elastica que qualquer uma das demandas individuais. Sobre este tépico, ver: @ Varian, H. (2000), p. 284 ¢ 285. (3) Verdadeiro. Os bens complementares se caracterizam por serem consumidos juntos, em proporg6es fixas, no necessariamente de 1 para 1. Quando o prego de um bem complementar sobe, as pessoas diminuem 0 consumo de ambos os bens, ocorrendo um deslocamento ao longo da curva e ndo da posigdo da curva. A variacao do preco de um bem complementar equivale a uma variaego do prego do proprio bem, resultando Portanto em variagio ao longo da curva. Uma variaco da posigéo da curva de demanda decorre de um choque de demanda positivo ou negative e nfo de uma variagio de pregos. Sobre estes t6picos ver: © Varian, H. (2000), p. 281. © Pindyck, R. er al. (1994), p. 123 e 124. ANPEC/1993 Questio 1 Na Teoria Ordinal do Consumidor, também chamada de Teoria das Preferéncias, pode-se afirmar que: (0) A utilidade total de dois bens ¢ dada pela soma das utilidades de cada bem. a) Se a cesta de bens A ¢ indiferente a B e simultaneamente preferida a C, enquanto B ¢ indiferente a C, entdo ha um cruzamento de curvas de indiferenga. (2) O individuo atinge um ponto de maxima utilidade, ou seja, um ponto de saciedade global, se puder consumir quantidades crescentes de cada bem. (3) Uma curva de indiferenga esté associada a um nivel iinico e inalteravel de utilidade, Solugio: (0) Falso. No caso de bens complementares, por exemplo, isso nio é verdadeiro, Sempre que a utilidade de um bem ¢ afetada pelo consumo de outro bem, como ¢ 0 caso dos bens complementares, 0 principio de que a utilidade total é a soma das utilidades de cada bem nio se comprova, Sobre este t8pico, ver: © Varian, H. (2000), p. 64, (1) Verdadeiro. Sea cesta de bens A ¢ indiferente a B e simultaneamente preferida aC, enquanto B ¢ indiferente a C; entio essas preferéncias nao sio transitivas e, portanto, sdo 36 epresentadas por curvas de indiferenga que apresentam pelo menos um cruzamento. A forma dessas preferéncias estd representada no grafico abaixo. Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 36 ¢ 37. © Pindyck,R. et al. (1994), p. 80. (2) Falso. No caso de preferéncias monétonas, mesmo que o individuo consuma quantidades crescentes de cada bem, ele no vai atingir um ponto de saciedade global. Sobre este tépico, ver ® Mas-Colell, A. ev al. (1995), p. 42. (3) Faiso. Como as preferéncias so ordinais, o que importa é a ordenagdo e nao a escala de valores atribuida 8s curvas de indiferenca, Sobre este t6pico, ver: © Varian, H. (2000), p. 60 ¢ 61. © Pindyck, R. er al. (1994), p. 106 ¢ 107. Questio 2 A proposigiio conhecida como Lei da Demanda: (0) Baseia-se no fato de que o prego de mercado de um bem é determinado somente pela sua utilidade (1) Diz que quanto menor for a quantidade demandada de um bem, menor serd 0 seu prego. 37 (2) Sé é valida quando se estuda a demanda ao longo de uma dada curva de indiferenga. (3) Euma relagdo inversa entre a quantidade demandada de um bem e o seu proprio prego. Solugao: (0) Falso. O prego de mercado de um bem ¢ resultado da interagao entre oferta e demanda. ‘A demanda individual ¢ a demanda de mercado dependem da utilidade que os bens proporcionam 0s individuos, entretanto © prego final vigente no mercado esté condicionado a oferta existente. Sobre este t6pico, ver: © Varian, H. (2000), p. 280 ¢ 281. () Falso. ‘A Lei da Demanda pressupde relagdio negativa entre prego e quantidade. Segundo a Lei da Demanda, quando 0 prego de um bem aumenta, a demanda desse bem deve diminuir. Para que esta Lei seja valida, ela dependeré da magnitude dos efeitos renda e substituiedo. De acordo com a Equacao de Slutsky, qualquer variagao no prego é decomposta em duas partes: efeito-renda e efeito-substituigdio. Se a demanda de um bem aumenta quando a renda aumenta, entio a demanda desse bem deve diminuir quando seu prego sobe. Ou seja, sempre que o bem é um bem normal, este bem é comum. Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 156. © Pindyck, Ref al. (1994), p. 120. (2) Falso. Como a curva de demanda ¢ © conjunto de pontos étimos de escolha do consumidor dados pregos e renda, ela considera na sua formulago infinitas curvas de preferéncias. Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 38 a 40. © Pindyck, R. et al. (1994), p. 106 a 108. (3) Verdadeiro. : Se 0 prego de determinado bem sobe, as pessoas tendem a demandar menos esse em. ‘Ver ld Bends Copenh, & Lei da Denard Compenas di sso» wasn demande ccrent ariae no repo pis de commen © consuder pela aap ora mo poser te compra Noses octeto sempre nesta pera cuitnno poser econo 38 Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 156 © Pindyck, R. er al. (1994), p. 120¢ 121. Questo 3 A fungZo-utilidade de um trabalhador UG%,1), depende do consumo de um bem x € lazer 1. Este ultimo é definido como a quantidade de horas disponiveis para o trabalho que o individuo nao vende no mercado. Se um aumento da taxa de salario resulta em uma diminuigo na quantidade de trabalho que ele esta disposto a vender no mercado entlo (0) Lazer é um bem de Giffen. (1) Lazer é um bem inferior. (2) Oeefeito-substituigdo entre o bem x ¢ 0 bem | é maior que o efeito-renda. (3) Se todos os trabalhadores nesta economia t&m 0 mesmo comportamento, segue- se que a curva de oferta de trabalho é negativamente inclinada. Solugio: (0) Verdadeiro. Quando o individuo diminui o tempo de trabalho, ele aumenta o tempo de lazer. A taxa de salério é entendida como o preco do lazer. No problema acima verificamos uma relagdo positiva entre o preco do bem e a quantidade consumida desse bem (lazer), indicanda que o efeito-renda é maior que o efeito-substituigio em decorréncia do aumento da taxa de salério. Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 111, 183 ¢ 184. © Pindyck, R. et al. (1994), p. 133. (1) Ferdadeiro. O bem de Giffen é um caso especial de bem inferior. Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 111 © Pindyck, R. et al. (1994), p. 133. (2) Falso. O efeito-renda é maior que o efeito-substituigo entre 0 bem x ¢ 0 lazer, pois, do contrério, 0 aumento da taxa de saldrio implicaria em aumento no tempo de trabalho e, portanto, em redugdo no tempo de lazer. 39 Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 111, 183 ¢ 184, © Pindyck, R. ef al. (1994), p. 131 € 132 (3) Verdadeiro. A curva de oferta de trabalho negativamente inclinada indicaria que, quando a taxa de saldrio aumenta, o tempo de trabalho que os individuos esto dispostos a vender no mercado diminui. Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 184 ¢ 185. Questo 4 A figura 1 apresenta a linha de orgamento (AB) de um consumidor que possui uma renda de $300. Figura | 5 10 XI (0) A expresso algébrica da linha de orgamento (AB) é dada por: x, +2x, (1) O prego do bem 2 relativo ao bem 1 é igual 2 2. @) — Opreco nominal do bem 2 é $30. (3) A fungfo de utilidade U(x,,3) = x,.x, € compativel com a escolha da cesta igual a (5; 2,5). (4) Acurva de demanda pelo bem 1, x, = 2p, + p,, € compativel com a fungo de utilidade descrita em (3). Solugao: O Verdadeiro, Sabendo que a inclinacdo da restrigZo orgamentiria ¢ a razlo dos pregos, podemos calcular a restricdo orgamentéria AY ea = 22. Assim, pr=l e pr2. A renda ¢ igual a 10. Py 40 Temos que a restrigdo orgamentéria é dada por: Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 23 ¢ 24. © Pindyck, R. er al. (1994), p. 89. (1) Falso. Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 23 ¢ 24 © Pindyck, R. ef al. (1994), p. 89. (2) Falso. © prego nominal do bem 2 é 60, pois se no consumissemos nada do bem 1, a restri¢do seria: 5p2= 300. Logo, p> = 60, Sobre este topico, ver: © Varian, H. (2000), p. 23 e 24. © Pindyck, R. ef al. (1994), p. 89. (3) Verdadeiro. Maximizando a utilidade, Max UCer, x2 xp2 sujeito a x, +2x, =10 Como a fungio ¢ Cobb-Douglas podemos somente considerar 0 caso de solugao interior. Montando o Lagrange, e diferenciando: £2 x, xp =A +2; -10) SE ox 420 3x, BE nx, -22=0 ax, 4 Das condigdes de primeira ordem, temos: Substituindo na restrigdo: Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p.156, © Pindyck, R. ef al. (1994), p.168 a 172, (A) Falso, 1 Accurva de demanda do bem 1 é dada por: xy = 12. A Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 23 e 24 © Pindyck, R. et al. (1994), p. 89. ANPEC/1994 Questo 1 10 2p," Considere as preferéncias de um consumidor representadas no grafico abaixo, onde a linha AB representa uma curva de indiferenea tipica, Entao: > B 1 (0) Pode-se afirmar que existe intransitividade nas comparagdes entre cestas de consumo. : (1) Notam-se cestas onde um dos bens tem utilidade marginal nula e até negativa, 2) Uma cesta como =! nunea poderia ser demandada pelo consu (3) Para a cesta x” ser demandada é necessério que o prego do bem 1 seja maior que ‘odo bem 2. (4) © grafico permite afirmar que as curvas de indiferenga do consumidor se eruzam, Solugio: (0) Falso. As preferéncias de um consumidor sao transitivas quando: A +B, B»C =A +C. Hé intransitividade quando a escolha do consumidor é tal que ndo € possivel estabelecer uma hierarquia de preferéncias de cestas. Observando apenas uma curva de indiferenca com duas cestas de bens nZo ¢ possivel estabelecer se existe ou nfo intransitividade, uma vez que cada curva de indiferenca corresponde a todas as combinagdes de cestas que garantem ao consumidor o mesmo nivel de utilidade. Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 38.a41. © Pindyck, R. e¢ al. (1994), p. 66 a 71. (1) Verdadeiro, A curva de indiferenga mostra todas as combinagdes dos bens |e 2 que deixam © consumidor indiferente. A inclinag2o da curva de indiferenga é igual a TMS. At So . AX2~ "Ug, de indiferenga € mula, ou seja, Umg, = 0. Esies pontos correspondem aos trechos horizontais da curva de indiferenga, que mostram cestas em que uma unidade adicional do bem 1 ndo aumenta a utilidade do consumidor. Nas cestas situadas nos trechos horizontais o individue nao troca o bem 2 pelo bem 1 ¢ a utilidade marginal do bem 1 ¢ ula, Nos trechos onde a curva de indiferenca & vertical ocorre 0 oposto: uma unidade adicional do bem 2 ndo aumenta a utilidade do individuo, ou seja, a utilidade marginal do bem 2 ¢ nula ¢ a TMS tende para infinito. Por outro lado, se as ulilidades marginais dos dois bens forem positivas, a TMS seré negativa, assim como a inclinagao da curva de indiferenga, Esta sera positiva quando a utilidade marginal de apenas um dos bens for negativa, ou seja, quando um dos bens for, na verdade, um mal A curva esbogada mostra pontos onde a inclinagao da curva Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p, 52 a 56. ° Pindyck, R. ef al. (1994), p. 72. a 74. (2) Verdadeiro, Esta cesta munca poderia ser demandada pelo consumidor porque cua Taxa Marginal de Substituisao € zero, Em uma situagdo de equilibrio interior, com precos Ps estritamente positivos, a TMS =-2. _, 9 B re Sobre este t6pico, ver: © Varian, H. (2000), p. $2 ¢ 53, © Pindyck, R. ef al. (1994), p. 81 a 83. (3) Falso. ‘A condig&io de equilibrio é que TMS = -24 bat qualquer relagtio entre os pregos a partir unicamente da informago da curva de indiferenga. No ponto X° o bem 1 é um mal e o bem 2 é um bem. Nao é possivel estabelecer Sobre este t6pico, ver: © Varian, H. (2000), p. 43 « 44. (4) Falso. ‘A partir do grAfico no é possivel saber se as curvas de indiferenga se cruzam. Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 39 ¢ 40. Questo 2 Através da observaco direta verificou-se que um consumidor fez as seguintes escolhas: (@ quando prevaleceram os pregos p, € p, para os bens 1 ¢ 2, respectivamente, 0 consumidor escolheu a cesta x'; (ii) quando os pregos eram g, € g, 0 consumidor escolheu a cesta x*. As linhas orcamentérias AB e CD embutem os pregos que prevaleceram nas situagdes (i) ¢ (fi) respectivamente. Entdo: (0) Por nao se ter acesso & fungdo-utilidade do consumidor, nada se pode afirmar sobre a consisténcia das escolhas feitas. (1) Pode-se afirmar que o consumidor teria feito escolhas consistentes se as curvas de indiferenga fossem cOncavas em relago & origem, (2) Sabe-se que o custo da cesta x? aos pregos p, € p, é maior que o custo da mesma cesta aos pregos 4, € 4 (3) Uma situago como esta nao é usada posto que as linhas orgamentérias em geral no se cruzam. Solugio: (0) Falso. E possivel analisar a consisténcia das escolhas através dos argumentos da preferéncia revelada. Em (i) x' > x*,, pois as duas cestas estavam disponiveis e x! foi escolhida. Em (ii), x* > x' , pois as duas cestas estavam novamente disponiveis e 0 individuo escolheu Quando duas cestas A e B sao factiveis em conjuntos orgamentarios distintos, se o consumidor escolhe em um conjunto orgamentério a cesta Ave diante do outro conjunto orgamentirio escolhe a cesta B, 0 consumidor esté violando o axioma fraco da preferéncia revelada e, portanto podemos dizer que suas preferéncias sto inconsistentes. Sobre este tipico, ver: © Varian, H. (2000), p. 131 a 134. © Pindyck, R. et al. (1994), p. 101 a 104 (1) Falso. Como explicitado no item anterior, 0 consumidor fez escolhas inconsistentes violando o axioma fraco da preferéncia revelada Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 131 @ 134. © Pindyck, R. et al. (1994), p, 101 a 104, Q) Verdadeiro. A inclinagdo da restrigdo orgamentaria corresponde a razio dos precos: R= pix + pm Tomando o diferencial total da reta de restrigdo orgamentéria, temos que = dows + dpaxz fy ae, dp, Quando a restricfo orcamentdria se altera da reta AB para a reta CD, a sua inclinag&o se toma mais suave denotando que a raz&o de pregos caiu. Esta queda pode ter trés motivos: ou o prego do bem 2 se eleva, ou o prego do bem 1 cai, ou as duas coisas acontecem simultaneamente, Na figura acima, o intercepto das duas retas se altera indicando mudanga nos pregos dos dois bens, ou seja, indicando que 0 prego do bem 2 se elevou e 0 prego do bem | se reduziu. Desse modo, sendo a cesta x2 mais intensiva no bem 2, seu custo é maior aos pregos pr € p2 que aos precos 4, © 4, Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 23 e 24 * Pindyck, R. er al. (1994), p. 133 e 134. @) Falso, As restrigdes orgamentirias podem se cruzar sem problemas. Neste caso 0 cruzamento se deu provavelmente devido a um aumento em p> ¢ a uma redugo em p, Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 23 a 29, © Pindyck, R. ef al. (1994), p. 77 a 82. Questio 3 ‘Trés individuos participam de um comité encarregado de apreciar os projetos A, BeC. Sabe-se que o simbolo < representa a relagio “é pior que”, e que as preferéncias dos individuos séo as seguintes: Individuo 1: A A, pois os individuos 1 e 3 preferem B a A. Se compararmos as cestas A eC, obtemos que A > C, pois os individuos 2 e 3 preferem a cesta A A cesta C; se compararmos as cesias B ¢ C, obtemos que C > B, pois os individuos 1 ¢ 2 escolhem a cesta C e nao a B. Deste modo, obtemos as seguintes relagdes de preferéncias: ByA Arc CHB A terceira relaco viola a transitividade. Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 37. © Pindyck, R. ef al. (1994), p. 75 € 76. 2) Falso. O comité no poderia ser considerado um niicleo decisério em Teoria do Consumidor porque usualmente, quando trabalhamos com a abordagem das preferéncias, supomos que elas sio completas, reflexivas, transitivas (hipotese de racionalidade). As preferéncias do comité nao satisfazem a propriedade da transitividade. Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 37 € 38. © Pindyck, R. ef al. (1994), p. 75 € 76. (3) Falso, ordenamento do comité no satisfaz a transitividade. Desse modo, nao ¢ possivel que as preferéncias do individuo 3 sejam idénticas as do comité, Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 38.441. indyck, R. ef al. (1994), p. 66a 71. Questo 10 Suponha um individuo cuja preferéncia entre lazer e trabalho conduza a uma oferta de H horas de trabalho por dia, tal que sua renda seja igual a Y = 36 + H. Para uma taxa de saldrio/hora igual a w = $10, calcule o valor de H. 41 Solugdo: 7 Se a nica fonte de renda do individuo ¢ o salério, sua renda seré igual & taxa de salério/hora (W = 10), vezes 0 mimero de horas H que ele ird efetivamente trabalhar: Y = 10H. Sabe-se que sua renda Y € Y = 36 + H, de forma que 10 H = 36 + H. Resolvendo para H tem-se que 10H - H = 36 => 9H=36 => H=4. Sobre este t6pico, ver: © Varian, H, (2000), p.184 a 190. Questio 11 ‘Um individuo consome apenas os bens | ¢ 2. Assumindo que o bem | é um bem. inferior e 0 bem 2 & um bem normal e supondo que o prego do bem normal caia, (0) O efeito-renda no sentido de aumenter 0 consumo do bem 1. (1) O efeito-substituigdo implicaré no menor consumo do bem | ¢ 0 efeito-renda em um menor consumo do bem 2. (2) Nada se pode afirmar sobre o efeito-prego, apenas sobre o efeito-renda, G3) O efeito-prego total do bem 2 é positive e o do bem I é negativo, (4) Os dois bens sdo substitutos. Solucdo: Bem | (inferior): quando a renda aumenta seu consumo diminui, Bem 2 (normal): quando a renda aumenta seu consumo aumenta, (0) Falso, O bem I é um bem inferior. A queda no preco do bem 2 implica em um aumento relativo na renda total disponivel para aquisigdo dos 2 bens. Desse modo, o aumento da renda faz com que 0 consumo do bem 1 caia. Sobre este pico, ver: © Varian, H. (2000), p. 151 a 153. © Pindyck, R. ef al. (1994), p. 132 ¢ 133. (1) Falso. A redugio do prego do bem 2 ocasiona uma variago no consumo dos dois bens decorrente de dois efeitos: o efeito-renda e o efeito-substituigéo. O efeito-renda decorre do aumento do poder de compra ocorrido em funeao da redugo do prego do bem 2. O aumento da renda faz com que o consumo do bem I caia, pois este é um bem inferior que 0 consumo do bem 2 aumente, pois ¢ um bem normal.-O efeito-substituigao mostra @ mudanga no consumo dos individuos devido 4 mudanga nos pregos relativos. Como 0 prego do bem 2 caiu, ele fica relativamente mais barato, de modo que o individuo tera Esta nfo € a forma usual de se solucionar problemas de escolha entve lazer e trabalho, Pare a solugéo deste problema apenas igualamos as duas express para a renda. A primeira expresso representa a renda do ttabalho & 8 segunda expresso fo propostano problems. 48 que abrir mao de menos quantidade do bem 1 para adquirir uma unidade adicional do bem 2. A partir do mesmo raciocinio, o bem 1 tomou-se mais caro, porque o individuo tera que abrir mao de mais unidades do bem 2 para adquirir uma unidade a mais do bem 1, Nesse sentido, o efeito-substituigio ocasiona aumento do consumo do bem 2 redugo do consumo do bem 1. Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 150a 152. © Pindyck, R. ef al, (1994), p. 129 a 133 (2) Falso. Entendemos efeito-prego como o efeito final na demanda, consolidando os efeitos renda e substituigao, Como os dois efeitos vao no mesmo sentido, qual seja, o de determinar um aumento do consumo do bem 2 redugio do consumo do bem 1, & possivel, nesse caso, saber o sentido da variacdo do efeito-prego Sobre este t6pico, ver: © Varian, H. (2000), p. 150 a 152, © Pindyck, R. ef al. (1994), p. 129 a 133. (3) Verdadeiro. O efeito-prego total é a soma dos efeitos renda e substituicio, O efeito-renda mede 0 aumento do poder de compra do consumidor apés a queda do prego. Com a ‘mesma renda o consumidor poderé consumir mais dos dois bens. Porém, como o bem 1 um bem inferior, 0 individuo ird reduzir 0 consumo deste bem, pois agora seu poder de compra é maior, 0 que equivale a um aumento real na sua renda. Desta forma, 0 efeito-renda ser positivo para o bem 2 (a quantidade consumida do bem 2 aumenta) ¢ negativo para o bem 1 (a quantidade consumida do bem 1 diminui). O efeito- substituigdo mede a alterago na demanda decorrente da variago da taxa de troca entre 0s dois bens, ou seja, devido mudanga dos pregos relativos. Assim, a queda do prego do bem 2 implica que ele se tomaré relativamente mais barato que o bem 1, O efeito- substituigao é sempre negativo implicando que para aquele bem cujo prego relativo aumentou o consumo desse bem iré reduzir. Como o bem | ficou relativamente mais caro, 0 efeito-substituicdo determina que ocorra uma queda do consumo deste bem. Desse modo, como os dois efeitos serdo no sentido de redugao do consumo do bem 1, 0 efeito total também serd uma redugo e portanto seré negativo. O bem 2 teri efeito- renda positivo e efeito-substitnigo negativo. Porém como ocorreu uma redugdo no prego do bem 2, 0 efeito-substituigéo negativo implica em uma clevagdo do consumo deste bem. Nesse sentido podemos dizer que 0 efeito-prego total do bem 2 ¢ positivo, ou seja, indica uma elevagdo do consumo. Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 150 a 152. © Pindyck, R. ef al, (1994), p. 129 a 133, 49 (4) Verdadeiro Quando existem apenas doi: estes bens sao substituto. ® Sobre este t6pico, ver: © Varian, H. (2000), p. 145 © Pindyck, R. ef al. (1994), p. 129. ANPEC/1995 Questio 1 Um consumidor deve opiar pela compra de bens pereciveis em um ambiente sem incertezas. Para esse consumidor: (0) Sea quantidade demandada de um bem diminui quando seu prego cai, o bem é inferior. (1) Se um bem é inferior, a uma elevacdo de prego corresponde um aumento da quantidade demandada. (2) Um bem é inferior somente se sua quantidade demandada diminui quando prego cai, (3) A curva de demanda néo-compensada de determinado bem n&o pode ser positivamente inclinada para todos os valores do prego do bem. Solugao: (0) Verdadeiro. O bem € dito inferior se, quando a renda aumenta, a quantidade demandada diminui, A queda do prego equivale a um aumento da renda. Portanto, se o bem é inferior, a quantidade demandada dele diminui. Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 104, 152 ¢ 153. © Pindyck, R. ef al. (1994), p. 132 ¢ 133. (1) Falso. Isso s6 ocome quando 0 efeito-renda domina 0 efeito-substituigo. Quando 0 prego sobe, o efeito-substituicao induz a um decréscimo na quantidade demandada. Por outro lado, se o bem ¢ inferior, hd um efeito-renda, através do qual um aumento de rego correspondente a uma redugdo no poder aquisitivo do individuo faz com que a quantidade demandada aumente, uma vez que o bem é inferior. O efeito liquido de um aumento de prego pode ser ou um aumento ou uma queda na quantidade demandada dependendo de qual dos dois efeitos dominar. © No caso de 0 consumidor ter prefetncas do po Leontef,podeseimaginar que como os dis bens sfo sempre ‘consumidos conjuntamente, ra a eng “ " 58 existe um bem na economia, 50 Sobre este tépico, ve © Varian, H. (2000), p. 110 a 112; 152 ¢ 153. ‘© Pindyck, R. er al. (1994), p. 131 a 133. (2) Falso. Depende da magnitude dos efeitos renda e substituiso que, no caso dos bens inferiores, esto sempre em sentidos opostos. A definigao proposta trata dos bens de Giffen, os quais se caracterizam por uma relago positiva entre a variacdo da quantidade demandada e a variagdo do prego. Todo bem de Giffen € um bem inferior, mas nem todo bem inferior ¢ um bem de Giffen, Desse modo, os bens podem ser inferiores e no apresentarem a variagdo no sentido proposto na afirmativa. Sobre este t6pico, ver: © Varian, H. (2000), p. 110 a 122; 152 ¢ 153. © Pindyck, R. ef al. (1994), p. 131 2 133. (3) Verdadeiro. ‘A curva de demanda compensada ¢ sempre negativamente inclinada, pois estamos compensando 0 consumidor pela variag4o de poder de compra e avaliando a variagHo na demanda, decorrente do efeito-substituigao, que sempre ¢ negativo. A curva de demanda no compensada pode ser positivamente inclinada, por exemplo, para bens de Giffen, pois neste caso uma redugdo do prego determina uma redugao na demanda. Sobre este tépico, ver: © Mas-Colell, A. et al, (1995), p. 32.2 36. Questo 2 Seja: U = minimo de {X,;X,}, a fungSo-utilidade de um consumidor; R, a renda; e P, ¢ P, os pregos respectivos de A ¢ B. Para esse consumidor: (0) As curvas de indiferenga no sto convexas em relacdo a origem, (1) Auutilidade marginal de um dos bens é sempre igual a zero. (2) Para qualquer R>0, se P, > P,, 0 consumidor escolhe apenas B. @) Se R>0e P, = P,, 0 consumidor escolhe quaisquer X, ¢ Xp, tais que R tape Solugao: (0) Fatso. Estas preferéncias sao do tipo Leontief. As curvas de indiferenca sto convexas em relagao & origem. L Sobre este tépico, ver: ¢ Varian, H. (2000), p. 42. * Pindyck, R. ef al. (1994), p, 83 ¢ 85. (1) Verdadeiro? Seja min{Xa; Xp) = Xa" = Xp’. Entdo, aumentando-se a quantidade consumida de um dos bens, mantendo-se o outro bem constante, niio haveré aumento no nivel de utilidade, e @ utilidade marginal nesse caso ser4 nula, Por outro lado, seja min{X,, Xa} 4° < Xp’. Entdo o nivel de utilidade do individuo é igual a X4", Se Xp’ aumenta, 0 nivel de utilidade nfo aumenta e a utilidade marginal do bem B seré nula Analogamente, se min{Xs, Xp} = X,° > Xa’, a utilidade marginal do bem A seré nula. Logo, sempre a utilidade marginal de um dos bens seré mula, Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 64. (2) Falso. ‘A escolha étima se dé quando X," n'. Dada a resirigdo orgamentéria PAX, + P5Xz = R, tem-se que quando X," = Xy" , independentemente da relago entre PtP, Pye Pp. Allém disso, os bens representados pelas preferéncias acima so complementates perfeitos e, portanto, sto sempre consumidos conjuntamente, no sendo possivel que a renda seja alocada apenas no consumo de um dos bens. Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 83 e 84. (0 disponibilizado pela ANPEC esta questo est asinalada como falsa. Se intepretsrmos que a proposipio feits implice que em qualquer ponto das curvas de indiferenga um dos bens sempre tem ulildade ‘marginal igual «zero, «afimativa pode ser considerada como false (3) Falso. Considerando 0 resultado anterior, se Py = Pa, entdo X; + Xs" R__R Mas a solugdo X;' + Xe'=— 86 se verifica no caso em que Xi 2P, Py 2P, Xs = de modo que nao é correto dizer que o consumidor escolhe quaisquer Xs eXs. Sobre este t6pico, ver: © Varian, H. (2000), p. 83 e 84 Questiio 3 ‘Um consumidor tem uma funglo-utilidade U = X,.X, (em que X,e X', sto as quantidades consumidas de A e B) € uma dotacdo inicial de ¥,=2 ¢ Xa=1 Considerando que os pregos desses bens so dados e iguais a 1, pode-se afirmar que: (0) Se nfo puder transacionar os bens que possui como dotagdo inicial, o consumidor estard em situaco pior do que aquela em que estaria caso pudesse fazé-lo aos pregos de mercado. (2) Sob a hipotese de livre negociagao, o consumidor preferiré vender parte de sua dotagao de B para adquirir uma quantidade adicional de A. (2) Sob a hipétese de livre negociagao, caso 0 prego de A se reduza, 0 consumidor ficaré em situago pior do que a inicial (quando os dois precos cram iguais 4 unidade). (3) Ainda sob a hipétese de livre negociagto, quaisquer que sejam os pregos, as quantidades desejadas dos dois bens sero sempre iguais. Solugao: ‘A solugao geral do problema pode ser apresentada como se segue abaixo."” Max U = X,.Xq, sujeito a P,X, + PeXe = 2P. + Pp. Como Py=Pp=l, a restri¢do orcamentiria pode ser reescrita como: X,4X—p=241 UMgA UMgB Py A solugdo ocorte sob a condigao de que @ 5 Xe Ent&o devemos ter —* Como a funyto-utlidade do tipo Cobb-Dowglas, on ej, diferencével © 56 admite solugio interior, pode-se carctrizar a solugio pela jgualdade entre a Taxa Marginal de Substiugdoe a azo enne os pesos. Logo, a solugio deve satisfazer X, = Xp , de modo que o consumidor escolha X= =15. (0) Verdadeiro. Se o consumidor puder transacionar, sua utilidade sera dada por (1,5) * (1,5) = 2,25 e, se no puder transacionar, sua utilidade seré dada por 2,0 * 1,0 = 2,0. Logo, ¢ sempre preferivel para 0 consumidor transacionar. Sobre este t6pico, ver: © Varian, H. (2000), p. 571 e $73. () Falso. Ele vai vender uma quantidade de A para conseguir uma quantidade adicional de B. Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 551 ¢ 352. © Pindyck, R. ef al. (1994), p. 759 € 760. (2) Verdadeiro. Sim, porque ele tem dotagdo X,=2 e X»=l. Se Py diminui, entéo a sua riqueza inicial igual a ¥, +X, diminui para P,X, +X, , em que Py é inferior a L unidade. Sobre este topico, ver: © Varian, H. (2000), p. 545 (3) Falso, Sob preferéncias Cobb-Douglas, a fracdo da renda gasta com determinado bem & sempre constante, mas o niimero de unidades depende do prego dos bens. Sobre este t6pico, ver: © Varian, H. (2000), p. 87. ANPEC/1996 Questéio 1 Um consumidor tem suas preferénciis representadas pela fungio-utilidade U(a,v)=a%v", onde a = quantidade de alimento e v = quantidade de vestudrio, € 0s parimetros a> 0 ¢ > 0 54 (0) Seo prego do alimento for maior que o prego do vestuério, entdo o consumidor ira demandar uma quantidade maior de vestuério do que a de alimento, (1) Se a = B, os dispéndios do consumidor com os dois tipos de bens sio iguais, para quaisquer niveis de precos no nulos. (2) Sea +> 1,2 funcdo-ttilidade é convexa, implicando que inexiste solugio de méxima utilidade do consumidor. (3) Sea +> 1, as utilidades marginais dos dois bens sao crescentes. Solugao: max,,.9U(a,v)=av? s.a pat pv=R De modo equivalente, podemos resolver Maxalna+ Blnv (3.8 pja+p,v=R). © Lagrangeano do problema é: L(a,v,A)=alna + Blav—A(p,a+ p,v-R) Condigdes de 1° ordem: a 2) éL 3) Bepa+ Q) gyr Pate Resolvendo-se esse sistema, obtém-se’ an 2B, ya Bk, 2 tB a+Bp, atBp,” R (0) Falso. Como esta fungtio € Cobb-Douglas, a quantidade de cada bem que 0 individuo consome nao depende somente do prego, mas também dos parémetros da fungdio- utilidade. Portanto, nada se pode afirmar. Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 65.2 67. (1) Verdadeiro. a O dispéndio com o bem a & pa ou seit, FR. O dispéndio com o bem »é @ pw aig® A fungdo-utilidade Cobb-Douglas se enquadra no grupo de fungdes a+ homotéticas, que sao transformacdes monoténicas de fungdes homogéneas do grau 1. Esse tipo de fungo apresenta a propriedade de que a fragao da renda consumida com cada bem € sempre constante. No caso da fung%o Cobb-Douglas, como a propria a solugdo indica, a fragdo consumida com cada bem corresponde a no caso do bem Ae no caso do bem B. a+p Sobre este t6pico, ver: © Varian, H. (2000), p. 85 a 87. (2) Falso. No caso da Teoria do Consumidor, utiliza-se a abordagem ordinal, de modo que © que importa é a ordenagao das cestas. Uma fungao convexa como a proposta, em que a soma dos coeficientes ¢ superior a 1, pode ser normalizada de modo que se obtenha uma transformagaio monoténica desta fungao que represente as mesmas preferéncias. Desse modo, a solugiio pode ser obtida escrevendo: Sobte este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 65 a 67. (3) Falso. A funcdo Cobb-Douglas na Teoria do Consumidor admite apenas utilidade marginal decrescente. Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 66 e 67 ; 87 © Pindyck, R. ef al. (1994), p. 171 ¢ 172. Questiio 2 Considere um consumidor residente em Recife, com preferéneias estritamente convexas, A renda total desse consumidor é constituida por um salario mensal de § 400, sendo que 0, mesmo consome 100 unidades do bem A e 200 unidades do bem B, por més, com P* = $ 2 e P® = § 1, 0 que Ihe fornece um nivel de utilidade de U = 40. A empresa onde ele trabalha pretende transferi-lo para Sao Paulo, onde P= $ | e P? = $ 2. Caso isso ocorresse, ele passaria a consumir 200 unidades do bem A e 100 unidades do bem B, o que Ihe propiciaria um nivel de utilidade de U = 20. (0) Nao se pode afirmar que ele é maximizador de utilidade, pois aos novos pregos @ sua escolha implica em redugio de utiidade, (1) Dado que em Recife U = 40 e em Sao Paulo U = 20, pode-se afirmar que a sua situapao em Recife & duas vezes melhor do que aquela que obteria em Sao Paulo, (2) O consumidor estaria disposto a se mudar desde que ele obtivesse um aumento de salario de $ 100. (3) O consumidor nao estaria disposto a se mudar por um aumento de salério menor que $ 100, Solugao: Em Recife: R=S 400/més Consumo mensal do bem A igual a 100 unidades. Consumo mensal do bem B igual a 200 unidades. U=40; P’=2ePP=1 Em Sao Paulo: Consumo mensal do bem A igual a 200 unidades. Consumo mensal do bem B igual a 100 unidades U=20;PA=1ePP=2 Dados os pregos em Recife ¢ a cesta escolhida, © consumidor gasta toda a sua renda, ¢ 0 mesmo acontece em Sao Paulo. A cesta consumida em S30 Paulo, aos pregos de Recife, implica em um gasto de $ 300. A cesta consumida em Recife, aos pregos de Sio Paulo, implica em um gasto de S$ 500. (0) Falso. Nao hé inconsisténcia em relag&o ao comportamento maximizador do individuo, pois a cesta escolhida em Recife, correspondente a um maior nivel de utilidade, ndo é factivel em Sao Paulo. Sobre este tépico, ver: ¢ Varian, H. (2000), p. 131 ¢ 132. © Pindyck, R. et al. (1994), p. 101 a 104, (1) Fatso. 0 fato de U=40 em Recife e U=20 em Sao Paulo nao nos permite dizer que a utilidade em Recife é duas vezes melhor do que a utilidade auferida em Sao Paulo, pois, a Teoria do Consumidor segue a abordagem ordinal. Esses valores apenas nos admitem afirmar que o consumidor estaria melhor em Recife do que em Sao Paulo, mas a magnitude da diferenca entre a utilidade auferida nas duas cidades nao é possivel de ser inferida, Sobre este t6pico, ver: © Varian, H. (2000), p. 59 e 60. 31 (2) Verdadeiro. Dada a cesta consumida em Recife, ele teria que ter um aumento de $ 100 em sua renda para conseguir adquirir 2 mesma cesta em So Paulo e portanto auferir 0 mesmo nivel de utilidade auferido em Recife. Sobre este t6pico, ver: ® Pindyck, R. ef al, (1994), p. 93 296. (3) Falso. Nao € correto fazer tal afirmago, porque o prego relativo dos bens nos dois estados é diferente, de modo que pode haver uma substituigdo em consumo dos bens e, com isso, 0 individuo pode atingir a mesma curva de indiferenga anterior com uma compensagao de renda menor que $ 100, Sobre este tépico, ver: ® Pindyck, R. er al. (1994), p93 2.96. Questio 3 Através de uma politica cultural, 0 Governo pretende incentivar o retorno das pessoas aos cinemas. Apés alguns estudos, chegou-se a conclusio de que a elasticidade- renda da demanda per capita de cinema é constante e igual a 1/4 e a elasticidade-preco é também constante ¢ igual a -1. Os consumidores gastam, em média, R$ 200,00 por ano com cinema, tém renda média anual de RS 12.000,00 e cada bilhete custa atualmente RS 2,00. (0) Um desconto de RS 0,20 no preco do bilhete teria o mesmo efeito, dado o objetivo da politica, de ums elevagio de RS 4.800,00 na renda média. (1) Seo govemo pretendesse desincentivar a ida ao cinema, a instituigdo de um imposto de 100% sobre o prego do bilhete faria com que os consumidores deixassem de ir ao cinema. 2) A clasticidade-renda igual a 1/4 implica que, se a renda média aumentasse RS 1000,00, o ntimero médio de sessdes de cinema por consumidor aumentaria em 250 por ano. Solucio: (0) Verdadeiro, Um aumento na renda de RS 4.800,00 significa uma elevagdo de 40% nesta renda. A elasticidade-renda da demanda igual a 0,25 implica que a demanda per capita por cinema deve aumentar 10% em resposta a esse aumento na renda, Por outro lado, um desconto de RS 0,20 no prego do cinema ¢ equivalente a uma redugtio em 10% nesse prego. Como a elasticidade-preo desse bem ¢ igual a —I, isso implica em um aumento de 10% na demanda per capita por cinema, Onde I = renda > AQ/100 * 4800/1200 Ag 0,10 = —— 100 AQ=10 Elasticidade-preco 40/100 = 0,20/2 AO -0,1= = =100 AQ=10 Sobre este t6pico, ver: © Varian, H. (2000), p. 29 a 32. © Pindyck, R. et al. (1994), p. 97 € 98. () Verdadeiro. ‘Um imposto de 100% sobre 0 prego do bem faz com que o prego mude para RS 4,00. Nesse caso, a demanda per capita por cinema sofre queda de 100% (pois a clasticidade-preco é igual a—l.) Sobre este tépico, ver: © Varian, H, (2000), p. 284 ¢ 285. © Pindyck, R. ef al. (1994), p. 35.239. (2) Falso. Se a renda aumenta de RS 1000,00, isso corresponde a um aumento de $,33% na renda. A elasticidade-renda igual a 0,25 implica em um aumento de (0,25)(8,33) ~20% na demanda. 00 sessdes de cinema por ano. Um aumento de 20% equivale a ir 120 vezes a0 cinema por ano. Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 296 e 297, # Pindyck, R. ef al. (1994), p. 35.438. 59 ANPEC/1997 Questo 1 Em relagdo 4 Teoria do Consumidor, séo corretas as seguintes afirmagoes: (©) Seas preferéncias de um consumidor sao estritamente monétonas ¢ esiritamente convexas, na solugio do problema do consumidor a Taxa Marginal de Substituigto deve ser igual & taxa de substituigtio econdmica. (1) Um bem de Giffen pode ser um bem necessario, (2) Quando um individuo tem funedo de utilidade quase-linear o excedente do consumidor ¢ uma medida exata de variagdo de bem-estar. (3) O efeito-substituiczo proprio é sempre nao positivo. Soluga (0) Falso, Se as preferéncias sio estritamente monétonas, © consumidor deve gastar toda a sua renda na compra de bens que fazem parte de seu conjunto de consumo. Nao haverd solugtio de fronteira (a quantidade escolhida para consumo de um dos bens igual a zero), pois as preferéncias sao estritamente convexas e, nesse caso, o consumidor prefere uma cesta com um mix de bens. A condigao de equilibrio é que a curva de indiferenca seja tangente A restric orgamentéria.'' Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 47 a 49. (1) Faiso. Um bem necessério ¢ aquele que quando a renda aumenta, a demanda aumenta menos que proporcionaimente, sendo um caso particular de bem normal, Desta forma, um bem de Giffen no pode ser um bem necessario, pois ele ¢ um caso particular de bem inferior. Sobre este tépico, ver: * Varian, H. (2000), p. 108. 2) Verdadeiro, O excedente bruto do consumidor compreende a area abaixo da curva de demanda. O excedente liquido do consumidor compreende a rea abaixo da curva de demanda e acima do prego pago pelo bem. Essas medidas correspondem a utilidade ruta ¢ liquida, respectivamente, que 0 consumidor aufere com o consumo de determinado bem. A area abaixo da curva de demanda é construida como @ soma dos pregos de reserva que o consumidor esti disposto a pagar por unidade do bem. Em geral, 0 quanto 0 individuo esta disposto a pagar por unidade de consumo de um bem especifico depende nao so da utilidade auferida com este bem, mas também do "0 conceto de taxa de substituiglo econsmica nfo é usual é s = 30 ¢ usual em manusis de microeconomia. Se interpretrmos taxa Ge substitigdo econdmica por raz dos pregos, afirmativa pode ser consderada verdadcira, 0 montante de renda que sobra para o consumo dos demais bens. Ou seja, 0 prego de reserva de um bem depende do nivel de renda do consumidor. No caso particular da fungao-utilidade quase-linear, costuma-se dizer que no ha efeito-renda, uma vez que variagées da renda nao afetam a demanda. Nesse sentido, 0 prego de reserva do bem ird depender unicamente da utilidade auferida com o consumo deste bem especifico ¢, assim, 0 excedente do consumidor é uma medida exata da variagdo do bem-estar social, uma vez que esté mensurando unicamente 0 beneficio que o consumidor est tendo com © consumo de determinada mercadoria, Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 261 a 268. (3) Verdadeiro. efeito-substimic&o corresponde & variagdo da demanda decorrente de uma yariagao de pregos corrigindo para a variago ocorrida no poder de compra do consumidor, Expurgando a variagdo ocorrida no poder de compra, sempre que 0 prego de um bem aumenta, a demanda por este bem diminui ou permanece constante, ou seja, 0 efeito-substituigao é sempre no positivo.'? Sobre este tépico, ver: © Mas-Colell, A. ef af. (1995), p. 34. © Varian, H. (2000), p. 150.¢ 151 © Pindyck, R. ef al. (1994), p. 131 Questo 3 ‘Suponha que para um consumidor a elasticidade-prego da demanda ordinéria de Marshall pelo bem X (um dos bens que ele consome) ¢ menor do que -1, Logo, um aumento no prego de X: (0) Reduziré sua demanda de X e reduziré a demanda de pelo menos um outro bem. (1) Reduzira somente sua demanda de X, (2) Reduziré sua demanda de X ¢ aumentaré a demanda de pelo menos um outro bem (3) Nenhuma das anteriores. Solucio’ Definigdo de elasticidade-prego da demanda: ote e ata ale e ans “ap xX Xx Ep <1 => variagdo na demanda é maior que a variago ocorrida nos pregos. Esse resultado fica explicito na Matri de Slutsky que & negative semidefinids 61 (0) Falso Quando um bem tem demanda menor do que 1, um aumento no prego do bem ceasiona uma redugdo mais que proporcional na sua quantidade consumida, de modo que o individuo gasta um montante menor de sua renda na compra desse bem. O efeito é © aumento na demanda por algum outro bem, Sobre este t6pico, ver: © Varian, H. (2000), p. 285, 296 ¢ 587, © Pindyck, Ref al. (1994), p. 139 ¢ 140. (1) Fats. O consumidor nao necessariamente reduziri a demanda somente de X. O consumidor pode reduzir também a demanda de algum outro bem. Com 0 aumento do prego, 0 individuo gasta menos na compra do bem X, de modo que ha um aumento no ‘montante disponivel para a compra de outros bens maior do que havia anteriormente. Se © individuo tem um bem inferior em sua cesta de consumo, a quantidade consumida desse bem pode se reduzir. Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 285, 296 ¢ 587. © Pindyck, R. ef al. (1994), p.133, 139 ¢ 140, (2) Verdadeiro, Vide item (0). (3) Falso. ANPEC/1998 Questo 1 Com relagio as preferéncias do consumidor, é correto afirmar que: (0) A premissa de que as preferéncias sto completas implica que € possivel ordenar todas as cestas de bens i (1) As curvas de indiferenga sto geralmente convexas com relagdo & origem porque a ‘Taxa Marginal de Substituigdo diminui ao longo das curvas (& medida que nos deslocamos para baixo e para a direita). (2) Quando a Taxa Marginal de Substituigao ¢ constante, os bens sdo complementos perfeitos. (3) No ponto de escolha étima do consumidor, a Taxa Marginal de Substituigio é sempre igual A razio entre os pregos. Soluséio: (0) Verdadeiro. Se as preferéncias so completas, as cestas podem ser comparadas. Entretanto, para garantir consisténcia das preferéncias é necessério que a hipdtese de transitividade também esteja satisfeita. A ordenagdo de cestas duas a duas independe da transitividade, ‘mas, sé 0 conjunto orcamentério admitir mais de duas cestas, a ordenagdo de todas as cestas factiveis pressupée transitividade Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 39 e 40. © Pindyck, R. et al. (1994), p. 67. (1) Verdadeiro. A Taxa Marginal de Substituigao ¢ a inclinagao da curva de indiferenga. Se a TMS € decrescente, a inclinagao da curva diminui da esquerda para a direita, ¢ a curva ¢ convexa. Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 49 e 50. (2) Falso. Quando a Taxa Marginal de Substitui¢do & constante para qualquer quantidade consumida, estes bens so substitutos. Este é 0 caso de preferéncias lineares. No caso de preferéncias do tipo Leontief (bens complementares) a fungao-utilidade nio ¢ diferenciavel em todo o dominio da fungo. No grafico abaixo pode-se perceber que esta fisngao nfo é diferencidvel na quina. Ao longo dos eixos a Taxa Marginal de Substituigo pode apresentar dois valores, ou TMS = 0 ou TMS = 0. TMS= L TMS= x Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 52a 55. © Pindyck, R. ef al. (1994), p. 72.a 76; 85, 6 (3) Faso. Isso nao é sempre valido, Por exemplo, no caso de preferéncias lineares a TMS é Constante. Se a razio dos precos for diferente da TMS, o individuo consome apenas um dos bens (solugo de canto). A condicZo de igualdade da Taxa Marginal de Substituigio € razio de pregos 6 ¢ uma condigdo de necessidade para garantir 0 equilibrio se a solugio for um ponto interior. Sobre este tépico, ver © Varian, H. (2000), p. 85. © Pindyck, R. er al. (1994), p. 72 a 76. Questaio 2 _Considere um individuo que despende sua renda no consumo de apenas dois bens. E correto afirmar que: (0) A inclinagao da limitacdo orgamentéria mede a proporgdo segundo a qual os dois bens podem ser permutados sem alteracao na renda do consumidor. (1) A inclinagao da limitagao orcamentéria € alterada quando os pregos dos dois