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NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 16076 Equipamento de protegao indi Terceira edicao 20.05.2020 jual — Protetores auditivos — Medigao de atenuagao de ruido com métodos de orelha real Personal protective equipment — Hearing protective device - Methods for measuring the real-ear attenuation of hearing protectors Ics 13,340.20 ASSOCIACAO BRASILEIRA DE NORMAS: TECNICAS ISBN 978-65-5659-192-6 Numero de referéncia ABNT NBR 16076:2020 37 paginas © ABNT 2020 ABNT NBR 16076:2020 © ABNT 2020 ‘Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicacao pode ser reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrOnico ou mecanico, incluindo fotocépia e microflme, sem permissao por escrito da ABNT. ABNT ‘Av Treze de Maio, 13 -28° andar 2031-901 - Rio de Janeiro - RJ Tel: + 85 21 3974-2300 Fax: + $5 21 3974-2346 abnt@abni.org.br wowabnt.org.br i © ABNT 2020 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 16076:2020 Sumario Pagina Prefacio .. Introdugao.. 1 Escopo ... 2 Referéncias normativas 3 Termos e definicées. 4 Requisitos fisicos das instalagdes para o ensai 4.2.4 Uniformidade 4.2.2 Direcionalidade. 4.2.3 Tempo de reverberacio. 4.2.4 Ruido de fundo. 43 Equipamentos de ensaio.. 4.3.1 Sinal de ensaio (ruido em banda de 1/3 de oitava) 43.2 Faixa dinamica. 43.3 Distorgao. 43.4 Circuitos de controle 43.5 Sinal pulsante 43.6 Ruido de ajuste. 44 Dispositivo de posicionamento da cabega 45 ‘Observagao do ouvinte durante o ensaio 8 Ouvintes 54 Caracteristicas anatémicas.. 5.2 Inspegao otoscépica. 53 Medigées do tamanho do canal auditivo e das dimensées da cabeca, 54 Género dos ouvinte: 55 Acuidade auditiva. 5.5.1 Acuidade minima. 5.5.2 Acuidade maxima de campo sonoro relativo ao ruido de fundo da sala 5.6 Variagao do limiar (durante a qualificagao) 57 Oculos e joias 58 Numero de ouvintes. 6 Amostras do produto 61 Numero de amostras. 6.1.1 Protetores auditivos de insercao. 6.1.2 Protetores auditivos tipo concha .. 6.1.3 Protetores auditivos tipo concha acoplado ao capacete de seguranc: 6.1.4 Capacetes com protegao auditiva 6.1.5 Protetores auditivos do tipo inser¢ao com dispositive ativo de atenuacao com ponteiras substituiveis que se encaixam na orelha 62 Protetor auditivo tipo insergo conectados por meio de um cordao fiexivel 63 Protetores auditivos com ajuste variavel de forga da haste 64 Requisitos especiais para o método de colocacao pelo ouvinte inexperiente. © ABNT 2020 - Todos os citetes reservados ili Fa ABNT NBR 16076:2020 z Al 72 7.3 74 78 A241 A22 A3 ABA Anexo B Procedimentos psicofisicos. Informagao ao ouvint Informagao adicional para os participantes dos ensaios pelo método de colocagao pelo ouvinte inexperiente.. Posicionamento do ouvinte Numero de medigées de limiar aberto e fechado Procedimento de medicao do limiar de audigao — Procedimento de rastreamento Békésy. Sensibilidade do limiar aberto no momento do ensaio.. Variabilidade no limiar aberto (durante ensaio) Periodo de siléncio antes da primeira medicao de limiar.. Intervalo de espera apés a colocacao do protetor auditivo.. Método A - Ensaio com colocacao pelo ouvinte treinado Geral Treinamento em colocagao de protetores auditivos Condigées para dispensa do ouvinte. 1 Condig6es para aceitagao ou dispensa dos ouvintes. Critério de aceitagao de ouvintes inexperiente: Nivel de alfabetizagao Limites do ntimero de ensaios permitidos e reutilizacao do ouvinte Preparagao do ensaio Dispositivos auxiliares de colocacao. Protetores auditivos tipo inser¢do personalizados. Protetores auditivos tipo concha acoplados ao capacete de seguranca, Capacete com protecao auditiva, Procedimento de ensaio. Inicio do ensaio (iniciando com o limiar fechado) Inicio do ensaio (iniciando com o limiar aberto) Durante o ensaio .. Medigao da forga do arco. Protetores auditivos tipo concha Protetores auditivos tipo capa de canal Processamento dos dados e relatério de ensaio.. {informativo) Incerteza das medicées de atenuagao do protetor auditivo. Geral Incerteza intralaboratorial Aplicacao da incerteza expandida Exemplo.. Incerteza interlaboratorial Aplicagao da incerteza expandida (normativo) Procedimento para a medigao dos tamanhos dos canais au: dimensées da cabeca @ABNT 2020 - Todos 08 dieitos reservados rma ABNT NBR 16076:2020 Anexo C (Informativo) Implementagao dos métodos A e B ~ Passo a Passo ct Entrevista inicial e primeira visita C2 Método A Colocago supervisionada pelo experimentador C3 Método B — Colocacao pelo ouvinte. Anexo D (normative) Procedimento para medi¢ao de forca de arco de protetor auditivo do tipo capa de canal Anexo E (informativo) Procedimento para calculo do NRRefl7] e (8) Bibliografia. Figuras Figura B.1 — Dimensées do dispositivo .. Figura B.2 — Largura do “bitragio” Figura B.3 — Altura da cabega Figura D.1 — Definigdes das dimensées do adaptador do pavilhao auditivo para protetores auditivos tipo capa de canal il Figura D.2 — Base rigida adequada ao adaptador do pavilhao auditiv. Tabelas Tabela 1 - Variagao permitida do nivel de pressao sonora em cada plano, correspondente a rejeicdo em campo livre do microfone utilizad Tabela 2 - Ruido de fundo maximo permitido no ponto de referéncia Tabela 3 - Séries de medi¢des dos limiares.. Tabela A.1 — Forma geral de um balango de incerteza de ensaios de protetores auditivos.. Tabela A.2 — Estimativas da incerteza da atenuacao média intralaboratérial do Método Tabela A.3 - Exemplo de dados de protetor auditivo tipo concha ensaiado pelo Método A para um dado laboratério Tabela A.4 — Estimativas da incerteza da atenuagao média interlaboratérial do método A. Tabela B.1 — Dimensées de dispositive para medir dimensées do canal auditivo* Tabela D.1 ~ Dimensées do pavilhao para medicao da forga do arco de protetores auditivos do tipo capa de canal Tabela F.1 — Ruido rosa em ponderacao A (Laj(h) = Tabela F.2 - Exemplo de calculo do NRRst._. 7 a 35 © ABNT 2020 - Todos os cteitos reservados v Fs ABNT NBR 16076:2020 Prefacio ‘AAssociagao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é 0 Foro Nacional de Normalizagao. As Normas Brasileiras, cujo contetido é de responsabilidade dos Comités Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalizacao Setorial (ABNT/ONS) e das Comissées de Estudo Especiais (ABNT/CEE), sao elaboradas por Comissées de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto da normalizacao. Os Documentos Técnicos ABNT so elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2. AABNT chama a atengao para que, apesar de ter sido solicitada manifestagao sobre eventuais direitos de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados 4 ABNT ‘a qualquer momento (Lei n® 9.279, de 14 de maio de 1996). Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), sao voluntarios e no incluem requisitos contratuais, legais ou estatutdrios. Os Documentos Técnicos ABNT ndo substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuarios devem atender, tendo precedéncia sobre qualquer Documento Técnico ABNT. Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citago em Regulamentos Técnicos. Nestes casos, os érgaos responsaveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar as datas para exigéncia dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT. A ABNT NBR 16076 foi elaborada no Comité Brasileiro de Equipamentos de Protecdo Individual (ABNT/CB-032), pela Comissdo de Estudo Equipamento de Protegao Auditiva (CE-032.001.001) O Projeto de Revisao circulou em Consulta Nacional conforme Edital n° 03, de 09.03.2020 a 07.05.2020. AABNT NBR 16076 é baseada na ANSI $12.6:2016. A ABNT NBR 16076:2020 cancela e substitui a ABNT NBR 16076:2016, a qual foi tecnicamente revisada, O Escopo em inglés da ABNT NBR 16076 é o seguinte: Scope This Standard specifies two methods for measuring, analyzing and reporting the ability of passive attenuation of noise from hearing protectors, with placement by the trained listener (Method A) and placement by the inexperienced listener (Method B). vi @ABNT 2020 - Todos 0s direitos reservados re ABNT NBR 16076:2020 Introdugao Esta Norma descreve os métodos de ensaio de atenuacao na orelha real no limiar de audigao (REAT) para a medicao da atenuagao de ruido dos protetores auditivos. Os dados REAT geralmente so reconhecidos por produzir a melhor medida da atenuago de ruido forecida pelos protetores auditivos passivos e incluem os efeitos da transmissao de ruido por outros caminhos, como os transmitidos por condugao dsseas e tecidos [1]. Os valores de atenuago no limiar auditivo, pelo método de oretha real nas baixas frequéncias (abaixo de 500 Hz) obtidas por esta Norma podem ser falsamente elevados em alguns decibéis, com 0 erro aumentando 4 medida que a frequéncia diminui. Esse resultado acontece devido ao mascaramento dos limiares auditivos ocluidos causados pelo ruido fisiolégico durante 0 ensaio [4] e [10]. Os erros ‘so maiores para os protetores auditivos tipo capa de canal, protetores auditivos tipo concha de menor volume e para protetores auditivos do tipo insergao inseridos superficialmente. Os erros sdo menores para protetores auditivos tipo concha de grandes volumes e protetores auditivos do tipo insercao mais profundamente inseridos. Os principais fatores que influenciam os valores de atenuagao medidos sao a selegao, o treinamento e a colocacao do protetor auditivo pelo ouvinte durante 0 ensaio. Por esse motivo, esta Norma inclui dois métodos distintos com diferentes abordagens para lidar com esses fatores. © Método A, anteriormente chamado de “colocagao supervisionada pelo experimentador” e agora designado como “ouvinte treinado’, descreve algo préximo de um cenario de colocagao ideal que pode ser obtida por usuario motivado e proficiente. Esse método permite o treinamento completo € a intervencao do experimentador antes das medigdes de atenuagdo. Entretanto, durante a medigéo de atenuacdo, 0 proprio ouvinte faz a colocacao do protetor auditivo por ele préprio, sem assisténcia do experimentador. O raciocinio € que por permitir o treinamento do ouvinte individualizado ¢ intensivo, imediatamente antes do ouvinte colocar o protetor auditivo, obtém-se valores aproximados da melhor atenuagao que pode ser obtida na pratica. O motivo de impedir que o experimentador auxilie na colocagao do protetor auditivo foi a constatagao de que ha uma variacao nas formas de interpretar a Norma e colocar os protetores auditivos, 0 que pode aumentar a variabilidade de ensaios interlaboratorial [8]. Até certo ponto, isolar os experimentadores durante a medigao de atenuagao reduz este problema. Além disso, em uso real, sendo treinado ou nao, os trabalhadores € outros usuarios realizam a colocacao de protetores auditivos sem a assisténcia de outra pessoa. © Método B, anteriormente denominado “colocacao pelo ouvinte” e agora designado como * colocagéo pelo ouvinte inexperiente” para claramente indicar a caracteristica-chave do procedimento, pretende aproximar resultados “alcancaveis” para grupos de trabalhadores participantes de programas de conservagao auditiva. Isso porque no procedimento de colocagao pelo ouvinte inexperiente aiinteracao do experimentador é limitada e depende muito da habilidade dos ouvintes em|er e interpretar as instrugdes de colocago, que, por sua vez, sao substancialmente afetadas pelas experiéncias anteriores de uso ou por quaisquer treinamentos recebidos. Por causa disso, é importante selecionar ouvintes com alguma pratica € treinamento anterior no uso de protetores auditivos. Caso contrario, © desempenho nos ensaios provavelmente sera influenciado por seus preconceitos e nivel de habilidade adquirido (2) © Método B foi desenvolvido avaliando varios protocolos de ensaio por meio de um estudo-piloto um estudo de comparagao interlaboratorial inicial (5), [7] e [9]. Posteriormente, um estudo interlaboratorial adicional foi realizado avaliando seis protetores auditivos em seis laboratérios diferentes, e os resultados levaram aos refinamentos dos métodos apresentados nesta Norma [8]. © ABNT 2020 - Todos 0s ctetos reservados vii FLT. ABNT NBR 16076:2020 Introdugao Esta Norma descreve os métodos de ensaio de atenuacao na orelha real no limiar de audigao (REAT) para a medicao da atenuagao de ruido dos protetores auditivos. Os dados REAT geralmente so reconhecidos por produzir a melhor medida da atenuago de ruido forecida pelos protetores auditivos passivos e incluem os efeitos da transmissao de ruido por outros caminhos, como os transmitidos por condugao dsseas e tecidos [1]. Os valores de atenuago no limiar auditivo, pelo método de oretha real nas baixas frequéncias (abaixo de 500 Hz) obtidas por esta Norma podem ser falsamente elevados em alguns decibéis, com 0 erro aumentando 4 medida que a frequéncia diminui. Esse resultado acontece devido ao mascaramento dos limiares auditivos ocluidos causados pelo ruido fisiolégico durante 0 ensaio [4] e [10]. Os erros ‘so maiores para os protetores auditivos tipo capa de canal, protetores auditivos tipo concha de menor volume e para protetores auditivos do tipo insergao inseridos superficialmente. Os erros sdo menores para protetores auditivos tipo concha de grandes volumes e protetores auditivos do tipo insercao mais profundamente inseridos. Os principais fatores que influenciam os valores de atenuagao medidos sao a selegao, o treinamento e a colocacao do protetor auditivo pelo ouvinte durante 0 ensaio. Por esse motivo, esta Norma inclui dois métodos distintos com diferentes abordagens para lidar com esses fatores. © Método A, anteriormente chamado de “colocagao supervisionada pelo experimentador” e agora designado como “ouvinte treinado’, descreve algo préximo de um cenario de colocagao ideal que pode ser obtida por usuario motivado e proficiente. Esse método permite o treinamento completo € a intervencao do experimentador antes das medigdes de atenuagdo. Entretanto, durante a medigéo de atenuacdo, 0 proprio ouvinte faz a colocacao do protetor auditivo por ele préprio, sem assisténcia do experimentador. O raciocinio € que por permitir o treinamento do ouvinte individualizado ¢ intensivo, imediatamente antes do ouvinte colocar o protetor auditivo, obtém-se valores aproximados da melhor atenuagao que pode ser obtida na pratica. O motivo de impedir que o experimentador auxilie na colocagao do protetor auditivo foi a constatagao de que ha uma variacao nas formas de interpretar a Norma e colocar os protetores auditivos, 0 que pode aumentar a variabilidade de ensaios interlaboratorial [8]. Até certo ponto, isolar os experimentadores durante a medigao de atenuagao reduz este problema. Além disso, em uso real, sendo treinado ou nao, os trabalhadores € outros usuarios realizam a colocacao de protetores auditivos sem a assisténcia de outra pessoa. © Método B, anteriormente denominado “colocacao pelo ouvinte” e agora designado como * colocagéo pelo ouvinte inexperiente” para claramente indicar a caracteristica-chave do procedimento, pretende aproximar resultados “alcancaveis” para grupos de trabalhadores participantes de programas de conservagao auditiva. Isso porque no procedimento de colocagao pelo ouvinte inexperiente aiinteracao do experimentador é limitada e depende muito da habilidade dos ouvintes em|er e interpretar as instrugdes de colocago, que, por sua vez, sao substancialmente afetadas pelas experiéncias anteriores de uso ou por quaisquer treinamentos recebidos. Por causa disso, é importante selecionar ouvintes com alguma pratica € treinamento anterior no uso de protetores auditivos. Caso contrario, © desempenho nos ensaios provavelmente sera influenciado por seus preconceitos e nivel de habilidade adquirido (2) © Método B foi desenvolvido avaliando varios protocolos de ensaio por meio de um estudo-piloto um estudo de comparagao interlaboratorial inicial (5), [7] e [9]. Posteriormente, um estudo interlaboratorial adicional foi realizado avaliando seis protetores auditivos em seis laboratérios diferentes, e os resultados levaram aos refinamentos dos métodos apresentados nesta Norma [8]. © ABNT 2020 - Todos 0s ctetos reservados vii FLT. ABNT NBR 16076:2020 Independentemente do método de ensaio selecionado, ouvintes treinados, ou colocagao pelo ouvinte inexperiente, os valores de atenuagao serdo aplicéveis apenas na medida em que a) 08 protetores auditivos que, na pratica, so utilizados da mesma maneira que durante o ensaio laboratorial; b) 0s protetores auditivos so mantidos, conservados e acondicionados adequadamente; e ) ascaracteristicas anatomicas da populagao de usuarios reais possuem uma boa correspondéncia com os ouvintes dos ensaios laboratoriais. Os usudrios de protetores aucitivos altamente interessados e/ou motivados podem obter valores de atenuagéo em campo significativamente superiores aos obtidos pelo Método B, e até mesmo superando os resultados obtidos pelo Método A. Entretanto, para a maioria das populacdes de usuarios ocupacionais, a estimativa obtida pelo Método B proporciona um melhor indicador de avaliagao de dados médio de um grupo do que pelo Método A. A validade das estimativas foi aferida ao comparar 08 valores medidos em laboratério, que utilizaram procedimentos semelhantes ao protocolo de ensaio de colocagao pelo ouvinte inexperiente apresentado nesta Norma, com valores obtidos em grupos de usuarios derivados de mais de 20 estudos disponiveis (5). © Método A produz valores de atenuacao média mais elevados e valores de desvio-padrao mais baixos do que o ensaio pelo Método B, com o efeito de serem substancialmente maiores para 0s protetores auditivos do tipo insercéo do que para os do tipo concha devido maior dificuldade de colocagao. Consultar 0 Anexo A para obter informagdes sobre como estimar a incerteza desses métodos. © ABNT 2020 - Todos 08 direitos reservados FB NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 16076:2020 Equipamento de protegao individual — Protetores auditivos — Medigao de atenuagao de ruido com métodos de orelha real 1 Escopo Esta Norma especifica dois métodos para medir, analisar e relatar a capacidade de atenuacao passiva de ruido de protetores auditivos, com colocagao pelo ouvinte treinado (Método A) e com colocagao pelo ouvinte inexperiente (Método B), NOTA 1 Os métodos consistem em ensaios psicofisicos realizados em grupos de seres humanos para determinar a atenuagao de ruido na orelha real no limiar de audicao. NOTA2 Os Métodos A e B so correspondentes em todos 0s aspectos eletroacisticos e psicofisicos. diferindo na escolha do ouvinte, treinamento, procedimento de colocagéo do protetor auditivo e envolvimento do experimentador, NOTA3 Aselegdo do método de ensaio, ouvinte treinado ou colocagao pelo ouvinte inexperiente, baseia-se na aplicagao pretendida. Esta Norma se aplica aos protetores auditivos passivos nao dependentes do nivel de ruido. Os protetores auditivos ativos ou dependentes de nivel de ruido podem ser ensaiados apenas quando ‘08 componentes eletrénicos estao desligados. NOTA4 Os dispositivos podem ser utilizados em combinagao um com 0 outro, como protetores auditivos de insergao utilizados em conjunto com protetores auditivos tipo concha ou capacetes com protegdo auditiva. 2 Referéncias normativas Os documentos a seguir s8o citados no texto de tal forma que seus contetidos, totais ou parciais, constituem requisitos para este Documento. Para referéncias datadas, aplicam-se somente as edigdes citadas. Para referéncias nao datadas, aplicam-se as edig6es mais recentes do referido documento (incluindo emendas). ANSI/ASA S1.4-2014/Part 1/IEC 61672-1, American National Standard Electroacoustics - Sound Level Meters ~ Part 1: Specifications ANSI/ASA $1.11-2014/Part 1/IEC 61260-1, American National Standard Electroacoustics — ‘Octave-band and Fractional-octave-band Filters — Part 1: Specifications ANSI/ASA $3.6, Specification for Audiometers 3 Termos e definigoes Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definigdes. 34 atenuagdo na orelha humana no limiar da audigao (REAT) valor médio do limiar fechado de audic2o menos o valor médio do limiar aberto de audigao, em cada frequéncia especifica, para todos os ensaios realizados sob as mesmas condig6es, seja para um Unico ouvinte ou para a média de um grupo de ouvintes NOTA — Aatenuacao da orelha humana no limiar da audicao 6 expressa em decibels. © ABNT 2020 - Todos os ctetes reservados 1 FL. ABNT NBR 16076:2020 3.2 capacete de seguranca ‘equipamento usado para proteger a cabeca, constituido essencialmente por casco rigido e suspenséo 3.3 capacete com protecao auditiva dispositivo que geralmente cobre uma parte substancial das orelhas e cabeca, podendo conter conchas em sua parte interna com fungao de protecao auditiva 34 incidéncia aleatoria incidéncia sucessiva de ondas sonoras de todas as diregdes com a mesma probabilidade 35 limiar aberto de audigao menor nivel de pressao sonora do sinal de ensaio audivel pelo ouvinte, em cada frequéncia especifica, quando este nao estiver utilizando 0 protetor auditivo em ensaio 36 limiar fechado de audicéo menor nivel de pressao sonora do sinal de ensaio audivel pelo ouvinte, em cada frequéncia especifica, quando este estiver utilizando 0 protetor auditivo em ensaio 37 ponto de referéncia posigdo fixa dentro da sala de ensaio que serve de referdncia para todas as medig6es das caracteristicas do campo sonoro, na qual fica localizado 0 ponto médio de uma linha entre os centros das entradas dos canais auditivos direito e esquerdo dos ouvintes envolvidos no ensaio 3.8 protetor auditivo dispositivo de uso pessoal, também conhecido como equipamento de prote¢ao auditiva, utilizado para reduzir os efeitos danosos e/ou incémodos do ruido NOTA Os protetores auditivos também podem assumir a forma de headsets ou protetores auditivos de insercao de comunicagao, capacetes com protetores auditivos, trajes pressurizados e outros sistemas ‘com recursos de atenuagao de ruido. 3.9 protetor auditivo ativo protetor auditivo que contém componentes eletrénicos incluindo transdutores (por exemplo, alto-falantes e microfones) que interferem na transmissao do som para 0 canal auditivo 3.10 protetor auditivo com atenuacao dependente do nivel de pressdo sonora protetor auditivo, também referenciado como sendo um protetor dependente do nivel, que é projetado para apresentar uma mudanga na atenuagao em fungao do nivel de pressao sonora 3.41 protetor auditivo tipo capa de canal protetor auditive que se apoia na entrada do canal auditivo, mantido em posigao por um arco leve NOTA —_ Conforme 0 tipo de protetor auditivo, ele pode ser posicionado de forma a cobrir apenas a entrada do canal auditivo ou ajustado a profundidades diversas dentro do canal. Os dispositivos que cobrem a entrada 2 © ABNT 2020 - Todos 08 direitos reservados FLI0- ABNT NBR 16076:2020 do canal dependem da forga do arco para manter sua posigdo @ a vedagao aciistica. Os dispositivos que ficam inseridos no canal auditivo se comportam mais como protetores auditivos de insergao, nao dependendo da forga do arco para a vedacao acustica, 3.42 protetor auditivo tipo concha protetor auditivo usualmente composto por um arco e um par de conchas com almofadas macias para vedagao, podendo o arco se apoiar sobre a cabeca, tras da cabega e abaixo do queixo NOTA As conchas podem também ser mantidas na posicao por meio de hastes fixadas em capacetes de seguranca ou outro equipamento de protecdo individual (EP). 