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fi ee DESENVOLVIMENTO 4° edicao A 5 Mc © Diane E. Papalia Graw ¢.3 abriela Martorell Le ene SOBRE ODESENVOLVIMENTO HUMANO 2 Capitulo 1 O€studo do Desenvolvimento Humano 2 Capitulo 2 Teoriae Pesquisa 20 INICIO 48 Capitulo 3 ‘AFormagéo de umaNovaVida 48 Capitulo 4 Nascimento e Desenvolvimento Fisico nos Trés Primeiros Anos 86 Capitulo 5 Desenvolvimento Cognitivo nos Trés Primeiros Anos 124 Capitulo 6 Desenvolvimento Psicossocial nos Trés Primeiros Anos 158 ERIZEE] SEGUNDAINFANCIA 192 Capitulo 7 Desenvolvimento Fisico e Cognitivo na Segunda infancia 192 Capitulo Desenvolvimento Psicossocial na Segunda Infancia 228 TERCEIRAINFANCIA 256 Capitulo 9 Desenvolvimento Fisico e Cognitive na Terceira Infancia 256 Capitulo 10 Desenvolvimento Psicossocial na Terceirainfancia 292 TERE ADoLescENciA 320 Capitulo 11 Desenvolvimento Fisico e Cognitive na Adolescéncia 320 Capitulo 12 Desenvolvimento Psicossocial na Adolescéncia 352 Sumario Resumido GETS ADULTEZ EMERGENTE E JOVENS ADULTOS 382 Capitulo 13 Desenvolvimento Fisico e Cognitive nos Adultos Emergentes e Jovens Adultos 382 Capitulo 14 Desenvolvimento Psicossocial nos Adultos Emergentes eJovens Adultos 410 VIDA ADULTA INTERMEDIARIA 438 Capitulo 15 Desenvolvimento Fisico e Cognitive na Vida Adulta intermedigria 438 Capitulo 16 Desenvolvimento Psicossocial na Vida Adulta Intermedidria 466 (GEEET Vion ADULTATARDIA 496 Capitulo 17 Desenvolvimento Fisico e Cognitive na Vida AdultaTardia 496 Capitulo 18 Desenvolvimento Psicossocial na Vida Adulta Tardia 528 OFINALDAVIDA 556 Capitulo 19 Lidando coma Morte eo Sentimento de Perda 556 Glossério 579 Referencias 589 Indice onoméstico 715 Indice remissivo 749 Sumario SOBRE 0 DESENVOLVIMENTO HUMANO 2 Uahufies Ssudlowshscestock Capitulo 1 O€studo do Desenvolvimento Humano 2 Desenvolvimento humano: um campo em constante evolugdo. 3 Estudando ociclode vida 3 Odesenvolvimento humano hoje 3 estudo do desenvolvimento humano: conceltos bsicos 4 Dominios do desenvolvimento 4 Periodos do ciclo devida 5 Influéncias no desenvolvimento 8 Hereditariedade,ambientee maturagdo 8 Contextos do desenvolvimento 9 Influéncias normativas endo normativas 14 Cronologia das influéncias: periods crticos ousensiveis 15 ‘Abordagem ao desenvolvimento do ciclode vida 17 Resumoepalavras-chave 18 Janela para.o mundo Familias deimigrantes 13 Pesquisa em aco Manhés 16 Capitulo 2 Teoria e Pesquisa 20 Questies tedricas bésicas 21 ‘Questio 1:0 desenvolvimento éativo ou reativo? 22 Questio 2:0 desenvolvimento é continuo ou descontinuo? 22 Perspectivasteéricas 23 Perspectiva 1:psicanalitica 24 Perspectiva 2:aprendizagem 27 Perspectiva 3:cognitiva 29 Perspectiva 4:contextual 32 Perspectiva 5: evolucionista/sociobiolégica 33 Métodos de pesquisa 34 Pesquisa quantitativae qualitativa 35 ‘Amostragem 35 Métodos de coleta dedados 36 Avaliando as pesquisas quantitativa equalitativa 37 Modelos basicos de pesquisa 38 Modelos de pesquisa sobre desenvolvimento 42 Etica na pesquisa 45 Resumoe palavras-chave 46 Janela para o mundo Objetivos da pesquisa, transcutural 40 INICIO. 48 narkar/tatestoce Capitulo 3 ‘AFormagao de uma Nova Vida 48 Concebendo uma nova vida 49 Como ocorre a fecundagso 49 Qual €2 causa dos nascimentos miltiplos? 49 Mecanismos de hereditariedade 50 Océdigo genético 50 Oquedeterminao sexo? 51 Padrées de transmissdo genética 52 ‘Anomalias genéticas e cromossomicas 56 Aconselhamento genético etestes 60 Genética e ambiente: influéncias da hereditariedade edoambiente 61 Estudando a hereditariedade eo ambiente 61 Como hereditariedade e ambiente operam juntos 62 ‘Algumas caracteristcas influenciadas pela heteditariedadeepeloambiente 65 Desenvolvimento pré-natal 67 Etapas do desenvolvimento pré-natal 67 Influéncias ambientais:fatores maternos 73, Influéncias ambientals:fatores paternos 80 Monitorando e promovendo o desenvolvimento pré-natal 81 Disparidades na asssténcia pré-natal 81 Resumoe palavras-chave 84 Pesquisa em agio Epigenética: gémeos idénticos que nao saoidenticos 55 Janela para o mundo Cuidados pré-natais em todo o mundo 83 Capitulo 4 Nascimento e Desenvolvimento Fisico nos ‘Trés Primeitos Anos 86 Nascimento e cultura: mudangas no ato de nascer 87 Oprocessodenascimento 89 Etapas do nascimento a9 Monitoramento eletrnico fetal 90 Parto vaginal versus partocesireo 90 Parto medicado versus parto no medicado 91 Orecémnascido 92 Tamanho e aparéncia 92 Sistemas corporals 92 ‘Avaliagdo clinica e comportamental 93 Estados dealerts 94 Complicagses doparto 96 Baixo peso acnascer 96 Pés-maturidade 100 Natimortos 100 Sobrevivénciae satide 100 Mortalidade infantil 100 Imunizagao para uma sadide melhor 104 Desenvolvimento fisico inicial 104 Principios do desenvolvimento 104 Padroes de crescimento 105 Nutrigao 106 O cérebr0 €0 comportamento refiexo 107 Capacidades sensoriaisiniciais 114 Sumario xxv Desenvolvimento motor 116 Marcos do desenvolvimento motor 116 Desenvolvimento motore percepgio 118 A teoria ecolégica da percepgao de Eleanor e James Gibson 119 Como ocorre o desenvolvimento motor: a teoria dos sistemas dinamicosdeThelen 120 Influéncias cultura sobre o desenvolvimento motor 121 Resumoe palavras-chave 122 Janela para o mundo Desnutrigio:os primeiros 1.000 dias 108 Pesquisa em agdo Autismo 111 Capitulo S| Desenvolvimento Cognitivo nos Trés Primeiros Anos 124 Estudando o desenvolvimento cognitive 125 ‘Abordagem behaviovista 125 Condicionamentos cléssicoe operante 125 Membriadosbebés 126 ‘Abordagem psicomética: testes de desenvolvimento e deinteligéncia 127 Testes de desenvolvimento infantil 127 ‘Avaliando 0 impacto do ambiente doméstico 128 Intervengio precoce 128 Abordagem piagetiana 130 Subestigios do estagio sensorio-motor 130 Imitagéo 132 Conceito de objeto 133 Desenvolvimento simbélico, competéncia imagética ecompreensiodeescala 134 Avaliando 0 estégio sensério motor de Piaget 135 ‘Abordagem do processamento da informago 135 Habituacéo 135 Ferramentas de pesquisa com bebés 136 Processos perceptuals 136 Oprocessamento da informagio como indleador deinteligéncia 138 Processamento da informagSo e habilidades plagetianas 138 Avaliando pesquisas em processamento da Informagao 142 ‘Abordagem da neurociéncia cognitive 143 ‘Abordagem sociocontextual 143 Desenvolvimento da linguagem 144 Sequéncia do desenvolvimento iniial da linguagem 145 Caractersticas dafalainicial 149 xxvii Sumario Variagées no desenvolvimento dalinguagem 149 ‘Teorias cléssicas de aquisigSo da linguagem:o debate genética-ambiente 150 Influgneias no desenvolvimento inicial dalinguagem 151 Preparacdo para o letramento: os beneficios da leituraem vozalta 153 Resumoe palavras-chave 155 Pesquisa em ago Bebés, criangas pequenas eastelas 139 Janela para o mundo Letramento ¢ lvro 154 Capitulo 6 Desenvolvimento Psicossocial nos TrésPrimeiros Anos | 158 Fundamentos do desenvolvimento psicossocial 159 Emocées 159 Temperamento 163 Asprimeiras experiéncias socials: familia 166 Genero 168 Questies desenvolvimentais durante 0 primeito ano 170 Desenvolvendoaconfianga 170 Desenvolvendocapego 170 ‘Comunicagéo emocional com os culdadores: regulagiomitua 175 Referenciagio social 175 Questées desenvolvimentais do 1°20 3°ano 177 ‘Aemergéncia do senso de identidade 177 Desenvolvimento da autonomia 178 Desenvolvimento moral: socializagso€ intemalizaggo 179 Relacionamentos com outras crangas_ 182 irmaos 182 Pares 183 Fithos de pais que trabalham fora 183, Efeitos do trabalho dam3e 183 Servigosdecreche 184 Maus-tratos:abusoe negligéncia 186 Maustratos na primeira infancia 186 Fatores contribuintes:uma visio ecolégica 187 ‘Ajudando familias com problemas 188 Efeitos dos maus-tratos alongo prazo 188 Resumoe palavras-chave 189 Pesgnilse em acto Depressio pés-partoe desenvolvimento inicial 176 Janela para o mundo As brigas entre irmaos s80 necessérias? 179 totsres/cenylnages Capitulo? Desenvolvimento Fisico e Cognitive na Segunda Infancia 192 DESENVOLVIMENTO FISICO 193 Aspectos do desenvolvimentofsico 193 Crescimento e alteragio corporal 193 Padres edistarbios do sono 193 Desenvolvimento cerebral 196 Habilidades motoras 196 Satide e seguranga 198 Obesidade 198 Subnutriggo 199 Alergias alimentares 200 Satidebucal 200 Mortes elesdes acidentais 201 A satide no contexto: influéncias ambientais 201 DESENVOLVIMENTO COGNITIVO 205 ‘Abordagem plagetiana:a crianca pré-operatéria 205 ‘Avancos do pensamento pré-operatério 205 ‘Aspectos imaturos do pensamento pré-operatério 208 Teorladamente 210 ‘Abordagem do processamento da informacéo: meméria 213 Processos e capacidades bisicos 214 Reconhecimento elembranga 215 Formacdo e retensao dememéria da infancia 215 Inteligdncias: abordagens psicométrica e vygotskiana 216 Medidas psicométricas tradicionais 216 Influancias sobreainteligéncia medida 217 ‘Teste e ensino baseados na teoria de Vygotsky 278 Desenvolvimento dallinguagem 219 Vocabulério 219 Gramiticaesintoxe 219 Pragmitia e discutso social 220 Discurso particular 220 ‘rao no desenvolvimento dallinguagem 220 | Preparagéo paraa alabetizacéo 221 Midiaecognigb0 221 Educagiona segundainfancia 222 Tiposdepré-escola 222 Programas pré-escolares compensatérios 223 Actianganapré-escola 224 Resumo.epalavras-chave 225 Pesquisa em acio Seguranga.limentar 199 Janela para o mundo Sobrevivendo aos primeitos cincoanosdevide 203 | Odesenvolvimento do self 229 Oautoconceito eo desenvolvimento cognitive 229, Autoestima 230 Regulandoemorées 231 Compreendendo emogées 232 Erikson: iniclativa versusculpa 233 Genero 233 Diferencasdegénero 233 Perspectivas do desenvolvimento de género 234 - Brincadeira 240 Nivelscognitivos do brincar 241 Adimensio social do brincar 242 Géneroe brincadelra 243 Culturae brincadeira 244 | Parentalidade 244 Formas dedisciptina 245 Estlos de parentalidade 246 ‘Questées comportamentais especiais 248 Relacionamentos comoutras criangas 251 Relacionamento entreimaos 251 Ofiho nico 252 | Colegase amigos 253 Resumoe palavras-chave 254 Pesquiss'em agéo Anatureza adaptativa das brincaderas 241 Janela parao mundo Segregacao por idade versus brincadeiras com participantes de mditiplas idades 253 Sumério xxvii TERCEIRA INFANCIA 256 ‘Ado GrayBarsoh inages/rcof MedalGety mages Capitulo 9 Desenvolvimento Fisico e Cognitive na Terceira Infancia 256 DESENVOLVIMENTO FISICO 257 ‘Aspectos do desenvolvimento isico 257 Altura peso 257 Desenvolvimento dos dentes e cuidados dentarios 257 Nutisdo 258 Osono 258 Desenvolvimento cerebral 259 Desenvolvimento motor eatividade fisica 260 Saude, condigio fsicae seguranca 262 Obesidade eimagem corporal 262 Outras condigées médicas 264 Lesdesacidentais 266 DESENVOLVIMENTO COGNITIVO 266 ‘Abordagem piagetiana: a crianga operatério- -concreta 266 Avangoscognitives 267 ‘Abordagem do processamento da informagao: Planejamento,atencio ememéria 270 (O desenvolvimento do funcionamento executive 270 Atengdo seletiva. 271 Memériadetrabalho 271 O desenvolvimento de estratégias de memorizagio 272 ‘Abordagem psicométrica:avaliagSo da nteligéncia 273 Acontrovérsia sobre 0! 273 Influéncias sobre ainteligéncia(Q) 274 Hé mais de uma inteligencia? 275 Outras tendéncias em testes de inteligencia 278 xxviii Sumério Linguageme alfabetizagio 278 Vocabulério, gramsticaesintaxe 278 Pragmética: conhecimento sobre comunicagso. 279 Aprendlzagem de uma segunda lingua 279 ‘Aifabetizag3o 280 Actiancanaescola 281 Influéncias sobre o desempenho escolar 281 Educa¢ao de criangas comnecessidades especiais 285, CGriangas com problemas de aprendizagem 285, Griangas superdotadas 287 Resumoepalavras-chave 289 Pesquisa em ago As bonecas Barbie ea imagem corporal dasmeninas 263 Janela para ormundo CulturaeQ! 