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Enfermagem em Centro Cirúrgico
Enfermagem em Centro Cirúrgico
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Sumário
ESTRUTURA FÍSICA
Área de conforto
Área destinada a lanches para que os mesmos não sejam realizados em locais
inadequados. Deve-se dispor nesse local, cadeiras, poltronas e sofás.
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Sala dos cirurgiões e anestesiologistas
Sala de Enfermagem
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específicos ou em casos de emergência.
Expurgo
Local para o desprezo de secreções das salas de cirurgia. Deve estar provida de
um vaso sanitário apropriado com descarga e uma pia para lavagem dos artigos
utilizados nas cirurgias.
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Tamanho da sala
Portas
As portas das salas de cirurgia devem ser largas o bastante para facilitar a
passagem de macas e equipamentos cirúrgicos. Devem possuir metal na altura da maca
para evitar seu estrago, ser de materiais laváveis e resistentes, de preferência revestidas
de fórmica.
É indicado o uso de portas do tipo “vaivém” que impeçam o uso das mãos para
abri-la. O ideal é que se tenha outra porta de acesso à sala apenas para membros das
equipes com visor de separação dos dois ambientes.
Piso
Deve ser de superfície lisa, não porosa, resistentes a agentes químicos comuns,
sem fendas ou fissuras, ter aspecto estético, realçar a sujeira, não refletir a luz,
impermeável, resistente ao choque, durável, de fácil limpeza, pouco sonoro e
principalmente bom condutor de eletricidade estática para evitar faíscas. Exemplo:
granilite, vinílicos e mármore.
Paredes
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cheiro.
É vedado o uso de cimento sem nenhum aditivo antiabsorvente para rejunte de
peças cerâmicas ou similares tanto nas paredes quanto nos pisos.
Devem ser utilizados cantos arredondados nas paredes, conforme o Manual de
Controle de Infecção Hospitalar da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Teto
Deve ser de material resistente, lavável, não deve conter ranhuras e não deve ser
poroso, para facilitar a limpeza e impedir a retenção de micro-organismos. Deve ser
contínuo, não sendo permitida a utilização de forro falso-removível, a não ser nas
demais áreas do centro-cirúrgico, onde é necessário este tipo de forro por razões ligadas
à manutenção desde que resistentes aos processos de limpeza, descontaminação e
desinfecção.
É recomendado um espaço útil de no mínimo 80 cm de altura livre entre a laje
do forro e o piso do pavimento superior, possibilitando assim a instalação de novos
equipamentos e a entrada do pessoal do serviço de manutenção.
Devido ao grande risco de incêndio, pelo elevado número de materiais de fácil
combustão, a sala cirúrgica, além de contar com os equipamentos de combate a
incêndio do centro-cirúrgico (extintores e mangueiras) a sala de cirurgia deve contar
com um sistema de segurança que, por meio da elevação da temperatura, produz fortes
borrifos de água no ambiente - (borrifador de teto – também conhecido como splinkers).
Janelas
Iluminação
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Na sala de operação, o objetivo da iluminação é minimizar a tarefa visual das
equipes médicas e de enfermagem e oferecer condições para que a operação se processe
com precisão, rapidez e segurança. Devem-se levar em consideração os seguintes
aspectos:
- Eliminação de sombras e reflexos;
- Eliminação do excesso de calor no campo operatório;
- Proteção contra ocasional interrupção devido à falta de energia elétrica.
Iluminação de emergência:
Devem existir sistemas interligados e automáticos, para acionarem geradores de
reserva de imediato na eventualidade de uma interrupção do fornecimento de força para
o Centro-cirúrgico.
Ventilação/ Ar-condicionado
Tomadas
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Voltagem fornecida pela concessionária local e uma com voltagem diferenciada,
ambas com dispositivo de aterramento. Devem ser instalados também pontos para
negatoscópio e aparelhos portáteis de raios-x.
É proibida a ligação simultânea de mais de um aparelho à mesma tomada
corrente, salvo se a instalação for projetada para este fim. Devem ser inspecionadas
periodicamente, observando integridade do condutor terra, tensão de contato e a
segurança global.
Rede de gases
Oxigênio:
O sistema de abastecimento pode ser descentralizado (utilização de cilindros
avulsos, transportados até o local de utilização) ou centralizado (conduzido por
tubulação central até os pontos de utilização).
Ar comprimido:
Também pode advir de um sistema descentralizado (cilindros com pressões
entre 120 e 190 Kgf/cm², como o oxigênio) ou centralizado (compressor com 100% de
consumo máximo provável, que funcione automaticamente ou manualmente).
Vácuo clínico:
Produzido por bombas, que devem ter capacidade de 100% do consumo máximo
provável, que funcione alternadamente ou em paralelo em caso de emergência. É
importante manter outro tipo de sistema de suprimento autônomo de emergência, para
manutenção da rede de vácuo ou pane da distribuição convencional.
Óxido nitroso:
O sistema de abastecimento pode ser descentralizado (alto consumo - conduzido
por tubulação dos cilindros até os pontos de utilização) ou centralizado (utilizado em
caso de baixo consumo – utilização de cilindros transportáveis até os pontos de
utilização).
Nitrogênio:
É fornecido em cilindros com pressão variando entre 120 e 190 Kgf/cm², e
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também em forma líquida. Quando misturado com oxigênio medicinal, é chamado de ar
estéril.
De acordo com as normas nacionais e internacionais, os gases medicinais são
distribuídos com as seguintes cores, segundo a NBR n° 6493/94 e NBR n° 12188:
- Verde emblema: oxigênio;
- Azul marinho: óxido nitroso;
- Amarela segurança: ar comprimido medicinal;
- Cinza claro: vácuo medicinal.
Cuidados no manuseio, movimentação e armazenamento dos cilindros de gases
medicinais:
- Uso de equipamentos especiais para o transporte de cilindros;
- Manter o cilindro acorrentado durante o transporte;
- Evitar choques mecânicos, inclusive de um cilindro contra o outro;
- Não arrastar o cilindro;
- Armazenados em locais secos, limpos e bem ventilados;
- As etiquetas não devem ser arrancadas ou estragadas;
- Oxigênio e óxido nitroso não devem ser armazenados no mesmo ambiente
que outros gases inflamáveis devido à mistura destes ser facilmente incendiada.
- Cilindros cheios devem estar separados dos cilindros vazios para evitar erros
de procedimento e sempre com o capacete rosqueado.
- Os cilindros devem ser sempre limpos antes de serem levados ao centro-
cirúrgico.
- Cilindros sem identificação ou com identificação duvidosa devem ser
devolvidos ao fabricante ou distribuidor.
Lavabo
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- Dispensadores de produtos antissépticos (devem obedecer ao mesmo princípio
de dispensação que a torneira).
Os antissépticos devem estar regulamentados por órgão governamental e
autorizados pela Comissão de Infecção do Hospital. Recomenda-se também a instalação
de um relógio para o controle do tempo de escovação.
RECURSOS MATERIAIS
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- Balão intra-aórtico;
- Bomba de circulação extracorpórea;
- Cardioversor ou desfibrilador;
- Colchão de água para hiper ou hipotermia;
- Criogênico;
- Manta térmica;
- Microscópio eletrônico;
- Monitor multiparamétrico.
Equipamentos fixos: adaptados à estrutura da sala de operação que são:
- Foco central;
- Negatoscópio;
- Torre retrátil ou painel de gases medicinais.
Os materiais de consumo (médico-hospitalares) por se tratar de grande
diversidade e rotatividade podem ser classificados em três tipos:
▪ Classe A: São os itens de maior importância e que merecem um tratamento
preferencial, justificando procedimentos meticulosos e uma grande atenção por parte de
toda a administração;
▪ Classe C: São os itens de menor importância e que justificam pouca ou
nenhuma atenção. Os procedimentos são os mais rápidos possíveis.
▪ Classe B: São os itens em situação intermediária entre as classes A e C.
Os materiais pertencentes à classe A são os que representam maior custo para o
centro-cirúrgico. Não significa que sejam os de maior custo unitário. Pode ser que o
custo unitário de certo material seja pequeno, porém, conforme a quantidade em que é
usado pode representar um custo elevado.
RECURSOS HUMANOS
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Em uma equipe, todos os seus membros têm suas responsabilidades e funções
definidas, assim como devem ser habilitados para as atividades que desempenham. As
funções do enfermeiro coordenador, do enfermeiro assistencial, dos técnicos de
enfermagem, dos auxiliares de enfermagem e auxiliares e dos auxiliares administrativos,
devem estar devidamente descritas.
Para o enfermeiro ter condições de prestar assistência ao paciente na sala de
cirurgia, como: monitorização, ações de segurança para evitar queda, auxiliar o
anestesiologista durante a indução anestésica, juntamente com a equipe cirúrgica
posicioná-lo na mesa cirúrgica colocando os coxins para conforto, e outras ações
específicas, é necessário que haja pelo menos um enfermeiro assistencial para cada
quatro salas de cirurgia, além do enfermeiro gerente (coordenador) que é responsável
pelas ações administrativas.
A assistência de Enfermagem perioperatória, compreende as atividades
desenvolvidas nos períodos:
- Pré-operatório imediato: da véspera da cirurgia até o momento em que o
paciente é recebido no centro-cirúrgico;
- Transoperatório: do momento em que o paciente é recebido no CC até o
momento em que é encaminhado para a sala pós-anestésica;
- Intraoperatório: Do início até o final da anestesia;
- Recuperação pós-anestésica: do momento da alta do paciente da sala de
operação até sua alta da sala de recuperação pós-anestésica;
- Pós-operatório imediato: da alta do paciente da sala de recuperação pós-
anestésica até as primeiras 48 horas pós-operatórias.
Para cada hora de cirurgia, são necessárias 2,25 horas de assistência de
Enfermagem. No que se refere à proporção do quadro de pessoal, 65% são Enfermeiros
e 35% técnicos com atribuições de circulação de sala à instrumentação cirúrgica.
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recebe do enfermeiro o plano assistencial para o período transoperatório até o início do
ato anestésico-cirúrgico.
Os procedimentos dependem de informações a respeito da equipe médica,
cirurgia, anestesia, mas, sobretudo, do paciente, e que podem ser obtidas por meio de
aviso de cirurgia, ficha pré-operatória de enfermagem e ficha de visita pré- operatória.
A montagem da sala abrange as seguintes etapas:
Procedimentos básicos
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- pacotes de gazes (10 a 20 unidades);
- fios de sutura comuns e específicos para o procedimento cirúrgico;
- impermeáveis para mesa de instrumental;
- artigos em aço inoxidável (cubas-rim, cúpulas, bacias);
- caixa de instrumental cirúrgico;
- seringas; agulhas; equipos e artigos para anestesia;
- sondas; drenos e cateteres;
- coletores (diureses, sonda nasogástrica, etc.);
- cabo de bisturi elétrico e sistema de aspiração de secreção;
- manoplas;
- artigos específicos de acordo com o procedimento cirúrgico (laparoscópios)
- checar a validade da esterilização e a integridade das embalagens dos
artigos.
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Procedimentos em relação à equipe médica e à instrumentadora cirúrgica:
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membro da equipe tem importante papel na manutenção do preparo psicossomático dos
pacientes. Interações adequadas minimizam o medo e favorecem o alívio da dor e mal-
estar, além de ajudar a enfrentar situações desagradáveis ou desconhecidas.
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ato operatório.
- Manter boa iluminação da área cirúrgica.
- Manter o ambiente calmo.
- Realizar controle de perda sanguínea por meio da pesagem das compressas
e gazes utilizadas.
- Preencher a ficha transoperatória, a fim de fornecer subsídios para a
continuidade dos cuidados de enfermagem.
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apropriados.
- Encaminhar as ampolas e frascos vazios de medicamentos controlados ao
destino determinado pela instituição.
- Reunir campo de pano nos hamperes, revisando-os.
- Retirar instrumental das mesas e colocar em suas caixas apropriadas para
devolução no CME verificando integridade, número de peças, colocando os mais
delicados sobrepostos aos mais pesados.
- Aspirar com o aspirador da sala todos os líquidos restantes em mesa cirúrgica
e encaminhá-lo para limpeza conforme rotina da instituição.
- Cânulas endotraqueais devem ser desprezadas após o uso.
- Conexões do aspirador de secreções devem ser retiradas, desprezadas ou
levadas ao expurgo.
- Frascos de aspiração devem ser descartados ou trocados e desinfetados antes
do uso da próxima cirurgia.
- As Lâminas de laringoscópios devem ser limpas com água e sabão com pH
neutro, utilizando-se uma escova para remoção da sujidade e desinfecção com álcool a
70%. Na presença de sangue, recomenda-se a desinfecção com glutaraldeído a 2% por
30 minutos.
- Recolher cubas e avulsos colocando-os no carrinho abastecedor de
devolução.
- Retirar luvas de procedimentos.
- Lavar as mãos.
- Encaminhar o carro abastecedor conforme designação da instituição.
- A roupa e o lixo devem ser retirados da sala de operação em carros fechados,
seguindo a rotina da instituição.
- Após as etapas anteriores, realizar a limpeza da sala de operação conforme
preconizado.
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contaminação das áreas e artigos e dos riscos inerentes de infecções hospitalares. Os
ambientes podem ser assim classificados:
- Áreas críticas:
São aquelas que oferecem risco potencial de transmissão de infecção, seja por
procedimentos invasivos realizados, pela presença de pacientes com seu sistema
imunológico deprimido ou por executar limpeza de artigos (hemodiálise, central de
material e esterilização, centro-cirúrgico, UTI, etc.).