3.43 protetor auditivo tipo insercao protetor auditivo que é inserido no canal auditivo 3.14 protetor auditivo passivo protetor auditivo isento de componentes eletrénicos e que depende apenas de seus elementos estruturais para bloquear ou controlar a transmissao do som ao canal auditivo 3.15 ruido branco ruido para o qual a densidade espectral de poténcia permanece constante com a frequéncia em escala linear 3.16 ruido rosa ruido para o qual a densidade espectral de poténcia varia com o inverso da frequéncia em escala linear 3.47 solicitante pessoa fisica ou juridica que solicita a realizagao do ensaio de atenuagdo, fornecendo o produto a ser ensaiado e suas respectivas instrugdes de colocacao NOTA — Quando um pesquisador ensaia protetores auditivos, porém nao para alguma entidade externa a0 laboratério, 0 solicitante é considerado o proprio pesquisador. 3.48 tempo de reverberacao tempo necessério para o nivel de pressdo sonora decair em 60 dB, depois de ser desligada a fonte, ‘em um ambiente fechado, para uma determinada frequéncia ou banda de frequéncia NOTA 0 tempo de reverberacao ¢ medido em segundos. © ABNT 2020 - Todos 0s creitos reservados a FLIt- ABNT NBR 16076: 1020 4 Requisitos fisicos das instalagées para o ensaio 41 Sinais de ensaio Os sinais de ensaio devem ser de ruido rosa ou ruido branco, filtrados em bandas de terco de oitava. As frequéncias centrais devem incluir no minimo 125 Hz, 250 Hz, 500 Hz, 1 000 Hz, 2 000 Hz, 4 000 Hz 28.000 Hz. 4.2 Local de ensaio Os requisitos do local de ensaio estabelecidos em 4.2.1 a 4.2.4 devem ser atendidos. 4.21 Uniformidade O nivel de presséo sonora medido usando um microfone omnidirecional em seis posigdes relativas a0 ponto de referéncia, sem 0 ouvinte e sua cadeira, + 15 cm nos eixos frontal-traseiro, acima-baixo @ esquerdo-direito, deve permanecer dentro de uma faixa de + 2,5 dB para cada sinal de ensaio no ponto de referéncia. A diferenca entre os niveis de pressao sonora nas posiges esquerda e direita nao pode exceder 3 dB. A orientagdo do microfone deve permanecer a mesma em cada posi¢ao de medida. A cadeira do ouvinte deve estar fora, no momento da medigao. 4.2.2. Direcionalidade A direcionalidade do campo sonoro deve ser avaliada no ponto de referéncia para cada banda de ensaio, com frequéncias centrais maiores ou iguais a 500 Hz, sem o ouvinte e sua cadeira ‘As medigdes devem ser realizadas com um microfone direcional que exiba, na sua resposta polar de campo livre, em bandas de ensaio de um tergo de oitava, as seguintes caracteristicas: a) No caso de microfone bidirecional (figure-eight microfone), a medigAo da incidéncia de som frontal deve ser pelo menos 10 dB a mais que a incidéncia de som lateral (90°). b) No caso de microfone cardioidal a medi¢ao da incidéncia de som frontal deve ser pelo menos 10 dB a mais que a incidéncia de som por tris (180°). Ocampo sonoro pode ser considerado préximo de um campo de incidéncia aleatéria quando ‘© microfone for girado em torno do centro do ponto de referéncia em 360° em cada um dos trés planos perpendiculares definidos pelos eixos frontal-traseiro, acima-baixo e esquerdo-direito, que devem coincidir com 0 ponto de referéncia, e o nivel de presséio sonora observado em cada banda de frequéncia e em cada plano permanece dentro de uma variacao permitida (Tabela 1) quando a medigdo 6 avaliada separadamente para cada plano. Os niveis de pressao sonora também podem ser obtidos por medigdes com o microfone em posigdo fixa, com incrementos de 15° dentro da rotacaio de 360° em cada plano. 4 © ABNT 2020 - Todos 08 direitos reservados FLIZ- ABNT NBR 16076:2020 Tabela 1 — Variagao permi fida do nivel de pressao sonora em cada plano, correspondente A rejei¢ao em campo livre do microfone utilizado Rejeicdo em campo Variacao permitida * livre de microfone dB 4B >25 6 20 5 15 4 10 3 <10 Microfone inadequado 2 Para microfones direcionais cujos valores de rejeicéo em campo livre estejam entre os valores tabelados, a variacao permitida deve ser obtida por interpolagao linear. NOTA A variagao na resposta do microfone quando girado em um campo de incidéncia aleatéria esta relacionada as caracteristicas direcionais do microfone e ao grau de aleatoriedade do campo que est sendo medido. Portanto, as variagdes permitidas de campo sonoro medido por este microfone estao relacionadas com as caracteristicas da resposta direcional do microfone em campo livre. As caracteristicas do microfone podem ser obtidas por medicao em campo livre ou pelo fabricante. 4.2.3. Tempo de reverberagao © tempo de reverberagdo medido no ponto de referéncia, sem ouvinte e sem cadeira, nao pode exceder 1,6 s para cada sinal de ensaio (ver 4.1) 4.2.4 Ruido de fundo © ruido de fundo deve ser medido com um sistema de instrumentagao que atenda aos requisitos da ANSI/ASA S1.4/Parte 1/IEC 61672-1 classe 1 e os filtros devem atender aos requisitos da ANSI/ ASA S1.11/Parte 1/IEC. 61260-1 tipo 1. O ruido de fundo, no ponto de referéncia, sem 0 ouvinte, com todos os equipamentos de geracao de sinal ligados nao pode exceder os niveis de banda de oitava listados na Tabela 2. Para sistemas com atenuadores analégicos, deve se ajustar o ganho para 20 dB acima dos niveis necessarios para induzir a média do limiar aberto de audicao do grupo de ouvintes em todas as frequéncias de ensaio, mas sem o sinal de ensaio presente. Para sistemas com atenuadores digitais deve estabelecer 0 ganho para 0 valor minimo possivel para que o sinal de ensaio seja ativado. O ruido de fundo deve ser medido no minimo mensalmente durante os horarios que ocorrem os ensaios, ou mais vezes caso 0 local de ensaio nao assegure as condig6es exigidas. Todo sistema de ventilacao e iluminagao e qualquer outro equipamento que produza ruido préximo ao local do ensaio deve estar ligado na sua condi¢ao de operagao normal durante os ensaios. Os niveis maximos de ruido admissiveis na Tabela 2 so baseados em um ouvinte com limiares de audicao acima de 0 dB. Se o laboratério desejar utilizar ouvintes com melhor audigao (limiar de audicao abaixo de 0 dB), (0s niveis de ruido de fundo devem ser reduzidos proporcionalmente, isto 6, se 05 niveis do limiar de audigao forem -10 dB em uma ou mais frequéncias, os niveis de ruldo de fundo também devem ser reduzidos em 10 8 nessas frequéncias (Ver 5.5.2) Caso qualquer inesperado seja ouvido na sala de ensaio durante o ensaio, o ouvinte deve sinalizar a0 experimentador para interromper o ensaio. Uma vez que 0 ruido tenha cessado, o ensaio pode continuar partir da ultima frequéncia de ensaio antes do disturbio notado. © ABNT 2020 - Todos 0s cretos reservados 5 FLIa- ABNT NBR 16076:2020 Tabela 2 - Ruido de fundo maximo permitido no ponto de referéncia Frequéncia NPS em banda de oitava (valor de referéncia 20 Pa) Hz a8 31,5 87,0 63 43,0 125 29,0 250 21,0 500 16,0 1.000 13,0 2.000 14,0 4.000 11,0 8.000 14,0 NOTA Os niveis sao extraidos da ANSI S3.1:1999, Tabela 3, orelhas descobertas, 125 Hz a8 000 Hz. Niveis em 31,5 Hz e 63 Hz sao relirados da ANSI S3.1:1999, Tabela C.3, orelhas descobertas, 125 Hz a 8 000 Hz. NOTA — Qualquer ruido audivel durante o ensaio pode distrair o ouvinte ou mascarar uma parte dos sinais de ensaio. Isto eleva 0 limiar aberto de audigao e resulta em valores erroneamente baixos de atenuagao na orelha humana para 0 protetor auditivo em ensaio. Muitas salas que nao atendem aos requisitos de ruido de fundo da Tabela 2 durante todo o tempo ainda podem ser utilizadas se 0 ensaios forem efetuados durante 08 periodos em que elas atendam aos requisitos. 4.3 Equipamentos de ensaio Os equipamentos de ensaio devem incluir um gerador de ruido, um conjunto de filtros de banda de um tergo de oitava, circuitos de controle (botdo liga e desliga e atenuadores calibrados), amplificador(es) de poténcia, caixa(s) actistica(s), e um dispositivo de posicionamento da cabeca. Também é aceitavel utilizar um computador para gerar, fltrar e controlar o ruido. 4.3.1. Sinal de ensaio (ruido em banda de 1/3 de oitava) Os sinais de ensaio, medidos eletricamente nos terminais da(s) caixa(s) actistica(s), devem consistir em um ruido branco ou rosa em bandas de 1/3 de oitava, cujo espectro tem a curva equivalente a.um filtro que atenda as especificagdes da ANSVASA S1.11/Part 1/IEC 61260-1, Classe 1. 0 modo de operagao para mudanga de uma banda para outra deve ser uma fungao degrau discreta; o modo de troca gradual continuamente ajustavel nao é aceitavel. 4.3.2 Faixa dinamica © equipamento de ensaio deve ser capaz de gerar niveis de pressao sonora no ponto de referéncia, ‘em qualquer banda de ensaio, que variam de no minimo 10 dB acima do limiar fechado de audi¢ao do ouvinte até 10 dB abaixo do limiar aberto de audigao. Para a maioria dos protetores auditivos, isto 6 equivalente a um intervalo de 60 dB que se inicia em 10 dB abaixo do limiar de audicao aberto. NOTA — O nivel de 10 dB abaixo do limiar de audigao aberto pode ser calculado baseado na calibragao elétrica. 6 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados a ABNT NBR 16076: 1020 43.3 Distorgao ‘Quando 0 equipamento de ensaio gera sinais em bandas de um tergo de oitava no ponto de referéncia, a niveis de presséo sonora conformes com os niveis maximos especificados em 4.3.2, os niveis de pressdo sonora em bandas de um terco de oitava devem ser de pelo menos 40 dB abaixo do nivel maximo a partir de uma citava abaixo da frequéncia de ensaio até 31,5 Hz, e a partir de uma oitava acima da frequéncia de ensaio até 16 kHz. Durante o ensaio, os sons devem ser reproduzidos sem nenhuma interferéncia de ruido audivel. 4.3.4 Circuitos de controle Os atenuadores devem ter uma faixa de ajuste de no minimo 90 dB para cada sinal de ensaio, com um passo < 3 dB Adiferenca na configuraco de saida entre dois atenuadores, o sinal de ensaio medido em uma unica banda de um tergo de oitava (Ver 4.1), nao pode ser maior que a diferenca indicada em mais de 2 dB na faixa total do atenuador e nao mais de 1 dB em qualquer faixa intervalada de 80 dB. As corregdes para 0 desvio da linearidade devem ser aplicadas aos dados quando este requisito nao for atendido. Sempre que possivel, este ensaio deve ser realizado acusticamente com um sinal reproduzido em todos os canais simultaneamente, para que a linearidade possa ser medida em condigées proximas das do ensaio real e de modo a incluir todas as partes do sistema de medigo potencialmente ndo lineares. Quando a relagao entre o nivel de pressao sonora medido acusticamente e o ruido de fundo for inferior a 20 dB, que pode ocorrer para os sinais de ensaio de nivel mais baixo, a linearidade da tensdo do sinal deve ser medida nos terminais da(s) caixa(s) acuistica(s) usando sinais de ensaios de tons puros ou de banda de um tergo de oitava. Para assegurar que a resposta de frequéncia do sistema permanega constante em sua faixa dinamica, as bandas-padrao de ensaio em um tergo de oitava (Ver 4.1) ou um sinal de ruido rosa de 80 Hz a 10 kHz devem ser usados como estimulo de ensaio para aveliar a faixa utilizavel do sistema a partir dos niveis maximos que o sistema pode reproduzir até o nivel de ruido de fundo com decrementos de 10 dB. A familia de curvas de resposta de frequéncia geradas nao pode demonstrar desvios de linearidade superiores a 2 dB para qualquer uma das frequéncias de ensaio de banda de um tergo de oitava. 