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CURSO ATM011
SUPERVISÃO DE ÓRGÃOS ATC
DISCIPLINA 1
ASPECTOS TÉCNICOS DA SUPERVISÃO
2018 – ICEA – 1º Edição
Esta apostila foi adaptada do Curso CTP-001 pelo 1º Ten Jorge Augusto e revisada pelo Grupo
de Trabalho de elaboração do Curso CTP-006 em agosto de 2008.
2 º Ten Esp Aer CTA FLÁVIO CÉSAR TEOTÔNIO COSTA DE MELO – Coordenador
CV Ped ANGELA MARIA DO CARMO FERRAZ – Assessora Pedagógica
SO BCT RICARDO PICOLI PINHEIRO – Elaborador
SO BCT PEDRO LUIZ SOUSA DA COSTA – Elaborador
1S BCT MARIO DE AZEVEDO JERONYMO – Revisor
2S BCT ANA PAULA AURELIANO DA SILVA – Revisor
1º Ten Esp Aer CTA FLÁVIO CÉSAR TEOTÔNIO COSTA DE MELO – Coordenador
Cv PED CHRISTINA FERNANDES NEVES – Assessora Pedagógica
1º Ten Esp Aer CTA FLÁVIO CÉSAR TEOTÔNIO COSTA DE MELO – Elaborador
SO BCT RICARDO PICOLI PINHEIRO – Elaborador
SO BCT PEDRO LUIZ SOUSA DA COSTA – Revisor
SO BCT Refm CELSO BORGES HARITOFF – Revisor
2S BCT ANA PAULA AURELIANO DA SILVA – Elaboradora
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Sumário
INTRODUÇÃO DA DISCIPLINA 5
LEITURA RECOMENDADA 97
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INTRODUÇÃO DA DISCIPLINA
Sendo assim, é necessário que o aluno deste curso seja apresentado a alguns
fundamentos de Gestão Operacional que, mesmo sendo um termo muito utilizado para
empresas, é, na prática; ou seja, no ambiente operacional, o trabalho do Supervisor ATC. Uma
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vez que esses conceitos são universalizados, o aluno terá um embasamento teórico e técnico
para atuar como gestor operacional.
1 INTRODUÇÃO
Um bom Supervisor é aquele que transmite suas mensagens com clareza e objetividade,
recorrendo sempre que possível aos recursos da voz, com mensagens assertivas e empáticas, e da
linguagem corporal para interação da equipe na execução das suas atribuições.
Para que a comunicação se torne mais fácil e eficaz, faz-se necessário o estudo de algumas
teorias, bem como das técnicas verbais e não verbais que serão apresentadas nesta subunidade.
2 A SEMIÓTICA
Peirce sublinha que signo é qualquer coisa que, de um lado é assim determinado por
um objeto e, de outro, assim determina uma ideia na mente de uma pessoa, esta última
determinação, que a denomina interpretante do signo, é, desse modo, mediatamente determinada
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por aquele objeto. Um signo tem assim uma relação triádica como o seu objeto e com seu
interpretante.
Para aclarar a definição dada por S. Peirce, tome como exemplo o signo “C-A-M-I-
N-H-Ã-O”, formado por seus fonemas. Ao se pronunciar tal palavra (o signo CAMINHÃO),
remetemos ao objeto CAMINHÃO (veículo automotor destinado ao transporte de cargas). Ocorre
que, para uma pessoa, a imagem formada em sua mente pode ser um caminhão pequeno; para outro,
um caminhão tipo baú; e para outro uma carreta. Essas imagens formadas na mente do receptor (da
pessoa) de forma automática é o que se chama de interpretante (ou interpretame). Então, nesse
exemplo dado pelo Professor Rômulo Vilhena1, temos a tríade: o objeto “caminhão”, que chama o
signo “caminhão”, e que surge na mente das pessoas uma imagem – o interpretante - de um certo
“caminhão”.
Como visto, qualquer objeto que acaba de ser criado precisa de um signo para
permitir que uma imagem se forme na mente de uma pessoa de forma automática (dicionário
mental), ao se pronunciar a palavra correspondente.
1
Rômulo Vilhena é professor da Universidade Federal de Rondônia e tem um Canal no YouTube, no qual disponibilizou um curso
gratuito de semiótica americana: Acesse: https://youtu.be/oXlmfRPs8Mg
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Então você deve estar se perguntando, chegando até aqui: e o que a semiótica tem a
ver com a atividade de supervisão ATC? Como dissemos, a semiótica é a teoria geral dos signos, de
modo que, se você, na condição de supervisor, não deixar claro o contexto na qual está inserida uma
determinada mensagem, várias interpretações (ou imagens automáticas - interpretante) podem
surgir na mente dos ATCO e a solução que eles venham a dar poderá não ser a mais adequada.
É bem verdade que o estudo da semiótica é muito complexo e fugirá muito do nosso
objetivo nesse curso, mas caso tenham interesse em se aprofundar na ciência dos signos, no Brasil a
maior expoente no assunto é a professora Maria Lucia Santaella Braga, docente titular da PUC-SP,
com seus mais de 50 livros publicados. Uma obra introdutória pode ser consultada pelo QR Code
abaixo. Boa leitura!!
3 COMUNICAÇÃO
grande universo de hipóteses das intenções do emissor, de modo que, para reduzi-las, necessário se
estabelecer um referente, ou seja, um contexto.
Para Pinheiro (2005), não comunicar é impossível, justificando que mesmo não
querendo, emite-se mensagens para o outro, a exemplo do silêncio. A comunicação é uma atividade
irrepetível, posto que, ainda que se repita a mesma coisa, num mesmo espaço e palavras, emissores
e receptores mudam a cada instante e, como consequência, arrastam as mudanças sofridas que
impactam na forma de comunicar e de compreender o que foi expressado.
Processo é entendido como uma sequência encadeada de fatos ou uma operação que
se reproduz com certa regularidade. Processo tem ideia de marchar para frente, de desenvolvimento.
Na comunicação ocorre o mesmo, de modo que as informações, os pensamentos ou os sentimentos
devem ser trocados de maneira clara e compreensível entre os interlocutores.
De uma maneira geral, do ponto de vista didático, alguns elementos são comuns aos
atos de comunicação, que se realiza em um determinado ambiente. Ademais, todos os
conhecimentos, emoções e informações são partilhadas pelos interlocutores, que falam entre si.
Em determinados momentos, cada interlocutor é fonte de comunicação e noutro é receptor.
Por fim, o referente (ou contexto) indica a situação a qual a mensagem se refere,
podendo se constituir numa situação ou nas circunstâncias de espaço e tempo em que se encontra o
destinatário da mensagem.
Devemos ainda lembrar que nem sempre a troca de informações é bem-sucedida. Isto
ocorre devido aos ruídos que dificultam a compreensão pelo destinatário, podendo ser de toda a
ordem, inclusive, visual (rabiscos e borrões), como veremos adiante.
3.2 A METACOMUNICAÇÃO
Em geral, o emissor necessita dar a seus interlocutores uma ideia de como gostaria
que sua mensagem seja decodificada e interpretada. A metacomunicação é exatamente a
comunicação da comunicação, podendo ser verbal e não verbal, ou seja, feita com palavras, gestos,
olhares, tom de voz, etc. (BORDENAVE,1997).
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Perceba que nossos diálogos são compostos por uma parte verbal (oral ou escrita) e
também com uma indicação de como queremos ser entendidos (corporal ou sensorial). A nossa
maneira de olhar, ou mesmo de não olhar, traduz sentimentos de sinceridade, superioridade,
complexo de culpa, interesse ou não de dar continuidade a uma conversa, dentre outros. Há casos
em que o emissor monopoliza a conversa, deixando claro que não concede ao interlocutor o direito
de participar igualmente da conversa.
Esquematizando, temos:
Qualquer combinação dessas formas de linguagem pode ser utilizada nas atribuições
do Supervisor.
a) é excelente para introduzir assuntos novos, pois favorece uma sondagem sobre
conhecimentos anteriores e pré-requisitos (diálogo Supervisor/membro da
equipe);
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Por sua vez, a linguagem escrita é a forma de documentação das instruções emitidas
e apresenta vantagens da permanência, ou seja, de poder ser guardado e revisto inúmeras vezes; de
análise, para consulta do grupo sem que o supervisor precise estar presente; e de economia, uma
vez que um só documento poderá servir aos membros de diversas equipes de serviço.
