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DEUSES LATINOS – JUNO / Jana, a esposa de Jano que acabou esposa de Júpiter.

por Artur Felisberto.

Figura 1: Juno Barberini, Vatican Museums.


Juno Protector and special counselor of the Roman state and queen of the gods. She
is a daughter of Saturn and sister (but also the wife) of the chief god Jupiter and the mother
of Juventas, Mars, and Vulcan. As the patron goddess of Rome and the Roman empire she
was called Regina ("queen") and, together with Jupiter and Minerva, was worshipped as a
triad on the Capitol (Juno Capitolina) in Rome. She was the protector of women and was
worshiped under several names.
As Juno Pronuba she presided over marriage;
as Juno Lucina she aided women in childbirth;
as Juno Regina she was the special counselor and protector of the Roman state.
As the Juno Moneta (she who warns) she guarded over the finances of the empire
and had a temple on the Arx (one of two Capitoline hills), close to the Royal Mint.
She was also worshipped in many other cities, where temples were built in her honor.
The primary feast of Juno Mucina, called the Matronalia, was celebrated on March 1. On
this day, lambs and other cattle were sacrificed to her. Another festival took place on July 7
and was called Nonae Caprotinae ("The Nones of the Wild Fig"). The month of June was
named after her. She can be identified with the Greek goddess Hera and, like Hera, Juno was
a majestical figure, wearing a diadem on the head. The peacock is her symbolic animal. A
juno is also the protecting and guardian spirit of females.
Juno Lucina < Luxi(ana) < Rushi < Urash.
Juno Moneta < Mauneta < Mean-et > Menat, esposa de Min.
Juno Mucina < Musina => Moneta + Mucina ≡ Mnemosine.
Juno Pronuba < *Phro (> Afrodite)-| Nuwa < Nukiha < Enkika, vida de Enki?
Juno Regina < Ur-Gina, a mulher guerreira < Urkina > Urbina.
Juno Sospita < Sha-us-*Phita + Ur > Jupiter.
Juno tem todo o aspecto de corresponder a uma antiquíssima deusa mãe esposa do
deus solar que era Enki/Kar. Ora bem, a forma genitiva de Juno era Junone (e não v.g.
Junis)!
Figura 2: Juno Sospita.

«Nec latuere doli fratrem


Iunonis» (Verg. A. 1.130), nor did the
wiles of Juno escape the notice of her
brother.

Hera was a shield goddess,


and so she was associated with a
sacred shield; Juno Sospita (Savior) is
shown with spear and shield (OCD
s.v. Hera; Larousse 204).
Juno a que suspeita do perigo e por
isso nos protege dele? A verdade é que mais
do que o «escudo protector» típico de Juno
Sospita nos espanta nesta imagem a «cobra
que vai à frente».
A mesma metáfora numismática aparece em algumas efíges da Vitória.
Sospita < Shaus Lat. sus-ophita, lit. “a que segue e presegue a cobra”!
Numa primeira aproximação à etimologia estranha de Juno podemos postular:
Juno / Junone < Ivnone < Iwnaune > Iknana < Ki-Nana
> Hinana > Inauna < Innana.

Ver: OPS (***)

Figura 3: Iuno Caprotina.

She was the mistress of Roms


and as Iuno Regina also was the
protection-goddess of the Etruscan
city Veii. Her cult-comrade was
Mefitis the sulphur-goddess. As
pasture-goddess Iuno Caprotina was
not responsible like Hera for the bulk-
livestock but for the small-livestock in
shape of the goats. Consequently, the
goat is the preferred animal of the
goddess. As she carries Iuno Sospita,
Seispes or Sispita a goat-fur over the
head, his characteristic is the horns.
Also her relationship to the vine leaves
and vine-garlanded Silenen goes back
to these goats.1
Caprotina < Kaphrotina > Aphroti-Ana = (Ana)-Aphroti(te) = Afrodite.

DEA CAELESTIS
From the east, the cult of the Aphrodite Urania got to Greece. Also in the
republican Rome, a cultic relationship was seen between Iuno and Venus. What was the
Greek A. Uranias, was named in Rom Dea Caelestis. And exactly that was also the name,
that the Romans of the main-goddess of Carthage had given. 2
Se Tanit era equivalente de Afrodite Urânia eles lá teriam as suas razões, mas já
o ser equivalente de Juno pareceria confusão a mais se não se suspeitasse que todo o
politeísmo resulta de equívocos linguísticos, sem grande fundamento semântico e que o
culto da Sempre Eterna Virgem Maria veio em parte resolver! A idéia de que o nome
dos deuses jupterianos, de suposta origem indo-européia, mas descendentes dos deuses
do clima e das tempestades da Anatólia, signifique simplesmente “luz do céu” será
discutida como errónea em capítulo próprio, mas o mesmo deveria acontecer com Juno,
esposa de Júpiter, e, se assim fosse, não seria necessário acrescentar-lhe o epíteto de Dea
Caelestis que pertenceria afinal sobretudo a Vénus.
Caeculus = Son of Vulcan and the founder of Praeneste. Compare with Cacus.
Coelus = "Sky". The Roman personified god of the heavens identified with
Uranus. His wife was Terra.
Caelestis = “Celestial Goddess”. Epithet by the Romans for the Carthaginian
goddess Tanit whom the Romans often equated with Juno. She is depicted seated on a

1
Anregungen & Fragen an opifex@imperiumromanum.com
2
Anregungen & Fragen an opifex@imperiumromanum.com
lion, recalling a tradition that dates far into prehistory of the ancient Near Eastern
'Great Goddess'.
É difícil saber se o epíteto de Dea Caelestis é um verdadeiro e antigo nome ou se
seria apenas a tradução dum equivalente cartaginês! A verdade é que:
Caelum < Coelus < Kauhelus < Kake-lus
Caeculus < ?ou?> Cacu-elus > Kake-lus > Ca-Helios < Ka-Pher =
“O sol que transporta o ka da vida” < Saker > Caelus > Osc. kaílam
Caelestis < Kaherestis < Saker-estis,
lit. “fogo de Sacar, ou luz da estrela da manhã”!
«Céu» < Galaico-port. «ceo» < *xeu < *che(l)u < latim caelum (" céu ") < Incerto.
Oscan: kaíl-am < proto-itálico *kail-om < proto-indo-europeu *keh2i-lom ("todo")
< *keh2i - < ??? > cielo espanhol > cel catalão > cèl occitano
> ciel francês > cielo italiano > cer romeno.
??? possivelmente do proto-itálico *kailom (com uma mudança parcial de gênero
para masculino), do proto-indo-europeu *kóh2i-lom (“inteiro”), de *koh2i-, *kéy-,
originado na esfera augural e indicando "o todo" em oposição a templum (“a parte”) e
cognato do latim caelebs, sin-cērus, caerimōnia, russo це́лый (célyj, “inteiro, intacto”),
inglês whole, holy???.
Pode ser cognato de Oscan kaíla, “talvez uma espécie de edifício (...em cúpula”).
Em português, do latino caelebs apenas nos restou o «celibato» quase sempre
clerical o que nos deixa a suspeita de se tratar de um termo latino irregular e por isso de
uso infrequente, pelo menos neste canto da Ibéria.
Cēlebs (medieval) < caelebs < coel-ebs < ??? Desconhecida.
As sugestões incluem o protoindo-europeu *kéywelos ("sozinho"), mas raiz
obscura e sufixo inexplicável, ver também sânscrito kévala, ("sozinho"); possivelmente
uma sufixação do protoindo-europeu *koyl- *keh₂i-lo- ("seguro, ileso, inteiro"), via
*cael não atestado.
Raiz Caec- = caecare, caecata, caecator, caecatoris, caecatum, caecatus, caecavi, caeci,
caeciae, caecias, caecidi, caecigena, caecigenum, caecigenus, caecilia, caeciliae, caecitas,
caecitatis, caecitudinis, caecitudo, caeco, caecultare, caecultatus, caecultavi, caeculto, caecus,
caecutientia, caecutientiae, caecutio, caecutire, caecuttio, caecuttire,
Caecō, caecāre, caecāvī, caecātum= cegar, perder a visão.
Raiz Caed- = caedere, caedes, caedis, caedo, caedua, caeduum, caeduus,
Caedō, caedere, cecīdī, caesum = cortar, tombar, cair (do céu?).
Raiz Cael- = cael, caela, caelae, caelamen, caelaminis, caelare, caelati, caelator,
caelatoris, caelatum, caelatura, caelaturae, caelatus, caelavi, caelebs, caeleps, caeles, caeleste,
caelestis, caeli, caelia, caeliae, caelibale, caelibalis, caelibare, caelibaris, caelibatus, caelibis,
caelica, caelicola, caelicolae, caelicum, caelicus, caelifer, caelifera, caeliferum, caeliflua,
caelifluum, caelifluus, caeligena, caeligenum, caeligenus, caeliger, caeligera, caeligerum,
caelipotens, caelipotentis, caelitis, caelitus, caelo, caelum, caelus.
Caelō, caelāre, caelāvī, caelātum = esculpir, gravar, bordar, etc.
Semanticamente parece que o «solteiro» seria um celibatário «solitário» que em
vez de ter os pés na terra andava com a «cu» no ar e a cabeça no céu!
Oficialmente cael-ebs ("solteiro, solteiro") + -ātus (substantivo abstracto)
ou antes, seria o particípio passivo perfeito dum *caelibāre.
No entanto, cael-ebs = cael-eps < *cael-ipse.
«Soli-ps-ismo» < latim soli + ipse "somente o mesmo" + -ismo.
Teríamos facilmente chegado aqui se reflectíssemos sobre o «solipsismo» como
teoria filosófica emanada de velhas ideias mitológicas dum deus solitário como Hélio que
tudo sabe e tudo vê como o sol no céu!
Solipsismo = uma forma radical de subjectivismo segundo a qual só existe aquilo
de que o próprio eu é consciente.
*Cael-ipse > *caelips > caelibe/is >
*cael-ibo (forma verbal disfuncional), cael-ibare, *cael-ibavi (forma verbal
disfuncional), *cael-ibatu(m)> > cael-ibātus ("celibato, o que foi para o céu onde leva
uma vida «solitária» como o sol", ou seja, «celibatário» e «solitário» são semanticamente
análogos no seu solipsismo…e caeli-potentia > *caelibantes <=> Coribantes =
Κορύϐαντες Korúbantes < Κορύβας <=> cael-ebs
Korybante = Qualquer um de um grupo de dançarinos com crista que adoravam
a deusa frígia Cibele com tambores e danças.
Possivelmente em tempos arcaicos coribantes e *caelibantes, cheios de caeli-
potentia, eram “couros” adoradores do sol e da lua que praticavam danças frenéticas e
ululantes ao sol e à lua.
«Ulular» < Lat. ùlulo, ululàre ululài, (ululàto, auxiliar avere) = uivar, latir, gritar
de alegria ou de dor, isto é, chorar < *lu-lu-lar < rururu!!!
De uma raiz imitativa proto-indo-européia reduplicada; veja também irlandês
uileliugh (“lamento de lamentação”), lituano uluti (“uivo”), sânscrito ₂₂₂₂₂ (ulūli,
“um uivo, choro alto”), grego antigo ὀλολύζω (ololúzō, “chorar em voz alta”), armênio
antigo ‫یک‬٨٢◌ۡ۶◌ۡ۴ (ołołanam), ‫ڸ‬٢٨‫ڲ‬ ۡ ۴‫ګ‬۶ (ołołanim, “chorar, lamentar”), dialetal
armênio ‫ڸ‬ւ ٨‫ڬ‬ւ ‫◌ڡ‬ ۟ ۟ (uulal, “chorar, chorar, lamentar”) e inglês antigo ule (de onde
vem o inglês coruja).
Como é óbvio «ulular» deve ser um imitativo universal de lululu / rururu!!! Este
onomatopaico muito arcaico, ainda sobrevivente entre os berberes, que significava tanto
gritos de dor como de alegria, sobretudo para festejar a vitória de jovens guerreiros e
caçadores (coribantes).

Ver: ALELUIA! ALELUIA! ALELUIA!


INVOCAÇÃO DA AURORA AO «DEUS MENINO» PASCAL (***)

Caelus ou Coelus foi um deus primordial do céu na mitologia romana e teologia,


iconografia e literatura (…). O nome da divindade geralmente aparece na forma
gramatical masculina quando ele é concebido como uma força geradora masculina.
O nome de Caelus indica que ele era o homólogo romano do deus grego Urano
(Οὐρανός, Ouranos), que foi de grande importância nas teogonias dos gregos, (…).
Varrão o associa a Tellus (Terra) como pater et mater (pai e mãe), e diz que eles são
"grandes divindades" (dei magni) na teologia dos mistérios de Samotrácia. Embora
Caelus não seja conhecido por ter tido um culto em Roma, nem todos os estudiosos o
consideram uma importação grega dado ser um nome latino; este tem sido associado a
Summanus, o deus do trovão nocturno, como "puramente romano".
Sat-urno > Di-urno > Noct-urno
Sat-urno < etrusco (Sátreo) > latim satus, o particípio passado de serō
(“semear”) < Sa-ter + Anus > Sat-| Uranus > -urnus |.
Diuturnus = duradouro. Sinónimos: continuus, aeternus, perennis, assiduus,
continuātus, perpetuus.
< diū (radical comparativo: diut-) + -urnus.
Diurnus relative ao dia. < Rhotacização (???) de *diusnus anterior, de diūs
("antigo nominativo de diēs") + -nus (sufixo formando adjetivos)??’ ou antes:
< Di + Urnus
Nocturnus = relativo à noite, noturno < nox / noct- + -urnus, na analogia de
diurnus.
«Urna» < Lat. urna < urana < Uranus, o guerreiro do céu (Anu).
Figura 4: Grande urna cinerária
de forma ovóide com (…) com
dedicatória funerária. Na tampa cónica
truncada, decorada com escamas, há
uma pinha. A epígrafe, (…): D(IIS)
M(ANIBVS SACRVM) / FAVSTAE
GESSI (sic!) / FILIVS B(ENE)
M(ERENTI) FECIT.