276 Capitulo 10 Desenvolvimento Psicossocial na Terceira Infancia 292 Oselfem desenvolvimento 293 Desenvolvimento do autoconceito: sistemas representacionais 293 Produtividade versus inferioridade 293, Crescimento emocional 294 Actlancanafamilla 295 lima farniiar 295 Estrutura familiar 298 Relacionamento entre imaos 304 Actianga no grupo de pares 305 Efeitos positivos e negativos das relagdes entre pares 305 Géneroe grupos de pares 306 Popularidade 306 Amizade 307 Agressio e intimidagéo (bullying) 308 Sade mental 313 Problemas emocionals comuns 313, Técnicas de tratamento 315 Resiiéncia 316 Resumoe palavraschave 318 Janela para o mundo Bullying: um problema mundial 312 Pesquisa em ago Experiéncias infantis com ataques terroristas 317 (EEA Avotescencia 320 SoStoc/E4/Gery ages Capitulo 11 Desenvolvimento Fisico ¢ Cognitive na Adolescéncia 320 ‘Adofesctncia: uma transigao no desenvolvimento 321 ‘Aadolescéncia como uma construsio social 321 ‘Adolescéncia: uma época de oportunidades e riscos 321 DESENVOLVIMENTOFISICO 322 Puberdade 322 Como comega a puberdade:alteragdes hormonais 322 Tempo, sinals.e sequéncia da puberdade edo amadurecimento sexual 323, CConsequéncia do inicio do desenvolvimento puberal 325 Ockrebro do adolescente 326 Sauidefisicaemental 328 Atividade sica 328 Necessidades e dstirbios do sono. 329 Nutrgio etranstomos limentares 329 Uso eabuso de drogas 333 Depressdo 335 Mortenaadolescéncia 336 DESENVOLVIMENTO COGNITIVO 337 Aspectos do amadurecimento cognitivo 37 Estéglo operatério formal de Piaget 337 Aspectos imaturos do pensamento adolescente 338 Desenvolvimento dalinguagern 340 Raciocinio mora: teorla de Kohlberg 340 ‘ética do culdado: a teoriadeGiligan 343 Comportamento pré-social 343 ‘Questées educacionais evocacionals 344 Influénelas sobre odesempenho escolar 344 ‘Abandono da escola 347 Preparagao para a educacao superior ou as vocactes 349 Resumoe palavras-chave 350 Janela para omundo Cultura e co isa em ago Adolescentes e multitarefa de Capttulo 12 “Desenvolvimento Psicossocial na ‘Adolescéncia 352 | Abusca da identidade 353, | Identidade versus confusio deidentidade 353 | Estados de identidade—crisee compromisso 354 Diferencas de gtneto na formagso da identidade 355 Fatoresétnicos na formagio daidentidade 355 Sexuatidade 357 Orientagdo-e identidade sexual 357 Comportamento sexual 360 Infecgbes sexualmente tansmissivets(ISTs) 362 Gravidez e maternidade na adolescéncia 364 __ Relacionamentos com a familia, os pares e a sociedade adulta 366 O mito da rebeldia adolescente 366 _— Osadolescenteseos pals 367 _ Osadolescenteseosinmsos 372 Osadolescentes eseus pares 372 Comportamento antissocial edelinquénciajuvenil 377 —Influéncias biolégicas 377 Influencias ambientals 378 Perspectivade longo prazo 378 " Prevenindo e tratando a delinquéncia 379 Resumoepalavras-chave 380 4Janela para.omundo Culturae tempo livre 368 | Pesquisa em ago Namoro na adolesctnclae tecnologia 376, Sumario xxix ADULTEZ EMERGENTE E JOVENS ADULTOS 382 ryeshocrer ear Capitulo 13 Desenvolvimento Fisico e Cognitive nos Adultos Emergentes e Jovens Adultos 382 Adultezemergente 383 DESENVOLVIMENTO FISICO 383, Saddeecondigéofisica 383 Condligdo de saddee aspectos de sade 383 Influéncias genéticas na satide 384 Infiuéncias comportamentals na satide e na condigaoffsica 385 Infiuénciasindiretasna satide 390 Problemas de sauide mental 392 ‘Aspectos sexuais ereprodutivos 393 Comportamento eatitudes sexuais 393, InfecgGes sexualmente transmissive (STs) 394 Transtornos menstruals 395 Infertidade 395 DESENVOLVIMENTO COGNITIVO 396 Perspectivas sobreacogniggoadulta 396 Além de Piaget: novas formas de pensar na vida adulta 396 Schaie: modelo de desenvolvimento cognitive para ociclodevida 398 Sternberg: insight econhecimento pritico 399 Inteligénciaemocional 399 Raciocinio moral 400 Cultura eraciocinio moral 401 Géneroe raciociniomoral 401 Educagdo.etrabalho 401 Atransiggo para. faculdade 402 Oingresso ne mundo de trabalho 405, vex Sumério Resumoe palavras-chave 407 Janela para o mundo Uso da internet em todoo mundo 388 Pesquisa em acao Fertilizagioin vitro 397 Capitulo 14 Desenvolvimento Psicossocial nos Adultos Emergentes e Jovens Adultos 410 Adultez emergente: padeBes etarefas 411 Caminhos variados para vida aduilta 411 Desenvolvimento da identidade na adultez femergente 412 Desenvolvendo relacionamentos adultos com ospais 413 Desenvolvimento da personalidade: quatro perspectives 415 Modelos de estigios normatives 415 Modelo de momento doseventos 417 Modelos de tragos:0s cinco fatores de Costa e McCrae 417 Modelos tipolégicos 419 Asbases dos elacionamentos intimos 420 ‘Amizade 420 Amor 421 Estilos de vide conjugais eno conjugals 422 Vida dessolteiro 422 Relacionamentos homossexuais 423 Coabitagso 424 Casamento 426 Porentalidade 429 Envolvimento de homens e mutheres na pparentalidade 429 Parentaldade e satisagio conjugal 430 Familias de renda dupla 431 ‘Quando o casamento chega ao fim 432 Divércio 432 Novo casamento ea condigio de padrastoy madrasta 434 Resumoe palavras-chave 435 Janela para o mundo Tradicdes de casamento populares nasdiversasculturas 428 Pesquisa em acio Violéncia nastelagéesintimas 433, VIDA ADULTA INTERMEDIARIA 438 Dial sora Stock Phere Capitulo 15 Desenvolvimento Fisico e Cognitive na Vida Adulta Intermediaria 438 ‘Ameia-idade: um construto social 439 DESENVOLVIMENTOFISICO 440 Mudangasfisicas 440 Fungbes sensoriaisepsicomotoras 440 Océrebronameia-dade 442 Transformagbes estruturase sistémicas 443 Sexualidade e funcionamento reprodutivo 443 Satideffsicae mental 447 Tendiéncias de satide na meiaidade 448, Influéncias comportamentais sobreasatide 448, Nivel socioecondmicoesadde 449 Raca/etniae sade 450 Géneroesaiide 450 Cestressenameia-idade 454 Emoséesesatide 455 Satide mental 456 DESENVOLVIMENTO COGNITIVO 456 ‘Medindo as capacidades cognitivas na meiaidade 456 Schaie:0 estudo longitudinal de Seattle 457 Horn eCattell:inteligéncias uid e-crstaizada 458 Ocaréter papel da especiaizagio 459 Pensomento integrative 459 Criatividade 460 Caracteristicas dos realizadores criativos 460 CFiatividadee idade 461 Trabalho eeducagio 461 Trabalho eidade da aposentadorla 461 into da cogni¢ao do adulto 458 | Trabalho e desenvolvimento cognitive 462 Oaprendizmaduro 462 Resumoe palavras-chave 463 Janela para o munda Diferengas culturals na menopausa 445 Pesquisa em agao Andropausae terapia de reposigao detestosterona 446 + Capitulo 16 Desenvolvimento Psicossocial na Vida Adulta intermedisria 466 Atraetbria de vidanamela-idade 467 Mudancas da meiaidade: abordagens teéricas 467 Modelos de trago 467 Modelos do estagio normative 468 ‘Omomento dos eventos: 0 el6gio social 469 Oselfna meie-idade: problemas etemas 471 Existea crise da meia-dade? 471 Desenvalvimento da identidade 472 Bem-estar psicoldgico e sade mental positiva. 475 Relaclonamentosna meia-idade 478 ‘Teotias docontato social 478 Relacionamentos, género e qualidade de vida 479 Relacionamentosconsensuais 480 Casamento 480 Coabitagao 480 Divércio 481 Estado civil bemestare saiide 482 Relacionamentos homossexuals 483 ‘Amizades 484 Relacionamentos com flhos maduros 485 Filhosadolescentes 485 Quando os filhos v8o embore:oninho vazio 485 Culdando de filhos crescidos 486 Outros lacos de parentesco 487 Relacionamentos com pais idosos 487 Relacionamentoscomimaos 490 Tomando-seavés 490 Resumoe palavras-chave 493 Pesquisa em agao Mudangas de carrera na melacidade 473 Janela parao mundo A"geragio sanduiche" globat 489 : Sumario xxi VIDA ADULTATARDIA 496 Dave andes cob Images LLC Capitulo 17 Desenvolvimento Fisico e Cognitivo na Vida AdultaTardia 496 Avelhicehoje 497 envethecimento da populago 497 Do idoso jovern ao idoso mals velho 499 DESENVOLVIMENTO FISICO 500 Longevidadee envelhecimento 500 Tendancias e fatores na expectativa de vida 501 Porqueaspessoasenvelhecem 502 Por quanto tempo a vida pode ser prolongada? 504 Mudancas{isicas $06 Mudangas organicasesistémicas 506 Oenvethecimento docérebro 507 Fungdes sensoriaise psicomotoras 508 Osono 511 Fungoes sexuais 511 Sade fisicaemental 512 Condigdesdesatide 512 Doengascrdnicaseincapacidades 512 Influéncias do estilo de vida na sadde ena longevidade 513 Problemas comportamentaise mentals $15 DESENVOLVIMENTO COGNITIVO 519 Aspectos do desenvolvimento cognitive 519 Inteligéncia ehabilidades de processamento 520 ‘Memériaeenvelhecimento 522 Sabedoria 525 Resumoe palavas-chave 526 Janela para o mundo O culdado de idosos a0 redor domundo 499 Pesquisa emagao Osidosos maisvelhos 505 voorii Sumario Capitulo 18 Desenvolvimento Psicossocial na Vida AdultaTardia 528 Teoria e pesquisa sobre o desenvolvimento da personalidade 529 Erik Erikson: quest6es tarefas normativas 529 CO modelo dos cinco fatores: tracos de personalidade avelhice 529 Obem-estarna vida adultatardia 531 Enfrentamento (coping) e saiide mental 532 Modelos de envelhecimento"ber-sucedido” ouvideal” 535 Questées préticas e socials relacionadas aoenvelhecimento 537 Trabalho eaposentadoria 537 Como os idosos lidam com oaspectofinanceito? 540 Esquenasde vida 540 Relacionamentos pessoaisna terceiraidade 544 ‘Teorias do contato social edo apoio social 545 ‘Almporténcla dos relactonamentos socials 545 familia multigeracional 546 Relacionamentos conjugais 546 Casamento delongaduragao 546 Viuvez 548 Divércioenovocasamento 548 Estilos de vida e relacionamentos néo conjugals 549 Vida desolteiro 549 Coabitagso 550 Relacionamentos homossexuais 550 Amizades 551 Lagos de parentesco nao conjugeis 551 Relacionamentos com filhos adultos $51 Relacionamentos comirmaos 552 Resumoe palavras-chave 553 Janela para omundo Estere aoredordomundo $38 Posquisa emagae Abuso contra idosos 544 10s sobre envelhecimento OFINALDAVIDA 556 Pas Dont lannsety mages Capitulo 19 Lidando coma Morte eo Sentimento de Perda 556 Os diversos significados da morte edo morrer 557 Contexto cultural 557 Arevolugéo da mortalidade 557 ‘Assisténcia a0 doente terminal 559 Enfrentando a morte eas perdas 559 ‘Mudanasfisicas e cognitivas que precedem a morte 559 Confrontando a prépriamorte 560 Padroesdeluto 561 ‘Atitudes em relagio morte eao morrer durante o cursodavida 562 Perdas significativas 565 Aperdadoconjuge 565 [A perda de um dos palsnaidade adulta 566 Aperdadeumfilho 567 ‘Oluto de um abortoespontineo 567 Questées médicas,legaise éticas: o’direito & morte” 568 Suicidio 568 Apressandoamorte 570 Encontrando significado e propésito paraa vida e paraamorte 575 Reavaliagdo de vida 575 Desenvolvimento: um proceso paraa vida toda 576 Resumoe palavras-chave 576 Variades culturals nos rtuats finebres 558 Suicidio assistido pelomédico 574 Glossirio $79 Referencias 589 Indice onoméstico 715 Indice remissivo 749 a DESENVOLVIMENTO Humano SOBRE O DESENVOLVIMENTO HUMANO O Estudo do Desenvolvimento capitulo Pontos principais Desenvolvimento humano: um ‘campo em constante evolugio O estudo do desenvolvimento humana: conceitos bésicos Influgncias no desenvalvimento ‘Abordagem ao desenvolvimento do ciclo de vida Objetivos de aprendizagem Descreverodesenvohimento ‘humano e como o seu estudo evolu. Descrever os dominios periods do desenvolvimento humane, Darexemples das infuncias ‘que dferenciam ume pessoa das outs. Discutir os principios da perspectiva do ciclo de vida, phi Setowshumestock Vocé sabia que... 1 Emalgumas sociedades ndo existe conceito de adolesctncia nem o de mela-idade? Hoje muitos académicas concordam que o conceito de rca ndo tem base bioligica? > Quase 13 milhdes de criangas norte-americanas vivem na pobreza e correm riscode problemas de saide, cognitivos, emocionals e comportamentais? Neste capitulo, descrevemos come o préprio campo do desenvolvimento humano desenvalveu-se, ‘dentifcamos aspectos do desenvolvimento e mostramos como esto inter-rlacionados resumimes ‘os principals desenvolvimentos durante cada periodo da vida eexaminams as influéncias sobre o desenvolvimento eos contextos nos quas cad uma acorre. unica verdade que persiste é a mudan¢a. Octavia Butler Desde o rhomento da concepgéo, tem inicio nos seres humans um processo de transformagto que ‘continuaré até o tltimo de nés morret. Uma primeira célula se divide, entdo se divide de novo e de novo e de novo, de forma organizada e onquestrada, Cada crianca que nasce desse processo é um {ndividuo tinicae especial, mas 0 desenvolvimento humano é, ainda assim, um processo regular e que segue um padréo determinado pelo nosso histoico evolutive. Com o tempo, nasce um bebé que respira, grlta, chore e comega a ser influenciado pelo mundo ao seu redor e que o infiuencia também. Os bebés crescem e se tornam crlangas, entio adolescentes, depois adultos. £ s6 quando 0 coragéo deixa de batere os neur®nios do cérebro param de dlsparar que nosss historias terminara. Este limo explora esses padrdes de desenvolvimento, (© campo do desenvolvimento humano concentra-se no estudo clentilico dos process sis teméticos de mudanga e estabilidade