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17.3 Elementos lineares sujeitos a Estados limites de servico Nos estados limites de servico as estruturas trabalham parcialmente no estédio | e parcialmente no estddio Il. A separagao entre essas duas partes ¢ definida pelo momento de fissuragSo. Esse momento pode ser calculado pela seguinte expresso aproximada: aha lo we onde: = 4,2 para segbes T ou duplo T; 5 para segbes retangulares; onde: «6 0 fator que correlaciona aproximadamente a resisténcia a trag&io na flexo com a resistencia a tragdo direta; 6a distancia do centro de gravidade da segdo a fibra mais tracionada;, J. 6.0 momento de inércia da segao bruta de concreto; fa 6 a resistencia @ trago direta do concreto, conforme 8.2.5, com o quantil apropriado a cada veriicago particular. Para determinagdo do momento de fissuracdo deve ser usado 0 fax 10 estado limite de formacao de fissura € 0 fam no estado limite de deformagao excessiva (ver 8.2.5). No caso da utilizagdo de armaduras ativas deve ser considerado 0 efeito da protensao no calculo do momento de fissuragao. 7.3.2 Estado limite de deformagao| A verificagao dos valores limites estabelecidos na tabela 13.2 para a deformagao da estrutura, mais propriamente rotagdes e deslocamentos em elementos estruturais lineares, analisados isoladamente € submetidos @ combinagao de agbes conforme seco 11, deve ser realizada através de modelos que considerem a rigidez efetiva das segbes do elemento estrutural, ou seja, levem em consideracdo a presenca da armadura, a existéncia de fissuras no concreto ao longo dessa armadura e as deformagbes diferidas no tempo. ‘A deformagao real da estrutura depende também do processo construtivo, assim como das propriedades dos materiais (principalmente do médulo de elasticidade e da resisténcia tragéio) no momento de sua efetiva solicitagao. Em face da grande variabilidade dos parametos citados, existe uma grande variabiidade das deformagdes reais. NBo se pode esperar, portanto, grande preciso nas previs6es de deslocamentos dadas pelos processos analiticos a seguir prescritos. 17.3.2 Avaliagdo aproximada da flecha em vigas (© modelo de comportamento da estrutura pode admitir 0 concreto e 0 ago como materials de comportamento elastico e linear, de modo que as segSes ao longo do elemento estrutural possam ter as deformagdes especificas determinadas no estadio |, desde que os esforgos néo superem aqueles que do inicio & fissuragao, e no estadio Il, em caso contri. Deve ser utiizado no calculo o valor do médulo de elasticidade secante E, definido na seg4o 8, sendo obrigatéria a considerago do efeito da fluéncia 17.3.2.1.1 Flecha imediata em vigas de concreto armado Para uma avaliagao aproximada da flecha imediata em vigas, pode-se utilizar a expresso de rigidez equivalente dada a seguir: (El)oq = Eos Ca fC 1,6 0 momento de inércia da segao bruta de concreto; 1.0 momento de inércia da segSo fissurada de concreto no estadio Il, calculado com ay Fes 'M, & 0 momento fletor na seco critica do vo considerado, momento maximo no vao para vigas biapoiadas ou continuas e momento no apoio para balangos, para a combinaco de ages considerada nessa avaliago; M, & 0 momento de fissuragao do elemento estrutural, cujo valor deve ser reduzido & metade no caso de utllizago de barras lisas; Ez, 6 0 médulo de elasticidade secante do concreto. 17.3.2.1.2 Célculo da flecha diferida no tempo para vigas de concreto armado A fiecha adicional diferida, decorrente das cargas de longa durago em fung&o da fluéncia, pode ser calculada de maneira aproximada pela multiplicago da flecha imediata pelo fator a, dado pela expresso: Ae 1+ 50p" onde: & 6 um coeficiente fung&io do tempo, que pode ser obtido diretamente na tabela 17.1 ou ser calculado Pelas expresses seguintes: AE = E(t) Ello) E(t) = 0,68 (0,996") t°* para t< 70 meses &(f) = 2 para t> 70 meses. Tabela 17.1 - Valores do coeficiente & em fungao do tempo Tem} ro | oo fos | 1 2] 3 | 4 | 5 | 10 | 20 | 40 | 270 meses Coeficiente Ho 0 | 0,54 | 068 | 0,84 | 0,95 | 1,04 | 4,12 | 1,36 | 1,64 | 189] 2 ‘Sendo! 