«Urna» = Vaso para água,


entre os antigos; Vaso, em que se
guardava a cinza dos mortos; Vaso ou
objecto análogo, em que se recolhem os
votos, num acto eleitoral ou os números
de uma lotaria, rifa, etc; Vaso em
forma de urna antiga; Chul. chapéu
alto.
Notar que na urna o significado mais estranho é precisamente o de chapéu alto que
seria a forma das tampas das urnas que por isso teriam a forma da abóbada celeste e por
isso a sua relação com Urano, o deus do céu de onde vinha a água que enchia de
coelipotencia os potes de barros dos lares antigos.
Cacia (Kakia) A personificação feminina do vício.
Cacus (Kakos) Um gigante italiano cuspidor de fogo morto por Hércules.
Caecius (Kaikias) O deus do vento nordeste.
Caecus (Kaikos) Um rio da Teutrânia e seu deus aquático.
Caerus (Kairos) O deus da oportunidade.
Coeus (Koios) O deus-titã da mente questionadora que presidiu ao eixo do céu.
Cacia (Kakia) < Cacus (Kakos) > Kake + kius > *Cahecius > Caecius (Kaikias)
> Kake-kus > Caecus (Kaikos)
> Kake + urus > Caerus (Kairos) > Caelus.
Hesíodo, Teogonia 133 e 207 (trad. Evelyn-White) (épico grego C8 ou C7 a.C.):
Hesíodo, Teogonia 404: "Ela [Gaia, Terra] estava com Urano (Céu) e desnudado
vórtex profundo Okeanos (Oceanus), Koios (Coeus) e Krios (Crius) e Hyperion e Iapetos
(Iapetus), Theia e Rhea, Themis e Mnemosyne e Phoibe (Phoebe), coroada de ouro, e a
adorável Tétis".
Diodorus Siculus, Biblioteca de História 5. 67. 1: "De Koios (Coeus) e Phoibe
(Phoebe) nasceu Leto."
Koios (Coeus) era o deus titã da mente inquisitiva, seu nome significando
"consulta" ou "questionamento". Sua esposa, Phoibe (Phoebe), era a deusa da mente
profética. Juntos, o casal pode ter funcionado como a fonte primordial de todo o
conhecimento, tanto o nascido do céu (Krios filho do Céu) quanto o derivado da terra
(Phoibe filha da Terra).
Também conhecido como Polos, este filho de Urano (os Céus) era provavelmente
o deus do eixo norte do céu em torno do qual giravam as constelações (os gregos
chamavam este eixo celeste de polos). Nos tempos antigos, este ponto no céu era
marcado pela estrela alfa Dra, na constelação de Draco. Sua esposa, Phoibe, era a
deusa complementar do umbigo da terra, que ficava no centro do disco plano do mundo.
Claramente Koios funcionava como a voz profética de seu pai, o Céu, assim como
Phoibe era a voz profética de sua mãe Terra. Assim como Delphoi, umbigo da terra, o
eixo do céu também era guardado por um Dragão: a constelação de Draco.
As filhas de Koios parecem ter representado os dois ramos principais da
profecia: Leto e seu filho Apolo presidiram o poder profético da luz e do céu, enquanto
Asteria e sua filha Hécate presidiram os poderes proféticos da noite, das trevas ctônicas
e dos fantasmas de o morto.
Seu neto, Apolo, o deus da profecia e da luz, dividia seu tempo entre Delphoi, o
santuário no centro da terra anteriormente mantido pela esposa de Koios, Phoibe, e -
durante os meses de inverno - Hiperbórea, a terra abaixo do eixo do céu. no extremo
norte, representado por seu avô Koios.
O nome de Koios às vezes aparece na lista de Gigantes (Gigantes), sugerindo que
ele desempenhou um papel na Gigantomaquia ou Guerra dos Gigantes.3 – THEOI
GREEK MYTHOLOGY.

Figura 5: Caerus (Kairos) O deus da


oportunidade.

"Sobre a estátua de Kairos


(Oportunidade) em Siquião. Desejo
apresentar a vocês em palavras a
criação de Lisippos também, a mais
bela das estátuas, que o artista fez para
os Siquianios olharem. Kairos
(Oportunidade) foi representado em
uma estátua de bronze, na qual a arte
competia com a natureza. Kairos era
um jovem, da cabeça aos pés
resplandecente na flor da juventude.

Ele era bonito de se ver. Enquanto ele agitava sua barba felpuda e deixava seu
cabelo solto para o vento sul balançar onde quisesse; e ele tinha uma tez florida,
mostrando por seu brilho a flor de seu corpo. Ele se parecia muito com Dionísio; pois
sua testa brilhava com graças e suas bochechas, avermelhadas até a flor da juventude,
radiantemente lindas, transmitindo aos olhos do observador um rubor delicado. E ele
estava posicionado na ponta dos pés sobre uma esfera, e seus pés eram alados. Seu

3
https://www.theoi.com/Titan/TitanKoios.html
cabelo não crescia da maneira habitual, mas suas mechas, caindo sobre as
sobrancelhas, deixavam os cachos caírem sobre suas bochechas, enquanto a nuca de
Kairos estava sem tranças, mostrando apenas os primeiros indícios de cabelos brotando.
Ficamos sem palavras ao ver o bronze realizando os feitos da natureza e partindo
de sua própria província. Pois embora fosse bronze, corou; e embora fosse duro por
natureza, fundiu-se em suavidade, cedendo a todos os propósitos da arte; e embora fosse
desprovido de sensação viva, inspirava a crença de que tinha sensações habitando
dentro dele; e estava realmente parado, apoiando o pé firmemente no chão, mas embora
estivesse de pé, ainda assim dava provas de possuir o poder do movimento rápido; e
enganou seus olhos fazendo-os pensar que não apenas era capaz de avançar, mas que
havia recebido do artista até mesmo o poder de romper com seu domínio alado, se assim
o desejasse, o domínio aéreo.
Tal foi a maravilha que nos pareceu; mas um homem habilidoso nas artes e que,
com uma percepção mais profunda da arte, soube rastrear as maravilhas dos artesãos,
aplicou o raciocínio à criação do artista, explicando o significado de Kairos
(Oportunidade) fielmente retratado na estátua: as asas em seus pés, disse-nos ele,
sugeriam sua rapidez, e que, levado pelas estações, ele continua rolando por toda a
eternidade; e quanto à sua beleza juvenil, essa beleza é sempre oportuna e que Kairos
(Oportunidade) é o único artífice da beleza, enquanto aquilo cuja beleza murchou não
faz parte da natureza de Kairos (Oportunidade); ele também explicou que a mecha de
cabelo em sua testa indicava que, embora seja fácil pegá-lo à medida que se aproxima,
ainda assim, depois de passar, o momento de ação também expirou e que, se a
oportunidade (kairós) for negligenciada, não pode ser recuperado." -- Callistratus,
Descriptions 6 (trans. Fairbanks) (Greek rhetorician C4th A.D.)
Esopo, Fábulas 536 (de Fedro 5. 8) (trad. Gibbs) (fábula grega C6 a.C.):
"Correndo rapidamente, equilibrando-se no fio da navalha, careca, mas com uma mecha
de cabelo na testa, ele está nu; se você o agarrar pela frente, talvez consiga segurá-lo,
mas depois que ele seguir em frente, nem mesmo O próprio Júpiter [Zeus] pode puxá-lo
de volta: este é um símbolo de Tempus (Oportunidade) [Kairos], o breve momento em
que as coisas são possíveis."
[N.B. Esta fábula está associada à famosa estátua de Kairos em Olímpia, do
escultor grego Lysippos do século IV a.C. O nome grego Kairos é traduzido como
Tempus nesta versão latina da fábula de Esopo.]
Como quase todos sabemos, o deus do céu dos gregos era Urano que
aparentemente nada tem a ver etimulógicamente com o latino Caelus, mas este teria a ver
com os deuses gregos Coios, o Pólo Norte e o áxis mundi e avô de Apolo, e com Cairos,
o deus do tempo oportuno em contraste com o tempo inexorável que era Crono. As
referências sobre Kairos são poucas e supostamente seria filho de Zeus e nada teria a ver
com Crono, mas é duvidoso que assim tenha sido. Quase seguramente Cairos é uma
fábula olímpica feita sobre restos de mitologia oral sobre Crono, já meio esquecida.
Kaka + urus > Caerus (Kairos) > Caelus < Ka-ke-l(i)us > Ka-Helios
Kaka + Ur-anus > *Kahauranus > Kauranos > Cronos
> Satauranus > Saturnus.
Vitrúvio o inclui entre os deuses celestiais cujos templos-edifícios (aedes) devem
ser construídos abertos ao céu. Como um deus do céu, ele se identificou com Júpiter,
como indicado por uma inscrição que diz Optimus Maximus Caelus Aeternus
Iup<pi>ter.
De acordo com Cícero e Higino, Caelo era filho do Éter e de Die ("Dia" ou "Luz
do Dia"). Caelus e Dies foram, nessa tradição, os pais de Mercúrio. Com Trivia, Caelus
foi o pai do deus nitidamente romano Janus, bem como de Saturno e Ops. Caelus
também foi o pai de uma das três formas de Júpiter, sendo os outros dois pais Éter e
Saturno. Em uma tradição, Caelus foi o pai das Musas com Tellus, embora esta tenha
sido provavelmente uma mera tradução de Ouranos de uma fonte grega.
Caelus substituiu Urano em transliterações latinas do mito de Saturno (Cronos)
castrando seu pai celestial, de cujos genitais decepados, lançados sobre a espuma do
mar, nasceu a deusa Vénus (Afrodite). Daí que esta deusa seja denominada pelo gregos
como Afrodite Urânia o que determinaria que Dea Caelestis fosse Vénus e não Juno.
Além de Caco, deus arcaico do fogo, estar na origem etimológica de Caelus tal
como descrito antes o termo latino cacumen reforça esta presunção.
Crume < curuto < curueiro < curoa = cumeeira = cuspide = cumio
«Gume» < «Cume» < crume < *curme < latim culmen < Kur-Min
> cumbre espanhol.
Lat. Cacumen < ??? < Cacus + Min <=> Kur-Min <=> Ku(r)-Min > Summanus.
Tupi antigo: ybaka (“céu”) < *Ku-waka < *Ku-kaka.
Lat. Cacumen = cognato ao sânscrito kakúd, "pico, cume, ponta; chefe, giba,
projeção; palato (céu da boca), língua”, que igualmente preserva o sentido original de
projeção em qualquer direção, e o sentido particular dos ombros corcundas de um
animal. A semântica do verbo denominal é influenciada por a-cū-men < a-cu-ō ("fazer
afiado ou pontiagudo, afiar") + -men (sufixo formador de substantivo), < a-cu-s ("uma
agulha, um alfinete").
De facto é mais fácil fazer passar um camelo pelo «cu» duma «agulha» do que o
mito indo-europeu entrar no «céu»!
«Agulha» < latim tardio a-cū-cu-la < latim a-cu-s (“agulha, alfinete”).
Depois deles nasceu Cronos (Cronos), o astuto, mais jovem e mais terrível de
seus filhos, e ele odiava seu pai vigoroso... E ele [Ouranos] costumava esconder todos
eles (Hecatoncheires) e Kyklopes (Ciclopes), irmãos dos Titanes] em um lugar secreto da
Terra (Gaia) assim que cada um nasceu, e não permitiu que eles subissem para a luz: e
Urano (Céu) se alegrou em suas más ações. Mas a vasta Gaia (Terra) gemeu por dentro,
sendo estreitada, e ela fez o elemento de pederneira cinzenta e moldou uma grande foice,
e contou seu plano a seus queridos filhos [os seis Titãs (Titãs)]. E ela falou, animando-
os, enquanto ela estava irritada em seu querido coração: 'Meus filhos, filhos de um pai
pecador, se vocês me obedecerem, devemos punir o vil ultraje de seu pai; pois ele
primeiro pensou em fazer coisas vergonhosas.’ Assim ela disse; mas o medo tomou conta
de todos e nenhum deles pronunciou uma palavra. Mas o grande Cronos, o astuto, tomou
coragem e respondeu à sua querida mãe: ‘Mãe, vou me comprometer a realizar esta
ação.’
Então ele disse: e a vasta Gaia (Terra) regozijou-se grandemente em espírito, e
colocou-o e escondeu-o numa emboscada, e colocou-lhe nas mãos uma foice dentada, e
revelou-lhe toda a trama.
E Urano (Céu) veio, trazendo a noite e o desejo de amor, e ele se deitou sobre
Gaia (Terra) espalhando-se completamente sobre ela. Então o filho de sua emboscada
estendeu a mão esquerda e com a direita pegou a grande e longa foice com dentes
irregulares, e rapidamente cortou os membros de seu próprio pai e os jogou fora para
cair atrás dele… Esses filhos, que se geraram do grande Urano (Céu), costumavam
chamar Titenes (Titãs, Filtros) em reprovação, pois ele dizia que eles se esforçaram e
cometeram presunçosamente um ato terrível, e que a vingança por isso viria depois.

GENIUS
O facto de o nome dos génios femininos ser Juno faz pensar que também o étimo
Gin- foi em grego como que o génio étmico da ginecologia.
Jaini = an evil Zoroastrian female spirit. This name is a cognate with Latin genii.
Quanto ao mau génio das mulheres é obvio não começou apenas culturalmente
com a misoginia do catarismo sacerdotal das religiões paternalistas orientais,
particularmente no caso de Jaini do zoroastrimo, que culminaram no monoteísmo
judaico. A deusa mãe das cobras cretenses parece que já era famosa pelo seu terrível e
imprevisível mau génio! Ora, Juno era esposa de Júpiter o que deixa a suspeita de os
génios serem uma espécie de filhos de «deus pai» permitindo suspeitar que a ideia de que
todos os seres eram criaturas de deus já estava subjacente ao pensamento religioso muito
antes do cristianismo.
Juno < Lat. Junus < Xu-an-ush, lit. «filha de Xuan».
Desde logo se verifica que o sufixo declinativo -us de Juno correponde como em
Vénus e Telus, a uma importação de origem seguramente anatólica, ou seja, a partir da
tradição hitita posterior à mítica queda de Tróia. Deste modo esta filha de Xuan, de que
derivaria o nome do deus chinês Susano, não seria senão uma variante do nome de Inana
/ Ishtar / Ashera / Hera.
Reservemo-nos, todavia, de ver no plotinismo um dualismo gnóstico. O próprio
Plotino escreveu um tratado contra as seitas gnósticas. Para ele, não existe um mundo do
mal, rival do mundo do bem. O mal, para Plotino, nada tem de uma substância positiva:
"O mal não é senão o apequenamento da sabedoria e uma diminuição progressiva e
contínua do bem". A alma que dizem prisioneira do mal é apenas uma alma que se ignora,
é, como diz Plotino, uma luz mergulhada na bruma. O mal não é uma substância original,
é só o procurado pelo reflexo do bem que fracamente ainda brilha nele. Nesse sentido,
livrar-se do mal, para Plotino, não é, como para os gnósticos, destruir um universo para
dar nascimento a outro, mas antes encontrar a si mesmo em sua verdade. Não esqueçamos
que é a leitura de Plotino que, um dia, arrancará o jovem Agostinho de suas crenças
dualistas abeberadas no maniqueísmo.
Ora, a seu tempo se verá que Jano seria uma variante de Enki ou no mínimo
derivado do nome Oannes variante do nome de Adapa, um dos primeiros Apkallu.
Na verdade:
Oannes (> Uan < Juan < *Xu-An < Kian.
Jano < Juan < *Xu + An Xu + phi-ter > Júpiter.
Kartu, «Sr. da cidade» *Ki-ter, lit. «Sr. da terra» > phi-ter ???
Mater sabemos que deriva de *(a)ma-ter, lit. «o poder (de transporte) da (deusa)
mãe», obviamente relacionado com os factos naturais da gravidez e com a aleitação!
Pater deve ter derivado directamente do sumério Apa dando logo *apa-ter, lit. «o
poder do pai». As relações do Inferno com a abundância por intermédio de Iscur
decorriam dos despojos de guerra exibidos nos triunfos de vitória como se pode ver em
seguimento e por consequência da lógica da devoção às deusas da Honos e da Virtus
militar!

