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ka = 2: = ui Pa OG WRERARIO (Oh WIAA 3) ) y \ bal Ses Dia 6 de janeiro reuniu-se pela ptimeira vez 0 ministério do novo ehefe militar. A reuniao estava marcada para 17 de dezembro e fajava-se' entao gue seria aprovado o “projeto arasil" jina “revolu,40 economiea" ,' odesafio brasileiro" e outris baboseiras. 0.fato é que is bases mflit;' Fes do governo estav im inquistas cok og continuados fracissos esononicos stabilizajao financeira" @ pressionavan p.r médias do tipo peruano, que atacassem alguns wononélios.e.ganhassem para,o regime um’maior apg io social. 0 governo militar de Uarrastazy ndo-est4 @isposto,1 cur taist pasgos e a, solu,ao encontrada foi dizer. que a situr,30 econdmica do pals esta mehor ‘do: 4ue'nunci, os {ndices de cresciuento sio 08 matores di * anérica Latina, etc. etc, Sea situajio €.ta0 boa ~ dizem os mihistros + par. que:mexer em casas de marimbondos .? “a_burepesia £ Seeee : Socia}ismo ou barbirie, revolu,ao ‘ou réa,i0,.si0 a6 ‘alternativas re ais do »pafs: quer dizer, enuanto nio triunfir 1 revolu,ao socialista, * gdalquer"alternativa" fatilaente tém que apelar para o birbarismo, tea’? que danter a explori,jo ea miséria. sos cerebros mais requintado$ da + grande burguesia, ¢og seus tecnoitatas-e dos chefes militares, poréay imagem_que se forma,@ a de uma esedlha entre o “desenvalvimento" ¢ yes. tagna,d04 como se fésse o gaso de ge’ optur entre essis cuas formulas ; manuten;ao'do regime burgues. Periodicimente surgem as alternativas "de- senvolvinentista$:-ontem foi albuquerque Lita, depois,o projetoBrasil. & que o regime capitalista necessita de bandeiras ideoldgic:s que mascarem su barbarie, fyndamental.quanco Costs e: Silv3 dizia ansioso, em 1gosto,! gue nenhum governo se sustenta-muitd tempo’s6.. com o suporte, militar, el expressivi essa necessidaie, 4 fato é)que 38 bandeiras. fileologicas g do golpe de 64 - a lut. contra a tnf}a/So econtra 1 Buller stn 1eogeaaa . esgastadas por cinco anos de usd) 20: 1dn%0,dos quais’os resultatos foram mais do que magros, nas as banteiras"desenvolvjmenti-tas" Sempre chocam.- com is ‘condi,desiaterigis e seus*reflexos sdliticos. Conéretamente, cdg Senvolvinentismo" ‘birgués mis agressivo acabi semore entrando em ¢hoque com,os interésses:dos yonopdlios -.e pollticamente, pira enfrentir..oS mo- non6liog, seria necgssiria usa ilianj3 entre o estamento militar. e ou - tras forjas. que forjas ? A candidatura Albuquerque Lima éstiarrou quando se tornou necessiria sax aborturi 4 esquerdi ; seus_contatos cdma aa ~. Prestes e em gerak, as,esquerdigs pequeno-burguésts nao revolucionarias.. Por isso, 0 atual governo tambem recuou., ‘ O projeto srasil, anunciiato: tants véues, acabou sé transforaanéo | ~ num enzadonho progyami de obras piblic1é 6 muitas“revolu,ses" no- papel + na, educa, io, parsaiide, etcy: ete.; ou Seja, mais jnvestimentos gov-rnaneh- tals. Wenhuma medida Gapaz.de mexer com os monopolios, de mexer nas rela- jses fe propriedate, J govérne quer substituir a batida tecla “a luta cop tra a subversio e 1 corrus,i0, per outris aais aninvioras: a do grande dg senvolvimento. .as nio fem sco gem ce tomar nenhuma medida que mexi com 0 status quo", Por isso @ ficil iaaginar o destino de miis ess1s bandeiras da ditadura. ws 0937 — Que a poiftics da ditadura,j4 cansou todo mundo, inclusive sua lide ranga militar, esta claro nos nimeros, Nos ultimos méses de Costa ¢ Silva mais uma vez se tentou conter o deficit e,conter a demanda, reduzir o po- der aquisitivo: foram cortados og funcionarios "ociosos" eas verbas do fundo de participayao dos sfunic{pios; o segundo orgamento, com a revisio gs dotajoes anteriores foi uma mal mascarada redu,io dos invostimesten'® publicos; o salario minimo demorou um més a mais do que o normal para - ser reajustado, No entapto, chegou-se ao fjm do ano com uma inflaySo igual a do ano passado. Isto €, em cinco anos, fGzzse tudo 9 que “scu" Campos mangou ¢.pada se conseguiu. E a estagnayio déste ano é atribuida pelos ag nopolios’a "restrizao de crédito", quando na verdade, om dezembro'do ano pgssado, os meios de pagamento aumentayam - cm um,bilhao novos, dos quais 86 foram recolhidos 300 milhdes. A “recessio" deste ano nao tgm nada a ver com a suposta "yostrizao" de crédito. .