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Benzeno - Novo Livro Da Fundacentro - 2023
Benzeno - Novo Livro Da Fundacentro - 2023
25 Anos
São Paulo
2023
Disponível também em: www.fundacentro.gov.br
Qualquer parte desta publicação pode ser reproduzida, desde que citada a fonte.
et d'Hygiène du Travail”
Presidência da República
Luiz Inácio Lula da Silva
Ministério do Trabalho e Emprego
Luiz Marinho
Fundacentro
Presidência
Pedro Tourinho de Siqueira
Diretoria de Conhecimento e Tecnologia
Remígio Todeschini
Diretoria de Pesquisa Aplicada
Rogério Bezerra da Silva
Diretoria de Administração e Finanças
Karina Nunes Figueiredo
Produção editorial
Editora-chefe: Glaucia Fernandes
Preparação de originais: Karina Penariol Sanches
reproduzidas neste livro Decreto no. 9.759, de 11 de abril de 2019 (página 267),
*
ARCURI, A. S. A.; CARDOSO, L. M. N. Acordo e legislação sobre o benzeno – 10 anos. São Paulo: Fundacen-
tro, 2005.
Decreto no. 9.812, de 30 de maio de 2019 (página 271) e Portaria no. 972, de 21
de agosto de 2019 (página 273)
Este é um material de consulta. É também um material dinâmico,
porque as questões relacionadas com o Benzeno continuam sendo discutidas
em diversos fóruns. Esperamos que este material tenha utilidade a todos aque-
les que lidam de alguma forma com a questão do Benzeno, agente cancerígeno
para o qual não existe nível seguro de exposição.
Coordenadoras da publicação
Prefácio
tem esta história que não termina aqui. É uma história que vem sendo contada,
aplicada e valorizada ao longo de todos estes anos.
em prol de dias melhores para a saúde e a vida dos trabalhadores, é uma grande
honra ter sido convidado para escrever estas linhas em tão importante obra.
Participar, com tantos outros atores sociais, de um grande acordo e
de uma grande luta que ainda persiste é mais do que a lembrança de alguém
que estava naquele momento, há poucos meses, frente à Secretaria de Seguran-
ça e Saúde no Trabalho, do Ministério do Trabalho.
-
ciativas de um processo contínuo de diálogo social foi uma obrigação e um re-
com a vida, com a convivência societária, com a preservação da Terra, com cada
um dos seres nela existentes e com o derradeiro sentido do universo”.*
Portanto, a preservação da saúde e da vida daqueles que trabalham
deve ter por base um plano comum, o qual todos nós devemos conhecer, deta-
lhar e aplicar, considerando – também – a necessidade de criarmos consensos,
coordenarmos conjuntamente certas ações e coibirmos determinadas práticas,
procurando, desta forma, construir expectativas saudáveis em projetos coleti-
vos que um acordo como este deve proporcionar.
O livro traz o conjunto de portarias, instruções normativas e notas
* Nota da editoria: BOFF, l. Ethos mundial: um consenso mínimo entre os humanos. Rio de Janeiro: Re-
cord, 2009. p. 23.
Neste processo contínuo de gestão dos riscos e da saúde dos trabalha-
dores expostos ao benzeno, é necessário propiciar a construção de espaços de
aprendizagem e novas dinâmicas que possibilitem a continuidade do diálogo
-
Zuher Handar
Especialista em Medicina do Trabalho
Presidente da Anamt
Ex-Secretário de Segurança e Saúde no Trabalho
do Ministério do Trabalho (1995-1999)
Sumário
Introdução: um breve olhar sobre a trajetória histórica da legislação
do benzeno no Brasil ........................................................................................................19
13
Portaria Interministerial nº 775, de 28 de abril de 2004 .......................129
Proíbe a comercialização de produtos acabados que contenham benzeno
em sua composição
14
Portaria nº 207, de 11 de março de 2011..........................................................193
Dispõe sobre procedimentos de cadastramento de empresas e instituições
que trabalham com o benzeno, previstos no Anexo 13-A (Benzeno) da
Norma Regulamentadora nº 15
15
Portaria Interministerial nº 09, de 07 de outubro de 2014 ...................237
Publica a Lista Nacional de Agentes Cancerígenos para Humanos (LINACH)
controle da qualidade
16
Decreto no. 9.812, de 30 de maio de 2019 ........................................................271
Altera o Decreto no. 9.759, de 11 de abril de 2019, que extingue e estabelece di-
retrizes, regras e limitações para colegiados da administração pública federal.
Anexo A .................................................................................................................................276
O que é a Comissão Nacional Permanente do Benzeno – CNPBz
Anexo B .................................................................................................................................278
Recomendação nº 144 de 1971: Proteção Contra os Riscos da Intoxicação pelo
Benzeno (Organização Internacional do Trabalho)
Anexo C ..................................................................................................................................284
Fluxograma para diagnóstico e encaminhamento de possíveis casos
de benzenismo
Anexo D .................................................................................................................................286
Referências Complementares.
17
Introdução: um breve olhar sobre a trajetória
histórica da legislação do benzeno no Brasil
19
Introdução: um breve olhar...
20
Sob pressão da sociedade, os serviços públicos tiveram que respon-
der com ações de normatização, inspeção, pesquisa e informação. Em março de
1993, o Seminário Nacional sobre Exposição ao Benzeno e outros Mielotóxicos,
realizado em Belo Horizonte-MG, recomendou a revisão da legislação sobre o
benzeno no âmbito dos ministérios envolvidos com o tema. O primeiro resul-
tado dessa recomendação foi a Norma Técnica sobre Intoxicação ao Benzeno,
do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), ainda em 1993. Ainda naquele
ano, o Ministério do Trabalho (MTb), por recomendação do seminário de Belo
Horizonte, iniciou um processo de revisão e atualização da Norma Regulamen-
tadora nº 15 (NR 15) no que dizia respeito ao benzeno. Para isso, criou um gru-
po de trabalho técnico, encarregado de propor uma nova legislação. Esse grupo
elaborou o documento Benzeno – Subsídios Técnicos à Secretaria de Segurança
e Saúde no Trabalho – SSST/MTb, que levanta dados sobre a situação brasileira e
propõe várias medidas para o controle da exposição.
Em 1994, frente a uma mudança ministerial e possível reestrutura-
ção da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho (SSST), o que acabou ocor-
rendo, foi publicada a Portaria nº 3 de 10/03/1994 do MTb. O ponto principal
dessa regulamentação foi o reconhecimento do benzeno como substância can-
cerígena, o que implicava em que nenhuma exposição humana fosse permitida,
sendo possível sua utilização apenas em sistema hermético.
Essa regulamentação mobilizou os setores empresariais siderúrgicos
e petroquímicos para conseguirem maior prazo de adequação à Portaria. Cons-
tituiu-se um grupo técnico tripartite que foi questionado pelos representan-
tes dos trabalhadores e por setores do governo quanto à representatividade.
Nova comissão foi então estabelecida pela Portaria nº 10 de 08/09/1994; era
composta por representantes do governo (Ministério do Trabalho, Fundacen-
tro, Ministério da Saúde, Ministério da Previdência Social), dos trabalhadores
(Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria CNTI, Confederação
Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos CNTM, CUT, Força Sindical) e em-
pregadores (Instituto Brasileiro de Siderurgia IBS, Associação Brasileira da
Indústria Química Abiquim, Confederação Nacional da Indústria CNI e Sin-
-
química no Estado de São Paulo Sinproquim). Cada bancada contava com o
apoio de três assessores, e foram indicados ainda quatro assessores técnicos
21
Introdução: um breve olhar...
A Legislação:
• regulamenta ações, atribuições e procedimentos de prevenção da
exposição ocupacional ao benzeno;
22
- concentração de benzeno no ar considerada exequível do ponto
23
Introdução: um breve olhar...
-
ção em 2001, 2ª edição em 2002 e 3ª edição em abril de 2005);
24
-
mão da visão ao mesmo tempo cômoda e ingênua de que a ciência nos revela
-
cas de saúde, trabalho e ambiente.
Trata-se, fundamentalmente, de reverter o núcleo central da maior
parte dos problemas vividos por nossas sociedades modernas: a subordinação
de todos os subsistemas sociais – o político, o ambiental, o institucional, o cultu-
ral – à lógica do subsistema econômico. Trata-se, fundamentalmente, de avançar
na construção de um equilíbrio harmônico no peso e no poder de cada um desses
subsistemas, o que trará muito mais força àquilo que de fato deve ser o centro de
qualquer sociedade: a vida – sua preservação, sua expansão, sua plenitude.
25
Acordo sobre Benzeno
27
Acordo sobre Benzeno
4. DO MINISTÉRIO DO TRABALHO
28
4.1.6. Informar à CNP-benzeno, sempre que solicitada, sobre cadastramento,
programas de prevenção da exposição ocupacional nas empresas e outros dados
sobre benzeno, de posse da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho.
4.1.7. Submeter à apreciação da CNP-benzeno as solicitações de prorrogação de
-
nológico – VRT conceituado e normatizado na portaria relativa à prevenção da
exposição ocupacional ao benzeno.
4.1.8. Submeter à apreciação da CNP-benzeno a concessão e manutenção do Cer-
4.2. Da FUNDACENTRO
4.2.1. Promover, em conjunto com outras instituições públicas e privadas, es-
tudos e pesquisas referentes à substituição e utilização controlada do benzeno
do ponto de vista da exposição ocupacional e seus efeitos biológicos, atendendo
as prioridades estabelecidas pela CNP-benzeno.
-
trole e diagnóstico da exposição ocupacional ao benzeno.
29
Acordo sobre Benzeno
-
plementares necessários à elucidação de danos à saúde por benzeno, tais como:
avaliações citoquímicas, imunológicas, citogenéticas, histológicas e neuropsico-
lógicas.
6. DAS EMPRESAS
-
nar a exposição ocupacional ao benzeno.
7. DOS TRABALHADORES
30
CAPÍTULO IV – DA COMISSÃO NACIONAL PERMANENTE
DO BENZENO – CNP-benzeno
-
venção da exposição ocupacional ao benzeno, priorizando:
Controlada do Benzeno.
31
Acordo sobre Benzeno
32
publicação da Portaria relativa a prevenção da exposição ocupacional
ao benzeno;
b) protocolo de estudos para implantação do Indicador Biológico de Ex-
posição, com prazo de 90 (noventa) dias após a publicação da Porta-
ria relativa a prevenção da exposição ocupacional ao benzeno.
