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imMforhae mia. macional xn | | Comunieta Sate anforme apresenta as teses sSbre as Perspectives das Lutas de Classe, gue deveriam gurvir de base pura a discussdo das tarefes atuaia dos revoiucd onariov no pats. além’das teses, publicamos também um dos cubsidios para ela un documento sébre a vormecdo e Natureza da Ditadura Milisar, as Ferspectivas das Lutas dv Classe devem ser proiundamente dissutidas no P; eno passe inicial para a discussiio das nissus tarefas. Lo subs{dio que se- gue tou a Amportaneia de estabelec_r og fundanentoe reais da Litacura fili tur, seu cardter de clusse e as condigées Se feu Pen 2M PERSPECTIVAS DAS LUTAS DE CLASSE | (1) A Gitadura militar scnaeguiu von, algumus poucus concvsséus fora euti. cer es suas provus até agui'gracas / | cientvs para decviar a lute ce agesas principalmente & fraqueza do movimen | ¢ isdlar suas vanguarda. a ecguir, a to operdrio e, ao mesmo tempo, ao@an| repressio concentrada a partir co dy reocjo que a ameaga do seu ressur | cembro, paralizou o movimento o giment desperta na burguesia. im ou | rio. tras palavras, a bDurgucsia nao se dE oe a dvsfazer—s. do governo militar ; 4 ditadura pode, asein, isolur az cri {Sou todce gw. inoonvenientes que 1c | ses econSmicas dus crise polit.cas. the traz) eaguanto @ic lhe aparecer -} 1968, que f21 0 uno pol{tico mais orf come eficiente na contencao do movi- | tico’(a antensa mobilizugdo operdria weave Ce aaseue em geral. ae experi- | 4 racicalizagio « avanga cas Lisas / énetas das lutus politicas dos Wti- | Jstudantis, agravaram 4 oris- pollti aoe anos t8a mostrade ao mesmo tempo | ca v estimularam us divisoes nu bur- ae inflicros contudigdus que a ditacu | gueeia) toi, par’ “1 sorte, & cen / Ty militer gera ou agrava no seio das| melhor ano econémico. 1... .. => tasses Gomina.tes was, também, como | 3 ditadura militar: a) abrir conces- peSs mais alto a disposigdo ce nao a | sées para os travalhacorer; t) contar brir o flanco para a intervengio po- | com a sustentagdo geral de Durgucsic iftica das massa s. rorissa, embora | que, suticivita com a situacio, nao Gevamoe sempre contar com Givisdve / | se arricuria u uma substituicao de / no camps acversdrio- principalaente | seu sistema polftico. quando a eituagdo econSmica cc ugra- “a ou es lutas de massa se ayolumaa- | (3) 0 balanco vcon6mico mostra que / covmos considerar que a tencéncia / | 1309 j4 nfo serd um unc to propicio gs oposigous burgucsas ¢ a capitula | como foi 1968 vmbora nada indique $528,8 tendéncia das conspiragdes mi | inca que j4 estejamog entrando um ou itarv: Gade se imp6r pacificamen=:| tromomento de rucescao. arata-s. de to (quendo contarem con 4 saioria ai | uma ligeira dvsaculeragdo, que reve- iitar) ou retirar-cve uté"momento opor| 1. as fraquesus estrutur 210852 tuno". veonomia, incapaz éu um novo surto / du prosperidade veouomica asso apse (2) #04 possfvel % ditadura passar / | u fuse wais severa da recusedo. Mar © poricdo mais agudo cu crise econé- | dois futérus covem ser luvacos 2m ou nica (1963-1906) como prolvtariado | ta: a) os rintonus du crise nos xsta contide pela repressdo. & quando Paz dos Unidos; e b) as necessidudusde / ~glas mais avangadas aa clase operd | expansiio inturna_na,amplituce sufici ria madurecerun pars a luta a bur * | ente para absorsa~ da mio~iu-obra. gussia j4 podia se benvficiur dos re sultados ¢. 