Ver: deuses do INFERNO / HADES (***)

Ju-turna A deusa romana dos poços e fontes, irmã de Turnus (o rei de Rutuli), a
quem ela apoiou em sua batalha contra Enéias. Júpiter a transformou em ninfa e deu a
ela um poço perto de Lavinium, no Lácio. Ela também deu seu nome a um poço perto do
templo Vesta do Fórum Romano, chamado Lacus Juturnae. A água desse poço era usada
para as oferendas do estado. Além disso, acreditava-se que os dióscuros davam água a
seus cavalos aqui. Ela é a mãe de Fontus e esposa de Janus.

Juno, nonis, f.,


I. a deusa Juno, filha de Saturno, irmã e esposa de Júpiter, e divindade guardiã
das mulheres; como fundadora do casamento, ela também é chamada de pronuba Juno;
e como a deusa protetora das mulheres mentirosas, Juno Lucina, Plaut. Aul. 4, 7, 11;
Cic. N. D. 2, 27, 68: prima et Tellus et pronuba Juno dant signum, Verg. A. 4, 166. —
B. Juno inferna or infera, i. e. Proserpina, Verg. A. 6, 138; Stat. S. 2, 1, 147; “or,
Averna,” Ov. M. 14, 114; “or, profunda,” Claud. Proserp. 1, 2; “ou, Stygia,” Stat. Th. 4,
526.—
II. especialmente. em frases; "stella Junonis", o planeta Vênus, Plínio. 2, 8, 6, §
37: “a cidade de Juno”, i. e. Argos, Ov. H. 14, 28: “per Junonem matrem familias
jurare”, Plaut. Sou. 2, 2, 201. - Prov .: " Junonis sacra ferre ", i. e. andar em um ritmo
lento e comedido, Hor. Rua 1, 3, 11.
B. Comicamente traduzido: " mea Juno, non decet esse te tam tristem tuo Jovi,", i.
e. minha esposa, Plaut. Cas. 2, 3, 14; cf.: “ni nanctus Venerem essem, hanc Junonem
ducerem”, id. Baco 2, 2, 39: ejuno como interj. como ecastor, acc. para Charis. pág. 183
P. - Portanto,
1. Jūnōnālis, e, adj., de ou pertencente a Juno: "tempus", i. e. o mês de junho,
out. F. 6, 63.-
2. Jūnōnĭcŏla, ae, com. Junocolo, um adorador de Juno (poeta): "Adde
Junonicolas Faliscos", Ov. F. 6, 49.
3. Jūnōnĭgĕna, ae, m. Juno-gino, com Juno nascido, i. e. Vulcano, Ov. M. 4,
173.—
4. Jū-nōnĭus, a, um, adj., de ou pertencente a Juno, Junonian (poet.): " hospitia ",
i. e. Cartago, onde Juno era adorado, Verg. A. 1.671; então, "Samos", ov. M. 8, 220:
“asas”, i. e. o pavão, id. Sou. 2, 6, 55: "custos", i. e. Argos, quero dizer. M. 1, 678:
"mês", i. e. Junho, sagrado para Juno, id. F. 6, 61: "Hebe", i. e. a filha de Juno, id. M. 9,
400; Val. Flórida. 8, 231: " stella ", o planeta Vênus, App. do mundo pág. 58, 12:
"insula", uma das Ilhas Afortunadas, Plin. 6, 32, 37, § 202. -- A Latin Dictionary.
Founded on Andrews' edition of Freund's Latin dictionary. revised, enlarged, and in
great part rewritten by. Charlton T. Lewis, Ph.D. and. Charles Short, LL.D. Oxford.
Clarendon Press. 1879.

28 Juno. As raízes do serviço de Juno também estão no mesmo círculo de


pensamento do qual surgiu a adoração do gênio. Este fato tem sido mal compreendido por
muito tempo, uma vez que a estreita relação em que Juno mais tarde entrou no deus do céu
Júpiter foi considerada original e o casal Júpiter-Juno foi entendido como o antigo
equivalente italiano de Ζευσ e ∆ιονε. Nos últimos tempos, não só a única evidência
antiga que parecia garantir uma antiga ligação de culto entre Júpiter e Juno perdeu o seu
valor probatório 4, mas também foi reconhecido 4) que a anteriormente assumida afiliação
etimológica do nome Juno (de Iovino) com a tribo Diovi- / Iovi- contida em Iuppiter é
excluída, uma vez que nas numerosas inscrições antigas do nome Iuno nem o sufixo d nem
o ditongo ou aparecem.5 Hoje em dia dificilmente pode haver qualquer dúvida séria de
que o nome Iuno antes pertence junto com iuvenis e como uma antiga formação feminina
on -on da raiz monossilábica fraca iun- fica próximo a iuvenis, como iunix próximo a
iuvencus: o nome, portanto, não significa nada além de “mulher disponível, mulher
jovem”. Isso explica a estreita conexão entre Juno e o gênio desde tempos imemoriais:
toda mulher tem uma Juno como a personificação de seu ego divino superior, assim como
todo homem tem um Génio; 6Esta é uma visão que, por sua própria natureza, pode ser
contada entre os componentes mais antigos da religião romana, pois a parte mais antiga
do ritual de Arval já menciona o lutio Deae Diae (ver acima, p. 180) e o recentemente
expressou a suposição de que originalmente o gênio veio para todas as pessoas sem
distinção de sexo e apenas em um período relativamente posterior um espírito guardião
feminino foi dado às mulheres sob o nome de Juno, que carece de justificação interna e
externa da mesma forma. 7Os romanos primeiro pensaram no poder divino penetrando no

4
3) Aus CIL VI 357: lunone Loucinai Diovis castud facitud erschloß Mommsen die | Verbindung Iuno lovis , die
nach Analogie ! von Xerio Martis , Salacia Neptuni u. a. zu, erklären sein würde (vgRv. Domaszewski, Abhdl. z.
röm. Relig. S. 108); aber diese Deutung ist endgültig beseitigt worden durch die neuerdings gefundene Parallel
inschrift von Norba, Röm. Mitteil. XVIII 338: P. Rutilius M. f. lunonet Loucina dedit meretod Diovos castud.
De CIL VI 357: lunone Loucinai Diovis castud facitud, Mommsen deduziu o | Conexão Iuno lovis, por analogia!
por Xerio Martis, Salacia Neptuni e outros para, seria explicado (vgRv. Domaszewski, Abhdl. z. rom. Relig. p. 108);
mas esta interpretação foi finalmente eliminada pela inscrição paralela recentemente encontrada de Norba, Rom.
mensagem XVIII 338: P. Rutilius M. f. lunonet Loucina dedit meretod Diovos castud.)
5
5) Besonders beweiskräftig sind In Schriften wie die in Anm 3 angeführten in denen Inno neben Loucina und
Diovis steht steht.
Inscrições como as citadas na nota 3, nas quais Iuno aparece ao lado de Loucina e Diovis, são particularmente
conclusivas.
6
Siehe oben S. 175 Anm. 4 und dazu die Opfer der Arvalbrüder an den Genius des regierenden Kaisers und die
Juno der Kaiserin (Henzen, Acta fratr. Arv. S. 85 f. 122; vgl. CIL XI 3076: Genio August i et Ti. Caesaris, Iunoni
Liviae), ferner CIL V 7237: Genio Sex. Valerii Severini et Iunoni V\ale- Hae] Potitae uxso[ris] eine et Genio Valer!
Sereriani pli et Iunoni Valeriae Severianae fil(iae) Primus ser(vus). VIII 3695: Genio mitissimi amantissimiq(ue)
coniu[gis\ et Iu noni sitae Horatia. XIII 1735: Genio P. Ae[l]i Serení...et Iunoni Orbiae Helladis, vgl. auch V 5860.
Weihinschriften an Junones einzelner Frauen z. B. CIL V 6407. 6954. 7472. VI 2128. VIII 1140. X 1009. 1023.
7541. XI 1324. XII 3063-3066. Bemerkenswert ist auch CIL XIII 567: Iuwnibus Iuliae et Sextiliae und eine
Porträtherme einer Frau mit der Unterschrift Inno Florae Scaptinae, Arch, epigr. Mitteil, aus Oesterr. XIII 1890 S.
175 ff. = CIL III Suppl. 11312.
Veja acima p. 175 nota 4 e também os sacrifícios dos irmãos Arval ao Genio do imperador reinante e Juno da
imperatriz (Henzen, Acta fratr. Arv. p. 85 f. 122; cf. CIL XI 3076: Genio August i et Ti. Caesaris, Junoni Liviae),
também CIL V 7237: Genio Sex. Valerii Severini e Junoni Vale-Hae] Potitae uxso[ris] an et Genio Valer! Sereriani
pli e Junoni Valeriae Severianae fil(iae) Primus ser(vus). VIII 3695: Genio mitissimi amantissimiq(ue) coniu[gis\ et
Iu noni sitae Horatia. XIII 1735: Genio P. Ae[l]i Serení...et Iunoni Orbiae Helladis, ver também V 5860. Inscrições
de dedicação a Junones de mulheres individuais, por ex. B. CIL V 6407. 6954. 7472. VI 2128. VIII 1140. X 1009.
1023. 7541. XI 1324. XII 3063-3066. Também digno de nota é CIL XIII 567: Iuwnibus Iuliae et Sextiliae e um
retrato de uma mulher assinado Inno Florae Scaptinae, Arch, epigr. Mensagem da Áustria. XIII 1890 p. 175 e
seguintes = CIL III Supl. 11312.
7
Daß die Juno einer Frau nicht vor Tibull erwähnt wird, kann gegenüber dem Zeugnisse der Arvalakten um so
weniger etwas für den jungen Ursprung der Vor stellung beweisen, als nach der Beschaffen heit unserer
Ueberlieferung die Zeugnisse für mannliche Personalgenien auch nicht älter sind. Die vereinzelten und späten Fälle,
in denen einzelnen Frauen (z. B. CIL VIII 22770); oder Göttinnen (s. oben S. 180 Anm. 11) statt der Juno ein
Genius gegeben wird, erlauben natürlich keine Rückschlüsse auf die Anschauungen der alten Zeit, und keinesfalls
darf man dahin die Tatsache rechnen, daß z. B. coloniat, prortnciae, legiones, centuriae usw. nicht eine Juno,
sondern einen Genius haben: denn selbstverständlich war maßgebend nicht das grammatische Geschlecht der
sprachlichen Bezeichnung, sondern das physische Geschlecht der in diesen.
O fato de o Juno de uma mulher não ser mencionado antes de Tibulo não pode provar nada sobre a origem jovem da
ideia em comparação com a evidência dos Arvalacts, uma vez que, de acordo com a natureza da nossa tradição, a
mundo dos fenômenos como ativo no homem no milagre sempre renovado da procriação e
no poder procriador do homem, por um lado, e na função receptiva e geradora da mulher,
por outro expressa, por outro lado, nos poderes divinos Genius e Juno, que então
continuam a abranger toda a vida dos dois sexos e estão lado a lado não apenas como os
conceitos de procriação e concepção, mas como os conceitos de homem e mulher,
8
passaram por um curso de desenvolvimento completamente diferente. Enquanto o Genio
sempre permaneceu um conceito genérico e do número ilimitado de gênios, cujo número
se expandiu muito além de seus limites originais através da proliferação contínua do
conceito (ver § 27), a forma individual de um Génio em si nunca se desenvolveu
completamente. Logo no início, sobre a massa de Junones de mulheres individuais, surgiu
uma grande e unificada divindade feminina Juno, cuja natureza então experimentou um
desenvolvimento rico e variado. A razão para a diferença é fácil de ver. Em contraste com
a vida movimentada e variada do homem, que o conduz em suas diversas atividades na
guerra e no trabalho de campo, estado e limpeza, comércio e artesanato na área de tantas
divindades reinando dentro de cada uma dessas esferas de atividade, que a concepção de
uma divindade masculina unificada, que resumisse os interesses e o propósito de vida de
todos os homens, parece impossível, a mulher romana é muito mais apenas um ser
genérico, a existência se desenrola tanto para uma quanto para a outra mulher dentro do
as mesmas tarefas e limites estabelecidos para ela pelo gênero e a totalidade das
esperanças, desejos e preocupações da vida das mulheres podem muito bem suportar a
personificação comum de uma divindade feminina unificada, que Juno acabou de se
tornar. Como esse processo ocorreu ainda pode ser visto claramente na forma especial
mais antiga e conhecida do culto Juno. Como Juno Lucina, assim chamada porque ela
traz a criança para a luz do dia, Juno está ao lado das mulheres na hora mais importante
e difícil de sua existência, no parto: as trabalhadoras de Born clamam por sua ajuda,
assim como na Grécia de Ελλειδυα e após um parto bem-sucedido, uma mesa com uma
oferta de comida é preparada para ela no átrio. Aparentemente, ambos se aplicavam
originalmente à Juno da mulher que estava dando à luz, como Plauto prova, onde uma vez
(Truc. 476) a mulher esperando o parto usou a frase: ut venerem Lucinam team; mas o
destino comum das mulheres levou ao fato de que, a partir do número ilimitado de
Junones individuais auxiliando a mulher associada no ato do parto, desenvolveu-se a ideia
de uma grande deusa geral do nascimento, Juno Lucina, cuja ajuda é concedida a todos
mulheres da mesma forma: Assim ocorreu a transição da ideia de uma parte do poder
divino geral habitando no próprio homem para a de um poder gracioso situado fora do
homem e ao seu lado para ajudá-lo em seus problemas. Juno Lucina possuía um bosque
sagrado no Esquilino, no topo de Mons Cispius, e mais tarde um templo ali, consagrado
em 1º de março do ano 379-375, em cujo tesouro era necessário pagar um imposto por
cada nascimento, de acordo com uma lei que remonta a Servius Tullius (Dion Hal IV 15,
5); a importância da deusa era indicada pelo decreto sagrado de que ninguém era
autorizado a se aproximar do templo com um nó, já que tal nó era considerado um feitiço
que impedia o nascimento. -- Wissowa 1912 Religion und Kultus der Römer.
Para a Etimologia de Juno existem duas hipóteses que passam pelo PIE, mas
ambas falsas e disparatadas:

