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Printed by: gabscortegagnal 6@gmail.com. Printing is for personal, private use only. No part of this book may be reproduced or transmitted without publisher's prior permission, Violators will be prosecuted. Epitélio Oral (Externo) O epitéli oral, ou extern, cobte @ crista ea superficie exterior da gengiva live e a superficie da gengiva inserda. Em média, 0 epitéo oral mede de 0,2 a 0,3 mm de espessura, é queratinizado, paraqueratinizado ou pode aprosentar varias combinagSes dessas condicées (Figura 3.14), no entanta, a supecfice predominante ¢ paraqueratinizada.=*"™ © epitetio oral @ composta por quatro camaéas: estrato germinative (cama basal), estrato espinhoso (camada de células espinhosas) estrato sranuloso (camada granular) ¢ estrato cérneo (camada cérea). ‘epitéic (E) € 0 tecide conjuntivo subjacente (0). No epitetio, o material licoproteicd ¢ encontrado nas céluias e nas membranas*telulares das ‘crrmas speci queainbslion (9 orcanaderaijarurigngranliggg?O tocko expr tcraprommats ap AG tna cifusa © amorfa = fas colagenas. As pavedes des vasos Sanguineos destacam-se caramente nas projeqes papilares‘dotecdo conjuntvo e y s Figura 2.13 Gongiva normal humana corada pote mStodo tistoquimico de > petiBdco do Schif. A membrana basal (2) Systa onto 0 Figura 3.14 Vaviagées no eptéio gengival. (A) Queratinizado, (B] Ndo queratrizedo. (C) Paraquetatinzado. Camada queratinzada (H), ‘camada grantiar (G), amaca espinhosa (P), cameada basal (Ba). celuas Supeiias acnaiadas (S), camada pararquerattica (PA). Printed by: gabscortegagnal 6@gmail.com. Printing is for personal, private use only. No part of this book may be reproduced or transmitted without publisher's prior permission, Violators will be prosecuted. Epitélio Sulcular © epitétio sulclar recobre 0 sulco gengival (Figura 3.15), Ele se apresenta como um epitéio escamoso estatificado no queratinizado, fino, som prolongamentos, que se estende desde o limite coronal do epitéio juncional até acrista da margem gengival (Figura 3.16) e geralmenie exibe muitas células com degenerac2o hidropica.” Apesar dessas caractersticas morfologicas e quimicas, o epitéio sulcular tem o potencial de queratinizar se for refletido & exposto a cavidade oral“ ou se a microbiota bacteriana do sulco for completamente climinad,® De maneira oposta, 0 epitélio extemo perce a sua quoratinizagao quando 6 colocada em contato com o dente. Esces achadas sugerem que a iritag3o local do sulco impede a queratinizagdo sulculas jal vlad para o dente em um suc, genial normal cos sporsos ©) o algun lauesekot omargontes (L). Figura 3.5 tmagem por miciescopia letrice de varedura da Supeticke humana. © opin (Ep) mostra eelulas om procosso do deceamaga, alg 1.000%) 7 Figura 2.16 Espécime do biopsia humana embebida em epon mostra um sulco gengval relatvamente normal. A paredo de toca mole do sulca gengival ¢ composta de epiteio sulcular ora (ose) & seu 12cido coajundve subjacente (a), enquanto a base do sulco gengival ¢ formada Printed by: gabscortegagnal 6@gmail.com. Printing is for personal, private use only. No part of this book may be reproduced or transmitted without publisher's prior permission, Violators will be prosecuted. pola supertcie doseamada do opto juncional (je). 0 espago do eemalto ¢ dolincado por uma estrutura euticular dansa (de). Uma lina de cemarcagao relatvamente aceniuada existe enire 0 eptlio juncional e o epltale sulcular oral (seta) @ varios leucdcitos polimorranucleares (Play) pociem sar vistes atravessando o epitalio juncicral. O suleo contém erirectos sanguineos resultanias da hemorragia ocorida no ‘nomento da biopsia (391 x; deine 55 «). (De Scie S, Youdws R, Page RC: Pe\odontal cisease, ed 2, Flauéifa, 1990 Lea & Feber) © epitélio sulcular é extremamente importante porque pode agir como uma membrana semipermeavel por meio da qual as produtos bacterianos nocivos passam para a yengiva € o fluido gengival penetra no sulco.