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Projeto de ECAi16.

Universidade Federal de Itajubá – Campus Avançado de Itabira

Disciplina: ECAi16.2 - Automação de Sistemas Industriais II - Prática

Prof. Luiz Felipe Pugliese


Turma data

RA Nome Curso

RA Nome Curso

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Objetivo
A partir dos conhecimentos visto na disciplina ECAi10 - Redes Industriais, a fina-
lidade desse projeto é integrar os conceitos e realizar a comunicação entre o CLP
TPW03 da WEG e o CLP Rockwell CompactLogix L30ERM. Da comunicação reali-
zada, deve-se projetar e implementar um programa em SFC no CLP da Rockwell e
as telas de um sistema supervisório para o problema de manobras para a subestação
apresentado a seguir. O CLP da WEG será utilizado para conexão com o sistema
da subestação enquanto que a lógica de programação para realização das manobras
deverá acontecer no CLP da Rockwell.

Descrição do sistema
A garantia e qualidade do fornecimento de energia elétrica é avaliada por indi-
cadores de continuidade. Os principais indicadores são a Duração Equivalente de
Interrupção por Unidade (DEC) e a frequência equivalente de Interrupção por Unidade
(FEC). No cenário internacional, os valores alcançados pelo Brasil são elevados se
comparados a países que investem na automação de subestações.
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O objetivo desse projeto é capaz de verificar diversas possibilidades de manobras


em uma planta didática que representa uma subestação de energia elétrica, utilizando
a automação para monitoramento, controle e atuação a fim de se garantir o forneci-
mento de energia elétrica de forma contínua e eficaz.
A planta consiste em um arranjo de Barra Dupla mais Barra de Transferência Sec-
cionada por Disjuntor, conforme ilustrado na Figura 1.

Figura 1: Diagrama unifilar da planta

Nessa configuração, em regime normal de operação, a Barra 1 alimenta a Linha 1


(D4), situação em que as chaves seccionadoras S1 e S3 junto ao disjuntor de potência
D1 permanecem fechados. De maneira semelhante a Barra 2 alimenta a Linha 2 (D5),
situação em que as chaves seccionadoras S6 e S7 junto ao disjuntor D2 permanecem
fechados. Desta forma, a Barra de Transferência (auxiliar) somente é utilizada para
manobras em caso de emergência.
Os disjuntores e as chaves seccionadoras são representados na planta por con-
tatores, que emulam o estado fechado e aberto de cada equipamento. Dessa forma,
é possível acioná-los via PLC, bem como reconhecer seu estado atual por meio dos
contatos auxiliares disponíveis nos bornes do painel.
Na planta é possível realizar vários tipos de manobras. Para realizar corretamente
as manobras, o programador deve ficar atento aos intertravamentos necessários. Para
fechar um disjuntor, as chaves seccionadoras anterior e posterior devem já estar fe-
chadas. Isso é verificado pelo retorno do sinal enviado ao CLP. Já para a abertura,
o disjuntor deve abrir primeiro (sob carga), e após a confirmação de seu estado ob-
tida com o sinal de retorno, as chaves seccionadoras isolam o disjuntor e configuram
novamente o caminho mais apropriado para a manobra.

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Procedimentos de Manobra
Para cada um dos procedimentos de manobra, deverá ser desenvolvida a lógica
com o CLP de modo que quando ocorrer uma falha no dispositivo, que será simu-
lada desligando manualmente o dispositivo (disjuntor ou chave seccionadora), o CLP
deve realizar o procedimento trocando a configuração das chaves conforme descrito
a seguir, de modo a manter a linha alimentada e isolar o dispositivo defeituoso para
manutenção. Voltando a funcionar o dispositivo, o CLP deve realizar o procedimento
inverso para retornar ao estado normal de funcionamento do painel conforme descrito
anteriormente.
A programação deve trabalhar sempre nas condições normais de operação, sendo:

• Energização Normal Linha 1: A Barra 1 é energizada (D4), as chaves secciona-


doras S1 e S3 se fecham. Confirmado o fechamento das chaves, o disjuntor de
potência D1 se fecha, transmitindo energia para a carga;

• Desenergização Normal Linha 1: O disjuntor de potência D1 se abre. Confir-


mado o estado de D1 (aberto), é executada a abertura das chaves seccionadoras
S1 e S3;

• Energização Normal Linha 2: A Barra 2 é energizada (D5), as chaves secciona-


doras S6 e S7 se fecham. Confirmado o fechamento das chaves, o disjuntor de
potência D2 se fecha, transmitindo energia para a carga;

• Desenergização Normal Linha 2: O disjuntor de potência D2 se abre. Confir-


mado o estado de D2 (aberto), é executada a abertura das chaves seccionadoras
S6 e S7.