§ nas cabeyas burguesas, sur- ge andi e all, a idéia de que a inflayao é “estrutural" o nto de “custos" ou de "domand3", como se pensava gntc?jormente, Sg a politica anti-inflacionaria ¢ansou, que dizer do custo de vida? Bm 69 '@ verdade, a alimenta;4o pesou myito -'e as cabegas burguésas rofle tém: bom, as safris foram pequenas". Na verdade porém, 0 setor agrico- ia apenas recuperou - seria mais correto dizer que os intormedisrios re- cuperaram - parte do perdido om 67 0 68. Em ‘suma, a inflagao tom de se manifestar a0 longo do ano em algum sector maisapto". Js pregos industry, ais sobem em anos de expansio como o de 68, mas o lucro industrial grap de foi prejudicado pelas romessas. Em suma,'ni0 se trata-da loi da ofor= ta e da procura ou de safr s pequenas qa vordade, os pro,os ostavam arti ficialmen e "congelagos" desde os anos anteriore3, em setores como a ali mentayao(que reagiu este ann), o azo ("scguro" ha muitos meses ¢ com dois Feayustes Tecentes e um tercclto a'vista = de 11%), e os servijos pabld coslos subirbics da Central, no s1o, ficaram dote ahos a ncrg.0,10 5 mas em outubro de 69, os servizos piblicos aumontaram 24%. ao mosmd tempo ' se-reduziram os custoS industriais(contas ge luz)dentro da linha delfi - nistad de distribuir as "tensdes inflacionirias dentro do tempo". Sctores militares olham para issg e concluem: -"Sonhores tecnocratas 0 vosso com bate a infjajao furou! Véde a constru;4o civi}, gue cresceu 35% no ano ' passado o Este ano entrou om crise, cfescou 50°82 até outubro. Yoosa cs~ tabilidade ndo existe ¢ o desenvolvimento quo deveria acompanhé. yea monte .a acompanha em sug nio-existéncia. Assim ostamos perdidosi ,"Bal a Amportangia de novos indfees que procuram mostrar que 69 foi um dtimo - ago cconomico, etc, etc,... Mas.os indices: anunciados(9% de crescimento) nao condizem com a realidade ,dofda: pilhas de mercadoriag estocadas, sem compradores nag Jojas ; os patios das fabricas de automoveis cheois de carros; as industrias mandando embora mithares de oper %rios» Com isso se csgota outra fantasmaguria dos tecnocratas, a "rgalidad de dos custgs" de Campos e sulhdes. Os custos estao "roalistas" ha cinco anos - ¢ dal ? Seo passado recente nao foi muito glorioso para o capita 1ismo, o futuro nio inguieta menos. quanto ao custo de vida se podem es- Peraz molhoras na alimenta;ao, pois cla ja subiu.o que tinha de subir - menos a carne, que tende 4 almontar as oxporta,des e os preyos inteznos) B Para o ano que vem o regime vai se boneficiar de uma boa safra agrice- ia-ugs os prejos indus$riais subirag pois centonas de milhares e talvgz milhoes de familiaa ha muito tempo’ nio compram sapatos, roupas 2 movois @ OF) .Q93S nesses setores menos monupolizados, 1 1e1 a oferta e da procura chega 2 fyncionar, pelo menos quando a0. trits: de: siueulAs Oa) pEquaes penhan f2- alli; fici dois anos sem comprar roupas, por exemplo, e este ano a de , manda vail cres-er e,,com ela os prejos, ia ainda a velha gisolini que j& sybiu de novo, am inicios Je 69 1 economia estiva em ito nivel: as in- agstriis tinham crescido lo em 68 e, se em 69 crescesaem 10%, a inflazio peteri: cheat a uns 15; - calculiran os tecnocratas. A Tite anti-in. flacionaria foi intensificada e se trmsforzou no seu Gehtsiio. Como pre sente de Natal, o cinitalismo recebeu um nivel de atividade