9. Nas empresas abrangidas pelo presente acordo, e naquelas por elas contra-
tadas no que couber, será constituído, no prazo de 30 dias após a publicação da
Portaria relativa à prevenção da exposição ocupacional ao benzeno, o "Grupo de
Representação dos Trabalhadores do Benzeno – GTB", objetivando o acompa-
nhamento da elaboração, implantação e desenvolvimento do Programa de Pre-
venção da Exposição Ocupacional ao Benzeno.
9.2. O GTB será composto por 30% (trinta por cento) do número de membros
da representação titular dos trabalhadores na CIPA, com o mínimo de 2 (dois)
representantes.
9.2.1. O número obtido no cálculo percentual será sempre aproximado para o
número inteiro superior.
9.2.2. Os trabalhos desenvolvidos pelo GTB da empresa contratada, quando hou-
ver, deverão se adequar ao Programa de Prevenção da Exposição Ocupacional ao
Benzeno e aos trabalhos do GTB da empresa contratante.
9.3. Os representantes dos trabalhadores que não forem reeleitos para o GTB, te-
rão prorrogado a sua participação nas reuniões do GTB / CIPA, pelo prazo de 90
33
Acordo sobre Benzeno
9.3.2. A participação dos membros do GTB nas atividades da CIPA seguirá o dis-
posto na NR 5, respeitados os acordos coletivos vigentes.
34
obrigações referentes ao benzeno, assumidas pelo empregador, ou
-
rão ser reportadas ao Responsável pelo Programa de Prevenção da Exposição
Ocupacional ao Benzeno indicado pela empresa.
9.7.1. Nas situações em que a empresa não atender adequadamente e em tempo
hábil acordado as solicitações, o GTB deverá informar a CIPA, os Órgãos Pú-
blicos competentes e o Sindicato da Categoria, visando garantir a saúde dos
trabalhadores.
35
Acordo sobre Benzeno
vendas da empresa;
c) concorrência acirrada dos investimentos para sobrevivência com os
investimentos em melhoria ambiental;
d) impedimentos de natureza temporal.
-
nir proposta de substituição do benzeno até 31 de dezembro de 1996.
13.1. O desenvolvimento dos estudos de substituição do benzeno deverá ser
apresentado e discutido periodicamente na CNP-benzeno.
36
Benzeno.
37
Acordo sobre Benzeno
15.3. Caberá ao MTb, através dos Órgãos Regionais responsáveis pela área de
Segurança e Saúde do Trabalhador, a comprovação do descumprimento do pre-
sente acordo.
Signatários do Acordo
REPRESENTANTES DO GOVERNO
Ministério do Trabalho
Paulo Paiva – Ministro do Trabalho
Humberto Carlos Parro – Presidente da Fundacentro
Ministério da Saúde
José Carlos Seixas – Secretário Executivo do Ministério da Saúde
REPRESENTANTES EMPRESARIAIS
Augusto C. L. de Carvalho – Instituto Brasileiro de Siderurgia
Décio de Paula Leite Novaes – Sindicato da Indústria de Produtos Químicos para
Fins Industriais e Petroquímica de São Paulo
Guilherme D. E. de Moraes – Associação Brasileira da Industria Química e de
Produtos Derivados
TESTEMUNHAS
Antonio Augusto Junho Anastasia – Secretário Executivo MTb
João Carlos AIexim – Diretor da OIT Brasil
Plínio Gustavo Adri Sarti – Secretário de Relações do Trabalho
38
Portaria nº 14, de 20 de dezembro de 1995
Ministério do Trabalho
Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho
(DOU de 22/12/95 – Seção 1 – p. 21.865 e 21.866)
39
Portaria nº 14, de 20 de dezembro de 1995
Zuher Handar
40
Anexo 13-A*1
Benzeno
(Atualizado conforme Portaria nº 203, de 28 de janeiro de 2011,
e Portaria nº 291, de 08 de dezembro de 2011)
-
tar os projetos de novas instalações para a aprovação do MTE. Considerando, no entanto,
os investimentos necessários para implantação de novas unidades, é de bom alvitre a
consulta preliminar à Comissão Nacional Permanente do Benzeno (CNPBz), que poderá
esclarecer os requisitos necessários ao cadastramento, além de oportunamente propor
medidas de melhorias e apresentar recomendações de boas práticas para a redução da ex-
posição ao benzeno.
41
Portaria nº 14, de 20 de dezembro de 1995
-
das nas alíneas do item 3 e que apresentem inviabilidade técnica ou econômica
de sua substituição deverão comprová-la quando da elaboração do Programa de
Prevenção da Exposição Ocupacional ao Benzeno - PPEOB.
de 08 de dezembro de 2011).
4.1.2.1 O PPEOB do laboratório de empresas ou instituições enquadradas no
42
4.2. A comprovação de cadastramento deverá ser apresentada quando da aqui-
sição do benzeno junto ao fornecedor.
4.4. As empresas constantes deverão manter, por 10 (dez) anos, uma relação
atualizada das empresas por elas contratadas que atuem nas áreas incluídas na
caracterização prevista no PPEOB, contendo:
- período de contratação;
- atividade desenvolvida;
- número de trabalhadores.
5.2. O PPEOB, elaborado pela empresa, deve representar o mais elevado grau
de compromisso de sua diretoria com os princípios e diretrizes da prevenção da
exposição dos trabalhadores ao benzeno devendo:
43
Portaria nº 14, de 20 de dezembro de 1995
5.4. O conteúdo do PPEOB deve ser aquele estabelecido pela Norma Regula-
mentadora nº 9 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, com a redação
dada pela Portaria nº 25, de 29.12.94, acrescido de:
- caracterização das instalações contendo benzeno ou misturas que o
contenham em concentração maior do que 1% (um por cento) em vo-
lume;
-
ção ocupacional e vigilância do ambiente de trabalho segundo a Ins-
trução Normativa IN nº 01;
- ações de vigilância à saúde dos trabalhadores próprios e de terceiros,
segundo a Instrução Normativa IN nº 02;
- descrição do cumprimento das determinações da Portaria e acordos
coletivos referentes ao benzeno;
- procedimentos para o arquivamento dos resultados de avaliações
ambientais previstas na IN nº 01 por 40 (quarenta) anos;
- adequação da proteção respiratória ao disposto na Instrução Norma-
tiva nº 01, de 11.4.94;
-
des de apoio e medidas de organização do trabalho necessárias para
a prevenção da exposição ocupacional ao benzeno. Nos procedimen-
tos de manutenção deverão ser descritos os de caráter emergencial,
rotineiros e preditivos, objetivando minimizar possíveis vazamentos
ou emissões fugitivas;
- levantamento de todas as situações onde possam ocorrer concentra-
ções elevadas de benzeno, com dados qualitativos e quantitativos que
contribuam para a avaliação ocupacional dos trabalhadores;
- procedimentos para proteção coletiva e individual dos trabalhado-
-
cadas no item anterior, através de medidas tais como: organização
do trabalho, sinalização apropriada, isolamento de área, treinamento
44
- descrição dos procedimentos e recursos necessários para o controle
da situação de emergência, até o retorno à normalidade;
- cronograma detalhado das mudanças que deverão ser realizadas na
empresa para a prevenção da exposição ocupacional ao benzeno e a
adequação ao Valor de Referência Tecnológico;
- exigências contratuais pertinentes, que visem adequar as atividades
de empresas contratadas à observância do Programa de contratante;
negociação tripartite. O VRT deve ser considerado como referência para os pro-
gramas de melhoria contínua das condições dos ambientes de trabalho. O cum-
primento do VRT é obrigatório e não exclui risco à saúde.
7.2. Os prazos de adequação das empresas aos referidos VRT-MPT serão acor-
dados entre as representações de trabalhadores, empregadores e de governo.
45
Portaria nº 14, de 20 de dezembro de 1995
Risco à Saúde” e o acesso a estas áreas deverá ser restringido às pessoas auto-
rizadas.
13. Será de responsabilidade dos fornecedores de benzeno, assim como dos fa-
bricantes e fornecedores de produtos contendo benzeno, a rotulagem adequada,
destacando a ação cancerígena do produto, de maneira facilmente compreensí-
46
vel pelos trabalhadores e usuários, incluindo obrigatoriamente instrução de uso,
riscos à saúde e doenças relacionadas, medidas de controle adequadas, em cores
contrastantes, de forma legível e visível.
OPERAÇÕES DIVERSAS
Insalubridade de grau máximo
Operações com cádmio e seus compostos:
- extração, tratamento, preparação de ligas, fabricação e emprego de
47
Portaria nº 14, de 20 de dezembro de 1995
- cloreto de dimetil-carbamila;
- nitrosaminas;
- propano sultone;
- beta-propiolactona; e
- tálio.
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Instrução Normativa nº 01, de 20 de dezembro de 1995
Ministério do Trabalho
Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho
(DOU de 04/01/1996 Seção 1 p. 127 - 130)
49
Instrução Normatina nº 1, de 20 de dezembro de 1995
Art. 1º
DAS CONCENTRAÇÕES DE BENZENO EM AMBIENTES DE TRABALHO”, refe-
rente ao Anexo 13-A Benzeno, da Norma Regulamentadora nº 15 Atividades e
Operações Insalubres, aprovada pela Portaria MTb nº 3214, de 08/06/78, com
a seguinte redação:
Anexo
Avaliação das Concentrações de Benzeno
em Ambientes de Trabalho
1. OBJETIVO
Esta Norma Técnica visa a determinação da concentração de Benzeno
no ar nos ambientes de trabalho. Leva em consideração as possibilidades e li-
mitações das determinações analíticas, estatísticas, bem como do julgamento
2. CAMPO DE APLICAÇÃO
Esta Norma Técnica se aplica, exclusivamente, à determinação e ava-
liação das concentrações de Benzeno no ar em ambientes de trabalho.
3. DEFINIÇÕES
apresentadas a seguir:
a) Ambiente de trabalho
-
presa.
b) Amostra de Curta Duração
Para efeito dessa norma é aquela coletada durante um período de até
15 minutos.
c) Amostra instantânea
No escopo desta Norma Técnica, entende-se por amostra instantâ-
nea aquela coletada através do usa de instrumentos que permitem a
determinação da concentração de Benzeno no ar representativa de
um determinado local em um dada instante. O tempo total de coleta,
nestes casos, deve ser inferior a 5 minutos.
d) Amostragem
50
É o processo de seleção de amostras, baseado em estudos e métodos
estatísticos convenientes que possam oferecer resultados represen-
tativos da exposição ocupacional ou concentração ambiental.
e) Análise
ONU nº 1114.
h) Coleta
Corresponde ao processa de se obter uma amostra de Benzeno no ar.
i) Concentração de Benzeno no ar
Corresponde a quantidade total de Benzeno par unidade de volume
de ar. É expressa como massa por unidade de volume (m/v) ou volu-
me por unidade de volume (v/v).
