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Curso de Anual de Português Língua Estrangeira

Diagnóstico
PCOI - Carla Oliveira
TP17 / TP18
Tarefa 1: (COA_C1_U9) Ouça o texto (37) sobre a experiência em Erasmus de Ana Garcia
Martins complete o quadro com as informações pedidas.

Fiz Erasmus e fui tão feliz!


Foi no terceiro ano da faculdade que decidi candidatar-me ao programa Erasmus. Era uma coisa que
sempre tinha querido fazer, por isso fui à secretaria, inscrevi-me sem avisar sequer os meus pais, e
fiquei à espera. Os meus países preferenciais eram Espanha e Itália, mas eu queria era ir, não me
interessava muito o destino. Conhecia pessoas que tinham feito Erasmus e que diziam maravilhas
sobre a experiência, por isso eu queria mesmo muito conseguir uma vaga.
A resposta veio ao final de umas semanas ou meses, já não me lembro: tinha sido uma das
selecionadas e tinha uma vaga para a Universidade de Siena, em Itália. Fiquei eufórica.
A perspetiva de ir um ou dois semestres para Itália era incrível, mas também ligeiramente
assustadora. Era a primeira vez que iria ficar tanto tempo longe de casa, ainda por cima num país
diferente, com uma língua que eu não dominava, a ter de desenrascar-me completamente sozinha.
Ainda em Portugal, as primeiras duas coisas que tratei de fazer foi um curso de italiano (não podia ir
para lá só a saber dizer "pizza" e "arrivederci") e arranjar casa. Tinha duas hipóteses: ir para uma
residencial de estudantes ou partilhar uma casa com outras pessoas. Acabei por escolher a segunda,
porque achei que era uma experiência mais gira e que me dava mais liberdade.
Fui parar a um quinto andar sem elevador, uma casa enorme, com uma vista incrível para a cidade.
Era suposto ter ficado a partilhar quarto com outra portuguesa da minha faculdade, mas, à última
hora, ela optou por ir para a residencial, por isso passei a ser a única portuguesa numa casa com um
inglês, um italiano, um francês, três belgas e uma australiana. Viver numa casa com tanta gente, com
hábitos tão diferentes, tinha tudo para dar asneira e confusão. Estranhamente, não deu. Claro que
discutíamos de vez em quando, por coisas parvas, mas dávamo-nos todos lindamente. Os belgas
jantavam religiosamente às seis da tarde, o inglês era sempre o último a chegar do bar, o francês
tinha uma lambreta na qual nos levava a dar umas voltas, o italiano fazia mega almoçaradas para
toda a gente, a australiana era altamente religiosa e de chorar a rir.
Muitos dos meus amigos só ficaram um semestre em Siena, por isso, e apesar de ter a hipótese de
ficar mais um, acabei por também só ficar aqueles sete meses. Meses absolutamente inesquecíveis e,
sem dúvida, os melhores da minha vida de estudante. Aproveitei para continuar a aprender italiano,
para viajar muito por Itália, para fazer amigos do mundo inteiro, para me divertir como nunca.
Acho que toda a gente devia fazer Erasmus. Devia ser obrigatório. Para muitos, representa o primeiro
corte umbilical, obriga-nos realmente a crescer. De repente, vemo-nos sozinhos num outro país e
temos de nos fazer à vida. Gerir o dinheiro, tratar da casa, ter uma data de responsabilidades novas.
Além disso, acho que ter uma experiência Erasmus no currículo é valorizado pelas entidades
empregadoras. Significa que quem o fez tem espírito de aventura, capacidade de adaptação, de
integração, de comunicação, o domínio de outra língua, etc.
http://apipocamaisdoce.sapo.pt/2017/05/fiz-erasmus-e-fui-taaaaaao-feliz.html
(Texto adaptado)

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Ana Garcia Martins


1. Cidade de destino Itália, cidade de Siena
2. Preparativos antes da viagem  Fazer um curso de italiano
 Arranjar uma casa em Siena
3. Motivos para ficar num apartamento Por considerar experiência mais gira e lhe dar mais liberdade
e não numa residência de estudantes
4. Memórias sobre cada um dos colegas  Os belgas – jantavam sempre às seis da tarde
de apartamento  O inglês – era o último a chegar do bar
 O francês – tinha uma lambreta e levava Ana a dar
voltas
 O italiano – fazia almoços enormes para todos
 A australiana – era muito religiosa e cómica
5. Duração da estadia Sete meses
6. Atividades de Ana, durante o  Continuar a aprender italiano
programa  Viajar por Itália
7. Todos devem fazer Erasmus porque  obriga a crescer
 obriga a saber gerir o dinheiro
 obriga a tratar da casa
 obriga a ter muitas responsabilidades novas
 é valorizado pelas entidades empregadoras
8. Qualidades de quem fez Erasmus  espírito de aventura
 capacidade de adaptação
 capacidade de comunicação
 domínio de outras língua

Tarefa 2: (COA_C1_U7) Ouça o texto (28) “A vida deste Calvin Esparguete até deu um livro” e
responda às perguntas.

