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PARADIGMAS DO ENSINO DA LITERATURA Rildo Cosson editoracontexto Gem Ta een om ae Pep eas Oita SSatovssss ans a OO (ne ct ioe Boner fa aca INTRODUGAO (© PARADIGMA MORAL GRAMATICAL. (© PARADIGMA HISTORICO: NACIONAL, Os concetos Acrpanizagio Apritia (© PARADIGMA ANALITICO*TEXTUAL... a7 O paradigma da formacio do leitor Noses cipitation ‘Nag rr eco eeu ane eee ‘hn as. Ace nein repugnant eno aru ous ean siden parade guste po ttn nero cen Ct ha ito ets pon ry Se, agen uname eco pcm rong ergo pore gre oe yo ua dear etlumonte Odin tp emt “doraen posectecorass Jeo Wade Ge etm deseo prog ‘Langa em 1989, com roteto de Tom Schulman, drei de Peter ‘Wire protagonizado por Rabin Wiliams o filme Sociedade des poets ‘mortosteve um enorme sucesso crtcoe comercial, eeebendo 0 Oscar 1a categoria de Melhor Roteiro Origin, adm de ter sido indicado em ‘utes categoras, Para adm dessa ede outs premiagds, 0 sucesso do ‘me tem se prolongado por uma audiéncia escolar que ofr um cli cons dea de edcagio, Aparentemente, a naratvacentrada na figura singular de um professor deteratra era clip ‘final dos ano 1950, tem muito dizer sobre ensno,O professor John Keating desi seigida rgeas de ensino da institulgd com pitas Aiditicaspoucoortodona por meio daleturalive de poemasincentiva seus alunos as libertarem do que Ihes impée a sociedade ebuscarem autenticidade para sus vidas, pratcando o carpe diem horaciano, ‘Asis ese filme com meus alunos em um ciclo de estudos sobre eraturae cinema da Faculdade de Educagto¢ cles me rlataram que sa era a sogunda ou tereira ver que a pelicula era exbida com fins eterno masciline 128 rns ns pedagigcos. Também sel por eolgas que Sociedade dos poctas mort { moeda corrente em cursos de Pedagogae Letras de diversas insti ses de ensino superior, escolas de ensio médio, cursos de educagio 4e jovense adultos e outosespacoseducatves. A exibgio tem uma ampla gama de apicagSes, podendo serie de moivaco parase discutir, a representagio de professores em fllmes,pitica didtias alternativas, Jigar do docente na herargia da escola, autoformagdo dos alunos e cout tantasquestes de order temic 'Nocampo do ensno da erature Soldade ds poetas moras {em a comumente empregad praiusrar eda suporied defesa do lve ‘scesodoaluno a texto itera, mas especfcamente letra semaine isso decricoshistridores,repraspodtics casas aniisese do ‘mals quettadicionalment tem consid o process de exolrizaio da ertura Para tanto, rs episdios so usualmente dstacades, ( primetro dels reine as cenasem queo profesor Keating ncentiva seus alunos aasgarem um ensio critica que sbre a antologi de poemas sdotada na escola, Tanto fisica quanto simbolicamente,o que profesor comanda a destrugio da tradi e da ordem estabelecdasobo arg ‘mento de que precisa fazer uma eta mals diretaeemocionalmente engajada dos poemas. Ness episbdio, Keating também reel a seus alunos oqueentende seo seyredo de todo poems, de toda obvaliteriia, deoda at: eles no so tes como podem se 0 textos tenicos, sua importnei reside no fato de que tratam da condigao humana, por iso ddever ser ids como experincias de id, ‘segundo eps, que responde mais cntalmente ao to dome, x reconseuio, pels skins, da sociedade dos poets mors, mencio- ada pelo professor em referécia a seu tempo de extadante Nese 350, ‘esse einem em aa caver nos arredores da escola paraem reunies oturnas,recitarem poemas asim, encontrar nos verso que Teem a forga de qu precisam paras afiemar como individos. Tatas de wm cxecici de letra autnoma em que ot propris alunosesothem seus textos oem a porque iso far parte de areas escolar, mas porque ‘spoemasdizem alguma cosa para ees maguele momento de suas vidas. nto tng ty 129 ‘teri epi, que sna verdadeaconjgago de dss dfrentes ‘cenas, comega com a apresentagio de Shakespeare eta plo profesor “Keating, em que trechos da obra do autor inglés sho misturadose de- ‘amados