60 tempo, em meses, quando se deseja o valor da flecha diferida; ty 6 a idade, em meses, relativa a data de aplicago da carga de longa durago. No caso de parcelas da carga de longa duragao serem aplicadas em idades diferentes, pode-se tomar para fo 0 valor ponderado a seguir TA toy aR to onde: P; representa as parcelas de carga; ty. € a idade em que se aplicou cada parcela P,, em meses valor da fiecha total deve ser obtido multiplicando a fecha imediata por (11+ a). 17.3.2.1.3 Flecha em vigas com armaduras ativas Nos elementos estruturais com armaduras ativas é suficiente considerar (Ellex = Exale. desde que n&o seja ultrapassado 0 estado limite de formagdo de fissuras. Caso contrério, a expresso completa de 17.3.2.1.1 pode ser aplicada, desde que /r, M; € M, sejam calculados considerando o elemento estrutural de concreto submetido combinagSo de agbes escolhida, acrescida da protenséo representada como aco externa equivalente (gerando fora normal e momento fletor) (ver 1.3.3.6). Para considerago da deformago diferida no tempo, basta multiplicar a parcela permanente da flecha imediata acima referida por (1 + 9), onde @ € 0 coeficiente de fiuéncia (ver 8.2.11). 17. Estado limite de 17.3.3.1 Generalidades Esta sego define os critérios para a verificagao dos valores limites estabelecidos em 13.4 para a abertura de fissuras nos elementos estruturais lineares, analisados isoladamente e submetidos & combinacéo de agdes conforme segéo 11 17.3.3.2 Controle da fissuragao através da limitagao da abertura estimada das fissuras © valor da abertura das fissuras pode sofrer a influencia de restrigbes as variagbes volumétricas da estrutura, dificeis de serem consideradas nessa avaliaggo de forma suficientemente precisa. Além disso, essa abertura sofre também a influéncia das condi¢bes de execucao da estrutura. Por essas razBes, os critérios apresentados a seguir deve ser encarados como avaliagbes aceitavels do comportamento geral do elemento, mas no garantem avaliag3o precisa da abertura de uma fissura specifica, Para cada elemento ou grupo de elementos das armaduras passiva e ativa aderente (excluindo-se os cabos protendidos que estejam dentro de bainhas), que controlam a fissuragao do elemento estrutural, deve ser considerada uma érea 4, do concreto de envolvimento, constitulda por um reténgulo cujos lados nao distam mais de 7.5 4 do eixo da barra da armadura (ver figura 17.3). limite a abertura de fissuras NOTA __ E conveniente que toda a armadura de pele # da viga, na sua zona tracionads ina regido Aas correspondente, e que seja mantido um espagamento menor ou igual a 15 4. Regito de om 754, emvbamenio ee eT sromes =A Neutra] * 7.561 4 ~bEPta ‘Armada de pele tracionada % caves Figura 17.3 - Concreto de envolvimento da armadura ‘A grandeza da abertura de fissuras, w), determinada para cada parte da regido de envolvimento, 6 a menor entre as obtidas pelas expressdes que seguem: We onde: cn Ea px880 defnios para cada area de envolvimento em exome; ‘Aci@ a Grea da regio de envolvimento protegida pela barra 4; E46 0 médulo de elasticidade do aco da barra considerada, de diametro 4 € 0 diémetro da barra que protege a regiao de envolvimento considerada; ps é a taxa de armadura passiva ou ativa aderente (que no esteja dentro de bainha) em relagdo a area da regio de envolvimento (Azs); ou 6 tensto de trago no centro de gravidade da armadura considerada, calculada no estadio I. Nos elementos estruturals com protensio, ou 6 0 acréscimo de tenso, no centro de gravidade da armadura, entre 0 estado limite de descompresso e 0 carregamento considerado. Deve ser calculado no estadio II, considerando toda a armadura ativa, inclusive aquela dentro de bainhas. © calculo no estadio II (que admite comportamento linear dos materiais e despreza a resistencia a trag&io do concreto) pode ser feito considerando a relag4o a, entre os médulos de elasticidade do aco e do concreto igual a 15.