*” Diferentemente do epitélio juncional, o oi a io sulcular nio é fortemente infiltrado por leucécitos neutnsfilos polimorfcnucleares (PMN) e parece ser menos permaivel Epitélio Juncional © epitsiio juncional, composto por uma banda de epitéiio escamnso estatificado ndo queaifizada semethante a um colarinbo, tem ‘és a quatro camadas de espessura no inicio da vids, porém esse mimero aumenta carta idade para até 10 on mesmo 20 camadas. ‘Alem disso, 0 epitélio juncional se afunila a partir da sua extremidade coronal, qfle pode ter de 10 2 29 células em espessura para ‘uma ou dugs célules em seu término apical, localizado na jungo amelocementiria nds tecidos saudaveis, Essas células podem ser agrupadas em dois estratos: a camada basal, voltada om diregio ao tecid® conjintivo, ¢ a camada suprabasal, que se estonde superficie do dente, © comprimento do epittio funcional varia de 0.25 a 1,95 mm (Figure 3.17) 0 epitsiio juncional & formada pela confiuéncia do epitélio oralém 0 epitéio redurido do esmalte durante a erupcao dentara, contudo © epitélio reduzido do esmalte no & essencial para @ sua formacio, visto que 0 epitélio juncional & completamente restaurado apés a instrumentacao ou tratamento cinirgico da bolsa periodontal ese forma ao recor de implantes epitatio juncional esta aderido 4 superficie dental (2desao epitelial) por meio de uma lamina hasal interna, estando unido ao tecido conjumtive gengival por uma lamina basal extémajcom a mesma estrutura de qualquer outra unido entre tecidos epitelial e conjuntive em qualquer parte do corpo." AA émina basal interna consiste em uma lamina densa (adjacente a0 esmalte) ¢ uma lamina’ Ticida na qual hemidesmossomos esto inserides. Os hemidesmossomos t8m wm papel decisiva na unigo firme das células@ Jamina hasal interna na superficie dental. Dados sugetem que os hemidesméssomos também podem atuar como locals expectficas de transducdo de sinal e, assim, participar da regulagio da expresso» gnica proliferagdo ¢ diferenciagio celular." Filamenios organicos parecem se estender a [Partr do esmalte para a lamina densa. © epitelio juncional adere an cemento afibrilar presente na comoa (geralmente restito a uma ree de 1 mm da juncio amelocementéria)" e ao cemento radicular de modo sefielhante. Foi relatada evidEncihistoqaimica para a presence de polissacarideos-néutros na zona da adesio epitelial.” Os dados também ‘mostram que a lamina basal do epitéio juncional se assemelha aquela cis células endoteliais e epiteliais quanto 3 laminina, mas, difere em relacagedplamina basal interna, que nao tem colégena tipo 1V.'27" Esses acharlos indicam que as células do epitétio juncional estdo‘€nvolvidas na produgio de laminina e desempenhaf 1m papel fundamental no mecanismo de adesio A unio do epitsio juncional ao dente é reforgada pelas ibras gengivais, que ligam a gengiva marginal & superficie dental. Por esse motivo, 0 epitéli juncional e as fibras gengivais sao consideracos uma unidade funcional denominada unidade com a idade, Com relagio ao epitélio juncional, inicialmente pensou,se que somente as células epiteliais voltadas para a lamina basal externa se cividiam rapidamente, no entanto, evidéncias revelam gue um nimero significativo de célisias, como ag células basais a0 longo do tecido conjuntivo, € capac de sinetizar o dcido desoxifribonucleico (DNA), demonstrando, desta forma) sua atividade mitdtica.”"?? (© ripido desprendimento das células remove efetivamente as hactérias que se aderem as células epiteliais e 6, portanto, uma parte Imporiance dos mecanismos de defesa antimigrObiana da jungao dentogengival.”* Estruturas Cuticulares nos Dentés O termo cuticula descreve uma estrutura dcelular fina com uma matriz, homogénea que, as vezes, esté circunscrita por bordas Iineares claramente demarcadas Listgarten™ classificou.as estruturas cutculares em revestimentos de origem do desenvolvimento e adquiridos. Os revestimentos, ‘adquiridos incluem aquéles de origem exdgena como a saliva, as bactéias, ocdlculo e as manches superficiais (Cepitulos 7 € 15). Os rovestimentos de origem do desenvolvimento so aqueles formados nofmalmente como parte do desenvolvimento do dente. Eles Incluem 0 FRE, o@&mento Poronal ea cuticuta dena