Para efeito desta norma as unidades adotadas são respectivamente
mg/m³ e ml/m³.
j) Concentração Media Ponderada no Tempo (CMPT)
Corresponde a concentração de Benzeno obtida pelo somatório das
concentrações ponderadas pelos respectivos tempos de duração
das coletas, dividido pelo somatório dos tempos.
k) Distribuição log-normal
n) Local de trabalho
Local onde o trabalhador desenvolve as suas atividades.
51
Instrução Normatina nº 1, de 20 de dezembro de 1995
o) mg/m³
Unidade de concentração correspondente a miligrama de Benzeno
por metro cúbico de ar.
p) Monitoramento
É o processo periódico e sistemático da avaliação ambiental de Benzeno.
q) ppm
Unidade de concentração correspondente a partes de Benzeno por
milhão de partes de ar, em volume. É equivalente a mililitros de vapor
de Benzeno por metro cúbico de ar (ml/m³), nas mesmas condições
de pressão e temperatura.
r) Turno ou jornada de trabalho
Refere-se ao período de tempo diário no qual o trabalhador exerce a
sua atividade remunerada no ambiente de trabalho.
s) Zona de respiração
Região hemisférica com um raio de aproximadamente 30 cm das na-
rinas.
t) Zona de trabalho
4. AVALIAÇÃO
A avaliação das concentrações de Benzeno no ar nos ambientes de
trabalho visa atender aos seguintes objetivos:
• conhecer as exposições efetivas dos trabalhadores durante um de-
terminado período de tempo;
• conhecer os níveis de concentração em locais determinados;
• diagnosticar fontes de emissão de Benzeno no ambiente de trabalho;
52
4.1 RECONHECIMENTO/CARACTERIZAÇÃO
A consulta aos trabalhadores e discussão com os mesmos é elemento
fundamental para um correto reconhecimento/caracterização.
Esta etapa envolve a coleta inicial de informações, a visita aos locais
de trabalho para observações detalhadas e a determinação dos GHE.
Os resultados obtidos nesta etapa são de vital importância para a de-
terminação da ESTRATÉGIA DE AVALIAÇÃO e dos GRUPOS HOMOGÊNEOS DE
EXPOSIÇÃO.
As informações levantadas devem incluir os procedimentos de ope-
ração normal, procedimentos para manutenção, procedimentos pré-operacio-
nais e situações de emergência.
Devem ser levantadas as seguintes informações:
4.1.1. Referentes ao Processo Produtivo e a Planta Industrial
a) relação de todos os equipamentos (bombas, tanques, vasos, colunas
de extração, de destilação, de secagem, reatores, etc.) que contenham
ou por onde circule Benzeno puro ou em misturas, suas característi-
cas e localização no processo ou planta industrial;
b) relação de todas as possíveis fontes de emissão de vapores de Benze-
53
Instrução Normatina nº 1, de 20 de dezembro de 1995
risco de exposição;
f) atividades, procedimentos e zonas de trabalha, a priori, como de
maior risco de exposição;
g) dados indicativos de possível comprometimento da saúde relativo a
exposição ao benzeno.
4.1.3. Avaliações pregressas de concentração de Benzeno no ar
a) resultados de todos os monitoramentos anteriores realizados (moni-
toramento pessoal e de área);
b) outras medições já realizadas (de fontes de emissão, em situações de
emergência, na avaliação de medidas de controle, etc.).
Outras informações também poderão ser utilizadas de modo orien-
54
trabalhador, na altura da zona de respiração (geralmente na lapela).
55
Instrução Normatina nº 1, de 20 de dezembro de 1995
C1 T1 + C2 T2 + ......+ Cn Tn
CMPT =
onde,
CMPT = concentração MPT no período, em ppm ou mg/m³.
Cn = concentração de Benzeno no ar obtida na amostra n, em ppm ou mg/m³.
Tn = tempo de coleta da amostra n, em minutos ou horas.
Tt = tempo total da coleta = T1 + T2 + ... + Tn. Deverá ser aproximadamente igual
ao tempo e duração do período (ex.: 8 horas = 480 minutos).
c) Coletas parciais
Também nestes casos, várias amostras de ar são coletadas duran-
te o período do trabalho, sendo que, o tempo total de coleta é inferior ao da
duração do período de trabalho escolhido. As amostras são analisadas e os
resultados de concentração de Benzeno em cada uma delas são utilizados para
o cálculo de concentração MPT para o período avaliado utilizando a mesma
equação do item anterior. O tempo total, Tt, será igual à soma dos tempos de
coleta de cada amostra.
Para comparar a resultado do CMPT obtido com o Limite de Concentra-
ção para o turno inteiro, é necessário que o tempo total de coleta cubra, pelo
menos, 70% da jornada de trabalho (Ex.: 5,6 horas para jornadas de 8 horas).
d) Coletas/medições instantâneas
As coletas/medições instantâneas só poderão ser usadas para a de-
terminação da concentração média ambiental de Benzeno se houver um nú-
56
mero mínimo de 8 coletas/medições no período de interesse (jornada inteira
ou períodos das atividades/operações). Para avaliações da jornada inteira de
trabalho só se deve usar esta técnica de coleta/medição quando for possível
garantir que a distribuição da exposição ou concentração ambiental de Benze-
no são uniformes ao longo da jornada.
Quando se deseja estimar a exposição de um trabalhador que desen-
volve várias atividades diferentes ou muda de local ou zona de trabalho ao lon-
go da jornada, devem ser realizadas um número mínimo de 8 coletas/medições
em cada situação. As coletas/medições deverão ser realizadas na altura média
da zona de respiração dos trabalhadores.
Para avaliações da jornada inteira do trabalho utilizando-se a coleta
de amostras de curta duração, um número mínimo de 8 amostras deverão ser
obtidas durante a jornada. Também neste caso, só se deve usar esta técnica de
coleta quando for possível garantir que a distribuição da exposição ou concen-
tração ambiental do Benzeno são uniformes ao longo da jornada.
Os momentos de coleta das amostras deverão ser escolhidos aleato-
riamente, subdividindo-se o período de interesse em um número de subperío-
dos de tempo equivalente, no mínimo, ao tempo de coletas/medição.
Ex.: Uma atividade que dura 2 horas (120 minutos) contém 8 subpe-
ríodos de 15 minutos, 12 de 10 minutos, 24 de 5 minutos, etc.
Tomando-se como exemplo uma jornada de trabalho de 8 horas (480
minutos), durante a qual se deseja realizar 8 coletas de 15 minutos, deve-se
proceder da seguinte forma:
1) subdivide-se o período de 480 minutos em n subperíodos de 15 minutos:
subperíodo intervalo (hora)
01 08:00-08:15
02 08:15-08:30
03 08:30-08:45
31 16:00-16:15
32 16:15-16:30
57
Instrução Normatina nº 1, de 20 de dezembro de 1995
58
b) A metodologia analítica deverá fornecer resultados nas mesmas
unidades dos Limites do Concentração estabelecidos. Deve ter seu
limite de detecção, sensibilidade e precisão ajustados para os referi-
dos Limites.
c) A metodologia analítica deverá ser capaz de medir concentrações de
Benzeno na faixa de um vigésimo (1/20) a três (3) vezes o Limite
de Concentração MPT para o período em avaliação. E, quando não
for possível, como no caso das amostras de curta duração, no míni-
mo um quinto (1/5) do Limite de Concentração MPT para o período
em avaliação.
-
tração total deverá ser reportado como sendo referente ao Benzeno.
e) A imprecisão como erro integral de toda a metodologia e erros aci-
dentais durante o procedimento de monitoração não deve exceder a
25% (vinte e cinco por cento).
f) O procedimento analítico deverá ter sido validado em laboratório e
no campo.
g) Os laboratórios deverão desenvolver Programas de Controle de
Qualidade Laboratorial Interno e participar, sempre que possível,
resultados.
h) Poderão ser utilizadas metodologias analíticas da Associação Brasi-
leira de Normas Técnicas (ABNT), de organismos internacionais de
renome como, NIOSH, OSHA, ACGIH (EUA), DFG (Alemanha), entre
outras, como referência.
i) No caso de só utilizar metodologias que requeiram o uso de bombas
seguidos:
• as bombas devem ser calibradas contra qualquer sistema padrão
primário de calibração, ou padrão secundário devidamente aferido;
• a calibração deve ser feita antes e após cada coleta de amostra, obe-
decendo-se os critérios de correção dos valores de vazão;
• para efeito da avaliação estatística, só serão admitidas amostras
cujas variações nos resultados das calibrações sejam de, no máxi-
mo, 5%, isto é, se o resultado absoluto da expressão:
Caso o resultado seja maior que 5%, as amostras só poderão ser utili-
59
Instrução Normatina nº 1, de 20 de dezembro de 1995
60
f) Independente da avaliação do GHE, qualquer desvio dos resultados
individuais em relação aos Limites de Concentração estabelecidos de-
verão ser investigados, relatando-se as possíveis causas e eventuais
medidas recomendadas ou adotadas.
g) Caso haja qualquer alteração, seja tecnológica, operacional ou de
procedimentos e atividades, que levem à suspeita de ocorrerem al-
avaliação.
h) Até a realização de uma nova avaliação, a situação a ser considerada
como representativa do objeto da avaliação (exposição do trabalha-
dor ou do GHE, ou a concentração ambiental de Benzeno) será aquela
da última avaliação realizada.
i) Quando ocorrerem situações de emergência tais como, respingos, va-
zamentos, rupturas ou outras falhas que possam levar a uma maior
exposição ocupacional ou a um aumento na concentração ambiental
de Benzeno, deverão ser realizados, logo após normalizada a situa-
ção, monitoramentos visando garantir que a situação retornou ao ní-
vel anterior. Caso a condição anterior à situação de emergência não
seja alcançada, deve-se proceder uma nova avaliação padrão, ou seja,
para determinar o novo valor de I.
j) Os monitoramentos realizados durante a situação de emergência ser-
virão, apenas, para a caracterização da situação, visando o direciona-
mento e avaliação das medidas corretivas implantadas.
k) A garantia de que as Limites de Concentração não serão ultrapassa-
dos pode ser atingida através do monitoramento contínuo com ins-
trumentos de leitura direta (medição instantânea) acoplados a siste-
mas de pré-alarme e alarme principal que desencadeiam medidas de
controle para baixar a concentração o mais rapidamente possível.