que acorrem nas pessaas, Os centistas do desenvolvimento jobservam como as pessoas se transformam desde a concepgdo até a maturidade, bem como as caracteriticas que permanecem razoavelmente estavels, trabalho dos cientistas do desenvolvimento pode causat um grande impacto na vide das __essoas. Os resaltados das pesquisas muitas vezes tin aplicacoes na crlagdo, eduicecdo esate das ‘riangas, € eambém nas dietrizes socials em relacio a elas. Por exemplo, pesquises indicam que adiar © horétio de infclo das aulas na segunda metade do ensino fundamental e no ensino médio produ resultados melhores para os alunos em uma série de indicedores, Quando o horétio de {nfio das aula € transferido para as 8:30 da manhd ou mais tarde, os alunos tém meior probabt lidade de informar mais horas de sono totais, menor sonoléncla durante o dia, menos dificuldade para permanecerem acordados em sala de aula, nfvels menores de depressao ¢ mafor paricipagio em atividades extracuriculares. Além disso, sua maior atencao esté associada & maior seguranca no trénsito para os que dlrigem. Esses efeltos ocorrem porque aulas que iniciam mais tarde esto sincronizalas com os ritmos circadianos biol6gicos dos adolescentes, que impedera que a maioria eles vd se detar cedoo sufciente& noite para dormirem tudo o que precsam (Watson et al., 2017; ‘Minges & Redeker, 2016} ESTUDANDO OCICLO DEVIDA ‘Quando o campo da psicologia do desenvolvimento surglu enquanto diseiplina centii, a malo- 4a dos pesqulsadores concentrava suas enengias no desenvolvimento infantil. O crescimento e desenvolvimento sio mais dbvios durante esas fses, dada a rapidea das mudancas. No entanto, Amedida que a cléncia amadureca,fcave claro que o desenvolvimento ia além da infancia. Os pes ‘uisadates atualsconsideram que o desenvolvimento do ciclo de vida vai “do titer 20 tril” € abrange todo o tempo de vide dos seres humanos, desde a concepcda até a morte. Além disso, eles Feconhecem que o desenvolvimento pode ser posiivo (p. ex. aprender a controlar 2s necessidades fsiotdgices © matricularse na faculdade ap6s 2 aposentadoria) ou negativo (p. ex. voltara fazer ‘izina cama apds um evento traumético oi isolarse na aposentadora). Por esses mouvos, eventos ‘coma o momento da vida em que ocorre a pateridade, o emprego materno e a satis taco conjugal ‘também séo estudados pela psicologia da desenvolvimento, O DESENVOLVIMENTO HUMANO HOJE, ‘A mete que o campo do desenvolvimento humano se desenvoli, seus objetvs pssaram in Clir deseo, expliacio, previo einervngéo. Pr exemple pare descrever quando a malta des cing promunci Sua primeira playa ou qual tmanbo de seu vocbultia em un cera nf a Os psicdlogos do desenvolvimento ajudaram a identificar os principais marcos do desenvolvimento durante toda a infancia, Muitos sites na internet que falam sobre parentalidade apresentam uma lista de marcos importantes que ajudam os pais a acompankarem 0 desenvolvimento dos seus filhos. desenvolvimento do ciclo de vida Concetosebreodeserwavimento humana como um proceso ue dura Aida oda e que pode ser estudado 4 Diane E. Papalla e Gabriela Martorell ‘dade, os clentistas do desenvolvimento observam gratides grupos de criangase esabelecem norma, ou médias, para. 0 comportamento em ‘érasIdades, Els procuram assim explicarcomo as crangas adquirem, a linguagem, e por que algumascrancas aprendem afelar mas tarde do que o ustal. Com esse conhecimento, podemese prever comporta restos futuros, as como a probabildade de wma cianga ter séros pro: ‘lemas com a fla. Por iltimo, o conhecimento de como @ linguagert se desenvolve poe ser utiizado para intevérno desenvolvimento, por exemplo, isponilizando terapla fonoaueiolbgica pare a cianga. O estudo centfico do desenvolvimento humano esté em constan te evolucao. As questes que os clentstastentam responder, os métodos, aque utlizam eas expicagdes que propdem sio mals sosticados e mals diversitcados do que eam hd dea anos. sss mudangas relletem o pro- sesso no entendimento & medida que novas invesigagbes questionam, ou se apoiam naquelas que as antecederam, Também refetem os vane «0s. tecnologia. Hoje, os cintistas tm & sua dsposiéoinstrumentos, mals precios para mecir movimentas oculares,rtmo cardiac etenséo muscular. tecnologia data permite que analisem como mies e bebés, se comunicam. Avangos nas téenicas de imageamento posibitam son dar os mistérios do temperamento ou compararo céebro de um idoso como cérebro de uma pessoa com deméncia, {As téenicas de imageamento cerebral, como a ressondncia ‘© desenvolvimento é com m rent iplicado, f um fenémeno complexo € magna anol HR toga por emis ge nn, os de il qe eng ee me aan reer precessostnentsnes. % ASS o desenvolvnento deve ser estado com o uo de mi porraee PrOcESSOS plas disciplinas e a sua interpretagdo deve ser Informada por diversas, se6rgéo. Speetinga/Seuterstoc, sy verificador “-Wocé 6 capaz de... D- bar exemplosdeapiicagses pritcas de pesquisas sobre de ‘senvolvimento human? D Identifcar quatro metas do estu- docienfico do desenvahiento hhumano? D Gitarpelomenos ses cscipinas ‘envolides no estudo do desen- volimente humana? desenvolvimento seo (Gescmento do corpo e do ctebro Incuindo os padibes de mudanga nas capeciades senso habidades smovoras sade eserwolvimento cognitive Paco de mudanga nashablidades rmentais coro aprendeagem, ten- ‘lo,memériinguagem, pensamen: 1, raiecinioe cratvidade desenvolvimento pricossocal Paciao de murdanga nas emees, personaladeereloge soca corientacoes tericase de pesquisa. Logo, no surpreende que o estudo do desenvolvimento tena sido intetdsciplinar desde oinflo (Parke, 2004b). Os estudiosos do desenvolvimento humano recorem colaborativamente a uma sérle de disciplinas, inclulndo psicologia, psiqularia,sociologa, ntropologia, biologla, genética cléncla da familia, educacdo, historia e medicina, Este lv traz descobertas de pesquiss em todas essas reas. O estudo do desenvolvimento humano: conceitos basicos’ 0s clentistas do desenvolvimento estudam os processos de mudanca e estabilidade em todos os ‘dominios, ou aspectos, do desenvolvimento durante todos os perfodos do ciclo de vida, _DOMINIOS DO DESENVOLVIMENTO- Os cientsts do desenvolvimento estudam os tes principals dominios, ou aspectos, do ex: Esco, cognitive e psicossoctal. O crescimento do corpo e do cérebro, as capacdades sensorial, a5 habil dades motorase a sate fazem parte do desenvolvimento fisico, Aprendizagem,atenclo, mem6 ria, inguagem, pensamento, rciocfnioe ctiatividade compdem o desenvolvimento cognitivo. “Emagdes, personalidad erelagdes socials so aspectos do desenvolvimento psicossocial. Emibora neste livo tratemos separadamente do desenvolvimento fisico, cogitivo e psicsso- ‘ai, esses dominios esto intimamente interconectados. Mas para entender a sua complexidade, precsams estabelecer limites, Logo, diviimos esas esferas de nfluencta, Anda asim, é impor tante lembrar que cada aspecto do desenvolvimento afeta 0s outros. O desenvolvimento infant ¢ uma rede complexa e entrelacada de moltpas infuéncias,e entendla exige que penseros com culdado sobre as suas Interagdes. Assim como urna mosca presa a um fo da teia teverbera por toda a estrutura, 0 desenvolvimento em ume éea impact todas as outras areas, Por exemplo, 0 desenvolvimento fiscoafetao cogitvo eo psicossocal. Uma crianga com lrequentesinfegdes no ouvide poderé desenvolver mais lentamente a linguagem do que outre que nao tem esse problema fisico, Durante a puberdade, mudancasfisices e hormonais dramdticasafetam desenvolvimento do senso de identidade. Mudancas fs- ‘cas no cétebro de alguns adultos idosos podem levar a uma deterioracfo intelectual e da personalidad. Da mesma forma, avangos e dectinios cognitive estéo relacionados a fatores fisicos e psicossociais. Uma crlanga precoce no desenvolvimento da linguagem poderd provocar reaOes positivas nos outros e assim ter ganhos era termos de autovalot O desenvolvimento da meméria reflete ganhos ou perdas nas conextes fisicas do cérebro. Um adulto que Estas crlancas estdo empeninadas em todos os tr8s dominios do desen- teon dificuldade para lembrer os nomes das pessoas pode YOlvimento: percepgdo sensorial (desenvolvimento fico), aprendiza- sentese timo em situagdes soca, gem (desenvolvimento cognitivo} e construdo de elagées socials (de- E, pot fin, o desenvolvimento psicossoclal pode afetar_Se"vaWImento psicossocal, ‘o funcionamento cognitive e fisico. De fato, sem relaghes I Sielv/lend ironestic socials significaives, a salde Fsica e mental teré problemas. | Amotivasio e a autoconfianca séo fatores importantes para o sucesso na escola, enquanto emocoes ‘negativas como a ansiedade podem prejudicar o desempentno, Pesqulsadores chegaram a idenifcar possivesligacdes entre uma personalidade conscienciosa e @ duragio da vida. "Alviso do cleo de vids em periagos € uma construgao social: um conceito ou prtca que & "uma invengéo de uma determinada cultura ou soiedade. Néo hé nenhum momento objetivamente define em que uma crianga se toma adulta cu um jovem torna-se velho. Camo o conceto de dnfancla¢ uma construgéo sock, forma que ela assume vari entre as cultures. Ao contrrlo da selatvaberdat que tim as criangas hoe nos Estados Unidos, esprava se que as crlanca peque nas no periodo colonial izessem taefas de adultos, como tricotar meles e Hara If (Ehrenzech & English, 2005). Pais da etnia int no Artico canadense acreditam que crangas pequenas no sio capazes de pensar e raciocinar e, portanto, so lenientes quando os filoschotam ou fica braves. Mas os pals da ilha de Tonga, no Pacifico, costumam beter nas crlangas de 3a 5 anos, cujochoro & atrbuldo® telmosta (Briggs, 1970; Merton, 1996). Uma construgéo semelnante envolve a adolescénca, um conceto recente que emergiu & me- ‘ida que a sociedad se industiaizou. Nos Estados Unidos, até o comeco do séeulo XX, os jovens eam consderados criancas até detxarem a escola, cesarem ou arranjarems um emprego ¢entrarem, ‘no mando adult, Por volta da década de 1920, com a ciagdo de excolas de ensino meio para satsfazer ts necessdades de uma economia em crescimento, e com mals famflascapacitadas para Sustentar uma educegé formal ampliada para seus fos, a fase da adoescénela tornou-se um. Perldo ditinto do desenvolvimento (Kelley, 1999), Em algurmas sociedaces pré industtas, como a {os nde chipgewa, o concete de adolescéncia ndo existe. Os chippewa tm apenas dis periodos 2a infincia: do nasimento até quando a crianga comecaa anda, e dai até puberdade, Aqulo que chamamos de adoiescncafaz parte da vida aula (Broude, 1995). Neste ll, seguimos uma sequincia de oto pecfodos geralmenteaceltos na socedadesindus- tas ocidenals. Depos de descrever as mudanas cuca que ocorrem no primero perfoo, antes do nascmeno, tagemos todos os tés dominios do desenvolvimento na primmetre infin, segunda Infancia, tercera infénea,adolesetnca,adultez emergent vida adulta intermedia e vida adulta ‘andi (Tebela 1.1) Para cada perfodo apés a primeitainfancia, combinammos 0 desenvolvimento fisicoe ocogutivo em um dno capt, ‘As falzas etéras mostradas na Tabela 1.1 séoaproximaase um tanto aritrias so € veda Aeiro especialmente em reagio 2 dade adult, quando ndo hé referencais socials ou ficos bem Aefnides, tis como o ngresso na escola ou a entrade na puberdade, para sinalizar a passagem de um perio para 0 outro. ea : construgso social Conceto ou pratca que pode parecer naturale dbvio queles que oacei- tam mas quena reakdade € uma i vengio de uma determinads cutee usociedee 6 Diane E. Papalia e Gabriela Martorell Periodo Pré-natal (da concepgao aonascimento) Primeira Infancia (do nascimento 2053.an0s) Segunda nfancia @a6anes) Tercera Infoncia (6a11an0s) correa concepeso por fertl- 2agdo normal ou por outros Desde o comeco, adotagao gené- ‘ica Interage com as influéncias ambientals. Formam-seas estruturas eos ‘rgéos corporals bésicos: Inicia-se osurto de crescimento. doctrebro. ‘Ocaescimento fisico #0 mais ace Ierado do ciclo de vida. E grande a vulnerabilidade as infludncias ambiental, No nascimento, todos os sentidos e sistemas corporals funcionam fem graus varlados. (0 cérebro aumenta em comple- xidade e éaltamente sensivel & {nfluéncia ambiental. ‘Ocrescimento isco eo desenvol- vvimento das habilidades moto- ras io répldos. ‘Ocrescimento