em wa performance dramitice qu leva os alunos 20 so, sugerindo uma total dessacralizagio do grande poeta A avidade do profesor é centrada exlusivament na letra da obra eo na sua ex cao anise ou apliago de um saber iterdro ou de outa disciplina [Na continsidade, o pressor sobe em sua mess ¢incentva os alunos segui-lo pare que vjam as cosas de uma poscio diferente daquelae que «sti habituados, urge qu, aolerem stextos, no devem spreocupat com 0 que o autor dz, mas sim com que les prdipeis pensam sobre 0 texto, promovendo a autoridade do eto sabre ado autor do texto, ‘Osensinamentos do profesor Keating seus desdobramentos pre sentados deforma tio enfitica no filme podem serfacilmenteassociados 20 que vou equi denominar de paradigma da formagio do leitor ou da frulgo.Teata-sede um paradigma que funciona como um guseda-chuv, secobrindo uma sri de proposts trea prtias escoares algemas ‘ud divergentes ent si, em temitiss diversas, como aprendzagem da «scrta, hibit de leitura, manusei de impressos e gosto iteréro. O que stravests todas elas garetindo a unidade do paradigms &aloalzagio do ensino escola da teatura como sino de formagio do letor por melo dessa Idenidade gral que busco aprsentar os elementos onsituidores do paradigms da formagio do leitor nos tpicas a sept (08 CONCEITOS A concepcio de literatura Em principio, a concepedo deIteratura presente no paradigma da formagdo do lor esende o rétulo de Ieririo a um vaso corpo de textos esritos que circulam dentro fra da escola em um alargamento bastante generosodacategoria So considerads iterdrostextosrmitos iversos que vio desde os vos-brinquedos tos parabebésatéas obras 150 nye ieee candnicas das iteraturasnacionais, passando pelos econtos da traigao foral eadeptagdes ds clissicos,gdners patlelos ou hibridos, como rncas¢histrlas em quadrinhos,cangBes populares eantologias de onde vrs de imagens romances em sre, memériase biografns. Em ‘uma, praticamente toda a sorte de impressos que participa de alguma forms do mundo fecional ou pottico. Talalagamentotraz para oambienepr-esoar eesolar uma pletors detextos anes ignorados oa deixads de ado, dando ao profesor uma {grande lberdade para ust-los conforme sas necesidades dditcas ou Tnteresse de seus anos. Alm dist, como a formagio do leitor passa ser consierada un processo complexoe de longa duragio, uma vez {ques ica com os Debts J nas crechese val até a vide adult, essa mulipicidade dos textos Iiterdrios ¢ Fundamental para 0 sucesso da ‘escola que precsn ferecer textos adequados aos diferentes periodos do desenvolvimento fisic e neletual do aluno “Tdava, a generosidade do paradigma da formagdo do leitor em considerae un campo tio amplo tem conteapatias que, onal termi ‘am poresabelecerfronterselimitagbes para oconceito de teratra E assim qu, pats dar conta de tantos eto dversos texto, costumase segmentilos por fsa etiris e perodos deensino. Esso que acon. tece, por exempl, quando editors, livrarias sits dedicados &lltura, editas de compras governamentas e as propriasbibliotcasescolares Aeterminam, organiza e apresentam os textos conforme a Wade dos alunos oo periodo de ensino,qwando ado adotam uma conjugago de ambos o rts “Talsegmentasio¢largamente diseminadaejustfcada por meio de ligagbescom apscologa do desenvolvimento eda aprendizagem,sendo ‘onsiderada uma forma relevant de orentagio para pals epofessores hadi tarefadeseleciona textorem um oceano de publicaces. em 1943, Lourengo Filho sugerla que o dveros textos que compunham a teratura infantil fossem organizados segundo a axa etisia dascriancas, reservando os lbuns de gravuras para criangas de 4a 6 aos, os contos de fads e narativas simples para as de 6 € 8 anos 28 nstatvas mais Om beets 131 longas paras de 10, ebiografias romanceadas,istrias de viagem € aventuras praas de 10212 anos. Aparentmentepositva por auxiiar em termos pragmatics eine

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