6. RELATÓRIO
Todos as dados e informações obtidos dentro do escopo desta Norma
Técnica deverão ser registrados em relatório completo, contendo:
a) Informações obtidas no item 4.1- Reconhecimento/Caracterização.
61
Instrução Normatina nº 1, de 20 de dezembro de 1995
f) Recomendações gerais
APÊNDICE 1
CÁLCULOS ESTATÍSTICOS
Procedimento
Para cada situação avaliada os resultados de concentração média de
Benzeno (mínima de 5) deverão ser tratados da forma descrita abaixo:
62
• menor resultado = Min. *
• media aritmética dos resultados = MA *
• desvio padrão da MA para (n-1)= DP *
• Logaritmo neperiano (ln) dos resultados = ln(xi)
• media dos ln(xi)= M(ln)
• desvio padrão de M(ln) para (n-1) = DP(In)
• media geométrica = MG *
• desvio padrão geométrico DPG *
• t( /2) do Student para 95% e g. graus de liberdade = t( /2)
4. A média aritmética (MA) é igual a soma dos resultados dividido pelo número
destes.
6. Tanto média aritmética MA quanto o seu desvio padrão DP, podem ser obtidos
63
Instrução Normatina nº 1, de 20 de dezembro de 1995
10. Os dados obtidos podem ser ordenados em uma tabela como a abaixo indi-
cada (Tabela 1).
64
EXEMPLO PRÁTICO (Situação SIMULADA)
Avaliação de Benzeno no ar.
Resultados correspondem a MPT para um turno de 8 horas. (amostragem única
cobrindo toda a jornada de trabalho).
Limite de detecção do método = 0,1 ppm
65
Instrução Normatina nº 1, de 20 de dezembro de 1995
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1. Leidel NA., Busch K.A. & Lynch, J.A., Occupational Exposure Sampling Strategy
Manual, National Institute for Occupational Safety and Health (NIOSH), EUA, 1977
2. American Industrial Hygiene Association (AIHA), A Strategy for Occupational
Exposure Assesrnent, Hawkins N.C., Norwood S.K. & Rock J.C. (Ed.), EUA, 1991
3. TRGS 402, Ermittlung und Beurteilung der Konzentrationen gefarlicher Sto-
ffe in der Luft in Arbeitsbereichen (Determinação e Avaliação de Substâncias
Perigosas a Saúde Contidas no Ar no Ambiente de Trabalho) - BMA-Ministério
do Trabalho e da Ordern Social Alemão, Alemanha (Oc.) 1986.
4. Benzene, Federal Register 1910.1028, Occupational Safety and Health Admi-
nistration (OSHA), EUA, 1989.
5. Goelzer, B. Estratégias para Avaliação de Exposição no Ambiente de Trabalho
a Contaminantes Atmosféricos, Revista CIPA, Brasil, 1993.
6. AIDII, Guide Operative di Igiene Industriale - Strategia di Controllo del Fattori
di Rischio Chimici negli Ambienti di Lavoro, Sordelli D. & Nano G. (coord.), Itália.
Zuher Handar
Secretário de Segurança e Saúde no Trabalho
67
Instrução Normativa nº 02, de 20 de dezembro de 1995
Ministério do Trabalho
Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho
(DOU de 04/01/1996 Seção 1 p. 130-131)
pelo Benzeno;
CONSIDERANDO a redação do Anexo 13-A Benzeno, da Norma Regu-
3214, de 08/06/78;
CONSIDERANDO a obrigatoriedade da realização do Programa de
Art. 1º
DA SAÚDE DOS TRABALHADORES NA PREVENÇÃ0 DA EXPOSIÇÃO OCUPACIO-
69
Instrução Normatina nº 2, de 20 de dezembro de 1995
Anexo
Vigilância da Saúde dos Trabalhadores na
Prevenção da Exposição Ocupacional ao Benzeno
1. DEFINIÇÃO
2. INSTRUMENTOS
3. APLICAÇÕES
70
alterações hematológicas encaminhar ao Sistema Único de Saúde – SUS e INSS
para as devidas providências;
3.1.2. Exame periódico: devem ser realizados a intervalos máximos de 6 meses
4. AÇÕES
71
Instrução Normatina nº 2, de 20 de dezembro de 1995
5. INFORMAÇÃO AO TRABALHADOR
7. REFERENCIAIS
72
sos, além da investigação de outros processos clínicos que possam estar relacio-
nados ou serem agravantes dos mesmos.
7.2.2. Sinais tais como: palidez da pele e mucosas, febre, petéquias, epistaxes,
estomatites, sangramentos gengivais, etc.
7.2.3. O hemograma não é um exame próprio para detecção de alterações pre-
coces. E um instrumento laboratorial que detecta alterações de hematopoiese
edition; 1993).
7.2.4. Os hemogramas são instrumento auxiliar no diagnóstico devendo ser
relacionados com o quadro clínico e/ou anamnese ocupacional. Sua utilização
para o diagnóstico do benzenismo deve estar sempre associado a esses dados.
7.2.5. As possíveis variações nos hemogramas devem ser levadas em conside-
ração, assim como as características individuais de cada trabalhador. Para tanto,
a série histórica de hemograma de cada indivíduo deve ser valorizada como re-
ferência principal.
7.2.6. Os hemogramas devem ser realizados de preferência pelo método de
contagem automática, tendo em vista apresentar menor margem de erro. No
entanto, o importante é manter o mesmo método para possibilitar o controle
do erro.
7.2.7. Toda e qualquer alteração hematológica qualitativa ou quantitativa deve
ser valorizada. Na casuística brasileira e internacional a leucopenia e/ou neutro-
penia são sinais frequentemente observados.
7.2.8. Outras alterações: o estudo da medula óssea por biópsia deve ser crite-
73
Instrução Normatina nº 2, de 20 de dezembro de 1995
7.4. Após doze meses, a contar da publicação da norma, a Comissão Nacional Per-
manente de Negociação sobre o Benzeno, constituirá grupo do trabalho tripartite
para, a partir dos dados epidemiológicos e ambientais existentes e dos conheci-
-
dade dos exames de saúde, do retorno ao trabalho e de mudança de função.
Art. 2º
revogadas as disposições em contrário.
Zuher Handar
Secretário de Segurança e Saúde no Trabalho
MINISTÉRIO DO TRABALHO
Danilo Fernandes Costa
FUNDACENTRO
Albertinho B. de Carvalho
Arline Sydneia Abel Arcuri
José Possebon
74
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Alfredo Benatto
Jacinta de Fátima Sena da Silva
REPRESENTAÇÃO DE TRABALHADORES
Antônio Silvan Oliveira (CNTI)
Arnaldo Gonçalves (CNTI)
Francisco Antônio de Castro Lacaz (Assessor Técnico)
Francisco José de Souza Ribeiro (CUT)
Gilberto de Souza Caldas (Força Sindical)
José Gaspar Ferraz de Campos (Força Sindical)
Josino Silva Rodrigues (CUT)
Nilton Benedito Branco Freitas (Assessor Técnico)
COLABORADORES
Alberto de Oliveira Pereira (SINPROQUIM)
Bernardo Bedrikow (Assessor Técnico)
Devanir Claro (DNGQ/CNTI)
Fausto Renato Vilela (Usina Nova América)
75
Instrução Normatina nº 2, de 20 de dezembro de 1995
76
Portaria nº 01, de 18 de março de 1996
Ministério do Trabalho
Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho
(DOU de 20/03/1996 Seção 2 p. 1999)
Representação Governamental
TITULARES
Mário Bonciani - Ministério do Trabalho
Danilo Fernandes Costa - Ministério do Trabalho
Arline Sydneia Abel Arcuri - Fundacentro
Alfredo Benatto - Ministério da Saúde
Nilma Paulo - Ministério da Previdência e Assistência Social
Márcio Ferreira Venturini - Ministério da Indústria, Comércio e Turismo
SUPLENTES
Luiz Carlos Correa Oliveira - Ministério do Trabalho
José Possebom - Fundacentro
77
Portaria nº 01, de 18 de março de 1996
SUPLENTES
José Raimundo Pontes Barreira - Instituto Brasileiro de Siderurgia
José Roberto Teixeira - Sindicato das Indústrias de Produtos Químicos para
SUPLENTES
Josino Silva Rodrigues - Central Única dos Trabalhadores
Roberto Odilon Horta - Central Única dos Trabalhadores
Ernesto Saraiva - Força Sindical
78
Fernando da Silva Pereira Filho - Força Sindical
Manoel Valadares da Fonseca Filho - Confederação Nacional dos Trabalha-
dores na Indústria. Representante indicado pela Confederação Nacional dos
Trabalhadores na Indústria
Art. 5º
de assessorar a CNP-Benzeno, no que tange aos assuntos administrativos, ope-
racionais e de ordem geral.
Parágrafo único – A Secretaria Executiva de que trata o artigo ante-
rior será coordenada pelo Engenheiro José Eduardo Freire de Menezes, Coorde-
nador da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho.
Zuher Handar
Secretário de Segurança e Saúde no Trabalho
79
Portaria nº 34, de 20 de dezembro de 2001
Ministério do Trabalho e Emprego
Secretaria de Inspeção do Trabalho
(DOU de 27/12/2001 Seção 1 p. 260-261)
81
Portaria nº 34, de 20 de dezembro de 2001
Anexo
Protocolo para a Utilização de
Indicador Biológico da Exposição Ocupacional ao Benzeno
1. Histórico
Com as medidas previstas e em alguns casos já estabelecidas, para a
diminuição da concentração do benzeno nos ambientes de trabalho e, por con-
seguinte, o controle da exposição ocupacional a este agente, o fenol urinário,
como Indicador Biológico de Exposição ao Benzeno (IBE-Bz), teve sua aplicação
restringida, quando não ultrapassada, no gerenciamento deste controle.
Desta forma foi retirada à obrigatoriedade da determinação de
fenol urinário em trabalhadores potencialmente expostos a benzeno. A Co-
missão Nacional Permanente do Benzeno (CNP-Bz), vem desde sua criação,
discutindo a implantação de outros indicadores para avaliação da exposição
ocupacional a este agente.
Com este objetivo foram já realizados:
a) Protocolo de estudos para implantação do indicador biológico de
exposição ao benzeno;
b) Seminário informativo IBE-Bz, realizado na FUNDACENTRO, em São
Paulo, no dia 12.08.96, que contou com cerca de 70 participantes;
-
vidados, além dos integrantes do Grupo de Trabalho indicado na
época, pela CNP-Bz. Nesta oportunidade foram apresentados proje-
tos de pesquisa visando estudar alguns dos indicadores propostos
na literatura;
-
cipantes resolveram encaminhar para a CNP-Bz uma recomenda-
ção de que fosse elaborado um protocolo indicativo sobre possíveis
IBEs a serem utilizados para a avaliação da exposição ocupacional
ao benzeno;
e) Acompanhamento das teses de doutorado de Maurício Xavier
82
-
rização de trabalhadores expostos ao benzeno”; e,
f) Decisão da CNP-Bz em dar encaminhamento à elaboração do pre-
sente protocolo, com a indicação do ácido trans,trans-mucônico
urinário (AttM - U) como IBE-Bz.
