Professional Documents
Culture Documents
11381204052012fisica Basica Aula 1
11381204052012fisica Basica Aula 1
São Cristóvão/SE
2011
Física Básica
Elaboração de Conteúdo
Frederico Guilherme de Carvalho Cunha
Projeto Gráfico
Neverton Correia da Silva
Nycolas Menezes Melo
Capa
Hermeson Alves de Menezes
Diagramação
Neverton Correia da Silva
Copidesque
Christianne de Menezes Gally
Ilustração
Gerri Sherlock Araújo
Cunha, Frederico.
C972f Física básica / Frederico Cunha -- São Cristóvão:
Universidade Federal de Sergipe, CESAD, 2009.
CDU 542.06
Presidente da República Chefe de Gabinete
Dilma Vana Rousseff Ednalva Freire Caetano
Núcleo de Avaliação
Hérica dos Santos Matos (Coordenadora)
Carlos Alberto Vasconcelos
AULA 2
Cinemática em uma dimensão........................................................... 27
AULA 3
Velocidade Instantânea...................................................................... 47
AULA 4
Queda livre......................................................................................... 71
AULA 5
Cinemática em duas dimensões........................................................ 87
AULA 6
Movimento de projéteis.................................................................... 105
AULA 7
Movimento circular uniforme ................................................................119
AULA 8
Primeira e segunda Lei de Newton.................................................. 135
AULA 9
Terceira Lei de Newton..................................................................... 147
AULA 10
Velocidade terminal.......................................................................... 163
AULA 11
Condições de equilíbrio.................................................................... 181
AULA 12
Conservação da energia.................................................................. 199
AULA 13
Densidade e gravidade específica I................................................. 215
AULA 14
Densidade e gravidade específica II................................................ 229
AULA 15
Princípio de Arquimedes.................................................................. 241
AULA 16
Lei Zero da Termodinâmica.............................................................. 253
AULA 17
Calor e energia interna .....................................................................269
AULA 18
Primeira lei da termodinâmica.......................................................... 281
AULA 19
Transferência de energia.................................................................. 289
AULA 20
Teoria Cinética dos Gases............................................................... 301
Aula 1
INTRODUÇÃO À MECÂNICA
META
Introduzir os princípios básicos de notação científica.
OBJETIVOS
Ao final desta aula, o aluno deverá:
reconhecer os padrões de comprimento, massa e tempo;
utilizar corretamente os prefixos que indicam potências positivas e negativas de dez;
realizar uma análise dimensional;
proceder à conversão de unidades entre os diversos sistemas;
PRÉ-REQUISITOS
Conhecimentos básicos de física adquiridos no ensino médio.
INTRODUÇÃO
(Fonte: http://www.planetaeducacao.com.br)
8
Introdução à Mecânica Aula 1
Nós vamos começar este curso discutindo como é que faremos para
nos comunicar. O problema parece simples quando a nossa linguagem é
coloquial, mas estamos agora falando de ciência, e queremos que nossa voz
seja ouvida em todos os lugares, e compreendida! Todos os dias, ouvimos
na televisão qual é a cotação do Dólar e do Euro em relação ao nosso Real.
Esta informação é muito útil para aquelas pessoas que pretendem viajar para
outras partes do mundo ou que pretendem fazer investimentos financeiros.
Neste nosso cantinho, esta informação serve para ilustrar as diferenças entre
os países: nos Estados Unidos, usa-se o dólar como “padrão monetário”
(ou seja, a moeda); na Europa usa-se o Euro, e aqui usamos o Real. Talvez
alguns de vocês saibam que há apenas alguns anos, atrás não existia o Euro!
Cada país europeu tinha a sua própria moeda local, tais como o Marco
alemão, a Lira italiana, o Franco francês , e etc. As razões que levaram estes
países a unificar suas moedas não são agora relevantes, mas esta variedade
de moedas nos ajuda a entender como funcionava o sistema de unidades
físicas há algum tempo...
HISTÓRIA DO METRO
9
Física Básica
10
Introdução à Mecânica Aula 1
do mar Mediterrâneo. Em setembro foi declarada a república. A revolução
francesa estava a todo vapor. Em apenas alguns meses a França entrou em
guerra com a Inglaterra, Áustria, Prússia, Holanda e Espanha; Luis XVI já
havia sido executado e a violência se disseminava pelo país. Em tal clima
os pesquisadores eram presos regularmente.