- Áreas semicríticas:
São todas as áreas ocupadas por pacientes com doenças infecciosas de baixa
transmissibilidade e doenças não infecciosas (unidades de internação, ambulatórios).
- Áreas não críticas:
Áreas hospitalares não ocupadas por pacientes (salas administrativas, depósitos).
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apropriado. Os frascos devem ser descartados ou trocados e desinfetados, antes do uso
da próxima cirurgia.
- As cânulas endotraqueais devem ser desprezadas após o uso.
- As superfícies dos mobiliários e dos equipamentos existentes na SO devem
ser limpas com solução desinfetante, geralmente o álcool 70%.
- Não usar hipoclorito de sódio em superfícies metálicas devido ao risco de
corrosão dos metais.
- O chão deve ser limpo usando máquinas lavadoras e extratoras. Como isso
nem sempre é possível, recomenda-se o uso da um pano de chão seco e limpo a cada
sala de operação e para cada limpeza concorrente, e após isso deve ser mandado à
lavanderia para ser processado.
- As paredes devem ser limpas somente se houver contaminação direta com
material orgânico (secreção, muco, sangue, etc.), assim com o teto.
- A SO pode ser montada para outra cirurgia.
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da sala; piso e corredores, saguões: de dentro para fora e de trás para frente; iniciar
sempre da área menos contaminada para a mais contaminada; nunca realizar
movimentos de vai-vém; iniciar a limpeza pelas paredes e por último o piso).
Os procedimentos devem estar escritos, organizados em um manual, de fácil
cesso a qualquer pessoa que deseja consultá-los, e devem sofrer revisão periódica.
Deve-se ter um programa contínuo de atualização e desenvolvimento da equipe
de CC, ressaltando a importância da limpeza no processo de controle de infecção.
TRATAMENTO CIRÚRGICO
HISTÓRICO DA CIRURGIA
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FONTE: http://www.noticias.uff.br/noticias/2008/10/dia- anestesiologista.php
• Cirurgia eletiva:
Tratamento cirúrgico proposto, mas cuja realização pode aguardar ocasião mais
propícia, ou seja, pode ser programado. Por exemplo: mamoplastia, gastrectomia.
• Cirurgia de urgência:
Tratamento cirúrgico que requer pronta atenção e deve ser realizado dentro de
24 a 48 horas. Por exemplo: apendicectomia, brida intestinal.
• Cirurgia de emergência:
Tratamento cirúrgico que requer atenção imediata por se tratar de uma situação
crítica. Por exemplo: Ferimento por arma de fogo em região pré-cordial, hematoma
subdural.
• Cirurgia Curativa:
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Tem por objetivo extirpar ou corrigir a causa da doença, devolvendo a saúde ao
paciente. Para essa finalidade é necessário às vezes a retirada parcial ou total de um
órgão. Este tipo de cirurgia tem uma significação menos otimista quando se trata de
câncer, neste caso, a operação curativa é aquela que permite uma sobrevida de alguns
anos. Ex. Apendicectomia.
• Cirurgia Paliativa
Tem a finalidade de atenuar ou buscar uma alternativa para aliviar o mal, mas
não cura a doença. Ex. Gastrostomia.
• Cirurgia Diagnóstica
Realizada com o objetivo de ajudar no esclarecimento da doença. Ex.
laparotomia exploradora.
• Cirurgia Reparadora
Reconstitui artificialmente uma parte do corpo lesada por enfermidade ou
traumatismo. Ex. enxerto de pele em queimados.
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• Pequeno porte:
Com pequena probabilidade de perda de fluido e sangue. Por exemplo: plástica
mamoplastia e endoscopia.
• Cirurgia limpa:
Eletiva, primariamente fechada, sem a presença de dreno, não traumática.
Realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação, na ausência de
processo infeccioso e inflamatório local. Cirurgias em que não ocorreram penetrações
nos tratos digestivo, respiratório ou urinário. Por
exemplo: mamoplastia.
• Cirurgia contaminada:
Cirurgia realizada em tecidos abertos e recentemente traumatizados, colonizados
por microbiota bacteriana abundante, de descontaminação difícil ou impossível, bem
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como todas aquelas em que tenha ocorrido falha técnica grosseira, na ausência de
supuração local; presença de inflamação aguda na incisão e cicatrização de segunda
intenção ou grande contaminação a partir do tubo digestivo. Obstrução biliar ou urinária
também se inclui nesta categoria. Por exemplo: hemicolectomia.
• Cirurgia infectada
São todas as intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer tecido ou órgão em
presença de processo infeccioso (supuração local), tecido necrótico, corpos estranhos e
feridas de origem suja. Por exemplo: cirurgias de reto e ânus com secreção purulenta.
Tempos Cirúrgicos
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líquida das cavidades ou do interior dos órgãos, colheita de fragmentos de tecidos e de
líquidos para exame diagnóstico, injeção de contraste e medicamentos.
- Secção: consiste na segmentação dos tecidos com o uso de material
cortante, como tesouras, serras, lâminas ou bisturi elétrico.
- Divulsão: realizada pelo afastamento dos tecidos nos planos anatômicos
com tesouras de bordas rombas, tentacânulas ou afastadores.
- Curetagem: consiste na raspagem de superfície de um órgão com auxílio
de cureta.
- Dilatação: realizada com a finalidade de aumentar a luz de um órgão
tubular.
▪ Hemostasia:
É o processo que consiste em impedir, deter ou prevenir o sangramento, pode ser
feito simultâneo ou individualmente por meio de pinçamento e ligadura de vasos,
eletrocoagulação ou compressão. Na realidade a hemostasia começa antes da cirurgia,
quando se realizam, no pré-operatório imediato, os exames de tempo de coagulação e
dosagem de pró-trombina.
Pode ser classificada em:
- Preventiva: hemostasia que pode ser medicamentosa e cirúrgica. A
hemostasia medicamentosa é baseada nos exames laboratoriais pré-operatórios,
enquanto a cirúrgica é realizada com a finalidade de interromper a circulação durante o
ato operatório, temporária ou definitiva.
- Urgência: hemostasia realizada quase sempre em condições não
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favoráveis e com material muitas vezes improvisado, como, por exemplo, compressão
digital, garrotes e torniquetes.
- Curativa: consiste na hemostasia realizada durante a intervenção
cirúrgica e pode ser medicamentosa (drogas que diminuem o sangramento por
vasoconstrição), mecânica (compressão e esponjas sintéticas), física (bisturi) ou
biológica (absorventes).
▪ Exérese:
Também denominada “cirurgia propriamente dita”. Possui caráter curativo,
paliativo, estético/corretivo, diagnóstico.
▪ Síntese:
É a união de tecidos, que será mais perfeita quanto mais anatômica for a
separação, para facilitar o processo de cicatrização e restabelecer a continuidade
tecidual por primeira intenção. Pode ser realizada da seguinte forma:
- Cruenta: a união de tecidos é realizada por meio de instrumentos
apropriados com agulhas de sutura e fios cirúrgicos permanentes ou removíveis.
- Incruenta: consiste na aproximação dos tecidos com auxílio de gesso,
adesivos (esparadrapos) ou ataduras.
- Completa: a união ou aproximação dos tecidos, realizada em toda a
extensão da incisão cirúrgica.
- Incompleta: consiste na aproximação incompleta em toda a extensão da
ferida em consequência da colocação de dreno em determinado local da incisão
cirúrgica.
- Imediata: ocorre imediatamente após a segmentação deles por
traumatismos.
- Mediata: Consiste na união dos tecidos após algum tempo depois do
rompimento da continuidade ou contiguidade deles.
INSTRUMENTAL DE DIÉRESE
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Constituído pelos bisturis e tesouras, serras, agulhas, trépano, ruginas e outros,
utilizados nas cirurgias gerais, assim como nas especiais.
O bisturi é o melhor instrumento para a secção dos tecidos, sendo um
instrumental de corte por excelência. Grande parte dos bisturis são cabos com uma
extremidade destinada à fixação de lâminas descartáveis. Os cabos de bisturis são
designados por números, por exemplo: cabo n°3 ou n°4. Quanto menor o número,
menor a lâmina, destinado a atos cirúrgicos delicados. Os cabos de bisturis com
números maiores apresentam encaixe maior para lâminas também maiores, destinados a
procedimentos cirúrgicos gerais.
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Valvas de Doyen e suprapúbicas. Nas cirurgias torácicas são usados os afastadores
Harrington, Deaver, Allison, Coryllos e Davidson. Nas operações mais superficiais ou
na apresentação de órgãos específicos, podem ser utilizados os afastadores planos, como
Farabeuf, Langenbeck.
Outros afastadores com usos diversos, em formas laminares, rígidos ou
maleáveis, são as espátulas de Reverdin, utilizados geralmente na cavidade abdominal.
Fios cirúrgicos
- Configuração física:
Refere-se à composição dos fios quanto aos seus filamentos. O fio pode ser
monofilmentar, quando é constituído de um único filamento, ou multifilamentar que
contém várias fibras trançadas ou intercaladas compondo um único fio.
- Capilaridade: refere-se à capacidade de captar e absorver líquidos ao
longo do fio cirúrgico. Os fios multifilamentares possuem maior superfície e maior
capilaridade, portanto podem apresentar maior aderência microbiana em relação aos
monofilamentares.
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zeros (mais fino com diâmetro mínimo de 0,020 e máximo de 0,029mm).
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Fios cirúrgicos absorvíveis
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e operações urológicas.
Polímeros sintéticos monofilamentares mais recentes
São resistentes à digestão enzimática em tecido animal vivo. São de dois tipos:
biológicos e sintéticos.
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corrediço e pouca segurança de manutenção do nó.
- Poliéster: apresenta-se sob a forma simples, revestido de teflon ou
siliconizado. Fio de difícil manejo por ser também corrediço; para que isso não ocorra,
normalmente se adiciona teflon e silicone, mas estes materiais podem se dissociar e
provocar reação tecidual. Utilizados em estruturas que requerem grande resistência à
tração.
- Polipropileno: fio derivado das poliefinas, não biodegradável, e tem sido
recomendado o tipo monofilamentado, para a síntese de feridas contaminadas, devido à
reação tecidual mínima. É um dos fios mais inertes, com baixa capilaridade, com
mínima reação tissular e com alta resistência à tração. É indicado nas
cirurgiascardiovasculares.
- Metálico: constituído de aço inoxidável e tântalo. Muito utilizado em
tenorrafia; eventualmente em neurorrafias e fechamento de parede abdominal. O tântalo
é menos resistente do que o aço inoxidável. São de fácil esterilização, bem tolerados, de
espessura variável, mono e multifilamentar.
AGULHAS CIRÚRGICAS
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cilíndricas suturam estruturas e órgãos mais profundos.
As agulhas atraumáticas, isto é, aquelas que já trazem o fio montado, asseguram
fácil penetração nos tecidos, sem deixar lacerações, sendo o tipo
GRAMPOS DE PELE
INSTRUMENTO ESPECIAL
INSTRUMENTAL DE CAMPO
É constituído por pinças que se destinam à fixação dos campos estéreis para
delimitação do campo operatório.
O instrumental cirúrgico se apresenta em tamanhos variados e muito deles
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tomam as formas retas ou curva. Essa grande variedade de tamanhos e formas visa
proporcionar ao cirurgião uma infinidade de recursos para as mais variadas situações
cirúrgicas.
INSTRUMENTAL LAPAROSCÓPIO
- Irrigador/ aspirador
Utilizado para a irrigação e aspiração de fluidos orgânicos ou não. Importante
para a aspiração de sangue e para a lavagem da cavidade com soro fisiológico.
- Trocartes
Compostos de cânulas de 5, 10, 12, 23 e de 33 mm no interior das quais um
mandril (tipo de lança pontiaguda) é introduzido. O conjunto perfura a parede
abdominal ou torácica. Uma vez no interior da cavidade, o mandril é retirado e a cânula
fica postada para a introdução dos instrumentos. Normalmente nos trocantes maiores,
utilizam-se um redutor de diâmetro permitindo a introdução de instrumental de menor
diâmetro sem a perda de CO2.
TERMINOLOGIAS
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afixos a intervenção cirúrgica a ser realizada.
Os principais objetivos da nomenclatura cirúrgica são:
- Fornecer sob forma verbal ou escrita uma definição do procedimento
cirúrgico realizado.
- Preparar o instrumental cirúrgico, artigos, equipamentos e acessórios
apropriados para cada tipo de cirurgia.
CLASSIFICAÇÃO
Os termos são formados por um prefixo que designa a parte do corpo
relacionada com a cirurgia e por um sufixo que indica o ato cirúrgico realizado.