4.3.5. Sinal pulsante Sinais de ensaio devem ser pulsados entre 2 vezes e 2,5 vezes por segundo, com uma taxa de 50 % do ciclo e sem ruidos audiveis ou outros transientes. Quando se excita o sistema com tons puros nas frequéncias centrais de ensaio, a duracao do estado em que o sinal é considerado ligado (tempo que © sinal permanece dentro de 1 dB do seu nivel maximo) deve ser maior que 150 ms, e a saida durante © estado em que o sinal é considerado desligado deve ser de no minimo 20 dB inferior do nivel maximo, medido eletricamente nos terminais da(s) caixa(s) acistica(s) 4.3.6 Ruido de ajuste © ruido de ajuste deve ser um ruido aleatério em banda larga cujo nivel de pressao sonora no ponto de referéncia 6 de aproximadamente 70 dB (valor de referéncia 20 Pa), ponderado na escala A. Um maior nivel de ruido de ajuste pode ser utilizado para protetores auditivos ou sistemas que possuam alta atenuagao 4.4. Dispositivo de posicionamento da cabeca A cabega do ouvinte deve ser mantida no ponto de referéncia por meios apropriados, como, por exemplo, um fio de prumo posicionado junto ao seu nariz ou testa. Nao é permitida a utilizagéo © ABNT 2020 - Todos 0s dteitos reservados 7 FLIS- ABNT NBR 16076:2020 de encosto de cabega ou barra para posicionamento. Este dispositivo ndo pode transmitir & cabeca quaisquer vibrages que possam afetar as medigdes, e deve ser pequeno o suficiente para nao interferir na uniformidade sonora da sala, conforme especificado em 4.2.1. 4.5 Observacdo do ouvinte durante o ensaio Assala de ensaio deve ser equipada com uma janela de observagaio ou sistema de video que permita observar claramente 0 ouvinte durante toda a duragao do ensaio. 5 Ouvintes 5.1 Caracteristicas anatémicas Os ouvintes devem ser selecionados independentemente dos tamanhos e formas de cabecas, pavilhdes ou canais auditivos, a menos que o solicitante indique que o produto € destinado ao uso por populagées especificas, como criangas. Noentanto, os ouvintes devem ser excluidos por caracteristicas ou incapacidades fisicas que afetem negativamente a colocacao dos protetores auditivos, provenientes de deformidades congénitas, cirurgias na orelha ou adornos pessoais. 5.2. Inspecao otoscépica No momento do ensaio audiométrico inicial, as orelhas do ouvinte, conforme determinado por uma inspegao otoscépica, devem estar livres de condigdes que possam afetar a colocacao do protetor auditivo, como excesso de cerume, irrita¢ao ou infecgao. Esse requisito deve também ser aplicado nas reas do pavilhdo auricular e cabega, que podem sofrer contato do protetor auditivo a ser ensaiado. 5.3 Medicdes do tamanho do canal auditivo e das dimensées da cabeca Antes da qualificacéio e participaco nos ensaios de atenuagao, devem ser medidas, conforme © procedimento descrito no Anexo B, as dimensdes de ambos os canais auditivos (direito e esquerdo), as distancias horizontais entre as entradas das orelhas e a altura da cabega do ouvinte. No caso de ensaio utilizando 0 método B, 0 ouvinte nao pode ser informado que seus canais auditivos estao sendo medidos, tampouco deve tomar conhecimento dos resultados das dimensdes medidas enquanto participar como ouvinte em ensaios de atenuago de protetores auditivos pelo método B Uma explicacao possivel ao ouvinte 6: “Eu irei examinar suas orelhas e medir sua cabeca usando os dispositivos padronizados de avaliacao.” NOTA — Se, no momento da qualificagao de um ouvinte, o laboratério tiver certeza de que ele somente participara de ensaios de protetores auditivos de insercao (isto 6, dispositivos sem hastes ou arcos), entdo no & necessario medir as dimensdes da cabeca. Da mesma forma, se 0 ouvinte somente participara de ensaios de protetores tipo concha ou capacetes com protegao auditiva, nao é necessario medir os canais auditivos. 5.4 Género dos ouvintes ‘Amenos que especificamente designado pelo solicitante, a proporgao de individuos do sexo masculino para os do sexo feminino deve estar entre 60%/40% e 40%/80%. 8 (© ABNT 2020 - Todos 0s direitos reservados “FLIB- ABNT NBR 16076:2020 5.5 Acuidade auditiva 5.5.1 Acuidade mit a Qs ouvintes devem ter limiar de audigo < 25 dB, medido com audiémetro, conforme ANSI $3.6, utiiizando-se tom puro por condugao aérea nas frequéncias centrais de bandas de oitava de 125 Hz a8 000 Hz. 5.5.2 Acuidade maxima de campo sonoro relativo ao ruido de fundo da sat Nao podem ser utilizados ouvintes para os quais a diferenca entre o ruido de fundo (medido em bandas de 1/1 de oitava no ambiente de ensaio) e a média de duas medidas de seu limiar aberto de audigao (medido em bandas de 1/3 de oitava no ambiente de ensaio) for maior do que 3 dB, em qualquer frequéncia de 125 Hz a 8 000 Hz. NOTA Alimitagao no valor do limiar aberto em relagao ao nivel de ruido de fundo da sala de ensaio tem © objetivo de reduzir a possibilidade de elevacao do limiar aberto devida ao fendmeno do mascaramento. Se o mascaramento ocorrer, ele tende a diminuir as atenuagdes médias e também possivelmente aumentar 08 desvios-padrao. 5.6 Variacao do limiar (durante a qualificagao) Os ouvintes devem ser treinados no minimo com cinco audiogramas de limiar aberto (além daqueles utilizados para ensaio de atenuago), no mesmo ambiente e campo sonoro que sao utilizados nos ensaios, realizados todos em uma sesso. A variaco do limiar aberto de audicao, para cada frequéncia dos Ultimos trés ensaios da sesso, nao pode exceder 6 dB. Podem ser realizados audiogramas adicionais de treinamento na mesma sesso ou em sessdes subsequentes, até que o ouvinte atenda a0 requisito de 6 dB de variacao ou seja dispensado. 5.7 Oculos e joias Os ouvintes nao podem utilizar éculos, nem brincos, nem quaisquer outros acessérios na regio das orelhas que possam afetar a vedacdo aciistica do protetor auditivo, a menos que seja soli solicitante. 5.8 Numero de ouvintes Qs ensaios em protetores auditivos do tipo concha ou capacetes com protecéo auditiva devem ser realizados pelo menos com dez ouvintes. Os ensaios em protetores auditivos do tipo insercao, do tipo capa de canal, tipo concha acoplado ao capacete de seguranga ou combinagao de um protetor auditivo tipo inserco com um protetor auditivo tipo concha devem ser realizados com pelo menos 20 ouvintes. O painel de ouvintes nao pode ser construido com base nos resultados de atenuagao de ensaios anteriores. 6 Amostras do produto 6.1 Numero de amostras O numero de amostra a serem utilizadas nos ensaios devem atender os requisitos a seguir: 6.1.1 Protetores auditivos de insercao Para protetores auditivos de insergao moldaveis (como protetores auditivos com ponta de espuma ou roletaveis), devem ser fornecidos no minimo trés pares de protetores auditivos para cada ouvinte, © ABNT 2020 - Todos os cteitos reservados 9 Fur ABNT NBR 16076:2020 ou, se 0 produto estiver disponivel em diversos tamanhos, trés pares de cada tamanho para cada ouvinte. Um par novo deve ser utilizado para treinamento de colocagao e para as medigées de limiar fechado em cada série do ensaio. Para outros tipos de protetores auditivos de insergao e capa de canal, deve ser fornecido no minimo um par ou dispositive por ouvinte, ou se 0 produto for disponivel em diversos tamanhos, deve ser fornecido um de cada tamanho para cada ouvinte. Quando produtos de diversos tamanhos sao ensaiados, diferentes tamanhos podem ser utilizados em cada orelha. Uma vez iniciado 0 ensaio, os ouvintes devem continuar utilizando, em cada orelha, até o final do ensaio, ‘© mesmo tamanho de produto selecionado inicialmente. 6.1.2 Protetores auditivos tipo concha Deve ser fomecido no minimo um par para cada dois ouvintes. 6.1.3 Protetores auditivos tipo concha acoplado ao capacete de seguranca Devem ser fornecidos no minimo um par para cada quatro ouvintes e um numero suficiente de capacete de seguranga, de forma que uma vez que um par de protetores auditivos tipo concha seja acoplado ao capacete de seguranga, ele nao pode ser removido ou substituido. O modelo de capacete de seguranga a ser ensaiado deve ser especificado pelo solicitante do ensaio. Deve ser fornecido um numero suficiente de amostras de cada tamanho disponivel de capacetes de seguranga que corresponda ao niimero de pares de protetores auditivos em cada ensaio. Além disso, deve ser fornecida uma amostra adicional de cada tamanho de capacete de seguranca e seu par de protetor auditivo acoplado correspondente, para ser utilizada para a medigao da forca do arco, conforme 10.1 Oexperimentador deve auxiliar o ouvinte na escolha do tamanho de capacete de seguranca adequado. Por exemplo, para um ensaio de um protetor auditivo acoplado a um capacete de seguranca disponivel em um tnico tamanho, em 20 ouvintes, o solicitante deve fornecer no minimo seis pares de protetores auditivos e seis capacetes de seguranga (cinco amostras para ensaio de atenuacao de ruido e uma amostra para medigao da forga do arco). 6.1.4 Capacetes com protegao auditiva Deve ser fornecida no minimo uma amostra para cada tamanho utilizado no ensaio, 6.1.5 Protetores auditivos do tipo insercao com dispositivo ativo de atenua¢ao com ponteiras substituiveis que se encaixam na orelha Os requisitos de amostra das ponteiras devem seguir 6.1.1. Além disso, deve haver no minimo um dispositivo de protecao auditiva ativo para cada quatro ouvintes. Para os dispositivos de protecdo auditiva ativo do tipo concha, os requisites de amostra devem seguir 6.1.2, 6.1.3 ¢ 6.1.4, conforme apropriado. 6.2. Protetor auditivo tipo insergao conectados por meio de um cordao flexivel Quando os protetores auditivos tipo insereao s40 produzidos nas versdes com e sem cordao flexivel e 0 fabricante deseja ter um Unico conjunto de dados de atenuacdo que se aplicam a ambas as versdes, um numero de amostras de cada versao conforme 6.1.1 deve ser fornecido para que metade dos ouvintes ensaiem o protetor auditivo com o cordao flexivel e a outra metade dos ouvintes ‘ensaiem sem 0 cordao flexivel. 6.3 Protetores auditivos com ajuste variavel de forca da haste Protetores auditivos tipo concha, tipo concha acoplados ao capacete de seguranca ou tipo capa de canal que possuam mecanismos de ajuste que permitam variar a forga exercida pela haste devem 10 © ABNT 2020 - Todos 0s direitos reservados. “FLI8- ABNT NBR 16076:2020 ser inicialmente ajustados para o ponto de forca minima de sua faixa de ajuste, antes de serem entregues a cada ouvinte. Durante a colocagao, os dispositives podem ser reajustados de acordo com 8.10u9.2. 6.4 Requisitos especiais para o método de colocagao pelo ouvinte inexperiente Os protetores auditivos devem ser entregues aos ouvintes acompanhados das instrugbes completas constantes em sua embalagem, na forma exata (mesma forma de apresentagao, contetido, diagramagao, tamanho, cor e contraste) como o protetor auditivo seria entregue a seu comprador. Nenhuma instrugéo adicional é permitida, a nao ser que ela normalmente acompanhe o produto quando vendido. 7 Procedimentos psicofisicos 7.1 Informagao ao ouvinte Os ouvintes devem receber informagdes completas sobre o ensaio e seus procedimentos, e que eles podem se retirar do ensaio a qualquer momento por qualquer motivo. Eles também devem ser informados da necessidade de alertar 0 experimentador se ouvirem algum ruido alheio ao ensaio a qualquer momento durante sua execugao. 