2. Do objetivo
Estabelecer a utilização de indicadores biológicos para detecção de
possível exposição ocupacional ao benzeno, que possuam características de apli-
3.1 Conceito
Indicador biológico de exposição é uma substância química, elemento
químico, atividade enzimática ou constituintes do organismo cuja concentra-
-
dos, possui relação com a exposição ambiental a determinado agente tóxico.
A substância ou elemento químico determinado pode ser produto de uma bio-
transformação ou alteração bioquímica precoce decorrente da introdução des-
te agente tóxico, no organismo. Para os agentes químicos preconizados na NR7,
do indicador biológico para o qual se supõe que a maioria das pessoas ocupa-
cionalmente expostas não corre risco de dano à saúde. A ultrapassagem deste
-
te de tolerância ou limite de exposição ocupacional.
A adoção do VRT (Valor de Referência Tecnológico) traz a necessidade
de reavaliar o conceito de IBMP para o IBE ao benzeno. O VRT é baseado princi-
palmente na exeqüibilidade tecnológica e foram estabelecidos valores distintos
para diferentes ramos industriais. O cumprimento do VRT é obrigatório, mas
NÃO EXCLUI RISCO À SAÚDE. Por isso, para o benzeno não faz sentido o estabe-
lecimento de índice biológico máximo permitido.
Na Alemanha, onde se utiliza TRK, valor técnico de concentração am-
biental para substâncias carcinógenas, base conceitual do VRT, não se estabe-
83
Portaria nº 34, de 20 de dezembro de 2001
os resultados obtidos.
3.2 Objetivo
O IBE deve ser utilizado como ferramenta de higiene do trabalho e
como instrumento auxiliar de vigilância à saúde. Poderá, portanto, ser utiliza-
do para:
(1) correlação com os resultados de avaliações da exposição ocupa-
cional na zona respiratória do trabalhador, obtidas pela higiene
ocupacional;
(2) dedução, a partir dos resultados obtidos, da parcela de benzeno
absorvida após exposição do trabalhador;
84
de exposições aguda e sujeitos a outras vias de penetração. A interpretação
dos resultados do grupo homogêneo de exposição deve ser feita levando-se
em consideração os dados de todo o grupo avaliado, segundo Buschinelli &
Kato. Esta forma de interpretação permite avaliar o nível de exposição e fazer
possível sobre-exposição.
que pode ser coletado através de processo não invasivo, e recomendada neste
protocolo. Entre os indicadores biológicos urinários preconizados para avaliar
a exposição ocupacional ao benzeno em baixos níveis de concentração no ar,
o AttM-U é o de mais fácil determinação analítica, e por isto foi decidido pela
CNP-Bz recomendá-lo como IBE ao benzeno.
85
Portaria nº 34, de 20 de dezembro de 2001
4.4 Armazenagem
Barbosa (1997) mostrou a estabilidade das amostras refrigeradas a
-20°C (menos vinte graus celsius) por um período de até dez semanas. Costa
(2001) indicou que a amostra não sofre alteração por um mês, a esta tempera-
tura. De acordo com os achados de Martins, I. (1999) em estudos de estabilida-
de do AttM -U, os resultados mostraram que no intervalo analisado (0,2 - 2,0
mg/L) a concentração de 0,2 mg/L mostrou-se estável somente por seis sema-
-
trole. Já para a concentração de 2,0 mg/L, a estabilidade foi de quinze semanas,
permanecendo o analíto estável. Este autor também examinou a estabilidade
por um período de dez dias em amostras conservadas a 4°C e os resultados
mostraram que o analíto permaneceu estável durante este período para as
concentrações estudadas. Destes fatos, julgamos prudente que se armazene a
amostra de urina a 4°C por um período de no máximo sete dias antes da análise.
Se não for possível a análise das amostras, no prazo de uma semana, elas devem
ser refrigeradas a -20°C (menos vinte graus celsius), por no máximo um mês.
86
Costa (2001). O laboratório deve ter um método padronizado, validado e parti-
cipar de programa de controle de qualidade interlaboratorial e intralaborato-
4.6 Interferentes
-
multânea ao tolueno ou pela ingestão de ácido sórbico e seus sais presentes na
alimentação (Ducos et al., 1990; Inoue et al., 1989; Ruppert et al., 1997; Maestri
et al., 1996; Kok & Ong, 1994). Há suspeitas que hidrocarbonetos policíclicos
aromáticos (HPAs) também interferem nesta avaliação (Kivistö et al., 1997).
Em trabalhadores não ocupacionalmente expostos ao benzeno, a concentração
do AttM-U está abaixo de 0,5 mg/g creatinina. A presença do AttM-U (abaixo de
0,5 mg/g creatinina) em pessoas não ocupacionalmente expostas é atribuída
geralmente a ampla poluição ambiental pelo benzeno que surge de fontes tais
como hábito de fumar e outros processos de combustão, poluição urbana pelos
automóveis e provavelmente contaminação de alimentos pelo ácido sórbico um
preservativo e agente fungistático muito comum em alimentos (queijo, carnes,
peixe desidratado, vegetais em conserva, bebidas, etc) que é também converti-
do ao AttM, embora em quantidades traços. Nesta situação sugere-se a coleta
de urina muitas horas após a última refeição o que permitiria ignorar um pos-
sível efeito aditivo do AttM-U decorrente da ingestão do ácido sórbico.
acima dos correspondentes aos VRT indicam que o ambiente de trabalho não
está em conformidade com o preconizado no Anexo 13A. Os resultados de mui-
tos trabalhos realizados em ambientes onde não há exposição ocupacional ao
benzeno, têm mostrado dados bastante variados de AttM-U em populações de
fumantes e não fumantes. A tabela abaixo demonstra esta situação:
87
Portaria nº 34, de 20 de dezembro de 2001
88
Poderá ainda, estabelecer o uso de novos indicadores ou
reformulação de metodologias de análise, de acordo com a evolução do estado
da arte sobre o assunto.
7. Reavaliação do protocolo
Este protocolo poderá ser revisto no prazo de dois anos de sua
publicação, se assim for considerado relevante pela CNP-Bz.
89
Portaria nº 34, de 20 de dezembro de 2001
detection of individual benzene exposure down to the ppm level”, Int. Arch.
Occup. Environ. Health, 64: 309-313.
90
• Inoue, O.; Seiji, K.; Nakatsuka, H.; Wantable, T.; Yin, S.N.; Li, G.L.; Cai, S.X.;
in car mechanics and road tanker drivers”, Int. Arch. Environ. Health
71:277-283.
• Kivistö, H.; Pekari, K.; Peltonen, K.; Svinhufvud, J.; Veidebaum, T.; Sorsa,
86: 40-49
• Maestri, L.; Coccini, T.; Imbriani, M.; Ghittori, S.; Manzo, L.; Bin, L.;
Pezzagno, 1996, G. Toxicol. Lett. 88 (Supl.1): 43.
• Martins, I.,1999, Determinação do ácido t-t-mucônico urinário por
limit values developed in Germany and in the United States”, Intern. Arch.
Occup. Environ. Health, 72:195-204.
91
Portaria nº 34, de 20 de dezembro de 2001
muconic acid in urine in car mechanics”, Int. Arch. Occup. Environ. Health,
66: 1-6
92
Decreto nº 157, de 2 de julho de 1991*2
Presidência da República
Casa Civil
(DOU de 03/07/1991 Seção I p. 12.905 - 12.907)
agentes cancerígenos.
* Anexo XLVII do Decreto no. 10.088, de 5 de novembro de 2019, que consolida atos
normativos editados pelo Poder Executivo Federal que dispõem sobre a promulgação de
93
Decreto nº 157, de 2 de julho de 1991
DECRETA:
Art. 1º A Convenção nº 139, da Organização Internacional do Traba-
lho -
las Substâncias ou Agentes Cancerígenos, apensa por cópia ao presente Decre-
to, será executada e cumprida tão inteiramente como nela se contém.
Fernando Collor
Francisco Rezek
Anexo
Conferência Internacional do Trabalho
Convenção nº 139 – Convenção sobre a Prevenção e Controle de Riscos
94
cional de Investigações sobre o Câncer, com os quais colabora a Organização
Internacional do Trabalho;
Depois de ter decidido adotar diversas proposições relativas à preven-
-
cerígenos, questão que constitui o quinto ponto da ordem do dia da reunião, e
Depois de ter decidido que tais proposições revistam-se da forma de
uma Convenção Internacional,
Adota com a data de vinte e quatro de junho de mil novecentos e se-
tenta e quatro, a presente Convenção, que poderá ser citada como a Convenção
Artigo 1º
-
dicamente as substâncias e agentes cancerígenos aos quais estará proibida a
exposição no trabalho, ou sujeita a autorização ou controle, e aqueles a que se
devam aplicar outras disposições da presente Convenção.
Artigo 2º
95
Decreto nº 157, de 2 de julho de 1991
Artigo 3º
Artigo 4º
-
didas para que os trabalhadores que tenham estado, estejam ou corram o risco
de vir a estar expostos a substâncias ou agentes cancerígenos recebam toda
a informação disponível sobre os perigos que representam tais substâncias e
sobre as medidas a serem aplicadas.
Artigo 5º
-
didas para assegurar que sejam proporcionados aos trabalhadores os exames
médicos ou os exames ou investigações de natureza biológica ou de outro tipo,
durante ou depois do emprego, que sejam necessários para avaliar a exposição
Artigo 6º
a) adotar, por via legislativa ou por qualquer outro método conforme a prática
e as condições nacionais, e em consulta com as organizações internacionais
de empregadores e de trabalhadores mais representativas, as medidas ne-
cessárias para efetivar as disposições da presente Convenção;
b) indicar a que organismos ou pessoas incumbe, de acordo com a prática na-
cional, a obrigação de assegurar o cumprimento das disposições da presen-
te Convenção;
c) compromete-se a proporcionar os serviços de inspeção apropriados para
96
Artigo 7º
Artigo 8º
3. A partir desse momento, esta Convenção entrará em vigor, para cada Mem-
Artigo 9º
ano após a expiração do mencionado período de dez anos, não faça uso do direi-
Artigo 10
97
Decreto nº 157, de 2 de julho de 1991
Artigo 11
Artigo 12
Artigo 13
1. Caso a Conferência adote uma nova Convenção que implique a revisão total
ou parcial da presente, e a menos que a nova Convenção contenha disposições
em contrário:
ipso
jure, a denúncia imediata desta Convenção, não obstante as disposições con-
tidas no Artigo 9, desde que a nova Convenção revisora tenha entrado em
vigor;
b) a partir da data em que entre em vigor a nova Convenção revisora, a presen-
Convenção revisora.