evidência do gênio pessoal masculino também não é mais antiga. Os casos isolados e tardios em que mulheres
individuais (por exemplo, CIL VIII 22770; ou Göttinnen (ver acima, p. 180, nota 11) recebem um gênio em vez de
Juno, é claro, não permitem tirar quaisquer conclusões sobre as visões dos tempos antigos. , e em hipótese alguma se
deve contar o fato de que, por exemplo, coloniat, prortnciae, legiones, centuriae, etc., não têm um Juno, mas um
gênio: porque é claro que não foi o genero gramatical do nome linguístico que foi decisivo, mas o genero físico do
presente.
8
Vgl. auch A. v. Domaszewski, Abhdl.z. röm. Relig. S. 169 f.
Juno < proto-indo-europeu *dyúh₃onh₃-, *dyúh₃nh₃- (“ter autoridade celestial”), de
*dyew- (“céu, céu”) + *-Hō (“fardo, autoridade”), ou
< proto-indo-europeu *h₃yúh₃onh₃-, *h₃yúh₃nh₃- (“a jovem deusa”), de *h₃eyu-
(“muito tempo, vida inteira”) + *-Hō (“fardo, autoridade”)
< ??? > *Iuvō, * Iūnis, <???> para Iūnō, Iūnōnis.
o latim iuvenis (“jovem”).
grego antigo ∆ιώνη (Diṓnē, “Dione”);
O centro, portanto, da vida religiosa inicial é a família e o Estado como um
macrocosmos da família; e o pai de cada família é seu sumo sacerdote, e o rei como o pai
do estado é o sumo sacerdote do estado. Quanto ao indivíduo, o único deus que ele tem
para adorar é o seu "duplo", chamado no caso de um homem de seu Gênio e no caso de
uma mulher de Juno, sua individualização da deusa Juno, uma divindade bastante distinta,
peculiar a ela mesma Mas mesmo aqui o instinto familiar se mostra e, embora mais tarde
o Genius e o Juno representem tudo o que há de intelectual no indivíduo, eles parecem
originalmente simbolizar o poder procriador do indivíduo em relação à continuidade da
família. A família e o estado, entretanto, lado a lado, adoravam uma série de divindades.
Na cabana primitiva, cujo modelo chegou até nós em tantas pequenas urnas
funerárias de outrora (por exemplo, as que recentemente foram desenterradas no
maravilhoso cemitério sob o Fórum Romano), com uma porta e nenhuma janela, havia
vários elementos que precisavam de propiciação; a própria porta como guardiã do mal, a
lareira e o nicho para guardar comida. O deus-porta era Janus, a própria porta; a lareira
estava sob os cuidados das mulheres, a esposa e as filhas, então era uma deusa, Vesta, a
quem elas serviam; e o nicho de armazenamento, o penus, estava sob a guarda dos
"deuses do armário" (Di Penates). O próprio estado foi modelado por esta casa. Tinha seu
Jano, sua porta sagrada, no Fórum, e o próprio rei, o pai do estado, era seu sacerdote
especial; tinha a sua lareira, onde queimava o fogo sagrado, e a sua própria Vesta,
cuidada pelas virgens vestais, as filhas do estado; e tinha seu nicho de mercado com seus
Penates. Mais tarde, mas ainda muito cedo, foi acrescentada ao culto doméstico a ideia do
protetor geral da casa, o Lar, que deu origem à conhecida expressão “Lares e Penates”.
A origem desse Lar Familiaris, como é chamado, é interessante, pois mostra a íntima
ligação [Pg 14] entre a vida agrícola da comunidade e sua religião. Os Lares eram
originalmente o grupo de deuses que cuidavam das várias fazendas; eles estavam no
plural porque eram adorados onde as fronteiras de várias fazendas se encontravam, mas
embora várias delas fossem adoradas juntas, cada fazenda tinha seu Lar individual. Mas o
cuidado com a fazenda incluía também a proteção da casa na fazenda, de modo que o Lar
da fazenda também se tornasse o Lar da casa, primeiro, é claro, das casas nas fazendas e
depois de todas as casas em todos os lugares, mesmo quando não havia fazenda, estava
ligado a estes.
Além de Vesta, o Genius, o Lar e os Penates, possivelmente o elemento mais
importante no culto familiar era o culto dos ancestrais mortos. Este culto é, naturalmente,
comum a quase todas as religiões, e a sua presença na religião romana até agora não é
surpreendente, mas a forma em que ocorre ali é curiosa e relativamente rara. Assim como
o vivo tem um "duplo", o seu Génio, também o morto deve ter um duplo, mas esse duplo
não é originalmente o Génio, que parece ter sido pensado inicialmente como cessando
com o indivíduo. Pelo contrário, como a morte é o grande nivelador e removedor da
individualidade, o duplo dos mortos não foi pensado inicialmente como um duplo
individual, mas apenas como parte de uma massa indefinida de espíritos, os "bons
deuses" (Di Manes) como eram chamados porque eram temidos por serem tudo menos
bons. Estes [Pg 15] Di Manes, portanto, não tinham nenhuma relação específica com o
indivíduo, e o indivíduo realmente cessava na morte; a única relação humana que os Di
Manes parecem ter preservado foi uma ligação com os membros vivos da família à qual
originalmente pertenciam. É, portanto, muito enganoso afirmar que os romanos tiveram
desde o início uma crença na imortalidade, quando instintivamente pensamos na
imortalidade do indivíduo. O que era imortal não era o indivíduo, mas a família. Está
totalmente de acordo com o caráter prático da mente romana que eles não se
preocupassem com o lugar em que esses espíritos dos mortos deveriam residir, mas
apenas com a porta pela qual eles poderiam retornaram à terra. Não temos relatos do
Mundo Inferior até que a Grécia empreste sua mitologia a Roma, e a imaginação nunca
construiu nada como o palácio grego de Plutão. Mas enquanto eles não gastavam energia
em fornecer ao Mundo Inferior os acessórios da fantasia, eles mantinham uma guarda
cuidadosa sobre a porta de saída. Essa porta eles chamavam de mundo e a representavam
grosseiramente por uma trincheira ou fosso raso, no fundo do qual havia uma pedra. Em
certos dias do ano esta pedra era removida, e então os espíritos voltavam novamente à
terra, onde eram recebidos e acolhidos pelos membros vivos de sua família. Havia vários
desses dias no ano, três deles espalhados ao longo do ano: 24 de agosto, 5 de outubro e 8
de novembro; e dois conjuntos de dias: 13 a 21 de fevereiro e 9, 11 e 13 de maio. A
celebração de fevereiro, a chamada Parentalia, era calma e digna e representava tudo o
que havia de menos supersticioso e temeroso na adoração geralmente aterrorizante dos
mortos. A Lemúria em maio teve exatamente o caráter oposto e pertence à categoria de
"expulsão de espíritos malignos", da qual o Sr. Frazer em seu Golden Bough deu tantos
exemplos. -- THE RELIGION OF NUMA AND OTHER ESSAYS ON THE RELIGION
OF ANCIENT ROME BY JESSE BENEDICT CARTER.
A visão de que Juno era a contraparte feminina do Gênio, ou seja, que como os
homens possuem uma entidade tutelar ou gênio de nome duplo, assim as mulheres têm
seu próprio duplo chamado Juno, tem sido mantida por muitos estudiosos, por último
Kurt Latte. No passado, também foi argumentado que a própria deusa Juno seria a
questão de um processo de abstração dos junos individuais de cada mulher. De acordo
com Georg Wissowa e K. Latte, o gênio (da raiz gen-, de onde gigno nascer, arcaico
também geno) designaria a potência gerativa viril específica, em oposição à natureza
feminina, refletida na concepção e na entrega, sob a tutela de Juno Lucina. Tal
interpretação foi revisada criticamente por Walter F. Otto. (...)
Os romanos acreditavam que o gênio de alguém era uma entidade que
incorporava seu caráter essencial, personalidade e também originalmente sua força
vital, geradora e razão de ser. No entanto, o gênio não tinha relação direta com o sexo,
pelo menos nas concepções do período clássico, embora o leito nupcial fosse nomeado
lectus genialis em homenagem ao gênio e as noivas no dia do casamento invocassem o
gênio de seus noivos. Isso parece sugerir um significado do Gênio como o espírito
propagativo da gens, da qual todo indivíduo humano é uma encarnação: Censorinus
afirma: "O gênio é o deus sob cuja tutela todos nascem e vivem", e que "muitos autores
antigos, entre os quais Granius Flaccus em seu De Indigitamentis, sustente que ele é um
e o mesmo com o Lar", ou seja, o Lar Familiaris. Festo o chama de "um deus dotado do
poder de fazer tudo", citando então um Aufustius: "O gênio é o filho dos deuses e o pai
dos homens, de quem os homens recebem a vida. Daí ele é chamado de meu gênio,
porque ele me gerou". A citação de Festo prossegue: "Outros pensam que ele é o deus
especial de cada lugar", uma noção que reflete uma ideia diferente.
Na literatura e iconografia clássica ele é frequentemente representado como uma
cobra, que pode aparecer no leito conjugal, sendo esta concepção talvez o resultado de
uma influência grega. Foi fácil para o conceito romano de Gênio se expandir anexando
outras figuras religiosas semelhantes como os Lares e o grego δαίµων ἀγαθός. –
Wikipedia
Parece que os genii latinos seriam os anjos da guarda do destino dos homens.
Para as mulheres estes anjos seriam Junii, ou seja um nome composto a partir do
de Juno. Embora não o possamos provar, a etimologia aponta para que estejamos perante
metáforas relativas a almas que seriam múltiplas cópias de Jano e de Juno distribuídas
pelos homens supostamente criados ab eternum por este casal de deuses criadores.
Jana = a minor Roman goddess. She is the wife of the god Janus.
Sendo assim Jano foi o antigo nome de Júpiter e formava com Juno um casal
que bem podia ter tido o nome mais adequando de Jano & Jana.
Figura 6: Genius Populi Romani.

