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Uso Da Cefalometria em Ortodontia - o Valor Diagnóstico, Científico e Os Erros Mais Comuns
Uso Da Cefalometria em Ortodontia - o Valor Diagnóstico, Científico e Os Erros Mais Comuns
convencionais em 2D, com imagens em 3D. Os resultados mos- intra-examinador e interexaminadores na marcação de 52 pon-
traram grande variabilidade nas medidas das imagens em 2D em tos cefalométricos comumente usados em análise cefalométrica
comparação com as em 3D. Concluíram que as telerradiografias póstero-anterior (PA), verificaram a mesma dificuldade. Os auto-
apresentavam ampliações e distorções consideráveis, fazendo com res mostraram que houve uma considerável magnitude de erros,
que esse método não fosse totalmente confiável para a avaliação maiores interexaminadores do que intra-examinador, em 15 pon-
das medidas craniométricas e para a compreensão do crescimento tos avaliados. Este fato demonstrou uma inaceitável magnitude de
e dos efeitos do tratamento ortodôntico. erros, que deveria ser minimizada.
Além dos erros que ocorrem na identificação dos pontos cha-
Erros na identificação e marcação dos pontos mados de inspeção, que são aqueles de observação direta na ra-
cefalométricos diografia, há ainda os possíveis erros na marcação dos pontos cha-
Uma dificuldade da cefalometria diz respeito à correta locali- mados de construção ou construídos geometricamente. Savage,
zação e marcação dos pontos cefalométricos. Kamoen, Dermaut e Showfety e Yancey36 avaliaram a marcação destes pontos na aná-
Verbeeck19 relacionaram vários fatores de erro dessa técnica e con- lise cefalométrica preconizada por Ricketts. Os autores verificaram
cluíram que a fonte mais importante estaria no estabelecimento os erros na reprodutibilidade da marcação desses pontos construí-
preciso do traçado e da marcação desses pontos. É evidente que se dos entre 12 ortodontistas treinados. Os autores não encontraram
ocorre erro neste processo, o resultado final da avaliação poderá diferenças estatisticamente consideráveis, validando esse processo
ser comprometido. Para minimizar tais erros e facilitar a localiza- de identificação. Esses resultados, porém, não devem ser extrapo-
ção de determinados pontos, os autores sugeriram o uso de lentes lados diretamente para as demais análises cefalométricas, uma vez
de aumento. Um outro estudo17 mostrou que existem diferenças que elas utilizam outros pontos geometricamente construídos.
entre a medição direta e aquela na qual se usam dispositivos de Alguns pontos apresentam maiores dificuldades de localização
aumento da imagem. e reprodutibilidade. Além disso, a sobreposição óssea pode com-
A ocorrência destes erros de identificação dos pontos, também prometer a localização de pontos como o condílio (Co) em radio-
devido a uma variabilidade anatômica natural dos pacientes, pode grafias laterais e assim alterar os valores cefalométricos2,13. Nesse
acontecer com certa freqüência, fazendo com que os planos e li- aspecto, resultados conflitantes podem ser observados na literatura.
nhas desenhados em torno dos pontos fiquem sujeitos às variabi- Enquanto Forsberg e Odenrick13 mostraram uma confiabilidade na
lidades topográficas29. Em 1971, Van der Linden44, com o objetivo determinação do ponto Co, esta mesma avaliação, quando feita por
de avaliar a precisão da marcação de pontos em estruturas ósseas Adenwalla, Kronman e Attarzadeh2, gerou uma conclusão diferente.
usados na cefalometria, estudou 64 crânios por observação dire- Para esses autores, os pontos pório e condílio, no cefalograma late-
ta e por meio de suas imagens radiográficas. Encontrou inúmeras ral, quando a radiografia é feita em relação cêntrica (RC), são difíceis
variações e atribuiu a variabilidade na marcação dos pontos cefa- de localizar. Além disso, em um teste entre examinadores diferen-
lométricos às variações individuais morfológicas do esqueleto, às tes, houve apenas 54% de concordância nas suas marcações, o que
variações provocadas por mudanças associadas ao crescimento e demonstra que esses pontos cefalométricos possuem alta taxa de
a problemas na definição conceitual da localização desses pontos. deficiência na sua marcação precisa. A figura 1 apresenta a imagem
Nota-se um outro fator de erro muito comum quando se com- de uma terradiografia lateral de um crânio seco, onde se determinou
para as marcações dos pontos entre alguns examinadores ou entre o posicionamento dos pontos Co e Po por meio de esferas metálicas.
o mesmo examinador, em intervalos de tempo diferentes. Bau- Pode-se observar a dificuldade de identificação dessas esferas radio-
mrind e Frantz4 avaliaram a marcação de 16 pontos nas estruturas gráficas, mesmo na imagem ampliada da região (Fig. 2).