Prefixo Relativo a
A Sem, negativa
Adeno Glândula
Artri(o) Artéria
Artr(o) Articulação
Bi Dois
Blefaro Pálpebra
Cardi(o) Coração
Cefal(o) Cabeça
Célio Abdome
Cerat(o) Tecido corneano
Circun Ao redor
Cist(o) Bexiga
Cleido Clavícula
Colecist(o) Vesícula biliar
Colo Cólon
Cólon Intestino grosso
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Colpo Vagina
Condr(o) Cartilagem
Costo Costela
Derm(a) Pele
Dia Através, separado
Ecto Fora
Enter(o) Intestino delgado
Episio Vulva
Espen(o) Baço
Face Membrana do cristalino
Faring(o) Faringe
Fleb(o) Veia
Gastro Estômago
Glico Glicose, açúcar
Gloss(o) Língua
Hem(o) Sangue
Hepat(o) Fígado
Híster(o) Útero
Lapar(o) Abdome
Lip(o) Gordura
Mast. Mama
Mega Grande
Meso Meio
Metro Útero
Mi(o) Músculo
Mielo Medula
Nefro Rim
Odont(o) Dente
Oftalmo Olho
Olig(o) Pouco, escasso
Onfalo Cordão umbilical, umbigo
Ooforo Ovário
Orqui Testículo
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Osteo Osso
Oto Ouvido
Peri Ao redor, próximo
Pleur(o) Pleura
Pneum(o) Pulmão
Post Prepúcio
Proct(o) Reto, ânus
Rin(o) Nariz
Ritido Face
Salping(o) Trompa
Semi Metade
Sialo Saliva
Taqui Rápido, veloz
Ten(o) Tendão
Traque(o) Traqueia
Ur(o) Urina, aparelho urinário
Sufixo Significado
Algia Dor
Anastomose Formação de passagem entre dois órgãos
Centese Punção
Clise Fechamento
Dese Ação de ligar, fixação, fusão
Clise Injeção de fluidos
Ectomia Extirpação, excisão, remoção parcial ou total
Estase Parar
Estesia Relacionado sensibilidade
Grafo Desenho, registro gráfico
Ite Inflamação
Lise Dissolução, liberação
Lito Pedra, cálculo
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Malácia Amolecimento
Oma Que denota tumor
Ostomia Criação de um novo orifício/artificial
Penia Falta de, redução
Pexia Fixação de um órgão
Plastia Alteração da forma e/ou função de um órgão
Poiese Formando, produzindo
Polese Fazer, formar
Ptose Queda
Ráfia Sutura
Ragia Fluir, jorrar.
Síntese Composição
Stasia Detenção, parada
Scopia Visualização do interior do corpo em geral por meio de
aparelhos com lentes especiais
Strofia Torção
Tomia Abertura de um órgão
Stomia Abertura de uma nova boca
Tripsia Esmagamento
Trofia Crescimento, desenvolvimento
Cirurgia Remoção de
Apendicectomia Apêndice
Cistectomia Bexiga
Colecistectomia Vesícula biliar
Colectomia Cólon
Craniectomia Calota óssea
Embolectomia Êmbolo
Esofagectomia Esôfago
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Esplenectomia Baço
Fistulectomia Fístula
Gastrectomia Parcial ou total do estômago
Hemorroidectomia Hemorroidas
Hepatectomia Parcial do fígado
Histerectomia Útero
Lobectomia Lobo de um órgão
Mastectomia Mama
Ooforectomia Ovário
Miomectomia Mioma
Pancreatectomia Pâncreas
Pneumectomia Pulmão
Prostatectomia Próstata
Retosigmoidectomia Reto-sigmoide
Salpingectomia Trompa
Simpatectomia Segmentos selecionados do sistema
nervoso simpático produzindo
vasodilatação.
Tiroidectomia Tiroide
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Cirurgia Alterar forma e/ou função
Artroplastia Articulação para restaurar movimento e função
Blefaroplastia Pálpebras
Mamoplastia Mamas
Piloroplastia Piloro
Queiloplastia Lábio
Rinoplastia Nariz
Ritioplastia Rugas da face
Salpingoplastia Trompa para sua recanalização
Toracoplastia Parede torácica
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Endoscopia Órgãos internos
Esofagoscopia Esôfago
Gastroscopia Estômago
Laringoscopia Laringe
Laparoscopia Cavidade abdominal
Sigmoideoscopia Sigmoide
Ureteroscopia Ureter
Uretroscopia Uretra
Ventriculoscopia Ventrículo cerebral
Aparelho Finalidade
Artroscópio Artroscopia
Broncoscópio Broncoscopia e laringoscopia
Cistoscópio Cistoscopia, uretroscopia e ureteroscopia
Colposcópio Colposcopia
Colonoscópio Colonoscopia
Endoscópio digestivo Esofagoscopia, gastroscopia, duodenoscopia
Sigmoidoscópio Sigmoidoscopia
Laringoscópio Laringoscopia
43
Coledocotomia Exploração do colédoco
Duodenotomia Duodeno
Enterostomia Do cólon através da parede abdominal
Flebotomia Dissecção de veia
Gastrostomia Colocação de uma sonda do estômago através da
parede abdominal
Hepatotomia Do fígado
Ileostomia E colocação de uma sonda ou dreno no íleo
Jejunostomia Colocação de sonda no jejuno para alimentação
Laparotomia Da cavidade abdominal
Nefrostomia E colocação de sonda no rim
Tenotomia Do tendão
Toracotomia Da parede torácica
Toracostomia Da parede de tórax para drenagem
Traqueostomia Da traqueia para facilitar a passagem de ar
Ureterolitotomia Do ureter para retirada de cálculo
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Deiscência Separação dos bordos previamente separados e unidos
ANESTESIOLOGIA
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A anestesia é caracterizada pela perda da sensibilidade dolorosa, com perda de
consciência e certo grau de amnésia, ao passo que a analgesia é a perda da sensibilidade
dolorosa com preservação do estado de consciência. Pode ser causada por: estados
patológicos diversos ou provocada artificialmente, por agentes anestésicos.
Anestesia
Tem origem nas palavras gregas an = privação + aísthesis = sensação + ia, que
literalmente quer dizer perda total ou parcial da sensibilidade, especialmente da tátil. O
termo foi sugerido pelo médico e poeta norte-americano Oliver Wendel Holmes,
entretanto, já existia na língua grega, e foi empregado no sentido de insensibilidade
dolorosa, pela primeira vez por Dioscórides, no século I d.C. O termo anestesia se
emprega, contudo, para a perda de qualquer tipo de sensibilidade. Sendo causada por
estados patológicos diversos ou provocada artificialmente, por agentes ditos anestésicos.
Analgesia
Anestesia local
Anestesia regional
46
determinada área corporal.
Anestesia geral
Narcose
Anestesia basal
Sedação
Notria
47
notria.
FONTE: http://caminhandocomciencia.blogspot.com.br/
como:
- Posição do paciente durante a cirurgia;
- Exigências particulares do cirurgião.
48
FATORES FÍSICOS E FISIOLÓGICOS DOS ANESTÉSICOS
Os anestésicos gerais produzem anestesia porque eles passam para o cérebro por
uma alta pressão parcial. Quantidades relativamente grandes de anestésico devem ser
administradas durante a indução e nas fases iniciais de manutenção, pois o anestésico
recircula e é depositado nos tecidos corporais.
À medida que estes tecidos se tornam saturados, pequenas quantidades de
anestésico são necessárias para manter a anestesia devido ao equilíbrio, ou quase
equilíbrio, que foi alcançado entre o cérebro, o sangue e os demais tecidos.
Qualquer fator que diminua o fluxo sanguíneo periférico, tal como a
vasoconstrição ou o choque, pode fazer requerer apenas pequenas quantidades de
anestésico. Inversamente, quando o fluxo sanguíneo periférico está extraordinariamente
alto, como em um paciente com os músculos ativos ou em paciente apreensivo, a
indução é lenta e grandes quantidades de anestésico são exigidas, uma vez que o cérebro
recebe uma menor quantidade de anestésico.
49
Estágio IV: Dura desde o momento da cessação da respiração até a insuficiência
do sistema circulatório. O pulso é filiforme e fraco. Desenvolve-se cianose
gradualmente. Quando se chega a este estágio, suspende-se o anestésico imediatamente,
faz-se respiração artificial. Os estimulantes, ainda que raramente utilizados, podem ser
administrados à circulação, se houver dosagem excessiva de anestésicos.
Durante a administração dos anestésicos não há, naturalmente, divisão definida
entre os vários estágios. O paciente passa gradualmente de um estágio ao outro e
somente pela observação cuidadosa dos sinais evidentes (condições das pupilas, pressão
sanguínea, batimento cardíaco e ritmo respiratório) o anestesiologista pode ter o
controle da situação.
MEDICAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA
50
2. Tranquilizantes: possuem efeitos ansiolíticos, amnéstico, sedativo,
anticonvulsivante e relaxante muscular. Podem ser administrados por via
ambulatório. A principal alteração cardiovascular decorre da discreta redução da
pressão sanguínea arterial média por diminuição da resistência vascular sistêmica. O
midazolan tem a vantagem de provocar amnésia anterógrada, potencializa o efeito dos
anestésicos gerais e pode provocar depressão respiratória.
51
TIPOS DE ANESTESIA
Anestesia geral
A anestesia geral pode ser entendida como um estado reversível de ausência de
percepção dolorosa, relaxamento muscular, depressão neurovegetativa e inconsciência,
resultante da ação de uma ou mais drogas no sistema nervoso.
São administrados por vias endovenosas e inalatória preferencialmente em razão
da relação efeito-doze e o tempo de curso de efeito são mais previsíveis. Outras vias
podem ser usadas, como a anestesia geral retal.
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FONTE: http://www.viaaereadificil.com.br/tecnicas_int/guias.htm
FONTE: http://www.medtech.com.br/lma/imagens_ML/ML-inserc-2.gif
53
FONTE:<http://www.viaaereadificil.com.br/mascara_laringea/ML_p/ML/histori
co_ML.htm
Pode ser produzida pela injeção intravenosa de várias drogas. Tem a vantagem
de não ser explosiva, agradável para o paciente, ação rápida, fácil de dosar, não requer
aparelhagem e é muito fácil de administrar, porém, não há meio de removê-la do
organismo (tiopental sódico, etomidato, acetamina, diazepínicos, propofol e methoexital
sódico).
Anestesia local
Anestesia regional
Anestesia espinhal
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Raquianestesia – é obtida pela punção lombar e, no mesmo ato, injeta-se a
solução de anestésico no líquido cefalorraquidiano, no espaço subaracnóideo.
Outras medicações são utilizadas como coadjuvantes no ato anestésico. É o caso
do miorrelaxantes utilizados para facilitar a intubação e oferecer condições cirúrgicas
ideais em planos menos profundos que a anestesia geral. Dividem-se em três grupos:
relaxantes musculares despolarizantes (succinilcolina), relaxantes musculares não
despolarizantes (antagonistas da acetilcolina) que podem ser divididos enquanto
duração de ação em intermediários (atracurium) e de longa duração (pancurônio). São
utilizadas também antagonistas dos hipinoanalgésicos como a nalorfina e neurolépticos
como a clorpromazina.
A regressão do ato anestésico se inicia na sala de operação paralela à eliminação
ou biotransformação dos agentes anestésicos, tratando-se assim do processo de
recuperação - a consciência. Essa se processa em três fases e quatro estágios clínicos.
Fases:
- Imediata (minutos): o paciente apresenta volta à consciência, existe
presença de reflexo das vias aéreas superiores e movimentação;
- Intermediárias (minutos/horas);
- Tardia (normalidade motora e sensorial): deve-se julgar o desempenho do
paciente entre 24 e 48 horas após a anestesia porque alguns efeitos indesejáveis podem
persistir por este período.
Estágios clínicos:
1º estágio: o paciente responde a estímulo doloroso;
2º estágio: ocorre abertura dos olhos ao comando verbal; 3º estágio: o paciente
responde a pergunta simples;
4º estágio: apresenta boa orientação no tempo e no espaço.
55
sistêmica severa;
ASA 4: paciente com doença sistêmica severa que é um constante risco para a
vida;
ASA 5: moribundo que não se espera sobreviver sem a cirurgia;
ASA 6: paciente com morte cerebral declarada cujos órgãos estão sendo
removidos para doação.
CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS
PRÉ-OPERATÓRIO
Esse período tem início desde o momento em que o paciente recebe a indicação
da operação e se estende até a sua entrada no centro cirúrgico. Divide-se em duas fases:
pré-operatório mediato e pré-operatório imediato.
Pré-operatório Mediato
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Os cuidados de enfermagem aqui neste período compreendem os preparos
psicoespiritual e o preparo físico.
Consentimento cirúrgico
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Avaliação Pré-operatória
Os cuidados pré-operatórios exigem uma avaliação completa do paciente. A
avaliação varia, dependendo da urgência da cirurgia e de o paciente ter sido admitido no
mesmo dia da cirurgia, ou antes. No entanto, mesmo em emergências, o enfermeiro
deve se esforçar ao máximo para coletar o maior número de dados possível. O quadro
abaixo apresenta uma lista de informações importantes que devem ser obtidas durante a
avaliação do paciente.
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QUADRO – AVALIAÇÃO PRÉ- OPERTÓRIA
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• Capacidade de comunicação.
Preparo psicoespiritual
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problemas do paciente.
f) Proporcionar um ambiente calmo e tranquilo, favorecendo o equilíbrio
psicológico e o entrosamento com o ambiente hospitalar.
g) Atender a família, explicando resumidamente a cirurgia, como o
paciente retornará da SO e a importância da família em apoiá-lo nesse período.
h) Providenciar ou dar assistência religiosa, de acordo com a religião ou
solicitação do paciente.
Preparo físico
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eliminar possíveis secreções.
g) Orientar o paciente referente à deambulação precoce, que consiste em
pequenas caminhadas após a cirurgia, tão logo as suas condições o permitam. A
deambulação precoce favorece a expansão pulmonar, a circulação de membros
inferiores e estimula o peristaltismo intestinal, evitando a distensão abdominal por
acúmulo de gases e conteúdo intestinal estático.
h) Limpar a pele com banho completo no dia anterior, e no dia da
cirurgia, banho corporal completo com antisséptico degermante (ex. chlorexidina
degermante).
i) Manter as unhas curtas, limpas e sem esmalte.
j) Iniciar o jejum, conforme a prescrição médica, normalmente após o
jantar. Suspende-se a ingestão de água de 8 a 10 horas antes da cirurgia. Comumente a
última refeição ingerida pelo paciente antes da cirurgia contém apenas líquidos,
alimentos facilmente digeríveis, como sopa, caldos, etc. Após essa refeição, o paciente
precisa permanecer em jejum absoluto por várias horas, até o momento da cirurgia, não
sendo também permitida a ingestão de líquidos (chá, suco, etc.) e água. Antes do
período de jejum total, o enfermeiro estimula o paciente a manter uma boa nutrição para
ajudar a suprir a demanda aumentada de nutrientes do organismo durante o processo de
cicatrização. Proteínas e ácido ascórbico (vitamina C) são particularmente importantes
na cicatrização da ferida.