A linguagem corporal (não verbal) surgiu antes da linguagem verbal, e ainda hoje
representa uma das mais importantes formas de comunicação do ser humano. Especialistas afirmam
que cerca de 93% de toda comunicação humana é não verbal; 55% é feita sem utilizar palavras, ou
seja, está relacionada com posturas, expressões faciais e gestos e que 38% das mensagens
transmitidas tem a ver com a sonoridade (tom, ritmo e velocidade da fala) (BRASIL, 2016).
Poucas pessoas têm consciência de suas reações físicas ao mundo que as rodeiam, e
ainda menos pessoas podem controlar essas ações, mesmo que desejem. Boas maneiras podem ser
apreendidas conscientemente, mas expressões faciais, piscar de olhos ou cruzar de pernas são
difíceis de reprimir. Então, a linguagem corporal pode revelar a personalidade interior e as
emoções, ou apenas refletir uma condição física (como dor nas costas) ou um temporário estado
emocional (como frustração).
A partir do momento em que você aprende a observar esses traços, pode corrigi-los,
incentivando as situações a mudarem de forma positiva.
c) seja congruente. Altere as expressões faciais para coincidir com o que é dito
(sorrindo quando está sendo amigável, etc.): seguro e com auto-estima;
d) utilize uma postura ereta com um balanço natural dos braços enquanto caminha:
demonstra uma pessoa confiante;
f) se você gesticula demasiado enquanto fala, tente moderar-se um pouco mais. Não
queira parecer demasiado duro, mas também não exagere e dê sinais de
nervosismo. Use o bom senso!
Durante o curso você terá oportunidade de conhecer mais da linguagem não verbal
na Subunidade “Sinais de Alerta de Mudança de Comportamento” e como o Supervisor irá abordar
e intervir em assuntos ligados à embriaguez, drogas ilícitas, ansiedade e depressão nos ambientes
operacionais.
3.3.1 SIMPLICIDADE
O supervisor deve ter em mente que sua instrução não é um discurso, e a legislação
não é obra literária. Sua linguagem será tanto mais efetiva, quanto maior for a sua clareza. Deve-se,
portanto, evitar o uso indiscriminado de figuras de retórica. É preferível um estilo claro, direto e
despojado.
3.3.2 CORREÇÃO
3.3.3 VIVACIDADE
Por vezes podem surgir obstáculos à comunicação. Estes obstáculos impedem que a
comunicação ocorra de forma satisfatória e podem ser definidos como barreiras à comunicação e
filtros à comunicação.
c) Mensagens confusas - Mensagens que não são claras, que são incoerentes,
dando margem para dúvidas;
checar seus recursos de trabalho disponíveis. No entanto, isso deve ser feito sem
que se induza a resposta, permitindo que o outro de fato explique à sua maneira;
d) Saber ouvir - Ouvir ativamente significa ouvir atentamente o que o emissor está
transmitindo, e não simplesmente escutar, evitando direcionar os pensamentos
para a formulação de resposta ao emissor. Essa habilidade exige um
“cotejamento” (feedback) por parte do receptor, independente dele concordar ou
não com a mensagem emitida. Uma técnica eficaz para se tornar bom ouvinte é
colocar-se na posição de quem está falando, fins tentar entender o seu ponto de
vista, não permitindo que fatores alheios, tais como distração, antipatia,
predisposição ou egocentrismo bloqueiem o correto entendimento. É fundamental,
então, que o indivíduo sempre adote uma postura aberta, de disponibilidade para
com o outro; e
Certamente não é uma tarefa das mais simples chamar a atenção de alguém. No
entanto, na condição de supervisor (líder da equipe) você enfrentará muitas situações nas quais
deverá reorientar o liderado, e até mesmo administrar conflitos entre eles.
É preciso, portanto, passar uma mensagem com clareza naquilo em que o ATCO
deverá executar e, para isso, uma boa oportunidade para apresentar o cenário é o briefing. Suponha,
então, que tenha ocorrido uma falha ou um erro e que o ATCO precise ser reorientado ou corrigido.
A oportunidade não poderá ser desperdiçada, mas deverá ser feita de forma muito específica,
procurando evitar generalizações.
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Dessa maneira, como dito acima, a mensagem deve ser clara, específica (direta) e de
forma individual, para não colocar o liderado (ATCO) em situação de constrangimento.
A repreensão em público pode ser feita no sentido de reorientar toda a equipe, mas
não é preciso numerar ponto a ponto da falha ou do erro. Caso você adote a postura de apontar erros
individuais numa repreensão coletiva (para o grupo), poderá provocar um efeito danoso para toda a
equipe, posto que a pessoa-alvo da repreensão certamente ficará desmotivada e, inclusive, poderá
criar um ambiente de temor nos demais liderados, prejudicando o resultado operacional traçado
para o turno de serviço.
Por outro lado, elogios são muito bem-vindos, mas poderá, igualmente, causar
constrangimento ao elogiado e irritação no restante do grupo por acreditarem que foram
injustiçados. Poranto, tenha muito cuidado no elogio em público, exceto quando a Organização
estabelece alguma meta (Destaque Operacional, por exemplo), ou quando o ATCO faz alguma
coisa que é inquestionavelmente de grande mérito (situações críticas de degradação ou para evitar
ocorrências de tráfego aéreo, dentre outras).
Lembre-se de que, mesmo estando na liderança, você faz parte da equipe! Trate o seu
time com educação, respeito e profissionalismo. Faça a correção de seu liderado com calma e numa
conversa franca, clara, direcionada e, principalmente, em particular.
5 CONCLUSÃO
Seja qual for a forma de linguagem empregada pelo supervisor, o importante é que
ele seja correto, simples, natural, confiante e que imprima entusiasmo, convicção e amor no que faz.
Só assim o supervisor será valorizado e respeitado profissionalmente, e o assunto que ele transmite,
por mais árido que seja, será aceito com entusiasmo pela equipe de serviço.
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1 INTRODUÇÃO
O ser humano, ao longo dos anos, recebe toda sorte de pressão e acumula nas suas
entranhas fracassos e dissabores que a vida oferece. Inter-relacionados ou isolados, estes fatores
constroem uma imagem distorcida, nascendo aí a falta de confiança nas suas reais possibilidades de
sucesso para se apresentar diante de uma audiência.
É comum acharmos pessoas que desenvolvem sua expressão oral com o intuito de
eliminar o medo de falar em público. Emílio Mira Y López, famoso estudioso espanhol do
comportamento humano, aponta o medo como um "gigante negro" cujos tentáculos escravizam a
vontade, limitando a criatividade, interrompendo o desenvolvimento e o despertar das
potencialidades.
Assim sendo, de nada adiantará aprender todas as técnicas que veremos no curso e
ser totalmente dominado pelo medo, pensar que se expressa mal ou que não nasceu para isso. Sendo
assim, desde já, confie no seu potencial! Nós acreditamos em você.
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Não é incomum ficarmos impressionados com colegas que se expressam bem, sem
aparentes problemas, no entanto, se realizássemos um exame cardiológico em todos, o resultado
seria com certeza expressivas alterações do estado emocional, ocasionadas por uma excessiva
descarga de adrenalina na corrente sanguínea, alterando o metabolismo de cada um e gerando
diferentes formas de reações.
Convém salientar que, mesmo esses indivíduos, quando por qualquer razão se
afastam por longo período da plataforma, no retorno sentem uma inibição semelhante à primeira
vez, porém com menor intensidade. Em virtude da experiência adquirida sua sensação de medo é
menor, mas sempre existirá. Ou seja, ninguém está imune ao receio de enfrentar o público.
Esta disciplina abordará de maneira objetiva e prática, as técnicas mais comuns para
uma boa expressão oral a fim de facilitar aos futuros supervisores a comunicação com sua equipe.
Vamos, portanto, dar-lhe condições de reduzir seus embaraços e inibições, sem a ambição de torná-
los grandes oradores. Com a aplicação do conteúdo teórico, temos certeza de que tudo se
encaminhará bem e que a autoconfiança será gradativamente conquistada.