Artigo 14
98
Decreto nº 1.253, de 27 de setembro de 1994*3
Presidência da República
Casa Civil
(DOU de 28/09/1994 Seção I p. 14.672 - 14.674)
* Anexo L do Decreto no. 10.088, de 5 de novembro de 2019, que consolida atos normati-
vos editados pelo Poder Executivo Federal que dispõem sobre a promulgação de conven-
99
Decreto nº 1.253, de 27 de setembro de 1994
DECRETA
Art. 1º A Convenção nº 136, da Organização Internacional do Traba-
lho, sobre a Proteção contra os Riscos de Intoxicação Provocados pelo Benzeno,
assinada em Genebra, em 30 de junho de 1971, apensa por cópia a este decreto,
deverá ser cumprida tão inteiramente como nela se contém.
Itamar Franco
Roberto Pinto F. Mameri Abdenur
Anexo
Convenção nº 136 de 1971
Organização Internacional do Trabalho
Proteção contra os Riscos da Intoxicação pelo Benzeno
100
Artigo 1º
Artigo 2º
Artigo 3º
101
Decreto nº 1.253, de 27 de setembro de 1994
Artigo 4º
Artigo 5º
Artigo 6º
autoridade competente num nível que não exceda o valor teto de 25 partes por
milhão (80m³g/m³).
Artigo 7º
102
medida necessária à proteção de saúde dos trabalhadores.
Artigo 8º
Artigo 9º
Artigo 10
103
Decreto nº 1.253, de 27 de setembro de 1994
Artigo 11
Artigo 12
Artigo 13
Artigo 14
104
c) comprometer-se-á a incumbir os serviços de inspeção apropriados
do controle da aplicação das disposições da presente convenção, ou
a garantir que uma inspeção adequada está sendo executada.
Artigo 15
Artigo 16
3. Em seguida, esta convenção entrará em vigor para cada Membro doze me-
Artigo 17
será obrigado por novo período de dez anos e, depois disso, poderá denunciar a
no presente artigo.
Artigo 18
105
Decreto nº 1.253, de 27 de setembro de 1994
que lhe for comunicada, o Diretor-Geral chamará a atenção dos Membros da Or-
ganização para a data em que a presente Convenção entrar em vigor.
Artigo 19
artigos precedentes.
Artigo 20
Artigo 21
convenção de revisão.
Artigo 22
106
Portaria nº 776, de 28 de abril de 2004*4
Ministério da Saúde
Gabinete do Ministro
(DOU de 29/04/2004 Seção I p. 34-37)
107
Portaria nº 776, de 28 de abril de 2004
Humberto Costa
Ministro da Saúde
Anexo
Normas de Vigilância à Saúde dos
Trabalhadores Expostos ao Benzeno
1. OBJETIVO
Regulamentar os procedimentos relativos à vigilância da saúde dos
trabalhadores expostos ao benzeno.
2. CAMPO DE APLICAÇÃO
As empresas e respectivas contratadas que produzem, utilizam,
transportam, armazenam e manipulam benzeno ou suas misturas líquidas
para os serviços de saúde públicos e privados, laboratórios e outras instâncias
institucionais do campo da saúde do trabalhador.
3. CONCEITOS
Vigilância Epidemiológica Entende-se por vigilância epidemiológica
um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou pre-
venção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes da
108
de prevenção e controle das doenças ou agravos (Lei nº 8.080/90).
Vigilância Sanitária Entende-se por vigilância sanitária um conjunto
de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos
problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação
de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde (Lei nº 8.080/90).
Vigilância em Saúde do Trabalhador Entende-se por vigilância em saú-
de do trabalhador uma atuação contínua e sistemática, ao longo do tempo, no
sentido de detectar, conhecer, pesquisar e analisar os fatores determinantes e
condicionantes dos agravos à saúde relacionados aos processos e ambientes de
trabalho, em seus aspectos tecnológico, social e organizacional e epidemiológico,
-
tos, de forma a eliminá-los ou controlá-los (Instrução Normativa de Vigilância
em Saúde do Trabalhador no SUS Portaria nº 3.120/GM, de 1º de julho de 1998).
Benzeno É um hidrocarboneto aromático que se apresenta como um
-
tível a concentrações da ordem de 12 ppm, cuja fórmula molecular é C6H6. Re-
gistro CAS nº 71-43-2, registro ONU nº 1114.
Benzenismo Conjunto de sinais, sintomas e complicações decorren-
tes da exposição aguda ou crônica ao hidrocarboneto aromático, benzeno. As
complicações podem ser agudas, quando houver exposição a altas concentra-
ções com presença de sinais e sintomas neurológicos, ou crônicas, com sinais e
sintomas clínicos diversos, podendo ocorrer complicações a médio ou a longo
prazo, localizadas principalmente no sistema hematopoético.
4. DIRETRIZES
109
Portaria nº 776, de 28 de abril de 2004
* Nota da coordenação: Na falta de dados da região, utilizar, para determinar o patamar de exposição não
ocupacional, padrões de literatura.
110
medula óssea de trabalhadores com benzenismo evidenciaram a relação entre
a neutropenia periférica e a hipoplasia granulocítica, numa mediana de quatro
anos de exposição. Estudo posterior, realizado com a mesma coorte de pacien-
tes, após o afastamento da exposição, demonstrou um tempo médio de 5 anos
para a recuperação hematológica periférica.
A aplasia da medula óssea, que corresponde à depressão de todas as
linhagens hematológicas, expressa-se no sangue periférico através de pancito-
penia (leucopenia, plaquetopenia e anemia).
O caráter leucemogênico do benzeno é amplamente reconhecido. As
transformações leucêmicas, precedidas ou não por alterações mielodisplási-
cas, são objeto de diversas publicações, sendo a leucemia mielóide aguda, entre
todas, a mais freqüente. Outras variantes são também descritas.
Além de leucemogênica, a toxicidade por benzeno está também rela-
cionada ao surgimento de outras formas de doenças onco-hematológicas, como
-
qüência.
Alterações Neuro-Psicológicas e Neurológicas: São observadas al-
terações como: atenção, percepção, memória, habilidade motora, viso-espacial,
viso-construtiva, função executiva, raciocínio lógico, linguagem, aprendiza-
gem e humor.
Além dessas disfunções cognitivas, surgem outras alterações como:
astenia, cefaléia, depressão, insônia, agitação e alterações de comportamento.
São também descritos quadros de polineuropatias periféricas e mie-
lites transversas.
No sistema auditivo podem aparecer alterações periféricas como cen-
trais, podendo ser observadas: perdas auditivas neurossensoriais, zumbidos,
111
Portaria nº 776, de 28 de abril de 2004
Outras
Psitacose, Malária e Calazar
Hepatopatia Crônica, Hepatopatia Alcoólica, Esquistosomose, Espleno-
Esplenomegalias
megalia Congestiva, Doença de Gaucher e Síndrome de Felty
LES, Artrite Reumatóide, Periarterite Nodosa, Outras Colagenoses,
Imunológicas
112
Uma criteriosa análise do quadro clínico é insubstituível. Para se ter
uma visão panorâmica, não se deve considerar apenas os resultados de exa-
mes, devendo ser valorizada também, a história ocupacional.
Hemograma: O hemograma é um dos principais instrumentos labo-
ratoriais para detecção de alterações tardias da hematopoese em casos de to-
xicidade crônica por benzeno. Deve ser realizado pelo método automático com
hemocitoscopia criteriosa. Deve-se salientar que a coleta deve ser realizada, na
ausência de jejum.
-
bre as empresas, setores, funções, tarefas e respectivos períodos de trabalho;
c) Levantamento dos Dados Hematológicos de que dispõe o trabalhador, inclusi-
ve os anteriores à admissão na empresa suspeita de causadora da toxicidade;
d) Exames Complementares:
• Hemograma com análise quantitativa e qualitativa das três séries
sangüíneas e contagem de reticulócitos. Na ausência da série histó-
rica, realizar três hemogramas com intervalo de 15 dias.
113
Portaria nº 776, de 28 de abril de 2004
reativa e FAN.
• Marcadores de Hepatite B e C (anti-HBsAg, anti-HBc–IgM e anti-
-HCV).
• Anti-HIV.
e) Estudo da Medula Óssea (Biópsia de medula óssea e mielograma) sempre
que indicados clinicamente;
f) Outros Exames poderão ser solicitados, de acordo com o exame clínico; e
g) Outras Investigações:
• Avaliação Sobre o Sistema Nervoso Central Avaliação de queixas
neuropsicológicas e neuropsiquiátricas, efeitos ototóxicos e altera-
ções citogenéticas deverão ser realizados sempre que necessário.
• Avaliação Neuropsicológica / Neurocomportamental, É um instru-
mento para investigação dos efeitos que à exposição a substâncias
neurotóxicas produz sobre os processos psíquicos no homem. Ob-
jetiva estabelecer a presença ou não de disfunção cognitiva e distúr-
-
ções ainda em estágios iniciais.
• O benzeno, como os solventes, pode causar distúrbios de memória
de curto prazo, raciocínio e resoluções de problemas, execução de
tarefas visoconstrutivas ou verbais e habilidade de planejar.
• A avaliação das alterações neuropsicológicas é feita por meio de ba-
114
Para o reconhecimento de casos que serão investigados, deverão ser
evidenciadas as seguintes situações em indivíduos expostos ocupacionalmente
ao benzeno.
Embora estejam explícitos somente os critérios de alteração nos va-
lores da contagem de leucócitos totais, todas as alterações hematológicas, con-
sideradas relevantes, devem ser valorizadas e investigadas.
Constatação de alterações hematológicas Instalação de leucopenia.
Para análise da leucometria, recomenda-se:
4.1.5.1. Para Trabalhadores sem História de Exposição:
A média de 3 hemogramas realizados com intervalo de 15 dias, sendo
o primeiro realizado no processo de admissão no emprego.
de leucopenia.
4.1.5.2. Para Trabalhadores Antigos:
• O exame admissional anterior à exposição a agentes mielotóxicos
servirá como referência.