Pré-operatório Imediato
62
tricotomia é realizada na véspera da cirurgia, à noite, muito embora seja mais indicado
fazê-la até duas horas antes da cirurgia, para evitar a proliferação de germes após o
preparo da pele. A rotina de limpeza da pele depende do procedimento cirúrgico e das
normas do cirurgião ou da instituição. O objetivo é diminuir a quantidade de
microrganismos sem comprometer a integridade cutânea. Para uma cirurgia planejada,
pode-se solicitar ao paciente que limpe a área determinada com um sabão detergente
germicida durante vários dias antes do procedimento. Normalmente, os pelos não são
removidos antes da cirurgia, exceto se puderem interferir na incisão. Nesse caso, os
pelos são removidos com tricotomizadores elétricos no momento da cirurgia.
l) Preparo intestinal: para a maioria das cirurgias, principalmente as
realizadas sob anestesia geral, é importante o reto estar vazio, evitando, assim, que o
paciente evacue durante o ato cirúrgico. Em função do tipo de cirurgia a ser realizada, o
médico irá prescrever o preparo adequado, que pode variar desde ouso de laxante até a
aplicação de clister ou lavagem intestinal. Uma cirurgia de intestino grosso, por
exemplo, exige um preparo maior, para o órgão ficar o mais vazio e limpo possível.
Nesses casos, o laxante é administrado dias antes, mas o clister e a lavagem são feitos
na véspera da operação. Já em cirurgias de pequeno porte, pode-se dispensar a execução
desse preparo, desde que o paciente tenha evacuado normalmente na manhã do dia da
cirurgia. Um intestino limpo permite a visualização acurada do sitio cirúrgico e previne
traumas intestinais ou contaminação acidental do peritônio por fezes. Um enema
evacuador ou um laxante é prescrito para a noite que antecede a cirurgia, e pode ser
repetido na manhã do dia da cirurgia. Quando uma cirurgia intestinal é programada,
antibióticos também podem ser prescritos para reduzir a microbiota intestinal.
m) Higiene geral: além do preparo local da pele, um banho completo
antes da cirurgia, ajuda a evitar infecções, principalmente com uso de antissépticos
degermantes.
n) Retirar os esmaltes: no mínimo em uma das unhas, se for o caso, para
o anestesista controlar melhor a oxigenação durante a cirurgia.
o) Orientar o paciente deambulante para ir ao banheiro, com o objetivo
de esvaziar a bexiga e o intestino, realização da higiene bucal adequada.
p) Fornecer camisola limpa e ajudar o paciente a vesti-la com a abertura
para as costas, orientando-a para não colocar qualquer roupa de baixo.
q) Pentear os cabelos do paciente e cobri-lo com gorro.
r) Retirar próteses, lentes de contato, joias, adornos em geral. Depois,
63
para evitar que se percam, identificar esses objetos e entregá-los ao responsável ou
encaminhar para guarda-volumes no hospital. A retirada de prótese dentária antes da
anestesia para alguns pacientes em violação da privacidade, em que alguns serviços têm
como rotina a retirada na SO, guardando-as para posterior devolução.
s) Conferir os exames pré-operatórios, à autorização para a operação e as
radiografias, se estão juntas ao prontuário médico do paciente.
t) Administrar a medicação pré-anestésica prescrita aproximadamente 30
a 60 minutos antes de encaminhar ao CC, quando prescrita. Quando o efeito da
medicação estiver iniciando, o paciente deve permanecer sob observação, jamais sendo
deixado sozinho, pois poderá apresentar reações adversas, como depressão respiratória
ou mesmo agitação. A medicação pré-anestésica visa basicamente reduzir a ansiedade,
diminuir secreções do trato respiratório e reduzir as intercorrências alérgicas.
u) Deixar o paciente deitado, protegido com grades. Verificar,
novamente, os SSVV, anotando-os no prontuário e comunicando qualquer anormalidade
observada.
v) Alguns hospitais usam como protocolo de rotina a SVD no período
pré- operatório, neste caso realizá-la.
Checagem Pré-operatória
64
• Medicamentos pré-operatórios: inclusive a via e o momento da
administração.
• IV: inclusive localização, tipo de solução, velocidade de infusão.
• Preparos pré-operatórios: incluindo, quando apropriado, preparo da
pele, passagem de sonda vesical de demora ou de sonda nasogástrica, horários e
resultados de enemas ou duchas, uso de meias ou ataduras antiembolismo, e horário e
quantidade da última micção.
• Prontuário: inclui o consentimento cirúrgico assinado, história e
exame físico, registros antigos, e resultados de exames solicitados.
• Outras informações: conforme as exigências do serviço.
• Assinatura(s): do enfermeiro e de outras pessoas envolvidas no
preparo do paciente para a cirurgia e no seu transporte para o CC.
Quando a checagem pré-operatória termina, o paciente está pronto para ser
encaminhado ao CC. O pessoal do setor cirúrgico ajuda na transferência do paciente
para a maca e depois para o CC ou para a área de espera.
65
Anestésica (URPA). Esta Unidade deve ser adjacente ao centro- cirúrgico, oferecendo
facilidade de acesso. O estado do paciente deve ser avaliado quanto às necessidades
durante a transferência (com oxigênio, dispositivo manual de pressão negativa, um leito
no lugar da maca).
A permanência do paciente nesta unidade permite rápida convalescença, evita
infecções hospitalares, poupa tempo, reduz gastos, ameniza a dor e aumenta a sobrevida
do mesmo.
Este é o período mais crítico da recuperação do paciente, por isso, vários
cuidados de enfermagem são dispensados a ele com as seguintes dificuldades: prestar
assistência intensivista até a total recuperação dos reflexos, assistir o paciente
integralmente, proporcionando segurança e retorno rápido às suas atividades normais,
prevenir complicações, e em alguns casos, auxiliar na reabilitação e na adaptação do
paciente às novas condições resultantes da operação, como é o caso, por exemplo, da
colostomia, da mastectomia, e da amputação, entre outras.
O Enfermeiro assume os cuidados do paciente após uma avaliação inicial e um
relato da equipe de transferência; deve sistematizar o registro das informações,
mantendo vínculo ativo com os profissionais de saúde, além de oferecer à equipe de
enfermagem condições para atuar com o cliente de maneira efetiva, planejada e segura.
O histórico de enfermagem inicial do paciente pós-operatório começa com a
determinação da avaliação imediata da via aérea e circulatória adequada. A via aérea é
avaliada quanto à perviedade, oxigênio umidificado é aplicado e a frequência
respiratória contada. É iniciada a oximetria de pulso em todos os pacientes, e a
qualidade dos sons respiratórios é determinada. O paciente é então conectado ao
monitor cardíaco, e a frequência cardíaca e ritmo são avaliados, assim como a
verificação da pressão arterial.
Após a avaliação imediata e completados os registros, inicia-se uma avaliação
mais completa pós-anestesia. A avaliação é realizada rapidamente e é específica para o
tipo de procedimento cirúrgico.
Em alguns casos, o enfermeiro da URPA avalia os sinais vitais na admissão e
inicia a avaliação pelo sistema respiratório. A avaliação respiratória consiste em
frequência, ritmo, ausculta dos sons respiratórios e o nível de saturação do oxigênio. A
presença de uma via aérea artificial e o tipo de sistema de liberação de oxigênio são
anotados.
O sistema cardiovascular é avaliado pela monitorização da frequência e ritmo
66
cardíacos. A pressão arterial inicial do paciente é comparada para uma ou mais leituras
do pré-operatório.
A temperatura corporal é obtida e a condição da pele é examinada, incluindo o
pulso periférico, se indicado. O paciente é então avaliado quanto ao funcionamento
neurológico. O paciente está reativo (despertando da anestesia)? O paciente pode
responder aos comandos? O paciente está orientado no mínimo quanto a nomes e
hospital? O paciente pode movimentar as extremidades? Existem desvios da função
neurológica pré-operatória? Alguns procedimentos operatórios requerem uma avaliação
mais detalhada.
Para avaliar a função renal, a ingesta e a excreta são examinadas. O líquido total
intraoperatório e a estimativa de perda sanguínea são avaliados. Os acessos venosos,
infusões e soluções de irrigação são anotados. A presença de todos os acessos venosos,
drenos e cateteres são anotados; a excreta de urina é anotada quanto à coloração,
quantidade e consistência.
Toda informação obtida da avaliação na admissão é anotada no relatório da
URPA.
67
11. Resposta muscular e força;
12. Resposta pupilar quando indicado;
13. Terapia venosa: localização, condição, fixação e quantidade de soluções
infundidas em acessos venosos (inclusive sangue e derivados);
14. Nível de suporte físico e emocional;
15. Escore numérico de escala utilizada na unidade.
RESPIRATÓRIA
68
inclina-se a fronte para trás com a outra. A abertura da boca pela mandíbula é obtida
pelo deslocamento da articulação temporomandibular na direção bilateral.
Se estas ações não abrem a via aérea, uma via aérea artificial pode precisar ser
inserida. Tanto a via aérea oral como a nasal podem ser usadas. Uma via aérea oral está
indicada para uso em pacientes que não respondem; uma via aérea nasal está indicada
para pacientes que estão despertos porque é mais bem tolerada por um paciente
consciente.
Em certas situações como a apneia, intubação com ventilação pode ser
requerida. Se a intubação é impossível, o paciente pode precisar de uma traqueostomia,
embora isto seja raro.
Uma complicação muito séria que pode ocorrer na URPA é o laringoespasmo.
Os músculos da laringe contraem-se e obstruem a via aérea parcialmente ou
completamente. O laringoespasmo geralmente se deve a uma via aérea irritável. As
ações de enfermagem incluem a redução de estímulos irritantes, a hiperextensão da
cabeça do paciente, a oxigenação é possivelmente a administração de um aerossol com
adrenalina racêmica. Em muitos casos, a ventilação por pressão positiva deve ser
administrada por máscara e ambu. Se os sintomas permanecerem por mais de um
minuto e não forem aliviados pela pressão positiva, a administração de um relaxante
muscular é necessária. A intubação é indesejável e é usada somente como último
recurso.
O broncoespasmo é uma obstrução da via aérea baixa, sendo causada pelos
espasmos dos tubos bronqueais. Os broncodilatadores inalados são a terapia de primeira
escolha para estes pacientes, seguidos pela aminofilina EV. A adrenalina e a
metilprednisolina também podem ser administradas em alguns casos.
CARDIOVASCULAR
69
desorientação, sonolência, oligúria, pele fria e pálida.
O débito cardíaco e a resistência vascular determinam a pressão arterial. A
hipotensão pode ser em razão da disfunção cardíaca como infarto do miocárdio,
tamponamento, embolia ou medicações, incluindo agentes anestésicos. Nesse caso, o
coração não está bombeando muito eficazmente. O oxigênio e estimulantes cardíacos
serão usados quando necessário, também com monitoração hemodinâmica.
A hipovolemia reduz o débito cardíaco e pode ser causada pela hemorragia,
desidratação, ou aumento da pressão positiva expiratória final. A reposição de líquidos
e/ou sangue é usada para tratar a hipovolemia. Se o paciente está com hemorragia no
local da cirurgia, está indicado o retorno à sala de cirurgia.
A resistência vascular reduzida pode estar relacionada com as medicações,
anestesia geral e local, ou anafilaxia. A vasodilatação pode ser tratada com líquidos
vasopressores ou elevação das pernas do paciente. As reações anafiláticas são tratadas
com adrenalina, anti-histaminas e líquidos adicionais.
A hipertensão arterial sistêmica é geralmente definida como uma pressão arterial
maior que 20% do nível basal do paciente ou do pré-operatório. Se novo, os sinais
clínicos são os mais importantes indicadores da gravidade da hipertensão. A cefaleia,
alterações do estado mental e dor subesternal são todos indicadores de danos a um órgão
fim.
A hipertensão assintomática é uma ocorrência comum na URPA e geralmente é
considerada como inofensiva. A solução é determinada, geralmente, pela causa. A
pressão arterial elevada faz causar aumento da tensão na parede ventricular, pós-carga e
trabalho miocárdio. O paciente com uma história de doença cardíaca corre risco de
resultados adversos.
A hipertensão pode ser em razão do volume pré-carga ou edema pulmonar, que
causa um aumento do débito cardíaco. Nesse caso, dá-se diurético ao paciente, faz-se
restrição de líquidos e o paciente é monitorizado hemodinamicamente.
Outras causas de hipertensão são a dor e a ansiedade, hipotermia, hipoxemia,
hipercardia e distensão vesical, todos os quais causam aumento na resistência vascular.
Os pacientes com dor são medicados e os pacientes com hipotermia são aquecidos. Os
pacientes são bem oxigenados e ventilados, se necessário, para melhorar a hipoxemia ou
hipercarpnia. Os pacientes são estimulados a urinar ou são cateterizados para esvaziar
toda a bexiga.