Figura 4 - Glossofobia
2 CONTATO VISUAL
O "contato visual" será fundamental não apenas para receber o retorno da audiência e
orientar a nossa linha de atuação, ou demonstrar os nossos sentimentos através dos seus vários
movimentos, mas também para valorizar a presença de cada um dos participantes. Quem não for
olhado pelo instrutor ou orador sentir-se-á alijado do ambiente e poderá se desinteressar pelo que
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está sendo tratado, ou ficará adverso às ideias daquele que falou. Será importante todos passarem
pelo ângulo visual do comunicador, para sentirem a importância das suas presenças no recinto.
Resumo em tópicos
9. Enquanto estiver falando não manuseie papéis, caneta e outros itens que desvie
seu olhar.
3 PASSEIO
Importante não ficar parado na plataforma por muito tempo, isto poderá tirar-lhe a
naturalidade e cansará a audiência.
presentes pela falta de comunicação e passarão a contar quantos passos ele dará, quantos
quilômetros percorrerá, se cairá ou não do tablado. Farão tudo, menos prestar atenção à aula
(palestra, briefing, etc.).
Aproveite para dar sua parada próximo do púlpito (ou mesa do instrutor), para fazer
consulta ao seu plano de trabalho, de maneira discreta e rápida. Evite caminhar até este ponto mudo.
Logo que perceber que o raciocínio do que está explorando está se esgotando e precisa consultar o
seu plano de trabalho, vá se dirigindo para o ponto que se encontra a pasta de maneira natural, sem
interromper a sua explanação.
Evite que os participantes das suas apresentações tenham que acompanhar o passeio
girando a cabeça como quem acompanha um jogo de tênis, porém, todavia não seja lento demais
para não provocar monotonia.
Resumo em tópicos
6. Seja natural.
4 GESTICULAÇÃO
Você sabe que as mãos "falam", então por que não aproveitar esta propriedade,
explorando-a para complementar sua instrução?
Há uma diferença entre o certo e o errado, o natural e o artificial que de tão pequena,
nem sempre é percebida por quem está falando em público. Ao mesmo tempo, perceptível o
bastante para ser imediatamente notada por qualquer tipo de audiência. O ouvinte não tem uma
ideia clara do que está errado, no entanto se algo o desagrada numa apresentação ou explanação
poderá rejeitar a mensagem ou aceitá-la com reservas.
Os gestos interpretam e dão vida à fala do orador. Não existe uma regra básica
orientando como se devem posicionar as mãos. O importante é usar os gestos com naturalidade, na
postura que for mais confortável e adequada para o momento. As mãos “desenham” no ar as ideias
expressas oralmente. Você poderá em situações específicas até realizar movimentos expressivos,
porém tenha cuidado para não exagerar na “mímica”.
Vamos enumerar os erros mais comuns que deverão ser eliminados no decorrer das
nossas atividades de ambientação à plataforma. Atente-se para o que é considerado como erro mais
grave: "excesso de gesticulação e a sua falta". Ressalta-se, todavia, que a falta de gesticulação
embora grave, seja preferível ao excesso. O ideal, segundo Eurico Fiuzi, sociólogo italiano, é
ministrar sobriedade com intensidade.
3. Mãos na cintura.
5. Braços cruzados.
Resumo em tópicos
1. As mãos "falam".
9. Cuidado com gestos repetitivos: ajeitando óculos, (tira e põe), cinto, gravata...
5 VOZ
Entre outras características destaca-se que a voz deve ser "clara", "alta", "variada" e
"quente", para que a sua audição se torne agradável, atraente e perfeitamente inteligível. O primeiro
cuidado que se deve tomar para que a voz adquira a qualidade desejada é respirar corretamente. A
falta de sincronismo fono-respiratório prejudica sensivelmente a fabricação da voz mais adequada.
Há aqueles que falam quando ainda estão inspirando ou continuam a falar quando o ar praticamente
já terminou. Desta forma, não há aproveitamento da coluna de ar que deveria ser formada pelos
foles pulmonares, exigindo um esforço excessivo das últimas partes do aparelho fonador.
Para aqueles que têm problemas de dicção e desejam melhorá-la, um exercício útil é
a leitura em voz alta, colocando obstáculos na boca como, por exemplo, um lápis, o dedo ou
qualquer outro objeto que possa dificultar a pronúncia das palavras durante o treinamento. Sugere-
se a sequência abaixo para a obtenção de melhores resultados.
Resumo em tópicos
1. Fale claramente.
5. Controle a voz.
6 PASSO
Fazer paradas variadas, evitando realizá-las sempre no mesmo lugar, como num
passo marcado.
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Andar para trás é perigoso, pode haver colisões com paredes, quadros ou até cair de
determinado local. Bater o calcanhar no chão, andar como se estivesse pisando em ovos ou num
campo minado, são posturas desaconselhadas, chegando a ser hilárias, então não cometa tais
desatinos.
Resumo em tópicos
6. Seja natural.
7 NATURALIDADE
Deixar parecer que foi fabricado para falar, além de ser comprometedor, depõe
contra a sua intenção de passar uma mensagem, instrução ou ordem. O homem respira, corre sangue
nas suas veias e o seu coração pulsa, é desta forma que a audiência quer vê-lo. Aquele que deseja
falar em público precisa ter em mente que deverá ser sempre ele mesmo, aperfeiçoado, melhorado,
desenvolvido, mas, a própria pessoa. A técnica aprendida terá de ser dissolvida em todo seu âmago
para fazer parte harmônica da sua expressão oral.
8 APRESENTAÇÃO PESSOAL
A sua imagem vem antes de você ser ouvido. Ela é um fator primordial para
influenciar no grau de sua receptividade pelo público. A expressão corporal é o primeiro contato
que as pessoas têm com o orador, elas primeiro são atraídas pela imagem que você passa, para
depois aceitar a sua mensagem.
Desse modo, recomenda-se muita atenção antes de dirigir-se ao local destinado à sua
apresentação. Observe se alguns detalhes não estão sobressaindo em você, para que a plateia não
tenha sua atenção desviada, tirando a concentração dos ouvintes.
Pulseiras reluzentes, grandes anéis, objetos que saltam aos olhos da plateia, óculos
pendurados, bolsos volumosos, pontas de canetas aparecendo, chaveiros presos nas calças, dentre
outros.
Seu aspecto deve ser higiênico, bom e simpático. Cuide sempre de estar barbeado,
penteado, sapatos e trajes limpos. Antes da plateia ouvir o recado que transmitiremos, efetuará um
julgamento com base no que está vendo.
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Criar uma impressão favorável auxiliará o orador perante o público. Pois, nós seres
humanos temos internalizado padrões de referência. Não se trata de um pré conceito discriminativo,
mas uma imagem que nos acostumamos a ver. Perceba, quando se fala no exercício da advocacia,
em regra, pensamos em algo formal, pessoas bem vestidas, linguajar culto. Na área médica, de
semelhante modo, imaginam-se pessoas inteligentes, estudiosas, muitas vezes utilizando jalecos
para identificá-las. Qual sensação teria se ao ir num escritório fosse atendido por um advogado de
bermuda e chinelo? Portanto, nossa apresentação pessoal transmitirá um recado aos ouvintes, antes
mesmo de utilizarmos a comunicação verbal.
9 COMPORTAMENTO GERAL
Recomenda-se que uma apresentação, exposição, explanação, aula, deve ser iniciada
com um cumprimento à audiência ou classe, mostra de imediato sua educação e respeito com a
audiência, assim como chama a atenção da turma para sua disposição em iniciar o trabalho. Caso
possua tempos de aula sequenciais, após os intervalos, crie novas maneiras de atrair a atenção dos
participantes a fim de evitar as repetições de cumprimento.
Pedir desculpas ao auditório por problemas de saúde (gripe, rouquidão, dor de dente,
de cabeça, cansaço). Por que atrair a atenção da plateia sem necessidade para estes fatos negativos,
já que isto poderá ser prejudicial? Acredite, se a mensagem for boa, a audiência pouco se importará
ou, por vezes, nem os notou.
essa informação aos ouvintes. Agindo desta forma você terá afastado o interesse da plateia. Pois,
ouvir do instrutor que se confessa despreparado para sua apresentação acarretará total desinteresse
da audiência.
Contar piadas. No início de uma apresentação você, ainda, não estará à vontade com
público. Ao contrário, é um momento de acomodação onde sentirá a receptividade da plateia. E se a
piada não tiver graça? Que situação! A recepção fria dos participantes pode comprometer a sua
exposição dificultando a conquista da audiência, tampouco encontrará a tranquilidade necessária
para continuar sua exposição com firmeza.