4 anos ce arrocho, sntao | M@o se trata winéa de nenhuwa reees fo na Veonomia umericana, ais sim / de simtomas que a economic. crisceeu! mais de que sua capacidude interna i que podem prenunciar a crise. Ou je, de-vm lado h4 um ceficts acumula do na balanga de negumentos, de oxtro a taxa intasiondria que atinge agora os pontos 6 atingidos na intlagao / @a Gurra da Corgia. U governo. jf vom tomando medidas preventives para co. ter una crise mais profurca. Mas jus. fiamente as medidas preventiv. tem / corer os irvestamentos e, prin~’ alncite, os investimentos ¢xteracs 0 goverao de wixon quer tomar vssas mycidas com o-mdximo de caicudo para boo aguyar o problumy inturro ce ce semprégo que agravaré a luta cos ne- gros, © para nao sgravar tucbém — oi. tuagao lutino-americuna que ji mos / trou sus potencialicades curante o giro de Kockieller plo contincnte./ Has 08 .uericunos ado: pod.m <0 ites. mo tumpo comer o bolo ~ ticar com S- le. duge depende da profundicude da crise nog ZUa, da -eu- capzcidade pa ra superd—la Sem comproneter sdria - mente <3 economias latinc-aaericanae (cmpréstinos, exportagdes, investi — montos). ‘ For outro lage, no & guilguer eres- cimento econémico que guraate a vstu bilidade do regime no Sraeil. Sé ta- xé5 do crescimento inéustrial da or- Gem ae 7# podea Smpediz o ercecunte desemprégo existunte v evitar o pro- dlema de um dusomprégo oxplosive (j4 que h4 um "desenprégo estrutural” que es préprios vconomistas burgueses juL gam inevitdvel no regime, que ¢ pro- picio para © capitalieno conter as / reivingicagges salariais). 0 aununto da conposigdo orginica do capital torre cada vez maior a tuxs de expan sdc Lecesséria para a absorguo das grandes massas da rSrca de trabalho. De ontra parte , 0 ministro do planc | Jamento declarou que uma expansao dv 6% na economia oxige um aumento dc / cerca G2 8% no valor das exportagies. # aqui que a politics de austeridude do governo americano (que recentemon te, entre outras medidas, elevou a taxa interna’de juros para assegurar mais capital dentro do pais) se apr senta como um obetdeulo’a continzida @e G0 creseiments vconfuico. (4) a politica norte-americana, suv vem se definindo por uma desmilitari zecdoacs regimes latino- americanns, | nao poderd pesar muito nesse suntido no Srasil.% que,justamonty devido a- ; 08 sous problemas intoriores v ao / crescente "nacionalismo" dos govér-- nos latinos-amsricanos, ¢ de se es- 0875 Se com os govOrnos que lhe ater apo- io. « ditadura militar bragiliara , nesses sentido, tum cio a mais fiel aliada. Diante do Peru, do Chile ou da Venczucla, apresunti-se © Brasil com? o grande poso moderador des rei vindicagdes latino-americanas, expri mindo a maior penstragéa ao capital” impersulista n> intorior mesmo de eu a economia. agora aesmo, no CIES,foa a dulegagd> brasileira 4 resp-radvel pela conciliagdo ontre os tons ¥.0 - ientos dae formulagovs dos governos chilenos, peruanos, ete (pressiona dos pelo wovinentu. cc ussse iuterme} e os danguea. i Isso udo qder dizer cusGaci. de oun tradigdes entre o desenvolvinert” ce pitalista brasileiro e o imperialir mo americeno, o- Satre 2 ditad-ra mi liter brasileira ec eietem: polit: co de dominago americans. a5 .ran” des corporagsts instaladas no Frasi? Jutam pela expansiio ¢ dominio do / mercado nacional ¢ certamente co con trariarad. com as meidas éo retengec dos cap:tais nos Lua; mas como o feu desenvolvimento bas.ado nos capita is imperialistae sua luta serd sempre para-trazer mis capivais © Aly par- barrar a entrada Coles. Yor ousro La do, se diante de uma crise qua.quer a ditadura ailiter tomer medilus eon tra os centzos inperiglistas ou se mostrar ineficiente para a mamiten- gao de regime, o imperialicno ustinu dard seus sécios menores contra tla. Mas enquanto a situaga: permansovr / nos quadros atuais (apoio bras wos 2Ua na américa/Levina, reiv: cagdus razodyeis" da burgues#s, con tongda do movimenta de mussas) vam bém 0 imperdulismo néo su arriicard a qualquer plano.ée substituicie dc govérno, a no der cue Cle posca_se dar pacificamente, por um golp2 do / mo que nao abale o priprio sistenur (5)0. crescimento Limitado da economia brasileira, a dustabilidade polfticu da ditadura ailitar ¢ seu cardcer r- pressivo, provocam » provocaréo mil~ tiplas agdus' usparcas.no movinento / de massa. Lais lutas parciaie tia o cfvito principal de preparagés para os confront.ment:s mais profundos © de naior aaplitude, ¢ neles que & mo ssa aprende os métodos revolucionérs osde luta e os.objetivos éu classe, dusde que orientaia poruga vanguarda comunista. a. contradicfio entre a situagdo objs- tiva latentemonte explosiv. 