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Índice

Introdução....................................................................................................................................2
RESSALTO (SALTO) HIDRÁULICO...................................................................................................3
Definição..................................................................................................................................3
Aplicação principal...................................................................................................................3
Tipos de Ressalto Hidráulico........................................................................................................5
Classificação.................................................................................................................................5
– Equação fundamental do ressalto.............................................................................................6
Ressalto a Jusante de Comportas.................................................................................................9
Conclusão...................................................................................................................................11
Bibliografia.................................................................................................................................12

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Introdução
Existem muitas formulações que descrevem o fenômeno denominado Ressalto
Hidráulico, no entanto neste trabalho serão apresentadas as mais difundidas a fim de
auxiliar a compreensão de suas características.
O ressalto hidráulico é a maneira mais simples adotada para dissipar energia. Esta
dissipação é acompanhada por uma forte turbulência apresentando flutuações na
superficie da água, refluxos e surgimento de grandes turbilhões, não existindo um
consenso sobre a sua caracterização.
O ressalto hidráulico pode ser classificado em função do número de Froude em sua
seção de entrada

O ressalto hidráulico, além de funcionar como dissipador de energia, pode ser


utilizado como método de mistura de produtos químicos ou aerador de escoamentos em
tratamentos de água e esgoto

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RESSALTO (SALTO) HIDRÁULICO
A primeira descrição de um ressalto hidráulico vem do século XV feita por Leonardo
da Vinci. Em seguida tem-se registro do livro de Guglielmini de 1739, "Dalla natura
dei fiumi" que precedeu o primeiro trabalho experimental de que se tem notícia, o salto
de Bidone em 1820.

Definição
O ressalto hidráulico é o fenômeno que ocorre nos escoamentos em canais quando se
dá a passagem do regime supercrítico para subcrítico em uma curta distância, ocorrendo
uma rápida diminuição da velocidade média do escoamento, como conseqüência da
transformação da energia cinética em potencial, com aeração do escoamento líquido.
Este fenômeno, entre outras utilidades, é empregado para dissipação de energia
hidráulica em estruturas.

 É uma sobre elevação brusca da superfície líquida;


 Mudança de regime (supercrítico –subcrítico);
 Caracteriza-se por uma elevação abrupta do nível d’água do escoamento.
“Ressalto hidráulico ou salto hidráulico é o fenômeno que ocorre na transição de um
escoamento torrencial ou supercrítico para um escoamento fluvial ou subcrítico”
(PORTO,2004)

Ressalto é a passagem brusca do escamento torrencial para o fluvial com grande


dissipação de energia

Aplicação principal
 bacias de dissipação de energia a
 jusante de vertedores de barragens

Na saída do vertedor. V alta. torrencial No rio. escoamento fluvial


A jusante do vertedor bacia de dissipação.

 fixa o ressalto nesse lugar. evita erosão a jusante

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Ilustração 1

Ilustração 2

Ilustração 3

Caracteriza-se por:
 Uma elevação abrupta do nível d’água do escoamento;
 Em virtude do aumento do nível d’água passar pelo nível crítico, forma-se uma
onda estacionária;
 Esta onda é instável, devido à grande turbulência formada,
 Tal turbulência provoca uma grande perda de carga no escoamento;

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 Por este fato, este fenômeno é muito utilizado em estruturas dissipadoras de
energia de escoamento.

Ilustração 4. FONTE: Azevedo Netto,

Tipos de Ressalto Hidráulico


A) Os alto elevado, comum grande turbilhonamento, que faz certa porção do líquido
rolar contra a corrente.

B) Superfície agitada, porém sem remoinho e sem retorno do líquido.

Essa segunda forma ocorre quando a profundidade inicial não se encontra muito abaixo
do valor crítico.