Apis avfémmecdo completa do esmatte, 0 epitélio amelotiéstico 6 reduzido para uma ou dvas camadas de células que permanecem aderidas & superficie do esmalte por hemidesfiossomos ¢ uma lamina basal. Este ERE representa ameloblastos pré- secretores e células do estrato intermedisrio do orgao do'esmalte, Em algumas espécies animais, 0 ERE desaparece inteiramente © muito rapidamente, colocando, assim, a superficie do esmalte em contato direto com o tecido conjuntivo. As célules do tecido conjuntive depositam, entio, uma fina camada de Cemento conhecida como cemento coronério sabre o esmalte, Em seres humanos, rmanchas finas de cemento afirilar podem sevistas, as vezes, na metade cervical da coro, Andlises de microscopla elewinica hestraram que a cuticula dental & composta por uma camada de material orginico hhomogénco de espessura variével (aproximadamente 0,25 jim) que reccbre a superficie do esmalte, Ela no é mineralizada e nem sempre esta presente, Em alguns casns, ela € depositada em proximidade a juncao amelocementatia, sobre uma camada de cement afibrilar, que por sua vez recobre o esmalte, A cuticula pode estar presente entre o epitéio juncional e o dente, Estudes histoquimicos tultraestruturais demonsiraram que a cuticula dental éproteica™® e pode ser um actimulo de componentos do fluido tecidual."° Fluido Gengival (Fluido Sulculer) ‘A importdncia do fluido gengival € que ele pode ser representado como um transudato ou um exsudato. O fluido gengival contém ‘uma vasta gema de fatores bioquimicos, oferecendo, assim, seu potencial uso como um biomarcedor de diagnéstico ou prognéstico do estado biolégico do periodonto na satide e na doenca"' (Capitulo 16). fluido gengival também contém componentes dos tecidos conjuntive e epitelial, células inflamatérias, soro e microbiota microbiana que habitam a margem gengival ou o sulco (bolsa).™ No sulco saudével, a quantidade de fluido gengival € muito pequena, Durante a inflamacio, no entanto, 0 fluxo do fluido gengival aumenta ¢ a sua composico comeca a se assemelhar Squola de um exsudato inflamatério.® A principal via de difusio do fluido gengival é através da membrana basal, por meio dos espagos Invercelulaes relativamente amplos do epltéio junctional, & depois para o sulco.*® Acredita-se que o fiuido gengival (1) purifique © material do sulco, (2) contenha proteinas plasméticas que favorecem a adesio do epitSlio ao dente, (3) tenha propriedadas antimicrobianas e (4) exerga atividade de anticorpo para defender a Printed by: gabscortegagnal 6@gmail.com. Printing is for personal, private use only. No part of this book may be reproduced or transmitted without publisher's prior permission. Violators will be prosecuted. gengiva, Tecido Conjuntivo Gengival (Os principais componentes co tecico conjuntivo gengival sao as fibras colagenas (em torno de 60% em volume), fibroblastos (5%), ‘sos, nervos e mattiz (aproximadamente 359%). O tecido conjuntivo da gengiva & conlecido como [Gmina prépria e consiste em dduas camadas: (1) a camada papilar, subjacente ao epitslio e que consiste em projacdes papilares entre as cristas epitaliais; ¢(2) uma camada reticutar contigua a0 peridsteo do osso alveolar. © tecido conjantivo apresenta um componente celular e um compartimenta extracelular-€omposto por fibras € substancia fundamental. Assim, 0 tecido conjuntivo gengival é, em grande parte, um tecido conjuntivo fibroso com elementos que se originam iretamente do tecido conjuntivo da mucosa oral, bem como alggumas fibras (dentogengivais) qué se originam do foliculo dental em desenvolvimento.” A substncia fundamental preenche © espaco entre as fibras © as células, é amoifa.