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Trabalho EXTENSÃO RURAL

09 de setembro de 2022

Considerando a situação apresentada abaixo, identifique no texto os principais


problemas associados à cultura do arroz na região da Bacia do Mampituba e apresente
potenciais soluções.
• Grupos de até três estudantes
• Data da entrega: na respectiva aula da semana do dia 19 a 23 de setembro

Arroz na Bacia do Mampituba


A região sul do Brasil sobressai-se como a principal produtora de arroz no cenário
nacional. A produção gaúcha é considerada como estabilizadora da safra nacional,
representa 3,1% do PIB estadual, gera 175 milhões em ICMS (Imposto para Circulação
de Mercadorias e Serviços) e contribui com a promoção direta de 250 mil empregos.
Além do significativo volume de produção esses estados destacam-se também pela
produtividade. Com um rendimento médio de 6.700 kg/ha Santa Catarina possui a mais
alta produtividade do país – alguns agricultores no Alto Vale do Itajaí chegam a alcançar
15 T/ha em uma única safra, seguida pelo estado do Rio Grande do Sul com
aproximadamente 6.000 Kg/ha.
No Rio Grande do Sul as principais regiões produtoras são: Fronteira Oeste, Depressão
Central, Campanha, Litoral Sul, Planície Costeira Interna da Lagoa dos Patos e Planície
Costeira Externa da Lagoa dos Patos à qual pertencem os municípios do Litoral Norte.
Em Santa Catarina a microrregião de Araranguá responde por 33% da produção
estadual, cerca de 300 mil toneladas, constituindo-se assim como a principal região
produtora. Dentre os municípios que pertencem à Bacia do Mampituba, Jacinto
Machado, Araranguá, Ermo e São João do Sul lideram a produção, destacando-se
também no contexto estadual. Semelhante ao Litoral Norte do Rio Grande do Sul a
atividade possui relativa importância no contexto socioeconômico da região, perdendo
apenas para o fumo na composição do valor bruto da produção. O sistema de cultivo do
arroz na Bacia do Mampituba, à exemplo de outras regiões produtoras do Rio Grande
do Sul e Santa Catarina, é predominantemente irrigado. A produção segue os padrões
tecnológicos amplamente difundidos pela pesquisa e extensão oficial: variedades com
grande potencial produtivo, preparo do solo mecanizado, adubação química e uso de
agrotóxicos para o controle de pragas e doenças. A irrigação e o uso intensivo de
insumos explicam, em parte, as altas produtividades alcançadas pela lavoura no sul do
país. Entretanto, ao longo dos últimos anos, o incremento na produção não tem
revertido em renda para o agricultor, face às flutuações no preço do arroz e o aumento
do custo dos insumos.
Ao longo dos últimos a área de arroz vem se expandindo na Bacia do Mampituba.
Entretanto, essa expansão vem pressionando as áreas de várzea ao longo das lagoas, do
rio Mampituba e de seus tributários, ocasionando sérios impactos ambientais na região.
Dentre esses impactos podemos destacar a drenagem das áreas de banhado e de cursos
d’água, a sistematização de áreas antes dedicadas à outras lavouras ocasionando a
desagregação do solo, o desmatamento das margens dos rios e lagoas e a contaminação
do solo e da água por agrotóxicos e fertilizantes químicos. Para mitigar parte desses
impactos a legislação federal prevê o licenciamento de operação para a outorga da água
e o atrelamento do financiamento bancário à regularização ambiental. Além dessas
questões ambientais a expansão da orizicultura na região tem ocasionado o aumento
no conflito pelo uso da água. Segundo relato de técnicos que trabalham na extensão
rural os conflitos entre produtores devem-se basicamente ao acesso à água, sendo
comum a escassez de água para irrigação durante os picos de demanda para as lavouras
localizadas à jusante. Algumas iniciativas no sentido de organização e estruturação do
setor vem sendo promovidas pelos órgãos públicos visando também equacionar estes
problemas.

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