é constante; 3 apa rénciatorna-se mals esguia eas proporgbes mals parecidas com asdeumadulto. ‘Oapetite diminule s80.communs os distdbios do sono. Surge a preferéncia pelo uso de ‘uma das mos; aprimorann-se as habllidades motoras finas e ge- tals e aumenta aforcafisica. O crescimento toma-se mals lento. ‘Aforcafisica eas habllidades atlé- ‘eas aumentarn. Sto comunsas doengasrespira- ‘torlas, mas de um modo geral asatide é melhor do que em ‘qualquer outra fase do ciclo de vida. Desenvolvern-seas capacidades ‘de aprender e lembrar, bem ‘como as de responder 20s esti- ‘mulos sensorias, ‘As copacidades de aprendere lemirar esto presentes, mes- smo nas primeira semanas. (Ousode simbolos ea capacidade de resolver problemas se de- senvelver por volta do final do segundo ano de vida. ‘Acompreensio ¢0 uso dalingua- ‘gemse desenvolvem rapida- mente, Opensamento éum tanto ‘egoctntico, mas aumenta a ‘compreensio do ponto de vista dosoutros. ‘Almaturidade cognitva resulta ‘em algumasidelaslidgicas so- bre omundo, ‘Aprimoram-sea memétiaealin ‘guagem. Anteligénciatorna-se mais pre- vise. comum axperiéncia do meter- ‘ale dojardim de infancia, Diminulo egocentrismo. Ascriancas comegam a pensar ‘com légica, porém concreta~ ‘mente. Ashabilidades de memériaelin- ‘guagem aumentam. Ganhos cognitivos permitem 3 crlanga beneficar-se da instru ‘0 formal na escola. ‘Algumas criangas demonstram rnecessidades educacionaise talentos especiais. Ofeto responde 3 vor da maee desenvolve preferéncia por ea. Formam-seos vinculos afetivos ‘com 0s pals ecom outras pessoas. | ‘Aautoconsciéncia se desenvolve. ‘Ocorrea passagem da dependén- ‘la para a autonomia. ‘Aumenta 0 interesse por outras cerlangas. Oautoconcelto ea compreensio das emogoes tornam-se mals complexos;a autoestima é global. ‘Aumentam a independéncia, a Inlclativa eo autocontrole. Desenvolve-se a identidade de ‘género. ‘Obrincartorna-se mais Imaginat- ‘vo, mals elaborado e, geralmen- ‘te, mais socal. ‘Ateuismo, agressdo.etemor s80 q ‘Afamfia ainda ¢ 0 foco da vida social, mas outras criangas tor- rnam-se mais importantes. autoconceite torna-se mals ‘complex, afetando a autoes- ima, A corregulacaoreflete um deslo- ‘amento gradual no controle dos pais para a crianga. (Os colegas assumem importincla fundamental. \. Adolescéncia O crescimento fisco e outras mu- (1 aaprox. danas io répidos e profundes. 20an03) ‘Ocorte a maturidade reprodutiva, 05 principais iscos paraa saiide temergem de questées compor tamentais, como transtomos alimentares e abuso de drogas. AduitezEmergente Acondigao fisica'atinge o auge, @20a40an0s) depois dectina levemente. OpgGes deestilo de vida influen- Gama sadde. Vida Atta Intermedidria (40a65anos) Pode ocorrer uma lenta deteriora- ‘gio das habilidades sensorials, dda saide, do vigor eda forga fisica, mas s4o grandes as dife- rengas individuals. ‘As mulheres entram na meno- ppausa. Vida Adutea Tarai (6Sanosem ance) ‘Amaloria das pessoas ¢ saudével, eativa, embora geralmente haja um decinio da saddee das ‘capacidades fiscas. ( tempo de reacao mais lento afe- ‘taalguns aspectos funcionals, Desenvolve-se a capacidade de ppensarem termos abstratos e de usar oraciocinio entific. © pensamento imaturo persiste em algumas atitudese compor- ‘tamentos. ‘Aeducagao concentra-se na pre- ‘paracéo para faculdade ou para profissio, ‘Opensamentoe os julgamentos ‘morals tornam-se mais com- plexos: ‘So feitas as escolhas educacio- ‘nals e vocacionals, 3s vezes aps um period exploratéri, ‘Ascapacidades mentalsatingem ‘augeraespecialzacioeas habildades relativas’ solucao {de problemas priticossio acentuadas. ‘Aprodugéo crativa pode dectinar, ‘mas melhora em qualidade. Para alguns, o sucesso na carl eo sucesso financeiroatingem ‘seu méximo; para. outros, po- derd ocorrer esgotamento ou ‘mudanca de carrera, ‘Amaioria das pessoas esté men= talmente alerta. ‘Embora inteligencia e mem6- Mla possam se deterlorar em algumas eas, a maloria das pessoas encontra melos de ‘compensagéo. Desenvolvimento Humano 7 ‘A busca pela identidade incluindo ‘aidentidade sexual, torna-se central ( relacionamento com os pals ge- ralmente é bom. ‘Os amigos podem exercerinfluén- ia positiva ou negativa Tragose estilos de personalida- de tornam-serelativamente cestéveis,masas mudangas na ppersonalidade podem ser in- fluencladas pelas fases e acon- tecimentos da vida ‘Sdo tomadas decis6es sobre rela- ‘donamentos intimos eestilos de vida pessoals, mas estes po- ‘dem néo ser duradouros. A maioria das pessoas casa-see tem filhos, ‘O senso de dentidade conti- nua ase desenvolver; pode ‘ocorrer uma transigao paraa rmela-dade, ‘A dupla responsabilidade pelo ‘cuidado dos thos e dos pais idosos pode causar estresse, ‘Asalda dosfilhos deta oninho vaio, Aaposentadoria pode ofetecer ‘novas opgbes pare o aprovelta- ‘mento do tempo. [As pessoas desenvolvem estraté- dias mals lexiveis para enfren- Tar perdas pessoais ea morte Iminente, (Orelacionamento com a familia e ‘com amigos intimos pode pro- porcionar um importante apoio, ‘A busca de significado para a vida assume uma importincia fun- damental 8 Diane E,Papalia e Gabriela Martorell verificador vacé é capaz de.. D> identifica os tts dominos do desenvolvimento e dar exempos de como clesesto inter-rlacio dos? > ctaroitoperfodos do deservol- vimanto humana e lacionar varias qustoes ou tarefsfunda~ rmentais de cada periodo? Aiterensasindividusis Dierengasras aracteristicas Influiete ou noe eskados dode- semvohimenta heroditariedade Tragosou caactecicasintas herd desdos pais boibocos, ambiente “Tota das inftoénclas nto he redhdas ou experiencia sobre0 desenvehimento [Embore existam aiferengas individuals na maneira como as pessoas lidam com eventos e ques ‘es caractertsticas de cada perfodo, os cienlistas do desenvolvimento sugerem que certas necess ddades basicas precisam ser satisfeltas e certs taefas precisam ser dominadas para que ocorra um desenvolvimento normal, Os bebés, por exemplo, dependem dos adultos para comer, vestirse e ob- ter abrign além de contato humano e afeigdo, les formam vinculos com os pals ecuidadores, que também se apegam a eles. Com o desenvolvimento da fala e da autolocomogio, os bebés tomnamse mais autoconfiantes; eles precisam afirmar sua autonomia, mas também precisam da ajuda dos pais para estabelecer limites ao seu comportamento. Durante a segunda infancia, as cranas passam ter mais autocontrole e maior Interesse par outras crlangas. Durante a terceia infncia,o controle sobre 0 comportamento aos poucos se desloca dos pais para os filtos os colegas tomar se cada ‘vez mais importantes. A tarefa central da adolescéncia € a busca da identidade ~ pessoal, sexual € cocupacional. A medida que os adolescentes amadurecem fisicamente, passam a idar com necess- dades e emocoes confitantes enquanto se preparam para deixar o ninho parental Durante a adultez emergente, um perfodo exploratério que vat do inicio a meados dos 20 anos, multas pessoas ainda no estdo prontas para se dedicar &s tarefastipicas de jovens adultos: cestabelecer estilos de vida independentes, ocupagdes e famflias. Por volta dos 30 anos, @ maforia ‘dos adultos jé curapriu com sucesso esss taefas. Durante a vida adultaintermediari, 6 provavel a ccorréncia de algum dectinio nas capacidades tisicas. Ao mesmo tempo, muitos ndividuos de meie ‘dade encontram entusiasmo e desafos nas mudangas de vide - uma nova careira ¢flnos adultos =, enquanto outros enfrentam a necessidade de culdar de pais idosos. Na vida adult tardla, as ‘pessoas precsatm enfrentar a perda de suas prépris faculdades, perdas de entes queridos e os prepa rativos para a morte. Se elas se apasentarem, deverdo lidar com a perda de rlacionamentos lgados 20 trabalho, mas poderto sentirse satisfetas com as amizades, a familia, com o trabalho voluntatio ea oportunidade de explorarinteresses antes negligenciados, Multas pessoas idosas tornamse mals ‘ntrospectivas, Buscando significado para suas vidas. ‘© que toma cada pessoa tinica? Embora 0s estudiosos do desenvolvimento estejam interessedos ‘nos processos universais de desenvolvimento vivenctados por todos os seres humans normals, eles também estudam as diferencas individuais nas caracteristicas, nas influénciss e nos resultados do desenvolvimento, As pessoas diferem em género, altura, peso e compleicéo fsica; em sade € nivel de energia em intelighncia; eem temperamento, personalidade e reacbes emocionals. Os con- textos de suas vidas também diferem: os lares, as comunidades e sociedades em que vivem, seus relacionamentos, as escolas que Fequentam (ou se elas de fato vdo para a escola) e o trabalho que fazer, e como passem seu tempo ive. Cada pessoa tem uma traletiria de desenvolvimento exclu siva, um eaminho individual a trilhat. Um desafio da psicologia do desenvolvimento ¢ Identificar as infiuéncias unversais sobre o desenvolvimento e entéo aplicéas & compreensio das diferengas Individuats nas trajetdrias de desenvolvimento, As infludacas sobre o desenvolvimento podem ser descrtas de duas formas prinlpals.Algumas i+ ‘énciasséointemnas e motvadas pela hereditariedade e por processosbiligicos. A hereditaried de poe ser concetulizada como ua ogada de dads genética, consstindo em tags e crac thas inatas fomecidas pelos pas bil6gicos da crance. Outrsinfliéncias vém do ambiente extemo 0 corpo, iniclando na concep¢to, com o ambiente prénatal no wtero, econtimuando por toda a vide ‘Ainfagnearelativa da netueza(herediaredadee proessos biologics) eda experiénl (infuéncis ‘atmbientas) é tema de debates acrradas, eos teticos dscondam sobre quanto peso dar a cada fat. "Atualmente, os cientisas encontraram melas de medit com mais preciso, em uma determina a populaio, o papel da hereltarledade e do ambiente no desenvolvimento de tacos especticos. Quando, porém, consideramos ura determinada pessoa, a pesquisa relativa a quase codes as suas caracerstices aponta para uma combinacéo de hereditariedade e experéncla. Assim, embora a inteligncia sea fortemente inluenciada pla heredtariedade, a estimulaggo parental, aedueacto,a {nfluencia dos amigos e cutzas varlveis também a afetar, Teéricos pesqusidorescontemporine- ‘sestdo mais interessados em descobrit meios de expicar como genética e ambiente operam juntos do que argumentar sobre qual dos ftores é mals importante Desenvolvimento Humano Mulls mudangas tiles da primeira da segunds infra, como a capacidade de andar falas esto vinculadas 4 maturacio do compo e do cérebro ~0 desdobramento de ura sequéncia natural de eudenges files e pads de comportamento. A media que as criancas tomarse ado lescentes depots adultos, cferengasinaividuas nas caracterstcsInatas ema experncade vida pascem 8 desempeahar um papel mats importante, Durante a vga toda, porém, a maturacéo cont va inueaclando certasprocesosbiléscos como, por exempt, o desenvolvimento do creo Mesmo nos processos a que todas as pessoas esti submesde, os nitmos eos momentos do desenvolvimento vata. Ao longo dest io, falamos sobre asidades mas para a oorréacia de certs events: a primeta paar, o primeto pass, a primeira mensruagéo, a emssionotumna, 0 desenvolvimento do pensamento ldo a menopaua. Ma ess aces so apenas meds, hd na sande vaio entre as pessoas com respeto a esses normas, Somente quando o desi de ae for extrema é qe devemos considera desenvolvimento como excepcianalmenteadiantato ou aasdo. Pera entender o desenvolvimento humano, portant, precsamos considera as caractersicas herdadas que do 8 cada pessoa um poato de panda especial na vide. Também precsemes levar em conta as muitos fatores ambiental que afetam o desenvolvimento, especialmente contetos importantes como familia, vinhanga, nivel socloecocbmico, rage/emia e culture Precsamos con siderar como a hereditariedade eo ambiente interagem,Preisames entender quas dos process de desesvolvento st princpalmente msturacionais equals néo si, Necesstamos observa as intuénls que afetam muitas ou a meora das pessoas em determinada ade ou em deerminado ‘momento bistro, também aquelas que feta apenas certosindivuos. Por ilimo, precsamos observar como o momento da ocorénla pode lear o impacto de eras induéncias. CONTEXTOS DO DESENVOLVIMENTO (espe: cog Seres humanos séo seres socals. Desde o como, desenvolvemse em um contexto sociale histri- co, Para um bebe, o