Drogas anti-hipertensivas são usadas, quando necessárias, para controlar a
70
pressão arterial, os pacientes devem retomar os medicamentos anti-hipertensivos
prescritos no pré-operatório tão logo quanto possível após a cirurgia. Aos pacientes de
cirurgia ambulatorial, bem como aqueles internados, deve ser permitido tomar seus anti-
hipertensivos prescritos no dia da cirurgia.
TEMPERATURA ANORMAL
71
anestesia geral não produz calor e é dependente da temperatura ambiental. A prevenção
pode incluir o aumento da temperatura ambiental na sala de cirurgia e a cobertura do
paciente na chegada para minimizar a exposição. Os umidificadores de aquecimento e
os aquecedores de líquidos adicionam calor. Uma técnica recente de prevenção da
hipotermia na sala de cirurgia é o dispositivo que força o aquecimento do ar.
Na URPA, demandas tremendas são feitas ao corpo se o paciente apresenta
calafrios. Os calafrios podem aumentar a necessidade de oxigênio de 300 a 400%. Os
pacientes hipotérmicos devem ter iniciada sua oxigenoterapia imediatamente após a
admissão. Para um paciente com o coração saudável não pode existir nenhum efeito
adverso. Contudo, para o paciente com doença da artéria coronária ou cardiomiopatia,
pode ocorrer descompensação.
Há outros problemas associados com a hipotermia. A perda do volume
intravascular, devido ao deslocamento de líquido do espaço extravascular,
provavelmente está relacionada com a vasoconstrição. Quando o paciente começa a
reaquecer-se, acontece a vasodilatação e o paciente pode requerer grandes quantidades
de líquidos intravenosos para evitar a hipovolemia.
O sistema nervoso central fica deprimido pela hipotermia. O paciente na pós-
anestesia demorará mais tempo para recuperar a sua temperatura corporal. A perda de
nitrogênio e a hipocalemia podem causar uma predisposição à infecção da ferida e
problemas cardíacos. A hipotermia retarda o metabolismo e altera os efeitos de algumas
drogas anestésicas. De especial interesse é o prolongamento da eliminação de relaxantes
musculares nos pacientes hipotérmicos. Podem ocorrer anormalidades na coagulação. A
atividade plaquetária declina e aumenta a fibrinólise com a hipotermia. Ambas as
condições acentuam a tendência ao sangramento.
O reaquecimento é uma prioridade nos cuidados imediatos do paciente pós-
operatório porque a normotermia reverte todos os efeitos da hipotermia. Roupas e
cobertores úmidos e frios devem ser retirados e aquecidos; roupas e cobertores secos,
aplicados à cabeça e ao corpo. Várias técnicas de reaquecimento externo estão
disponíveis. A aplicação de cobertores aquecidos de tecido de algodão tem sido a
tradição na URPA. Os cobertores aquecidos são aplicados a cada 5 a 10 minutos até que
o paciente fique normotérmico. Os cobertores de tecido de algodão fazem aumentar a
temperatura do paciente gradualmente. Entretanto, eles não aquecem o paciente
ativamente, e o processo ainda pode ser lento. Os cobertores de circulação contínua de
líquidos ou colchão d'água aquecido têm se mostrado de pouco valor no reaquecimento
72
de pacientes devido ao tamanho da área de superfície em contato com a fonte de calor.
As lâmpadas de calor radiante dependem da exposição de grandes áreas da superfície do
corpo, o que limita o seu uso aos pacientes adultos. Os aquecedores de líquidos e sangue
são úteis para grandes volumes de líquidos frios, mas não reverte a hipotermia.
Os dispositivos que forçam o aquecimento do ar, uma tecnologia nova, tem sido
apontada como eficaz no reaquecimento de pacientes. Esse dispositivo produz um foco
térmico no ambiente, que transfere calor pelo fluxo de ar quente por meio de um
cobertor de plástico ou de tecido de papel que cobre o paciente. Esses dispositivos que
forçam o aquecimento do ar são agora a terapêutica-padrão na hipotermia de pacientes
no serviço da URPA.
A hipertermia pode ser uma indicação de um processo infeccioso ou sepse, ou
pode indicar um processo hipermetabólico - hipertermia maligna. Isso é uma
emergência muito séria, que é genética na origem e desencadeada por agentes
anestésicos voláteis e o relaxante muscular despolarizante succinilcolina. A morte
acontece, a menos que a hipertermia maligna seja reconhecida imediatamente e tratada.
73
pré-operatórios de base são importantes para determinar a causa. Mudanças persistentes
do estado pré-operatório requerem avaliação completa e possível intervenção do
médico.
DOR
A dor é uma experiência subjetiva e pode ou não ser verbalizada. Muitas vezes o
profissional de saúde requer sinais objetivos de desconforto além do relato subjetivo da
dor do paciente. Como resultado, acredita-se que mais de 75% dos pacientes pós-
cirúrgicos são subtratados para dor. Atualmente, tem-se desenvolvido guias clínicos
práticos para controle da dor aguda, entende-se que todos os pacientes devem ser
avaliados, quanto à gravidade da dor usando uma escala de frequência verbal ou uma
escala visual análoga.
Intervenções não farmacológicas que podem ser usadas incluem
posicionamento, confiança verbal, toque, aplicações de calor ou gelo, massagem, e
estimulação elétrica transcutânea do nervo (EETN). Se o paciente foi ensinado no pré-
operatório, outras técnicas que podem ser usadas são o relaxamento, imagem
autossugestiva, distração com música e biofeedback.
Evidências têm indicado que a analgesia precoce reduz os problemas pós-
operatórios. Drogas anti-inflamatórias não esteroidais (AINES) e opiáceos são os
analgésicos de escolha. Uma dose intramuscular de 30 mg de cetorolac é equivalente a
100 mg de meperidina. AINES e opiáceos são usados geralmente em combinação na
URPA. O paciente pode receber uma dose de cetorolac na sala de cirurgia ou
imediatamente após a chegada a URP A. A dor é então tratada com um opiáceo por via
intravenosa, como a morfina, a meperidina e o fentanil.
A analgesia controlada pelo paciente (ACP) permite que este controle a
administração analgésica. Dosagem, tempo entre as doses e a dosagem máxima que
pode ser administrada são prescritos pelo médico. A ACP pode ser iniciada na URPA
ou imediatamente na chegada à sala do paciente. Outros métodos de alívio da dor no
pós-operatório incluem a colocação de opiáceo espinhal e epidural e a colocação
direcionada de anestésico local pelo cirurgião.
Cuidados de enfermagem
74
tranquilizar o paciente, orientando-o. Administrar analgésico conforme prescrição
médica, anotar tipo, local e intensidade da dor.
NÁUSEA E VÔMITO
Cuidados de enfermagem
75
orais.
SOLUÇOS
SEDE
Cuidados de enfermagem
CHOQUE
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rapidez do atendimento. Pode ser classificado em: hipovolêmico, cardiogênico,
neurogênico, séptico, anafilático, pirogênico. A sintomatologia é clássica, pulso
taquicárdico e filiforme, hipotensão arterial, dispneia, cianose das extremidades,
palidez, sudorese fria, hipotermia, agitação, oligúria ou anúria.
Cuidados de enfermagem
COMPLICAÇÕES PULMONARES
Cuidados de enfermagem
COMPLICAÇÕES URINÁRIAS
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A mais comum em POI é a retenção urinária, que é caracterizada pela
incapacidade de urinar, apesar da vontade, causada por espasmos do esfíncter urinário,
cistite aguda, hipertrofia prostática, estenose uretral, perfuração uretral, cálculo uretral,
paralisia dos nervos da bexiga ou compressão.
FONTE: http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias/15968
COMPLICAÇÕES URINÁRIAS
FONTE: http://www.uro.com.br/prostexto.htm
Cuidados de enfermagem
Observar a quantidade e frequência urinária, observar queixas álgicas do
78
paciente, a visualização do bexigoma, estimular a diurese com aberturas de torneiras e
chuveiro, usar compressas mornas na região suprapúbica (se não houver
contraindicação), utilizar SVA se necessário, banhos de assento com água morna.
HEMORRAGIA
Cuidados de enfermagem
DISTENSÃO ABDOMINAL
79
de plenitude como se estivesse com o estômago cheio, dor abdominal tipo cólica,
dificuldade respiratória pela pressão sobre o diafragma, o que pode ocorrer em casos
extremos. Os cuidados incluem: estímulo da deambulação, mobilizar o paciente com
exercícios passivos no leito quando necessário, incentivar o paciente a alimentar-se de
acordo com a prescrição evitando alimentos que provoquem fermentação, realização da
sondagem retal por aproximadamente 20 minutos para eliminação de gases do cólon
inferior, administrar se prescrito clisteres ou laxantes para estímulo da peristalse, aplicar
calor no abdome se não for contraindicado, aspiração gástrica em casos muito graves e
que é possível à descompressão por drenagem de conteúdo gástrico.
COMPLICAÇÕES PULMONARES
80
Normalmente causada por aspiração de vômito ou alimentos, infecção ou intoxicação
por produtos químicos. Os sinais mais comuns são a tosse com secreção purulenta ou
sanguinolenta, dor ao tossir, febre, dispneia, taquicardia, mal- estar geral.
Os cuidados de enfermagem envolvem a identificação dos primeiros sinais de
elevação de temperatura, aumento do pulso e respiração, dor torácica, dispneia e tosse,
anotando no prontuário do paciente, aspirar secreções, estimular a deambulação ou
movimentação no leito, de acordo com as condições do paciente, estimular a tosse e a
prática de exercícios respiratórios, inclusive com aparelhos especiais, nebulizar, tapotar
e promover drenagem postural para o paciente.
COMPLICAÇÕES VASCULARES
COMPLICAÇÕES VASCULARES
81
FONTE: http://www.omniccni.com.br/noticias.php?id=26
COMPLICAÇÕES VASCULARES
http://www.unisinos.br/blogs/projeto-alerta/2011/07/11/o-que-e-a-trombose-
venosa-profunda
82
COMPLICAÇÕES DA FERIDA OPERATÓRIA
Infecção
DEISCÊNCIA CIRÚRGICA
http://4.bp.blogspot.com/-
83
p415f4yBU8U/TmkZ7tIrlTI/AAAAAAAABPc/U2TrWK7ZRLA/s320/22-08-11+4.JPG
84
casos pode se manifestar até um ano após a cirurgia.
Os sinais e sintomas são: para a superficial temos presença de secreção
purulenta, cultura positiva de fluídos ou tecidos, dor, hiperemia, edema ou calor local;
para a incisional profunda os seguintes sinais e sintomas: febre de 38ºC, dor localizada,
rubor e presença de abscessos; e finalmente para órgãos ou espaços profundos temos
drenagem purulenta, cultura positiva de fluído ou tecido e abscessos.
Alguns fatores de risco contribuem para a aquisição de infecções do sítio
cirúrgico, as quais podem ser relacionadas aos pacientes (condições físicas e
emocionais), relacionados ao período pré-operatório (internação, procedimentos
invasivos e não invasivos, tabagismo, alcoolismo e antibioticoterapia profilática),
relacionados ao período intraoperatório (preparação das mãos, limpeza e desinfecção de
superfícies, esterilização de artigos médicos e instrumental cirúrgico, uso de roupas e
vestimentas cirúrgicas adequadas, ambiente da sala de operação, especificidades da
cirurgia e anestesia) e os riscos relacionados ao período pós- operatório (cuidados da
incisão).
AVALIAÇÃO
ALTA DA URPA
85
paciente, o nível de consciência, as condições do local da cirurgia, o nível de conforto e
outros parâmetros como aqueles sugeridos anteriormente.
O paciente geralmente recebe alta da URPA que é dada pelo anestesista, o qual
pode estar presente e na oportunidade escrever a ordem de alta. Alternativamente, um
sistema de escore numérico aprovado pelo Serviço de Anestesia pode ser usado para
determinar se o paciente está pronto para a alta. O sistema de escore mais comum em
uso é o escore de Aldrete e Kroulik. O escore total de 9 a 10 é aceitável geralmente para
a alta da URPA, desde que não haja contraindicação médica. Um relato das condições
do paciente é feito para o enfermeiro que assumirá os cuidados do paciente na
enfermaria de cirurgia. Esse relato pode ser feito pelo telefone antes que o paciente
deixe a URPA ou pessoalmente, depois que o paciente chega à enfermaria. O relato
deve incluir a história pré-operatória, informações pertinentes sobre a cirurgia e a
recuperação do paciente, medicações que foram administradas, ordens médicas e
qualquer outra informação importante.
86
3. Realizar exame físico específico, ausculta e observar o estado de
consciência do paciente, coloração de pele, mucosas, etc.
4. Posicionar no leito de acordo com a cirurgia e anestesia. Normalmente em
decúbito lateral, mas como necessidade por tipo de anestesia em decúbito dorsal,
cuidando para a cabeça lateralizada sem travesseiro.5. Conectar drenos e sondas. Se
houver necessidade, iniciar o balanço hídrico.
6. Verificar se o curativo cirúrgico apresenta anormalidades, como
hemorragias.
7. Controlar infusões EV, soros, infusão de soroterapias, controle de SSVV
tão intensamente conforme o quadro de estabilidade pós-operatória e porte da cirurgia.
8. Controle da diurese.
9. Estimular o paciente a realizar os exercícios respiratórios e de tosse,
treinados no pré-operatório.
10. Administrar medicações prescritas criteriosamente.
11. Realizar a mudança de decúbito.
12. Aspirar vias aéreas superiores – VAS - conforme a necessidade,
principalmente nos pacientes submetidos à anestesia geral e com déficits respiratórios.