7.2 Informagao adicional para os participantes dos ensalos pelo método de colocagao pelo ouvinte inexperiente Os ouvintes participantes dos ensaios pelo método B devem receber a seguinte informagao: “Para néo influenciar nas suas decisées durante a avaliagao do protetor auditivo, eu no posso the dizer nada sobre os seus resultados enquanto vocé for um participante nos ensaios neste laboratério. Apos © término de sua participagao como ouvinte em nosso grupo de ensaio, seré um prazer informar-lo sobre seus resultados.” 7.3 Posicionamento do ouvinte O ouvinte deve sentar-se de modo que, durante todas as medigdes, sua cabeca se mantenha posicionada no ponto de referéncia (ver 3.7) estabelecido pelo dispositive posicionador de cabeca (ver 4.4). 7.4 Numero de medicées de limiar aberto e fechado A atenuagao em cada frequéncia de ensaio, para cada ouvinte, deve ser medida em duas séries efetuadas durante uma Unica sesso no laboratorio. Cada série consiste na medigo dos limiares abertos para todas as frequéncias de ensaio, seguida da medicao dos limiares fechados para todas as frequéncias de ensaio, ou vice-versa. A ordem das medigdes dos limiares (aberto/fechado ou vice- versa) deve ser a mesma para ambas as séries de cada ouvinte, Metade dos ouvintes deve seguir a sequéncia aberto/fechado e a outra metade deve seguir a sequéncia fechadoaberto. A Tabela 3 apresenta estes requisitos. © ABNT 2020 - Todos os ctetes reservados "1 Fug. Tabela 3 ~ Séries de medigées dos limiares Série Metade dos ouvintes Outra metade dos ouvintes Série 1 Fechado, aberto Aberto, fechado Série 2 Fechado, aberto Aberto, fechado protetor auditivo deve ser recolocado a cada série. Pode haver um intervalo de repouso entre as séries 1 e 2, entretanto 0 ouvinte nao pode sair da sala de ensaio durante a realizagao de cada uma das séries. 7.5 Procedimento de medigio do lit Békésy ir de audi¢éo — Procedimento de rastreamento Osinal de ensaio deve ser em frequéncias discretas, conforme estabelecido em 4.1, e o procedimento de medigao do limiar deve seguir 0 procedimento de rastreamento Békésy, como descrito nesta Segao. O nivel de estimulo deve aumentar ou diminuir incrementalmente em resposta a um dispositivo de controle operado pelo ouvinte, com uma taxa de mudanga usada para a determinagao do limiar fixada em um valor entre 2 dBi/s a 3 dB/s. Aimplementagao deve ser idéntica para os limiares abertos, € fechados, e capaz de gerar os dados requeridos em 11.1. Os limiares devem ser determinados conforme a seguir: a) um trago do grafico a uma dada frequéncia deve ser refeito se, ignorando-se a primeira inversao apés uma mudanga de frequéncia, @ invers6es ocasionais associadas a excursdes do trago de 3 dB ou menos: — hd menos do que seis inversdes; — qualquer pico 6 menor que qualquer vale; — a variagdo das excursées (qualquer diferenca entre pico e vale) excede 20 dB; b) tragos aceitéveis devem ser registrados ignorando-se a primeira invers4o apés uma mudanca de frequéncia e entdo, deve-se fazer a média de um numero de picos e vales iguais ao trago a uma dada frequéncia. Resultados muito similares podem ser obtidos de maneira mais simples por uma “média visual’, na qual uma linha horizontal desenhada a partir do centro do trago ¢ usada para estimar o valor médio. NOTA Para fins de andlises de incerteza, ¢ util capturar e reportar 0 desvio-padrao dos pontos médios das excursdes compreendidas em cada limiar. 7.6 Sensibilidade do limiar aberto no momento do ensaio No dia do ensaio, 0 primeiro audiograma de limiar aberto deve ser comparado com a média dos trés Uitimos audiogramas qualificados do treinamento do ouvinte que foram gravados conforme 5.6 © a diferenca entre os valores devem ser menor ou igual a 8 dB em cada frequéncia de ensaio. 7.7 Variabilidade no limiar aberto (durante ensaio) Se variagées de limiares abertos em qualquer frequéncia durante 0 ensaio excederem 6 dB, o limiar naquela frequéncia deve ser reensaiado até que dois limiares abertos sejam medidos de forma que a variagao seja de até 6 dB. 12 © ABNT 2020 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 16076:2020 EXEMPLO —_Os dois limiares abertos aceitaveis podem ser o limiar aberto da série 1 e o reensaio do limiar aberto para a série 2, ou outra combinagao. 7.8 Periodo de siléncio antes da primeira medicao de limiar Para permitir a acomodagao dos ouvintes a situacao de ensaio, estes devem ser posicionados na sala de ensaio sem comunicagao verbal com o executor do ensaio e sem a presenga de sinais sonoros, Por um periodo minimo de 2 min antes do inicio de uma série de um ensaio; apés este intervalo, a determinagao dos limiares pode ser iniciada 7.9 Intervalo de espera apés a colocagao do protetor auditivo Para permitir que protetores auditivos se expandam ou se conformem para se adequarem ao canal auditivo ou regio circumaural, medigdes de limiares fechados devem ser iniciadas no minimo 2 min apds a colocag3o dos protetores auditivos, a menos que o fabricante especifique em suas instrugées que um tempo minimo maior 6 requerido. 8 Método A - Ensaio com colocacao pelo ouvinte treinado 8.1 Geral Os valores obtidos pelo Método A sao titeis para estimar o desempenho de atenuagdo para usuarios bem treinados e motivados, bem como no projeto de protetores auditivos, para fornecer uma compreenséo tedrica de suas limitagdes de desempenho e para testes de rotina para fins de controle de qualidade. Em 8.2 a 8.4 é descrito como preparar os ouvintes de uma maneira consistente, quando é permitido dispensar o ouvinte de um ensaio, e 0s procedimentos espeeificos de ensaio pelo método. NOTA Ver Anexo C para uma lista resumindo os passos especificos e a sequéncia de eventos que sdo necessdrios para implementar este método, 8.2. Treinamento em colocagao de protetores auditivos © experimentador do ensaio deve fornecer a cada ouvinte direcionamento preciso e treinamento pratico para a colocacao do protetor auditivo, de acordo com as instruges que sao fornecidas com 0 produto a todos os usuarios. O solicitante pode fornecer orientagdes adicionais disponiveis a0 piiblico sobre treinamento e colocagao do protetor auditivo, incluindo critérios que comprometem uma colocagao aceitavel. Para dispositivos que fornecem forga da haste variavel, o solicitante deve fornecer orientago sobre qual configuragao de forga deve ser utilizada. As instrugdes néo podem set modificadas pelo conhecimento do préprio experimentador ao colocar 0 mesmo dispositivo ou similares. Nenhuma indicagao, marca ou lubrificante deve ser utilizado (a menos que fornecido ou solicitado pelo solicitante), ou nenhuma modificagao deve ser feita nos dispositivos para melhorar a colocagao ou determinar sua colocagao correta. Quando aplicdvel, o experimentador deve auxiliar 0 ouvinte a seguir as instrugdes para selecionar o tamanho de protetor auditivo apropriado e no ajuste de produtos com forga de haste variavel. ‘Se necessério, para esclarecer (sem adicionar informagao) o treinamento e as instrugdes de colocagao, © experimentador deve fornecer explicacdo, demonstracao e assisténcia fisica. O experimentador deve treinar o ouvinte a utilizar o ruido de ajuste (Ver 4.3.6) para auxiliar a colocagao do protetor auditivo e deve poder pessoalmente ajustar o protetor auditivo no ouvinte como parte do processo de instrugao. No entanto, nao € permitida a utilizagao de medidas de atenuagao para a escolha do tamanho do protetor auditivo nem para treinamento em seu procedimento de colocagao e ajuste, (© ABNT 2020 - Todos 06 direitos reservados 13 ABNT NBR 16076:2020 a menos que estejam inclusas no produto ou no seu proceso de entrega. Nao ha limitagao tanto para a duragao do treinamento, quanto para as praticas de colocagao que se fagam necessarias. Uma vez que 0 experimentador tenha determinado que o ouvinte é capaz de colocar o protetor auditivo corretamente e estiver completamente convencido de que o ouvinte entende e pode reproduzir corretamente o processo de colocagao, o ouvinte esta pronto para iniciar o ensaio de atenuacao. 8.3 Condigées para dispensa do ouvinte Apés 0 treinamento, 0 ouvinte deve ser dispensado se ele no puder obter uma colocagao aceitavel baseada em um dos critérios a seguir: 1) a avaliagao da qualidade da vedagao no ouvinte ao ouvir a intensidade do ruido de ajuste; 2) avaliagao visual pelo experimentador; 3) avaliagao tatil pelo experimentador, trabalhando em conjunto com o ouvinte; 4) orientag&o especifica para este produto fomecida antecipadamente pelo solicitante. Adicionalmente, ouvintes que nao atendem repetidamente os requisitos de 7.7, devem ser dispensados Os owvintes podem ser dispensados por doenga ou inabilidade fisica para participar no dia do ensaio ou se ele estiver incapaz de permanecer atento durante 0 ensaio de limiar. Os ouvintes néo podem realizar reensaios ou serem dispensados do ensaio pela atenuacao obtida durante o ensaio. 8.4 Procedimento de ensaio Para o ensaio de limiar fechado, 0 ouvinte deve colocar o protetor auditivo sem a presenca do experimentador na sala de ensaio. O experimentador deve observar a colocagdo do protetor auditivo pelo ouvinte e durante o ensaio pelo lado de fora da sala de ensaio. Apés a colocagao do protetor ausitivo, o ruido de ajuste deve ser acionado e o ouvinte deve ser avisado para ajustar © protetor auditivo de forma a minimizar o ruido percebido. Uma vez que o ouvinte esteja satisfeito com a coloca¢ao, e apés observar 0 periodo de siléncio, especificado em 7.8 e o periodo de espera, especificado em 7.9, 0 ensaio deve ser iniciado. Nenhum ajuste do protetor auditivo pode ser feito durante cada ensaio. No entanto, o ouvinte deve ser instruido a informar 0 experimentador se durante o ensaio for notada alguma alteraao de colocagao do protetor auditivo, e neste caso, 0 ensaio deve ser interrompido. O ouvinte deve, entéo, recolocar © protetor auditivo e o ensaio deve ser reiniciado a partir do inicio da série. Se isso acontecer uma segunda vez, 0 ensaio deve ser completado sem recolocagao, ¢ os dados de atenuacao devem ser utilizados na computagZo, conforme especificado em 11.1 e 11.2 9 Método B — Ensaio com colocagao pelo ouvinte inexperiente 9.1 Geral © Método B é destinado a fornecer uma aproximago dos limites superiores de atenuagdo que, em média, pode ser esperada para grupos de usuarios ocupacionais. Pessoas adequadamente treinadas motivadas podem, potencialmente, obter maiores niveis de atenuagao, que se aproximam dos dados de atenuagdo obtidos por ouvintes treinados, especialmente para protetores auditivos do tipo insercao, quando comparados com os valores de atenuacao obtidos pela colocacao de ouvintes inexperientes. Porém, os valores de atenuagao obtidos pela colocaao de ouvintes inexperientes fornecem uma 14 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados oe ABNT NBR 16076:2020 correspondéncia de desempenho mais préximo ao mundo real para grupos de usuarios do que os dados de atenuagao por ouvintes treinados. Em 9.2 a 9.4 é descrito o nivel de experiéncia permitido para os ouvintes, por quanto tempo eles podem ser mantidos, como preparé-los para 0 ensaio, e procedimentos especificos para o método B. NOTA — VernoAnexo C uma lista resumida dos passos especificos e da sequéncia de eventos necessarios para implementar este método. 