ósseas de telerradiografias. Verificaram que, mesmo entre opera- A localização dos pontos que determinam os ápices dentários
dores treinados pelo mesmo critério, em um período de sete meses, também apresenta dificuldades. Chan et al.11 procuraram avaliar se
havia uma grande variabilidade na determinação dos pontos cefa- esses pontos, quando marcados incorretamente, comprometiam a
lométricos. Verificaram que o mesmo profissional não conseguia angulação dos incisivos, alterando o seu diagnóstico cefalométri-
reproduzir a marcação dos pontos e que os erros de localização co. Os autores realizaram um estudo experimental em 30 crânios
apresentavam-se suficientemente grandes, não podendo ser igno- secos, avaliando a localização de oito pontos craniométricos e den-
rados. Concluíram que a probabilidade dos pontos serem colocados tários. Concluíram que os erros de identificação de pontos associa-
corretamente é de apenas 44%. dos às estruturas dentárias comprometiam mais a angulação dos
Da mesma forma, Major et al.22, ao avaliarem a segurança incisivos do que os erros de identificação dos pontos esqueléticos.
Po
Po Or
Co
Co
FIGURA 1 - Telerradiografia lateral de crânio em posicionamento correto. FIGURA 2 - Detalhe na marcação das imagens dos pontos Co e Po na telerra-
Observa-se os locais dos pontos Co, Po e Or. As marcações mostram a diografia com posicionamento correto do crânio.
dificuldade na localização precisa destes pontos.
Portanto parte do diagnóstico poderia ser alterada devido à mar- pontos cefalométricos de crânios secos em radiografias conven-
cação incorreta de alguns ápices dentários. cionais e digitais – não encontraram diferenças significativas na
A presença do tecido mole também representa um fator envolvi- identificação e marcação desses pontos. Segundo esses autores, tal
do nos erros de marcação dos pontos cefalométricos16. Estudos16,22,24 achado faz com que a imagem radiográfica digital seja uma técnica
que compararam a marcação de pontos e a determinação de ângu- promissora, devido à baixa radiação, custos operacionais reduzidos
los e distâncias em telerradiografias laterais de crânios secos e de e novas opções de manuseio possíveis com a digitalização.
pacientes mostraram que os erros na localização de pontos esque-
léticos, bem como na execução de medidas, foram maiores na pre- Erros na reprodutibilidade inter e intra-examinadores
sença do tecido mole. Como outras fontes de erro na marcação dos A reprodutibilidade na marcação dos pontos representa um
pontos, podem ser citadas, também, a qualidade do acetato usado fator marcante na indução a erros na cefalometria4,22,43. Para que
no traçado (que dificulta a localização dos pontos), a espessura da possa existir maior confiabilidade nos resultados das análises, to-
ponta do lápis (que influencia na precisão das medidas) e o erro de dos os fatores que prejudicam a cefalometria deveriam passar por
paralaxe (que ocorre por posicionamento incorreto do observador um teste de reprodutibilidade44. Esse teste é fundamental para va-
ao fazer as identificações sobre o negatoscópio)24. lidar qualquer medida obtida. Miller, Savara e Singh28, avaliando a
Com a introdução das imagens digitais, surgiu uma outra fonte reprodutibilidade em medições cefalométricas, detectaram inúme-
de erro na identificação dos pontos cefalométricos, relacionada à ros erros, tanto intra-examinador quanto interexaminadores. Esses
qualidade da imagem digitalizada, comparada à convencional. Ge- erros variavam de 15 a 35% das medidas, podendo comprometer o
elen et al.14 e Chen et al.12 compararam as duas técnicas, para ob- plano de tratamento. Midtgard, Björk e Linder-Aronson27, ao ava-
servar a incidência de erros. Notaram que diferenças na marcação liarem a reprodutibilidade da marcação dos pontos craniométricos
destes pontos, entre a radiografia original e a digitalizada, foram e das medidas cefalométricas encontradas por um mesmo opera-
estatisticamente significantes. Para que se reduzissem os erros na dor, verificaram diferenças consideráveis, induzindo interpretações
identificação digital, recomendaram que a qualidade da imagem, equivocadas. Médici Filho et al.26, procurando avaliar o índice de
em pixels, deveria ser melhorada. Dependendo da resolução em pi- erro em grandezas cefalométricas de traçados manuais – quando
xels, a identificação se torna inferior à da radiografia convencional, realizados por diferentes profissionais –, evidenciaram um alto ín-
induzindo mais erros. dice de erros nas medições e notaram que grandezas envolvendo
Contudo, o mesmo não ocorreu com um trabalho de Schulze, estruturas dentárias eram as mais comprometidas, podendo alterar
Gloede e Doll37, que – ao analisarem os traçados e a marcação de o diagnóstico ortodôntico.