87
CONSCIÊNCIA 1 Desperto ao chamar
0 Não responde a estímulos ativos
88
- Um esfigmomanômetro;
- Uma cama-maca com grades.
- Possuir equipamentos e materiais de suporte:
- Carro de emergência;
- 01 ventilador mecânico;
- Materiais de enfermagem diversos;
- Entorpecentes;
- Cilindros pequenos de O2 para transporte;
- Aspirador elétrico;
- Elementos:
- Sala de estocagem;
- Sala de utilidades;
- Posto de enfermagem para área de anotações;
- Área de preparo de medicações;
- Área de visitantes;
- Pia para lavagem das mãos.
A planta física da URPA deve ser planejada para que haja adequada visualização
de todos os pacientes.
RECURSOS HUMANOS
89
- Conhecer “o dia cirúrgico”;
- Participar de orientações de pacientes e familiares;
- Manter o grupo de funcionários treinados;
- Controle de entorpecentes;
- Estar presente em todas as admissões e altas dos pacientes da URPA;
- Viabilizar boletim dos pacientes da unidade a cada hora.
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
90
37,5°C) na alta da URPA;
- O paciente demonstrará apropriado funcionamento cognitivo na alta da
URPA;
- O paciente exibirá uma redução no nível da dor ou a dor terá melhorado e
estará em nível tolerável na alta da URPA.
HISTÓRICO DA CME
Atividades:
- Receber, desinfetar e separar os artigos;
- Lavar os artigos;
- Receber as roupas vindas da lavanderia;
- Preparar os artigos e roupas (pacotes);
- Esterilizar os artigos, roupas por meio de métodos físicos ou químicos;
- Realizar o controle microbiológico e das validades dos
produtos esterilizados;
91
- Armazenar e distribuir os artigos e as roupas esterilizadas;
- Zelar pela proteção e pela Segurança dos operadores
ESTRUTURA DA CME
Janelas:
- Amplas que permitam a entrada de luz natural;
- Altas e fechadas – quando a ventilação for feita por ar-condicionado;
- Altas e abertas – proporcionando ventilação natural. Estas devem ser
protegidas com telas milimétricas de nylon de forma a evitar entrada de vetores.
-Iluminação:
- Artificial;
- Natural.
Temperatura:
92
- Adequada ao ambiente do processo de trabalho da Central de Esterilização
entre 18° e 25°C
Ambiente de apoio:
- Vestiários com sanitários e chuveiros para funcionários e barreiras para
áreas limpas e para áreas sujas com barreiras, podem ser áreas em comum desde que
tenham barreiras com acessos específicos;
- Depósito de material de limpeza, que pode ser comum às áreas limpas e
sujas, desde que seu acesso seja externo;
- Sala administrativa;
- Área e manutenção dos equipamentos de esterilização física;
- Local próprio destinado a descanso e lanche dos funcionários;
- Pia para lavagem das mãos de fácil acesso.
Dinâmica e Fluxo:
- O fluxo contínuo e unidirecional do artigo, evitando o cruzamento de artigos
sujos com os limpos e esterilizados, como também evitar que o trabalhador escalado
para área contaminada transite pelas áreas limpas e vice-versa. Caso seja necessário o
trabalhador deverá trocar de roupa.
1 - Fluxo unidirecional com barreiras físicas entre as áreas.
- Expurgo (área suja) – Preparo de material e carga da autoclave (área limpa) –
retirada de material da autoclave e guarda do material estéril (área estéril).
93
prestado e manter em níveis reduzidos os riscos de agravo à saúde do cliente.
Gerência
Deve ser ocupada por profissional da saúde de nível superior com qualificação
específica, experiência na área, que responda legalmente por todas as ações ali
realizadas. O enfermeiro “tem perfil perfeitamente adequado para realizar este
gerenciamento”.
Demais membros
Quantitativo
Equipamentos
94
Ao planejar uma Central de Esterilização deve-se levar em conta o tipo e a
previsão correta dos equipamentos, tais como:
- A complexidade de atendimento da Instituição;
- Volume e características do material a ser esterilizado;
- Disponibilidade de recursos financeiros;
Equipamentos específicos
95
e do serviço de engenharia clínica, o fabricante.
- Checar manômetros, vacuômetros e termômetros;
- Validar a autoclave conforme indicação do fabricante ou normas vigentes;
- Guardar os registros da validação controlando sua periodicidade;
- Realizar manutenções corretivas e/ou preventivas nos equipamentos de
forma a montar o histórico dos mesmos. Nos casos de manutenção preventiva, o setor
de engenharia clínica deve manter registros de suas realizações (cronograma e check-
list) bem como controlar sua periodicidade;
- Fazer teste físico com termopares para assegurar que os registradores
externos de temperatura sejam fiéis à temperatura interna da câmara e que haja
uniformidade e estabilidade de temperatura dentro do esterilizador;
- Fazer ensaio de esterilização com o uso de indicadores biológicos com
vários tipos de cargas;
- Checar tempo de cada fase do ciclo.
96
- Fazer teste de Bowie & Dick em autoclaves pré-vácuo.
- Registrar o desempenho dos manômetros, vacuômetros e termômetros.
- Utilizar indicador biológico em pelo menos uma carga teste.
Observação:
As manutenções mensais devem ser realizadas pelo fabricante, ou empresa
devidamente capacitada a realizar o serviço, sendo que este deve ser acompanhado por
um profissional de engenharia clínica.
97
Denominam-se artigos hospitalares os materiais empregados com o objetivo de
prevenir danos à saúde das pessoas ou de restabelecê-la, necessários aos cuidados
dispensados. Eles têm grande variedade e as mais diversas finalidades, podendo ser
descartáveis ou permanentes, e esterilizáveis ou não.
A equipe de enfermagem tem importante papel na manutenção dos artigos
hospitalares de sua unidade de trabalho, sejam em ambulatórios, unidades básicas ou
outros setores em que esteja atuando. Para sua previsão e provisão, devem-se levar em
consideração as necessidades de consumo, as condições de armazenamento, a validade
dos produtos e o prazo de esterilização. Os artigos permanentes devem ter seu uso
assegurado pela limpeza, desinfecção, descontaminação e esterilização.
Os artigos utilizados nos serviços de saúde são classificados em três categorias,
propostas pela primeira vez por Spaulding, conforme o grau de risco de provocar
infecção nos pacientes, nas seguintes categorias: críticos, semicríticos e não críticos.
Esta classificação irá nortear a escolha do processo de desinfecção ou esterilização a ser
utilizado.
Artigos Críticos
Artigos semicríticos
São aqueles que entram em contato com a pele não íntegra e membranas
mucosas. Devem ser submetidos no mínimo à desinfecção. Em algumas circunstâncias a
esterilização é desejável pelo risco do artigo tornar-se crítico, como em lesões acidentais
de mucosas.
Dificuldades técnicas e riscos inerentes aos processos de desinfecção química
também concorrem para a indicação da esterilização. Ex.: sonda nasogástrica,
equipamentos respiratórios, equipamentos de anestesia e endoscópios.
98
Artigos não críticos
São os que entram em contato com a pele íntegra e que somente necessitam
desinfecção de médio ou baixo nível, quando reutilizados entre pacientes. Esta medida
tem por objetivo bloquear a transmissão de microrganismos. Ex.: estetoscópios, mesas,
focos, comadres, termômetro etc.
99
Vidraria e borracha para Espéculos vaginais, nasais, Comadres e patinhos
aspiração otológicos (metálicos).
Peças de mão dos motores Endoscópios do trato digestivo Bacias, cubas, jarros e baldes
e respiratório
Limpeza manual
Limpeza mecânica
Meios de equipamentos:
LAVADORA
100
http://www.hc.unicamp.br/sites/default/files/users/Administrador/noticias/not-
090922/EPSN0008a.jpg
101
Processo de Limpeza:
- Agrupar por tipo de artigo;
- Imergir ou embeber em solução;
- Limpar;
- Enxaguar em água potável;
- Enxaguar em água deionizada;
- Secar.
PROCESSO DE LIMPEZA
http://www.hospitalar.com/index.php?http://www.hospitalar.com/noticias/not19
31.html
102
substâncias químicas, gases tóxicos, riscos de perfuração ou corte e ao calor, prevenindo
assim acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais. A tabela abaixo indica quais são
os EPI necessários para cada procedimento.
HIPOCLORITO DE SÓDIO
DE
DE
ÁLCOOL ETÍLICO A 70%
GLUTARALDEÍDO A 2%
PERACÉTICO
ÓXIDO DE ETILENO
FORMALDEÍDO
QUATERNÁRIO
ÁGUA QUENTE
HIDROGÊNIO
AUTOCLAVE
PERÓXIDO
PROCESSOS ESTUFA
ÁCIDO
1%
Equipamentos
LUVA DE AMIANTO x x
CANO LONGO
LUVA DE LÁTEX x
CANO LONGO
LUVA DE BORRACHA x x x x x
ÓCULOS x x x
MÁSCARA COM FILTRO x x x
103
QUÍMICO
AVENTAL x x x
IMPERMEÁVEL
CONFORME x
LEGISLAÇÃO
VIGENTE
Limpeza e secagem
104
A limpeza de artigos deve ser feita preferencialmente por equipamentos que
utilizem processos físicos, como lavadoras termodesinfetadoras, pois promovem
limpeza e descontaminação simultâneas, reduzindo a manipulação do material
contaminado.
Detergentes enzimáticos facilitam a ação mecânica, reduzindo potencialmente os
riscos ocupacionais. Agem removendo a matéria orgânica, são atóxicos e
biodegradáveis.
Na ausência do detergente enzimático, os instrumentais deverão sofrer exposição
à água morna e corrente. Estes artigos deverão estar preferencialmente em cestos
aramados para minimizar a manipulação do material contaminado e reduzir a produção
excessiva de aerossóis.
Além das lavadoras que utilizam jatos de água quente há no mercado as
lavadoras ultrassônicas, as quais a ação desencrostante do detergente enzimático é
potencializada pelo ultrassom.
Na impossibilidade de tais processos, efetuar lavagem manual por fricção,
auxiliada por escova ou esponja. Este método deve ser utilizado após a imersão do
artigo em desencrostantes, preferencialmente enzimáticos.
O enxágue deverá ser feito em água corrente.
A água que abastece as Centrais de Esterilização deve ter qualidade
diferenciada. Para este setor não basta obedecer a padrões de potabilidade, pois muitas
vezes água em uso é potável, porém está impregnada com metais pesados e cloro, o que
acelera a corrosão dos metais.
Produtos Utilizados
105
Secagem
106
independente do seu grau de sujidade aparente.
A desinfecção de artigos pode ser feita por métodos físicos, químicos e físico-
químicos.
Agentes Físicos
Pode ser feita imersão dos artigos em água a 100°C (ebulição) por 30 minutos.
Preferencialmente utilizando sistemas automáticos, lavadoras termodesinfetadoras, com
programas específicos, validados para cada grupo de artigos.
Agentes Químicos
107
− Compostos Orgânicos Liberadores de Cloro Ativo;
− Compostos Inorgânicos Liberadores de Cloro Ativo;
− Iodo e Derivados;
− Álcool;
− Glicóis;
− Biguanidas;
− Peróxidos.
Aldeídos
108
dias, datar e identificar;
- Realizar uma limpeza, secagem antes da imersão, após o término do tempo
indicado fazer a lavagem dos artigos com água estéril;
- Desprezar a solução em caso de contaminação ou prazo de validade.
Formaldeído
Álcoois
Agem por desnaturação das proteínas dos micro-organismos e sua ação
bactericida aumenta quando hidratado. É tuberculicida, fungicida, viruscida, porém não
destroem esporos bacterianos.
- álcool isopropílico: tem ação seletiva para vírus, é mais tóxico e com menor
poder germicida que o etílico.
109
- álcool etílico (70%): a concentração 70% tem baixa toxicidade, é indicado
para desinfecção de nível intermediário ou médio. Deve ser utilizado por fricção, em
três aplicações, com secagem espontânea e tempo total de exposição de 10 minutos.
– 10 minutos de contato.
II. Desinfecção de Lactários e utensílios de Serviço de Nutrição e
dietética
(SND) –
200ppm ou 0,02% Cloro ativo – 60 minutos.
III. Desinfecção de Artigos de Inaloterapia e Oxigenoterapia não metálicos -
200ppm ou 0,02% a 0,5% de Cloro ativo - 60 minutos. Dispensando enxágue.
VI Desinfecção de Artigos Semicríticos – 10.000ppm ou 1% de Cloro ativo – 30
minutos.
Hipoclorito de Cálcio e Lítio: São compostos sólidos comercializados na forma
de pó.
Efeitos adversos: os compostos inorgânicos liberadores de cloro ativo são
tóxicos, irritantes de pele, mucosa e árvore respiratória.
110
São produzidos somente em forma de pó. Possuem vantagens em relação ao
hipoclorito, tais como: maior atividade microbicida, pH mais baixo, menos propenso a
inativação por matéria orgânica, ação corrosiva e tóxica mais baixas, maior estabilidade,
podendo ser armazenado por até 12 meses (e não 6 meses como o hipoclorito). Uma vez
ativado mostra-se muito mais instável, devendo ser diluído apenas no momento do uso.
Fenólicos:
Desinfetante de nível médio tendendo ao desuso por sua toxicidade, sendo
inclusive contraindicado para desinfecção de centros obstétricos e berçários devido à
ocorrência de hiperbilirrubinemia em neonatos.
Iodo e derivados:
Não há no mercado nacional iodo para desinfecção de artigos e superfícies.