• Caso não se localize o exame referido no item anterior, deve-se uti-
lizar a média da contagem de leucócitos dos hemogramas anterio-
-
xos populacionais contidos na Tabela 1 do anexo 1A destas Normas.
Devem ser alvo de investigação os trabalhadores que apresentarem:
(1) Queda relevante e persistente da Leucometria, constatada atra-
vés de 3 (três) exames com intervalo de 15 (quinze) dias, com ou sem outras
alterações associadas.
Um índice arbitrário de 20% de redução da leucometria poderá ser
Essa taxa poderá ser reavaliada, baseada em novos estudos. Variações meno-
res e a presença de outras alterações hematológicas devem ser consideradas,
quando suspeitada sua relevância.
*
a média da contagem de leucócitos dos hemogramas anteriores,
deve ser considerado o seguinte critério: Calcular a média dos três últimos hemogramas, desconsideran-
do-se os hemogramas: decorrentes de investigação de doenças anteriores ou que foram realizados em
período concomitante com doenças leucopenizantes ou que estimulem a produção de leucócitos.
115
Portaria nº 776, de 28 de abril de 2004
• PRESENÇA DE MACROPLAQUETAS;
• LEUCOPENIA COM ASSOCIAÇÃO DE OUTRAS CITOPENIAS (pla-
quetopenia).
-
valos de 15 dias entre eles. Nas situações em que persistem as alterações nesse
tempo mínimo de 45 dias, considera-se o CASO SUSPEITO.
Deve ser iniciada investigação segundo item protocolo de investiga-
ção de caso suspeito destas Normas.
benzenismo.
116
4.3. Prognóstico de Intoxicação Ocupacional pelo Benzeno
4.3.1. Os trabalhadores que apresentaram alterações hematológicas devido à
exposição ao benzeno devem ser considerados suscetíveis ou hipersensibiliza-
dos, sendo maior o risco de agravamento do quadro, em especial o desenvolvi-
mento de neoplasias.
4.3.2. É possível a reversão do quadro hematológico periférico que pode ocorrer
-
malidade” do quadro hematimétrico, no sangue periférico, não deve ser consi-
derada como estado de cura.
Todas as pessoas expostas e que manifestaram alterações hematoló-
gicas devem ter acompanhamento médico, devendo seu posto de trabalho e sua
atividades serem analisados, no sentido de serem afastadas da exposição ocu-
pacional ao benzeno, utilizando-se para tal o anexo 2 como critério. Tal proce-
dimento deve ser assegurado pela empresa e aprovado pelo órgão competente
117
Portaria nº 776, de 28 de abril de 2004
-
lharem em outra atividade econômica, faz com que, mesmo afastados, ou mais
precisamente em virtude desse afastamento, se produza um adoecimento de
natureza psicossocial.
4.5. Prevenção
Considerando-se as características do produto como toxicidade e car-
cinogenicidade, as ações preventivas são as que se apresentam como sendo de
maior relevância na proteção da saúde. Assim, o ambiente e o processo de tra-
balho devem assegurar sempre a menor exposição ocupacional possível.
Medidas de proteção coletiva adotadas no processo de trabalho, mi-
nimizando a exposição ou eliminando o agente, e medidas de proteção indivi-
dual contribuem decididamente na prevenção da intoxicação.
A avaliação quantitativa do nível de benzeno no ar, associada à avalia-
ção individual da exposição e à análise do Índice Biológico de Exposição (IBE)
em grupos homogêneos de risco de exposição, constituí ferramenta importan-
te quando se objetiva a avaliação da ex-posição e a implantação de medidas
de controle para diminuição e eliminação do risco (vide Instrução Normativa
IN-01 Acordo do Benzeno).
5. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS
118
• custeio pleno de consultas, exames e pareceres necessários à elu-
cidação diagnóstica de suspeita de danos à saúde provocados por
benzeno;
• custeio pleno de medicamentos, materiais médicos, internações
hospitalares e procedimentos médicos de tratamento de dano à
saúde provocado por benzeno ou suas seqüelas e conseqüências; e
• desencadear ações imediatas de correção, prevenção e controle no
ambiente, condições e processos de trabalho.
119
Portaria nº 776, de 28 de abril de 2004
plantas.
Observações:
• É de responsabilidade solidária de contratantes e contratadas o
envio e a padronização das informações contidas nos itens 1 a 7.
• Os prontuários médicos dos trabalhadores e dos intoxicados de-
vem ser mantidos à disposição daqueles, dos seus representantes
legalmente constituídos e dos órgãos públicos por, no mínimo, 20
(vinte) anos após o desligamento do trabalhador.
120
5.4. Procedimentos de Intervenção:
Os serviços de saúde do trabalhador realizarão a vigilância dos am-
bientes e processos de trabalho, compreendendo a análise, a investigação, a
de inspeções sanitárias.
-
dades e a interdição seguirão legislação da área de abrangência do serviço, de
acordo com as legislações e portarias pertinentes, tais como Códigos Sanitá-
rios, Lei nº 8080/90 e Portaria nº 3120/GM, de 1º de julho de 1998.
Critérios para priorização da vigilância dos ambientes de trabalho:
• estatísticas geradas pelos Sistemas de Informação (SINAN, SIMPE-
AQ entre outros);
• o não-cumprimento de qualquer norma estabelecida para o benzeno;
• denúncia de trabalhadores, meios de comunicação ou sociedades
civis;
• solicitação do sindicato de trabalhadores; e
• investigações sistemáticas.
Os serviços de saúde do trabalhador deverão privilegiar na interven-
ção nos ambientes de trabalho:
• Análise das informações existentes (atas de CIPA, ROAS, PPEOB,
PPRA, PCMSO, programas de saúde, ambiente e segurança, informa-
ções de outras instituições).
• Análise e observação das situações potenciais de risco.
• Estabelecimento de propostas de eliminação, controle e redução de
risco.
• Participação dos trabalhadores e seus representantes em todas as
etapas da intervenção.
• Processos de discussão, de negociação e de formalização de acordos
envolvendo empregadores, governo, trabalhadores e sociedade civil
para estabelecimento de medidas de eliminação, controle e redução
da exposição ao benzeno além do previsto na legislação.
• Ações de integração interinstitucionais com o Ministério do Trabalho
e Emprego, Ministério da Previdência Social, os Ministérios Públicos,
as Secretarias de Meio Ambiente, e as Instituições de ensino e pesqui-
sa, entre outras.
Os serviços de saúde do trabalhador deverão manter atualizado o ca-
dastro das empresas de produção, utilização, manipulação, armazenamento ou
transporte de benzeno na sua área de abrangência.
121
Portaria nº 776, de 28 de abril de 2004
6. ANEXOS
Anexo 1A
Valores de Referência em Hematologia:
1 6.0 – 17.5 1.0 – 8.5 0,35 0,05 – 0,7 0 – 0,2 4,0 – 10,5 0,05 – 1,1
4 5.5 – 15.5 1.5 – 7.5 0 – 1,0 0,02 – 0,65 0 – 0,2 2,0 – 8,0 0 – 0,8
6 5.0 – 14.5 1.5 – 7.0 0 – 1,0 0 – 0,65 0 – 0,2 1,5 – 7,0 0 – 0,8
10 4.5 – 13.5 1.8 – 7.0 0 – 1,0 0 – 0,60 0 – 0,2 1,5 – 6,5 0 – 0,8
21 4.5 – 11.0 1.8 – 7.0 0 – 0,7 0 – 0,45 0 – 0,2 1,0 – 4,8 0 – 0,8
Anexo 1B
Variações dos Valores dos Hemogramas:
Tabela 2: Diferenças étnicas no hemograma, segundo Williams - 6ª edição – 2001
Homens Mulheres
Afro Afro
Caucasianos Africanos Caucasianos Africanos
Caribenhos Caribenhos
Leucometria 5,7 5,2 4,5 6,2 5,7 5,0
(X 103/µL) (3,6 – 9,2) (2,8 – 9,5) (2,8 – 7,2) (3,5 – 10,8) (3,3 – 9,9) (3,2 – 7,8)
3,2 2,5 2,0 3,6 3,0 2,4
(X 103/µL) (1,7 – 6,1) (1,0 – 5,8) (0,9 – 4,2) (1,7 – 7,5) (1,4 – 6,5) (1,3 – 4,2)
Linfócitos 1,7 1,9 1,8 1,8 2,0 2,0
(X 103/µL) (1,0 – 2,9) (1,0 – 3,6) (1,0 – 3,2) (1,0 – 3,5) (1,2 – 3,4) (1,1 – 3,6)
Monócitos 0,34 0,33 0,29 0,30 0,31 0,28
(X 103/µL) (0,18 – 0,62) (0,18 – 0,52) (0,15 – 0,58) (0,14 – 0,61) (0,16 – 0,59) (0,15– 0,39)
0,12 0,13 0,12 0,13 0,10 0,10
(X 103/µL) (0,03 – 0,48) (0,03 – 0,58) (0,02 – 0,79) (0,04 – 0,44) (0,03 – 0,33) (0,02– 0,41)
Plaquetas 218 196 183 246 236 207
(X 103/µL) (143 – 332) (122 – 313) (115 – 290) (169 – 358) (149 – 374) (125 – 342)
122
Tabela 3: Diferenças étinicas e de horário de coleta no hemogama, segundo
WIintrobe – 10ª edição – 1999.
HOMENS ADULTOS
Europeus Americanos
Caucasianos Caucasianos Afroamericanos Africanos
Idade média 25 16-44 anos
Horário de Antes do meio dia ou à tarde
9:30-11:30 14:30-16:30 09:00-12:00
coleta próximo ao meio dia
Leucometria
3,487-9,206 3,722-9,828 4,550-10,100 3,600-10,200 2,587-9,075
(X 103/µL)
de serem estabelecidos valores a partir da experiência brasileira e que estes deverão estar disponíveis
Anexo 2
Critérios de Retorno de Trabalhadores Afastados do Trabalho
por Agravos à Saúde Decorrentes da Exposição ao Benzeno
1. Objetivo -
dos por agravos à saúde decorrentes da exposição ao benzeno.
2. Critérios: O local de trabalho deve ser avaliado quanto aos seguintes critérios:
• avaliação da exposição - qualitativa e quantitativa; e
• avaliação epidemiológica de agravos à saúde dos trabalhadores.
123
Portaria nº 776, de 28 de abril de 2004
• Limpeza de equipamentos;
• Acompanhamento de serviços de manutenção ou de liberação de
equipamentos;
• Atividade envolvendo outros mielotóxicos; e
• A empresa deve possuir procedimento escrito que garanta o cum-
primento deste critério e deve orientar seus trabalhadores quanto a
esse procedimento.