0 as con digées subjetivas fracamente deson volvidas, fazem prover que a portir de problemas surgidos em aspectos ma’ is erfticos do sistema se produzan 7 manifest.gées revoluciondrias com / grande _grau de espontaneidude. a ex= Ploragso continua dus lutas reivindi catérias dos trabalhadores da cidade e do campo, das lutas estudantis,otg aceleram tais condigdes, Ao mesmo tempo, a situagiio revela a necessidade Tundamental de um polo / proletdrio na soeiedade brasileira,/ capaz de dirigir os amplos movimentos das massas exploradas, apontar—lhce um camino revolaciondrio,dar-lhes o exeaplodo combate ao regime. kese po" lo proletdrio que de irradia a partir de ama vanguarda combatente da clas— se s6 poderd ga nhar dimensdes reva— luciondrias se souber atingir as pré prias massas, mobilizanco-as para a dorrusada do’ podur. C.N. zoo julho 1969. FORMAGAO £ NATUREZA DA DITADURA MILITAR subeféic para andlise das Perspectivas das lutas de classe no pais. A TRAJETORIA POLITICA DA DITADUR® MiILITAR 1964 marcow a faltncia do populismo eda democracia representada como f fas de dominaguo polftiea da burgue. sia. De 14 para ‘cd assietimos a cons ° tituigdio das novas bases do podur bur guis o dos conflitos que cla engendra 4 luta revoluciondria para a durruba da dosse poder exige.o couhueimento daquilo que ele representa, .ua fore ga. sua fraqueza, sem o que a formi | ddvel cnergia das classes oxploradas @ispersard eum éxito. Para saber- mos como conduzir a luta polftiea do prolstariado brasiluiro ¢ que preci- a8, Oudu audanga da_situacao, / ponder a ussas quustus: om que / 8 88 sustenta a ditadura de clas su? através de que avios vla ev exer cv? que contradigdus ola engendra ou uguga? quo perspectivas vlu ubro pa- Ta us lutas sociuis? quais sio seus pontos fortes © fracos? por ondu do- Yynos atacar? « andliow da constitui ga0 da ditudura ailitur J poriseo in dipynsdvel para a gondugao du luta / polftica. a) A RenovagSo ¢a Liceranca > Nao houve uma altvragip dus classus no poder em abril de 1964. 0 istuco era @ permanucuu uma ditadura burgus sa v latifundidria, subordinado ao 7 imperialismo ¢ sob'a hogemonia do ¢ tor industrial. Mae téda 4 cominagao da classe se faz através do determina das instituigdvs que sv costituem nas basus mais dirctas do poder, Foram us Sgs instituigdus que sofreram altera— gies em 64. até vatdo as classes’ dominantus exer elamsua ditadura através do sistema da "democrucia representative", no / qual os setéres que prevalocian sékre © eleitoraco (através do populismo / nus cidades e do coroneliemo no eumpo ) ganhavan 6 agesso 4 ndquina polfti Ca. A combinagao de um sxveutivo mule dependente das préticas populistus de um Legislativo que atravé da poli tica de olicntela clvitoral (as tr eas de favores e beneffcios por yotos ) expressava mais us vérias facgdce das classes dominantes ( ulm du una ainoria reformista pequeno-butguesa e mgemo operdria), produzia ua pod.r polftico de aliunga dos v4rios det6- ree das classes explorudoras sob a / hegemonia do setor incustrial. Esse sistona mostrou seus liites / quando o movimento Ge massa amcagou escapar do controle dus lidvrang. populistus. a partir da renincia de JAnio us bancadus rursis j4 pasearaa a chawar os industriais par. un blo- co anti-comunista rvaciondrid du que o IsaD toi um exemplo. & os préprioe industriais, através de organismos / como o-[rsS. tomafam sua. préprias i= niciativas. a incapacidade ¢. Jango dv-sutisfuger v conter o movimento o perério v de magsas «a geral foi pro va final ¢a falfncia do velho sistu= na num momento um que a crise cfcli- ca do sistema oxigia uma polftica du ra udbre