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Administração Financeira de 1981 a 1994

Dicotomia entre os Ortodoxos e os Heterodoxos.

● Os Ortodoxos tinham a posição de que para diminuir a inflação e com isso a


estagnação econômica se devia diminuir o deficit publico( relação entre divida/PIB).
O Estado não pode gastar mais do que arrecada através de impostos. Contra Emissão
Monetária.
● Chamados de Neoestruturalistas, defendem o corte de gastos públicos para eles, fator
para a inflação inercial, pois diminuiria a NFSP(Necessidade de financiamento do
setor público)
● A tese perdurou até 1983, após a crise da dívida externa o Brasil pegou empréstimo
com o FMI.
● Já a Heterodoxia seguia caminho oposto, e tinha como solução para a inflação a
intervenção direta do Estado nos preços.

AS NFSP(1980/1994)
● Desenvolvimento de um termômetro para medir um déficit, com muita dificuldade
visto que se tinha defasagem nas informações, irregularidades nos dados, falta de
confiabilidade nas estatísticas e o fator inflação.
● FMI e governo brasileiro tinham métodos de calcular o déficit diferentes, sendo o
brasileiro levando a inflação em conta. Que só foi resolvido na década de 90, quando o
BC fazia relatórios bimestrais.

Redemocratização e problema do Déficit Público:


● Problema do endividamento, componente macroeconômico e fiscal/monetário.
● Os seis Planos de estabilização:
- Plano Cruzado(1986): Lançado em 28 de fevereiro de 1986 tinha como
função, diminuir a inflação e foi bem recebido pela população(Fiscais do
Sarney) muito pelo congelamento de preços, aumento dos salários e poupanças
para ser de acordo com a inflação. Porém o aumento do consumo fez aumentar
a necessidade de importação aumentando o déficit público.
Se teve o “Cruzadinho” com a intenção de frear o consumo e aumentar o
superávit público, ou seja, sendo uma política de ajuste fiscal, para ser o
dinheiro para aumentar em 7% o PIB.
O cruzado 2 ao reajustar os preços congelados fez com que toda a inflação
maquiada com o congelamento de preços voltasse de forma acumulativa (cerca
de 120%)
Motivos para o fracasso:
1) Congelamento dos Preços sem prévio alinhamento e sem disciplina
salarial;
2) Menor tributação de Renda em um período de crescimento acelerado
do consumo;
3) Taxas de Juras Baixa;
4) Rigidez Cambial incompatível com a necessidade de manutenção de
saldos elevados contas externas;
5) Monetização acelerada da economia, em oposição a desejada
estabilidade dos preços;
6) Confiança na inflação Zero paralela a crescente expectativa de inflação
corretiva.
7) Inexistência de qualquer plano para o abandono gradual do
congelamento dos preços.
- Plano Bresser(1987): Em Junho de 1987 o então Ministro da Fazenda Bresser
Pereira, propôs o plano de choque inflacionário e diminuição do déficit
público(Plano Ortodoxo) com redução da escala móvel de salário.
Também decretou congelamento dos preços, mas também dos salários e em
acordo aumentou o preço antes do congelamento em cerca de 30 a 50 % de
diversos itens básicos.
Futuros reajustes salariais foram indexados a Unidade de de referências de
preços(Tabelamento), aluguéis foram congelados também.
Curto prazo, taxa de juros altas, e desvalorização do Cruzado. Embora mais
flexível administrativamente, não houve efeito no combate à inflação.
Possíveis motivos foram a falta de confiança política, e apoio popular visto que
os salários foram congelados.
Mesmo com a tentativa do pacto social, o plano falhou.
- Plano Verão(1989): Em 14 de Janeiro de 1989 O plano Verão tentou ser um
programa Híbrido juntando o método ortodoxo e o Heterodoxo, com o fim do
tabelamento via URP sendo negociados via Patrão e trabalhador, alta das taxas
de Juros, Congelamento de Preços com aumento prévio da itens básicos.
Nova Moeda com valor igual ao Dólar, o Novo Cruzado com o objetivo de
aumentar o poder de compra da população.
O plano Ousado acabou falhando, por conta da falta de confiança no governo
que logo iria acabar visto que se teria as primeiras eleições livres,
Congelamento de preços mais uma vez fracassa e a hiperinflação se tornava
uma realidade.
- Plano Collor 1(1990): EM 15 de Março de 1989 Collor de Mello toma posse
como presidente com o plano de choque deflacionário, onde ele por 18 meses
confiscou a poupança de pessoas físicas e jurídicas que tinham acima de 5 mil
cruzeiros a fim de desestimular o consumo.
A moeda voltou a ser o Cruzado sendo de 1 para 1 com o Novo Cruzado.
Também liberalizou a economia para importações, diminuindo impostos e
taxas, a fim de globalizar a economia e obrigar a indústria brasileira a se
modernizar, o efeito foi o fechamento de diversas indústrias e empresas.
- Plano Collor 2(1991): Durou Pouco tempo pois foi o momento em que Collor
renuncia após diversos escândalos de corrupção envolvendo membros de seus
gabinetes. O forçando a demitir a Antiga ministra Zélia Cardoso para o
Ministro Marcílio Marques Pereira, que deu fim ao choque deflacionário
colocando em pratica a inocua economia Ortodoxa novamente.
- Plano Real(1994): Após a renúncia do Collor seu vice Itamar toma posse,
sendo um político conhecido em Minas Gerais, ele iniciou o plano do Cruzado
Real que não funcionou e em 1994, o Plano Real se inicia.
O ministro da Fazenda era o Fernando Henrique Cardoso.
O real consistia em ter duas moedas em circulação a URV que era total volátil
as mudanças cambiais e inflacionárias e o Real que tinha paridade 1 para 1
com a URV, assim trazendo confiança no Real e o fator alta da taxas de Juros
fez a inflação diminuir e o Real conseguir se firmar.
O fato de se conseguir pensar em longo prazo e o preço estável fez com que o
consumo médio das famílias aumentasse, gerando efeitos políticos que foi a
eleição de FHC à presidência, e o plano de neoliberalização da economia.
● Problema de diagnóstico; O governo brasileiro não conseguia ver a urgente
necessidade de ajuste fiscal. Pois seguia exemplos de países endividados mas que a
sua inflação não aumentava(Sem entender o caráter daquela dívida)
● Questão Política, com a conjuntura frágil para se fazer reformas.
● Mudanças institucionais: Melhoria na transparência das contas públicas, Constituição
de 1988(Que limitou manobras econômicas), e aumentou o gastos públicos com a
descentralização das funções sociais.

● Algumas consequências do Plano Real

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