Biguanidas
Disponível no mercado brasileiro somente como antisséptico.
Quaternário de amônio
Disponível e indicado somente para desinfecção de superfícies, em áreas críticas
e semicríticas, especialmente superfícies e mobiliários em berçários, pediatria e SND
por possuir baixa toxicidade.
Ácido peracético
É bactericida, fungicida, viruscida e esporicida. Promove a desnaturação de
proteínas e alteração na permeabilidade da parede celular.
Possui como vantagens manter-se efetivo em presença de matéria orgânica e não
promover a formação de resíduos tóxicos. Como desvantagens: é corrosivo e instável
depois de diluído.
Ácido peracético ou peroxiacético, em baixas concentrações (0,001% a 0,02%)
apresenta rápida ação contra os micro-organismos, incluindo os esporos.
MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO
111
Convencionalmente considera-se um artigo estéril quando a probabilidade de
sobrevivência dos micro-organismos contaminantes é menor do que 1:1000.000. A
exposição de um artigo a um agente esterilizante, não garante a segurança do processo,
uma vez que essa depende de limpeza eficaz.
A eleição do método de esterilização dependerá do tipo de artigo a ser
esterilizado. Esses métodos poderão ser físicos, químicos ou físico-químicos.
Métodos Físicos
Métodos físicos são aqueles que utilizam calor em diferentes formas e alguns
tipos de radiação para esterilizar artigos. Nas Centrais de Esterilização hospitalares o
método mais utilizado e factível é a autoclavação por vapor saturado sob pressão. Outro
método igualmente conhecido, porém em desuso pelas dificuldades operacionais e pelo
avanço da tecnologia das autoclaves a vapor, é o calor seco (estufa).
A esterilização por radiação será tratada neste trabalho, devido ao uso cada dia
maior do processamento por tal método pelos produtores de materiais hospitalares
descartáveis em uso nas nossas instituições. No entanto, a manipulação do método é
restrita às indústrias que recebem a orientação/capacitação do CNEN (Conselho
Nacional de Energia Nuclear).
O uso de radiação ultravioleta para esterilização de artigos é proibido pelo
Ministério da Saúde (Portaria n. 674, de 31.12.97).
112
versa.
A programação deverá seguir os critérios estabelecidos na validação do
equipamento e das cargas a serem processadas pelas Instituições.
Vapor saturado é um gás e está sujeito às leis da física, sendo assim, não se
altera a temperatura do vapor sem alterar a pressão e vice-versa.
Tipos de autoclaves:
Gravitacional – A injeção de vapor na câmara força a saída do ar frio por uma
válvula localizada na parte inferior. Pode ocorrer formação de bolhas de ar no interior
do pacote, que impede a esterilização. Para que a penetração de vapor ocorra em todos
os materiais, o tempo deve ser mais logo, tornando o ciclo mais demorado.
Pré-Vácuo – Por meio de bomba de vácuo contida no aparelho, o ar é removido
do material e da câmara, podendo ter um ou três ciclos o que favorece a penetração mais
rápida do vapor dentro dos pacotes. Após a esterilização ocorre a sucção do vapor e da
umidade interna, secando mais rápido e completando o ciclo.
Mecanismo de ação: O processo baseia-se na transformação das partículas de
água em vapor. Na esterilização da autoclave, ocorre a morte celular pela coagulação de
proteínas bacterianas, por meio de calor.
Tempo: pode variar três a 30 min de acordo com a temperatura e o tipo de
equipamento utilizado.
Temperaturas X Tempo:
• Gravitacional 132°c a 135°c 10 a 25min
121ºc a 135°c 15 a 30 min
• Pré-vácuo 132°c a 135ºc 3 a 4 min
Ciclo de esterilização: varia de acordo com equipamento, validação do processo,
embalagem (invólucros algodão, papel grau cirúrgico, papel crepado, filmes
transparentes container, caixas metálicas, vidro refratário, TNT).
Controle do processo: Eficácia do equipamento, manutenção, registro dos
instrumentos, indicadores químicos, indicadores biológicos, integradores químicos,
testes de Bowie Dick.
Qualidade do Vapor
O vapor pode ser obtido em vários estados físicos, cada um com um efeito na
qualidade da esterilização.
113
Vapor saturado seco
Contém somente água no estado gasoso agregando tanta água quanto possível
para sua temperatura e pressão (100%UR). É a forma mais efetiva de vapor para
esterilização.
114
vapor. O sistema mais eficiente é o de pulsos de pressurização, pois existe grande
dificuldade em obterem-se níveis adequados de vácuo em um só pulso. O tempo da
esterilização propriamente dito só será contado após total remoção do ar
dos pacotes. Após esta fase a bomba de vácuo irá fazer a sucção do vapor
promovendo assim a secagem dos pacotes. Esse sistema permite mais rapidez no
processo total, pois com a rápida extração do ar e consequente aumento da temperatura
da carga, obtém-se o ciclo de esterilização e secagem em tempo mais reduzido que nos
processos descritos anteriormente.
115
objetivando favorecer a circulação e penetração do vapor nos pacotes centrais.
Para garantir a qualidade da esterilização deve-se ter a certeza de que o material
encontra-se seco ao término do processo e a estocagem em local e posição adequados.
Radiação
116
do material a esterilizar. O processo é monitorado por painel eletromecânico que avalia
os riscos, ou seja, os níveis de radiação no equipamento. Cada lote de artigos é
monitorado por dosímetros que controlam a quantidade de radiação recebida.
Mecanismo de Ação: A eficácia das radiações ionizantes depende da interação
com o ácido desoxirribonucleico (DNA). Ocorrem rupturas nos filamentos do DNA,
necessário para causar a morte da célula.
Risco de exposição ambiental: Os limites de exposição ocupacional à radiação
são estabelecidos pela Comissão Nacional de Energia Nuclear.
Parâmetros de esterilização: O único parâmetro a ser controlado no ciclo é o
tempo de exposição do material a ser processado.
A esterilização normalmente é realizada a temperatura ambiente, porém com
elevações cerca de 10°c podem reduzir acentualmente o valor da umidade e o oxigênio
influenciam na sensibilidade do processo.
Métodos químicos
117
Observação - Devido à dificuldade do manuseio, este não deve ser um método
rotineiro de esterilização.
Métodos Físico-Químicos
Peróxido de Hidrogênio
118
com moléculas essenciais ao metabolismo e reprodução microbianos, ligando-se de
maneira específica às enzimas, fosfolipídeos, DNA e RNA. Essa reação química é
extremamente rápida, viabilizando o processo de esterilização em curto espaço de
tempo.
É indicado para esterilização de artigos termossensíveis. O ciclo de esterilização
ocorre em torno de 1 hora. É compatível com a maioria dos metais, plásticos, vidros,
borrachas, acrílicos, sendo incompatível com celulose e ferro. O produto final é água e
oxigênio, não oferecendo, portanto toxicidade para os profissionais e clientes.
Equipamento de fácil instalação e operação em que um cassete contendo 10
ampolas de peróxido de hidrogênio é colocado na parte frontal externa, em que cada
ciclo consome uma ampola.
As fases do ciclo (75 minutos) são:
- Vácuo;
- Injeção;
- Difusão;
- Plasma;
- Ventilação.
INVÓLUCROS
119
- Ser compatível e resistir às condições físicas de esterilização;
- Permitir adequada remoção de ar;
- Permitir penetração e remoção do agente esterilizante;
- Proteger o conteúdo do pacote de danos físicos;
- Resistir a punções e rasgos;
- Ausência de furos;
- Não conter ingrediente tóxico;
- Não gerar partículas;
- Apresentar custo x benefício positivo;
- Ser usada de acordo com as instruções descritas pelo fabricante.
Tipos de embalagens
- Tecido;
- Não tecidos;
- Papel grau cirúrgico;
- Papel crepado;
- Containers rígidos.
CONTROLE DE QUALIDADE
Testes Físicos
120
Servem para determinar o tempo de penetração do calor dentro dos pacotes e
frascos.
- Consiste de dois fios metálicos fundidos em uma extremidade que informará
a temperatura dentro do equipamento. Na outra extremidade, fora do equipamento, é
feita a leitura da temperatura por meio de um registrador.
- É um método utilizado quando se dá a instalação ou após grandes reparos de
autoclaves ou estufas. Seu custo é muito alto e não há necessidade de ser feito
rotineiramente.
Dosimetria de radiação
Testes Químicos
Indicadores Químicos
121
• Demonstram que o material passou pelo processo de esterilização.
• Devem ser usados em todos os materiais a serem esterilizados.
• Para uso em materiais tipo pacotes ou caixas.
- Classe 2: Indicadores para uso em testes específicos: ex.: Bowie & Dick.
• Projetados para testar a eficácia do sistema de vácuo nas autoclaves de pré-
vácuo. Faz a detecção de bolhas de ar e avalia a habilidade das autoclaves pré- vácuo
em remover o ar quando o vapor é admitido, formando o vácuo. Não deve haver
formação de bolhas que possam comprometer o processo de esterilização.
Deve ser realizado diariamente, antes do processamento da primeira carga.
- Classe 6: Simuladores:
• Projetados para reagir com todos os parâmetros críticos do processo de
esterilização. A leitura do indicador é capaz de apontar possíveis falhas em parâmetro
específico.
122
a 28 cm de altura.
- Esta pilha pode ser embalada em tecido ou papel, podendo ser atada com
fita adesiva.
- Colocar apenas o pacote teste na autoclave na direção do dreno e apoiado
no “rack”.
- Iniciar o ciclo, que poderá ser interrompido antes da fase de secagem; e
após o tempo determinado pela temperatura, conforme esquema abaixo:
134° – 3 e meio a 4 minutos;
127° – 11 minutos;
129° – 15 minutos. Leitura do Teste:
- Positivo (+) Quando a folha teste apresenta falhas na revelação, que é
observada por uma mudança incompleta na coloração, geralmente no centro da mesma.
- Negativo (-) Quando a mudança na coloração da folha for uniforme em
toda a sua extensão, demonstrando não haver ar residual.
Testes Biológicos
123
- Em autoclaves a vapor: Bacillus stearothermophilus.
- Em calor seco, óxido de etileno e plasma de peróxido de hidrogênio:
Bacillus subtilis variedade niger.
- Em radiação gama: Bacillus pumilus.
124
Os indicadores dosimétricos são distribuídos na carga para assegurar que a dose
mínima determinada seja atingida em todas as dimensões do produto.
As instalações deverão ser qualificadas para o processo e todos os instrumentos
de mensuração devem ser aferidos e calibrados regularmente.
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É consenso na literatura que o prazo de validade deve ser estabelecido por cada
serviço, de acordo com as características do invólucro selecionado, do método de
selagem das embalagens, do número e condição de manipulação dos pacotes antes do
uso e das condições de estocagem.
Consideramos condições ideais de estocagem: setor fechado, janelas vedadas,
ambiente limpo, com controle de temperatura e umidade por termo- higrômetro e
armários de fácil visualização para controle dos lotes.
Tolerável para estocagem, sem condições ideais: setor fechado, com janelas
fechadas ou teladas e ambiente limpo.
Importante:
- Nas instituições em que o material esterilizado não puder permanecer
estocado na Central de Esterilização, o mesmo deve ficar o menor tempo possível nos
setores, visto que estes podem não oferecer condições adequadas de armazenagem.
- A manutenção preventiva se aplica a qualquer equipamento.
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A programação de ciclos em esterilizadores digitalizados deverá ocorrer na fase
de validação.
Legislação vigente
Até 1986, apenas duas Unidades Federadas, São Paulo e Minas Gerais,
possuíam legislação normativa sobre o uso e a reutilização de materiais médico-
hospitalares descartáveis. Por conta disto, o Ministério da Saúde reuniu em Brasília, em
1985, um grupo de profissionais peritos, que emitiu um relatório de conclusões e
recomendações. Este relatório deu origem à única legislação nacional, ainda vigente, a
Portaria n. 4, de fevereiro de 1986, da Divisão Nacional de Vigilância Sanitária de
Medicamentos e ainda, a portaria n. 3, da mesma data, que revê o artigo 35 do Decreto
n. 79.094/77, enquadrando os produtos descartáveis que devem ser objeto de registro na
DIMED/MS.
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MS:
- Todo artigo de uso único, utilizado para monitoração diagnóstica e
terapêutica deve ser registrado.
- Todo artigo de uso único, utilizado na área hospitalar deve ter registro.
Com exceção de
− Roupas descartáveis não estéreis;
− Gaze simples, em rolo ou em compressa não estéril;
− Adesivos (esparadrapos, fitas adesivas e curativos adesivos);
− Absorventes higiênicos externos;
− Fraldas;
− Ataduras;
− Cotonetes;
− Dispositivos externos para incontinência urinária;
− Embalagens para uso em esterilização de materiais por processos
físicos;
− Ataduras gessadas;
− Salto de borracha ortopédico e estribo para salto ortopédico.
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Conceitua artigos hospitalares de uso único, relaciona-os e proíbe seu
reprocessamento.
- Agulhas com componentes plásticos;
- Cânulas para fístulas;
- Escalpes;
- Bisturis descartáveis e lâminas;
- Cateteres para punção venosa;
- Equipos para administração de soluções endovenosas, sangue, plasma e
nutrição parenteral;
- Bolsas de sangue;
- Seringas plásticas;
- Sondas uretrais simples;
- Sondas de aspiração;
- Sondas gástricas;
- Coletores de urina de drenagem aberta;
- Drenos de penrose e kehr;
- Cateter de diálise peritoneal.