— 11 € © Coeficiente de conformacao superficial da armadura considerada, dado em 9.3.2.1 para a pa substituido por npx para a ativa, conforme 9.3.2.2. Nas vigas usuais, com altura menor que 1,2 m, pode-se considerar atendida a condi¢dio de abertura de fissuras em toda a pele tracionada, se a abertura de fissuras calculada na regiao das barras mais tracionadas for verificada e se existir uma armadura lateral que atenda a 17.3.5.2.3. 17.3. 3 Controle da fissuragao sem a verificaco da abertura de fissuras Para dispensar a avaliagdo da grandeza da abertura de fissuras e atender a0 estado limite de fissuragao (aberturas maximas esperadas da ordem de 0,3 mm para 0 concreto armado e 0,2 mm para o conereto com armaduras ativas), um elemento estrutural deve ser dimensionado respeitando as restriges da tabela 17.2 Quanto ao diametro maximo (bax) € 20 espacamento maximo (Spay) das armaduras, bem como as exigéncias de cobrimento (seco 7) e de armadura minima (ver 17.3.5.2). A tens&o o, deve ser determinada no estadio ‘Tabela 17.2 - Valores maximos de diametro e espacamento, com barras de alta aderéncia a Valores maximos Concreto sem armaduras ativas Conereto com armaduras ativas o Sa Se a Sri MPa mm cm mm cm 160 2 30 25 20 200 25 25 16 15 240 16 20 12,5 10 280 12,5 15 8 5 320 10 10 6 360 8 6 - . 17.3.4 Estado limite de descompressao e de formagao de fissuras Nos elementos estruturais onde se utiliza armaduras de protensdo, pode ser necesséria a verificago da ‘seguranga em relagao aos estados limites de descompressdo e de formacao de fissuras. Essa verificagao pode ser feita calculando-se a maxima tens&o de tragdo do concreto no estadio I (concreto ido fissurado e comportamento elastico linear dos materials). Na falta de valores mais precisos, podem ser adotados: ay = 15 para a razBo entre os médulos de elasticidade do ago e do concreto com carregamentos frequentes ou quase permanentes; = 10 para a razo entre os médulos de elasticidade do aco e do concreto com carregamentos b)_canalizagdes destinadas a suportar press6es internas maiores que 0,3 MPa; ©) canalizagtes embutidas em pilares de concreto, quer imersas no material ou em espacos vazios internos ao elemento estrutural, sem a existéncia de aberturas para drenagem. 13.3 Deslocamentos limites Deslocamentos limites s80 valores praticos utllizados para verificagao em servigo do estado limite de deformagbes excessivas da estrutura. Para 0s efeitos desta Norma sao classificados nos quatro grupos basicos @ seguir relacionados e devem obedecer aos limites estabelecidos na tabela 13.2: @) aceitabilidade sensorial 0 limite ¢ caracterizado por vibragdes indesejaveis ou efeito visual desagradavel. AA limitagéo da flecha para prevenir essas vibragdes, em situagbes especiais de utilizagdo, deve ser realizada como estabelecido na segdo 23; b) efeitos especificos: os deslocamentos podem impedir a utilizagdo adequada da construgao; ©) efeitos em elementos ndo estruturais: deslocamentos estruturais podem ocasionar o mau funcionamento de elementos que, apesar de ndo fazerem parte da estrutura, estdo a ela ligados; d) efeitos em elementos estruturais: os deslocamentos podem afetar 0 comportamento do elemento estrutural, provocando afastamento em relac8o as hipéteses de céiculo adotadas. Se os deslocamentos forem relevantes para 0 elemento considerado, seus efeitos sobre as tensdes ou sobre a estabilidade da estrutura devem ser considerados, incorporando-as ao modelo estrutural adotado. Tabela 13.2 - Limites para deslocamentos Tipo doco | Ramo emp Deslocamento a consider | Destocamento inte Daslosanioe vas i Total £7250 Aceitabilidade bist [em elementos estruturais fensoral Jou eregbessenides