Calvin Esparguete é um gato que vive numa simpática colina 山 de Lisboa, foge 逃 frequentemente
pelos telhados 屋顶 e passeia à pelas ruas da capital, empertigando os bigodes 翘着胡须 e fingindo-
se vadio 流浪人. Por isso, faz muitos amigos pelo caminho. Fica alguns dias com novas famílias,
partilha miradouros e alojamento com os turistas, e vive aventuras dignas 值得 de um filme: já foi
parar à morgue 停尸房 e já andou um dia inteiro dentro de um autocarro a conhecer os subúrbios 郊

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区. No final desses dias exploratórios, há sempre quem olhe para a coleira 项圈 e veja o número de
telefone dos donos. Por isso, regressa a casa. Não conta as suas malandrices 恶作剧, mas os seus
efémeros anfitriões 短暂的主人 geralmente fazem-no por ele. E, à conta disso, Calvin Esparguete, o
gato, já é um livro.
"Ainda há pouco tempo recebemos o telefonema de uma menina que o tinha apanhado 捡 到 它 e
levado para casa. Só depois reparou que ele tinha uma coleira com o nome e o nosso contacto e
quando nos ligou disse que achava que o Calvin a tinha escolhido porque ultimamente andava muito
triste e perguntou se podia ficar mais alguns dias com ele!", conta Filomena Lança, a dona e autora
do livro ‘Calvin Esparguete - Diário de um Gato Citadino.
É pelos telefonemas de quem se preocupa e o devolve que Filomena vai sabendo por onde andou e
passou. Às vezes, lá em casa, ficam preocupados, claro. Mas não há como prender o temerário 鲁莽
的 Calvin. "Ele é um gato que, definitivamente, não gosta de estar em casa. Temos o quintal 院子
todo fechado, inclusivamente colocámos uma vedação 围栏 com arame farpado 带刺的铁丝, mas
ele conseguiu retorcer 扭开 a vedação e arranjar forma de passar. Quando não consegue pelo nosso
quintal, trepa 爬 para a varanda da vizinha e de lá arranja forma de se desenvencilhar. Ele é assim. É
livre. E, provavelmente 可能地, não seria nada feliz preso dentro de casa", conta Filomena. E nem a
idade resolve o assunto, pois Calvin já conta com 15 anos de aventura felina 猫科动物 e nem assim
ganha juízo 清醒.
Tudo começou com uma página no Facebook, onde Filomena Lança, a dona de Calvin, ia
partilhando as histórias do gato da família, que se tornaram populares entre os amigos. "Ele é muito
destemido 无 畏 的 e determinado, faz coisas que não passam pela cabeça de ninguém, e nós
andávamos sempre a contar as suas histórias a toda a gente no Facebook", recorda a sua dona. O
feedback foi grande e, de repente, já não eram somente os amigos e os conhecidos que seguiam a
página do Calvin. "Até há vizinhos e pessoas do bairro que nós não conhecemos, mas que conhecem
o Calvin e que agora nos mandam mensagens e colocam posts a contar coisas sobre ele que nem
sequer nós ainda sabíamos", acrescenta Filomena.
Depois da internet, veio o convite da editora Dom Quixote para pôr os posts em livro. Um desafio
que, para Filomena, não teve nada de estranho: "Eu sou jornalista, que é, aliás, a profissão que
sempre quis ter, por isso a escrita está sempre presente no meu dia a dia. Mas mesmo antes também
já estava, porque desde miúda 小孩 que gosto muito de contar histórias e de as passar para o papel.
Quando crescesse queria ser hospedeira 空姐 e escrever livros. Os horários de jornalista são difíceis,
aliás, na maioria das vezes não temos propriamente 确 切 地 horários, e como tenho dois filhos
pequenos, os dias são sempre curtos. Na verdade, ao início, quando a Dom Quixote me lançou o
desafio, achei que não ia conseguir. Mas depois acabou por correr bem e foi um dos projetos mais
engraçados 有趣的 que tive até hoje. Aproveitava todos os bocadinhos que tinha para avançar na
escrita e, quando dei por mim, lá estava o Calvin, a ganhar forma no papel", recorda. Mas, para isso,
Filomena teve de enfrentar um desafio inédito 前所未有的: enfiar-se (por,vestir) na pele de um
gato e tentar imaginar o que poderia ele "pensar, fazer e querer se a natureza lhe tivesse dado tais
capacidades de raciocínio 推理能力", explica." Tenho consciência 意识 que este é o meu Calvin, o