os salérios, © golpe dv abril niio mudou as classes no poder sas alturoy a forma do seu oder vo peso vspecffico de cada un, 9s setéres dominanto.. a substitui- gao du “dumocrucia representativa" ( que §.na verduce uma ditddura velada y sireta due clapive dominuntoe) pom la ditadura militar (que ¢ uma ditu= dura abertu v indireta) truz cone juSneias para o .csenvolvicunto das Tutus do Clasovt a) do vdriae fucgdve f nao tem mais wu aceeso dirvto ao po- dur, nao podem maie fazer valer seus inturdecve utravés de um lugar no lg @islativo ou Ga depundfincia do uxeou tivo de suus bases Jleitorais; apenas algunas facgdvs muis podurosas tom a evsso dircto uo pod rc ae domais se buneficiaz ou nfo das_modidas geruis va favor du conservagio ¢o regime ;b) © distancdatento entre o podur poif- tioo v suas bases dé aos governantus na ior liburdade ds agdo, pois nio / precisaa prestar contas du cada ato para svus sustentdéculos sociuis;. c). Litinades as poseibilicudes erotivas du uma oposigdo burguesa Iga) seta passa p.ra © campo dus conspirugdvus militervs; d) o afastamento dus mus—‘ sas da vida po}ftica lugul estiaula suas organizagdus ilvguis. A audanga na forma do poder tinha / gro se dar utravés de nga continua c conflitosa dupuragio dv volhas Licu= Tungas, da destruigdo do poder das / velhos representantes da dominagdo de classe, da organizagao de novus ins= titniedvs o novas liaurangas, as tu- tac; olfticas no seio dus classas .o— minantvs de 14 para ef promoveram vs sa substituigado de licerangus e com isso alveraran a.prépriu correlagao de f6rgas na composigdo das clu sus dominantes, com 4 hegowonia aais nf- tiga dos grupos monopolistas © finan cviros. ») 0 Proceso du Kormacfio da Litadu ; ra Militar Foi bastanty aupla a alianga polfti- ea que currubou Jango em abril de 64 a oficialidade militar "nacionalisté" e a “ontroguista", PSD; UDd, PSP, utc as associagéve de classy dos industri » ais, fazendiros, banqueiros, comerci— antes, o clero reaciondrio, os bandos de lumpens anti-comunista, otc. Mas desde os primeiros dias ficou paten- te que cram os milftares que tinham a iniciativa v que ustavam capacita— dos para a missgo: nado tinham os coa promissos que 08 ropresentantvs civis tinha m con o populisma passado ce, / pela prépria fungdo, vetavan mais'a- Gaptadospara a polftica repressiva / nucesséria ds classcs dominantes na- ~ quele momonto, isso nfio quordizer quo o sisténa mi- litar tenha eo ééificado tranquila — ~ gente. Pllo contrdério, so tantas as contradigdvs qus Cle engendra dentro de uma co: xa socivdade industrial capitalista, que sus quntores foran obrigados a contfnuce vai-v-vons, a Tucuos, conovssdvg u contornos. Por- ievo a histérié da ditadura militar wat) > Avesusse a n@rrialhao os dv sua luta contra o mov. into dc mas Sas coao ainda de suas manobrae para tentar iapor-so definitivamnte &) | classe dominante. De abril de 64 g’novembro de 65 ula procurou desnantelar as organizago.s de massa (sindieatos operdrios, 1i_ gas camponvsas, associagous du sar— gentos v marinhoiros, erémios vetu- Gants), a esquerda | as liderangas Ligadas ao govérno duposto, ao mieno ‘tempo vm cu: procurava apenas contur 08 sutorys civis Avidos de recupura- ren as réduas do “poaur. a ditadura a inda jogava con os partidos existen- tus v coa a velha constituigaéa apenas vmendada com o ato. (que eae if praso de vigneia fixado) ve havian / até articulagdve para vleigivs presi denciais, . Ee ¥oi apés a vitéria vlcitoral dure — prosontantes da protunsa oposigio 11 eral (Negrao na Guanabara, Isracl 7 em Minas) que as bases militaru: pres sionaran o govérno através do seu mi’ nistro da Guerra (Costa c Silva que entao su. tornou fiddor de suas pre — tensdvs), levando a uma_nova investi da contra a4 representagdo civil. 