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Inclusiva 1
Inclusiva 1
Inclusiva
Unidade 1
Educação Especial no Brasil e no Mundo
Diretor Executivo
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico
TIAGO DA ROCHA
Autoria
TULIANE FERNANDES DUTRA
ISABELA CRISTINA MARINS BRAGA
AUTORIA
Tuliane Fernandes Dutra
Eu, Tuliane, sou formada em Pedagogia e Sistemas de Informação,
com experiência técnico-profissional na área de Análise de Sistemas e
desenvolvimento de materiais para Educação a Distância há mais de 15
anos. Sou apaixonada pelo que faço e adoro transmitir minha experiência
de vida.
OBJETIVO: DEFINIÇÃO:
para o início do houver necessidade
desenvolvimento de se apresentar um
de uma nova novo conceito;
competência;
NOTA: IMPORTANTE:
quando necessária as observações
observações ou escritas tiveram que
complementações ser priorizadas para
para o seu você;
conhecimento;
EXPLICANDO VOCÊ SABIA?
MELHOR: curiosidades e
algo precisa ser indagações lúdicas
melhor explicado ou sobre o tema em
detalhado; estudo, se forem
necessárias;
SAIBA MAIS: REFLITA:
textos, referências se houver a
bibliográficas necessidade de
e links para chamar a atenção
aprofundamento do sobre algo a ser
seu conhecimento; refletido ou discutido
sobre;
ACESSE: RESUMINDO:
se for preciso acessar quando for preciso
um ou mais sites se fazer um resumo
para fazer download, acumulativo das
assistir vídeos, ler últimas abordagens;
textos, ouvir podcast;
ATIVIDADES: TESTANDO:
quando alguma quando uma
atividade de competência for
autoaprendizagem concluída e questões
for aplicada; forem explicadas;
SUMÁRIO
Educação Especial no Mundo ....................................................................10
de deficiência...................................................................................................................................... 13
Médico-pedagógica.......................................................................................................................24
Vertente psicopedagógica........................................................................................................25
Legislação Brasileira......................................................................................................................33
Inclusão social....................................................................................................................................45
Educação Inclusiva 7
01
UNIDADE
8 Educação Inclusiva
INTRODUÇÃO
Olá estudante!
Bons estudos!
Educação Inclusiva 9
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vinda (o). Nosso propósito é auxiliar você no
desenvolvimento das seguintes objetivos de aprendizagem até o término
desta etapa de estudos:
ÉPOCA CARACTERÍSTICAS
Egito Antigo
ÉPOCA CARACTERÍSTICAS
IDADE MÉDIA
Foi na Idade Média, em Paris, por volta de 1260, que o Rei Luís IX
criou o primeiro hospital para pessoas cegas. O objetivo deste hospital era
atender os soldados que tinham ficado cegos durante a Sétima Cruzada.
Educação Inclusiva 13
O nome dado para o hospital foi Quize-Vingsts, o que significa “15 vezes
20”, ou seja, 300 soldados cegos (GUSGEL, 2010 apud SILVA, 2012).
IMPORTANTE:
Normalização:
[...] significa criar para pessoas atendidas em instituições
ou segregadas de algum outro modo, ambientes tão
parecidos quanto possível com aqueles vivenciados pela
população em geral. Fica evidente que se trata de criar
um mundo (moradia, escola, trabalho, lazer etc.) separado
embora muito parecido com aquele em que vive qualquer
outra pessoa. (SASSAKI, 2002, p. 32)
Mainstreaming:
[...] uma tentativa de integração, (...) que significa levar os
alunos mais próximo possível dos serviços educacionais
disponíveis na corrente principal da comunidade. (...) ele
estudava em uma escola comum, embora se tratasse de
uma simples colocação física do mesmo em várias salas
comuns. (SASSAKI, 2002, p. 32)
VOCÊ SABIA?
VOCÊ SABIA?