9.2 Condigées para aceitacao ou dispensa dos ouvintes Nao podem ser estabelecidos critérios adicionais de selegao dos ouvintes, além dos dos especificados em 5.142 5.6 e 9.1.1 a 9.1.3. No entanto, ouvintes podem ser dispensados por doenca ou inabilidade fisica para participar no dia do ensaio, ou podem ser removidos do painel de ouvintes se eles, repetidamente, nao atenderem aos requisitos de 7.7. Nao é permitido otimizar 0 painel de ouvintes baseado em experiéncia adquirida pela participacéo do ouvinte em ensaios anteriores. 9.2.1 Critério de aceitago de ouvintes inexperientes As medigdes devem ser conduzidas com ouvintes que sejam inexperientes em relagao ao uso de protetores auditivos, conforme definido a seguir. Os ouvintes devem ser dispensados se responderem sim 8s questées a), b) ou c), ou se na resposta a questo d) indicar ter utilizado, nos tltimos dois anos, protetores auditivos do tipo insergdo ou do tipo capa de canal por mais de dez ocasides, ou os do tipo concha por mais de vinte ocasides: a) vocé alguma vez recebeu treinamento individual sobre a forma correta de colocacao de protetores auditivos? b) durante os tltimos dois anos, vocé recebeu alguma instrugao em grupo, assistiu a algum video ou recebeu instrugdes via computador sobre como colocar corretamente protetores auditivos? ©) durante os ultimos dois anos, vocé participou de algum experimento envolvendo a utilizagéo de protetor auditivo? d) durante os tltimos dois anos, por quantas ocasiées vocé utilizou protetores auditivos por estar exposto a ruidos em seu trabalho, servigo militar ou outra atividade e por quantas vezes vocé utilizou protetores auditivos do tipo insergao para nadar ou dormir? 9.2.2 Nivel de alfabetizacao O ouvinte deve demonstrar ter nivel de alfabetizacao suficiente para ler e entender as instrugdes do protetor auditivo fornecidas pelo solicitante do ensaio, bem como aquelas contidas no termo de consentimento, eventualmente requerido pelo laboratério. 9.2.3 Limites do numero de ensaios permitidos e reutilizagao do ouvinte Uma vez que um ouvinte for aceito na avaliagao de ouvintes inexperientes em um dado laboratério, um mesmo ouvinte nao pode participar de mais de 30 ensaios distintos por este método, cada uma consistindo em duas séries. Destes 30 ensaios, a soma do nimero de ensaios permitida em protetor auditivo do tipo insergao e capa de canal, ou ambos, deve ser no maximo 12 e, nao pode exceder 4 ensaios em nenhuma das seguintes categorias: espuma, pré-moldado, capa de canal ou personalizado. Como condicao para a reutilizagdo de ouvintes inexperientes em ensaios subjetivos, os ouvintes nao podem receber qualquer informagao sobre como foram os ensaios ja efetuados. Ao ouvinte que © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 15 FL ABNT NBR 16076:2020 perguntar sobre seus resultados, deve-se reler a informagao contida em 7.2. Para se resguardar da possibilidade do ouvinte receber informagdes adicionais, treinamento ou pratica de uso de protetores auditivos durante 0 periodo de tempo em que ainda ¢ aceito pelo laboratério para participar dos ensaios, este deve ser questionado antes do ensaio, mas no mais do que uma vez por semana, para confirmar 9.1.1 - a), b) e d), sobre a experiéncia adquirida fora do ambiente de laboratério. Os critérios para rejeigdo sdo os mesmos estabelecidos em 9.1.1. Um ouvinte que nao atenda aos requisitos para participar dos ensaios pelo método de colocagao por ouvinte inexperiente pode ainda participar dos ensaios de ouvintes treinados. 9.3. Preparagao do ensaio As instrugdes para 0 método de colocagao por ouvintes inexperientes sao explicitas e devem ser seguidas em todos os detalhes. As frases em itélico em 9.2 e 9.3.1 devem ser lidas em voz alta, literalmente, ao ouvinte que, ao mesmo tempo, deve ter em maos o mesmo texto impresso para acompanhamento. Antes de entrar na sala de ensaio, o ouvinte deve receber 0 protetor auditivo na embalagem na qual ele 6 comercializado ou um protétipo equivalente (mesma cor, contraste e tamanho da fonte), juntamente com as respectivas instrugdes de colocagao e uso do solicitante que normalmente acompanham © dispositivo, Dispositivos com forga de haste ajustével devem ser configurados na posigdo de forga ‘minima (ver 6.3). O ouvinte deve ser instruido conforme a seguir: “Afinalidade deste ensaio é estimar a redugdo de ruido que vocé obterd ao utilizar este protetor auditivo em um ambiente ruidoso. A seguir, eu irei pedir para que vocé leia as instrugées, coloque e ajuste © protetor auditivo da melhor forma que vocé conseguir. No tenho permissao para ajudé-lo neste processo nem Ihe fomecer qualquer orientagéo. Quando terminar a leitura, irei pedir para que vocé repita as instrugdes, com suas préprias palavras, e descreva os atributos importantes de quaisquer ilustragées contidas. Vocé néo pode levar as instrugées com vocé para dentro da sala de ensaio.” Oouvinte deve serinformado da existéncia e localizagao de todas as instrucdes de coloca¢ao fornecidas pelo solicitante contidas na embalagem individual do produto e/ou nas caixas e/ou dispensadores que acompanham o produto. O ouvinte deve colocar e ajustar 0 protetor auditivo em ambas as orelhas sem qualquer auxilio verbal ou fisico do experimentador. Nos ensaios realizados com protetores aucitivos do tipo capa de canal ou tipo concha que contém hastes que possam ser utiizados em mais de uma posi¢ao, como acima da cabeca ou atras da nuca, 0 experimentador deve aconselhar o ouvinte quanto & posicao a ser utilizada no ensaio. Nao é permitido 0 uso de qualquer ruido de ajuste durante @ preparago do ensaio antes de entrar na sala de ensaio. Para protetores auditivos disponiveis em muiltiplos tamanhos, um par de cada tamanho deve ser colocado em uma mesa diante do ouvinte juntamente com as instrucdes de colocagao fornecidas pelo solicitante. Antes de o ouvinte ler as instrug6es do solicitante, o experimentador deve Ihe dizer: “Por favor, experimente colocar estes protetores auditivos para achar o tamanho que melhor se ajusta a vocé, baseado nas instrugées fornecidas.” experimentador no pode dar recomendagées verbais, auxilio fisico, utilizar ruido de ajuste nem medigdes de atenuagao sonora no processo de escolha do tamanho do protetor auditivo, Excegses ‘ocorrem nos seguintes casos graves de mau uso 1) _um protetor auditivo do tipo insergao inserido de trés para frente ou de lado; 2) _protetores auditivos do tipo insergéo com designagdo de direita e esquerda, que sdo inseridos nas orelhas incorretas; 16 @ABNT 2020 - Todos os direitos reservados ABNT NBR 16076:2020 3) haste sobre a cabega ou atrés da nuca que é utilizado de maneira diferente da posigao designada. Neste caso, o erro é apontado ao ouvinte, e este é solicitado a reler as instrugdes. A duragdo total do processo de colocago do protetor auditivo, desde o inicio da leitura das instrugdes do solicitante e colocacao do protetor auditivo até o momento que ele entra na sala de ensaio, nao deve exceder 10 min. Se necessario, apés decorridos 8 min, 0 ouvinte deve ser alertado para que desempenhe da melhor forma a colocago do protetor auditivo, nos préximos 2 min Uma vez que 0 ouvinte indique ter finalizado a colocagéo do protetor auditivo, ou que tenha passado © 10 min, o ouvinte deve remover o protetor auditivo e entrar na sala de ensaio. 9.3.1 Dispositivos auxiliares de colocagao Caso 0 solicitante fornega algum dispositivo para auxiliar a colocagao do protetor auditivo (como um cilindro que deslize sobre a haste flexivel de protetores auditivos do tipo insergao com flanges, ‘ou uma haste rigida inserida em um orificio na parte posterior do protetor auditivo do tipo inser¢ao), este deve ser considerado como parte das instrugdes. O ouvinte deve receber o dispositivo auxiliar de colocagdo juntamente com o protetor auditivo e observar as instrugdes por escrito do solicitante. Autilizagao ou nao do dispositive auxiliar de colocagao uma decisao do ouvinte e ndo do experimentador. 9.3.2 Protetores auditivos tipo insercao personalizados Para protetores auditivos tipo insereao, os quais requerem um contato direto ¢ fisico entre ouvinte ¢ experimentador para se obter um molde do formato do canal auditivo, as orientagdes do solicitante devem ser rigorosamente seguidas. O molde deve ser obtido pelo experimentador, a menos que as instrugdes do solicitante que normalmente acompanham o produto, ou o proprio proceso de entrega do produto, indiquem que o representante do solicitante deve estar envolvido no processo. Uma vez que o protetor auditivo personalizado esteja disponivel ou seja recebido de volta do solicitante para ensaio, este deve ser entregue ao ouvinte, da mesma maneira que quaisquer outros protetores auditivos. © protetor auditivo deve ser acompanhado somente das instrugdes de uso fomecidas pelo solicitante, a menos que estas instrugdes especifiquem a necessidade de um auxiliar para, individualmente, colocar o protetor auditivo e treinar o usuario. Como em todos os aspectos do procedimento de colocagao pelo ouvinte, o experimentador nao pode acrescentar nada as instrugoes do solicitante. Se o solicitante deixar de requisitar 0 uso de um tampao para confec¢a0 do molde, 0 experimentador nao pode utiliza-lo para obter a moldagem do canal auditivo, a menos que isto transgrida as préticas-padréo do laboratério de ensaio ou requisitos legais aplicaveis. Neste caso, a realizacao do ensaio deve ser recusada. Ainda que a solicitagao de ensaio seja aceita pelo laboratério, o solicitante deve ser informado quanto aos riscos de se obter 0 molde do canal auditivo sem o uso dos tampées e Ihe deve ser concedida a oportunidade de alterar as instrugdes apropriadamente. 9.3.3 Protetores auditivos tipo concha acoplados ao capacete de seguranga O experimentador deve primeiramente ajustar a suspensao do capacete de seguranca, de forma que este esteja seguro e as cintas se mantenham na parte superior da cabega. O conjunto haste/concha deve ser acoplado ao capacete de seguranca que sera utilizado antes de apresenta-lo ao ouvinte para a pratica de colocagao e ensaio 9.3.4 Capacete com protegao auditiva Nao ha limite de tempo para 0 processo de colocagao de capacete com protegao auditiva que tenha sistema de suspensao ajustavel, © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 7 Fs. ABNT NBR 16076:2020 Para capacete com protecdo auditiva, 0 qual requer um contato direto e fisico entre ouvinte @ experimentador para adapté-lo ao uso, as instrugdes do solicitante devem ser rigorosamente seguidas. Uma vez que 0 capacete esteja adaptado e ajustado corretamente, este deve ser entregue ao ouvinte, da mesma maneira que quaisquer outros protetores auditivos, acompanhados somente das instrugdes de uso fornecidas, por escrito, pelo solicitante. 9.4 Procedimento de ensaio Os procedimentos a seguir devem ser realizados dentro da sala de ensaio. A sequéncia varia ligeiramente, dependendo da ordem do ensaio com limiar aberto ou fechado. 