ol bavdo a carga actdontaie 780 Superiaes ae ovo tenet, |Coberuras e verandes [Total Seve Pavone Efeitos devem |Gindsios e pistas de ona atutrsis em [permanecer | batehe SSRIS aR SCOTS servigo. [planes ao piso Ziomentas ae 5 sopotarn conto apse nivetenio Jequipamentos | L@boratérios Jequipamento sana venara,cavatose Lag “ |Apés a construgao da parede 10mm ou roveatienton ey Divisorias leves © |Ocorrido apés a instalagao da 71250" ou poredes favahos etesctpicos | veora 25mm a | paracaie pa sited FA 700 30 Sanat !vento para combinagéo ‘HV850" entre freqdente (yi=0,30) pavimentos”” efeitos em Towinoriastamioos | Prevocado por aerongade | 7 00" ou Jelementos no verticals: temperatura 15 mm_ estruturais Movimentos termicos | Provocado por diferenga de 1600 hovtaonals temperatura Fomes Revestimentoecladse | CEaTId6 apts canard | Fagg RevesTinarios Deslocarnts coors apts aa perro com juntas | coneugo do far, Dealosannie rads Pontes rotates |besairhamento de thes [pete agdcr deconentes da ‘00 frenaca Efe a | ASTaMSTIo C15 og geuocamaros fre relevant para oolomentoconeidrado, eve aan be eo a a efeitos sobre as tensdes ou sobre a estabilidade da estrutura devem ser est incieses de | netderados,ncrporanao ae ce modelo extra adotae, Ts spine ave er sutinorensicnaaa oxo anos rv cpeTaido Por SoaaheS, Goals 670 vor aearo te Sp. 0s Seooamens poco oo pacemere conpenados pla eapectapio de conreechas. Enola, susHo lade da contaezr no pee eat un envi pare mar uo 550, © vio £ deve ser tomado na direc&o na qual a parede ou a diviséria se desenvolve. * Rotago nos elementos que suportam paredes. ® H 6 a altura total do edificio @ H, 0 desnivel entre dois pavimentos vizinhos. |" Esse limite aplica-se a0 deslocamento lateral entre dois pavimentos consecutivos devide & atuagdo de agdes horizontals. Nao | cea eres ob cesta sents « aeons acs na pose © ta ton esos oan aeons tal eae ca exiumioate diss conodnde ae pane se snsavotenentn ands Hosea Soares las Oval rele dtc eto par exteme eo peo pla eo. NoTas {Todos os vals tts do deslecamentossuptem comers devo fsupoiaos em ambes a8 etree por apie cue ho serovar Cuando se tr do aangos, vio equa ser conrado dove sors Sos do comprmenta ta Sena, Para cavo do cement do superce, os lee preston crater que 0 vbr 60 manor vB, exo om eas do erteacla depress dota, onde meres a opie ra ae! pare cu dvs se dvanoe, rancor ser a Peseta $0 desament lal deve se oblido apart da contnao des ages caracrstcas ponderada polos cours Sono na sae | Seasarerca excssvos podem ser parcanela compensa po cotfechas 13.4 Controle da fissuragao e protegao das armaduras 13.4.4 Introdugio ‘A fissuragdio em elementos estruturais de concreto armado & inevitavel, devido a grande variabilidade e & baixa resistencia do concreto a trago; mesmo sob as agées de servigo (utilizagao), valores criticos de tenses de tragdo so atingidos. Visando obter bom desempenho relacionado a proteg’o das armaduras quanto a corroséo e a aceitabilidade sensorial dos usuarios, busca-se controlar a abertura dessas fissuras. Nas estruturas com armaduras ativas (concreto protendido) existe também, com menor probabilidade, a possibilidade de aparecimento de fissuras. Nesse caso as fissuras podem ser mais nocivas, pois existe a Possibilidade de corrosao sob tenséo das armaduras. De maneira geral, a presenga de fissuras com aberturas que respeitem os limites dados em 13.4.2, em estruturas bem projetadas, construldas e submetidas as cargas previstas na normalizagéo, no denotam perda de durabilidade ou perda de seguranca quanto aos estados limites ultimos. As fissuras podem ainda ocorrer por outras causas, como retragao plastica térmica ou devido a reagées quimicas internas do concreto nas primeiras idades, devendo ser evitadas ou limitadas por cuidados tecnologicos, especialmente na defini¢ao do trago e na cura do concreto. 