0 4 to 2 em novenbro vo 3 um fuversire de 66 adiaram as elvigdee prosiden - ciais, tornaram-nas indiretas, roto— Maram as cacsagdes v acabaram com os velhos partidos. Os militares inves- tian sébre as instituicdes avsmas da autaga dominagdo-burgucga para apro— Sentar-se A burguceia como suus lugf tigos tepresentantes. Isso nao podia deixar de abrir a luta dentr. da bur guesia. E nao se tratava mais simplds gente de golpear um Mauro vorges ou ua Jucelino que santinham compromis- S08 com 0 sistema janguista, agora Lacerda, adkeaar, 0s Mesquitas, Mo - reiras Salles, passavam a constituir se om oposigaa ac goyerno. QO ano de 06 acelerou com isco o iso- lagento codial da ditadura militar. De un lado a oposig&o latents das/ massas cxploradas golpvadas um suas organizagous y um suas rundds com a super-exploragao go arrgcho; u ce a clagse operdria ainda nao tivera con, digdve de eair abertanunte 4 luta o movigento vstudantil saiu dc ruas ex primindo a profunda oposigiio ao regs ae. Le outro. lado, -havia a prépria burguesia ducontenty como isolanon~ to de sua ditadura, a ineapacidade / do sistema ailitar em ascultar ac vd rias facgdvs da tlassu v controlar 0 ovinento de massa; a criae veondni- 1ca uo accleramento Yorgado:da agno polizacio capitalista auantava as 4 reas da opocicdo burgussa. a oposi- ga0 burguvesa a.Castelo .buscou uaa al terna tive dais “nacionalista" (opo- sigdo & interdependéncia politica cu Golbery @ economia du KCanpos) e "cu nocrdtica (a tentativa du didlogo av Passarinno). "0 govertio de Gosta » Silva no perfo- do de marco de 67 a dezembro du 68 / assume a aparcncia porisso du ua re- cao nas linhas gerais caracturizadac no governo de Castelo. a abertura po | lfca de Costa v Silva © usa polftica veonomica menos oréodoxa quanto ao / arrocho salarial od associagSo 1ape— rislieva objosivavan obéer para aur guesia waa ditaduea ce bases de apo- io mais amplas. Mas ¢ preciso ver, a trdés‘dac drdsticas alteragdus na apa réncia a profunda continuidade na us séneia doesistema: a) Costa v Silva tomow posse con novas normais insti- tuoionaés que concentravan nas ios de-seu governo os mais plenos podures yb) @ invegrac&o iuperialista pros— soguia ainda que va turnos menos ine Giatvistas v taabén o arrocho selari- al a.despeitoeda relativa recupera - ferns, 34 mais acentuada em « ditadura militar nfo pode ampliar as bases da participago polftica / sem por em risco suaeprépria susten- tag&io. « abertara de 67-68 facilitou © proresso de reativacao das mascas trabalhadoras. 0 movimento estudantil retomou ativamente a iuta, desmorali zow 0 regime e levou a agitdcao pol tica a setoras mais amplos. #¢da opo; sigfo purguesa reaglutinoy-se, esp rulow como esvaziamento social do / regime para opor suas alternativas,u sou ae possibilidades lega® amplia— Gas para preperar (ainda que com to- do cuidado e covardia caracterfgtics de t6da oposigao burguesa) uma alte- ago dentro do poder politico. Na I greja, nas Universidades'e até nas / yOrgas’ armadas, penetrava a oposicho devtreiteza da ditadura militar. lag a prépria burguesia receia que a Yueda de cua ditadura militar abale os préprios fundamentos da sua domi- naggo de clas.e. 0 fantasma da revo— lug&o social 4 4 principal arma que nanipula a ditadura wilitar para a = fastur a burguesia dos seus soanos / de volta idemocracia burguesa. Yoi brandindo esea ameaga que os yorilus Geefecharam o novo golpe ao ato 5,1e chando o perfodo de abertura polfti- 087 Ba e revorcunde novanenteMa ditadura militar. A nova abertura poltica, ovm reaber— tura do Congresso e dos partidos ofi elais nao pode, portanto, ser vista como volta ds condicdes de o8. a in- vestida repressiva que su seguiu ao 52 «to desmantelou o que rectava da vida polftice legal nos meios civis. ¢) Caracterfstacas da Litadura mli- jaz, “SPRY Os zigue-zagues da politica da dita-. dura sao produtos dos obstdculos que ela encontra e das suas tentativas de venc@-los ou contorné—los. ila mudou varias vézes deidiretrizes. Mas pode mos ver quais