Na presença de alguma falha, o sistema deve, de forma automática, identificar,


fazer a proteção do circuito (abrir o disjuntor correspondente) e em seguida realizar a
manobra para manter o fornecimento da energia. Na planta, é possível desenvolver
os seguintes casos de emergência:

1. Falha na Barra 1: O sistema reconhece que a Barra 1 está desenergizada (D4


aberto) e realiza a desenergização normal da Linha 1. Em seguida, manobra
para fornecer energia à carga por meio da Barra 2. Confirma-se a energização
da Barra 2 (D5), em seguida as chaves seccionadoras S2 e S3 se fecham. Con-
firmado o fechamento das chaves, o disjuntor D1 se fecha, transmitindo energia
para a carga;

2. Falha na Barra 2: O sistema reconhece que a Barra 2 está desenergizada (D5


aberto) e realiza a desenergização normal da Linha 2. Em seguida, manobra

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para fornecer energia à carga por meio da Barra 1. Confirma-se a energização


da Barra 1 (D4), em seguida as chaves seccionadoras S5 e S7 se fecham. Con-
firmado o fechamento das chaves, o disjuntor D2 se fecha, transmitindo energia
para a carga;

3. Falha no disjuntor D1: O sistema reconhece que o disjuntor D1 está desenergi-


zado (D1 aberto) e continua a desenergização normal da Linha 1. Em seguida,
manobra para fornecer energia à carga por meio da Barra de Transferência. As
chaves seccionadoras S10 e S4 se fecham. Confirmado o fechamento das cha-
ves, o disjuntor D3 se fecha, transmitindo energia para a carga;

4. Falha no disjuntor D2: O sistema reconhece que o disjuntor D2 está desenergi-


zado (D2 aberto) e continua a desenergização normal da Linha 2. Em seguida,
manobra para fornecer energia à carga por meio da Barra de Transferência. As
chaves seccionadoras S9 e S8 se fecham. Confirmado o fechamento das cha-
ves, o disjuntor D3 se fecha, transmitindo energia para a carga;

5. Falha nos disjuntores D1 e D3: O sistema reconhece que o disjuntor D1 está


desenergizado (D1 aberto) e manobra para fornecer energia à carga por meio
da Barra de Transferência (Falha no disjuntor D1). Em seguida, o disjuntor D3
também fica desenergizado (D3 aberto). O sistema reconhece a falha, as chaves
seccionadoras S10 e S4 são abertas e, após essa confirmação, manobra para
fornecer energia à carga por meio de bypass. As chaves seccionadoras S9 e S4
se fecham, transmitindo energia para a carga;

6. Falha nos disjuntores D2 e D3: O sistema reconhece que o disjuntor D2 está


desenergizado (D2 aberto) e manobra para fornecer energia à carga por meio
da Barra de Transferência (Falha no disjuntor D2). Em seguida, o disjuntor D3
também fica desenergizado (D3 aberto). O sistema reconhece a falha, as chaves
seccionadoras S9 e S8 são abertas e, após essa confirmação, manobra para
fornecer energia à carga por meio de bypass. As chaves seccionadoras S10 e
S8 se fecham, transmitindo energia para a carga.

Esquemas de Ligação
A Tabela 1 mostra o mapa de cada saída e entrada relacionando-as com os res-
pectivos contatores e com o que eles representam na planta.
Importante: Por convenção, os bornes X0 a X14 da planta devem ser conectados
aos bornes Y0 a Y14 do PLC, e os bornes Y0 a Y14 da planta devem ser conectados
aos bornes X0 a X14 do PLC. O +In da planta deve ser conectado ao +24V do PLC,
enquanto que o comum das entradas do PLC deve ser ligado ao 0V. A fase R deve ser

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Tabela 1: Mapa de entradas e saídas


Entrada Saída Contator Equipamento
X0 Y0 K1 S1
X1 Y1 K2 S2
X2 Y2 K3 D1
X3 Y3 K4 S3
X4 Y4 K5 S4
X5 Y5 K6 S5
X6 Y6 K7 S6
X7 Y7 K8 D2
X8 Y8 K9 S7
X9 Y9 K10 S8
X10 Y10 K11 S9
X11 Y11 K12 S10
X12 Y12 K13 D3
X13 Y13 K14 D4
X14 Y14 K15 D5

conectada ao comum das saídas do PLC enquanto que a fase S já está ligada a todos
os contatores internamente na planta. Os diagramas de ligação completos estão nos
apêndices, porém o aluno pode optar por conectar apenas os cabos necessários para
cada exercício proposto.
Obs.: Os diagramas em anexo foram retirados do apêndice do trabalho final de
graduação realizado por Teodoro e Guaracy (2016).

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Esquema de Rede

Figura 2: Sugestão para esquema de rede de comunicação do projeto.

Exercícios Propostos
Projete e implemente o programa do CLP e que contorne as falhas descritas abaixo
para essa aplicação.
Tipos de falha:

• Falha na Barra 1;

• Falha na Barra 2;

• Falha no disjuntor D1;

• Falha no disjuntor D2;

• Falha nos disjuntores D1 e D3;

• Falha nos disjuntores D2 e D3.

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Apêndice A – Diagrama de Força

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Apêndice B – Diagrama do comando automático

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Apêndice B – Diagrama do comando automático

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Apêndice B – Diagrama do comando automático

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Apêndice B – Diagrama do comando automático

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Apêndice B – Diagrama do comando automático

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