Classificação
Ressalto hidráulico pode ser classificado em função do número de Froude em sua
seção de entrada. Esta classificação, conforme o autor que a sugere, pode sofrer
pequenas alterações quanto ao limite do número de Froude.
Peterka (1974) sugere uma classificação em 4 tipos:
a) Ressalto ondulado; 1<Fr1<1,7 Simples ondulação Não é Considerado ressalto
Baixa perda de energia.

b) Ressalto fraco; 1,7<Fr1<2,5 Aparece separação das superfícies


Característica ondular. Ainda não é considerado ressalto Baixa perda de energia

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c) Ressalto oscilante; 2,5<Fr1<4,5 Ressalto bem desenvolvido só que oscilante
Tendência de se deslocar para jusante Aumenta a perda de energia

d) Ressalto estacionário. 4,5<Fr1<9,0 Ressalto bem desenvolvido e Fixo Bom para


bacias de dissipação Grande a perda de energia (45 a 70%)

Ilustração 5. FONTE: Azevedo Netto

– Equação fundamental do ressalto


Equação das profundidades conjugadas

 Parte-se do teorema da quantidade de movimento


 Hipóteses:

 Regime permanente
 Canal de declividade fraca
 Peso na direção do escoamento e força de atrito são opostas e de pequena
dimensão
 T.Q.M - a resultante das forças é igual à variação da quantidade de
movimento (ρQV)

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Cálculos

a) Ressalto
-Diferença de alturas.
Hr= h2-h1 ou yr= y2-y1

a) Ressalto
-Como definir as alturas?

Equação 1

h1 =
2
+

−h 2 (2∗v 22∗h 2) h 22
g
+
4

Equação 2

h2 =
2
+

−h 1 (2∗v 21∗h 1) h12
g
+¿ ¿
4

b) Perda de Carga
-Bernoulli, por ser um conduto aberto

H F OU ∆ H =H 1 ( CARGA 1 ) H 2 ( CARGA 2 )

Equação 3

2
V
H=Y +( )
2g

c) Comprimento do Ressalto
- Vários teste, porém resultado pouco preciso

Hager e Bremen (1989) demonstraram uma relação de alturas conjugadas para canais

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retangulares e de fundo plano indicando parâmetros relevantes ao fenômeno.
Associando a tensão de cisalhamento com o grau de turbulência e a relação entre as
forças de inércia e gravitacionais no cálculo da relação de alturas conjugadas, os autores
chegaram à seguinte formulação:
onde:

Equação 4

( ) σ0
h2
−1

( ) ( ) ( ( ))
h2 h 0.2 −1
1 h1 h
1+2 Fr21 = +2 Fr 21 1 + 1 .2 Fr 21 ℜ1 5
λr ∙ +1 .2 W ∙ ln 1+ σ 0 2 −1

( ) ( )
h1 h2 2 h h h1
σ 0 2 −1 1+ σ 0 2 −1
h1 h1

Equação 5

σ 0=0 . 41
[ 1
7 ]
(4−Fr 1 )

Equação 6

λr =6 .29 Fr 1−3 . 59
onde:
Re1 é o número de Reynolds na posição da altura conjugada rápida;
σ 0é a declividade da curva inferior que separa o rolo do ressalto do escoamento
potencial;
W é a relação entre a altura conjugada rápida e a largura do canal;
λr é o comprimento do rolo sugerido pelos autores.
h1 = altura conjugada rápida a montante do ressalto (entrada do ressalto);
h2 =altura conjugada lenta ajusante do ressalto (saída do ressalto);
Fr1= número de Fraude correspondente a h1
Ohtsu e Yasuda (1994) para as mesmas características do ressalto analisado pelos
autores anteriores, também frisaram a importância da tensão de cisalhamento junto ao
perímetro molhado do canal em um escoamento potencial a jusante de uma comporta,
propondo uma formulação prática e de fácil utilização, diferente de Hager e Bremen
(1989).

