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NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL

Princípios Fundamentais do Processo@LUCASMONTARROYOS0702


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NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL

INQUÉRITO POLICIAL

Panorama Geral:

- Código de Processo Penal ( Decreto-lei nº 3.689, de 1941)


- TÍTULO II: Do Inquérito Policial – Art. 4º ao 23

Conceito:

- Procedimento administrativo inquisitório e preparatório, presidido pelo


Delegado de Polícia, em que é feito um conjunto de diligências pela polícia
judiciária, objetivando a produção de elementos de informação quanto à
autoria e materialidade do crime, a fim de que o titular da ação penal possa
ajuizá-la.

Características:

- Procedimento Administrativo
- Inquisitório (art. 7º EOAB + SV.14)
- Peça Informativa (art. 155)
- Valor probatório Relativo
- Presidido por Delegado ( Lei 12.830)
- Direcionado para o Juiz, mas o interessado direto é o M.P (art. 10, § 1º)
- Escrito (art.9)
- Dispensável (art.39 §5º/ art.46 §1º)
- Discricionário
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- Indisponível (art.17)
- Oficial
- Oficioso (art.5, I)
- Temporário (art.10)
- Sigiloso (art.20)

Notitia Criminis: É a forma em que a autoridade policial toma conhecimento


do fato, abrindo posteriormente o inquérito.

- Cognição Imediata: A autoridade descobre por seus próprios meios

- Cognição Mediata: Alguém legalmente dá ciência à autoridade.

- Delatio Criminis: Qualquer um do povo ( art. 5, § 3º), após VPI.

- N. C Inqualificada: Feita por anônimo, após VPI.

- Cognição Coercitiva: Quando alguém for preso em flagrante delito.

Art.5º- Abertura do Inquérito:

Crimes de ação pública Incondicionada:


- Ofício
- Requisição do M.P ou Juiz
- Requerimento do ofendido, em caso de negativa, recurso para chefe de
polícia (§ 2º)
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Crimes de ação pública Condicionada:


- Representação do Ofendido, § 4º

Crimes de ação Privada:


- Requerimento do ofendido, § 5º
- art.19

Finalizado o Inquérito:

- A autoridade fará minucioso relatório, Indiciará o indivíduo, e mandará


para as autoridades competentes.

- Os instrumentos do crime e objetos que interessem à prova podem


acompanhar os autos.

- O inquérito acompanhará Denúncia ou Queixa sempre que servir de base


para ação penal referida.

DEMAIS INVESTIGAÇÕES

A investigação criminal não é exclusividade da polícia judiciária, como


preceitua o próprio Código de Processo Penal:
Artigo 4º: A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no
território de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das
infrações penais e da sua autoria.
Parágrafo único. A competência definida neste artigo não excluirá a de
autoridades administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma função.
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Ou seja, inquérito é apenas uma investigação antes da fase judicial, é algo


feito para demonstrar que alguém fez algo errado e há uma grande chance de
ser processado por isso. Logo, vários órgãos podem investigar determinados
casos para apurar se alguém pertencente a seu órgão cometeu algum delito.

EXEMPLOS: CPI (Comissão parlamentar de Inquérito), Inquérito Militar,


PIC (Procedimento Investigatório Criminal do Ministério Público), Detetive
particular (Lei 13.432/17), TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência)

- Nos crimes de Menor Potencial Ofensivo (MPO), previstos na lei 9.099, não
é preciso o inquérito policial, já que são crimes mais simples é possível a
investigação apenas por TCO, que é o depoimento do policial autor da prisão
dizendo tudo o que aconteceu naquele caso.

Lei 9.099, Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da


ocorrência lavrará termo circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao
Juizado, com o autor do fato e a vítima, providenciando-se as requisições dos
exames periciais necessários.

ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL

Em regra, após a investigação preliminar os autos são enviados para o


Ministério Público oferecer a denúncia contra o autor, porém, há hipóteses em
que o M.P deixa de denunciar o indivíduo e firma com ele uma espécie de
contrato, que se cumprido o indivíduo não é mais denunciado e sua
punibilidade é extinta, conhecido como acordo de não persecução penal.
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- Art. 28-A. Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado


confessado formal e circunstancialmente a prática de infração penal sem
violência ou grave ameaça e com pena mínima inferior a 4 (quatro) anos, o
Ministério Público poderá propor ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL,
desde que necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime,
mediante as seguintes condições ajustadas cumulativa e alternativamente:

I - reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, exceto na impossibilidade de


fazê-lo
II - renunciar voluntariamente a proveito ou produto do crime
III - prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas por período
correspondente à pena mínima cominada ao delito, diminuída de um a dois
terços
IV - pagar prestação pecuniária
V - cumprir, por prazo determinado, outra condição indicada pelo Ministério
Público, desde que proporcional e compatível com a infração penal imputada

§ 1º Para aferição da pena mínima cominada ao delito a que se refere


o caput deste artigo, serão consideradas as causas de aumento e
diminuição aplicáveis ao caso concreto. (sum. 243, STJ)

§ 2º O acordo de não persecução não se aplica nas seguintes hipóteses:


I - se for cabível transação penal de competência dos Juizados Especiais
Criminais
II - reincidente ou se houver elementos probatórios que indiquem conduta
criminal habitual, reiterada ou profissional, exceto se insignificantes (MPO) as
infrações penais pretéritas.
III - beneficiado nos 5 (cinco) anos anteriores ao cometimento da infração, em
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acordo de não persecução penal, transação penal ou suspensão condicional


do processo
IV - nos crimes praticados no âmbito de violência doméstica ou familiar, ou
praticados contra a mulher por razões da condição de sexo feminino, em favor
do agressor.

- Formalizado por escrito e firmado pelo membro do Ministério Público, pelo


investigado e por seu defensor; Homologado pelo Juiz, que poderá se
recusar ou mandar reformular o acordo caso seja injusto.
- Descumprido o acordo o M.P comunicará ao juiz para rescindir, e
posteriormente oferecerá a denúncia, podendo usar a confissão do indivíduo
para fundamentá-la.

O descumprimento também poderá ser utilizado pelo Ministério Público como


justificativa para o eventual não oferecimento de suspensão condicional do
processo.
- A celebração e o cumprimento do acordo de não persecução penal não
constarão de certidão de antecedentes criminais, exceto para os fins
previstos no inciso III do § 2º deste artigo.

No caso de recusa, por parte do Ministério Público, em propor o acordo de


não persecução penal, o investigado poderá requerer a remessa dos autos a
órgão superior, na forma do art. 28 deste Código.
- Cumprido integralmente o acordo de não persecução penal, o juízo
competente decretará a extinção de punibilidade (art.107,CP).
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CONTROLE EXTERNO DA ATIVIDADE POLICIAL

Decorrente do sistema de freios e contrapesos, é o conjunto de normas que


regulam a fiscalização exercida pelo Ministério Público em relação à Polícia,
na prevenção, apuração e investigação de fatos tidos como criminosos, na
preservação dos direitos e garantias do investigado sob responsabilidade da
autoridade policial e o cumprimento das decisões judiciais.

Previsão: artigo 129, VII da C.F

Art.129. São funções institucionais do Ministério Público:

VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei


complementar.

Alguns exemplos desse controle, previstos na Lei Complementar nº 75, lei


que organiza o MPU:

Art. 7º Incumbe ao Ministério Público da União, sempre que necessário ao


exercício de suas funções institucionais:

I - Instaurar inquérito civil e outros procedimentos administrativos


correlatos;

II - Requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito


policial e de inquérito policial militar, podendo acompanhá-los e apresentar
provas;

III - requisitar à autoridade competente a instauração de procedimentos


administrativos, ressalvados os de natureza disciplinar, podendo acompanhá-
los e produzir provas.
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Art. 8º Para o exercício de suas atribuições, o Ministério Público da


União poderá, nos procedimentos de sua competência:

I - Notificar testemunhas e requisitar sua condução coercitiva, no caso de


ausência injustificada;

II - Requisitar informações, exames, perícias e documentos de


autoridades da Administração Pública direta ou indireta;

Há 2 formas de controle externo da atividade policial:

a) Controle Difuso: Qualquer membro do M.P faz, controle geral.

b) Controle Concentrado: Há uma divisão de tarefas e um membro


específico para fazer somente essa fiscalização.

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