13.4.2 Limites para fissuragdo e protegdo das armaduras quanto a durabilidade A abertura maxima caracteristica wi das fissuras, desde que nao exceda valores da ordem de 0,2 mm a 0,4 mm, (conforme tabela 13.3) sob apao das combinagées frequentes, no tem importancia significativa na corrosao das armaduras passivas. Como para as armaduras ativas existe a possibilidade de corroséo sob tensdo, esses limites deven ser mais restritos e fung&o direta da agressividade do ambiente, dada pela classe de agressividade ambiental (ver secdo 6), Na tabela 13.3 s40 dados valores limites da abertura caracteristica Ww, das fissuras, assim como outras providéncias visando garantir protegao adequada das armaduras quanto & corrosto. Entretanto, devido ao estdgio atual dos conhecimentos e da alta variabilidade das grandezas envolvidas, esses limites devem ser Vistos apenas como crtérios para um projeto adequado de estruturas. Embora as estimativas de abertura de fissuras feitas em 17.3.3.2 devam respeitar esses limites, nao se deve esperar que as aberturas de fissuras reais correspondam estritamente aos valores estimados, isto 6, fissuras reais podem eventualmente ultrapassar esses limites, Tabela 13.3 - Exigénclas de durabilidade relacionadas a fissuragdo e A protecio da armadura, em fungo das classes de agressividade ambiental Classe de agressividade |e igncias relativas 8 | Combinagdo de agdes em Tipo de concreto és ambiental (CAA) e tipo de 5 estrutural protensao fissurag4o servico a utilizar Concreto simples CAA la CAA IV Nao ha - CAAL ELS-W ws 0,4 mm Concreto armado CAA Ile CAA IIL ELS-W w%< 0,3 mm Combinagao frequente CAAIV ELS-W 4502 mm Concreto protendido Pré-tracéo com CAAT nivel 4 ou ELS:Wm4<0,2mm_ | Combinagdo frequent (protenséo parcial) | Pbs-trag4o com CAA Ie Il Verificar as duas condicdes abaixo Concrete protensdo | Pré-tasao com CAA SSF Conbioaris bean, (protensdo limitada) | Pés-tragdo com CAA Ile IV nsp? Combinagao quase " permanente Conereto ndido Verificar as duas condigdes abaixo nivel 3 Pré-tra¢do com CAA Iile IV ELS-F ‘Combinag4o rara rotensac eta) 7 z pretence compe) eis” Combinagao frequente WA ciitrio do projetista, o ELS-D pode ser substituldo pelo ELS-DP com a, = 25 mm (figura 3.1). NOTAS 1 As definigbes de ELS-W, ELS-F e ELS-D encontram-se em 3.2. 2 Para as classes de agressividade ambiental CAA-Il e IV exige-se que as cordoalhas no aderentes tenham protego [especial na regido de suas ancoragens. 13.4.3 Controle da fissuragao quanto a aceitabilidade sensorial e & utiliza¢ao No caso de as fissuras afetarem a funcionalidade da estrutura, como, por exemplo, no caso da estanqueidade de reservatérios, deve ser adotados limites menores para as aberturas das fissuras. Para ontroles mais efetivos da fissuragao nessas estruturas, é conveniente a utilizagao da protensao. Por controle de fissuragao quanto aceitabilidade sensorial, entende-se a situago em que as fissuras Passam a causar desconforto psicolégico aos usuarios, embora no representem perda de seguranga da estrutura. Limites mais severos de aberturas de fissuras podem ser estabelecidos com o contratante. PEF 2304 Estruturas de Concreto It Esto Limite de Servigo - 1/22 Verificacio de estados limites de servico em vigas usuais de edificios 1. Introdugao Em vigas usuais de edificios os esforgos solicitantes principais sfio constituidos de momento fletor e forga cortante. Com relago ao momento fletor, a verificago da seguranga consiste na anélise dos seguintes estados limites: a) estados limites iiltimos de ruptura convencional da sego em todos os pontos crtiticos a0 longo da viga: - por esmagamento do conereto a compressdo (Gey = 0,0035); - ou por alongamento plistico excessivo da armadura (£q,~ 0,010) b) Estados limites de utilizagaio: - de deslocamento excessivo (limitagao de flechas na viga); ~ de fissurago excessiva (limitago da abertura de fissuras). Na verificagao dos estados limites tiltimos, que so aqueles