Em algumas ocasiões esta situação pode ser pior do que a anterior. Muitas vezes a
piada é engraçada, porém já conhecida. Devido a velocidade da comunicação e, na eventualidade de
a maioria já tê-la ouvido, a plateia não reagirá positivamente e quem a contou, decepcionado,
pensará que não agradou, fechando-se internamente e, por conseguinte, sua apresentação ficará
comprometida.
Então o que fazer, contar ou não contar piadas? Pode até ser contada, entretanto é
necessário ter certeza de que se possui um estilo bem humorado e, principalmente, que haverá
interdependência com o restante da fala, ou seja, com o assunto tratado. Não conte piadas apenas
por contar, sem objetivos ou qualquer preparação para as demais partes da exposição, não trará
benefício algum.
Uma boa saída é criar um fato bem-humorado, que é diferente da piada. De uma
circunstância havida no próprio curso ou, em sua experiência pessoal, pode nascer um fato dentro
do próprio ambiente que se apresenta o orador.
Ao agir assim o instrutor estará tornando sua instrução mais natural e espontânea,
visto que utilizará elementos presentes no ambiente da instrução facilitando a compreensão, pois os
assuntos estão presentes na imaginação de todos.
Repetições de palavras, tais como: não é, né, compreendeu, está entendendo, não é
verdade, também devem ser evitadas. Ser agressivo é algo totalmente descartado para o bom
desempenho de um orador.
a) efetue a pergunta;
b) aguarde alguns segundos por uma resposta voluntária (evite que todos respondam
simultaneamente, a menos que isto lhe seja útil por determinada razão); e
Use sua criatividade, não tentando imitar aulas ou formas de comunicação de outros
colegas, não existe uma única forma de se explicar algo. Seja autêntico, certamente, alcançará
melhores resultados. Goste do que ensina, conheça o conteúdo, domine as técnicas e valorize seus
alunos. Esses requisitos farão de você um excelente orador!
Por fim, vejamos o exemplo do Mário Sérgio Cortella onde ratifica o entendimento
que o esforço é capaz de superar o talento ou dom natural.
O conteúdo a seguir não será objeto de avaliação em nosso curso. Você que aprecia a
oratória tem, portanto, a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos. Aproveite sem
moderação.
10 PLANEJAMENTO
10.1PLANEJAMENTO PSICOLÓGICO
O medo é um meio de defesa que o ser humano tem para preservar-se daquilo que
acredita ser uma ameaça de perigo. O medo é uma emoção saudável que está presente em todos nós.
É um estado de ansiedade fundamentada ou irracional. É normal ter medo. Mas por que sentimos
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medo de falar em público? Porque é uma experiência nova e desconhecida geralmente nos intimida,
provocando uma sensação de perigo. Ficamos sem saber como agir e acabamos não confiando em
nós mesmo, receando não realizar a tarefa a contento, medo de cair no ridículo, medo de dar um
vexame, medo de enfrentar o público, medo do julgamento etc.
Tenha controle sobre seu emocional. Não deixe o nervosismo dominar a situação.
Supere seus limites e aprenda a controlar-se. Acreditando no seu potencial, estará se libertando de
um sentimento negativo e reformulando seu quadro mental. Controle a sua respiração e concentre-
se em ideias positivas.
a) definir com precisão, que objetivo quer alcançar: Informar? Distrair? Persuadir?
Motivar?
c) pesquisar muito sobre o tema a ser abordado. Conhecer a fundo o assunto que
abordará é o primeiro quesito para o sucesso de uma apresentação. Procure
montar um esquema de sua apresentação, para orientar a sequência de ideias que
serão expostas.
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e) escolher os recursos materiais que utilizará. Use canais que prenderão a atenção e
o interesse dos ouvintes (recursos audiovisuais). Ouvir e acompanhar a fala com
recurso visual facilita a assimilação da mensagem.
g) treine o tanto que for necessário até sentir segurança, ajuda a descobrir falhas e
cacoetes. Se for possível, grave e assista ao seu treino. Nunca decore o que vai
falar, a memória, às vezes, pode falhar.
11.1INTRODUÇÃO
Dicas importantes:
✔ Usar palavras positivas: cumprimente com entusiasmo seus ouvintes. Seja gentil!
11.2 DESENVOLVIMENTO
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11.3 CONCLUSÃO
É o fechamento da fala. A mensagem final do orador. Deve ser breve. Faça uma
recapitulação, um resumo do que foi desenvolvido, dando destaque à ideia mais importante.
Dicas importantes:
1 INTRODUÇÃO
Mesmo sendo algo tão corriqueiro, para compreender melhor o processo decisório,
propõe-se ressaltar suas principais características técnicas. É razoável inferir que duas variáveis
estão sempre presentes em sua análise: a informação e a comunicação. Ambas possuem elevado
grau de importância na atuação do Supervisor em momentos que necessita tomar decisão.
por vezes simultaneamente, avaliar possíveis alternativas de resolução e tomar decisões visando
sempre à segurança operacional. Sendo assim, não é um estereótipo afirmar que, como exprime sua
própria nomenclatura, deve ser detentor de uma SUPERvisão.
2 PROCESSO DECISÓRIO
O estímulo pode vir dos sentidos como a visão, olfato ou ainda a audição. Pode
também decorrer da provocação por um terceiro, a exemplo do Supervisor quando ouve um
controlador questionar o outro se o trabalho anda bem ou quando comentam de um suposto conflito
de tráfego. Neste caso, o estímulo adveio da sua audição. Por outro lado, quando um controlador
apresenta uma demanda de ativação de determinado Espaço Aéreo Condicionado (EAC) que venha
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a causar impacto à aviação geral, dizemos que tal estímulo é classificado como externo, posto que é
realizado por um terceiro.
insucesso de sua ação, deve-se reiniciar o ciclo do processo decisório adotando nova alternativa que
vislumbre a resolução do impasse inicial.
Cada uma das etapas tem influência sobre as demais e sobre o processo de tomada de
decisão, porém se a exigência for demasiada por uma solução imediata, a segunda e a terceira
etapas (obter informação e gerar soluções alternativas) podem ser abreviadas ou mesmo suprimidas.
Em sua tese de doutorado, a ilustre estudiosa Arlete Ana Motter (2007, p.17),
discorre sobre a “Análise da carga de trabalho em sistemas complexos: gestão da variabilidade e
imprevisibilidade nas atividades do controlador de tráfego aéreo”, ressaltando que as atividades no
contexto do controle de tráfego aéreo impõem constrangimentos de tempo para a tomada de
decisão, que deve ser extremamente rápida, e reorganização do trabalho em tempo real, pois a cada
instante a realidade modifica-se na tela do radar, à frente do controlador, portanto, ele lida
frequentemente com o imprevisível. As demandas impostas são variáveis, de acordo com a região
do espaço aéreo e de acordo com o fluxo de tráfego do momento, o que acarreta mudanças
constantes dos modos operatórios. Espera-se que os controladores tenham boa capacidade de
antecipação, planejamento, diagnóstico e tomada de decisão.
Esse método apresenta vantagens, tais como: a partilha de informações, grande gama
de alternativas para solucionar o problema, maior capacidade de assumir riscos, aumento da
motivação, maior controle após a decisão, além da diluição de responsabilidades.
Por outro lado, também existem inconvenientes nesse método, já que demanda maior
período de tempo para tomada de decisão, bem como aumentam as chances de indecisão
prolongada, nos casos em que não há consenso.
4.3 BRAINSTORMING
Nada mais é do que uma explosão ou tempestade de idéias, sendo utilizada para
auxiliar o grupo a criar ou acessar o maior número possível de alternativas para a solução de uma
demanda. Possibilita que as opiniões se associem e formem novas ideias, pois o objetivo do
processo é assegurar um grande número de alternativas para resolução do problema.
De acordo com Maximiano (2009) a palavra brainstorming foi criada para designar
um processo de interação verbal, onde um grupo de pessoas se reúne para ter ideias sobre um
determinado problema, sem que sejam criticadas em suas opiniões. Desse modo, quando o fluxo de
ideias se esgota o processo é interrompido e as diversas sugestões são sintetizadas e agrupadas em
categorias. Posteriormente, a avaliação e a crítica são necessárias para que as categorias construídas
se transformem em alternativas a serem escolhidas e viabilizem a tomada de decisão assertiva.