suas tencéncias bdésicas %m_primeiro lugar vemos que o ato 5 deu o golpe de misericérdia nas’ ve>= lhas licerancas civis e .o que resta Va da fachada representativa burgue— sa. Hoje restam de, partidos e ‘legisl. tivds nfo sao mais que trapos gastos Os " representantes civis" sabem que @ tonte de sets mandacoé estd,nos / quartéis « nao em nenhum corpé elei- Yorbl. Porisso agora a verdadeira vi da politica da burguesia su decidg 7 nos quartéis, as faccoes burguesas se fazem representar por generais ega / -forga de cada tacedo se mede pel® pe so de cada regimento. Igso nfo quer dizer que a burguesia héio aspire um governo c vil. 0 gover no militat se choca a’cada momento / com a complexa réde de nécessidadee de uma sociedade industrial: de um “lago.o8 capitalistas no _sentem a ne cessdria liberdade de acdo para seue negécios, de-gutrc a impossibilidade de oposicado legal cpia ecns— tante dasegaratgs, polftica qué se re rlete também no negécios. Mas justamente a faléncia das repre- sentagoés civis exige que tOda ten - tativa de alteragdo do goyerno no / sistemg atual tex que passar pelas / conspiragées militares. ium segundo luwar, @see distancianento entre o poder polftico e as bases so ciaie permitiu A ditadura militar fa zer a polftica de um setor mais din mico do sistema, exatamente agele 7 ‘setor esté também mais destacado de qualquer atividade em particular @ que representa o cupital em sua forma @uis pura: o setor tinanceiro. E easa camadu da classe dominante / que detem hoje a"hegemonia do regine ,~ e sio smas necescidades que explican os movinentos principais €o governo. OS FUNDAMENTOS Sociais | Da DITADURZ MILITAR as bases sociais do ustaco brasilei- ro permaneceram essennialmente as / mesmaa apod-a abrilada de 64, mas as transtormagées que vinham ec’ operan- do na economia brasileira explicam / muito das alteragdes na correlagao / de forcas dentro das clas-es dominan tes. Se qaizéssemos simplificar airf . amos que foi o prosesso de integra- fo imperialista que preparcu a mu-~ ‘fhaoa politica de of e que foi, por saa vez, acelerado com a nova ditadu ra sa. & raiz do proceso estd no desenvol- vimente capitalista da década “assae da. « mon’ de um grande parque / industrial cou num enorme proces go de centralizagda e eoncentraciio do Capital. tal processo de centrali_ zagao e concentraga> do Capital te 3m bos Aavar & umeimcnopolisagdo a- celerada da economia, onde ad empre- sas mais fracas quebram cu associan- acs capita is imperialistas.f %s~ se fenomeno geral do desenvolvimento capitalist que acarretou doia outrs processos bdsicos: a crise da agri - | @ultura arcaica com a urgfncia da pe sagem a uma agricultura acaptada ds necessidades do mercado internoja in - tervencdo crescente do Lstado para / auxilia r-o processo de acumlagi / de capitai isso, o que ¢ fun damental, o brasil entra na fase da integracio imperialista na qualidace de uma economia dependente. Essas ca © carscterfeticas bdsicas pura com = preendermos as contradigdes que mo — | vem a sociedade brasileira e qxe ex- plieam a echfiguragdo partieular as sumida pelo’ etado brasileiro, E generalizado na esquerda o uso de ae s®bre o lutifundio, a burgue- sia nacional e o imperialiems tem le var em cinta us transformagde: radas nos fltimos anos, 9 cue evidentes desvios. Porque o de vimento capitalieta recente alti Tadicalmente o quadro das classes do Rinuntes. Le um lado o velho. lutizin dio perdeu muito de seu peso e tem um lugar decidicamente iuexpresbivo Ba glianga dominante. Le outro, os / 7 setOres dominantes da burguesia bra~ sileira estao. ansociadva ao complexo Amperialista mac dato nao quer dizer que nao mantenhax contradigdve secun dérian com OM bertros imperialistas. ee wmf 8 " auericanos na® podem mais ser como choques entre um "burguesia naci onal ndo-integrada" e e burguesia ic- Peridlista. a burguesia ndo-integrada yno-menopolista, jf