9 Inicio do ensaio (iniciando com o limiar fechado) ouvinte entra na sala de ensaio com 0 protetor auditivo a ser ensaiado. Instrugdes e embalagens n&o podem ser levadas para dentro da sala de ensaio. O ouvinte deve ser orientado a se sentar e, antes de colocar o protetor auditivo, o experimentador deve instrul-lo conforme a seguir: “Depois que eu sair da sala de ensaio, ligarei um ruido para indicar que vocé deve colocar o protetor auditivo. Por favor, faga isso utilizando 0 que foi assimilado das instrugdes do fabricante @ experiéncias que vocé obteve durante a prética. Uma vez que vocé sinalize que terminou a colocagao do protetor auditivo, desligarei o ruido e, apés 2 min, o ensaia iré comegar. Vocé nao podera mais tocar ou ajustar 0 protetor auditivo até que vocé seja instruido a retird-lo ao final do ensaio. Caso o protetor auditivo perca a vedacao, desencaixe ou se mova da sua orelha durante o ensaio, por favor, sinalize para mim. Durante todo o ensaio eu poderei observar vocé através da janela (ou da camera de monitoramento).” © experimentador nao pode indicar ao ouvinte o tipo ou propésito do ruido que é apresentado. Depois de ler 0 texto anterior ao ouvinte, 0 experimentador sai da sala de ensaio e introduz 0 ruido de ajuste como definido em 4.3.6. O experimentador nao estaré presente durante 0 proceso final de colocagao do protetor auditivo nem pode fornecer qualquer assisténcia ou explicagdes adicionais naquele momento. O tempo maximo permitido para 0 ouvinte colocar o protetor auditivo é de 5 min. Para 0 uso combinado de um protetor auditivo do tipo insergao mais um do tipo concha ou capacete, ‘© tempo maximo permitido 6 de 8 min. Os periodos apropriados de siléncio e espera devem ser observados de acordo com 7.8 e 7.9. 9.4.2 Inicio do ensaio (iniciando com o limiar aberto) procedimento ¢ 0 mesmo que em 9.3.1, exceto que uma vez que o ouvinte esteja sentado, © experimentador instrui o ouvinte a permanecer em siléncio, e deixa a sala de ensaio de modo que um periodo de siléncio de 2 min possa ser observado (ver 7.8). Uma vez que 0 limiar aberto 6 finalizado, o experimentador retorna e segue as instrugdes conforme em 9.3.1 9.5 Durante o ensaio Depois de 0 ensaio ter comegado, os dados devem ser aceitos, independentemente da colocago do protetor auditivo. No entanto, seo protetor auditivo perder o ajuste de tal forma que, em circunstancias normais de uso, seja necessario um reajuste da sua posicao, 0 ouvinte deve notificar o experimentador, que deve, entéo, suspender o ensaio. O experimentador deve entrar na sala de ensaio e pedir que ele recoloque 0 protetor auditivo para um novo ensaio, seguindo 0 procedimento de 9.3.1. Caso © protetor auditivo perca o ajuste uma segunda vez, o ensaio deve ser suspenso e o ouvinte deve ser substituido. ‘Se o mesmo ouvinte participar de um segundo ensaio com um outro tipo de protetor auditivo durante a mesma sesso, 0 ouvinte deve sair da sala de ensaio e recomecar 0 processo da mesma maneira utilizada para o primeiro protetor auditivo. 18 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados ear ABNT NBR 16076:2020 10 Medigao da forca do arco A forga do arco deve ser medida antes do ensaio de atenuagao em todas as amostras dos protetores auditivos tipo concha e tipo capa de canal, incluindo protetores auditivos tipo concha acoplados a capacetes de seguranca. Este requisito nao se aplica a protetores auditivos tipo concha montados internamente em capacetes de protecao ausitiva, como de pilotos e aviadores. A forca do arco deve ser medida (120 + 5) s apés o protetor auditivo ter sido posicionado no dispositive de ensaio, € 08 valores obtidos devem ser relatados em newtons (N). A temperatura e a umidade relativa do ar nas quais a forga do arco foi medida devem ser relatadas. NOTA 0 laboratério pode projetar seu proprio dispositivo para medicao de forca de arco ou adquirir um dispositive apropriado, 10.1 Protetores auditivos tipo concha A forca exercida pelo arco dos protetores auditivos tipo concha deve ser medida em um dispositivo apropriado, contendo duas placas rigidas e planas, nas quais as almofadas do protetor auditivo sao posicionadas. A distancia horizontal entre as superficies das duas placas onde ocorre o contato das almofadas deve ser de (145 + 1) mm, e a distancia vertical entre 0 ponto mais alto da superficie interna do arco e uma linha imaginaria que passa pelos pontos de fixagao das conchas no arco deve ser de (130 + 1) mm. Estas distancias correspondem respectivamente a largura e a altura medianas da cabega, conforme Anexo B (ver Figuras B.2 e B.3), O arco do protetor autitivo nao pode estar em contato com qualquer parte do dispositivo de ensaio durante o periodo de medico. Para alguns tipos de protetores auditivos, como aqueles cujo arco se situa atras do pescogo ou sob o queixo, outras dimensées de altura de cabega podem ser mais apropriadas. A dimensao utilizada deve ser relatada. Para os protetores auditivos que possuam ajuste da fora do arco, este deve ser regulado para © ponto médio. Para 0 ensaio da forga do arco em protetores auditivos acoplados a capacetes de seguranca, a suspensao do capacete deve ser retirada e deve-se fazer um furo na parte central superior para que © capacete possa ser fixado em uma guia presente no dispositivo de medigéo, de uma maneira que se garanta a reprodutibilidade desta fixagdo. As distancias horizontais e verticais de fixagéo do dispositivo de medigo devem ser ajustadas para a mesma configuragao utiizada nas medigdes de protetores auditivos tipo concha com arco. 10.2 Protetores auditivos tipo capa de canal A forga exercida pelos protetores auditivos tipo capa de canal deve ser medida em um dispositive apropriado dotado de pavilhao flexivel cujas dimensdes estao especificadas no Anexo D. A distancia entre 0s dois pavilhdes deve ser de (145 + 1) mm. O arco do protetor auditivo nao pode entrar em contato com qualquer parte do dispositivo de ensaio durante 0 periodo de medigao. No caso de protetores auditivos tipo capa de canal com arco ajustavel, 0 arco deve ser regulado para uma altura de cabega de (130 + 1) mm, conforme Anexo B (ver Figura B.3), ou para seu ajuste minimo, se este for maior. No caso de protetores auditivos com capas de canal assimétricas, estas devem ser apropriadamente orientadas para se ajustarem a entrada do canal auditivo no pavilhao utilizado no ensaio. 11 Processamento dos dados e relatorio de ensaio 11.1. Registro dos dados Devem ser registrados os dados que so calculados, a partir da atenuagao de cada protetor auditivo, que consistem de valores de limiar relativos ou valores de limiar absolutos. Devem ser registrados dois valores de limiar abertos e dois fechados em cada frequéncia de ensaio para cada ouvinte. © ABNT 2020 - Todos 08 direitos reservados 19 ABNT NBR 16076:2020 11.2 Calculo da atenuagao na orelha humana Os resultados das medigdes devem ser apresentados em termos da média e desvio-padrao da atenuagao. Os seguintes dados devem ser obtidos para pelo menos as sete bandas de frequéncia de 1/3 de citava especificadas por esta Norma: a) atenuagao para cada ouvinte, calculando-se, para cada frequéncia, a média aritmética das diferengas entre o limiar aberto e o limiar fechado das duas séries (em dB); b) atenuagao média do conjunto de ouvintes, calculando-se, para cada frequéncia, a média aritmética das atenuagdes de todos os ouvintes (em dB); ¢) desvio-padrao, a, para cada frequéncia, calculado pela formula: tex(d)? onde d a diferenga entre a atenuagéo média de cada ouvinte e a atenuagao média do conjunto de ouvintes, para cada frequéncia; N _ @onUmero de ouvintes (2 10, para protetores auditivos do tipo concha ou capacetes com protecdo auditiva; 220, para protetores auditivos do tipo inser¢ao, capa de canal, tipo concha acoplado ao capacete de seguranca ou combinagao de um protetor auditivo tipo inser¢Ao com um protetor auditivo tipo concha ou com um capacete com protegao auditiva; N-1 éutilizado para fins de calculo da estimativa do desvio-padrao da populagao. 11.3 Estimativa da incerteza e procedimentos para assegurar a conformidade do laboratério ‘A medicao do ensaio de atenuacao na orelha real no limiar de audigo (REAT) possui incertezas inerentes associadas a varias fontes por questées de instrumentagao e da propria medi¢ao. Porém, as ‘mais importantes estao relacionadas ao proprio ouvinte e a colocacao do protetor auditivo. O Anexo A prevé um método para estimar as incertezas associadas ao ensaio de acordo com os requisitos desta Norma. Além disso, 0 Anexo E, que é normativo, descreve os ensaios e procedimentos para assegurar a conformidade do laboratério. 11.4 Informagées a serem incluidas no relatério de ensaio O relatério de ensaio deve conter 0 seguinte: a) referéncia a esta Norma e 0 tipo de procedimento de ensaio utilizado: supervisionado pelo experimentador (método A) ou colocagao pelo ouvinte (método B); b) 0 tipo de protetor auditivo e sua marca e modelo ou nome comercial, uma cépia exata das instrugdes que acompanharam o produto e que foram utilizadas na execugao do ensaio, descrigao de qualquer envolvimento do representante do solicitante no momento do ensaio e para o método ‘A, qualquer orientagao especifica do solicitante quanto ao ensaio, treinamento adicional ou 20 © ABNT 2020 - Todos 06 direitos reservados -FL28- ABNT NBR 16076:2020 dispensa de ouvinte; c)_ondmero de ouvintes e qualquer critério especial utilizado para a selegao de ouvintes, como, por ‘exemplo, tamanho de canal auditivo ou 0 género; 4) ontmero de protetores auditivos ensaiados e descricao de quaisquer amostras que tenham sido rejeitadas e seus respectivos motivos; ) uma tabela contendo o valor médio da atenuagao no limiar auditivo e respectivo desvio-padrao, em funcao da frequéncia central de cada banda de 1/3 de oitava, arredondados para 0 inteiro mais préximo, bem como os dados para cada uma das medicies realizadas em cada ouvinte, separadamente; f) 0 valor do NRRsf, arredondado para o inteiro mais préximo; g) uma tabela que relacione todos os ouvintes, inclusive os que tenham sido dispensados, contendo a idade e o género para qualquer tipo de protetor auditivo ensaiado. Para os protetores auditivos do tipo insergao ou do tipo capa de canal, apresentar também a distribuigéo de tamanhos dos canais auditivos esquerdo e direito, medidos segundo 0 Anexo B. Para os protetores auditivos do tipo capa de canal ou do tipo concha, ou capacete de seguranga com protegao auditiva, apresentar também as médias e desvios-padrao das larguras e das alturas das cabecas dos ouvintes, medidos segundo 0 Anexo B. h) no caso de protetores auditivos que tenham um arco para a cabega ou pescogo, a média € 0 desvio-padrao da forca exercida pelo arco para todas as amostras ensaiadas, a posicao (sobre a cabega, sob 0 queixo, ou atras da cabega) em que a forga foi ensaiada e a temperatura umidade relativa do ar no ambiente em que os ensaios foram executados; i) no caso de produtos que estejam disponiveis em tamanhos distintos, indicar os tamanhos que foram efetivamente utilizados no ensaio e quantos ouvintes utilizaram cada tamanho; i) _nocaso de ensaio com colocagao pelo ouvinte (método B) de protetores auditivos do tipo insergao dotados de dispositivos auxiliares para a colocagao e ajuste, indicar 0 nimero de ouvintes que utilizaram os dispositivos auxiliares; k) uma tabela que contenha qualquer ouvinte que tenha sido dispensado do ensaio de acordo com 8.2, no caso de ensaio supervisionado pelo experimentador, ou de acordo com 9.1 ¢ 9.4, no caso de ensaio com coloca¢ao pelo ouvinte, incluindo 0(s) motivo(s) para a dispensa; 1) relato de quaisquer requisitos especificos que tenham sido incluidos no procedimento de ensaio, ‘como, por exemplo, quando o ouvinte tiver utilizado um equipamento de protecdo individual, ‘como éculos de seguranca, durante 0 ensaio de protetores auditivos tipo concha. 