bens variam na mesma proporgdo. (2) A fungao-utilidade ¢ um conceito que se refere especificamente A utilidade cardinal, porque ela quantifica 0 nivel de satisfago que o individuo tem 20 consumir uma cesta de bens. (3) Somente um ponto da curva de demanda individual é associado & maximizagao de utilidade do consumidor. Solugio: (0) Verdadeiro. A linha orgamentéria pode ser escrita como: p,x, + p.x, =m. Diferenciando totalmente € mantendo a renda e pregos constantes, obiemos: pydt, + psd, = 0. Dai, ar, r= PL. ou seja, dada a renda, uma variago na quantidade do a P: podemos ver que: bbem | requer uma variagdo em sentido contrério na quantidade do bem 2 igual a —2, Py Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 169. © Pindyck, R. et al. (1994), p. 89. (1) Faiso. Se os pregos aumentam proporcionalmente, ndo hé alteragdo na inclinagio da linha orgamentaria, que indica a raz&o entre os pregos. Se a razio nfo muda, a inelinagdo também nao muda, 64 Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 23 a 29. © Pindyck, R. ef al. (1994), p.77 281. (2) Falso. ‘A fungdo-utilidade ¢ um conceito ordinal, diz respeito # como os individuos ordenai as suas preferéncias sobre as castas que fazem parte do seu coxjunto de consume. Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p, 392 63. © Pindyck, R. ef al. (1994), p. 95. (3) Falso. Para a curva de demanda individual (fungao da renda e dos precos), todos os pontos referem-se a pontos de maximizagio de utilidade. Cada ponto na curva de demanda corresponde a um ponto de maximo, dados a renda ¢ 0s pregos. Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 105 @ Pindyck, R. ef al. (1994), p. 111. Questio 3 Com relagio a demanda, prego e renda, & correto afirmar que (© A curva de prego-consumo é representada graficamente pela relagdo entre 0 prego do bem (medido no eixo vertical) ¢ a quantidade consumida daquele bem (medida no eixo horizontal). (1) A-curva de Engel tem sempre inclinag&o positiva (2). Para bens normais, o efeito-renda é sempre menor (em valor absoluto) que 0 efeito- substituigao. (3) Para bens de Giffen, o efeito-renda é sempre maior (em valor absoluto) que 0 efeito-substituigio. Solucd (0) Falso. ‘A curva de preco-consumo representada num mapa de indiferenga, no plano X; — Xz (numa economia com dois bens). A curva prego-consumo é formada por todas as combinagées étimas no consumo dos bens para variados pregos relativos dos dois bens. " Sobre a abordagem cardinal e ordinal da uiidade, ver item O da questio 1/1991, p21 Curvas de indiferenga Curva prego-consumo Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 115 € 116. © Pindyck, R. ef al. (1994), p. 109 a 111. (1) Faso. A curva de Engel expressa a quantidade demandada em fungdo da renda, Para bens inferiores a curva de Engel tem inclinago negativa, pois # quantidade demandada diminui quando a renda aumenta, Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 106 a 108. © Pindyck, R. ef al. (1994), p. 111 a 116. (2) Falso. Para bens normais o efeito-renda tem o mesmo sinial que o efeito-substituigo, mas nao se fazem referéncias a magnitude desses efeitos na caracterizagdo de bens normais. Vejamos um exemplo. Suponha uma cesta de consumo com dois bens ¢ admita uma redugao no preco do bem I, Essa redugdo no prego implica em um aumento do poder de compra. Se o bem é normal, o aumento no poder de compra determina um aumento da demanda deste bem. No caso do efeito-substituicdo, como houve uma redugo no preco do bem 1, isso significa que este bem esta relativamente mais barato, ¢ como o efeito-substituigso € sempre negativo, essa redugtio do prego determina um aumento na demanda deste bem. Desse modo, ambos os efeitos, efeito-substituicao efeito-renda, vEo no sentido de determinar um aumento da demanda deste bem. Entretanto, nada se pode dizer sobre a magnitude desses efeitos. Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 150 152. (3) Verdadeiro. Para bens de Giffen o efeito-renda ¢ maior em termos absolutos do que 0 efeito- substituigdo. No caso de bens de Giffen a relagdo entre a variagio do prego e a da quantidade € sempre positiva, ou seja, se hd um aumento no preco, a quantidade demandada do bem aumenta, Como o efeito-substituigdo ¢ sempre negativo, de modo que 0 aumento de prego determina uma reduedo na quantidade demandada do bem, no caso de bens de Giffen, o aumento na quantidade demandada decorre do efeito-renda, Como os bens de Giffen séo inferiores, com o aumento do prego que ocasiona uma reducdo do poder de compra temos uma elevagio da demanda. Nesse sentido, 0 aumento da demanda observado é determinado pelo efeito-renda que é maior em valor absoluto que 0 efeito-substituigdo. Esse efeito-renda mais que compensa o efeito- substituigdo negativo, e 0 efeito total é positivo, caracierizando o bem de Giffen, Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 150 2 158. © Pindyck, R. et al. (1994), p. 118 a 122. Questo 4 Dada a fungdo-utilidade do consumidor definida como U(X,Y) = X°° restrico orgamentéria, onde é dada a Renda (R ) e os precos de X e Y respectivamente, podemos concluir que o consumo de X e Y que maximiza o bem estar do consumidor seré igual a: (0) X°=(Px/P'x + PxPy); Y" =(Py/P’y + PxPy). () X1= (Py / Px + PxPy); Y¥! = (Py/ Py + PxPy) R. Q) X'=(Py/Px+PxPy)R; —¥"=(P'y/P*y + PxPy). Q) X=(Py/P’x+PxPy)R; 9 ¥°=(P’y/P*y + PxPy)R. (4) Todas falsas. Solugio: Devemos resolver: Max U(X, Y) = Y% s.a pX+pY=R X20;Y20 Lagrangeano do problema é L=X%4+y" 4a(R=p,X—p,Y)+ujX+uY, Condigdes de primeira ordem: 0,5XS - Ap, +H, =O qa) 0,5Y ~Ap, +42 =0 @ p,X+pyY=R @) HX @) LY ©) Ha trés casos a serem estudados. Primeiramente vamos considerar 0 problema com solugao interior, isto ¢, X > 0 € ¥ > 0. No segundo caso, vamos considerar X = 0 & Y>0. No terceiro caso, X>0¢ Y =0. 7 | Caso 1: Devemos ter jt, = 1; = 0. Substituindo esses valores em (1)-(5) temos 0,5X™ =p, 0,5¥ = ip, Dividindo a primeira expressdo pela segunda: Graegk Substituindo (6) em (3) resolvendo para X: Caso 2: H>0e =X=0eY>0 Substituindo esses valores em (1)-(5): hp, +H) =0 a 0,5Y** -ap, @ p,Y=R @) 6 De forma que: yok Py os [R, Py \Py 0 Caso 3: fi, =0 eu, >0= X >0eY=0. Substituindo esses valores em (1)-(5): 0,5X* -dp, =0 a wp, +h. =O @ p.X=R ey Eo) Px VPx a Pr {RK p. VP. A solueo pode ser um dos resultados obtidos na anélise dos trés casos. Para saber qual é a solucdo, devemos substituir a demanda pelos bens e Y obtida em cada caso na fungao-utilidade e encontrar qual é a demanda que propicia maior nivel de utilidade. ° Caso 1: Ww Caso 2: RESPOSTA: Se f(P) > (4) ef(P)> (| + entio a solugdo sto as demandas encontradas no P, Py primeiro caso. se ap) < {+ (2) <{2 + ento a solugdo sto as demandas encontradas PJ lp) ey no segundo caso. as ss Por iltimo, se £(P) < (¢) e (4) (2) , endo a solugto sto as demandas PS) ea (OME ap encontradas no terceiro caso, (3) Falso (4) Verdadeiro Sobre este t6pico, ver: © Varian, H. (2000), p. 102 a 104. ° Mas-Colell, A. e al. (1995), p, 50.a 57. 