é um setor bem / trace, que no possui autonomia de mi vimento ¢ que nao tem poder polftico de decisiocsSbre o Estado brasileiro. Sua depéndencia em relagao asketado e ace grandes monopélios, além ciseo, / determinam um comportamento politica mente submiesc cesse setor. Jd as ma— nitestagpes- ainda que fracas- qe re— lativa autonomia como sio expressas / por exemplo “pelo atual ministre éo Ex terior (que’e signiticativumente um 7 dos grdades bunqueiros do pafs) ee o- riginam do cemportamento da grance burguesia brusileira, que 6, no egsen cial, integrada ae imperialieme, 7 choques entre um séter da burguesia / integraa ao imperialiane que eaté ef tabelecida no pafs e por issn preten- de defender 0 seu mercade e gp centre imperialistas que necessiriamente ane agam esse mercado de tempos em tempos. Isso quer dizer que: a) esté arrace 9 eaminho para qualquer degenvolvinen to capitalista autonomo; b) mas nem 7 phr*isso deixam de existir contradi ~ g6es secundérias, nae antagénicas, en tre a burguesia brasileira (ow melhor, instalada no brasil) e os centros im- perialista eztraungeiros. sé assim se pode entender corretamente o cemporta mento da ditadura militar brasileira, ao mesic tempe tirmgmente associada / ao imperialista mas nem por,isso dei xaudo de defender interesses dos capi tals aqui investidos. | a) Dominio do Capital Financeiro ¥oi o grande salto desenvolvimentis- ta du década de 60 que preparou o / reinado do capital financeiro no bra sil. Perque os granges investinentoe exigidos para aontagem da. indistri. as de base o& de bens de consumo du- rdveis (automéveis por exemple) niio permitiam 3 burguesia industrial bra sileira movimentar—se com seus fun dos préprios. Uma das sclugees foi o apele aog “o. opélice_estrangeires, / que j& sao a expresedo do capital ti hanceire (ou eeja, vrandes corpora- g6en que fundem'o capital vancdrin /, a0 industrial, que possuem porisco / seus préprios rundos de investimento) Mas foi“a crise cfolicu de 63-05 que consolideu tal reinado. quande o mer cado ce retraiu us indistrias 06 po- diam sotreviver ov obtivessem sinan ciamenton pura euas emprésas indepen dentemente Gas possibilidudes de rea a 7) dizege, iMedia Src tevesio. taf a/ A monopads : tal, d¢ denteee apParticipagdo vets n1o ao eaptial Cinmasce rogue as Hal; de dominio scelerado 6 capi’= —_pequunas g médias umpréeas, que pou- Wal extrongeiro (financeiro). co mais sAo do que. complementos Sas Sauces. Un exomplo 6 0 da indisteia # graces procura de dinheizo levon Ge uuto-pegae que se firmou & combre também @ uma centralizagdo e concen da inctistria automobilistica. Com a ai2e? Bo Sistema banctriv. concen- conselidagae dann et emprésas de au coer puverte Ao capital interno to-pegas teceian aus agora sejam en- ries Beef eet ua eagcicic —globedas on marginalieenns, ® 2inanceiro uproveltou-se ca gran— de procura de dinheiro para veneti- Qutra concequéncia da centralizagaio Pistre de altas taxes de sors .Ver de capitaic ae agravamento das deci Yabele ubatiok @Ualdades regionais. No processo de~ - “onoposizagao loram as emprésas das custo addio ponaerato Sreas midis atrasudas do pats que pun do dinhes=: cipelmente foram avsorvidas pelos <7 grandes complexcs wcondiaicos cestrie 11,58 flog no ceutro~ cul. bé signisicativo 122,5% gue o.nordeste puesov por um pequeno 32,07 surto de desenvolvimento justamente fa tase em iue a economia’ ppesavaslo Sasa da balmente por uma crise: 6 quando cen inflagan . retrai o desenvo’rimento nas dreas / centrais,que as 4reae mais atrasadas + 25% do, Sesenvolvime cupitalieta tém / naee-> 78,5% possibilidade de expanséo. a retomas as wae 2h ,5% da economica vai encontrar o nordes. (relagae anual i" Bango “Central te sob uma depend?ncia mais estreita ‘ pere.1963 ) doe capitais do sul. paapantg 9 taxd de intiags: cafe, o ¥) a Intengiticagdo ao Capitalicmo custo médio 20 dirheiro continuot de istado