RESUMINDO:
SAIBA MAIS:
Segundo Mazzotta (2005 apud Silva (2012), além dos dois institutos
já citados, outros serviços passaram a ser oferecidos à pessoas com
deficiência. Esses serviços faziam parte do sistema regular de ensino:
Médico-pedagógica
A vertente médico-pedagógica está relacionada ao campo médico.
Nesta vertente, de acordo com Silva (2012), as decisões relacionadas
com o diagnóstico e com as práticas pedagógicas são subordinadas ao
médico.
Percebendo a importância da pedagogia e também
o quanto poderia ser prejudicial segregar as crianças
mais comprometidas com adultos com diagnósticos de
doença mental, médicos criaram instituições escolares
em salas anexas aos hospitais psiquiátricos. Embora esses
pavilhões tivessem continuado com a segregação dos
deficientes, havia a tentativa de ir além do atendimento
médico e alcançar a educação. Iniciou-se a preocupação
em sistematizar conhecimentos que pudessem ajudar na
participação das crianças na vida do grupo social. Assim
passou a ser estabelecida na educação da pessoa com
Educação Inclusiva 25
Vertente psicopedagógica
Segundo Silva (2012), os influenciadores desta vertente foram da
área de psicologia, em destaque para as obras de Alfred Binet, pedagogo
e psicólogo francês e Théodore Simon, com os testes de inteligência.
Jannuzzi (2004) citado por Silva (2012) explica que eles criaram e utilizaram
uma escala métrica de inteligência, o que representou uma nova forma
de classificar as pessoas com deficiência com base nos critérios de
aproveitamento escolar. “Com isso, cresceu significativamente o número
de alunos que a escola passou a apontar desviantes, iniciando a rejeição
dos que apresentavam deficiências mais evidentes” (SILVA, 2012, p. 31).
[...] os educadores sentiam dificuldade em reconhecer
os alunos com deficiência e definir os critérios a serem
utilizados para a identificação. Diante dessa dificuldade,
passaram a ser considerados normais todos os alunos
que eram capazes de se adaptar às condições de vida
diária, sendo que essa capacidade era identificada com
a simples observação do comportamento dos alunos.
Essa observação era realizada pelos professores e,
principalmente, por psicólogos. (SILVA, 2012, p. 31)
O “portar uma
De 1988 até 1993.
deficiência” passou
Alguns líderes
a ser um valor
de organizações
agregado à pessoa.
de pessoas
“pessoas portadoras A deficiência passou
com deficiência
de deficiência”. Termo a ser um detalhe
contestaram o
que, utilizado somente da pessoa. O
termo “pessoa
em países de língua termo foi adotado
deficiente”
portuguesa, foi proposto na Constituição
alegando que
para substituir o termo Federal e nos
ele sinaliza que a
“pessoas deficientes”. estatutos Estaduais
pessoa inteira é
e em todas as leis e
deficiente, o que
políticas pertinentes
era inaceitável
ao campo das
para eles.
deficiências.
Fonte: Adaptado (SASSAKI, 2003).
Educação Inclusiva 27
VALOR DA
ÉPOCA TERMOS E SIGNIFICADOS
PESSOA
O valor agregado
às pessoas é
“pessoas com deficiência” o de fazerem
Em junho de 1994.
e pessoas sem parte do grande
A Declaração
deficiência, quando segmento dos
de Salamanca
existirem necessidades excluídos que,
preconiza a
educacionais especiais com o seu poder
educação inclusiva
e se encontrarem pessoal, exigem
para todos, tenham
segregadas, têm o direito sua inclusão
ou não uma
de fazer parte das escolas em todos os
deficiência.
inclusivas e da sociedade aspectos da vida
inclusiva. da sociedade.
Trata-se do
empoderamento.
Fonte: Adaptado (SASSAKI, 2003).