4.4 BRAINWRITING
Trata-se de uma ferramenta muito similar ao brainstorming, sendo que nesse caso as
ideias são expostas em folhas, sem que o idealizador tenha que se identificar. Sendo assim permite
que todos, sem qualquer favorecimento, possam expressar suas ideias no papel, evitando
constrangimentos por aqueles que se destacam (ou não) diante dos outros. Em seguida essas folhas
são trocadas entre si e as alternativas descritas são discutidas até que se chegue à solução mais
coerente, viável e adequada. É importante que não se façam críticas às ideias propostas, pois o
ATM011/2023 45/103
resultado das ideias individuais, após serem trocadas as folhas, passa a ser do grupo e são
fomentadoras de análise e discussão, conforme leciona Maximiano (2009, p.65).
5 TOMADA DE DECISÃO
Decisões não programadas são decisões sem precedentes, que requerem tratamento
especial. É preciso que os gestores aloquem um tempo específico para elas, ou, alternativamente,
formem equipes dedicadas à análise e a recomendações específicas para subsidiar essas decisões.
6.1 PRECIPITAÇÃO
Assumir que, com tantas pessoas inteligentes envolvidas, as boas escolhas seguirão
automaticamente, deixando assim de gerenciar o processo de tomada de decisão do grupo.
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6.7 AUTOENGANO
Distorcer os fatos para proteger seu ego, atrapalhando a boa compreensão do que
realmente deve ser feito.
Não elaborar uma abordagem organizada para compreender sua própria tomada de
decisão, ficando, assim, constantemente exposto às armadilhas anteriores.
7 CONCLUSÃO
Como foi possível observar, o ato de tomar decisões, em diversos momentos, é tão
habitual que nem percebemos a numerosa quantidade de vezes que aplicamos o processo decisório
em nosso cotidiano. Seja na vida pessoal ou laboral, o fiel cumprimento sequencial das etapas
apresentadas para a tomada de uma decisão, certamente, poderá auxiliá-lo no momento em que
estiver diante de um cenário que exija a adoção de uma solução imediata.
1 INTRODUÇÃO
2 BRIEFING
Briefing é uma palavra de origem inglesa e não tem uma tradução específica para o
português; por isso utilizamos sua forma original. O termo vem de brief, que significa breve, curto e
conciso. Assim, de uma maneira geral pode-se entender briefing como um conjunto de orientações
ou informações dadas de forma rápida.
Desse modo existem algumas características que são fundamentais para que o
briefing operacional atinja seus objetivos, a saber:
Outro ponto que precisa ser enfatizado no briefing é a “regra do jogo” para o turno,
pois cada supervisor se relaciona com os membros da equipe de uma forma particular e cada turno
apresenta demandas distintas. Um dia de final da Copa do Mundo de futebol, de um turno de
pernoite de Reveillon, por exemplo, é diferente dos demais dias e precisa de mais atenção por parte
do supervisor. Logo, é importante definir como a equipe deve agir antes de assumir a posição
operacional, os ATCOs que vão render, o que deve ser evitado no ambiente de trabalho, qual o
comportamento esperado de cada membro da equipe, entre outros fatores, precisam ser comentados
pelo supervisor durante o briefing.
a) Prolixia: cuidado com o excesso de repetições com um tema por julgar que seja
demasiadamente importante;
c) Razão e emoção: lembre-se que o briefing é para uma equipe sobre o serviço, não
sobre você ou para um amigo seu.
d) Partir do princípio de que todos estão em boas condições: por mais capaz que
o ATCO da sua equipe seja, ele tem demandas pessoais que podem interferir no
desempenho operacional dele no turno. Fique atento aos sinais de alerta!
da pessoa. Lembre-se de que todos podem cometer deslizes. O que precisa ser
comentado é a lição aprendida, apenas;
3 DEBRIEFING
O debriefing é uma reunião que ocorre, normalmente, após o término do turno. Não é
tão comum a sua execução, ao contrário do briefing, porém em algumas ocasiões pode ser
necessária. Seu objetivo é potencializar a aprendizagem por meio do compartilhamento de
experiências (processo de lição aprendida). É normal que as pessoas confundam o feedback dado
individualmente, ou até coletivamente, com o debriefing, mas vale salientar que eles não são a
mesma coisa. Diferente do feedback, que acontece após todo um ciclo de comunicação já ter sido
estabelecido, o debriefing é o processo inicial de uma nova comunicação que acontece ao fim de
uma missão ou projeto.
Por não ser comum na rotina de um PSNA, é possível que o supervisor encare alguns
desafios ao fazer o debriefing, tais como a resistência da equipe em participar da reunião, provocada
pela quebra da expectativa de seguir para a casa ou de comparecer a compromissos antes
assumidas; mas é necessário que o supervisor entenda que, como líder da equipe, ele não deve
deixar de realizá-la, quando pertinente. O que precisa ser feito é tentar otimizar o tempo ao máximo
e ser claro e preciso ao transmitir as informações, evitar a parcialidade ou o julgamento durante a
exposição. Aproveite a oportunidade para agradecer a todos pelo turno de serviço, mas faça de
forma sincera e olhando para cada pessoa.
É fundamental termos em mente que o debriefing não é uma “caça às bruxas”, uma
caça aos erros, às falhas, pois ele não busca apontar culpados ou somente erros e falhas. Seu
propósito é, acima de tudo, buscar o aprendizado com as experiências vivenciadas no turno de
serviço, extraindo lições, buscando a correção das falhas e erros observados para que as decisões
tomadas intempestivamente se tornem decisões programadas para cenários similares no futuro.
Por fim, o supervisor precisa ter em mente de que o debriefing é uma ferramenta que,
se bem utilizada, agregará valor ao papel do supervisor na equipe e atenuará potenciais condições
latentes por meio da comunicação eficaz.
“A principal preocupação do gerente é manter coisas do presente sob controle, enquanto que a do
líder está em mudá-las no futuro”.
(John Kotter)
4 CONCLUSÃO
1 INTRODUÇÃO
A percepção de cada sujeito, em cada momento, é diferenciada e única, pois ela sofre
a interferência de diversos filtros, tais como: nossas experiências anteriores, expectativas e
necessidades, atitudes, motivação, aprendizagem, memória e personalidade.
2 DESEMPENHO OPERACIONAL
Segundo GIL (2001), é necessário para uma organização que ela mantenha um
sistema de avaliação de desempenho tecnicamente elaborado. Sendo esta, uma maneira de evitar
que a avaliação seja feita de forma superficial e unilateral, do chefe em relação ao supervisionado.
O comportamento humano dentro das organizações tem mudado ao longo dos anos e
exigindo dos líderes o desenvolvimento de novas habilidades, bem como a melhoria do processo de
comunicação, seja ela horizontal ou vertical. Os estudos nesta área são grandes, onde teóricos
afirmam que o comportamento humano pode ser resultado de vários itens, desde a formação
genética até a sua inserção social. A grande verdade é que não existe um único fator que determine
o comportamento humano, mas sim o equilíbrio entre tais fatores.
Abaixo seguem algumas ações que o Supervisor poderá tomar, para cada tipo de
ATCO ou equipe operacional, de forma a maximizar o desempenho e extrair o melhor de cada um
de sua equipe, tendo em vista que os perfis aparecem misturados nas mais diversas equipes de
trabalho:
a) buscar a todo o momento envolver o ATCO em novas funções que exijam alto
poder de criatividade e ao mesmo tempo dar constante feedback sobre seu
desempenho operacional;
58/103 ATM011/2023
É importante ressaltar que não existe modelo ideal ou perfeito para se formar uma
equipe de trabalho. Cabe ao Supervisor identificar o perfil de cada componente da sua equipe e
dentro da particularidade de cada um buscar extrair os melhores resultados, sem que eles percam a
sua essência.
Não há como supervisionar uma equipe sem conhecimento prévio, tanto técnico
quanto prático de sua área de atuação. Entre os requisitos necessários citam-se leis e normas,
procedimentos padronizados, ações aplicáveis para o gerenciamento de crise e técnicas atualizadas.
c) desequilíbrio emocional;
Cabe salientar que não estamos aqui desejando que o Supervisor seja um “caça erro”
do ATCO. O objetivo deste curso é auxiliar o Supervisor na condução da sua tarefa maior, que é
supervisionar (Gerenciar) o órgão operacional.