correspondentes a0 esgotamento da capacidade portante da estrutura, devem ser considerados os valores de célculo; as solicitagdes devem estar majoradas com a incorporagio do coeficiente de ponderagao yr e, as resisténcias, diminuidas pelos cocficientes de ponderagio, ye para 0 concreto, € 7, para 0 ago. Desta anilise, resulta, em cada segiio, a armadura A, de tragdo na flexdo ¢, eventualmente, A’, de compressfio. Na verificagdo dos estados limites de utilizagio, que so aqueles ligados & funcionalidade e a durabilidade, ao conforto e & estética da construgiio, devem ser consideradas as ages com valores de servigo (cargas usuais sem majorago). Desta Considere-se a seco transversal retangular da Fig. 1.1 sujeita a flexiio. Pode-se escrever: dx _dx(e, +e.) 9 1 r d r Admitida a hip6tese usual da segio plana manter-se plana na flexio e, também, a validade da lei de Hooke para 0 comportamento do material, tem-se: PEF 2304 Extrturas de Conereto i Estidio Limite de Servo -222 tae tHe Fig. 1.1 Considere-se uma viga biapoinda, de segfo transversal constante, sujefta a momento fletor constante ¢ constituida de material is6tropo eldstico-linear, Fig. 1.2. Fig. 1.2 O produto de rigidez de flexo El é constante ¢ a curvatura é crescente linearmente com M. A flecha maxima vale e EI 8” Considere-se, agora, a viga constituida de concreto armado com armadura constante, Fig. 1.3. ——) Fig. 1.3 A Fig. 1.4 apresenta, esquematicamente, o diagrama momento-curvatura médio da segdo para carregamento crescente até a ruptura, bem como, o diagrama tenstio- PEF 2304 Estruturas de Concreto It Estatio Limite de Servigo - 322 deformagaio do conereto onde, a resisténcia A tragao fy 6 da ordem de 1/10 da resisténcia & compressio (fix / 10 ). A M M " 1 M, oo ho eft > |(compres.) Fig. 1.4 Para momento fletor pequeno, 0 comportamento do concreto (¢, também, da armadura) pode ser admitido elstico-linear, na compressio ¢ na trago, com tensdes de tragdo limitados ao ponto A do diagrama (6 , ¢¢ ). Tem-se, assim, uma reta no diagrama momento-curvatura e diz-se que as segdes se encontram no Estadio Ia de solicitagiio, Com o aumento do momento fletor, a0 ser atingida, na fibra mais tracionada do concreto, a sua resisténcia a tragdio (fj), comega ai a plastificago do concreto por tragdo (Estadio Ib); logo a seguir, uma sego qualquer da viga pode romper por trago para um momento fletor de valor Mro dito momento de fissuragiio. Se a quantidade de armadura de tragiio for igual ou superior ao valor minimo que sera definido no item 4, a seg apresentara uma fissura, porém, sem perda da capacidade portante porque a armadura tera condigdes de substituir, do ponto de vista do equilibrio, a resultante de tenses de tragdio que existia na parte tracionada da segiio antes de ocorrer a fissuragiio, Continuando com 0 aumento progressivo do carregamento tem-se uma fase de formagdo de novas fissuras, bem como, de aumento das aberturas das fissuras existentes que tendem a se estabilizar numa configurago fissurada final (fissuragio estabilizada, condicionada 4 obediéncia & armadura minima) para um momento Mm. Entre Mro ¢ Mmn diagrama momento-curvatura € no linear por corresponder a uma fase de fissuragdo progressiva. Entre Mmm € Muo, ja com a fissuragdo estabilizada, 0 comportamento & praticamente cléstico-linear com aberturas crescentes das fissuras abertas; diz-se que a sega se encontra no Estadio II de solicitagao. O momento Myo corresponde ao inicio da plastificagao do concreto por compressiio, PEF 2304 Estruturas de Conereto Estilo Limite de Servign - 22 Entre Muo ¢ Mun, 0 andamento do diagrama volta a ser niio linear devido & plastificagao progressiva do concreto comprimido. Mun € 0 momento tiltimo da segao por compressiio do concreto ¢ corresponde ao cdlculo no EstAdio III de solicitagao. ‘Normalmente, para as cargas de servigo, 0 nivel de tenses de compressio é da ordem de 40% a 