contexto imediato normalmente éa familia, que, or sue vez, estésujita 3s in- ‘luencias mais amplas e em constante transformacio da vizinhanca, da comunidade eda socledade. Familia A familia nuclear é uma unidade que compreende pai e mae, ou apenas um deles,eseus ‘thos, sejam eles biol6gicos, adotados ou enteados. Historcamente, a famila nuclear com pai e mde {ola unidade familar normativa nas sociedades ocidentais. Em 1960, 73% das criances pertenclam &famflas com dois pals casadios, em seu primelro casamento, e 37% dos lres eram compostos de famias nucleares. Em 2014, apenas 69% das criangas e 16% dos lates podiam ser descrtas da mes tna forma (Pew Research Center, 2015). Em vez de uma grande familia rural em que pas eflhos ‘tabalham lado a lado na propriedade da familia, agora vemos famflias urbanas menores em que ‘ambos os pais trabalham fora de casa e os flhos passam boa parte do tempo na escola ou na creche. O nitmero cada vez mafor de divércios também afetou a familia nuclear. Flhos de pals Atvorciadostalvez morem na casa da me ou do pal, ou poderdo deslocarse entre uma e outa, O lar dessa famfle pode Inclulr um padrasto ou madrasta e meios-irméos, ou 0 matragto Desdobramento de ura sequence natural de mudangas fase com- portamenais v Para ter um calo, vocé precisa de genes que de aigum modo ‘facam calos”, mas a acdo ‘ambiental de constante friogdo da pele também é necessdria, caso contrério nunca se formar um calo, Ento, os calos tém ais a ver com a genética ou com o ambiente? doo asmbianton) fomia nuclear Unidade econbricae domestica que compreendelagas de paentesco femvohendo dass geragoes e que conssieem pale mse, cu apenas lum dos de seus fos olegios adotadosou enteados 10 Diane E. Papalia e Gabriela Martorell fama extansa ede de patentesco ervaivendo i= tat geragdese formas por pas hos ‘eoutos paentes as vezesvivendo Juntos na mesma la Quando estamos imersos % em uma cultura, € difietl pereeber 0 quanto do que fazemos 6 afetado por ela, Por exemplo, hd diferencas regionais nos Estados Unidos em relaedo @ como sdo chamados os refrigerantes. 0 termo "pop" & mais comum no Meio-Deste, nas Grandes Planicies ¢ no Noroeste; “coke” & 0 termo geralmente usado no Sul ¢ no Novo México; @ “soda” é usado principalmente na California e nos estados da frontetra. sive socioeconémico (NSE) Combinacie de atoresecondmicos ‘esocsis que desreve um inva ‘ov ura aml, eque incl rence, ‘educacioe ocupario. companheiro ou companheira do pai ou da mae. H4 um niimero cada vez maior de adultos solte ros e sem filhos, pais nfo casaios, lares de gayse Kesbicese lates interraciats (Krogstad, 2014). Néo hd mais ume fotma dominante de familia (Pew Research Center, 2015). Em vez disso, a melhor ma- neira de descrever as familias na atualidade € observando que so caracterizadas pela diversidade, Em multas sociedades da Asia, Africa e América Latina, e entre algumas familias norte-ame- ricanas que remontarn sua linhagem a patses desses continentes, a familia extensa ~ uma rede rmuigeracional que inclui avés, pal e mae, tos, primos e outros parentes mais dstantes ~ 6 a forma tradicional de familia, Muites pessoas vivem em lares extensos, onde tém contato dirio com os familiares. Os adultos geralmente compartitham o sustento da familia e as responsabilidades pela criagdo dos filhos, os flhos mais velhos séo responses pelos irmaos e irmas mals novos. Hoje, lazes extensos esto se tomnando ligeiramente menos comuns em muttos paises em de- senvolvimento (Bradbury, Peterson, & Liu, 2014) devido em parte &industrlalizagao e 8 migracéo para 0$ centros urbanos {Kinsella & Philips, 2005). Enquanto isso, nos Estados Unidos, pressoes econdmices, escassez. de moradias e criancas geradas fora do casamento ajudaram a alimentar ‘uma tendéncia de lares de familias com tes e até quatro geragdes. Em 2016, 20% da populagéo dos Estados Unidos, totalizando 64 miles de pessoas, viviam em familias multigeracionais, um recorde, Esse ndmero tem aumentado continuamente desde que atingiu seu menor ponto no ccomeco da década de 1980 (Cohn & Passel, 2018}. ates multgeractonais tomnaram-se mats comuns nos iltimos anos por diversas rezSes. Prime! 10, porque tanto homens quanto mulheres estao casando mais tarde, e assim continua morando ‘em casa pot mals tempo do que de costume. [sso passa a ser mais comum durante recessbes na ‘economia norte-americana, Segundo, por cause do influxo de popualagdes imigrantes desde 1970. -Essesimigrantes estéo mais propensos do que as familias natvas a procurar lares multigeracionals por questdes de praticidade e também de preferéncia, De fato, mesmo entre os nlo imigrantes, ace ‘e etnla infuenciam. Latinos, afro-americanos e asléticos esto mais propensos a viver em famfias ‘muligeraconais do que os brancos. O ditimo motivo para esse aumento € que es pessoas agora ‘vivem mals, e pals idosos as vezes se beneficlam da Inclusdo na casa de seus filhos (Krogstad, 2015). Nivel ocioeconémico A pobreza ¢ wn problema global. Apesar de o nimero de pessoas pobres ter diminuido em mais de 1.1 bilhio desde 1990, mals de 736 miles sobreviviam com menos de 1,90 delares por dia em 2015 (Figur 1.1). Algumas regjGes jf atingiram suas metas para 2030 Ge reduzt a pobreza para menos de 3%, incluindo Leste Asiico, Paco, Europa e Asia Central, ras a Africa Subsaariana ainda tem fortes diftculdades nesse sentido. A malorla da populacdo pobre ‘mundial mora em zonas rural, trabalha na agriculture tem baixa escoltidade (World Bank, 2018). ‘A pobreza tarabém 6 um problema nos Estados Unidos. © nimero de criangas em families pobtes ou de baixa renda aumentou desde arecesséo de 2008 lang, Ekono,& Skinner, 2016). Em 2017, cerca de 12,8 milhées de crancas norte amerianas, ot 17,5% do total, viviam na pobreze, ‘que representava o grupo mais pobre do pats. Quase 6 mies delasvviam na pobreza extreme, definida como menos de 12.642 délares por ano para uma farnfia de quatro pessoas. As crances ‘mais ovens, que sto as roais vulnerdvts, também sio aquelas com a malor probabilidede de viver 1a pobreza (Children's Defense Fund, 2018). Embora néo sejam afetadas na mesma proporcéo, as crancas de familias de baixa e média renda, mesmo aquelasacima da linha da pobreza, ainda estéo ern desvantagem etn rlagio aos seus ‘colegas mais icos quanto &estabilidade no emprego edesigualdade de renda (Foundation for Child Development, 2015). Nos Estados Unldos, raga ou etnia mutes vezesetioassociadas ao nivel so- cloeconémico. Criangas afro-amercanas, asics, thus do Patio, nativas americana, natives do Alascae hispnicas esto mals propensesaviver na pobteza do que suas colgasbrancas (Kids Count Data Center, 2017; Children’s Defense Fund, 2018) ‘Apobteza 6 estesantee pode pejuicaro bemestar fico, cognitive picoscoctl das ciangas das fabs, As clans mals pobestém maior probabilidae do que as ours de passat fome, foam doentes com mals frequéncia, 18m menos acess a servigos de sade, vivenclam mais stuagbes de violencia confito falar e demonsram tals problemas emoclonais ou comportamentals (National ‘Academies of Sciences Engineering and Medicine, 2019; Schickedenz, Dreyer & alfon, 2015; Ecken rode, Smit, McCarthy, & Dineen, 2014; Yoshikawa, Abe, & Beardie, 2012). Seu potencial cogtivo fo desempenho oa escola também séo mais prejudicadas (Wolf, Magnuson, & Kimbro, 20 Hanson, Wolle,& Polak, 2015). Desenvolvimento Humano 11 Nimero na pobreza extrema (milhées) FIGURA 1.1 2000 Nomero na pobreza extre- a= ‘ma, 1990-2013, ‘600 /haoo i990 «1953—~=«*1996~~=~«1998—~—«2002~—~— NCO OTT OTS Ano coo Leste da Asa Paco ss Suda As Exeope Oriental e ha Central ita Subanon América Latina e canbe orient Macioe Nore da Atica Fonte: Gupo oid sank(016) Mungo © mal causado pela pobreza multas vezes € indie‘, pelo impacto causado no esto emmoco {al dos pals ena parentaidade, bem como no ambiente doméstico. As ameacas ao beim-estar, como _geralmente acontece, mubiplicam-se quando vitlos fatores de risco ~condigBes que aumentam a fates devisco Proaildate de une consequencl negate - ext presets Além dso, quanto mals ced i, Cte seta i _Apobreza, mas tempo ela dua, e quanto malot a concentragio de pobreza na comunidade em que 2% de wna conse as crlancas moram, pioes os resultados para eas (Chaudry & Wimer, 2016}, | Contudo, os efeitos negatives da pobreza nao sio inevitavets. O desenvolvimento positivo [Faint pote ocorer,apesat de sis fatotes de isco, Por exempla, fatores como parentaliade aots- ¥ dara (Moris tt, 2017; Brody et, 2017; Barton, Yo, Brody, &Ehile, 2018) ou deteminados A Nos Estados Unidos, _ Pets de temperamento (Moran etal, 2017; Rudasil, Hawley, LoCasele-Crouch, & Buns, 2017) [ode proteger as criancas dos efeitos nocivos. Considere aescritora Maya Angelou, ganhadora do Pulitzer; cantora Shania Twain; orappes, compositor eprodutar musk Jay-Z; a prod: ito mais ‘rae apresentadora de televisto Opran Wintrey. Todos cresceram na pobreza, presses reia loa, es "A riqueza, além disso, nem sempre protege as criangas contra riscos. Pesquisas indlcam que ProPers ue _ 8 adolescentes de familias rics, especialmente as meninas, corem risco malar de soter de pro- -P@SSeals do que no Japao. € por | Plemas com uso de drogase tem nels mais elevados do que as médias nacionals. Teorizese que U6? Uma igs aeeed pode sar a + Causa seja a combinacio de maioresnfvels de renda dispontvel com mice tolerincia dos pais @Strutura social mais (ture _ 280 de drogas em relacéo a outras violagdes, como roubo ou problemas académicos (Luthar & Raquele pais. Quando vocé pode | Goldstein, 2008). Embora parte desserisco malor pose ser causada pla pressio para ter sucesso fazer ¢ desfazer amizades com © pela falta de supervisio dos pais ocupados (Luthar Latendresse, 2005), grande parte do resul-_facilidade, € preciso fortalecer j ‘ado parece ser causada pela assaciaco com pares desviantes no contexto escolar (Coley, Sims, os vinculos sociais o maximo Dearing, & Spielvogel, 2018). posstuel. Su et. 2010 Cultura e raga/etnia A cultura refere se a0 modo de vida global de uma sociedade ou grupo, ‘Que inclul costumes, tradigbes, leis, conhecimento, crencas, valores, linguagem e produtos mate ‘als de ferramentas a trabalhos artsticos ~ todo comportamento e todas as aitudes aprendidas, ung ‘ompartihadas¢ transmiida ene 0s membros de um grupo social. A cultura estéem constante Sinadode vita globade unos ‘uence, geralmente mediante contato com utes cultura. Hoje, 0 conate cultural €tncremen cede ou deumgtup gee neu {ado por computaore elas telecomuncagbes. © e ma as mensagesinstatinease asmilas COME eens alos, ‘Social oferecem uma comunicagio quase imediata em todo o planeta, e servigos digitals como 9 ;aguageme produtos materi: tcdocorparamens saqande que Tunes io a pessoas do mundo inte fl aceso a misleas mes. ‘cannvio dos pasponcsties 12 Diane €.Papalia e Gabriela Martorell 2018 2000 2018 2080 36,4% rancas no hispdnicos 9.5% 60,5% — 55,7% 443% 296% 50A% —63,6% * so his (eh Aduttos (0) 17 an9s ou menos FIGURA1.2 Projecées populacionals para grupos minoritérios e de brancos néo pa 05, 2018-2060. De acordo com projecdes da Agencia de Recenseamento dos Estados Unidos (US. Census Bureau), as minorias étnicas representardo a ‘maioria da populagdo do pats até 2045. A populacdo twanca é mais vetha,cresce mais lntamente e, prevé-s, id diminui. Fonte US. Census Bureau 2008; Fey. 2018 grupo étnico Guo unide por ancesaldads 92, relindo ings ou crigens nacona, ‘que contousr para formar um sen S50 identidade comum ‘Um grupo étnico conse em pessoas unidas por determina cultura, ancestalidade gio, Lingua ou orgem nacional, tudo sso conbuindo para formar um sens de entice, att des, cengase valores comuns. Acreditase que, até 2044, ae mintias nies das Estados Unidos represent a aio da populagio (ira 1.2), Esa marca fo quae atl pels cranes de tanonas tnicas, que compreendam alg er tao de 4% de todas as cians nos Estas Unidos fm 2014 Prevése que, até 2060, 64% das ciangaspertenam 2queles grupos que agora so mi uta, ea propor de rans hspnics ou tins ~ 335% ~serd quate igual 20s 35,6% de brancos niohispnicos (Colby & Ortman, 2015). (spades eiics cults afta o desenvolvimento por sua infuéncla na compasicf de uma fant, nos recursos econdmieas e soc, no modo como seus memos age em relag30 