ATM011/2023 59/103
Dessa forma, o Supervisor necessita identificar a situação que cada ATCO está
vivenciando e tentar analisar quais fatores estão influenciando o desempenho destes profissionais
no ambiente de trabalho. Ressalta-se que, de forma simultânea, o desempenho operacional do
controlador pode ser afetado em razão de diversos fatores. Com base nesta análise, o Supervisor
poderá auxiliar os integrantes de sua equipe e assim contribuir para a manutenção da segurança
operacional no seu órgão de trabalho.
Como dito anteriormente, o desempenho dos ATCO nos órgãos operacionais sofre a
influência de diversos fatores. Cabe ao Supervisor, quando possível, a correção imediata de um
desempenho indesejável, porém, existem algumas situações que a Supervisão não consegue
resolver, nesses casos deverá levar ao conhecimento da chefia ou dos setores responsáveis.
Para que um ATCO tenha um desempenho positivo, é preciso que a equipe trabalhe
de forma harmônica e eficiente. O Supervisor e sua equipe devem estar preparados para todos os
tipos de situações e cenários diversos. Entretanto, seria ilusório afirmar que, por mais experiente e
capacitado que seja o profissional, conduzirá com maestria qualquer ocorrência em seu turno de
serviço. Assim sendo, recomenda-se a adoção de decisões colaborativas tem por foco o alcance de
melhores resultados.
Uma boa atuação do Supervisor no turno de serviço, com certeza, a equipe terá um
bom desempenho. Ele deverá estar atento a todos os detalhes da operação e proporcionar um
ambiente tranquilo de trabalho, dando todos os recursos necessários para que o ATCO trabalhe de
forma a manter a segurança e a fluidez do tráfego aéreo.
5 CONCLUSÃO
Vimos que, fazer uma correta avaliação de desempenho é uma das estratégias que
todo Supervisor deve usar visando mensurar o potencial de sua equipe. Pois, na prática, representa
uma ferramenta que permite mensurar como cada ATCO está realizando seu trabalho no Órgão
ATC e o quanto está correspondendo na função que ocupa.
1 INTRODUÇÃO
Observe que essas definições são declarações de intenções da parte do supervisor que
visam a um objetivo, porém sobre as reações dos demais envolvidos diante desse processo, nada é
informado.
Para que isto se torne mais fácil, faz-se necessário o estudo de algumas técnicas de
Gestão Operacional empregadas no ambiente ATC.
Para isso é necessário que o aluno deste curso tome conhecimento de alguns
fundamentos de Gestão Operacional voltados para empresas uma vez que esses conceitos são
universalizados e darão um embasamento para atuação do Supervisor como gestor operacional.
No caso específico do ATC, podemos inferir que a organização espera como meta do
trabalho do Supervisor de uma equipe operacional a garantia da excelência dos padrões
operacionais que objetivam manter o tráfego aéreo seguro, rápido e ordenado.
Com efeito, para que um supervisor cumpra o que dele se espera é imprescindível
que, além do seu conhecimento técnico especializado, esse profissional seja capacitado a conduzir
pessoas e motivá-las, que saiba construir relacionamentos, desenvolva em si a habilidade de
reconhecer e valorizar os membros da equipe, seja um facilitador no entendimento e na execução
das tarefas que serão confiadas à sua equipe, transmita lealdade, confiança e segurança aos
integrantes da sua equipe e aos seus superiores. Como se pode ver, o papel do supervisor na
condução de uma equipe não é uma atribuição fácil, mas, é fundamental para a obtenção dos
objetivos da organização.
No âmbito das ações humanas, o Supervisor deve estar preparado para liderar a sua
equipe exercendo papel fundamental nas relações interpessoais. Ele deve ser capaz de entender que
suas atitudes pessoais podem elevar ou reduzir o nível de comprometimento de seus liderados no
cumprimento do serviço ATC prestado por sua equipe.
O Chefe de Equipe atua como o elo entre a Chefia do Órgão de Controle e a Equipe
Operacional, e através de ações gerenciais e administrativas coordena as atividades da equipe. No
que diz respeito aos procedimentos operacionais, cabe ao Chefe de Equipe, em conjunto com o
Supervisor ATC, analisar situações contingenciais e adotar medidas que visem, sobretudo, a
segurança da circulação aérea geral.
assertiva para expressar o que deles se espera e, principalmente, da motivação dos integrantes do
seu grupo de trabalho.
A maioria das pessoas sente uma grande satisfação quando são promovidas ao cargo
de supervisor. Isto demonstra que o Chefe da Organização reconheceu que o seu trabalho e que suas
habilidades o capacitam a assumir uma posição de destaque perante os demais companheiros.
Na verdade, ao iniciar suas funções como Supervisor ATC, você verifica que as
coisas não são exatamente tão simples assim. Surgem situações e problemas que o preocupam.
Aparecem dificuldades para resolver e casos que, aparentemente, seriam de fácil solução tornam-se
complicados. Neste ponto, você conclui: “O serviço de supervisão não é tão fácil quanto eu
imaginava”.
Quando ainda atuava apenas como ATCO em um órgão operacional, você preocupava-se
somente com a sua posição de trabalho, com o funcionamento dos equipamentos e com os recursos
necessários ao bom desempenho de suas atividades. Porém, como supervisor o cenário se
modificará. Você passará a ser, também, responsável pelo trabalho dos outros, e pela obtenção das
metas da Organização.
Para facilitar essa tarefa, é de suma importância que você demonstre confiança no
seu grupo de trabalho, mantenha sempre uma atitude de cordialidade, segundo os princípios das
relações humanas, lembrando-se sempre de que todos os esforços, sejam os seus pessoais ou de
cada membro do grupo, objetivam o melhor para a organização a qual pertencem.
Estudos demonstram que supervisores que passam a maior parte do tempo realizando
o trabalho de produção (operação ATC) são os que têm os setores com menor produtividade.
Veremos essas três habilidades de forma isolada e como elas estão interligadas. Esse
relacionamento entre as habilidades Técnica, Humana e Conceitual é que proporciona ao Supervisor
a capacidade de exercer, de forma correta, as suas funções no órgão operacional.
Das três aptidões mencionadas, a técnica talvez seja a mais conhecida, por ser a mais
concreta, uma vez que, nesta era de especialização, ela constitui a qualificação exigida de quase
todas as pessoas. A maioria dos programas de treinamento vocacional ou prático procura
desenvolver, principalmente, a habilidade técnica do indivíduo.
66/103 ATM011/2023
Agora, atenção: a aptidão em saber trabalhar com os outros deve se tornar para você
uma atitude natural e constante, uma vez que ela envolve sensibilidade, não apenas no momento de
você tomar uma decisão, mas também na sua própria conduta cotidiana. A habilidade humana não
pode ser “algo ocasional”.
As técnicas não podem ser aplicadas ao acaso nem os traços da personalidade podem
ser colocados e retirados como se faz com um paletó. Isto porque, tudo o que o supervisor faz ou
diz (ou deixa de fazer ou dizer) tem algum efeito sobre seus colegas e seu verdadeiro ego se
revelará com o tempo.
Por isso, para ser positiva, essa habilidade deve ser desenvolvida natural e
continuamente; sendo demonstrada em todas as atividades do indivíduo; tornando-se parte
integrante do seu próprio ser.
5.3 HABILIDADE CONCEITUAL
aptidões para executar quaisquer atividades técnicas (habilidade técnica), compreensão e motivação
de pessoas e grupos (habilidade humana) e coordenação e integração de todas as atividades e
interesses da organização no sentido de um único objetivo comum (habilitação conceitual).
A abordagem das três habilitações ressalta o fato de que os bons administradores, os bons
supervisores podem ser criados ou aperfeiçoados. Identificar as habilitações mais necessárias nos
diversos níveis de responsabilidade é extremamente útil ao desempenho das funções operacionais,
gerenciais e administrativas dentro de uma organização.
