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TEMA: EMPIRISMO
AUTORES:
-Enígma Chimuco
-Moisés Java
5º ANO
TURMA: A1
LUBANGO 2023
O DOCENTE
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1.5. JOHN LOCKE desenvolveu o chamado Empirismo Crítico utilizando para tal o
método indutivo, esta critica feita por Locke, dirigiu-se contundentemente a doutrina
das ideias inatas de Descartes. A partir desta teoria outros Empiristas, como
Berkeley e Hume, desenvolveram suas doutrinas acrescentando ou revisando quando
necessário.
Para Locke se houvessem ideias inatas, tal como defendia descartes, então todos
os seres humanos de todas as origens e idades, incluindo crianças deveriam ter as
mesmas ideias, porém, pela observação não é possível comprovar esta conclusão.
Locke, explica que para chegar-se ao conhecimento o ponto de partida são as
sensações, dito de outro modo, todas as ideais são a elaboração elementos que
captamos pelos sentidos quando entramos em contacto com a realidade. Assim, o
conhecimento é posterior a experiência.
O termo ideia tem para Locke um significado, um sentido mais exato, ou seja é
tudo aquilo que está presente em nosso entendimento. Uma ideia é todo e qualquer
objeto do entendimento, de outra maneira diríamos, é tudo aquilo que a nossa mente
se aplica a pensar. Com isto a conclusão é que não podem existir ideias das quais
não possamos ter consciência.
Apesar de Locke nos apresentar este conceito do que é ideia, como sendo tudo
aquilo que está presente em nosso entendimento, Locke admite que, as ideias
também podem ser armazenadas na memória em condições de virem a ser acessadas
em um momento posterior , porém tal facto não deve constituir uma contradição,
mas devemos entender que o mente possui o poder de reviver percepções que ela já
alguma vez teve ou seja não há uma necessidade indispensáveis que estejam
presentes as coisas que desencadearam estas ideias a primeira vez.
Dentro desta questão das ideias, Locke ainda nos apresenta uma
distinção entre as ideias Símples e as ideias Complexas. Para ele as ideias
fornecidas pela experiência são simples, e o entendimento possui a capacidade de
formular as ideias complexas a partir das ideias simples, na medida em que a mente
tem um caráter eminentemente ativo, combinando ideias simples, compondo
ideias complexas.
EXEMPLO:
A ideia de uma montanha de ouro, resulta da combinação das ideias de
montanha e de ouro. Porém esta ideia de montanha de ouro não resulta , tal como
as componentes simples, da experiência.
Locke na sua construção teórica nos trais ainda a distinção entre qualidades
primárias e qualidades secundárias. Assim, as qualidades primárias ou originais
seriam aquelas que a mente não poderia separar com, solidez, formato, extensão
mobilidade. Tais qualidades produzem em nós as ideias simples.
Por outro lado temos as ideias secundárias, que são aquelas ideias que os corpos
também possuem, produzem também em nós algumas ideias simples, por conta das
qualidades primárias, mas que essas características não possam ser atribuídas às
qualidades primárias, tais como, cores, sons, gostos etc.
Por esta razão , Berkeley, passou pela história da Filosofia como um dos poucos
defensores de um ponto de vista idealista ou neste caso, Fenomenalista, isto é, como
defensor da tese de que todo tipo de realidade é mental, é que a matéria não existe
independentemente de ser percebida ou não pela mente. Todas as coisas que não
são pensantes só existem enquanto são percebidas por uma mente.
Berkeley entende constitui uma contradição, falar destas coisas sem referência
a percepção que temos delas e o seu principal argumento para corroborar a sua tese
é que, não podemos conceber as qualidades primárias de um corpo independentes
das qualidades secundárias.
Daqui nós podemos compreender que as ideias resultam das impressões, mas
não é verdade afirmar que toda e qualquer ideia tem sua origem nas impressões,
apenas as ideias simples derivam das impressões simples, no seu primeiro
aparecimento e, aquelas são cópias exatas destas.
Hume continua, dizendo que, existem três formas pelas quais podemos
combinar as ideias, segundo ele, há três princípios de associação de ideias, nem
mais, nem menos: Semelhança, Contiguidade( de tempo, ou de lugar) e causa ou
efeito.
Assim o retrato de uma pessoa por exemplo, nos faz pensar na própria pessoa,
caso em que a associação é , assim, por semelhança. Ao mencionarmos um
cômodo da casa podemos pensar em outro, contiguo com o primeiro ou ao
mencionarmos um dia da semana, podemos pensar no dia anterior, ou seguinte.
Nestes casos, a acção do principio de associação por contiguidade. Por fim, ao
olharmos para um ferimento, por exemplo, podemos pensar na dor que este tenha
causado, caso em que temos a acção do princípio da causa efeito.
Já, as questões de facto dizem respeito como o mundo é e por isso, a verdade das
proposições sobre questões de facto pode apenas ser estabelecidas a priori pelo recurso
a experiência, assim, o contrário de uma proposição de facto é sempre possível sem que
isto constitua uma contradição, assim, não é possível estar absolutamente certo da
verdade destas proposições. Por exemplo, a proposição segundo a qual o Sol vai nascer
amanhã é falsa, mas não é uma contradição, uma vez que o sol pode não nascer amanhã.
Deste modo o pensador conclui que, a causa e efeito é aplicável apenas em relações
de facto, e nunca para as ideias, uma vezes que estas têm uma relação necessária com
a experiência.
Daqui resulta que, para os empiristas uma norma seria considerada legitima e
portanto, apta a produzir efeitos e gerar obediência quando a sua elaboração tem sua
origem em uma impressão, impressão esta que nos é fornecida pelos nossos 5 sentidos.
Assim, não podemos falar de uma norma que consagra a liberdade sem termos tido uma
experiência sensorial de liberdade, e mais, nem se quer cogitaríamos em tal ideia, na
medida em que, fazendo alusão a Berkeley, se tal questão nunca foi alvo da nossa
percepção ela não existe.
Falar do Justo, falar do bom e do belo, significa que com base nas nossas vivências
práticas, tenhamos experimentado sensações que nos permitiram criar ideias do que é
Justiça, do que é Beleza ou do que é o bem. Assim, o bem não é o bem em si, mas, uma
construção humana, resultante das impressões e que, na tendência humana de uma
coexistência social pacífica e segura, considera devido toda e qualquer ação que permita
reviver a sensação inicial.
Então, os homens são livres porque de alguma forma, por meio dos sentidos
experimentaram sensações de livre, o que lhes permitiu criar a ideia de liberdade e
consequentemente atribuir situações futuras que desencadeassem as mesmas sensações
aquela mesma ideia secundária.
Então são legitimas
CONCLUSÃO
Portanto, a questão do conhecimento e a forma como adquirimos é sobre tudo
uma discussão filosófica e que teve para os empiristas dois elementos preponderantes,
a experiência e os sentidos. Sendo que, não se pode perder de vista a ideia de que nem
todo o conhecimento é intrinsicamente ligado a experiência, apenas aqueles que
estabelecem relações de factos.