tanseos otros, nos alimentos que comer, nos ogse nas brincaetas das eines, na forma como zprendem, no eproveltamento escola, as proses escolhisas ples adults ena manera co of membros da faa pensam e percebem o mundo (Pane, 2004). Por exemso, um estudo Cenrluiu que pals imigganteshspdncos tm menor probaiidae debater nos Bhs jovens do que pals isptnicos naseldos nos Estados Unidos (Lee & Alschul, 2015). Presumese que as famflas his lias que mora: nos Estados Uidesbmaisterapo adotaram normas cultures noteamercnas sobre quando a punigso corporal € una exratéa dcpinat apropriad para crlangas pequenas (Taylor etal, 2016). (Os Estados Unidos sempre foram una nao de nigran tes e grupos émios, mesa principal orgem él da popul: céo inigante desoeouse da Europa edo Cazacs para 2 Ala a América Latina (Hemandez, 2004), fm 2007, mas de 20% da popuago era de imgzaies ou fs de grants. ais imigantesveram do Mexico do que de ququer outro pas, eorestane velo de nagbes do Cae, dest edo oe- te da Asia, Austrélia, Américas Central e do Sul, Indochina, antiga Uno Soviéca Abia, Para informagSesatuazadas sobte a situagio atl da mlgrgio nos Estados Unids, ver Segto Janel para o Mando. E importante lembrar que h4 uma grande diversidade dentro de amps grupos tics. Americanos oii 2 Ciba, Anica do Sul e América Cental so todos ame Aexisténcia de Marcia e Mille Biggs, gémeas fraternas que comparti-canos hispénicos, mas tém diferentes histélas e culturas, ham aproximadamente 50% dos seus genes, questionaoconceito dee podem ser descendentes de afticanos, eurozeus, nativos raga enquanto construto biolégico. Vege Featre/ Sacro Mesa/Gerimanes ‘americanos ou uma mistura dele. Afro-americanos do sul ru- ral diferem daqueles de ascendéncia caribenha, Americanos FAMILIAS DE IMIGRANTES 0 Estados Unidos so uma nagSo de Imigrantes, conhecida pela sua civersidade cultural e que atrl pessoas que buscam rf, Ibetdade, seguranga f= rancera ou uma segunda chance na vida. Em 2016, estimavase que 43, mihdes de imigrantes (135% de popula} rotavam 003 Estados Unidos (Zong Batalov, & Hallock, 2018). Asorgens vices da populagho imggante mudaram sign Acativamente nos itimos 100 anos. Em 1910, a malta dos in ajantes nos Estados Unidos vinham da Europa edo Canada. Em 2010,a grande maiva dos migrates viham do Mea, da hla € 40 Cab. Desde ento,os maores aumentos percentuals ocor team etre iigrantes do sul do Asa, Oriente Méco @norte da ‘Aiea. Contud, mais migrantes vim do México (25%) do que de aqualauer outro pats (Camarota & Zeigler, 2016) Mas ese cendrio Pode estar mudando: hs indcls de que anigtagéo a China e a India esta se acelerando, enquanto a mexicana esta em queda (Chisht atipsman, 2015. Um qurt (25,8) das etangas nos Estados Unidos vii em | fafias de migrantes em 2016, e882% dels havamasido nos | Estados Unidos o que astomnava cidade norte americana (Chit J dren in Us. migrant Famles, 2016) As eriangasimigrantes sho [ Conupo quecresce mas pid nos Estados Unidos As ondas de, || Imigragao anteriores foram predominantemente de pessoas bran- 2s cists,masa nova onda tm dverstdade multomaor. As follas de Imigrantesprelsary navegar por aferengas Cultura elgiosas ede inguager,e muitas vezes também de tice de valores. Os imigrantes podem chegar com pouca es © Colaiddee multas veesndo possuem documenta, Assim, _ apesar de haverpoucas derengas nos indcadots de trabalho entre imigrantese natives nos Estados Unidos, os patos tém "probablidade maior de ter empregos com arosbabose que _ enwoiver rabatho manual No surpreende eno, que 21% das fanfas de migrates viva na pobveza, £2014, cds fom- “las de migrates usovam pelo menos um programs de bemves- |e soci do govern, em comparagio com 27% dos natvos, um "mero deterninado princlplmente pela presenca de clangas "asco: nos Estados Unidos (amarota & Zeigler, 2016). Apesat © 68 3 maoia dessas fms estar legalmente qualiiada pare | eceber servgosecontbui cam impostos. 1 das fomflas de | imtarontesndotunham seguro sade e aesso a servis de saude J) adequados [__ Mut migrant cnvivem com o medo de seem inter fogadose deportados eso vias de race e dlsciminacso. fm 2012, surgiuo programa DACA Detered Action for Chléhood Arivls~ Aso Overt para Chegadas na nfnci),projetado JANELA para o munde para permit que os flhos de Imigrantes, muitas vezes levados 08 Estados Unidos enquanto ainda bebés ou crlangas pequenas, tivessem mais tempo para resolver sua documentagio, abtives: sem vistos de trabalho e ganhassom um perfodo renovavel de dois anos para diferr agdes relativas @ deportacdo, Individuos. com crimes ou contravenes graves no seu hist6rico néo tinham direto a partcipar do programa (Department of Homeland Secu- rity, 2016),Em 2014, o presidente Barack Obama tentou expandir © programa, embora este tenha sido bloqueado pela Suprema Corte. €m 2017, 0 presidente Donald Trump rescindiu a expansso anunciou planos para eliminar gradualmente o DACA. A sua constitucionalidade fol questionads (State of Texas v, United Sta: tes of America, 2018), mas 0 programa continua ativo, Seu futuro, oentanto, 6 incerto. Apesar de a imigracio poder ser dificl, quanto mais tempo ficam nos Estados Unidos, mals os imigrantes avancam. A medida {que vo se acuturanelo, as mesmas lutas sko menos proeminen- ‘es nas familias de imigrantes de segunda e terceira geracio.E os imigrantes trazem diversidade racial, cultural e étnica 20 pais, 0 {que permite que os americanos descubram novas formas de vi. ver, novas linguas,religides e culinéias. Os imigrantes também {razem ideiasinovadoras e beneficios econdmicos. Um quarto de todas as empresas de engenharia e tecnologia dos Estados Uni- dos fundadas entre 1995 © 2005 tinham pelo menos um fundador Imigrante (The Effects of Immigration on the United States'Eco- nomy, 2016). Mais de metade de todasas patentes concedidas em 2014 foram para individuos nascidos no exterior (Grenier, 2014). Os imigrantes muitas vezes trabatham na aaricutura, servicos de alimentagéo, manutencSo, construsdo e industria. Muitos desses, satores entrariam em colapso sem a mao de obra dos imigrantes Uacobl, 2012). As vezes, & fcil esquecer que os Estados Unidos foram fundados por imigrantes e qual foi o papel dos nossos ccestrals nesse processo. A imigracao continuaréatrazer profu dade riqueza & nagio e sua cultur. \Vocé (ou algum membro da sua familia) Imigrante ou filho de imigrantes? Em caso qual postive, quais os fatores que favoreceram sua’ — oudifcultaram suaadaptagio a vida no opinido — »2%emquevoct mora? Como voce imag- naa vida dos flhos de Imigrantes daqui a 40 anos? 14 Diane E. Papalia e Gabriela Martoreli genoraizagso nica Generalzagio eageredaa respelto eum grupo nko oucutural que bbscuieceas dferengasexstentes ena. do grupo Caractere de ur evento que ‘corte de mada semelhante pare maior ds pessoas deum grupo. geragio historica Grupo de pessoas que, durante seu erode de formacao,recebev fore Inoéncia de um importante evento toric verificador vocé é capaz de... oar exempios das inftudnclas do composigio famifare viinnan- ‘Ge nvelsecoeconémico, cura, Faealetniae contextohstrico? asidticos provém de vies pafses com eulturasdistintas, do moderno Japao industil 8 Chine ¢ as rmontanhas remotas do Nepal, onde muitas pessoes ainda vive & moda antiga. Os nativos ame- ricanos so constituidos por centenas de nacies, tribos, bandos e vila reconhecdos. Dada essa diversidade interna dos grupos, termos como negro ou hspéntco podem ser uma generalizacso érnica exagerada, que obscurece ow confunde essasvarlagBes. (0 termo raga, visto histrica e popularmente como uma categoria biol6gica identiicvel, € efinido mais precisamente como um consruto social. Nao h nenhum consensoclentfico sobre sua definigio, senda impossivel medio de modo confiavel (Helms, Jemigan, & Mascher, 2005; ‘Smedley & Smedley, 2005). Todos os seres humnanas pertencem & mesma classificagdo taxonémice: “Homo sapions. Contudo, pessoas de diferentes regioes geogrficas possuem dlerengas importantes de aparéncla; observe, por exemplo, as vriagoes de corde pele entre as pessoas de pafses do norte ds Europa e as da Afvca, Esss dferencas proeminentes levaram algumas pessoes 8 uatarem e falarem sobre as outras de forma diferente, apesar de 90% da variagio humana ocorrer dentro das ragassocialmente definidas, néo entre elas (Bonttam, WarshauenBaker, & Collins, 2005; Ossario & Duster, 205). A raa, como categoria socal, entretanto, continua sendo ur dos fatoes nas pesque sas porque faz diferenca em relagio a *como 0s individuos séo tratados, onde viver, suas oportu- nidades de emprego, a qualidade de sua assisténcia médica e se poder partlpar plenamente” em sua sociedade (Smedley & Smedley, 2005, p. 23). "As categoria de cultura, raga e etna sto fluidas e “continuamente moldadas redefinidas por forgas socials e polices" (Fisher et al, 2002, p. 1026). A dispersdo geogrdicae os casamentos Interracials, combinados com a adaptacéo as diversas condiqdes locals, produzirem uma grande heterogeneidade de caracterstica fiscase culturals nas populagdes (Smedley & Smedley, 2005). ‘Assim, Barack Obama, cuj pai é negro e africano, e@ mae, americana e branca, poderd pertencer a ‘mais de uma categoria racal/€tnlcae se Wenticar mais fortemente com uma ou outra em difeen- tes momentos (Hitin, Brown, & Edes, 2006). Ocontexto histérico Houve época em que os cientistas do desenvolvimento davam pouca atencEo a0 conterto histérico — 0 tempo, ou épocs, eim que as pessoas vivem. Depois, quando (0s primeiros estudos longitudinals sobre a inféncia estenderamse até a idade adult, os pesqu- sadores comecaram a se concentrar em como certas experténclas,Iigadas ao tempo a0 lugar, ‘afetam o curso de vida das pessoas. Hoje, 0 contexto historico ¢ parte importante do estudo do desenvolvimento. Pera entender semelhancas e diferencas no desenvolvimento, precisamos olhar para dois tipos de influénctas normativas: eventos biolGgicos ou ambientals que afetam multas pessoas, ou a maiora delas, em uma sociedade, e eventos que alin gem apenas certos individuos (Baltes & Smith, 2004). Influéncias normativas reguladas pela tdade (ou etéras) sto muito seme thantes para pessoas de uma determinada faa etérla, O tempo de ocorréncia de eventos biolégicos é razoavelmente previsivel dentro de uma faixa normal. Pot cexemplo, as pessoas no passam pela experiéncia da puberdade aos 35 anos ou da menopausa 20s 12. “Unfuénctas normativas reguladas pela histéra ao eventos signficativos (ais ‘como a Grande Depressio ¢ a Segunda Guerra Mundial) que moldam 0 compor tamento e as atftudes de uma geragdo histérica: um grupo de pessoas que passe pela experiéncia do evento em um momento formativo de suas vidas. Por exer: plo, as geragoes que se tormaram malores de idade durante a Depressao e a Se- 0 uso dsseminado dos computadores €uma in- gufda Guerra tendem a mostrar um forte senso de imerdependénca e conflanca fluéncia normativa sobre o desenvolvimento da social, que declinou entre as geragSes mais recentes (Roger, 2002). Dependendo crianga, requlada pela historia, eque nao existia de quando e onde viver, geracdes inteiras podem sentir o impacto da escassez nas geragdes anteriores. amie Gaiety ages de allmentos, das explosbes nucleares ou dos ataques terrorstas. Nos patses oc!