CONCEITUAL
UAL
HUMANA e CONCEITUAL
TÉCNICA e HUMANA
Gerenciar significa, também, obter produção através do trabalho dos outros. Logo,
você necessitará saber planejar e organizar o trabalho das pessoas para conseguir o resultado
desejado, ou seja, a obtenção de um bom padrão de desempenho da sua equipe, pois o seu sucesso
está em fazer com que os demais membros do grupo consigam atingir os pontos máximos de
produção na organização.
ATM011/2023 69/103
Alguns autores apresentam três regras básicas a serem seguidas a fim de se elevar a
produtividade:
O Supervisor deverá cuidar para que problemas latentes não possam prejudicar o
desempenho da equipe. Nestes termos, observa-se que o melhor caminho é a prevenção. O
Supervisor deverá buscá-la através de ações que estejam primeiramente ao seu alcance e, se
necessário, recorrendo à Administração.
Caberá ao Supervisor desenvolver a cooperação não somente entre ele e sua equipe,
mas, também, a interação total de todos os integrantes desse grupo.
Assim sendo, um bom supervisor deve expandir seus bons relacionamentos aos
supervisores e controladores de outros grupos, de forma a promover a interação necessária, pois o
importante é a organização como um todo.
À medida que as necessidades dos indivíduos são satisfeitas pela organização ocorre
uma elevação da motivação. No caminho inverso quando a Administração frustra as necessidades
individuais ocorre a redução da motivação.
Por outro lado, o moral baixo é acompanhado por uma atitude de desinteresse, de
negação, de rejeição, de pessimismo e de apatia com relação ao trabalho, trazendo, geralmente,
problemas de supervisão e disciplina.
Todavia, existem supervisores que, em seu setor de trabalho, não gostam de fazer
anotações das ocorrências e preparar relatórios. Como consequência, se lhes são pedidos resumos
das atividades desenvolvidas no seu âmbito de trabalho e eles não têm anotações a respeito delas,
possivelmente terão dificuldades em atender às solicitações. Portanto, utilize-se de todos os
mecanismos formais que estiverem à sua disposição.
Não é raro encontrar Supervisores que ao serem elevados ao cargo adotam a ideia de
que “agora em diante, as coisas, por aqui, serão diferentes!”. Apresentam-se como detentores de
novas ideias e contradizem os métodos do Supervisor que o antecedeu. Desejam, então, modificar
tudo, ignorando um fator psicológico denominada resistência às mudanças.
Cuidado! Isto não significa dizer que mudanças não devam ser efetuadas, mas, caso
sejam necessárias, devem ser levadas a efeito, preferencialmente, após algum tempo de observação,
acompanhando os trabalhos da organização e, sempre que possível, com a participação da equipe.
Deste modo, as falhas comportamentais mais comuns e que devem ser evitadas são:
a) Compromissos utópicos
Certos supervisores, ao assumirem suas funções, fazem promessas aos membros de sua
equipe sem ao menos conhecê-los. Promessas são muito perigosas, principalmente quando são
impossíveis o seu cumprimento, pois geram o descrédito, fazendo com que o supervisor perca o
controle da situação. Ademais, todos sabem que ele está tentando ganhar amigos e colaboradores.
b) Eleger preferidos
d) Acautelar-se antecipadamente
Seja precavido, porém, sem excessos, pois se agir assim demonstrará insegurança e,
naturalmente, tal conduta chegará ao conhecimento da chefia através de comentários dos próprios
controladores.
e) Comportamento opressor
Atitudes ditatoriais devem ser evitadas, principalmente se for observada alguma agressividade
da parte dos membros de equipe.
f) Empáfia
Colocar-se como uma pessoa que deva ter privilégios especiais; gabar-se, o tornará alguém
muito censurado, gerando no grupo um comportamento, muitas vezes, hostil e antagônico.
g) Centralizar
Tentar efetuar todas as tarefas por si mesmo, nunca delegando autoridade, dará, aos
membros da equipe, a impressão de que você, como supervisor, não confia nos seus trabalhos. A
delegação é salutar e nos dá a oportunidade de, ao confiar nos trabalhos dos controladores,
descobrir talentos e aptidões que muito poderão nos auxiliar no futuro.
h) Irritabilidade
Perder a calma diante dos controladores é sinal evidente de insegurança. A você, como
supervisor, caberá controlar sua equipe de trabalho, mas para isso necessitará antes de tudo
autocontrolar-se. No seu ambiente de trabalho, você encontra alguém com estas características?
8 GESTÃO OPERACIONAL
Assim como obter resultados satisfatórios através do trabalho dos membros de uma
organização. Os gestores, que também fazem parte da organização, coordenam as atividades do dia
a dia e tem como função conduzir os negócios de forma a atingir os objetivos.
O Supervisor deverá estar atento às muitas variáveis que podem afetar o desempenho
da equipe, entre elas, o número de operadores presentes no turno de serviço. A disponibilidade de
operadores no turno de serviço é um fator preponderante para que se promova ou não o
desagrupamento de setores no órgão ATC.
No entanto, uma vez que, por motivos fortuitos, houver redução no número de
ATCO o Supervisor, em um primeiro momento, coordenando com o Chefe de Equipe ou Chefe do
Órgão, ou outro profissional responsável, envidará esforços para complementar a equipe com o
número adequado de controladores.
Dentre as ações possíveis podemos citar: retenção de ATCO da equipe que está
sendo substituída ou gerenciamento ou controle de fluxo da demanda etc. Essas ações ocorrerão até
que a equipe substituta seja recompletada e deverão estar em consonância com o Modelo
Operacional caso ele exista.
sistemas automatizados ATC, aeronaves que estejam em emergência, entre outros são exemplos de
situações em que o desagrupamento de setores tornar-se-ia recomendável.
Dentre os vários aspectos que devem ser observados pelo Supervisor ATC no
planejamento do rodízio destacamos: a capacidade técnica, a divisão equitativa da carga horária, a
divisão do turno em funções de situações inopinadas, aspectos cognitivos dos integrantes da equipe,
consciência situacional e relacionamento interpessoal. Abaixo falaremos sobre esses aspectos.
Normalmente o controlador mais hábil para assumir uma posição operacional com
alta demanda e /ou alta complexidade de tráfego será o controlador mais experiente da equipe.
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Sem dúvida alguma é uma das atividades de maior complexidade para o Supervisor
ATC, principalmente em órgãos operacionais mais complexos que durante um turno de serviço tem,
constantemente, muitas posições operacionais sendo desagrupadas ou agrupadas.
11 MEDIDAS ATFM
Todo esforço deve ser empreendido para prover capacidade suficiente a fim de
atender aos níveis de tráfego normais e máximos mantendo assegurados os níveis adequados de
segurança.
quantidade de voos impossibilitados de seguirem nas suas trajetórias ótimas planejadas, assim como
um crescimento nos atrasos totais do sistema (pousos e decolagens), caso não sejam tomadas as
medidas necessárias para incrementar a capacidade. Para fazer frente à problemática mencionada a
11ª Conferência de Navegação Aérea, realizada em 22 de setembro de 2003, aprovou o Conceito
Operacional ATM Global.
• Operações de Aeródromo;
• Sincronização de Tráfego;
• Gerenciamento de Conflitos; e
para prover capacidade suficiente de suprir os níveis de tráfego normais e máximos, assegurando-se
de que os níveis adequados de segurança são mantidos.
• a capacidade de aeródromo.
11.3AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE
Para garantir que a segurança não será comprometida, sempre que se prever que a
demanda de tráfego em um espaço aéreo ou em um aeródromo excederá a capacidade ATC
disponível, medidas deverão ser implementadas para regular adequadamente a demanda de tráfego.
De acordo com a previsão do mercado global da Airbus o tráfego aéreo deve crescer
4,7% ao ano até 2032, com um aumento simultâneo de 20.000 novas aeronaves. Esse crescimento,
juntamente com a demanda existente, significa que devemos preparar nossos céus, hoje, para as
demandas de capacidade de amanhã.
de criar a Central Flow Management Unit (CFMU). Em 1995 a CFMU iniciou as suas operações a
partir Maastricht, na Holanda. A CFMU deu origem ao Network Manager Operations Center
(NMOC) que hoje fornece os principais serviços operacionais em vários domínios:
Sua concepção original foi aprovada em 1998, tendo como fator determinante o
crescimento da atividade aeronáutica em nossos aeroportos e no espaço aéreo. A Comissão de
Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA) assumiu a missão de estabelecer o
CGNA na virada do século, a fim de consentir ao órgão a gestão de ações correntes na área de
gerenciamento de tráfego aéreo e sua infraestrutura relacionada.