70 Questo 12 Marque Falso (F) ou Verdadeiro (V): (0) 0 efeito-substituicao, derivado de uma variagdo do prego de uma mereadoria X, dada a utilidade constante, é sempre negativo desde que a Taxa Marginal de Substituigto de X por Y seja decrescente. (1) No caso de um bem de luxo o efeito-renda total & negativo. (2) Um aumento do prego do bem X sempre provocaré um aumento no gasto total do consumidor, desde que a elasticidade-prego da demanda do bem X seja maior que -1 (3) _O nivel de utilidade de um consumidor individual nfio varia ao longo de uma curva de demanda de mercado do tipo marshalliana, (4) A Equagio de Slutsky mostra a relagdo entre clasticidade-preco compensada elasticidade-renda Solugao: (0) Verdadeiro. ATMS de X por Y decrescente descreve 0 comportamento do consumidor que tom preferéncias convexas, ou seja, ele prefere consumir uma combinago dos dois bens a se especializar no consumo de apenas um deles, seja qual for. A variago no prego da mercadoria X provoca um efeito-substitui¢do que se caracteriza pelo aumento ou diminuigdo no consumo desta mercadoria devido & mudanga no poder de compra do consumidor apés a variaga0 de prego. Se a TMS for decrescente, 0 efeito-substituigo ter um efeito negativo, fazendo com que o consumo da mercadoria aumente se seu preco cair e que 0 consumo diminua se o seu prego aumentar, acompanhando a inclinagao negativa da curva de indiferenga. Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 150 ¢ 151. © Pindyck, R. ef al. (1994), p. 131 (1) Verdadeiro. . Bem de luxo é um caso particular de bem normal. E aquele que, quando a renda varia, a demanda varia mais que proporcionalmente. Assim, um aumento no prego do bem equivale a uma diminuigdo da renda, ¢ como o bem é de luxo, a quantidade demandada dele diminui, 0 que implica num efeito-renda negativo. ' Sobre este tépico, ver: ‘© Varian, H. (2000), p. 110; 156 ¢ 157. (0s termos efeito positiva/negativo se referem a uma variagfo na demanda em relagdo a uma variaedo no prego, ‘Assim, por exemplo, quando se diz efeit-renda negativo ests se referindo a ums variagio de pregos posiiva que ‘casiont uma variagio negative no poder de compra e, por conseqUénca, uma redugdo na demand 2) Verdadeiro. Se a elasticidade-prego da demanda é maior que -1, este bem é inelastico, Portanto, quando o prego aumenta a quantidade consumida deste bem diminui menos que proporcionalmente, Assim, o gasto total do consumidor aumenta. Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 296 a 299, (3) Falso. Todos os pontos da curva de demanda de mercado sio pontos 6timos de consumo, dadas as combinagdes de pregos e renda que podem representar niveis de utilidade diferenciados.'* Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 85. © Pindyck, R. et al, (1994), p. 110, (4) Falso. ‘A Equagao de Slutsky mostra a decomposi¢ao da variago da demanda nos efeitos renda e substituicdo. Uma forma altemativa de escrever a Equagto de Slutsky considera a relago entre a elasticidade-preco da demanda e a clasticidade-renda da demanda, Sobre este topico, ver: ® Mas-Colell, A. ef al. (1995), p. 34¢38.'° © Varian, H. (2000), p. 156 a 166. ANPEC/1999 Questio 1 Considere as preferéncias de um consumidor representadas no grafico abaixo, onde as setas indicam a diregdo na qual as preferéncias aumentam, 1 "0 sermo demands marshalina ¢ tlizado nes aniisss de equiloio pari! ¢ fol cunkado devido a Alfed Marshal °6 Na pigina 38 dolivro de Mas-Colell, ver cxersiio 2.9 (0) Pode-se afirmar que as curvas de indiferenga sto convexas. (1) Aestrutura de preferéncias desse consumidor ¢ intransitiva, (2) Nota-se que existem cestas que nunca seriam demandadas pelo consumidor. (3) Nao existem cestas onde a utilidade marginal de um dos bens seja negativa (4) Acestrutura de preferéncia do consumidor obedece a propriedade de no-saciedade. Solugao: (0) Fatso ‘As curvas de indiferenga nao so convexas para todas as combinagdes dos dois bens. Observe a figura abaixo. As cestas A e B corespondem a um mesmo nivel de utilidade, Se as preferéncias fossem convexas, uma combinacdo convexa dessas duas cestas daria um nivel de utilidade ao menos t4o alto quanto aquele proporcionado pelas cestas A e B, Qualquer combinacao convexa dessas duas cestas esta sobre a linha reta que as une, Nota-se que qualquer ponto sobre esta reta aleanea uma curva de indiferenga com menor nivel de utilidade. Portanto as preferéncias nao sio convexas em todo 0 dominio. x Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 49 € 50. () Falso.”” Observe na figura a seguir que A > B; B ~C. Se a transitividade fosse violada, teriamos C > A.. A transitividade nao é violada. A transitividade s6 € violada no caso de as curvas de indiferenga se cruzarem. "sta tesposta no confere com o gabarite ofeil da ANPEC. B xX, (2) Verdadeiro.!® A cesta do centro do mapa de indiferenga seria uma curva de indiferenga correspondente ao minimo de utilidade que o consumidor poderia obter Independentemente da razio de pregos relatives vigentes na economia, € sempre Possivel ao consumidor com um mesmo nivel de gastos adquirir uma outa cesta que gere um nivel de utilidade superior. Desse modo, a cesta representada no centro do ‘mapa das curvas de indiferenga nunca seria demandada, (3) Falso.”” A inclinacdo da curva de indiferenca ¢ igual & TMS, Ela serd positiva quando a UM de um (¢ apenas um) dos bens for negativa. Na figura, podem-se verificar pontos em que a inelinagdo da curva de indiferenga é positiva e portanto, a utilidade marginal de um dos bens é negativa, (4) Verdadeiro.”° Se as preferéncias fossem saciadas existiria um ponto de convergéncia das setas Para as quais a utilidade do consumidor se eleva. Neste caso, as preferéncias seriam Tepresentadas por um diagrama onde as setas convergiriam, por exemplo, no centro do mapa de indiferenga, Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 47 © 48; 71; 83a 85. Questo 2 Com relacdo a Teoria do Consumidor, ¢ correto afirmar que: (0) A Taxa Marginal de Substituigo entre dois bens é igual a razlo entre os presos destes bens, em qualquer ponto. (1) A Taxa Marginal de Substituigtio entre dois bens & igual a0 valor absoluto da inclinagao da curva de indiferenga, em qualquer ponto. "8 Esa resposta no confer com o gabattoofcil da ANPEC. "Esta respostando confere como gabarioefeel da ANPEC » No gabarto dx ANPEC, este item consta come salads " (2) A Taxa Marginal de Substituicao entre dois bens ¢ igual & razZo entre as utilidades marginais destes bens, em qualquer ponto. (3) No caso de bens normais, o efeito-substituicao ¢ sempre maior que o efeito-renda. Solugaio: (0) Falso. A TMS pode ser diferente da razio entre os precos quando estamos numa solugdo de canto (a quantidade escolhida de um dos bens é zero). Entre os exemplos de preferéncias que podem apresentar solugdes deste tipo esto as preferéncias lineares ¢ as quase-lineares. Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 50 a 54. © Pindyck, R. ef ai. (1994), p. 81 e 82, (1) Verdadeiro. Para obter a expressdo para_a TMS, considere uma curva de indiferenca associada & fungdo-utilidade U (x, y): T =U (xy). Diferenciando esta expressao, temos: 0= Umg.dx + Umg,dy a UMg, UMg, Reescrevendo: Q AIS éa Taxa Marginal de Substituigao de x por y. d, Representando as curvas de indiferengs no plano x-y, temos que“ ¢ igual & inclinago da curva de indiferenga. Sobre este tépico, ver © Varian, H. (2000), p. 51 ¢ 52; 73.a 76. © Pindyck, R. ef al. (1994), p. 170¢ 171. (2) Verdadeiro. Ver justificativa acima. Sobre este tépico, ver: © Varian, H. (2000), p. 73 a 76.

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