41.5 Apresentacao gréfica dos dados Quando os dados de atenuacao sao apresentados graficamente, a escala de frequéncia ao longo da abscissa deve utilizar intervalos iguais para cada banda de oitava, e a ordenada deve ser linear em decibels. A escala de atenuacao deve ser definida de forma crescente em diregao a parte inferior do grafico. O intervalo de uma década de frequéncia, representada no grafico no eixo das abscissas, deve corresponder ao intervalo de 25 dB a 50 dB de atenuagao, representada no eixo das ordenadas, © que corresponde ao intervalo de 7,5 dB a 15 dB por oitava. © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 2 Fl9- ABNT NBR 16076:2020 Anexo A (informativo) Incerteza das medigées de atenuagao do protetor auditivo A1 Geral As incertezas das medic6es da atenuacdo média de um protetor auditivo resultam de varias fontes como: a selegdo do grupo de ouvintes do ensaio, a colocacao do protetor auditivo pelos ouvintes, a determinacao do limiar auditivo dos ouvintes, variagao do experimentador e na aplicagao do protocolo de ensaio, influéncia do campo sonore, ruido de fundo e equipamento de ensaio. © modelo, incluindo as incertezas, para célculo da atenuago, A, para sinais de ensaio especificados nesta Norma é conforme a Equacao A.1: A= Area +8met +8eq + Samb (A.A) Onde, Arca €0 resultado da medicao da atenuacao na orelha real (REAT) de acordo com esta Norma; Smet & 2 quantidade de entrada para permitir a variagdo devida a selecdo do grupo de ouvintes do ensaio, colocagao do protetor auditivo, a variabilidade da determinagao do limiar do ouvinte, variagdo no experimentador e na aplicagao do protocolo de ensaio ¢ variabilidade da amostra; Seq € 2 quantidade de entrada para permitir qualquer desvio no desempenho do equipamento de geragao de sinal de ensaio; Samp _ € @ quantidade de entrada para permitir a influéncia de condigdes ambientais nao ideais Ou varidveis, como campo sonoro e ruido de fundo; Uma fungao de densidade de probabilidade est4 associada a cada fonte de incerteza. A melhor estimativa de cada fonte é o valor médio. Os valores médios dos termos 5 na Equacao A.1 so assumidos como sendo zero e, portanto, AREAT 6 a melhor estimativa de A. O desvio-padrao de cada fonte, i, 6 uma estimativa da incerteza-padrao, uj, associada a essa fonte. Aincerteza combinada, u, depende das incertezas-padrao, u;, de todas as fontes e seus coeficientes de sensibilidade, ¢). O coeficiente de sensibilidade é uma medida de como o valor de atenuagdo 6 afetado pela mudanca em sua respectiva quantidade de entrada. A incerteza-padrao combinada 6 dada pela raiz quadrada da soma dos quadrados das incertezas-padréo separadas, ponderadas pelos coeficientes de sensibilidade (Ver Equacao A.2). u= [Sou (a2) a No modelo (Ver Equagdo A.1), todas as distribuigdes de probabilidade para as incertezas padrao, uj, ‘so consideradas normais e todos os coeficientes de sensibilidade, cj, possuem valor igual a 1 Os dados para a incerteza do método experimental sao extraidos principalmente de [10], com referéncia também a |SO 4869 e complementada pelo conhecimento empirico. 22 ©ABNT 2020 - Todos o¢ drotos reservados ABNT NBR 16076:2020 A Tabela A.1 ilustra a estimativa geral das grandezas de entrada para Smet, 5eq © Samb. O valor da incerteza-padrao, “met, associado a quantidade de entrada, Smet, depende da frequéncia. Na TabelaA.2 ena TabelaA.4, Umat 6 especificado separadamente para sinais de ensaio em trés faixas de frequéncia. O valor de incerteza, Umer, & maior entre laboratérios (interlaboratérios) do que dentro de um mesmo laboratério (intralaboratério), ¢ geralmente maior para protetores auditivos do tipo insercao do que para tipo concha. Os valores de Ueq @ Yams s0 considerados independentes da frequéncia. Os valores de incerteza-padréo fornecidos neste Anexo so considerados representativos das medigdes e equipamentos que normalmente seriam utilizados nos ensaios de protetores auditivos pelo Método A. Nao ha neste momento estimativa para balango de incerteza do Método B, uma vez que as distribuigdes de probabilidade para estes ensaios frequentemente exibem caracteristicas nao normais. Tabela A.1- Forma geral de um balanco de incerteza de ensaios de protetores auditivos = Incerteza- Contribuicaéo: Fonte de | Estimativa | padrao Distribuigso de | Coehclente de | de incerteza incerteza (a8) ui probabilidade uy, [48] ei [dB] Bnet 0 | Ymet Normal 1 Umet | beq 0 Ueq Normal 1 oq Samb 0 | UYamb Normal 1 UYamb A incerteza expandida, Ugs, € calculada multiplicando a incerteza-padréo combinada, u, por um fator de abrangéncia k = 2 (apropriado para parametros normalmente distribuidos), tal que a faixa de A- Ugs A + Ugg possui um intervalo de confianga de 95% dos valores de A. A seguir, é apresentada uma determinacao representativa de incerteza para a medigao da atenuacao de protetores auditivos, dividida em duas partes. Uma é sobre a incerteza das mediges dentro de um laboratério e a outra se relaciona com a incerteza das medig6es entre diferentes laboratérios. A terminologia e a discussao s4o baseadas nas orientacdes do GUM:2008 [8] A.2__ Incerteza intralaboratorial A incerteza combinada, u, dentro de um laboratorio é 0 desvio-padrao da atenuagdo média. Isto é estimado a partir do célculo do desvio-padrao das atenuagées individuais dividido pela raiz quadrada do numero de ouvintes, por exemplo, 2 10 ouvintes para tipo concha e 2 20 ouvintes para tipo insergao. Das fontes de incerteza apresentadas na Tabela A.1, existem valores tipicos de incerteza. A Tabela A.2 mostra as contribuigdes de incerteza estimadas dentro de um laboratério para protetores auditivos em diferentes faixas de frequéncia. Também mostra as incertezas combinadas e expandidas. © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 23 FSI ABNT NBR 16076:2020 Tabela A.2 — Estimativas da incerteza da atenuagdo média intralaboratorial do Método A Contribuigao de incerteza Componentes dB < 250 Hz De 250 Hz a 4 kHz >4kHz Umet= incerteza da média de atenuagies individuals de 20 ouvintes (insergao) ‘ou 10 (concha) —Insergao 14 09 12 —_ Concha 1,0 | OG 10 Ueq~ a incerteza do equipamento de geracao de 0,2 0,2 0,2 sinal de ensaio Yamb~ a incerteza dos desvios do ambiente padrao 05 05 05 de ensaio Incerteza-padrao. combinada —_ para insergao 15 14 13 —_para concha 44 og. 14 Incerteza expandida Uss —_ para insergao 3,0 2.2 2.8 —__para concha 22 16 22 Para um conjunto especifico de medi¢des em um local de ensaio especifico e para um protetor auditivo especifico, a incerteza combinada pode ser calculada a partir dos valores de atenuagao dos ouvintes. Isso 6 mostrado no exemplo dado em A.2.2. A.2.1 Aplicagao da incerteza expandida Como um exemplo da aplicagao dos valores de incerteza apresentados na Tabela A.2, considerar uma comparacao de duas medidas de atenuagao. As medigdes sao realizadas para dois diferentes protetores auditivos tipo insergao dentro de um mesmo laboratério em duas ocasides distintas. Aquest&o é: os dois resultados sAo significativamente diferentes? Os dois valores de atenuagao nao podem ser considerados estatisticamente diferentes se as médias diferirem em menos de duas vezes a incerteza expandida dividida pela raiz quadrada de 2. Para que a diferenca seja considerada significativa, a diferenca minima necessaria é dada pela Equagao A.3. Diferenga minima: 2.U95 /W2=V/2.Uo5 (A3) Na Tabela A.2, a incerteza expandida para um protetor auditivo tipo inser¢ao na faixa de frequéncia de 250 Hz a 4 kHz é de 2,1 dB. A diferenga minima 6, portanto, V2 x 2,1 3,0 dB (arredondado para um decimal). Portanto, dois valores de ensaio teriam que diferir em mais de 3,0 dB nesta faixa de frequéncia para que eles sejam considerados significativamente diferentes com um nivel de confianga de 95%. Para um protetor auditivo tipo concha, a diferenca minima é de 2,3 dB na faixa de frequéncia de 250 Hz a 4 kHz. 24 ‘© ABNT 2020 - Todos 06 dretos reservados -FL32- ABNT NBR 16076:2020 A2.2 Exemplo ATabela A.3 mostra um exemplo de dados de protetor auditivo tipo concha de um laboratério especifico ensaiado de acordo com esta Norma. A incerteza-padrao combinada é computada nessa tabela como © desvio-padrao experimental da média, também referido como o erro padrao da média. Observar que esse valor pode ser calculado a partir dos dados de atenuagao de um laboratério especifico. A Tabela A.3 mostra um exemplo de dados de protetor auditivo tipo concha. Tabela A.3 - Exemplo de dados de protetor auditivo tipo concha ensaiado pelo Método A para um dado laboratorio ouvinte Frequéncia Hz 425 | 250 | 500 | 1.000 | 2000 | 4000 | 8 000 1 iz | 25 | 22 | a7 | 31 | 36 | 37 Pf Me) ee | 2 en |e | ce [37 3 14 | 25 | 31 | 35 | 30 | 38 | 30 4 20 23 31 37 34 4 42 5 13. | 27 | 32] 36 | 34 | 42 | 37 6 t6 | 22 | 30 | 30 | 34 | a7 | 38 7 13 | 19 | 31 | 35 | 37 | 42 | 38 8 i | 24 | 36 | 37 | 35 | 38 | 43 @ 13 | 16 | 28 | 35 | 36 | 38 | 34 10 te | | 2] a3 | 31 | 38 | 37 Média 14,7 | 20,0 | 29,7 | 34,1 | 33,3 | 365 | 37.2 Desvio-padrao (s) 34|44| 47] 43 | 27 | 53 | 45 pashan i) it} 14] 4s] 14 | 09 | 47 | 14 Incerteza expandida, Uss | 2.2 | 28 | 30| 27 | 17 | 33 | 28 NOTA Os dados em cada linha para cada ouvinte representam a mécia de duas séries realizadas para aquele ouvinte, A3_ Incerteza interlaboratorial Valores tipicos de incerteza podem ser utilizados conforme apresentados em A.1. A Tabela A4 mostra as contribuigées de incerteza estimadas entre laboratérios para protetores auditivos do tipo insergo e concha e para diferentes faixas de frequéncia. Também mostra as incertezas combinadas e expandidas. © ABNT 2020 - Todos os direitos reservads 25 aoe ABNT NBR 16076:2020 Tabela A.4 — Estimativas da incerteza da atenuagao média interlaboratérial do método A Contribuigao de incerteza Componentes dB < 250 Hz De 250 Hz a 4 kHz > 4 kHz Umet~ a incerteza da média de atenuagées individuais de 20 ouvintes (inserg4o) ou 10 ouvintes (concha) —_ Insergao 3,9 34 34 — Concha 47 22 3,0 Heq~ a incerteza do equipamento de geragao 0,3 0,3 0,3 de sinal de ensaio Uamb~ a incerteza dos desvios do ambiente 08 08 08 padrao de ensaio Incerteza-padréo combinada — para insergao 4,0 32 3.2 —_ para concha 19 24 34 Incerteza expandida U95 — para insercao 80 64 64 —_ para concha 38 48 62 3.1. Aplicagao da incerteza expandida Como um exemplo da aplicagao dos valores de incerteza na Tabela A.4, considerar uma comparagéo de dois ensaios de atenuagao. Os dois ensaios sao realizados para o mesmo tipo de protetor auditivo do tipo insergdo em dois laboratérios diferentes. Os dois resultados sao significativamente diferentes? Os dois valores de atenuagao nao podem ser considerados estatisticamente diferentes se as médias diferirem em menos de duas vezes a incerleza expandida dividida pela raiz quadrada de 2. Para que a diferenca seja considerada significativa, a diferenca minima necessaria é dada pela expressao (A.4) Diferenca minima: 2.U95 / V2 = V2.Us5 (Aa) A partir da Tabela A.4, a incerteza expandida para um protetor auditivo na faixa de frequéncia de 250 Hz a4 kHz é de 6,4 dB. A diferenca minima 6, portanto, \2 x 6,4 = 9,1 dB (arredondado para um decimal). Portanto, os dois resultados de ensaio, nesta faixa de frequéncia, teriam que diferir em mais de 9,1 dB para que sejam considerados significativamente diferentes com um nivel de confianca de 95%. Para protetores auditivo tipo concha, a diferenga minima é de 6,8 dB na faixa de frequéncia de 250 Hz a4 kHz. 26 @ABNT 2020 - Todos os direitos reservados:

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