Genius / Juno Genius, every


man had his, and every woman her
Juno: that is, a spirit who had given
them being, and was regarded as their
protector through life. On their
birthdays men made offerings to their
Genius, women to their Juno. In
Roman mythology, the genius was
originally the family ancestor who
lived in the underworld. Through the
male members he secured the
existence of the family. Later, the
genius became more a protecting or
guardian spirit for persons.
These spirits guided and protected that person throughout his life. Every man had
a genius, to whom he sacrificed on birthdays. It was believed that the genius would
bestow success and intellectual powers on its devotees. (…) However, not only
individuals had guardian spirits: families, households, and cities had their own.
Even the Roman people as a whole had a genius. The genius was usually depicted
as a winged, naked youth, while the genius of a place was depicted as a serpent.
Assim, uma das razões pelas quais quase todos os mitos fundadores têm uma
cobra enrolada nas raízes reside nesta crença quase intuitiva de que as cobras eram os
animais de transporte dos espíritos dos antepassados esquecidos ou seja, os espíritos
protectores dos lugares. No entanto, esta razão seria apenas contingente e motivacional
porque a principal razão seria bem mais profunda e importante sob o ponto de vista da
história dos movimentos civilizacionais.
Sendo Enki o deus das cobras de água, todas as localidades fundadas por
marinheiros da talassocracias mediterrânicas teriam uma cobra d´água por animal
totémico fundador! O facto de os génios terem asas reforça a sua relação com “animais
de transporte das almas” e, por serem afinal cobras aladas na origem, também com o lado
draconiano de Enki.
Catullus [,] Tibullus e Pervigilium Veneris, 1921, página 328f. contendo Albius
Tibullus III, XI, 9f. = IV, V, 9f. com tradução para o inglês por J. P. Postgate:
magne Geni, cape tura libens votisque faveto,
si modo, cum de me cogitat, ille calet.
Grande Génio, aceita a libação de incenso e seja favorável
aos meus votos, de tal modo que quando pensar em mim, me seja caloroso.
«Génio» < Lat. Geni-us < ??? proto-indo-europeu *ǵenh₃- (“gerar”),
< latim antigo genō (“gerar, dar à luz; produzir, causar”), + *-yos;
Obviamente que o génio deriva de genō mas não da forma proposta mas de Gen-
i(t)us < Gen-itus
Gen-ō, gen-ere, gen-uī, gen-itum.
Forma alternativa
Gignō, gignere, gen-uī, gen-itum
< *Gin-evi < *Gin-(ev)itum > *Ginevitu, deusa da vida.
(Latim antigo) produzir como um fruto de mim mesmo: dar à luz, gerar.
Sinônimos: prōcreō, gignō, prōdō, ēnītor, cōnītor, pariō, ēdō, suscipiō, efficiō.
< proto-itálico *genō, < ??? proto-indo-europeu *ǵenh₂-, cognata do latim
gignō grego antigo γείνοµαι (geínomai, “gerar, trazer à existência, (passivamente)
nascer”) < grego antigo γονή (gonḗ, “prole, semente, ato de geração”), sânscrito जन त
(janati, “para gerar, produzir, etc.”), Sânscrito जना (janā, “nascimento, origem”), e
outras formações variadas em muitos idiomas.
< γυνή / gunế < Kuna
A forma alternativa Gignō do verbo latino Gen-ō, é quase seguramente o
antepassado deste e que bem poderia parecer a tentativa de esconder a mulher na
etimologia da geração.
“Ginecologi” < Ginecologia (composto de ginecologia-, do grego antigo γυνή /
gunế “mulher”, e -logia, de λόγος/lógos “fala”, etimologicamente “ciência, estudo da
mulher”) é uma especialidade médica cirúrgica que trata da a fisiologia e doenças do
sistema reprodutor feminino.
Supostamente foi Sorano o primeiro medico a escrever sobre ginecologia mas
parece que o seu tratado se chamava Gynaikeia…embora a diciplina se chamasse já
ginecologia precisamente em grego.
Não será por acaso que o Génio latino se correlaciona com a genética e com os
«genes» do ADN moderno depois de se ter relacionado com a gens e com a «gente» e
sobretudo com a genialidade do especial virtuosismo e da exepcional sabedoria de Enki.
Obviamente que a etimologia última de Gin- deriva de Geia e de (Dam)Kina,
esposa de Enki, e, em geral, e de «cono», «cone», «cunha» e «cona», etc. em particular.
Comparar o proto-germânico *kunją (“parente”) e o sânscrito ज य n (jánya,
“linhagem, tribo, povo”), embora todas provavelmente formações independentes.
Comparações com o aramaico ginnaya, “divindade tutelar”), e com o árabe árabe ‫ِ ﱢ‬
(jinnī, “jinn, espírito, demônio”) e ِ َ (janin, “embrião, germe”), sugerem os efeitos de
uma antiga palavra substrato.
Que o Génio masculino fosse afinal o «cono» feminino dá que pensar tal como dá
que suspeitar que não seria por acaso que o equivalente feinino fosse Junu, ou seja
gramaticalmente masculino. Dito de outro modo, Génio e Juno seriam o masculino e
felinino do mesmo conceito primordial que teriam por antepassado Gino / Gina.
Yang < *Janki < Jano < Ju-Anu > Ju-no Ju-na > Gyna
< Gina / Gino > *Geno > Genius > Yin.
Estranha-se que os indo-europeistas não tenham
correlacionado o conceito oriental Yang / Yin.
Yin & Yang são conceitos do taoismo que expõem a
dualidade de tudo que existe no universo. Descrevem as duas
forças fundamentais opostas e complementares que se encontram
em todas as coisas: o yin é o princípio da noite, Lua, a
passividade, absorção. O yang é o princípio do Sol, dia, a luz e
atividade.
«Génova» < latim Genua, (possivelmente da antiga palavra da Ligúria para joelho.
Compare também latim genu;?) alternativamente, pode derivar, em última análise, de
uma raiz celta *genu-, *genawa (“boca (ou seja, estuário”)), tornando-a possivelmente
também semelhante à raiz de Genebra. < Mencionado em textos latinos como Genava.
Provavelmente através de um proto-céltico *genwā do proto-indo-europeu *ǵénw-eh₃
(“joelho”), um derivado de *ǵónu no sentido de um rio curvo ou estuário, possivelmente
semelhante a Gênova ???.
Jana < Gena > Genua > Gine(m)-bra > Genabra > Genova
> Gina > *Juna > Juno > Genebra.
«Joana» < *Ju-ana < *Juna
Gênova (/ˈdʒɛnoʊ ə/ JEN-oh-ə; Italiano: Genova [ˈdʒɛːnova] ( ouvir); Liguriano:
Zêna [ˈzeːna])[a] é uma cidade e a capital da região italiana da Ligúria, e a sexta maior
cidade da Itália.
O nome moderno da cidade pode derivar da palavra latina que significa "joelho"
(genu; plural, genua), mas existem outras teorias. (???)
Poderia derivar do deus Jano, porque Gênova, como ele, tem duas faces: uma
face que olha para o mar e outra voltada para as montanhas. Ou pode vir da palavra
latina ianua, também relacionada ao nome do Deus Janus, e que significa "porta", ou
"passagem". Além disso, pode referir-se à sua posição geográfica no centro do arco
costeiro da Ligúria. O nome latino, oppidum Genua, é registrado por Plínio, o Velho
(Nat. Hist. 3.48) como parte da Regio IX Ligúria Augusteana. [19]
Outra teoria traça o nome para a palavra etrusca Kainua que significa "Cidade
Nova", com base em uma inscrição em um fragmento de cerâmica lendo Kainua, o que
sugere que o nome latino pode ser uma corrupção de um antigo etrusco com um
significado original de "cidade nova".
Kainua seria cidade nova porquê? Se foi habitada desde o quinto ou quarto
milênio A.C. trata-se de uma das cidades das mais antigas da Europa!
Kae personal name [mc91: 95] see Latin Caius, Gaius [mc91: 95]
Kaisie personal name [mc91: 66]
Kainua significará antes *Gai-na-via, e neste caso significaria *Gaia- Navia uma
variante naval de Jana e por isso esposa de Jano, o deus dos portos e das naves, estando
por isso certos os que relacionam esta cidade com Jano.
Jana era uma deusa romana menor. Ela é a esposa do deus Janus.
«Genebra» < Esp. Ginebra < Ital. Ginevra < *Gina-bra > Maltês Ġinevra
> Turc. Cenevre < Romans. Genevra.
Genebra < Do latim Genava, variante de Genua, de um termo da Ligúria[1] que
alude à proximidade de um corpo de água, ou de uma palavra gaulesa genaua (“boca”)
(Xavier Delamarre, Dictionnaire de la langue gaulês).
A cidade foi mencionada em textos latinos, por César, com a grafia Genava,
provavelmente do celta *genawa- do radical *genu- ("boca"), no sentido de estuário,
etimologia compartilhada com a Cidade portuária italiana de Gênova (em italiano
Gênova).
O condado medieval de Genebra no latim médio era conhecido como pagus
major Genevensis ou Comitatus Genevensis (também Gebennensis). Depois de 1400
tornou-se a província Genevois de Savoy (embora não se estendendo à cidade
propriamente dita, até a reforma da sede do Bispo de Genebra).
Genebra era uma cidade fronteiriça alo-bro-giana, fortificada contra a tribo
Helvécia, ou seja, era uma localidade (alo)-bro-giana, ou seja, possivelmente denominada
*Gina-bra, cidade de Gina, ou seja, da deusa Jana. Sendo assim é quase seguro que Júlio
César, ou o seu redator, teve um lapsus calami ao chama-la de Genava, contaminando
todos os nomes descendentes onde o erre emudeceu.
Portanto é quase seguro que Jana fosse Juno tal como Jano foi Júpiter.
A relação da divindade soberana feminina com o deus dos começos e das
passagens reflete-se principalmente na sua associação com as kalendae de cada mês,
que pertencem a ambos, e na festa do Tigillum Sororium de 1 de outubro. (…)
De acordo com a tradição, foi um rito de purificação que serviu na expiação de
Públio Horácio, que havia assassinado sua própria irmã quando a viu chorando a morte
de seu noivo Curiatius. Dumézil mostrou em seu Les Horaces et les Curiaces que essa
história é, na verdade, a transcrição histórica dos ritos de reintegração à vida civil dos
jovens guerreiros, no mito simbolizado pelo herói, liberto de seu furor (ira),
indispensável na guerra, mas perigoso na vida social. O que se sabe dos ritos de 1º de
outubro mostra em Roma que a lenda tem sido usada como mito etiológico para as
cerimônias anuais de purificação que permitiam a dessacralização dos soldados no final
da temporada de guerra, ou seja, sua limpeza da poluição religiosa contraída na guerra.
A história encontra paralelos nas mitologias irlandesa e indiana. Esses ritos ocorreram
em outubro, mês em que em Roma se celebrava o fim da atividade militar anual. Jano
seria então o patrono da feria como deus das transições, Juno por suas afinidades com
Jano, especialmente no dia das kalendae. Também é possível que ela tenha participado
como a deusa tutelar dos jovens, os iuniores, etimologicamente idênticos a ela. Os
estudiosos modernos estão divididos sobre a interpretação de J. Curiatius e J. Sororia.
Renard, citando Capdeville, opina que a escolha mais sábia é aderir à tradição e
considerar a própria lenda como a fonte dos epítetos.
M. Renard avançou a visão de que Jano e não Júpiter era a paredra original ou
consorte de Juno, com base em suas muitas características, funções e aparência comuns
em mitos ou ritos, como é mostrado por seus epítetos acoplados à cruz Janus Curiatius e
Juno Sororia: Janus compartilha o epíteto de Juno Curitis e Juno o epíteto Janus
Geminus, como sororius significa emparelhado, duplo. A teoria de Renard foi rejeitada
por G. Capdeville por não estar de acordo com o nível de deuses soberanos na estrutura
trifuncional de Dumézil. – Wikipedia.
Do mesmo modo que G. Capdeville pode rejeitar o que quiser qualquer um pode
rejeitar a teoria trifuncional de Dumézil porque este não esteve investido com a
infalifilidade papal, a sua teoria é uma banalidade infantil neo-nazi com mais furos que
uma cesta de vime pelo que à luz da mitologia todos podem ter razão desde que a história
das religiões seja vista de forma dinâmica e multomodal. Também não parece haver
dúvidas de que o arcaico deus latino Jano seria apenas a sobrevivência de Xu®-an na
cultura romana de que Uni seria variante elíptica dum virtual *Iuni, tal como o deus
Inuus romano teria sido *Iunus e que teriam tido por variantes femininas a latina Juno
depois de ter sido Jana esposa de Jano. A prova é que vamos encontrar Juno no mito de
Inuus e das lupercalias.

Ver: QUIRINO (***)

Na religião romana antiga, Inuus (latim clássico: [ˈɪnuʊs]) era um deus, ou


aspecto de um deus, que incorporava a relação sexual. As evidências para ele como uma
entidade distinta são escassas. Maurus Servius Honoratus escreveu que Inuus é um
epíteto de Fauno (grego Pan), nomeado a partir de seu hábito de relações sexuais com
animais, baseado na etimologia de ineundum, "entrando, penetrando", de inire,[9]
"entrar" no sentido sexual. Outros nomes para o deus foram Fatuus e Fatuclus (com um
curto a).
Fauno (aparentemente da raiz de favere, 'gentil', um eufemismo, embora isso seja
debatido: cf. Radke, Götter 119 ss., contraK. Latte, Gnomon1954, 18), um deus das
florestas, estava especialmente conectado com os sons misteriosos ouvidos neles, daí
seus títulos (ou identificação com) Fatuus e Fatuclus (Serv. em Aen. 6. 775), ambos
significando 'o falante'. A sua morada, as florestas selvagens (silvicola, Verg. Aen. 10.
551), fizeram dele um protetor dos rebanhos transumantes. Seu primeiro templo,
dedicado na ilha Tibre em 193 aC, foi construído com o dinheiro de uma multa imposta
aos pecuarii ('tropeiros') (Liv. 33. 42. 10; 34. 53. 3; aniversário em 13 de fevereiro, Fasti
Viae Principe Amedeo, Inscr. Ital. 13. 2, no. 32). A partir de então ele foi identificado
com *Pan, a tal ponto que seus traços originais não podem mais ser separados dos do
deus grego.
Se Walter Friedrich Otto contestou a etimologia tradicional e derivou Inuus de in-
avos, "amigável, benéfico", tal como Fauno era Favónio, e Georg Wissowa rejeitou
tanto a etimologia quanto a identificação de Inuus com Fauno, todos perdem tempo
porque, nos alvores da oralidade, os nomes tinham fonéticas e semânticas variáveis, no
tempo e no lugar, relacionadas com aquilo que as coisas pareciam. Sendo assim, e tendo
em conta a indeterminação de leitura dos caracteres romanos V/U e J/I, todos acabam por
ter razão e, em Inuus, o I pode ser lido como J e um dos Us pode ser lido como V.
Inuus Invus < Inavus ou Junus.
Inuus > *Iunus > Ivno Lvcina Ivno Moneta = "Ivno que adverte."
Se Fatuus, lit. “o insensato”< *Fatulus < Fatuclus < *Fatu-culus.
Inuus, lit. “o inoculador” < *Inulus < *Inuclus < *Inu-culus.
Lat. -culus < proto-itálico *kūlos, < ??? > proto-indo-europeu *kuH-l-,.
Os cognatos incluem o irlandês antigo cúl (“cu”).
*Fatu-culus é literalmente o oráculo (fatus) do cu (-culus)...de Fauno, o deus da
fauna florestal.
Faunos são deuses dos latinos , de modo que existe tanto um Fauno masculino
quanto uma Fauna feminina; há uma tradição de que eles costumavam falar de (fari)