- dentais, os avangos da medicina, bem como os aperfeicoamentos na nutricéo Desenvolvimento Humano 15 Patinhos recém=niascidos seq (Sinn aso etncogo Konrad ota Nina neat LF Pete CoteconiGey meget no saneamento, reduziram dramaticamente a mortalidade infantil Hoje, & medida que as criancas vio crescendo, sto influenciadas por computadores, televiséo digital, internet e outres inovacbes ‘tecnolégicas. As mudangas socials, como o aumento da presenca de mées no mercado de trabalho ede lares de pais ou maes soltettosalteraram, e muito, vida familiar Uma geracao historia néo € a mesma coisa que uma coorte etéria — um grupo de pessoas nascido aproximadamente na mesma época, Uma geracio histérica pode conter mais de uma coor {e, mas as coortes fazem parte de uma geragéo histGrica somente se passarem pela experiencia de importantes eventos histdicos em um momento formativo de suas vidas (Rogler, 2002) Influéncias no normativas sto eventes incomuns que causem grande impacto na vida dos ‘ncividuos por perturberem a sequéncia esperada do ciclo de vida. Podem ser eventos Upicos que acontecem em um momento atipico da vida (como @ morte de um dos pats quando a crianga & Pequena} ou eventos atfpicos (p. ex. sobreviver a um acidente afreo), Algumas dessas infuéncias estdo além do controle da pessoa e podem apresentar rarés oportunidades ou sérios desatios, que ‘ho percebidos como momentos decisvos na vida. Por outro lado, as pessoas As Vezes ajudam a criar ‘seus préprios eventos nfo normativos — digamos, ao decidirem ter um bebé, ou a0 se interessarem, | Bor hobbies perigosos como praticar skydiving e assim participar ativamente de seu proprio desen- volvimento, Juntos, esses ts tipos de influgncla — normativa regulada pela idade, normativa regu ‘ada pela historia e nfo normativa ~contiblem para a compleridade do desenvolvimento humano, | Bem como para os desafos que as pessoas vivenciam ao tentar construir suas vidas. | m.um estudo muito conhecido, 0 zodlogo austfaco Konrad Lorenz (1957) mest que patinhos ecm chocados seguem instintivamenteo primero obeto em movimento que eles virem, sla um Tembro de sua espécie ou nao. Esse fndmeno chama-se imprinting, e Lorenz acredtava que fs | 5 automatco e kreversvel, Geralmente, a ligagéo instintiva é com a mée; quando o curso natural "dos eventos for perurbado, porém, outros vinculs, como aque estabeleido com Lorenz - ou ne | Mhum vinculo - podem se former O imprinting, dzia Lorenz, € o resultado de wma predisposicdo | Aaprendtzapem a prontdio do sistema nervoso de um arganismo para adquirr cera informagbes “urante um breve periodo crtcono comeca da vida. Period exitco € um interval de tempo espefco em que um detemminado events, ou asva stn, causa um impacto espectico sobre o desenvolvimento, Se um evento necesilo nfo Ocor "urate um pefodo cic de aturago, o desenvolvimento nolo corer 0 padres anormas peer ser ieverstvels (Kuhl, Conboy, Paden, Nelson, fe Prt, 2008). No entant, 2 {xtesio de um period cin nao € absotamente fia eas condos de tac de patios forem ateradas pana desacelear seu crescimente,o petiodo cio usual para o dmprnting poeta Ser etn eo proprio imprinting avez sia até reverido (Brut, 2001} Atualmente, a presenea da midia acarreta uma influénecia normativa em criangas pequenas, que hoje utllizam com habilidade aplicativos de iPhone desenvolvidos especialmente para elas. Como isso poderd ‘moldar seu desenvolvimento? Sioa. 2010 Grupo de pestons nase apron cdamerce ma mesme 608 Carctersico de um evenoincomum queacontece com umadeterminads pessoscude um evento tipo que cote fora de seuparodo usual verificador Voce é capaz de... Dar exempios de influtocias noratvaseguladas pela idsde, normativa eguladas ela hist- genio rormativas? imprinting Forma instnva de sprendzagem em ‘que um inate de nial dante um Beiodo oreo ne ince de seu de Senvolimeno,exabelace um vinci Iocomoprimeia objeto que le vé ‘en movimenta geraimente amie, periodoextieo Incerao de tempo espectico em que um determinade eventoou sua austin cause un impacto spec cosobre a deservehmento, pesquisa em acdo MANHES Imagine que esté com um bebezinho nos bragos. oct comesaa falar, ele abre um sorriso desdentado. Vocé nota alguma diferenga ra Soa fala? Suas palates 0 mals simples? Voce faz sons bobs pata chamaraatencio dele? A pesqita ranscutural nos jude a descobr qual axpectas do nosso comportamento s0 univers (ou sj, comune a todos os seres humanos) equas sic cutualmente especlfcos, produ: tos da nossa elagto. Uma sre de pesquisa transcltural envlve ‘ovmanhés; os padrbes deal ciferendados usados com aiangas pequenaspré-terbalsOmanhs, ou fla digida a0 bebe (Oi fantalrected, inci gramsticasimpiicada, rma mais lento, 2- tiagBes de tom, intonagso exageradse repetiao de expresses € polavias-chave (Estes & Huey, 2013: Ma, Golinkot, Houston, {ish-Pasek 2011). Ambos os géneosutlizam a fala D Pegs. Werke & McLeod, 1992: Soderstorn, 2007 Afala 1D &atamente envolvente pata os bebls tral a sa atengdo para linguogem {alad, Os adults flam desa forma até com os recé-nascidos Uohnson, Caskey, Rand, Tucker, Vol, 2014) e bes de apenas 7 meses j& demonstram preferéncias por fala ID. Na verdade, os babes prestamatengo especial falalD até em dlomas que nso 0 proprio. Pegg, Werker @ McLeod (1992) descobriram que aintona- ‘glo exagerada da fala 10 (a elevacdo.e diminul¢ao da voz) atrai os bebés sla ela apesentada no seu inglés nav ou emicantonts Oinlts dos Estados Unidos & 0 dioma mais estudado do ‘mundo com elagio. fal, mash evidenclas demanhés rans ccuttural’ (p. €x. francés, espa ol, hebraico, japones, fijiano e luo, tr ion de Quan da Tancini) Também hs semelhangos ee iatonacde) entre diferentes ilomas beeen pls Um estudo sobre vo- 1 pated sugere qua fala D en- ae fuagem. Omanhesceptura Mee de uma forma conversacional nos de fla Borntln,Putnck, Cote Haynes, suwnlsy 2019, A fala ID também pode ajudar a transmitir normas cultu- sais, Fernaid e Motikawa (1993) determinaram que as maes nor- {e-amerleanas usa ert ieagto de substantvos com mas frequéncia ‘(COlha $6 0 carro... Estas so as rodas”), enquanto as nats oporesas usm a fla D pra enatizarineracBes socials (carro far vray €u du para vec. Voct me devolve’ As tres japoncsstarbim efazavarnasnormas clas de em pata ¢ boa educa na fal 0, promoweno valores cultures de Interdependénci niereonexdo harmona. Mastin eVogt 2016) chegaram a uma concluséo parecida em um estudo com bebés _magembicanos. No interior do Moambique, utilizar se mals pa- lavrasrelativas a parentesco, o que enfatiza valores coletivos, em relacéo as reas mals urbanas. ‘Algurnas culturas desencorajam faa IO. No Quénia, os gus fndo acraditam que seja til ou necessério conversar com bebés (Richman, Mille, & LeVine, 2010). Os ifaluk da Micronésia nfo vveem sentido no manhs, pols acredita-se que os bebés nde pos- stem capacidade de entendimento (Le, 2000), ¢ 0s moradores de \larejas remotos no Senegal temem que espiiitos maléficos ve- ‘nham a possuir os bebés com os quals alguém conversa (Weber, Femald,& Dion, 2017; Zethn, 2011). Como consequéncia, neséas cculturas, quase ndo ocorrem esforgos no sentido de se falar com bbebés, apesar do contato quase constante com seus culdadores. {A fala ID esté associada a dlversos beneficios, incluindo @ associagéo dos sons de palavras com sentidos (Estes & Hurley, 2013; Ma, Golinkoff, Houston, & Hirsch-Pasek, 2011; Bergelson, & Swingley, 2012), maior recontiecimento de palavras no longo pprazo (Singh, Nestor, Parikh, &Yull, 2009) e maior atividade neu- ‘ol6gica quando as palavres sf0 enunciadas em fala ID (Zanal & ‘mils, 2007). A natureza chamativa da faa ID orienta os bebés em direcéo 3 linguagem falada, enquanto a sua naturezasimplificads € repetitiva funciona como uma estrutura que apota a aqulso da linguagem. A fala ID ndo 6a tnicafonte de linguagem e pode ‘epresentar apenas 15% da linguagem total As erancas também ‘escutam 05 adultos falarem uns com os outros ecom seus irméos, fe aprendem com isso. preferéncia por fale ID comega a diminuir jos 92 12meses de idade, quandoos bebts se tornam lingulst- ‘emente mas sfisticados Soderstrom, 2007). € interessante que as crlangas pequenas adquirem fluéncia mals ou menos na mes: ‘ma época em todo 6 mundo, ndependentemente do uso ou no uso da fala 10. Alinguagem, a0 que parece, & importante demais, para ser deixada a0 caso. ‘O*manhés"é uma prética comum na sua ‘cultura? € quanto a cantar masicas de ninar, ler livros e contar histbrias para bebés pré- -vetbals? Como voc® continuariaaestimutar ‘desenvolvimento da linguagem apos os ‘bebés comecarem a reagir com balbucios (ou suas primeras palavras? qual’ asua Desenvolvimento Humano 17 (Os seres hmanos passam por perfodes critcos como os patinhos? Se wma mulher é submetida a raios X, ingere certos medicamentos ow contrai doencas em determinados periods durante @ sgavidez, o feto poderd presenta efeitos nacivos especiicos, dependenda da natureza do dano, do ‘momento em que ocorreu e das caracteristicas do proprio feto. Se um problema muscular que in terfere na capacidade de focar 0s dois olhos no mesmo objeto nao for corrigda durante um perfodo critico no inicio da infancie, 05 mecanismos do cérebro necessétios para a percepcdo binocular de profundidade provavelmente ndo se desenvolverao (Bushnell & Boudreau, 1993). Todas as crane preclsam ser expostas 2 estimulos linguistcns e Interacgo social no inicio da vida para desenvol a linguagem da forma normal, ainda que, como discutido na Seczo Pesquisa em Acao, nem todas as cultures user “manhés" no mesmo nivel [No entanto, 0 conceito de perfodos critics nas seres humans € polémico. Como muitos as pectos do desenvolvimenta, mesmo no dominio fsico, mostraram plasticidade, ou desempenho passivel de modificacio,talvez seja mals wil pensar em (ermos de periodos sensiveis, quando uma pessoa em desenvolvimento ¢ especialmente raceptiva a certos tupos de experiéncias (Bruer, 2001), ‘Sao cada vez malores as evidéncias de que a plasticidade nao apenas uma caracteristca geral do desenvolvimento que se apica a todos as membros de uma espécie, mas que também ha diferencas individuals na plasticidade de respostas ans eventos do ambiente, Parece que algumas ‘riangas ~ sobretudo aquelas de temperamento dif, altamentereativas e portadaras de determi ‘adas variantes de genes ~ podem ser mals profundamente afetadas pelas experiéncias da infanci, sejam positivas ot negatives, do que outras (Belsky & Pluess, 2009), Essa nova pesquisa sugere que Caracterfsticas supostamente negativas ~ como temperamento difill ou retivo - podem ser adap tativas(positivas) quando o ambiente apoie o desenvolvimento, Por exemplo, um estudo recente ddescobriu que criangas que eram altamente reatvas a eventos do ambiente apresemtevam, como era de se esperar respostas negativas como agressio e problemas comportamentals quando diante de fatoresestressores como o confto conjugal em suas familas. Surpreendentemente, contudo, quan | do os niveis de adversidade da fama eram baixos, rlangas altamentereativas apresentavam perfis ‘nda mals adaptativos que es eriancas de baixa reatividade. Essa criancasaltamente reaivas eram ‘mals sociéveis, mals paticipativas na escola e demonstravam nfvels menores de extemalizacao de Sintomas (Obradovic, Stamperdanl, Bush, Adler, & Boyce, 2010). Pesquisas como essa mostram laramente @ necessiade de redefinis a natureza da plasticidade nas primetras fases do desenvolvi | mento, etentando para as questbes da reslitncia e do risco. Abordagem ao desenvolvimento do ciclo de vida _ Paul B. Baltes (1936-2006) ¢ colaboradores (1987; Baltes & Smith, 2004; Baltes, Lindenberger,& "Staudinger, 1998; Staudinger & Bluck, 2001) identficaram sete princfplos béscos na abordagem | OU teorla do desenvolvimento do ciclo de vida que retomam muitos dos conceltesdiscutidos neste ‘apttulo. Juntos, esses princfpios servem como uma estrutura conceltwal amplamente aceta para 0 estudo do desenvolvimento do ciclo de vide: 1. Odeservolvimento €vitafct.O desenvolvimento é um processo vtalicio de mudana. Cada Perfodo do cicto de vida é afetado pelo que aconteceu antes e afetaré o que estd por vit. Cada Derfodo tem caracterstces e valores tnicos. Nenhum perfado é mais ou menos importante que qualquer outro. 2. 0 deseniretvimento é multidimensional. Qcorre a0 longo de miltiplas dimensées que inte ‘agem — bloldgica, psicol6gia e socialmente -, cada wma delas podendo se desenvalver erm stmos diferentes, 3. 0 desenvolvimento é muttairectonal, Enquanto as pessoas ganham etn uma érea, podem per er em out, 8s vezes a0 mesmo tempo. As ctiangas crescem prinelpalmente em uma diregéo ~ Para cima tanto em tamanho quanto em habilidades. Depo o equlfrio aos poucos se des 4oca. Os adolescentes ganham em termos de habilidade fsic mas sua fecilidade em aprender uma aova lingua declina, Algumas habilldades, como o vocabuléro, geralmente continuam ‘crescendo a0 longo da dade adulta; outras, como a capacidade de resolver problemas com os plasticidade Vraci0 da modVieablidede do desempenno, periodos sensivels Moments do deservolvimento em ‘que a pessoa ests patculrmente receptva pore cence tps de expentnel. * A busea de atividades perigosas pode ter influéneia dos genes. Especificamente, uma mutagdo nos genes que codificam a dopamina parece estar relacionada a comportamentos de alto risco, Derige eta. z01 verificador “Wocé é capaz de... bierendiaperido crc epe ‘odo sensvel car exemplos? 