econgnic., bil xa e um volume de f.lénpcias que desorg iniag as medias e pequenis emprésis = "tudo isso com inflajao. "fa ameaya do caos,soci Hino cabamanto wie litar ou, pelo menos, seus pee mais }Gcidos( ou melhor, que ni ' gezam por enguanto, 1as delieiis Jas penineitas governamentais}. Contra ' sear chata tdi yA re isto do coverno foi ridgcult: transferen-se pira.o 3n0. que as cota finais do impasto ¢e venta, Hos aumentos aalariais! chegam a niveis perigosus: 25 e 26 por cento. <= -8@ 0 custo de vila ea inflaSg estao assim, cymo y 1 o desenvolyd mento ? um 69, 0s doig motores di ofgulhos1 eccnomla @y na,i0, que ten,um _-projeto. de Ur ‘nde. Potencia, a cgnstruyio civil ea inddstriy iutomobil{s- fica, pifaram. as vendas 41 indistria até outubro tinhan cresci¢o 3% ea - rela,i0 10 ano passado - mas a industria automobilistica representou 62% e misteriosamente em setembro pirou ée vender. que teria acontecido ? 2 - evi ente que ndo havi. gente com dinheiro on disposi,io para cumorw car- ro. nests siber se houve uma" antevipayio ¢1 demand: anual" ou se o mercado efotivimente se esgotou.Isso ninguém 3 be nem poce sabes ne capitslismo, Fode-se,tizer que_ em janeiro ou fevereiro,, quando 1 agricultura e os ig terneriirios estio com dinheir. ni mao ap’S vent r as safras, 15 coapras de carro reconejarao. is se os 250.000 vefculog vendidos ite setombro - voltirao a ser vendidos no ano que vgm (isto @, se houve uma"anteci gio 41 deainds") ou se no ino gue vem, so se vendeg 1900u1% mil pasnoatie to 6, #9 houve um esgotazento no_meresco), n'nguém sabe. + constru,io ch vil por outro lado, com i"aboliyic’ da corre;io uonetjria - esti sendo @ ch maca.rara ser o motor do ano que vem, por Via das divic is. atualgente, ha, ere. Minvestimentos pari Feeguioimento da industria t~xti) tratipse @e reequipasento, nao ¢e criijio Je nevis fibricas; pelo contrip Tio, ¢ 0 capitil gue se concentri.; ° ni petroquimic: - Unico setor ea! que 0 cipitalisno brasileiro tem condijées , no esguema de substituijao ' @ importajoes, de desenvolver num grau maior as for;as procutivas. Nestim, para o projeto srisil, para o “desenvolvimento' , cuis poss sibilidates: "95 investimentos do govarno sio una desis. 4.s, senhores, - estacos com Céficit trainsferido: os egpreiteiros ¢e obris federais nio ~ e@stio sen¢o pagos, as vorbis univorzitiriis ¢ outris se wuaulam na famo~ $1 culuna "Restos a racw". Para investir, o guverno precis1 aumentar 3 - Teceita, isto @, os iipostes,( o je ronda fot sub-reptici mente iwsentado no fim ¢o ano). Issg zecuzira o ji ultra comprimido poter aquisitivo Ca = populayio, 2,0 que é miis importinte do,ponto ‘te victi buroues, a ligui - dez 218 emnrégis. & 1 tnfla,jio com se. 4 comb itil, ? Ka visao militar - tea-se um pais com infri-estrutura, p rque incystrial, poupanya, bal paso comereial positive - ¢ no entantgg situi,io @ essa Gue al esta, 2 - yaren novaconte os “desenvolvimentist 13", preg nco o dirigismo,estatal e olhant. yatio reru e 4 solivii, Contra éles os eupzrsarios ji se mov. entiram e os editori. rine inpransa, bratim contra o ““esenvolvia mento" Ce JK que levou 20 “clos” de Jingo. 0939 Eo govérno, muito mais identificado com ,08 interésses materiais go monopélio do que com os mal-est ires {eolSejcos de suas bases ai- litares, vai teptando. Pretende manter sua polf{tica anterior, mas sui bose militar ja @ céptica com relazio a ela: a . Surgem da: af tendencias fascjstas, A crise de fajencias e desem - prego atinge familias de classe media que, no des.specro quase sempre, se dispoe a qualquer solujao. : & Socia}ismo ou barbarie, reyolu,io ou r=1;40 : sio essas as alterna tivas e nos temos que revelar as massas essa alternativa, mostrando o caminho da luta, da revolu;a0o socialista no Brasil.

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