É muito importante que você, como Supervisor ATC, saiba das atribuições
pertinentes não só à sua função, mas também aquelas afetas aos outros membros da equipe
operacional.
Além das atribuições previstas no item anterior, as FMC dos órgãos ATC devem
possuir conhecimento dos procedimentos contidos na documentação operacional pertinente, com o
objetivo de apoiar os supervisores de serviço em situações especiais que possam surgir.
Vejam que basicamente as ações do órgão ATC se igualam às ações da FMC sendo
que o grande diferencial estará nas ações de planejamento e antecipação às possíveis demandas
através das ferramentas ATFM disponíveis para as FMC.
• aeronaves em emergência;
Ainda segundo a ICA 100-22 o serviço ATFM é prestado de forma centralizada pelo
CGNA, sendo apoiado pelas FMC estabelecidas nos órgãos ATS apropriados e compete ao CGNA
aplicar as medidas ATFM para manter o balanceamento entre a demanda dos movimentos aéreos e
as capacidades declaradas.
O Supervisor, em sua rotina operacional, muitas vezes depara-se com situações que
podem vir a exigir a aplicação de medidas ATFM.
As medidas ATFM são técnicas usadas para gerenciar a demanda de tráfego aéreo de
acordo com a capacidade do sistema. Existem diversos tipos de medidas ATFM que podem ser
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Medida ATFM aplicada quando se estabelece uma taxa de fluxo de decolagem de,
por exemplo, 3 minutos entre decolagens sucessivas. Em regra, são aplicadas por não mais de 30
minutos de cada vez. Normalmente, são utilizadas quando um setor de decolagem se torna
excessivamente ocupado ou quando a capacidade é repentinamente reduzida.
13.3ESPERA NO SOLO – GS
para organizar o tráfego em fluxos gerenciáveis, além de prover espaço para acomodar tráfego
adicional (aproximando ou saindo) no fluxo de tráfego existente.
Medida expressa pelo número de minutos requeridos entre aeronaves sucessivas, nas
seguintes situações:
13.6RERROTEAMENTO
Medida ATFM que consiste no uso de rota definida colaborativamente entre CGNA
e órgãos ATC, diferente daquela solicitada no plano de voo, com o objetivo de:
13.7ESPERAS EM VOO
13.8RESTRIÇÃO EM ALTITUDE
a) CAPPING – utilizada para indicar que a aeronave será autorizada em uma altitude
menor que a solicitada no plano de voo, até ultrapassar determinada região. É
aplicada no segmento inicial ou em todo o voo; e
ATM011/2023 87/103
b) TUNNELING – utilizada para indicar que o tráfego irá iniciar a descida antes do
seu ponto ideal. Este tipo de medida é usado geralmente para se evitar o
cruzamento de níveis de espera e para reduzir atrasos no solo, no caso de o
usuário optar por voar em níveis inferiores.
O Supervisor como visto ao longo desse curso e em face de sua função que é
revestida de liderança, de conhecimentos técnicos e respeito por seus superiores, seus pares e
subordinados deve, sempre que necessário, buscando o correto desempenho do serviço de controle
de tráfego aéreo, efetuar correções nas ações dos ATCO.
88/103 ATM011/2023
a) ao observar que o ATCO está agindo de forma displicente durante o turno, por
exemplo de costas para o console radar;
d) ao perceber que a situação de tráfego aéreo é inédita para o ATCO e lhe falta
experiência para resolvê-la;
e) ao observar que o ATCO precisa de apoio para lidar com uma situação de
degradação do sistema.
15 CONCLUSÃO
1 INTRODUÇÃO
Por esse motivo, todos os esforços devem ser considerados no sentido de melhorar o
desempenho das pessoas, em todos os setores, em todos os níveis, visando aprimorar os processos
de prevenção.
RISCO
Possibilidade de perda ou dano, medida em termos de severidade e
probabilidade. A possibilidade de um evento ocorrer e suas consequências se
efetivamente ocorrer. É a composição da severidade e da probabilidade
previsíveis, relativas ao efeito potencial de um perigo, considerando o pior cenário
possível de ocorrer.
a) Reporte Mandatório;
b) Reporte Voluntário; e
Algumas situações e/ou fatos ocorridos durante o turno de trabalho que podem afetar
adversamente a segurança operacional devem ser reportadas, utilizando-se para isso os meios
formais de comunicação como o Livro de Registro de Ocorrências (LRO) e/ou o Situação dos
Meios Operacionais (SMO). Tais reportes visam criar um banco de dados no qual estarão
computados todos os fatos ocorridos no órgão, possibilitando que a ação corretiva seja realizada de
maneira oportuna, e permitir análises prospectivas a partir da série histórica dos dados registrados.
Os órgãos ATC além dos Acidentes e/ou Incidentes Aeronáuticos Graves e das
Ocorrências de Tráfego Aéreo, deverão registrar no LRO e reportar, obrigatoriamente, por meio da
92/103 ATM011/2023
a) colisão ou quase colisão, no solo ou em voo, entre duas aeronaves ou entre uma
aeronave e o solo ou um obstáculo, incluindo quase colisão de voo controlado
contra o terreno (quase CFIT);
b) sempre que ocorrer perda de separação na prestação do ATS (AIRPROX);
c) todos os eventos de Incursão em Pista (RI);
d) todos os eventos de Excursão de Pista (RE);
e) sempre que ocorrer Aviso de Resolução (RA);
f) similaridade de indicativos de chamada das aeronaves (iguais ou semelhantes);
g) declarações de emergências na fonia (“Mayday” ou “PAN PAN” ou “Mayday
Combustível”);
h) colisão com Avifauna, inclusive colisão com pássaro;
i) sobrecarga de trabalho significativa no setor ATC/posição de ATS, podendo levar
a uma potencial degradação na prestação dos ATS;
j) incapacidade de prestar serviços de tráfego aéreo ou de executar funções
relacionadas aos serviços de tráfego aéreo;
k) não prestação ou prestação de informações e/ou dados incorretos, corrompidos,
inadequados ou enganosos por quaisquer serviços de apoio;
l) recebimento ou interpretação incorretos de comunicações/instruções significativas,
incluindo a falta de entendimento do idioma usado, quando isso teve ou poderia ter
um impacto negativo direto na prestação segura dos ATS;
m) perda de comunicações prolongadas com uma aeronave ou com outro órgão ATS;
n) falha de segurança cibernética do sistema ATM que afete ou possa afetar
negativamente a segurança operacional na prestação do ATS; e
o) impacto ou potencial impacto da fadiga na habilidade de realizar com segurança as
atividades de navegação aérea ou tráfego aéreo.
NOTA: A omissão pelo não registro e/ou comunicação das ocorrências de reporte
mandatório estarão passíveis dos sansões previstas para o não atendimento das
normas do SISCEAB em vigor.
4 REPORTE VOLUNTÁRIO
Para que a gestão da segurança seja efetiva é necessário que haja um eficiente sistema
de reportes voluntários. Erros e violações são componentes naturais de um sistema de produção,
portanto, a organização tem total interesse em conhecer com detalhes e com a brevidade possível
tudo que se passa na rotina dos órgãos operacionais que exija medida mitigadora.
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O Sistema de Reporte Voluntário foi estabelecido para que qualquer pessoa possa,
voluntariamente, registrar e comunicar ao CENIPA qualquer evento, ocorrência, condição latente,
falha ativa, circunstâncias ou situações potenciais que possam afetar a segurança operacional.
Os dados de identificação dos RELPREV deverão ter o acesso restrito aos Gestores de
Segurança Operacional e ao pessoal envolvido em eventual Investigação de Segurança Operacional.
Recomenda-se que os reportes sejam categorizados por meio de uma taxonomia que
facilite a identificação de perigos e tendências comuns.
A utilização do RCSV pressupõe que uma ocorrência foi tratada no âmbito do SMS do
PSNA ou EPTA, porém as ações mitigadoras adotadas não foram suficientes para reduzir ou
eliminar o perigo identificado.
O RCSV não deve ser utilizado para denúncia de fatos que constituam crime,
contravenção penal de qualquer natureza ou violações intencionais de regulamentos aeronáuticos.
LEITURA RECOMENDADA
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