Erros provocados por posicionamento projeção de erro do que as medidas lineares. As identificações dos
incorreto do crânio e da mandíbula pontos localizados no plano sagital mostraram pouca projeção de
As mudanças no posicionamento da cabeça no cefalostato, a erro, mas as medidas lineares horizontais se alteraram quando o
distância da fonte de raios X e das estruturas ósseas bilaterais pro- crânio se aproximava ou se afastava do filme radiográfico e eram
duzem alterações no tamanho e na posição das imagens das estru- mais afetadas com erros do que as medidas verticais que também
turas anatômicas observadas na radiografia. Além disso, quando se alteravam.
existe a combinação destes fatores, a avaliação real destas estru- Malkoc et al.23, em 2005, avaliando os mesmos efeitos da ro-
turas se torna mais difícil39. O posicionamento incorreto no cefa- tação da cabeça no eixo vertical, compararam o grau de erros em
lostato, com inclinações superiores a 5º, introduz medidas lineares radiografias cefalométricas laterais, frontais (PA) e submentovértex
incorretas, de maneira significante21,39,42,46. (SMV). Usaram um crânio seco que foi girado de 0º a 14º em in-
O próprio posicionador auricular do cefalostato representa um tervalos de 1º. Foram executadas 15 radiografias laterais, 15 radio-
dos fatores que podem alterar a postura da cabeça e do pescoço do grafias PA e 15 radiografias SMV. Após a realização do cefalogra-
paciente, gerando erros na cefalometria. O posicionador, algumas ma e a mensuração de uma série de medidas lineares e angulares,
vezes, não permite o registro de uma posição natural, permitindo mostraram que as medidas foram afetadas, de modo significativo,
rotações da cabeça, gerando medidas equivocadas, que não condi- pela rotação da cabeça nas radiografias laterais e PA, sendo as va-
zem com o crânio do paciente15. riações menores na SMV. Os resultados indicaram que, para um
Um estudo42 em crânios secos mostrou que flexões e extensões melhor diagnóstico, era necessário minimizar os erros associados
ao redor do eixo transversal, tendo como guia o plano horizontal à rotação da cabeça.
de Frankfurt, em +10º, +20º, +30º e -10º, -20º e -30º, podem gerar Contudo, o estudo21 do efeito da flexão, da extensão e da rota-
mudanças nos ângulos SNA, SNB e SNPog em até 2º. Quando se ção da cabeça em angulações menores que 5º sobre as marcações
aumenta a angulação, mais grave se tornam as alterações e, conse- dos pontos cefalométricos em telerradiografias frontais mostrou
qüentemente, a significância clínica, podendo alterar o diagnóstico que houve uma taxa expressiva de erros na identificação de alguns
cefalométrico em casos limítrofes. pontos. Porém, na análise completa das medidas, estes 5º de rota-
De fato, alterações maiores que 5º induzem maiores erros ce- ção não tiveram efeito significativo na interpretação dos diagnós-
falométricos. Yoon et al.46, quando avaliaram esses erros, decor- ticos dos casos.
rentes da rotação da cabeça de crânios secos sobre o eixo vertical, Nas figuras 3 a 6 observa-se as imagens radiográficas de um
variando a rotação no cefalostato de 0º a 15º, com intervalo de mesmo crânio seco, tomadas com diferentes inclinações dos seus
1º, observaram que as medidas angulares apresentaram menor eixos de posicionamento no cefalostato. Pode-se observar que a
Or
Po
Co
Co
Po
FIGURA 3 - Deslocamento da marcação das imagens dos pontos Co e Po FIGURA 4 - Deslocamento da marcação das imagens dos pontos Co, Po e Or
quando o crânio se inclina para a esquerda ao redor do eixo ântero-posterior. quando o crânio se inclina para direita ao redor do eixo ântero-posterior.