50% da resisténcia do conereto a compressio. Nestas condigdes, a segiio encontra-se, seguramente, no Estidio II de solicitagdio, Assim, os cdlculos que envolvem a verificagio dos estados limites de utilizagao devem ser efetuados no Estédio II. ‘Anda, com referéncia a Fig. 1.4, a reta pontilhada menos inclinada corresponde ao ‘que se pode chamar de Estédio I puro onde se desprezam, totalmente, as tensSes de trago no concreto. O diagrama real reflete o comportamento médio do conereto e mostra a influéncia de um nimero finito de fissuras que se estabelecem no trecho de viga considerado, lembrando que, entre estas fissuras, 0 conereto encontra-se sujeito a tensdes de tragaio, Dai a diferenga entre os dois diagramas. Na pritica, quando se fala em célculo no Estadio I esté-se referindo ao céleulo no Estadio Il puro. 2. Calculo no Estadio MI (puro) 2.1. Hipdteses As hipéteses adotadas nos cilculos do estadio II sfo as seguintes: a. manutengo da segdio plana; . aderéncia perfeita entre o concreto e a armadura (escorregamento relativo nulo); c. validade da lei de Hooke para 0 concreto e para 0 ago; d. resisténcia do concreto a tragao igual a zero, O médulo de deformagao do ago (Es) ¢ fixado em 210.000 MPa (21.000 kN/em2), O médulo de deformagao do concreto é tomado como sendo de OASdo médulo de deformagiio secante, para solicitagdes de servigo usuais da ordem de 40% a 50% da de ruptura. Assim, a NBR-6118 adota Les = 0.05% 5600x | pce’ [HP 2.2, Seco retangular com armadura simples a) equagdes de compatibilidade: PEF 2304 Estruturas de Concrete I Estadio Limite de Servigo - 5722 x d-x ) equacdes constitutivas: Fig. 2.1 ©) equagdes de equilibrio: c.1. forgas resultantes: conereto: R, = bxo, /2=bxE,¢, /2 amadura: R, = A,o, = A,E. €.2. equilibrio dos esforcos: equil. de forga: R, =R, equil. de mom.: M=R, R,z onde z=d-x/3 d) posicao da linha neutra Da equagiio de equilibrio de forga resulta: ou b= A,a,(-x) onde a, ==, 2 E, ‘A equagao resultante mostra que a linha neutra passa pelo centro de gravidade da figura formada pela érea comprimida (b.x) ¢ pela armadura ficticia (As,a¢). PEF 2204 Estrturas de Concreto Estadio Limite de Sorign - 6/22 x? +(2A,a, /b)x—(2A,0, /b)d=0 x=d (af e5] com p, ou ou e) produto de rigidez a flextio no Estadio IL Conforme a Fig. 2.1 tem-se Por outro lado, 1M L t Bl, El, Logo, tem-se a expressdio do produto de rigidez a flexio no Estadio EJ, =A,E,(d-x)z ‘Também, * +A, -a,(d—x)? =A, -a,(d—xy(d—x/3), 4) tenses nos materiais As resultantes de tens6es sto obtidas da equagaio de equilibrio de momento (¢.2) e, as tensdes, a partir das equages (c.1). 2.3. Segiio retangular com armadura dupla a) equagiies de compatibilidade: PEF 2304 Estrutras de Concreto Il Estadio Limite de Servigo -7722 o,=Es, ©) equagdes de equilibrio: c.1. forgas resultantes: conereto: R, = bxo, /2=bxE¢, /2 Fig. 2.2 .2. equilibrio de esforgos: equil. de forga: cequil. de mom.: M = R,(d~x/3) +R,"(x/3-d') 4) posicdo da linha neutra Da equagdio de equilibrio de forga resulta: bxE, ou » +A,'a,(x—d') = A,a,(d—x), A equago resultante mostra que a linha neutra passa pelo centro de gravidade da figura formada pela érea comprimida (b.x), pela armadura comprimida ficticia (As\. oe) ¢ pela armadura tracionada ficticia (As,01¢). Esta conclusio pode ser obtida para uma segdio genérica estabelecendo-se a equagio de equilibrio de forga. De fato, PEF 2304 Estrturas de Conerato I Esto Limite de Servigo - 8/22 R,+DR,=0 ov foaa+YA.o, = Como Figura 2.3 vem =~ x Jee 2da+ DAEs, ou “ fydA+ DA, -a(x-y,)=0. primeiro termo da expresso acima é o momento estitico da zona comprimida da segio de conereto e, o segundo, a soma dos momentos estéticos das grandezas (Asi a), todos eles em relagiio a linha neutra, como querfamos demonstrar. A equagiio de equilibrio de momento permite escrever: M= Jyoaa + A,ou(y, - x) & &, 2 = JB.

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