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Equação 7

( )
h2 3
h1 ( )
h
− {2 Fr 21 +1−S f } 2 +2 Fr 21=0
h1

Equação 8

2
S f =0.12 ( F r 1−1 )
onde:
Sf é a força de cisalhamento no fundo do canal, válida somente para números de Froude
entre
3 e 10.
É importante salientar que todas as relações partem do Princípio de Conservação de
Quantidade de Movimento combinada à Conservação de Massa.

Ressalto a Jusante de Comportas

A diferença entre o ressalto a jusante de uma comporta e a jusante de um


vertedor é a condição da camada limite a montante do ressalto, propiciando
características turbulentas diferentes (Resch e Leutheusser, 1974). Tanto ressalto
hidráulico formado a jusante de uma comporta como de um vertedor pode ser livre ou
afogado.
O ressalto hidráulico afogado caracteriza-se por uma altura conjugada lenta (h2),
calculada a partir da altura conjugada rápida (h1), menor do que a altura de água que
realmente ocorre ajusante (h3), conforme ilustrado na Figura abaxo.

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Ilustração 6. Ressalto hidráulico afogado a jus ante de comporta.

Na medida em que o ressalto afoga, as entradas de ar na superficie da linha de água e


no início são obstruídas porque diminui a pulsação do corpo do ressalto. Primeiramente
a
eficiência na dissipação de energia tende a aumentar, até um certo grau de afogamento,
a partir do qual, começa a diminuir em relação ao ressalto livre (Rajaratnam, 1967).
Esse esquema foi apresentado por Rajaratnam (1965.a) sendo o ressalto afogado
caracterizado pelo número de Froude rápido e por um fator de submergência
denominado S dado por:

Equação 9

h 3−h2
S=
h2

introduziu, para Fr1 > 2 e S >O, a seguinte relação entre a altura rápida (h1) e a altura
imediatamente a jusante da comporta (14):
Equação 10

1
h4
= √ 2 Fr 1 [ S ( 2+S ) ]
2
h1
A altura mínima entre a comporta e o final do ressalto (h5) (Figura 4.5) pode ser
descrita pela relação:

10
Equação 11

h5 1.28
=1+ ( S +0.2 ) Fr 1
h1

Conclusão
Com o avanço das ferramentas de cálculos foram então retomadas novas análises.
A condição da camada limite a montante do ressalto depende da distância entre a
estrutura e o início do ressalto, podendo encontrar-se desenvolvida ou não. Segundo os
critérios usuais de dimensionamento que posicionam o ressalto junto à estrutura que o
precede, é mais provável que a camada limite a montante do ressalto livre a jusante de
um vertedor esteja completamenta desenvolvida, diferentemente de uma camada limite
a jusante de uma comporta. Essa condição acarreta pequenas diferenças nos cálculos das
alturas conjugadas e comprimento do ressalto, mas não interferem no dimensionamento
dessas estruturas. Deve-se ficar atento que essa condição é importante para análise das
características turbulentas do ressalto.

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Bibliografia
 RAJARATNAM, N. (1965.b), "lhe hydraulicjump as a walljet", Jour. oj Hyd
Div., Proc.ASCE.
 PINHEIRO, A.A.N. (1995), ''Acções Hidrodinâmicas em solerias de bacias
de dissipação de energia por ressalto", Tese submetida para obtenção do
grau de Doutor em Engenharia Civil pela Universidade Técnica de Lisboa.
 MARQUES, M. G., OLLERMANN G., WEILLER C. e ENDRES L. A. M.
(1998) Perda de Carga No Interior de um Ressalto Hidráulico a Jusante de
Vertedouro. XVlli Congresso Latino Americano De Hidráulica Oaxaca,
México, Outubro, 1998.
 MARQUES, M., DRAPEAU, J. e VERRETTE, J.L. (1997), "Flutuação de
pressão em umressalto hidráulico", Revista Brasileira de Recursos Hídricos
(ABRH), V.2, p.45- 52.
 Azevedo. Netto, ed.8
 LENCASTRE, A (1991), Hidráulica Geral, Edição do autor.

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