Po
Or
Co Po
Co
FIGURA 5 - Deslocamento da marcação das imagens dos pontos Co e Po com FIGURA 6 - Deslocamento da marcação das imagens dos pontos Co, Po e Or
rotação do crânio para a direita em torno do eixo vertical. com rotação do crânio para a esquerda em torno do eixo vertical.
localização dos pontos, determinados pelas esferas metálicas, se fontes devem ser discutidas18. De acordo com Buschang, Tanguay,
altera substancialmente, podendo estabelecer diagnósticos cefalo- Demirjian8 e Houston18, os erros que mais ocorrem são os relacio-
métricos equivocados. nados à incidência dos raios X, à fixação da cabeça e do filme, à
No que diz respeito ao posicionamento mandibular durante identificação dos pontos cefalométricos e à realização das medi-
as tomadas radiográficas, deve-se tomar o cuidado de se observar das. Porém, é necessário se distinguir os erros de tendência, ou sis-
a correta relação cêntrica (RC) dos pacientes. A manipulação in- temáticos, dos erros ao acaso. Para isso, se faz necessário discutir
correta em RC, mantendo o paciente em máxima intercuspidação métodos de controle de erro, o que acontece pouco nos estudos
(MIH) pode: mascarar discrepâncias oclusais – particularmente nos cefalométricos. Quando não se faz esse controle, os resultados dos
casos de discrepâncias verticais (como casos de Classe II, mordida estudos podem adquirir valores limitados, por não identificarem se
aberta); gerar diferenças na posição dos incisivos de até 3mm de os erros são provenientes de uma predisposição sistemática ou se
distância nos sentidos vertical e horizontal; e ainda alterar medidas provêm apenas de alguma casualidade. Alguns métodos para o con-
referentes ao côndilo10. A mesma conclusão foi ressaltada por Shil- trole do erro podem ser utilizados, como a duplicação de radiogra-
dkraut, Wood e Hunter38, que, discutindo a interferência da posição fias e a comparação da marcação de pontos e medidas. Além disso,
mandibular sobre as medidas cefalométricas, realizaram um traba- a repetição de medidas em uma mesma radiografia, a repetição do
lho com o propósito de comparar estas medidas derivadas de ca- próprio traçado em até quatro vezes e o uso de métodos estatísti-
sos traçados em MIH com medidas cefalométricas destes mesmos cos para detecção de erros – como o teste t de Student e o teste de
casos convertidos em relação cêntrica (RC). Observaram diferenças Dahlberg – foram sugeridos como métodos de avaliação dos erros.
significativas entre 24 medidas cefalométricas e encontraram alte-
rações para a maioria dos valores, mostrando que esse fato poderia CONSIDERAÇÕES FINAIS
modificar o diagnóstico e afetar o plano de tratamento elaborado A cefalometria pode ser um recurso auxiliar poderoso para o
para corrigir a má oclusão. Por isso, recomendaram que, durante a diagnóstico de más oclusões, para os estudos do crescimento e
obtenção da telerradiografia, a mandíbula deveria ser manipulada dos efeitos dos tratamentos ortodônticos quando usada de forma
para a relação cêntrica (RC), ao contrário do que tradicionalmente adequada e criteriosa. Porém, os passos para a obtenção dos dados
se faz, deixando-a em MIH. através de uma radiografia estão associados a alguns erros. A soma
desses erros é revelada no traçado final, na mensuração usada para
Erros provocados pelo uso de métodos se fazer o diagnóstico e o plano de tratamento e na comparação das
estatísticos inadequados radiografias pré e pós-tratamento. Alguns dos erros são inerentes
Os erros em medidas cefalométricas são comuns e as suas reais ao equipamento e alguns são cometidos pelo operador, técnico ou
clínico que obtém, traça e interpreta a imagem radiográfica. completam o diagnóstico ortodôntico30,33,35.
Mesmo com essas diversas limitações, as análises cefalométri- Afirmar categoricamente que a cefalometria não apresenta li-
cas, justamente devido à objetividade de seus números, ainda re- mitações representa uma infantilidade. Porém abolir seu uso pode
presentam instrumentos auxiliares de diagnóstico com os quais os representar um erro ainda maior. A ciência evolui paulatinamente
ortodontistas podem avaliar as relações esqueléticas e dentárias, e, dentro desse aspecto, novas técnicas de obtenção de imagens
normais ou anormais, e, dessa forma, desenvolver o conceito de podem favorecer um diagnóstico e um planejamento mais acura-
normalidade. Servem, ainda, como guias para o planejamento do dos. Certamente, a evolução científica caminhará para resultados
tratamento ortodôntico e possibilitam a troca de informações en- mais precisos, porém a fundamentação diagnóstica já se encontra
tre os ortodontistas33,35,40. Contudo, mesmo a telerradiografia tendo estabelecida, tendo como base o desenvolvimento da telerradio-
boa qualidade, ainda que haja precisão nos traçados e um bom grafia e das análises cefalométricas. Nesse momento, cabe aos
conjunto de grandezas lineares e angulares sejam avaliados, nada profissionais entender as limitações desse meio de diagnóstico,
tem valor se o clínico ou pesquisador rejeitar outras formas que interpretando os seus resultados de forma crítica.
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