9
Notar que esta mesma etimologia foi proposta por Cícero, segundo Macróbio, para Jano.
eventos futuros em lugares arborizados usando os versos que chamam de “Saturnianos”
, e por isso eram chamados de “Fauni” por “irem falando”. -- Varro, De lingua latina.
Varro diz também que Fatuus & Fatua também derivam de fari, obviamente por
fatus (oráculo). Por outro lado, Fauna / Fátua, muitas vezes era representada como Juno
ou como Cibele.
Quando Rômulo reclama que uma baixa taxa de fertilidade tornou inútil o rapto
das mulheres Sabinas, Juno, disfarçada de deusa do nascimento Lucina, oferece uma
instrução: "Deixe a cabra sagrada entrar nas matronas italianas" (Italidas matres sacer
hirtus inito, com o verbo inito uma forma de inire). As pretensas mães recuam desse
conselho, mas um augur, "recém-chegado do solo etrusco", oferece uma esquiva ritual:
uma cabra foi morta, e sua pele cortada em tiras para flagelar as mulheres que
desejavam engravidar; daí a etiologia para a prática da Lupercalia. Rutilius Namatianus
oferece um jogo verbal semelhante, Faunus init ("Fauno entra"), ao apontar uma estátua
representando o deus em Castrum Inui ("Fort Inuus").
Ivnu Regina. Deusa do parto e das mulheres em geral.
Assim chegamos ao núcleo da raiz do nome de Júpiter que é precisamente Ju-
presente em conceitos fundamentais da romanidade mas que podem parecer
contraditórios se não forem devidamente integrados e que são: o «jugo» da sujeição à lei
de júris em contraste com o culto de Juventas, a deusa que presidia à juventude e à
libertação dos jovens do «jugo» paterno. Na verdade, a contradição é apenas aparente
pois esperava-se que o jovem se libertasse do jugo da família do pai para formar uma
nova família pelo jugo matrimonial a que presidia Juno Juga.
Juga, ou Jugalis, é um epíteto de Juno em seu aspecto como deusa do casamento,
que se acreditava unir um casal em matrimónio. Seu nome significa "A que junta os
cônjuges". Como Deusa das Mulheres, Juno presidia especialmente aos casamentos e
aos filhos, e tem vários outros epítetos relacionados a essa função de protectora da
famíla.
Palavras latinas associadas a jugarius incluem jugalis ("junto") e jugo ("casar"
ou "juntar"). Algumas palavras derivadas dessa raiz latina são (em inglês): "yoke",
"join", "juncture", "conjugal" e até "yoga" (da raiz sânscrita yuj, que significa "jugar"
ou "unir"). Juga, ou Jugalis, é um epíteto da deusa Juno em seu aspecto como deusa do
casamento (acreditava-se que ela se juntasse a um casal no matrimônio). Como Juno
Juga – Juno do Yoke do Santo Matrimônio – ela tinha um altar no Vicus Jugarius (local
exato desconhecido). Embora os antigos acreditassem que isso dava nome à rua, na
realidade, provavelmente era o contrário.
Como Juno Juga, ela tinha um altar no Vicus Jugarius e, embora os antigos
acreditassem que o altar dava nome à rua, na realidade provavelmente era o contrário,
pois o Vicus Jugarius era muito antigo - talvez até mais antiga que a própria Roma, pois
fazia parte da rota comercial original para o rio Tibre. Jugarius pode significar "jugo"
ou "cume"; pois, como esta estrada corria ao longo do Monte Capitolino, provavelmente
significava algo como "a estrada ao longo do cume".
Juno Juga ou Iuga, Iugalis.< proto-itálico *jugos,
< proto-indo-europeu *yugós (“jugo”),
< *yewg- (“juntar, unir, arrear”) + *-ós (sufixo adjetivo).
Juga; Casamento: namoro;
Juga-tinus; casado; também cumes de montanhas.
Iugus < proto-itálico *jugos, do proto-indo-europeu *yoke (“yoked”), de *yewg-
(“juntar, unir, aproveitar”) + *-ós (sufixo adjetivo).
Contraste iugum, = um jugo (para bois ou gado) ou coleira (para um cavalo)
(sentido transferido) uma canga, par ou junta de bois de tracção; um par de cavalos; uma
carruagem, um par de qualquer coisa, uma lavragem de terra. Sinônimo: iūgerum.
< Iugum = (genitivo iugī); < proto-itálico *jugom, < proto-indo-europeu *yugóm,
< *yewg- (“juntar, arrear, unir”) + *-óm.
Cognato com sânscrito यग ु (yuga), grego antigo ζῠγόν (zugón) e gótico (juk).
Equivalente a uma substantivização do adjetivo iugus (“jugo”).
iugum, uma formação nominal, e iūgis, provavelmente não relacionado. Para o
epíteto divino, cf. Grego antigo Ἥρα ζυγία (Hḗra zugía).
ZYGIA and ZYGIUS (Zugia and Zugios), are surnames of Hera & Zeus,
describing them as presiding over marriage. (Hesych. s. v..)
And Hera [is called] Boopis (Cow-Eyed) and Zugia (Yoking-Goddess) and
Gamelia (Marriage-Goddess)."
< Cūnctus (cūncta, cūnctum); tudo, coletivamente, todo. Sinônimo: tōtus
< Etimologia Incerta...porque os gramáticos se desentenderam.
< concitus (aceite por Pokorny (1959),
e por De Vaan (2008) com algumas ressalvas.
< con- | cieō < cio < proto-indo-europeu *ḱey-.
Ernout e Meillet (1985) rejeitam tanto esta etimologia como a seguinte.
Autores antigos o explicaram como uma contração de *coiūnctus, < côn-iūnctus
(“conjunto, conectado”) < conjunctus < coniungō (“unir, conectar”) < con- (“com,
junto”) + iungō (“juntar, unir”).
Iu-beō (iubēre, iu-ssī, iu-ssum) = jubeo < latim antigo ioubeō < proto-itálico
*jouðejō, = Autorizar, legitimar, tornar legal, homologar, aprovar; licitar, comandar,
ordenar. Sinônimos: imperō, praecipiō, praescrībō, ēdīcō, mandō, in-iungō, dictō,
indicō, pōnō > Iuba f (genitivo iubae) = juba; o cabelo solto no pescoço de um animal;
uma crista em um capacete; tufos; crista dum galo.
< aparentemente da mesma fonte proto-indo-européia que iubeō como em
"movimento", "ondulação".????????????????????????????????????
Obviamente que a «juba» deriva do uso de crinas de cavalo nos capacetes a imitar
as cristas de galo e a juba dos leões como símbolos de força, poder e autoridade para
exercer o poder de iubēre e exercer a justiça de manu militari.
Jus-ticia < jūs-titia < ius-titia. Era uma das Horas, ela é a deusa da justiça. Ela é
filha de Júpiter e Themis; suas irmãs são Pax e Eunomia. Ela é a contraparte romana
de Dike.
1 Jus = lei < proto-itálico *jowos, do proto-indo-europeu *h2yew-, uma forma
estendida da raiz *h2ey- (a fonte de aevum e iuvenis). com o sânscrito yos (yós).
2 Jus = sumo < proto-indo-europeu *yúHs (“sopa, caldo”). sânscrito yus
(yūs), yusha (yūṣa), grego antigo ζύµη (zúmē), proto-germânico *justaz, proto-eslavo
*juxa.
O nome Juno também foi suposto ligado a Iove (Jove), originalmente como
Diuno e Diove < *Diovona. 10Embora esta etimologia ainda receba algum apoio, uma
derivação foi mais tarde proposta de iuven- (como no latim iuvenis, "juventude"), através
de uma forma sincopada iūn- (como em iūnix, "novilha", e iūnior, "jovem"). Esta
etimologia tornou-se amplamente aceita depois que foi endossada por Georg Wissowa11.
(…)
Em algumas inscrições, o próprio Júpiter é chamado de Iu-untus, e um dos
epítetos de Júpiter é Io-viste, uma forma superlativa de iu-uen- que significa "o mais
jovem".
Juventas, também conhecida como Iuventus ou Juventus (equivalente em grego:
Hebe), era a antiga deusa romana cuja esfera de tutela era a juventude e o
rejuvenescimento, igual à deusa grega Hebe. Ela também protegia as relações
contratuais e conjugais na sociedade romana.
Ela era especialmente a deusa dos jovens "novos no uso da toga" (dea novorum
togatorum) - isto é, aqueles que tinham acabado de atingir a maioridade.
De acordo com Dionísio e Tito Lívio, tanto ela quanto o deus Terminus teriam
"recusado" a cerimônia de reversão (exauguratio) realizada quando Tarquínio desejava
reconstruir o distrito do templo no Capitolio.
Juventas "era considerado uma poderosa força divina que proporcionava um
dom vital de força em um momento crítico".
Iuvenes < proto-itálico *ju-wenis, < ??? do proto-indo-europeu *h₃yéwHō.
com o sânscrito यवन
ु ्) yúvan), o persa ‫ان‬, (javân).
O nome Juno também já foi considerado estar conectado a Iove (Jove),
originalmente como Diuno e Diove de *Diovona. No início do século XX, foi proposta
uma derivação de iuven- (como no latim iuvenis, "juventude"), através de uma forma
sincopada iūn- (como em iūnix, "novilha", e iūnior, "mais jovem"). Esta etimologia
tornou-se amplamente aceita depois de ser endossada por Georg Wissowa.
Juno < Iuno = Ivnu < Iuven >< Iuven(es).
Youth < inglês médio youthe, yough-te, < inglês antigo ġeoguþ (“o estado de ser
jovem > juventude”), < germânico proto-ocidental *juwunþa < protogermânico
*jugunþō, Saterland Frisian Juugd, West Frisian jeugd, holandês jeugd, baixo-
alemão Jöögd, alemão Jugend.

CEDRO ESPINHOSO OU JUNIPERO


As pessoas conhecem os usos práticos do zimbro há milênios. Talvez seja
surpreendente, então, que não tenha uma presença forte na mitologia antiga. O zimbro
era um símbolo da deusa da fertilidade dos cananeus, Ashera ou Astarte, na Síria. No
Antigo Testamento, um zimbro como uma presença angelical protegeu o profeta Elias da
perseguição da rainha Jezabel. Um conto bíblico posterior conta como o menino Jesus e
seus pais foram escondidos dos soldados do rei Herodes por um zimbro durante sua fuga
para o Egito. (…)

10 P. K. Buttmann, Mythologus I, Berlim, 1828, p. 200 e ss.; J. A. Hartung Die Religion der Römer II Erlangen
1836 p. 62 ; L. Preller Rômische Mitologia I.
11 G. Wissowa Religion und Kultus der Römer, Munique, 1912, pp. 181-2, baseando-se em W. Schulze e W. Otto
em 1904 e 1905. Juno seria então um substantivo derivado em -ōn-, bastante incomum no feminino.
É por suas propriedades culinárias, medicinais e rituais que o zimbro é mais
conhecido. As duas primeiras destas propriedades relacionam-se com as bagas de
zimbro.
Os produtos químicos nas bagas também estimulam a contração dos músculos
uterinos. Eles podiam ser administrados durante o trabalho de parto, mas as mesmas
propriedades também eram usadas para abortar uma gravidez indesejada. Havia uma
frase usada na Idade Média de dar à luz "sob a árvore savin (zimbro)". Este era um
eufemismo para aborto induzido por zimbro. (…)
Os usos práticos da madeira de zimbro são poucos, e era mais comumente usado
para queimar. Isso não era tanto por seu calor, mas sim por sua fumaça. Embora a
queima de madeira de zimbro libere apenas fumaça visível mínima, essa fumaça é
altamente aromática. Nos tempos antigos, as pessoas usavam-no para a purificação
ritual dos templos. Os antigos acreditavam que a fumaça ajudava a clarividência. Foi
queimado para purificação e para estimular o contato com o Outro Mundo no festival
Samhain no início do ano celta. Na Europa Central, a fumaça de zimbro desempenhou
um papel na limpeza da primavera e na expulsão da bruxaria. O zimbro também foi
queimado durante os surtos da Peste.
Juniperus oxycedrus : Uma pequena árvore com folhas semelhantes a agulhas
que cresce a uma altura de 10 a 15 metros. As bagas do zimbro amadurecem para um
vermelho-alaranjado, e os cones masculinos são amarelos. A árvore é valorizada por sua
madeira. O famoso cedro fenício do Líbano, também encontrado em Creta, é outra
espécie.Sagrado para: Artemis (havia um santuário de Artemis Kedreatis, Senhora do
Cedro, perto de Orkhomenos onde a imagem de culto foi colocada na árvore).
Junk = meados do século XIV, junke "cabo ou corda velha", cortado em pedaços
e usado para calafetagem, etc., uma palavra náutica de origem incerta, talvez do francês
antigo junc "junça, junco", também usado figurativamente como um tipo de algo de
pouco valor, do latim iuncus "rush, reed" (...).
O nome vem do gênero Juncus < junc, nome latino dessas plantas, talvez
derivado do latim jungere (juntar): os juncos são usados como cordas.
O uso de cordas, cordões, nós e laços pelo homem se confunde com a sua própria
história. Fundamentais para a evolução da espécie e extremamente valiosos para o
estabelecimento de sua supremacia sobre outros animais, o desenvolvimento destes
recursos como parte do ferramental de sobrevivência humano só deve ser posterior, na
escala tecnológica – se o for – ao emprego de pedras, paus e ossos pelas comunidades
primitivas. (...)
Os primeiros materiais para confecção de cordas devem ter sido lianas,
trepadeiras, cipós, , junco, cânhamo, peles de animais, cabelos, tendões e tripas.
No Norte da Europa medieval, por outro lado, era costumeiro usar juncos secos -
às vezes misturados com ervas aromáticas - como uma cobertura espalhada pelo chão de
terra batida, propiciando isolamento térmico e absorvendo sujeira e detritos para fácil
remoção. > Lixo > Engl. junk manta morta = serapilheira.
Serapilheira, do latim vulgar *sirpicularia, cesto ou tecido de junco, do latim
scirpiculus, relativo ao junco.
Foi estendido a "restos antigos de barcos e navios" (década de 1660), depois a
"artigos velhos ou descartados de qualquer espécie" (1884), geralmente com sugestão de
reutilização. O significado de "carne salgada usada em longas viagens" é de 1762. O
significado de "droga narcótica" é de 1925. A comida lixo é de 1971; a arte lixo é de
1961; lixo eletrônico atestado pela primeira vez em 1954; títulos de alto risco de 1979. --
12

Sendo o junco um materiar usado desde sempre pela humanidade como material
de cordoaria e tecelagem de serapilheira e cestaria a sua relação com atar e junguir era
obvia para os altinos sendo desnecerrário o recurso ao duvidoso proto-itálico *joinikos
para inventar com ele uma etimologia IE ainda mais duvidosa.
Ziniperus = alteração do iūniperus clássico, talvez com assimilação de vogais.
Aparece nesta forma no Apêndice Probi[1], onde o (z) inicial sugere um alofone
fortemente africado de /j-/. Cf. Ortografias latinas tardias, como (zanuario) para
iānuāriō.
Jūniperus < proto-itálico *joinikos, dubiamente derivado de um protoindo-
europeu *yoy-ni- com ain irlandês médio ("rushes, juncos") e einir nórdico antigo
("zimbro") equiparado a Latim Do proto-itálico *joinikos, dubiamente derivado de um
protoindo-europeu *yoy-ni- com ain irlandês médio ("rushes, juncos") e einir nórdico
antigo ("zimbro") equiparado a Latim iūniperus..
«Junipero» < *iūniber < Xu-Nefer, o belo Xu < Xu-Anu-| Pher < Ker|
«Junipero» < lat. jūniperus < iūn-iperus iūn-cus ("junco") < iūnctus < iungō.
> *iūniber > *zin(i)b(e)ru(m) > «zimbro».
«Junipero», enquanto madeira de fomigações odoríficas purificadoras do ar
sagrado transportava as almas dos mortos para o céu enquanto Xu-Anu-Pher. A razão
porque a referância ao zimbro aparece aqui a respeito do culto de Juno tem a ver com a
raiz latina Ju- que ambos os termos partilham porque ambos participavam dos cultos
purificadores das festas de Juno Fébrua, Juno Februata ou Santa Febrônia (de febris).
Juno Februata, também, Februtis, Februlis, Februta ou Februalis é a deusa
romana da purificação e fertilidade. Era um aspecto da grande deusa Juno (equivalente
à grega Hera), particularmente cultuada e com celebrações festivas em sua homenagem
na segunda quinzena de fevereiro.
Februata vem da palavra latina februa que significa "purificação religiosa" e,
portanto, também fevereiro, o mês da purificação, como escreveu Ovídio:
"Os Padres de Roma chamaram-lhe purificação, februa... Nossos ancestrais
acreditavam que todo pecado e causas do mal poderiam ser apagados pelos ritos de
purificação."
A primeira menção a Juno Februtis que pude encontrar foi feita por Arnóbio, um
cristão primitivo escrito por volta de 300 d.C. que achou necessário (como alguns outros
autores cristãos primitivos) escrever sobre o quão tola ou obviamente errada era a
religião pagã quando comparada ao cristianismo; no processo de tentar refutar a
existência de Juno, ele lista muitos de seus epítetos conhecidos, e inclui Februtis entre
eles. Parece, então, que esse aspecto de Juno foi tardio, talvez ligando os temas de
purificação e renovação do mês com seu conhecido aspecto de padroeira do parto, que
envolve antecipação semelhante do novo.