18 Diane E. Papalia e Gabriela Martorell verificador vocé é capaz de... D- Fazerumresuma dossete pring pos da abordagem a0 desenval- wimenta do cio de vida? resuM0O q Desenvolvimento humano: um campo em constante evolugdo + Desenvalvimento humano éo estudo cientifico de processos de mudanga eestabilidade. + A pesquisa sobre o desenvolvimento tem aplicagées impor- ‘antes em varios campos. quals néo estéo familiarizadas, poderdo diminuir; mas alguns novos atributos, como a sabedo- ria, podergo aumentar com @ idade. Influéncias relatvas de maudancas biotégicase culturais sobre o ciclo de vida. O processo de desenvolvimento ¢ influenciado tanto pela blologia quanto pela culture, mas o equisrio entre cessas inlluenclas se altera, Habilidades bioldgics, como acuidade sensorial, forca e coordens ‘gdo muscular, tornamse mas fracas com @ idade, mas apoios culturas, tais como educagto, re Jactonarmentos ¢ ambientes tecnologicamente adequatos & idade, podem ajudar a compensar. 5. O desenvolvimento envolve mudanca na alocagao de recursos. Os individuos escolnem como “invest” seus recursos de tempo, enetgia, talento, dinheiro e apoio social de varias manelras. (0s recursos podem ser usados para o crescimento (p. ex., aprender a tocar um instrumento ‘ou aprimorar uma habllidade), para a conservag%0 ou recuperacdo (praticar para manter ou recobrar uma proficiéncia), ou para lidar com a perda quando a conservacéo e a recuperacio no forem possvels. A alocacéo de recursos para essa trés fungBes muda ao longo da vida, & medida que diminui o confunto de recursos disponiveis. Na infinciae na adultez erergente, a maior parte dos recursos € direcionada para o crescimento; na velhice, para a regulacto da pera, Nameta-idade, 2 alocagio é mais equilbrada entre as trés fungbes. desenvolvimento revel plastcidade. Muitas capacidades, como a meméria, a fora fice €@ resistencia, podem ser apefeigoadas com o treinamento ea prética, mesmo em idade avancada, ‘Mas, até mesmo nas criancas, a plastiidade tem limites que em parte dependem des véras in ‘luencias sobre o desenvolvimento, Uma das tarefas da pesquisa em desenvolvimento € descobrir até que ponto determinadostipos de desenvolvimento podem ser moxiicados nas diversas dads. O desenvolvimento é injluenctado pelo contexto histico e cultural. Caia pessoa se desen vvolve em miplos contextos —circunstancias ou condigGes definidas em parte pels maturagéo em parte pelo tempo e lugar. Os seres humanos néo apenas influenciam, mas também s40 {nfluenciados pelo contexto histérico cultural. Conforme discutiremos ao longo deste lv70, 0s Clentistas do desenvolvimento descobriram diferencas significativas entre coortes, por exer plo, no fincionamento intelectual, no desenvolvimento emocional de mulheres na meia‘dade ena flexiilidade de personalidade na velhice. palavras-chave O estudo do desenvolvimento humano: conceitos basicos “+ Clentstas do desenvolvimento estudam a mudanga e a esta- bilidade em todos os dominios do desenvolvimento durante todo a ciclo de vida. + Ostres principals dominios do desenvolvimento sé0ofisico,0 cognitive eo psicossacal. Cada um deles afeta os demais. + Amedica que os pesquisadares se interessaram em sequiro ‘desenvolvimento ao longo da idade adulta, o desenvolvimen. todo ciclo de vida tornou-se um campo de estudo. + Oestudo de desenvolvimento humano procura descrever, expli- car prever , quando apropriado,intervirno desenvohimento. + Osestudiosos do desenvolvimento humano recorrem a discl- plinas como psicologia, siqulatia, sociologia, antropologia, biolagia, genética, cacia da familia, educecao, historia, lo- sofia emedicina, + Os métodos de estudo do desenvolvimento humane ainda es- ‘ho evoluindo, fazendo uso de tecnologias avancadas. desenvolvimento humano (3) desenvolvimento do ciclo de vida (3) + Oconceito de periados de desenvolvimento é uma construgéo social, Neste lio, 0 ciclo de vida &dividido em oito periodos: pré-natal, primeira infancia, segunda Infancia, terceira infanca, adolescéncia, adultez emergente, vida adults intermedisria & vida adulta tardia. Em cada perio, as pessoas tém necessida- dese tarefas especifcas em termos de desenvolvimento. desenvolvimento fisico (4) desenvolvimento cognitive (4) desenvolvimento psicossocial (4) ‘construgio social (5) Influéncias no desenvolvimento «+ Asinfluénclas sobre o desenvolvimento véen tanto da hered- tariedade quanto do ambiente. Muitas mudancas tpicas da Infancia estio relacionadas & maturacéo. As diferengas indivi- duals tendem a aumentar coma Idade. Emalgumas socledades predomina a familia nuclear;em ou- ‘asa familia extensa, ( nlvelsocioecondico (NSE afeta os processos de desenvol- vimento e suas consequéncias em virtude da qualidade dos ambientes do lar eda vizinhanca, da nuttigéo, da assisténcia médica. da escolardade. Maltiplos fatores de isco aumen- ‘tama probabilidade de consequéncias danosas, Importantes influéncias ambientals se originarn na cultura, na emia eno contextohistico, raga & considerada pela maio- tia dos estudliosos uma construsso social As influéncias podem ser normativas (reguladas pela dade ou ela histéia) ov ndo normativas. ‘certostipos de desenvolvimento precoce. iferencasindividuais (8) hereditariedade (8) amblente (2) maturagio (9) familianuctear (2) familia extensa (10) | nivel socioeconémico (NSE) (10) Hi evidéncias de periodos erticos ou periods enavels pata DesenvolvimentoHumano 19. fatores derrisco (11) culture (11) ‘grupo étnico (12) ‘generalizacio étnca (14) ormativo (14) ‘geragio histérica (14) coorte (15) ndonormativo (15) ‘Imprinting (15) “pertodo critica (15) plasticidade (17) periods sensivels (17) Abordagem ao desenvolvimento do ciclo de vida °0S principidsida abordagem de Baltes ao desenvolvimento do Ciclo de vida induem as sequintes proposigbes:(1) 0 desenvol- Vvimento é vitalicio, 2) o desenvolvimento € multidimensional, @)odesenvolvimento é multdirecional, (4) as nfluéncias relativas da biologia e da cultura se alteram durante o ciclo de vida, (5) 0 desenvolvimento envolve mudanga de alocagso de recursos, (6) 0 desenvolvimento apresenta plasticidade,e (7) ‘desenvolvimento influenciado pelo contexto hist6rico e cultural capitulo Re¥eYdre Wan erste [0] ists] Pontos prin uestestesricas biscas Perspectivastebrcas Métodos de pesquisa Eticana pesquisa Objetivos de aprendizagem Desceveropropésto de uma teora na pesquisa eduas questes teas sabe as quas ddscordamoscentstas do desenvohimenta, Resuiras principals ters sobre o desenvolvimento humana, Desceverosmétods aque os pesqulsatores do desenvoivento usm para ‘oletar dado eas vantagens © desvantagens de cad um elicar as irerzes cas ara pesquisadores que estudam pessoas. re senvonan tages Vocé sabia que. -Asteorias nunca so Cléusulaspétreas'; esto sempre abertas 4 muda como resultado de no- vas descobertas? Apesquisa transcultua ns permite aprender quis soos aspectosunversas equals so aque- les infuenciados pela cultura? Os resultados de experimentos em laboratéco podem ser menos aplicveis do que experimentos realizados em ares escolas ou ambientespiblicos! Neste capt, apresentamos uma so geral das principals teorias do desenvalvimento humana dos _méiodes de pesquisa usados para stud. Bxporamosquestes importantes perspectvstercas que : formam abasedo desenvolvimento humana, ¢ mostamos como os pesquleadoresadquire eavalar as Iinformagies Também abordamos as qustées cas quepodem surgi drantea pesquisa com huranos. frase mais empolgante de ouvir em ciéncia, a que prenuncia novas descobertas, nado é “Eureka!”, mas sim “Isto é estranho.. “Isaac Asimov Questées tedricas basicas ‘Us teria conta dodesenvtvinento€ un confanta de cancels ou enuncadstgcamente ‘es relaconacs que procura descrevereexpliar a desenvolvimento prever os tpas de comport. Conmaccmewede cits. ‘mento que poderiam ocorrer em certascondigdes. Teoria onanizam e explicam dados, que io as 2ctTetteeaiorwos uc pa inormagsreunitas ela pesquisa, Asim comoa pesquiomimicos fa reser pou & OWE, © concent, 0 concétstefrics non ajuda adr Srtdoaos dads oad er cnexSes entrees eats pesausa sto como fos entelagados no tecio som costes do extuto cetieo, “eas ispram mas pesquse preven restos. 0 ¢ eto pla grata de ipsteses,ex-_ipstses cages provisrls ou revises que podem ser testadas por furs pxqubas.A puta pode Fst pica prs edie: Incas se uma er prec em sins revises, mas no pote roster eonclusumente se wa AWE FO IOs teria verdad. As ves «pesquraspoia ma ipétese ea corn sobre ql el se basta. fm outs opartuniaces,o enistasdevem moira uns ea ara dat eats de aos no | rem exainadsefrnecem orenags pra as questo orcas = — Aciéncia do desenvolvimento ndo pode ser completamente objetiva, Teorias e pesquisas sobre. as eos aerate @ comporamentohurano sto produts de viduas humanos, ues indagaceseinterpreages ‘so Inevitavelmente influencladas por seus préprias valores e experiencia, Ao se esforsarem na ‘eNOS funddamentadas que as | ‘psa por obetvidade, os pesqusaores devenanalsar como else sexs colegs concuzem » (2S, mas em termos eientficos 0 fatto, a spices em quese taelam e como chegam ass concise. Porexemploos pc. oso € verdadero. Leis so elros centistas do desenvolvimento supunham que a psicologia humana ere amesma em todasas -_obseruagdes sem explicacdo. ‘culturas. No entanto, & media que a citncia da psicologia progredia ficava claro que as diferences ‘Teorlas, ao contrdria, sdo fours exstam eeram importantes. Asters do desenvolvimento vem que ser aleades_obseruages e explicagses. Tare acomodar esis escorts, Portanto, as teorias tm mats As vets as puss se rsa com os lenis pr “mmudarem deldea” com novosachados. fundamento, ¢ ndo menos ‘Sf consepiem dcr o que ¢verade,agunentam es, como rosacea no qu die? ‘Nasa dspsigo dos cents de utliza now dados pra evar suascrengs 6 um dos males pottos ores da cnc, Se os cents aderise gamete aos welosSsteas eo recusasem ‘a.considerar novas informagtes, 2 cléncia nunca avancaria. f o surgimento de novos dados, ¢ estar ‘Gisposto.a considers, que nos leva adiante. Tambem pode er ustrante encontrar milupts tos, is vezes om conftoumat com as us eal decile qua a “cera, Mais uma ve, no entanto, esa 2 abonagem ered Toa is eras tm alg a ofeecer para onmaseoentenimen sobre o desenvolvimento Numa 2p Todas foram infuentes, Un fendeno ti maravinosamentecomplezo quanta 9 deseave. "inte humano no cl de compreender e€aprovdel que sa capurac pls lashes e um inka sistema tfc, Cede teal € una pega do quebrcabece que estamos tentando 1" Cin res ud copa cus axa sets ernonengian Vetticador 85 ters ainda compartbam de alguns temas. © moto como os teat explcam z © desenvolvinento depende em pare de seus pressupostos sobre duas quests bésicas:(I}seas VOCE 6 capazde... Peas sip avs ou reas em seu pipe desenrovirento, (2) se odezenvevinena €contr —D sxplaraeigderenre teas, 120 ou cue em estan, Witter e png? pensam que as teorlas $40 i 22 Diane. Papalia e Gabriela Martorell Essas questées também se % aplicam ao mundo reat. Por exemplo, se vocé acredita no valor de programas como 0 Head Start, isso implica que voce acredita no poder das Influéncias ambientais. Se considera que esses programas ‘ndo valem um investimento financeiro, isso quer dizer que para vocé a hereditariedade ¢ mais importante. Em que voce acredita? modelo mecanicita oso quevéa desenvvimento humsro como un sre de espa modelo organicista Nvio quo deerwohinento amano cama algo rid nor: mente por negara atvo ee (Grave em uma sautncace eapae ualtatvamnte drentes by A mudanea quantitativa é “ ¥ come contar maeds; pode haver ‘mais maeas ou menos, mas fodas so magés. A mudanca quatitativa é como comparar ‘macas e laranjas. QUESTAO 1: 0 DESENVOLVIMENTO E ATIVO OU REATIVO? [A psicologla 6, em muitos sentios, filha da fosoia, e muitos filésofos trbalharam em questes relacionadas 3 psicologiae a0 desenvolvimento, levando ao surgimento de uma ampla Variedade de petspectivas Por exemplo, 0 fl6sfo inglés John Locke sustentava que uma ctiana pequena & uma Cabula rasa~ uma “tela em branco” ~ onde a sociedade “se inscreve". O desenvolvimento da

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