Em oito de agosto de 1793, a Convenção Nacional destituiu a Aca-
demia de Ciências por não considerá-la republicana! O comitê de Segurança
Pública, no entanto, continuava com seus trabalhos e precisava da ajuda dos
membros da Academia, e, por istso, convenceram a Convenção a criar uma
comissão nova e temporária (Commission temporaire des poids et mesures
républicains) com os mesmos membros. Em novembro, Lavoisier foi preso,
a comissão pediu a sua libertação, o Comitê respondeu expulsando mais
cinco membros da comissão, incluindo aí Delambre. Notando para onde
soprava o vento, a comissão passou a fazer denúncias revolucionárias dos
antigos pesos e medidas. Delambre achava que eles deveriam abandonar
o projeto completo de medir um meridiano e apenas aceitar o metro pro-
visório.
Mas a guerra exige o uso de mapas. Um cartógrafo militar que também
era Jacobino foi designado para fazer os mapas. Como precisava de pessoal
treinado, ele trouxe Delambre e Méchain de volta a Paris.
Em sete de abril de 1795 foi dada a ordem estabelecendo os nomes
que conhecemos hoje (metro, litro e grama) e também restabelecendo a
comissão (exceto Lavoisier que havia sido guilhotinado no ano anterior...)
para reiniciar as medidas para o metro.
Delambre terminou sua parte no segundo semestre de 1797, mas Mé-
chain ainda precisava chegar a Rodes, o que só foi possível, devido à sua
saúde, em setembro de 1798.
Neste ponto, excetuando-se pelos lados de dois triângulos, apenas
ângulos haviam sido medidos: os ângulos de triângulos contíguos que iam
desde Dunquerque até Barcelona. Se qualquer um dos lados destes triân-
gulos fosse conhecido, então as dimensões de todos os outros poderiam
ser calculados, e, a partir deles, a distância ao longo do meridiano.
Em 28 de novembro de 1798, os franceses organizaram um painel
internacional de especialistas de vários países. Um dos comitês consistiu de
quatro pessoas, onde cada um deles calculou o comprimento do metro a
partir das medidas de Delambre e Méchain. Seus cálculos tiveram resultados
idênticos. O metro foi estabelecido como sendo uma parcela desta distância.
Hoje em dia o quadrante da terra pode ser calculado com relativa facili-
dade utilizando satélites. Estas medidas indicam que o metro é na realidade
algo em torno de 0,2 mm menor que um décimo milionésimo do quadrante
da terra. O fato realmente impressionante deste fato não é que o metro
não corresponde à sua concepção original, mas que dois pesquisadores do
século 18 pudessem chegar tão perto!
11
Física Básica
12
Introdução à Mecânica Aula 1
drão, redefinindo o metro como sendo “o comprimento equivalente a
1 650 763.73 comprimentos de onda no vácuo da radiação correspondente
à transição entre os níveis 2p10 e 5d5 do átomo de Kriptônio 86.”
O SISTEMA INTERNACIONAL
13
Física Básica
METRO
QUILOGRAMA
14
Introdução à Mecânica Aula 1
SEGUNDO
KELVIN
AMPÈRE
CANDELA
15
Física Básica
MOLE
ATIVIDADES
I. Até aqui nós discutimos como a rotação da Terra ao redor de seu eixo
foi utilizada para definir a unidade básica de tempo. Que outros tipos de
fenômenos naturais poderiam ser usados como padrão alternativo?
II. Suponha que os três padrões fundamentais do sistema métrico fossem
comprimento, densidade e tempo, ou seja, trocando a massa pela densidade.
O padrão de densidade deste sistema seria definido como sendo aquele da
água. Que tipo de considerações deveriam ser feitas para se assegurar que
o padrão de densidade da água seria o mais preciso possível?
POTÊNCIAS DE DEZ
16
Introdução à Mecânica Aula 1
que pois ainda vai demorar duas candelas. Ou ainda, que a massa do seu
sobrinho seja espantosa: 14 ampères.... Algum cuidado deve ser tomado, no
entanto, quando comparamos tempo e espaço: pode-se calcular distâncias
em unidades de tempo, e vice versa?????
Após este preâmbulo, podemos iniciar o que se chama notação cientí-
fica, ou de potência de 10. Aqui simplesmente nos rendemos ao fato de que
o universo é grande demais, quer olhemos para as estrelas, quer olhemos
para os átomos. Como já vimos anteriormente, algumas das constantes físi-
cas mais importantes são: ou números muito grandes (milhões de bilhões,
etc.) ou muito pequenos (milionésimos de bilionésimos). Para escrever estes
números é então necessária a utilização de um número pavoroso de zeros!