12
https://www.etymonline.com/search?q=+junk
JUNONA
Etimologias antigas associavam o nome de
Juno a juvare, "ajudar, beneficiar", e iuvenescere,
"rejuvenescer", às vezes ligando-o à renovação da lua
nova e crescente, talvez implicando a ideia de uma
deusa lunar.
Ju-no / Ju-nonis é um nome estranho no conjunto
dos deuses latino o que aponta para que seja um nome
arcaico que não parece derivar de uma composição a partir
de nomes vis latina acabados na raiz -ona.
Ju-no < Ju-non < Ju-none < Ju Nona
= Lei do mês de nascimento < Aenona
Aenona é uma cidade da Liburnia situada perto da costa do Mar Adriático, agora
Nin ou Nona.
Abeo-na / Adeona era deusa romana que protegia as crianças quando elas
saiamm da casa dos pais pela primeira vez.
Angerona era a deusa romana do solstício de inverno. A Deusa que conhece o
nome secreto de Roma. Angerona é a deusa do sofrimento e do silêncio.
Bell-ona /Duell-ona, Bo-na Dea,
Bub-ona – “Vaca”, é a protetora do gado.
Ep-ona, Interced-ona, Lat-ona, Matr-ona, Mell-ona,
No-na era a deusa romana do tempo adequado de gravidez.
Orb-ona era deusa romana invocada por pais que ficaram sem filhos e implorou-
lhe que lhes concedesse filhos novamente. Orbona- Deusa dos órfãos
A festa principal de Juno Mucina, chamada Matronália, era celebrada no dia 1º
de março. Neste dia, cordeiros e outros animais eram sacrificados a ela. Outro festival
acontecia no dia 7 de julho e se chamava Nonae Caprotinae ("Os Nonas das bebras").
Nona ("nona") aparecia às mães no nono mês de grávidez, quando a criança
deveria nascer. Mais tarde, ela tornou-se associada às deusas Morta e Décima e formou
as deusas dos Destinos Romanos. A mais nova das três Fadas ou Parcae, filha de Júpiter
e Justícia; as fiandeiras do fio da vida. Ela é o equivalente romano de Cloto.
Seja como for, não é clara a etimologia clássica do nome da deusa Nona nem do
número nove. Os racionalistas teimam em fazer derivr o nome dos deuses da trivialidade
das coisas que vieram a tutelar por especialização decidida pela classe sacerdotal. No
entanto, é quase seguro que o nome divino precede as coisas a que vieram a dar sentido e
no caso de Nona não parece haver excepção.
A deusa Nona pode ser uma adaptação alegórica ao tempo de gestação solar e
derivar da mesma mitologia Egeia como a etrusca Nortia e as Nornas nórdicas de que
Nerdo seria uma variante germânica referida por Tácito.
Na mitologia etrusca, Nortia era a deusa do destino e da fortuna. Seu atributo
era o prego, que era pregado na parede dos seus templos durante o ano novo. Embora
não haja menção da deusa em textos etruscos, o historiador romano Tito Livio a
menciona numa dedicação ritual associada com ela: Minervae inventum sit. Volsiniis
quoque clavos indices numeri annorum fixos in templo Nortiae, Etruscae deae,
comparere diligens talium monumentorum auctor Cincius adfirmat. -- Livy vii. 3. 7.
“Os Langobardos se distinguem por serem poucos. (…) Não há nada de
especialmente digno de nota sobre estes estados individualmente, mas eles se distinguem
por uma adoração comum a Nerthus, isto é, a Mãe Terra, e acreditam que ela intervém
nos assuntos humanos e atravessa seus povos. Existe um bosque sagrado numa ilha do
Oceano, no qual há uma carruagem consagrada coberta com um pano, que somente o
sacerdote pode tocar. Ele percebe a presença da deusa no santuário mais íntimo e com
grande reverência a acompanha em sua carruagem, puxada por vacas. Há então dias de
alegria e o campo celebra a festa, onde quer que se digne visitar e receber hospitalidade.
Ninguém vai para a guerra, ninguém pega em armas. Todos os objectos de ferro são
então trancados e só então eles exercem paz e sossego, só então os valorizam, até que a
deusa se canse da sociedade e o sacerdote a traga de volta ao templo. Depois, a
carruagem, o pano e, se alguém puder acreditar, a própria divindade são lavados em um
lago escondido. Os escravos que exercem esta função são imediatamente depois
engolidos pelo mesmo lago. Daí surge o medo do misterioso e a piedade, que os mantém
ignorantes daquilo que apenas aqueles que estão prestes a perecer podem ver.” -- A.R.
Birley, translator; Tacitus, Agricola and Germany (1999), p. 58.

Figura 7: "Nerthus" de Emil Doepler, 1905.

Embora alguns estudiosos tenham contestado vários aspectos do culto de Nerthus,


desde o seu próprio nome até ao seu estatuto como uma genuína deusa germânica da
terra, nenhum destes argumentos provou ser particularmente eficaz à luz de um exame
abrangente e cuidadoso das provas. O mais frequentemente questionado é o próprio nome
Nerthus. Tácito escreve, Nerthum, id est Terram matrem, “Nerthus, isto é, a Mãe Terra”.
Nerthus é apenas um dos três nomes divinos de origem étnica na Germânia, demonstrando
que Tácito provavelmente tinha uma origem germânica para ele. Alguns estudiosos
contestaram a certeza desta leitura por causa de formas variantes do nome encontradas
nos manuscritos, todos datando do século XV ou posterior. Essas leituras variantes são:
Nerthum, Nertum, Neithum, Nehertum, Necthum, Herthum e Verthum. O próprio Jacob
Grimm abordou esse ponto já em 1835. Em vez de qualquer desejo nacionalista de
conectar o folclore alemão à mitologia nórdica antiga, como alguns sugeriram , a
autoridade por trás da Lei de Grimm confiou em suas habilidades como linguista,
afirmando claramente que “os manuscritos compilados têm esta leitura”. Nem foi esta a
sua preferência: “Eu preferiria Nertus a Nerthus, porque nenhuma outra palavra alemã
em Tácito tem TH, exceto Gothini e Vuithones.” Ele rejeita a leitura Herthus, “embora o
aspirado in herda possa parecer pleitear por isso, a terminação –us é contra.” Assim, a
afirmação de Lotte Motz de que Grimm selecionou o nome “porque coincide
foneticamente com Njörðr” é sem fundamento. Estudiosos modernos, conhecedores de
linguística, apoiam a leitura de Nerthum. (…)

A forma Hertha é uma leitura falsa de origem comparativamente moderna. Em


1519, Rhenanus, o piedoso estudioso que publicou Tácito, escreveu Herthum para
Nerthum, manifestamente o mesmo que o antigo alto alemão Herda, terra. Com base em
sua autoridade, o texto de Tácito foi uniformemente dado como Herthum até 1817, quando
editores como Franz Passow restauraram Nerthum ao texto latino. O fato de o nome
Nerthus ser gramaticalmente masculino na forma levou alguns críticos, como Klaus von
See para concluir que Tácito não tinha nenhuma informação genuína sobre o culto de
Nerthus além deste nome e, portanto, baseou seu relato do "deus" germânico no culto
romano de Magna Mater (a Grande Mãe), um culto no qual o próprio Tácito era
intitulado participar. Portanto, as objeções mais frequentes à autenticidade do culto de
Nerthus baseiam-se em comparações superficiais com o seu reflexo romano, quase sempre
ignorando os seus nítidos contrastes. (…)

Nerthus é mais frequentemente identificado como um dos Vanir. Há muito se


reconhece que o nome Nerthus é um étimo de Njörðr, o mais antigo dos deuses Vanir
nomeados, e pai de Freyr e Freyja. O próprio Grimm observou que o nome Nerthus era
idêntico ao nome nórdico antigo posterior Njörðr, um “identidade tão óbvia quanto a de
Freyr para Freyja.” De acordo com John McKinnell (2005), o desenvolvimento seria
“Nerthus > *Njarðuz (quebra) > *Njörðuz (u-mutação) > Njörðr (sinscópio).” Muito foi
feito desta aparente disparidade de género. Ao longo dos anos, os estudiosos sugeriram
que a divindade descrita por Tácito era na verdade masculina ou mudou de género ao
longo do tempo, refletindo a redução do status das mulheres entre os tempos de Tácito e
Saxão. A teoria concorrente de que Nerthus era um hermafrodita recebeu alguns atenção
quando foi proposto pela primeira vez, mas agora é geralmente rejeitado. Tais
interpretações, no entanto, são injustificadas, uma vez que vários ídolos de madeira
recuperados das turfas da Dinamarca e de Schleswig-Holstein demonstram que a
divindade poderia ser de ambos os sexos. Como veremos, os de Foerlev Nymølle e Rebild
skovhuse são mulheres, enquanto os de Broddenbjerg, Spangeholm e Rude Eskildstrup são
homens. O sítio em Aurkemper Mose, Braak, Holstein produziu um de cada gênero,
sugerindo um culto no qual um deus e uma deusa eram adorados como irmãos e parceiros
conjugais. A diferença de sexo entre Njörd e Nerthus é menos problemática do que alguns
imaginam, pois entre os deuses mais comumente associados a tais procissões,
encontramos outros nomes que refletem o gênero, como Freyr e Freyja, que são irmãos;
bem como Fjörgynr e Fjörgynn, que designam respectivamente a deusa da terra e o pai da
esposa de Odin. Assim, não é inconcebível que Njörd e Nerthus representem irmãos ou um
casal. Isto é ainda mais provável porque em Lokasenna, Diz-se que Njörd foi pai de Freyr
com sua própria irmã, que permanece sem nome nos relatos fragmentários deixados para
estudo. O templo de Nerthus na ínsula Oceani (em uma ilha no oceano) também pode
apontar nessa direção, já que Njörd é um deus do mar. e Oceanus é um nome próprio
derivado da mitologia grega. Portanto, pode ser significativo que Tácito tenha escolhido a
palavra Oceanus em vez do latim mare para descrever sua ilha natal.50 -- Odin’s Wife:
Mother Earth in Germanic Mythology, SAMPLE CHAPTER © 2018 William P. Reaves.
Ner-thus > *Njar-ðuz > *Njör-ðuz > *Njör-ður > Njör-ðr.
Ner-gal > Ne(r)-gar > *Njar- > *Njör-
Portanto, a etimologia sugere que Nerta seria esposa de Nergal, um deus infernal
caldeu que por isso seria deus da tábua das leis do destino como Ninurta e como foi
seguramente Dis Pater, o pai dos gauleses por ser deus pai, ou seja, Dis- | *Tinus
Tunis < Tinia < Ti Anu, porque Anu era o deus do céu da Suméria.
Na verdade, já na caldeia havia uma indeterminação no nome dos deuses das
tempestades Ninip Ninib / Nir-ig < Ner-ik > Nerg-al.
Nehalennia é uma deusa de origem obscura, talvez germânica ou celta. Ela é
atestada e retratada em numerosos altares votivos descobertos ao redor do que é hoje a
província de Zeeland, na Holanda, onde o rio Schelde desembocava no Mar do Norte. O
culto a Nehalennia remonta pelo menos ao século 2 a.C., e a veneração da deusa
continuou a florescer no norte da Europa nos séculos 2 e 3 d.C.

Figura 8: An old drawing of 2 altars dedicated to Nehalennia.

Embora o significado do nome Nehalennia permaneça controverso, os linguistas


concordam que sua origem não é latina. Dado os locais onde a maioria das referências e
artefatos foram encontrados, seu nome é provavelmente de uma língua germânica ou
celta. Gutenbrunner (1936) relacionou-o com o proto-germânico *nehwa "close", mas
não conseguiu explicar o resto do nome. Gysseling (1960) acreditava que o nome não
era celta nem germânico, mas sim derivado da raiz protoindo-europeia *neiH- "liderar".
Ele não conseguiu rastrear o resto do nome. De Stempel (2004) relaciona seu nome com
o galês halein "sal" e heli "mar", propondo uma origem celta. Ela desconstrói o nome
como uma combinação de celta *halen– "mar" e *ne- "on, at". Finalmente, *-ja é um
sufixo que forma um substantivo feminino. O significado seria "aquela que está no mar".

Figura 9: Nehalenia (também Nehalenia,


Nehalaenniae, Nehalaenia) é uma deusa
patrona indígena que foi adorada por
viajantes, especialmente marinheiros e
comerciantes, na foz do Escalda nos
séculos 2 e 3 na Gália e na Belgica.

Uma inscrição encontrada se


traduz em: "Antes de Nehalennia,
Marcus Exingius Agricola, cidadão de
Trier, comerciante de sal em Colônia,
cumpriu sua promessa, disposto e com
razão". A maioria das ofertas votivas
foi doada por mercadores para
suplicar à deusa uma passagem segura
para a Britânia.

O culto a Nehalennia estava


concentrado em templos de
Ganuenta e Domburg. Na
antiguidade romana, Ganuenta era
um assentamento na Zelândia. Este
lugar estava localizado na margem
sul do Escalda.
O templo em Ganuenta era dedicado exclusivamente à deusa, enquanto outros
deuses romanos também eram adorados em Domburg. As estátuas dos deuses supremos
Júpiter, Neptuno e da deusa Vitória foram encontradas aqui.
Notar que a cidade onde se encontrou o culto de Necalenia nos Países Baixos, foi
Ganuenta:
Topônimo obscuro: lugar / local próximo / na foz / estuário: Ganuenta pode
conter uma forma germânica de uma palavra celta para garganta, estuário; portanto,
poderia vir de um antigo Genu-venta: lugares próximos a uma foz. A situação real é de
facto próxima de um estuário e, portanto, a semântica é apropriada. Mas como são os
conceitos que derivam dos deuses e não o inverso, Ganuenta seria a cidade do templo da
deusa Gana, uma arcaica deusa marinha parédra de Gan-dar-ewa
*Xu-Ana < *Gu-Ana > Ganua + Intu > Ganuinto > Ganuenta < *Gen(u)-venta
> Génuva > Genebra, etc.
Mas também é verdade que esta cidade poderia estar relacionada com a cidade
trácica de Ganos no estreito de Dardanelos da Propôntida onde era adorada a deusa
Gana. Parece no antigo escandinavo ganô significaria bocejar, abri-e-lhe a boca de
espanto ou de gaúdio.
Segundo DLE1, a palavra GANA (desejo, apetite, vontade de algo) é de origem
incerta. As teorias consideradas são as seguintes:
• Segundo Covarrubias vem do grego γάνος (ganos = alegria, contentamento).
Esta palavra vem do verbo γάνυµαι (gánymai = brilhar de alegria ou alegria), que
estaria relacionado com a raiz indo-europeia *gau- (regozijar-se, brilhar de alegria).
• Pianigiani também o associa ao grego γάνος, mas diz que viria do alemão
antigo gânjan (estar de boca aberta). Ele também diz que há uma confluência com o
latim gannire (rosnar, murmurar), que discutimos nos verbetes sobre enganar e
repreender.
• De acordo com Diez, viria do alto alemão antigo geinôn (ficar boquiaberto) e
seria comparável ao latim hiare (ficar boquiaberto) e ao grego χαίνειν (khainein =
abrir). O que, tal como o nosso verbo vencer, estaria relacionado com uma raiz indo-
europeia *ghe-2 (ter a boca aberta, bocejar, abrir um pouco).
• Corominas dá uma versão semelhante, dizendo que viria de um gótico *ganô
(ganhar, ganância) relacionado ao antigo gana escandinavo (abrir a boca) e compara-o
a ganhar.

No Avesta, Gan-dar-ewa é um demônio que vive na água e tenta constantemente


engolir as boas obras da criação; finalmente ele é morto pelo herói Keresaspa.
Gauna = O líder dos espíritos dos mortos, na lenda bosquímana africana, Gauna
(também conhecido como Gawama e Gawa) procura atrapalhar a criação de Kaang e
assediar a vida de homens e animais. < Gu-Ana
Gad é o nome de uma divindade da boa sorte, equivalente ao grego Tyche e ao
latino Fotuna. < Gad(i) < Gau-di + Ana > Rio Guadiana.