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Calvin como eu o vejo e o imagino a pensar. Se fosse outro dos amigos dele a contar as suas
histórias, provavelmente saía um Calvin diferente. Por outro lado, estas aventuras do Calvin são
também histórias do meu bairro, que fica no centro de uma cidade grande, mas é um bairro cheio de
pessoas simpáticas, ótimos vizinhos, todos com as suas próprias histórias de vida muito especiais. As
personagens do livro, com muitos pozinhos (pouco)de imaginação, são inspiradas nestes amigos
do Calvin, que lhe dão comida na rua, o recebem nas suas casas e o deixam ficar para dormir ou nos
tocam à campainha 门铃 a meio da noite porque ele está à porta a pedir para entrar."
Pelo meio há, claro, histórias mirabolantes 耀眼的 e inacreditáveis 不可思议的 para a vida de um
simples gato, agora registadas 记 录 para a posteridade 后 人 num livro que, certamente, fará as
delícias de todos os amantes de felinos 猫咪爱好者 deste mundo. "Desde pequeno que ele tem uma
grande tendência para o disparate 胡说八道 e para fazer amigos entre desconhecidos de uma forma
absolutamente espantosa 惊人的.
Creio que a aventura mais extraordinária 特别的 dele foi um passeio até aos subúrbios 郊区. Um dia,
um senhor telefonou-nos a pedir que o fôssemos buscar a Santo António dos Cavaleiros. Nós
vivemos em Lisboa, no centro da cidade, e só podemos imaginar o que terá acontecido para ele ir
para tão longe. Quando lá chegámos, estava num talho 肉店, numa praceta 广场, e já tinha travado
conhecimento com todos os comerciantes ali à volta. Ficou fechado em casa durante uns tempos,
mas depois voltou a fugir". Até porque com o Calvin não há volta a dar: ele arranja sempre maneira
de conseguir sair e andar pelas ruas de Lisboa a arranjar fama e admiradores 获得名声和崇拜者.
https://www.cmjornal.pt/domingo/detalhe/a-vida-deste-gato-ate-deu-um-livro

a. Quem é Calvin Esparguete? Descreva-o.


É um gato, que vive numa colina de Lisboa e que foge frequentemente da casa dos seus donos para andar
pelos telhados e pelas ruas.
b. Após ficar na rua a deambular, como é que Calvin Esparguete volta para a casa dos seus donos?
Calvin volta para casa, pois há sempre alguém que vê a sua coleira e telefona para os seus donos.
c. Como é que Filomena, a sua dona, sabe dos locais por onde Calvin passou?
Ela sabe das aventuras de Calvin através das pessoas que lhe telefonam para o devolverem, após ele andar nas
ruas de Lisboa.
d. Quais as estratégias arranjadas por Calvin para fugir de casa?
Calvin conseguiu retorcer uma vedação de arame farpado que os donos colocaram ao redor do seu quintal e
arranjar forma de passar. Quando não consegue fugir por aí, trepa para a varanda de uma vizinha e arranja
forma de fugir.
e. Inicialmente, onde é que a dona de Calvin, Filomena, partilhava as suas histórias?
Ela partilhava as histórias de Calvin na internet.
e. Inicialmente, onde é que a dona de Calvin, Filomena, partilhava as suas histórias?
Ela partilhava as histórias de Calvin no Facebook.
f. Como é que Filomena acedeu às histórias das aventuras de Calvin ao andar pelas ruas?
Filomena recebeu imensos posts que contavam coisas sobre Calvin, que ela desconhecia.
g. Segundo Filomena, qual foi a aventura mais fantástica de Calvin?

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A aventura mais extraordinária dele foi um passeio até aos subúrbios. Um dia, um senhor telefonou a pedir
que os donos fossem buscar Calvin a Santo António dos Cavaleiros, um local longe do centro da cidade.
Quando lá chegaram, Calvin estava num talho, numa praceta, e já tinha travado conhecimento com todos os
comerciantes ali à volta.

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