28 Educação Inclusiva
TERMOS E
ÉPOCA VALOR DA PESSOA
SIGNIFICADOS
Mais recentemente,
Considera a singularidade
com a Nova Política Pessoas com
das pessoas, respeita
da Educação Necessidades
as necessidades
Especial na Educacionais Especiais.
educacionais especiais
perspectiva da Conceito que amplia
dos alunos e reconhece
Educação Inclusiva educacionalmente
“que as dificuldades
e na égide da a sua abrangência
enfrentadas nos sistemas
Convenção sobre os incluindo nesse grupo
de ensino evidenciam
Direitos das pessoas todos os alunos em
a necessidade de
com Deficiência, situação de exclusão
confrontar as práticas
aprovada pela escolar, desde aqueles
discriminatórias e
ONU em 2006, a que apresentam
criar alternativas para
expressão Pessoas deficiências, que
superá-las”. Assume
com Necessidades vivem nas ruas ou
a educação Inclusiva
educacionais que trabalham, as
como primeira alternativa
especiais se amplia superdotadas, em
para responder às
e reconhece a desvantagem social,
demandas da sociedade
importância da as que apresentam
contemporânea e
expressão pessoas diferenças linguísticas,
reconhece a necessidade
com deficiência, étnicas ou culturais,
de uma abordagem
entre outras com deficiência ou altas
sistêmica das políticas
necessidades habilidades.
públicas para a Educação.
especiais.
Fonte: Adaptado (SASSAKI, 2003).
Educação Inclusiva 29
RESUMINDO:
(...)
Art. VII - Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem
qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos têm
direito a igual proteção contra qualquer discriminação que
Educação Inclusiva 33
(...)
Legislação Brasileira
A Educação Especial começou a se tornar questão de
política pública na década de 1960, quando começa a se
notar a preocupação do poder público com esse ramo
da educação. Ela foi tratada pela primeira vez na Lei de
Diretrizes e Bases (LDB) de 1961, a lei no 4.024 (BRASIL,
1961), em que aparece um título com dois artigos (art. 88 e
89). De acordo com essa lei, o atendimento aos estudantes
com deficiência (chamados na lei de “excepcionais”)
poderia ser realizado na escola comum ou em instituições
particulares, que podiam receber financiamento do
governo. (ALIAS, 2016, p. 14)
VOCÊ SABIA?
SAIBA MAIS:
RESUMINDO:
Fonte: Freepik
Inclusão social
Agora, vamos falar sobre o paradigma da inclusão social, que é
o momento em que estamos vivenciando na sociedade. Este processo
se diferencia da integração, pois a inclusão social é bilateral, isto é, a
sociedade e as pessoas que estão excluídas trabalham juntas na busca
de soluções efetivas que possibilitam a equiparação de oportunidade
para todos e todas.
A prática da inclusão social repousa em princípios até
então considerados incomuns, tais como: a aceitação
das diferenças individuais, a valorização de cada
pessoa, a convivência dentro da diversidade humana,
a aprendizagem através da cooperação. A diversidade
humana é representada, principalmente, por origem
nacional, sexual, religião, gênero, cor, idade, raça e
deficiência. (SASSAKI, 2002, p. 42).
VOCÊ SABIA?
TEORIA DO MEIO
TEORIA DO MEIO MENOS
PARADIGMAS MAIS FAVORÁVEL
RESTRITIVO POSSÍVEL
POSSÍVEL
Todos os alunos na
Todos os alunos
mesma escola, mas não
Educação em sala de aula
necessariamente em uma
comum
mesma sala
A meta é não deixar
Condicionada à adaptação
Inserção da ninguém de fora.
da criança, às experiências e
criança Inserção de forma
às exigências do meio
mais radical
As diferenças
A busca pela impulsionam as
Diferenças
homogeneização mudanças de
comportamento
Acionamento das
Serviços Em atendimento segregado
redes de apoio
Modalidade INTEGRAÇÃO INCLUSÃO
Fonte: SOUZA, 2005.
RESUMINDO:
REFERÊNCIAS
ALIAS, Gabriela. Desenvolvimento da aprendizagem na Educação
Especial - Princípios, fundamentos e procedimentos na Educação
Inclusiva. São Paulo: Cengage, 2016. (Recurso eletrônico).