Ver: GANIMEDES,
UM DEUS MENINO DA PEDERASTIA INICIÁTICA (***)

Outros deuses indígenas que foram cultuados localmente naquela época são:
Burorina, Hludana, Hurstrga, Sandraudiga, Seneucaega, Vagdavercustis e
Viradecdis.
Burorina < Bu-rau-ru-Ana < Bu Auru-ru > Brauronia.
Ártemis Braurônia, protetora das mulheres na gravidez e no parto, tinha seu
principal santuário em Brauro, um demo na costa leste da Ática.
O santuário de Artemisa em Brauro (em grego clássico: Βραυρών ou Βραυρώνα;
romaniz.:Vravrona ou Vravronas) é um antigo local sagrado na costa leste da Ática, perto
do Mar Egeu.
Hludana < Holundana < Haulundi-ana < Senhora da Holanda
< *Kaurun-dia = Deusa Kaurania.
Hurstrga + Nin = Nin-Hurstarg < Nin-Kur-Ishtar-Ki
> Ninhursag.
Sandrau-diga < Sandra-u-dica < deusa | Sandra < *Santhar < Santar
Seneuca-ega < Seneuca-| (d)ega < dica | < deusa | Seneuca > Seneca
> Seni-ura = Divina Senhora
Vagda-ver-cus-tis < Vagda | < Vadiga < Vau-dica > Boudica
Boadiceia (FO 1943: Boadicéia) (também Boudica, Boudicca, Boadicea,
Buduica e Bonduca) < *boudi 'vitória, vitória' + *-kā 'ter' sufixo, ou seja, 'Mulher
Vitoriosa', conhecido nas crônicas latinas como Boadicea ou Boudicea, e em galês como
Buddug (pronúncia galesa: [ˈbɨðɨɡ])) foi uma rainha da antiga tribo britânica Iceni, que
liderou uma revolta fracassada contra as forças conquistadoras do Império Romano em
60 ou 61 d.C.
+ Wer-cus tis = Virtude.
A deusa Vagdavercustis, cujo nome pode significar "virtus honrado", era
homenageada principalmente por soldados, quer estivessem ou não em seu santuário em
Kalkar, na Alemanha. As armas foram dedicadas a ela aqui. Ela também era conhecida
nos Países Baixos, mas o centro de gravidade do seu culto ficava logo depois da
fronteira atual, na Alemanha.
A deusa Vagdavercustis está listada em um total de oito ou nove inscrições, a
maioria das quais vem da área de Kalkar, Xanten e Kleef. Uma inscrição (CIL XIII
8805) foi encontrada na Holanda, em Hemmen (Gelderland).
Outro (AE 1935 163), encontrado em Budapeste, foi feito por um membro da
Coorte III Batavorum, talvez um bataviano da região do Baixo Reno.
Cinco das inscrições foram feitas por soldados. Em Kalkar, também foram
descobertos os restos de um templo em 2000, no qual foram encontradas algumas das
inscrições da deusa. Restos de armas, armaduras e arreios de cavalos também foram
encontrados aqui.
Várias interpretações foram feitas do nome Vagdavercustis. Theodor von
Grienberger traduziu o nome como "o que dá vitalidade", mas de acordo com Rudolf
Much, esta interpretação é improvável e complicada. Muito se argumenta que a parte -
Vercustis pode vir do germânico *Wer(a)-coastiz, "excelência masculina" ou "virtus" do
céltico.
A parte Vagda é mais difícil, afirma ele, mas pode ser atribuída a um significado
no estilo de “honrado”. Isso explicaria o nome Vagdavercustis como "honrado Virtus.
Virtus, a personificação da bravura na batalha.
Vira-dec(i)-dis = deusa da palavra de homem (honrado).
Viradectis é uma divindade que serviu para unir os Tungri Condrustis e vigiá-los
em terras estrangeiras, e é excelentemente adequado para qualquer um que siga um
caminho especificamente Tungri em Senobessus Bolgon. Tanto as derivações proto-celta
quanto as protogermânicas de Seu nome revelam algo sobre sua personagem: ela tem
um jeito com as palavras e fala a verdade, especificamente para pactos e promessas.
Esta pode ser uma das razões pelas quais ela parece germanizada, com a ênfase nos
juramentos cumpridos, sendo o orlaeg(sp?) uma lei falada, e o tato diplomático para
manter fridh(sp?) e gridh(?). Especialmente para uma tribo tão heterogênea como os
Tungri, uma maneira de suavizar os erros sociais teria sido altamente valorizada, e ela
poderia muito bem ser vista como a padroeira dos pacificadores.
Nehalennia, era uma deusa germânica adorada no ponto onde os viajantes
cruzaram o Mar do Norte vindos da Holanda, é mostrada em muitas pedras
esculpidas segurando pães e maçãs como uma Deusa Mãe, às vezes com a proa de
um navio ao lado dela, mas também frequentemente com um atendente cachorro
que fica sentado olhando para ela. Este cão está em treze dos vinte e um altares
registrados por Ada Hondius-Crone (1955:103), que o descreve como uma espécie
de galgo.
Davidson liga ainda o motivo do navio associado a Nehalennia com o par
germânico Vanir de Freyr e Freyja, bem como com a deusa germânica Nerthus.
Ela observa que Nehalennia apresenta alguns dos mesmos atributos das Matres.
Não se sabe se o nome Nehalennia tem origem germânica, celta ou
outra. As tribos que existiam na época eram referidas pelos historiadores romanos
como germânicas, por um lado, e são frequentemente identificadas - ou pelo menos
parcialmente - como celtas pela arqueologia contemporânea. Além disso, deve-se
considerar que Nehalennia é uma transcrição latina de um nome de outra língua,
e foi corrompida a tal ponto que grande parte da vocalização local foi perdida.
Várias explicações etimológicas têm sido propostas.
Embora o significado do nome Nehalennia permaneça controverso, os
linguistas concordam que a sua origem não é latina.
De acordo com outros linguistas, o nome Nehalennia não se origina de
uma língua celta, bem como de uma língua germânica, mas deve ter vindo de
uma língua muito mais antiga.
"Nehal" está etimologicamente relacionada com a palavra "ver-niel-en"
(destruir) em holandês moderno.
Ver- = Quando adicionado a um verbo, indica uma mudança, muitas vezes para
pior.
Niel = topónimo de cidade nas margens do rio Rupel, no sudoeste da província
belga de Antuérpia < Holandês medieval niel que significa "jogado de bruços nas
profundezas" < germânico nihwulia ou niwaialho (que significa: "de cabeça para
baixo"). Além disso, foi demonstrado que lugares com nomes com "niel" são
invariavelmente mais baixos.
Então, se niel tem a conotação do que é «nivelado» por baixo ficamos a
suspeitar que terá algo a ver com o nome dos Países Baixos ou Netherland.
«Países Baixos» = Nether-land < inglês médio nether, netthere, nithere, < inglês
antigo niþera (“inferior, abaixo, mais baixo”, adjetivo), de niþer, niþor (“abaixo,
abaixo, abaixo, abaixo, abaixo, em uma posição inferior”, advérbio), do proto-
germânico ocidental [Termo?], do proto-germânico *niþer, *niþra (“para baixo”), do
proto-indo-europeu *ni-, *nei- (“dentro, para baixo”). Os cognatos incluem neder
holandês, nieder alemão, nidder luxemburguês, ned dinamarquês, norueguês e sueco,
nedre dinamarquês, norueguês e sueco (“inferior”), niður faroês e islandês.
Pois bem, se nether < *niþra / *niþer < Lat. inferus, o que põe em causa a
etimologia supostamente indoeuropeia que pretende relacionar este termo latino com
under.
Inferus < From Proto-Italic *enðeros, from Proto-Indo-European *h₂n̥dʰér-o-s,
from *h₂n̥dʰér. Cognate with English under, Sanskrit अधर (ádhara). *ð > f is
irregular in word-internal position (**inderus would be expected; compare fundus) and
is explained either as (Faliscan) dialectal influence or by assuming metanalysis as a
compound with in.
Obviamente que a etimologia indo-europeia resulta mais duma divagação feita de
achismos que premeditadamente pretendem contornar a vasta, arcaica e ebm
documentada tradição oriental do que por força de leis fonéticas mais ou menos
arbitrarias. Obviamente que o inglês un-der se relaciona com o grego *ἔν-τερος tal como
seria o caso do Proto-Italico *en-ðeros, se este fosse necessário para chegar ao latino in-
ferus. Na verdade não é assim porque se tratam de variantes dum mesmo conceito
composto que muito possivelmente derivaria do dumério En-kur, variante do nome do
grande deus Enki, por sinal deus dos infernos do Kur como foi depois Nergal,
seguramente uma evolução do mesmo nome e conceito mítico.
Uma consideração das duas primeiras sílabas ("Nehal") fornece
possibilidades para uma explicação tanto do nome de Nehal-ennia como da deusa
Nerthus e de Nortia / Norna.
Lat Infer > Inferno <=> Nergal.
Ner-gal > Nehal-| ennia < anina.
Ner-gal > Ner-hal > Nether + land > Nederlandia.
Ner-tu > Ner-thus => Norna.

Na evolução linguística os elos virtuais raramente são “passos perdidos”


porque quase sempre são passagens virtuais que nunca foram tentadas por se ter
considerado possível saltar por cima delas. Na verdade, a evolução linguística é um
mero caso particular da transmissão de informação que ora parece ser escalar e
feita aos saltos mortais, como os revolucionários acreditam ser sempre o progresso
histórico, ora parece ser em mancha de óleo, progressivamente uniforme. No
entanto, se a realidades é só uma isso significa que estamos perantes perpectivas
dualistas dos processos de observação que se tornam progressivos quando tomada à
distância geral e, escalares, quando observados na intimidade dos sentidos ou nos
limites lumínicos da física quântica.

É uma desatenção inexplicável não comparar nem postular uma relação evolutiva
entre a deusa etrusca Nor-tia e as Nor-(a)nas nórdicas sendo todas deusas da sorte e do
destino.
> Ger. Nerthus.
Nona < *No®na < Nornas < Nor-(a)nas ≡ Nor-tia, lit. deusa *Nor < *Nurtha-
< Nor-a(na)s < *Ana-uras < Sumer. Ana-Urash
< *Ana-Kur-ash > *Kaurania
> Urania, deusa da astronomia, astrologia e profetismo.
Aparentemente a passagem de *No®na a Nona deve ter acontecido por
ressonância com o sumério Anuna > *Nun-na.

Ver: MOIRAS, PARCAS & NORNAS, AS TECEDEIRA DO DESTINO (***)

The Anuna (Anunnakkû), which possibly means 'princely offspring', is used in


earlier, especially Sumerian, texts as a general word for the gods, in particular the early
gods who were born first and were not differentiated with individual names. They are put
to work to help build the temple at Girsu in a Sumerian hymn, and are linked with the
benign iama-deities. There are fifty Anuna of Eridu. The sky god Anu (An) is described as
king of the Anunnakku. In the Epic of Creation the multitude of gods are called the
'Anunnakku of heaven and earth.
Nūnum < Possivelmente do sumério ou de um empréstimo de outro lugar para
línguas semíticas, também encontrado em um aramaico ‫( נוּנָא‬nūnā) / nūnā, (“peixe”) e
hebraico mishnaico ‫( נוּן‬freira, “peixe”). (Um proto-semítico *nūn- (“peixe”) às vezes
postulado é dificilmente possível, na medida em que duas consoantes idênticas ligadas
por uma vogal são um padrão estranho para um substantivo semítico.)
Hitit = *ku_an- (c.) ‘woman’. CLuw. uana-‘woman’ Lyd. kãna-‘wife’.
Tudo aponta para que o nome do número «nove» e a palavra para «novo»
decorram do nome da deusa Nona e não o inverso porque esta deusa presidia ao
nascimento de uma «nova» criança no «nono» mês da gravidez o que é tão simples
quanto ainda é óbvio!!!
Nundĭna, ae, f. (sc. dea), a deusa que presidia a purificação e nomeação dos
bebês, o que acontecia no caso dos meninos no nono dia e no das meninas no oitavo dia
após o nascimento, Macr . páginas 1, 16, 36.
Nondina > nundinus < proto-itálico *novenos (“nono”) + proto-itálico *di(a)nos
(“dia”, atestado apenas em compostos), relacionado a dies (“dia”)...e Diana.

Número NOVE
Nona *No®na < no(r)nus > *no(r)venus > proto-itálico *nowem > Lat. novem
proto-helênico *en-né(r)wə
> ἐννέα (ennéa).
Lat. novem < *noven < proto-Indo-europeu *hnéwn̥.
sânscrito (navan), o grego antigo ἐννέα (ennéa), o gótico niun e o inglês
antigo niġon (inglês nove).
ἐννέα (ennéa), < proto-helênico *ennéwə
ἐννῆ (ennê) — Dórico
ἔννεᾰ (énnea) — Eólico
ἐννία (ennía) — Beócia
ἐννῆᾰ (ennêa), ἑννέα (hennéa).
Lat. nōnus < *no(ue)nus < novenus < *novenos > novem > “nove”.
Lycian: nuntata. Prussiano antigo: newīnjai. Latgaliano: deveni.
Letão: deviņi. Lituano: devynì

Neófito, NOVO e nado vivo.


De acordo com uma teoria, relacionada ao adjetivo de PIE *néwos (“novo”),
supostamente um locativo sem fim que significa "no novo" (reforçado pela preposição
*en (“no”), traços dos quais supostamente também podem ser vistos no grego antigo e
no armênio), do radical r/n heteroclítico néwr̥ ~ néwn̥, cujos reflexos anteriores podem
ser vistos no grego antigo νεαρός (nearós, “jovem, jovem”) e armênio ն ո ր (nor,
“novo”). (...) Outra teoria (Blažek 1999: 199) considera *h néwn̥ como o acusativo de
um antigo substantivo primário *h enu- (“falta”) e, portanto, relacionado a *h₁ new
(“sem”) (de onde, por exemplo, grego antigo ἄνευ (áneu), alemão ohne).
«Neófito» < empréstimo do latim neophytus, < grego koiné νεόφυτος (neóphutos),
do grego antigo νέος (néos, “novo, jovem”) + φῠτόν (phutón, “planta, árvore”).
Ancient Greek νέος νεαρός (nearós, “young, youthful”)
< proto-indo-europeu ***newr̥ós. Ou, o que é mais plausível, νέο(ς) + -αράς
> νε-αράς > νεαρός.
Sufixo -αράς • (-arás) m (feminino: -ού (-oú) neutro: -άδικο (-ádiko) e coloquial -
ούδικο (-oúdiko)) intensificador adicionado a substantivos que derivam de substantivos,
verbos ou derivados verbais: χορεύω (chorévo, “dança”) + -αράς (-arás) → χορευταράς
(choreftarás, “grande dançarino”) Έλληνας (Éllinas, “grego”) + -αράς (-arás) →
Ελληναράς (Ellinarás, “ultra grego, obcecado em ser grego; -aqui, irônico-”)
proto-indo-europeu *néwos, de onde νέος (néos, “novo”).
armênio antigo ն ո ր (nor) e o latim noverca < *nor-vaca.
Qual seria a equivalente grega do nome arcaico de Juno? Seguramente o termo
também arcaico Xuanon, ou seja uma Kora (< *Kaur-ania) arcaica antes de se ter
diferenciado como Hera, esposa de Zeus.
ξόᾰνον • (xóanon / ξοᾰνου) = Uma imagem de madeira esculpida, uma imagem,
estátua de um deus. De ξύω (xúō, “esculpir, alisar”). ξύλον (xú-lon, “madeira”).
Assim, é possível que a deusa germânica que Tácito identifica como Nerthus
fosse já também uma evolução de uma arcaica deusa egeia *Kaur-ania em evolução para
*Her-tha para formar o termo inglês para terra «earth» < Proto-Germanic *ertho.
Em conclusão, Juno era etimologicamente uma Ju-*nor-na ou *Xunortia, deusa
dos destinos dos jovens e casados subjugados pelas leis pré-nupciais e conjugais.

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