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Artigos de uso único: É o produto que, após o uso, perde suas características
originais ou que, em função de outros riscos reais ou potenciais à saúde do usuário, não
pode ser reutilizado.
REPROCESSAMENTO E REESTERILIZAÇÃO
Riscos no processamento:
Ao reprocessar e reutilizar artigos hospitalares, alguns riscos reais ou potenciais
devem ser considerados, destacando-se:
- Infecção;
- Pirogênio;
- Toxicidade residual, decorrente de produtos ou substâncias empregados
nos usos antecedentes ou no reprocessamento;
- Alterações físicas, químicas e biológicas na matéria-prima utilizada para
confeccionar o material;
- Perda das características originais em decorrência da fadiga dos usos
prévios e reprocessamento;
- Perda da funcionalidade.
Protocolo de Reprocessamento
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É imprescindível que a Instituição que reprocessa possua protocolos escritos
sobre o processo. Estes protocolos devem ser elaborados por uma comissão
multiprofissional, composta de: membro da CCIH, usuário do artigo, responsável pela
compra, assessor jurídico e enfermeira da Central de Esterilização, ou ainda, de outras
unidades reprocessadoras quando o processo for descentralizado.
Relacionamos abaixo itens que devem ser contemplados neste protocolo, que
deverá ser individualizado, por artigo:
Parecer técnico do fabricante quanto ao número de vezes que o artigo possa ser
reprocessado.
Determinação do número de vezes que o produto possa ser reprocessado
estabelecido pela comissão multiprofissional.
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Controle de qualidade:
- Inspeção visual rigorosa dos artigos com auxílio de lupa;
- Validação dos processos de desinfecção e esterilização utilizados;
- Controle do número de reprocessamentos;
- Solicitação periódica de laudos técnicos de toxicidade residual;
- Solicitação periódica de pareceres técnicos quanto à funcionalidade do
artigo aos profissionais usuários, a fim de reavaliar o número de reprocessamentos
estabelecidos.
FONTE: http://www.sitebarra.com.br/wp-
content/uploads/2011/09/hbjghjhgf.jpg
132
embalagem de acordo com as características:
- Registro no Ministério da Saúde;
- Apropriado para o artigo;
- Promover integridade adequada de selagem;
- Barreira microbiana.
- Resistir a rasgos e furos;
- Permitir a penetração e a remoção do agente esterilizante;
- Barreira adequada a líquidos;
- Manter a esterilidade até a utilização do artigo;
- Não conter ingredientes tóxicos, alvejante, corante.
- Evitar a liberação de fibras ou partículas;
- Ter relação custo – benefício no mercado;
- Possuir data de validade do produto;
- Permitir adequada remoção de ar;
- Ser livre de furos ou microfuros.
133
- Validação dos processos de esterilização;
- Registrar todos os resultados desejados para o estabelecimento de um
processo com especificações pré-determinadas.
ÁREA CRÍTICA
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sangue, laboratório de análises clínicas, banco de leite, dentre outros.
ÁREA SEMICRÍTICA
São as áreas ocupadas por pacientes que não necessitam de cuidados intensivos
ou de isolamento. Ex.: Enfermarias, ambulatórios.
São todas as áreas não ocupadas por pacientes. Ex.: Áreas administrativas,
almoxarifado.
ABERTURA DE PACOTES
- Segurar o pacote afastado do corpo e soltar a ponta que está afixada com
adesivo, levando-a do lado oposto de quem está manuseando;
- Abrir, alternadamente, as pontas laterais do campo; afastar a ponta do
campo, próxima do conteúdo do pacote, segurando-o com uma das mãos e, com a outra,
prender as pontas soltas, tendo o cuidado de não contaminar a face interna do campo; a
seguir, depositar o conteúdo deste sobre a mesa do instrumentador.
Os pacotes grandes como os de aventais, campos e outros, devem ser abertos
sobre uma mesa.
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Esta posição depende do tipo de cirurgia a ser realizada, bem como da técnica
cirúrgica a ser empregada.
As principais posições cirúrgicas são:
POSIÇÃO DORSAL
Nesta posição, o paciente deve ser mantido em decúbito dorsal ou supino, tendo
as pernas esticadas e os braços estendidos ao longo do corpo. É a posição mais
comumente usada para as cirurgias abdominais supra e infraumbilical, algumas
torácicas, vasculares etc. De todas as posições cirúrgicas, é a mais utilizada e a que
menos complicações trazem ao paciente.
Quando se faz necessário, a posição dorsal pode ser modificada com a
inclinação da mesa cirúrgica para proclive ou trendelemburg. Como, por exemplo, numa
laparotomia infraumbilical, o cirurgião pode solicitar a modificação da posição da mesa,
de modo que o paciente fique em trendelemburg, ou seja, com a cabeça em nível
inferior ao dos membros inferiores. Para isso, toma-se necessário colocar suportes de
ombro ou ombreiras. Em outras situações, a modificação pode ser para proclive, ou seja,
a cabeça fica em nível superior ao dos membros inferiores.
POSIÇÃO VENTRAL
POSIÇÃO LATERAL
Nessa posição, o paciente é colocado sobre um dos lados, tendo a perna inferior
fletida e a superior em extensão, separadas por um coxim ou travesseiro.
Coloca-se, também, um coxim sob a linha da cintura e, a seguir, fixa-se o
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paciente transversalmente à mesa cirúrgica com uma faixa larga de esparadrapo,
passada sobre o quadril. Esta posição é utilizada para as intervenções cirúrgicas de
acesso aos rins.
POSIÇÃO GINECOLÓGICA
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precisam ser observados:
- manusear o paciente anestesiado com movimentos firmes e lentos, pois a
mudança repentina de posição pode levar à queda de pressão arterial;
- ao se retirar o paciente da posição ginecológica, deve-se ter o cuidado de
descer, alternadamente, as pernas, a fim de prevenir o afluxo rápido de sangue para os
membros inferiores, podendo causar a mesma situação acima referida;
- manter a cabeça voltada para um dos lados, quando o paciente permanecer
em decúbito dorsal;
- observar o posicionamento correto das infusões e drenagens.
Nesta fase do período operatório é que mais frequentemente costumam
acontecer às quedas acidentais. Daí a necessidade de redobrar a vigilância, NÃO
deixando o paciente sozinho em nenhum momento, até que seja transportado para a
recuperação pós-anestésica.
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A transitória, também conhecida como flora de contaminação, é composta por
micro-organismos diversos e de virulência variadas. Estes micro-organismos nem
sempre estão presentes na superfície da pele da maioria das pessoas e são removidos
mais facilmente. Algumas bactérias Gram-negativas (como, por exemplo,
E. Coli) têm condições mínimas de sobrevivência sobre a pele.
A degermação das mãos e antebraços da equipe cirúrgica deve promover a
eliminação da flora transitória e redução da flora residente e, ainda, o retardamento da
recolonização da flora residente pelo efeito residual. Sabe-se que, após a realização de
tal procedimento, estes micro-organismos multiplicando-se rapidamente sob as luvas
cirúrgicas e podem ser agentes de infecção da ferida operatória, no caso de estas
sofrerem microperfurações.
http://2.bp.blogspot.com/_Mz82Dvgeu0I/S66-
vWRUnDI/AAAAAAAAAh8/sdQoHHFo9cs/s640/lavagem-das-maos.jpg
Para uma lavagem adequada das mãos deve-se, após molhá-las e colocar o
sabão, fazer os seguintes movimentos: friccionar palma contra palma (figura 1), palma
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direita sobre o dorso da mão esquerda, com os dedos entremeados (figura 2) e vice-
versa, palma contra palma, friccionando a região interdigital com os dedos entremeados
(figura 3), dedos semifechados em gancho da mão esquerda contra a mão direita (figura
4) e vice-versa, movimento circular do polegar direito (figura 5) e esquerdo, movimento
circular para frente e para trás com os dedos fechados da mão direita sobre a palma da
mão esquerda (figura 6) e vice-versa.
O processo de fricção repetida deve ser realizado com as mãos e os antebraços
voltados para baixo, evitando-se que o sabão e a água, já sujos, retornem às áreas
limpas. Cinco fricções de cada tipo são suficientes para remover mecanicamente os
microrganismos. Após esse processo, as mãos não devem ser enxaguadas em água
corrente, mas sim posicionadas sob a torneira com os dedos voltados para cima, de
modo que a água escorra das mãos para os punhos.
Após a lavagem, mantendo os dedos voltados para cima, secar as mãos com
papel-toalha descartável, começando pelas mãos e, depois, os antebraços.
O uso de sabão é suficiente para a lavagem rotineira das mãos.
Em situações especiais, como surtos de infecção ou isolamento de
microrganismo multirresistente, seguir as orientações do setor responsável pela
prevenção e controle de infecção hospitalar.
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que, com a utilização de determinados produtos, a escovação das mãos por 3 a 4
minutos é tão eficiente quanto a escovação por 5 minutos.
Em relação ao número de fricções, GElli; CONSUL(1992) armam, com base em
pesquisa feita, que o procedimento para degermação das mãos, antes da cirurgia,
realizando a técnica com o antisséptico detergente preconizado pelo Ministério da
Saúde, “pode ser desenvolvida com 5, 10 ou 15 fricções com 95% de segurança";
- escovar a palma da mão, começando pela face lateral do dedo mínimo, os
demais dedos e espaços interdigitais, desde as pontas dos dedos até a região do pulso;
- virar a palma da mão para baixo e continuar a escovação da região dorsal,
mantendo os dedos afastados e começando pela face lateral externa do polegar;
- escovar, a seguir, as regiões anterior, laterais e posterior do antebraço com
movimentos amplos do pulso ao cotovelo;
- passar para o cotovelo, escovando-o com movimentos circulares;
- lavar a escova, conservando-a em posição vertical; a seguir, passá-la para a
outra mão, segurando-a pela extremidade oposta àquela que segurava anteriormente;
- embeber as cerdas na solução degermante e proceder à escovação da outra
mão;
- ao terminar a escovação, enxaguar as mãos separadamente, de modo que a
água escorra dos dedos para o cotovelo;
- manter as mãos e antebraços em posição vertical, acima da cintura e dirigir-
se à sala de cirurgia;
- enxugar as mãos, antebraços e, por último, os cotovelos com compressa
esterilizada;
- desprezar a compressa em local apropriado, de modo a não se misturar com
aquelas utilizadas no campo cirúrgico.
AVENTAL ESTERILIZADO
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Para vestir o avental esterilizado, a equipe de cirurgia necessita da ajuda do
circulante de sala, por isso este profissional deve estar capacitado para desempenhar
esta função. As medidas de assepsia cirúrgica relacionadas ao manuseio dos aventais
esterilizados são fundamentais como prevenção da infecção da ferida operatória.
Ao vestir o avental, os componentes da equipe cirúrgica devem:
- segurá-lo com as pontas dos dedos pelas dobras do decote, elevá-lo do
campo esterilizado e trazê-lo para fora da mesa;
- abri-lo com movimentos firmes para que as dobraduras se desfaçam, tendo o
cuidado de não o esbarrar em superfícies não estéreis ou em pessoas da sala;
- segurá-lo pela parte interna do ombro, afastando do corpo e, com ligeiro
movimento para cima, introduzir, ao mesmo tempo, os dois braços nas mangas,
conservando-as em extensão para cima;
- colocar-se de costas para o circulante de sala e solicitar-lhe ajuda para
acertar as mangas. Desta feita, o circulante introduz as mãos nas mangas pela parte
interna do avental, puxando-as até que os punhos cheguem à região dos pulsos;
- permanecer de costas ao circulante, para que este amarre as tiras ou fitas do
decote do avental;
- distanciar da cintura os cintos, para que o circulante possa pegá-los e
amarrá-los.
FIGURA – AVENTAL ESTERILIZADO
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FONTE: http://coral.ufsm.br/tielletcab/HVfwork/img/avental6.jpg
OPA ESTERILIZADA
A opa é uma peça que faz parte da indumentária de paramentação cirúrgica. Sua
finalidade é cobrir a parte posterior do avental esterilizado em uso pelo cirurgião e
assistentes, em cirurgias de grande porte.
Para vesti-la, o cirurgião deve:
- pegar as alças superiores da opa com as mãos enluvadas, trazendo-a para
fora da mesa, abri-la com movimentos firmes e suaves, tomando cuidado para não
contaminá-la;
- apresentar para o circulante de sala a face externa da opa, a fim de que este
possa segurá-la pelas pontas superiores com o auxílio de pinças;
- virar-se de costas para o circulante de sala e introduzir os braços nas alças da
opa; a seguir, puxar para frente os cintos e amarrá-los.
Atualmente, já se encontra comercializado o avental-opa que, por constituir uma
única peça, toma mais prático o uso.
LUVAS ESTERILIZADAS
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Outro modo de realizar este procedimento consiste em:
- segurar o par de luvas pelas dobras dos punhos e calçar a mão D;
- introduzir a mão D enluvada sob a dobra do punho da luva E e calçar amão
E;
- desfazer as dobras dos punhos das luvas, conforme descrito acima.
http://www.ebah.com.br/content -
https://lh4.googleusercontent.com
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Na realização dos diversos procedimentos do Centro Cirúrgico, a equipe de
enfermagem deve priorizar a segurança do paciente e de todo o pessoal, bem como a
assistência a ser prestada, desde a visita pré-operatória até a transferência do paciente
para a Unidade de internação.
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pressão; além disso, atentar para não tracionar as sondas, cateteres e tubos, que podem
desconectar-se com movimentos bruscos ou mesmo lesar o local onde estão instaladas.
REFERÊNCIAS
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