e@ asveusiio, o que rupreseata tm ‘ grané: aumento nos juros reais, on=, 0 surgimento do capital iinanceiro / Gs Re v6 aus 0 Sapital © as codieda’ nd ureali este soteme igado a dee de tinan>iamento foram os grer— Antervengéo economica do lon A / des beneficiadon na polftics anti. iraqueza economica da burguesia e o tnflaciondria, interGsse dos capitais externos para as dreas mais lucratives exigiu des— Central-zagao: reuniao ce capitais/ de cedo do istado uma complementagao de 7fiac empresas em unidedes maio- ; pare cobrir oe setSres em que a ini- ras? 0 reforco do repital bancdrio ciativa privada ndo convinha entrar. ee fez « par da diminuicao constan= Centralizando em ceus cotres as pou- iy G0 atmero de hancss. Ver tabela Paagas de milhares de atividade: 0 / abaixos “stado brasileiro nao é e6 o princi— pal Zinanciador co pafe como ainda é 345 importante investidor direto. ae 0 peso maior do istado pode ser vis— 241 ta no quadro abaixo sObre a porcenta dade 4st. do Frasil ee Ga formagdo bruta de capital 1 1968- TBUE)~ (dados de 1968) xo sébre o total da procura de bens e servigos: © forne:imento do eictema -uncdrio foi uma das condigces para o surgi~ ¥BC do Governo Privado | meuta do capital Linanceiro, 0 ou — S a ‘6 Freubet,2,008 fusdo como capital / 1901 1962 1963 1964 1965. 1966 induatrial. a partir de 55 0 gover- 6 no estimulou @ constituigac de ban— 455 553 4,0 4,4 4,8 4, fone, stveetimento, prossionando’/ 11,3 9,7 10:5 837 $f1 10 pare una mais répida centralizagao/ ss Gos oepitain. am pecadas exigencies (TBE +-¥GV ) ann : Veatinonto ao nisero de or tos pie knquanto o Estado resistii A depres- Se doe quaie totalmente eatrangeine © 0 e@onomica, mantendo conatante 7 sua,taxa de investimento, o setor privado:se retraip garantindo uma proporgao maior para os investimen tos estatais. Isso ce dé porque 0 Sstado nao se guia pelas possivili dades mais imediatas de lucro. 40 invés disso, 0 papel economico que lhe 6 atribufdo ¢ justamente criar asscondigdes para a realizagao do luero pelo sctor privado. + ieso ¢ 0 que explica os orcamentos Getici “tdrios das emprésas estatais- sid rirgicas, fdbricas de motores, pe- tréleo, ferrovias. 0 Uetado nao é assim, nem concorrente cos capata- listas e nem um setor incependenve que se guia por outros critdrios que ndo o lusro como querem fazer ever os retormistas. OU istado tem somo critério de sua eficiéicia e- conomica as condigdés que ele cria para a realizay&o do lucro privado. A enorme intervencg&o estatal aa e- conomia brasileira testa a incapa- oidade do capitalismobraeileiro de abranger largas dreas de investi mento, revels ao mesmo tempo as la cunas que ndo podem mais ser preen chidas pelas simples leis do merca do capitalista. Mas ao mesmo tempo é uma ilusao pensar que a interven gio _governamental poesa ee guiar | | \ i | O 881° da-ne ceseidade coletiva. vome-se uma en tidade como o sanco Nacional da Ka bitag&o como exemplo. lle expreesa a intervengao governamental para reunir uma soma extraordindria de poupancas individuais com a tinali Gage dé ampliar un mercado para a indistria privada da conetrugdo ct vil. a crescente participacao esta tal na economia se faz acompanher de uma assisténcia cuda vez maior ao capitalismo decadente do pate, coisu que possa ser evidenciada pe lo aumento acelerada dos créditos © financiamentos pablicos ao seter privado. © sstado no tem, pois,um papel in depeadente na economia. Mas o peso de sue intervengip deixa marcas no regime. To ponto de vista polftice a@mais importante / a fragilicude da burguesia enquanto classe, sua dependéncia cos financiamentos es~ tataic. 0 préprio processo de cen- tralizagdo ve capitais é, de certa forma, orientado.pelo ustado e, as sim, os setores monopolistas que toman as rédeas do poder politico uviligam-no para acelerar a mouppo lizagdo em seu proveito.

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