€ tem alto teor de agua. & composta por proteoglicanos (principalmente o acido hialurénico eo sulfato de condroitina)'@ @licoproteinas (principalmente a fibronectina). As slicoproteinas sao responsdvels pela fraca reaco da substancla fundamental ao icido perideico de Schiff A fibronectina liga os fibroblastos as fibras e a muitos outros componentes da matriz intaréélulay, ajudando a mediar 2 adeséo e a migragfo celular. A Jaminina, outra glicoproteina encontrada na lamina basal, serve pard aderir a lamina basal as célulasepiteliais. (Os tr8stipos de fibras do tecido conjuntiva sao: colagenas, reitulares e elastcas. © colageno tipo I forma o,grasso da lamina propria e proporciona resisténcia a tragio ao tecido gengival. O colégeno tipo IV (fibra reticular argirofiica) se ramifica entre os fixes de colageno tipo le é continuo com as fibras davtiembrana basal e das paredes dos vasos sanguinog®* O sistema de fibras lasticas é composto por fibras oxitalimicas, elauninicas e elastinas distribuidas entre as fibras colagenas.* Os feixes de fibras coldgenas densamente agnpades que est3o ancorados no cemento acelular de fibras extrinsecas, logo abaixo da porgio terminal do epitelio juncional, formam o tecido conjuntivo de insergio. A estabilidadé desta insergio & o fator-chave na limitagao da migracao apical do epitéliéjincional.” Fibras Gengivais, 0 tecido conjuntivo da gengiva marginal & densamente colagenoso e contém um Sistema proeminente de eines de fibras colagenes chamado de fibras gengfvais, as quais consistem om colfigeno tipo 1!" As fibras gongivais aprosentam as trés seguintes fun¢des: 1. Unie firmement a gengiva marginal contra o cent: 2. Promover tile necesiria para resistr 3s forgas da mastigacSo'sn ser destocala da superticle dental; 3. Unica géngiva marginal livre ao cemento radicular e & gengive inserida adjacent. As fibras gengivais sio organizadas em tés grupos: dentogengivais, circulares e transeptais.“ As fibres dentogengivais sdo aquelas localizadas nas superficies vestibular, lingual e interproximal. Estao inseridas no cemento logo abaino do epitéio juncional, na base do salca gengival Nas supericies vestibular lingual, projetam Elementos Celulares 0 fibroblastic & » elemeaip celular mats preponderante do tecido cofifitivo gengival, Inimetos fibroblastos s20 encontrados entre 0s feixes de fibras. Os fibroblastos so de origem mesenquimal @ de8émpenham um papel importante no desenvolvimento, manutencio € reparo do tecico cofjuntivo gengival. Tal como acorre:no'fecido conjuntivo em outras partes clo corpo, os fibroblastos sintotizam fibras coligenas e elisticas, bem como glicoproteinas wlicosaminoglicanos da substéncia intercelular amorfa. Os fibroblastos também regulam a degradagio do coligeno por meiodi fagocitose e da socregio de colagenases.. 4ao Printed by: gabscortegagnal 6@gmail.com. Printing is for personal, private use only. No part of this book may be reproduced or transmitted without publisher's prior permission, Violators will be prosecuted. Figura 8.20 Diagtama das fbras dentogengivais que se estendem co cemeniy (2) pavala crsta da gengiva, (2) pava a superticie externa # (2) fexiernamente ao penosteo da tabua conical vastbUfa. Fioras circulates (4) sa6 mostradas em seccao transversal sagan remarriage € clinic desta heterogeneldade ainda nao esieja Claro, parece que Isso ¢ necessério para o funclonamento nbrital dos tecldos na saiide, na doenca eno reparo.!* * Os mitatSéitos, qué sdo distrTbutdos por tod 0 or Se Tr te eer -Macrofagos fixos e histiécitas estao presentes no tectdo Conjuntivo gengival como companentes do sistema fagocitico mononuclear Gistema reticuloendotetial) e sio derivados dos mondtites do sengue, As células adfposas e os eosinfitos, embore escassos, também esto presentes na Limina prépria. sawzsza ‘Na gengiva clinicamente normal, pequeris focos de plasmécitos e linfocitos sio enéontrados no tecido canjuntivo, proximos & ‘base do sulco (Figura 3.21), Neuuéfilos podem ser yisios em quantidade relativameme elevada tanto no tecido conjuntivo gengival quanto no sulco, Essas culasinflamatirts estio normalmente presents em, pequenas quanidades na gengiva clnicamente saudivel Reparo do Tecido Conjutitivo Gengival Em racio da alta taxa dé renovagdo, o tecido conjuntive gengival apregeata notavelmente uma boa capacidade regenerativa e de cicatrizagio, Na verdade, pode ser um dos melhores tecidas de cicatrizacio do corpo ¢ getalmente mostra pouca evidéncia de formagaa de

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