Por exemplo: a distância entre Aracaju e Salvador é de apenas (aproximada-
mente) 350 quilômetros, certo? Mas, ao utilizarmos o SI precisamos utilizar
metros, que correspondem a um milésimo do quilômetro.
Deste modo, dizemos que a distância entre Aracaju e Salvador é
de 350.000 metros! A distância média da Terra à Lua por sua vez é de
380.000.000 metros! Para poder dar fim a esta quantidade absurda de ze-
ros utilizamos as potências de dez. Estas potências aparecem da seguinte
maneira: os algarismos significativos (cuja definição veremos logo mais)
aparecem com uma única casa antes da vírgula. Os zeros que apareceriam
à sua esquerda ou à sua direita são substituídos por potências de 10, lem-
brando que:
Fica fácil ver então que a distância da Terra à Lua pode ser definida
da seguinte maneira:
17
Física Básica
18
Introdução à Mecânica Aula 1
O processo de conversão de um tipo de unidade para outro é bastante
simples. O número original, digamos 1200 metros deve ser convertido em
quilômetros. Para proceder a conversão, multiplicamos e dividimos este
número por 1 quilômetro:
ATIVIDADES
Cada uma das conversões abaixo tem um erro. Em cada caso explique
qual é o erro:
I.
II.
19
Física Básica
II. Neste caso as unidades foram colocadas nos locais corretos, mas
1 m corresponde a 100 cm, e não o contrário!
ANÁLISE DIMENSIONAL
Em um futuro muito próximo, nós começaremos a resolver problemas
de física. Em muitas circunstâncias, você precisará determinar um valor
numérico e também a unidade utilizada. Geralmente o valor numérico não
é difícil de obter, mas a unidade geralmente dá algum trabalho. A Análise
dimensional o ajudará a determinar a unidade de uma dada variável em
uma equação e pode até mesmo ajudá-lo a determinar se uma equação que
você derivou está correta. Até mesmo um pequeno erro de álgebra poderá
ser detectado porque ele geralmente leva a uma equação que é dimension-
almente errada. Ao trabalho: a maioria das quantidades pode ser expressa
como combinações de cinco dimensões básicas:
20
Introdução à Mecânica Aula 1
· Massa – M;
· Comprimento – L;
· Tempo – T;
· Corrente Elétrica – I;
· Temperatura - θ.
Estas dimensões foram escolhidas porque são facilmente mensuráveis.
Note que dimensão não é o mesmo que unidade! Por exemplo, a quantidade
física conhecida por velocidade pode ser medida em unidades de metros por
segundo, milhas por hora etc., mas independentemente das unidades utiliza-
das, a velocidade corresponde sempre a um comprimento dividido por um
tempo. Por issto, dizemos que as dimensões da velocidade são comprimento
dividido por tempo, ou simplesmente L/T. De maneira análoga, podemos
dizer que a área tem dimensões de L2, uma vez que a área sempre pode ser
calculada como sendo um comprimento vezes outro comprimento. Antes
de prosseguirmos, é importante que tomemos conhecimento de algumas
grandezas físicas e suas unidades padrão, assim como suas relações com as
unidades fundamentais.
21
Física Básica
ATIVIDADES
a) Aresta ( )
b) Área ( )
c) Volume ( )
22
Introdução à Mecânica Aula 1
COMENTÁRIO SOBRE AS ATIVIDADES
CONVERSÃO DE UNIDADES
23
Física Básica
24
Introdução à Mecânica Aula 1
CONCLUSÃO
RESUMO
25
Física Básica
PRÓXIMA AULA
REFERÊNCIAS
Douglas C. Giancoli. Physics for Scientists and Engineers. 3ed. New Jersey:
Editora Prentice Hall, 2000.2. Hugh D. Young e Roger A. Freedman. Física
I – Mecânica. 10ed. São Paulo: Editora Addison Wesley, 2003. Tradução
de Adir Moysés Luiz.3. Frederick J. Keller, W. Edward Gettys e Malcolm J.
Skove. Física, São Paulo: Editora Makron Books, 1997.Vol 1. Tradução de
Alfredo Alves de Farias4. Robert Resnick, David Halliday e Kenneth
S. Krane. Física 1. 5ed. Rio de Janeiro:LTC Editora, 2003. Tradução de
Pedro M. C. L. Pacheco, Marcelo A. Savi, Leydervan S. Xavier, Fernando
R. Silva.
26