Quantitativa: O trabalhador somente poderá ser lotado em área ou
setor onde esteja ocorrendo controle rigoroso das concentrações de benzeno,
de acordo com a IN-01.
Os resultados de avaliação da concentração de benzeno na área e na
atividade não devem ultrapassar 0,1 ppmv MPT.
Para avaliação da conformidade com o valor de referência para retor-
no (0,1 ppm), serão considerados os resultados das concentrações obtidas no
processo de avaliação realizado pela empresa, devendo ser submetidos à ava-
liação e validação das autoridades públicas competentes, TEM e/ou SUS, tanto
o processo de coleta e análise quanto os valores obtidos.
124
Observações:
Caso o empregado tenha sido remanejado de área com exposição, o
seu histórico deve ser avaliado à luz das atividades na nova área.
Na ausência de série histórica, recomenda-se a utilização dos seguin-
tes parâmetros:
• realização do indicador biológico adotado pela empresa para avalia-
ção de exposições a benzeno até 1 ppm (ácido trans, trans - mucônico
urinário, por exemplo) no (s) grupo(s) homogêneo (s) de referência;
• comparação do hemograma atual com o exame admissional; e
• na ausência de exame admissional deve ser considerado como refe-
rência o critério de Williams (IN-02) para avaliação.
Validação: O GTB deverá participar do processo de seleção das áreas/
atividades para o retorno dos trabalhadores, observando o item 9.7.1 nos casos
de discordância.
A liberação da área/atividade para retorno deverá ser realizada pelas
autoridades competentes na área de saúde e segurança.
Anexo 3
Nome da empresa
Endereço
Município Estado
CEP Tel.:
(...)
125
Portaria nº 776, de 28 de abril de 2004
(...)
Condutas estabelecidas ou a serem estabelecidas no ambiente de trabalho para
melhoria das condições de exposição ao benzeno
Observações
Data __/__/__
Anexo 4
Siglas
126
Nota Técnica COREG nº 07, de 12 de setembro de 2002
Secretaria de Inspeção do Trabalho
Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho
Senhor Diretor,
À consideração superior.
DE ACORDO
127
Nota Técnica COREG nº 07, de 12 e setembro de 2002
Anexo
Abrangência do Acordo e Legislação
do Benzeno (Anexo 13-A da NR 15)
128
Portaria Interministerial nº 775,
de 28 de abril de 2004
Ministério do Trabalho e Emprego
Ministério da Saúde
(DOU de 29/04/2004 Seção I p. 33-34)
129
Portaria Interministerial nº 775, de 28 de abril de 2004
Art. 3º Fixar o prazo de 180 dias, após a publicação deste ato, para
que os fabricantes e distribuidores dos produtos acabados se adequem ao dis-
posto no artigo 2º desta portaria.
Ricardo Berzoini
Ministro de Estado do Trabalho e Emprego
Humberto Costa
Ministro de Estado da Saúde
130
Resolução RDC nº 252, de 16 de setembro de 2003
Ministério da Saúde
Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(DOU de 18/09/2003 Seção I p. 90)
131
Resolução RDC nº 252, de 16 de setembro de 2003
Art. 4º Fica concedido o prazo 180 (cento e oitenta) dias, para que os
fabricantes dos produtos se adeqüem aos dispositivos da presente Resolução.
Anexo I
FRASES E INFORMAÇÕES OBRIGATÓRIAS PARA OS DIZERES
DOS RÓTULOS.
132
ATENÇÃO: MANTER FORA DO ALCANCE DE CRIANÇAS E ANIMAIS DO-
MÉSTICOS.”, em destaque, caixa alta e negrito.
for o caso.
-
te o Centro de Intoxicações ou Serviço de Saúde mais próximo.”
Anexo II
DISPOSIÇÃO DOS DIZERES DE ROTULAGEM
PAINEL ONDE
CAMPO DESCRIÇÃO
DEVE FIGURAR
1. NOME e/ou
Nome comercial completo Principal
MARCA DO PRODUTO
2. CATEGORIA
Destinação de Uso Principal
DO PRODUTO
(...)
133
Resolução RDC nº 252, de 16 de setembro de 2003
(...)
PAINEL ONDE
CAMPO DESCRIÇÃO
DEVE FIGURAR
Principal,
8. LOTE E DATA Lote ou partida e a data de
Secundário ou
DE FABRICAÇÃO
Terciário
Principal,
9. PRAZO Indicação clara e precisa da validade do
Secundário ou
DE VALIDADE produto.
Terciário
Principal,
10. TÉCNICO Nome do responsável técnico e o número
Secundário ou
RESPONSÁVEL
Terciário
Principal,
Razão social, endereço do fabricante e
11. FABRICANTE Secundário ou
cadastro nacional da pessoa jurídica.
Terciário
134
Nota Técnica DSST nº 30, de 23 de novembro de 2004
Revisão do Capítulo V do Acordo Nacional
do Benzeno – Da Participação dos Trabalhadores*
do Benzeno (GTB) seria composto por 20% (vinte por cento) do número de representação titular dos
trabalhadores na CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), com no mínimo dois represen-
tantes. Na reunião da CNPBz realizada nos dias 17 e 18 de junho de 2004 em Belo Horizonte, MG, por
da participação dos trabalhadores. Foi elaborada a Nota Técnica DSST nº 30/2004 para consolidar a
revisão do Capítulo V do Acordo Nacional do Benzeno. Além da ampliação da participação dos trabalha-
dores, conforme deliberação da reunião da CNPBz, a Nota Técnica estabeleceu a inclusão do item 9.3,
GTB, terão prorrogado a sua participação nas reuniões do GTB / CIPA, pelo prazo de 90 dias, a contar do
MG, de que não se trata de prorrogação do mandato de membro da CIPA”. Como diz o texto da Nota
-
mente colocados à par do desenvolvimento das ações do PPEOB de forma a não permitir soluções de
continuidade em seu andamento.” Ocorre que já existia um item 9.3 no Capítulo V do Acordo Nacional do
Benzeno. Como a Nota Técnica referiu a inclusão e não a substituição, entende-se que houve obviamente
um equívoco na numeração. Na verdade, era para ser incluído o subitem 9.3.3 com a redação acima,
trabalhadores eleitos para a CIPA (titulares e suplentes), sendo escolhidos pelos mesmos”.
135
Nota Técnica DSST nº 30, de 23 de novembro de 2004
para o GTB, terão prorrogado a sua participação nas reuniões do GTB / CIPA,
3) Inclusão de dois subitens ao item 9.4 desse mesmo Capítulo do Acordo Na-
cional do Benzeno, que passam a vigorar como a seguir:
-
mento dos trabalhadores expostos ao Benzeno”.
A inclusão desses dois subitens visou ampliar a conscientização e a
formação de todos os membros da Comissão Interna de Prevenção de Aciden-
tes com relação aos processos de trabalho envolvendo o Benzeno.
A consideração superior.
Brasília / DF, 23 de novembro de 2004.
136
Instrução Normativa nº 01, de 7 de março de 2005*
Ministério da Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde
(DOU de 22/03/2005 - Seção I - p. 35)
CAPÍTULO I
Do Subsistema Nacional Vigilância em Saúde Ambiental
137
Instrução Normativa nº 1, de 7 de março de 2015
CAPÍTULO II
Das Competências
SEÇÃO I
União
na saúde humana;
III. coordenar as ações de monitoramento dos fatores não biológi-
cos que ocasionem riscos à saúde humana;
138
IV. elaborar normas relativas às ações de prevenção e controle de
fatores do meio ambiente ou dele decorrentes, que tenham re-
percussão na saúde humana;
V. normalizar os procedimentos de vigilância em saúde ambiental
nos pontos de entrada no território nacional de pessoas, meios
de transporte e outros que possam ocasionar riscos à saúde da
população;
VI. propor normas e mecanismos de controle a outras instituições,
com atuação no meio ambiente, saneamento e saúde, em aspec-
tos de interesse da saúde pública;
VII. coordenar e supervisionar as ações de vigilância em saúde am-
biental, com ênfase naquelas que exija simultaneidade em mais
de uma unidade da federação;
VIII. executar ações de vigilância em saúde ambiental, em caráter
excepcional, de forma complementar a atuação dos estados,
nas seguintes situações:
a) em circunstâncias especiais de risco à saúde decorrente de
fatores ambientais, que superem a capacidade de resposta
do nível estadual; e/ou
b) que representem risco de disseminação nacional.
IX. normalizar e coordenar a Rede Nacional de Laboratórios de Vi-
gilância em Saúde Ambiental;
X. credenciar Centros Nacionais e Regionais de Referência em Vi-
gilância em Saúde Ambiental;
XI. estabelecer os padrões máximos aceitáveis ou permitidos e os
níveis de concentração no ar, água e solo, dos fatores e caracte-
rísticas que possam ocasionar danos à saúde humana;
XII. estabelecer normas, critérios e limites de exposição humana a
139
Instrução Normativa nº 1, de 7 de março de 2015
-
minantes ambientais na água, ar e solo de importância e reper-
cussão na saúde pública, bem como para a vigilância e prevenção
ambiental;
XXIV. realizar a vigilância epidemiológica das doenças e agravos à
saúde humana associados à contaminantes ambientais, es-
pecialmente os relacionados com a exposição a agrotóxicos,
amianto, mercúrio, benzeno e chumbo; e
XXV. desenvolver estratégias e ações de Atenção Primária em Saúde
Ambiental em articulação com Estados, Distrito Federal, Mu-
nicípios e sociedade civil organizada como instrumento de im-
plantação da Vigilância em Saúde Ambiental.
140
SEÇÃO II
Dos Estados
141
Instrução Normativa nº 1, de 7 de março de 2015
nº 1.172/2004/GM.
SEÇÃO III
Dos Municípios
142
I. coordenar e executar as ações de monitoramento dos fatores
não biológicos que ocasionem riscos à saúde humana;
II. propor normas relativas às ações de prevenção e controle de
fatores do meio ambiente ou dele decorrentes, que tenham re-
percussão na saúde humana;
III. propor normas e mecanismos de controle a outras instituições,
com atuação no meio ambiente, saneamento e saúde, em aspec-
tos de interesse de saúde pública;
IV. coordenar a Rede Municipal de Laboratórios de Vigilância em
Saúde Ambiental;
V. gerenciar os sistemas de informação relativos à vigilância de
contaminantes ambientais na água, ar e solo, de importância e
repercussão na saúde pública, bem como à vigilância e preven-
ção dos riscos decorrentes dos desastres naturais, acidentes
143
Instrução Normativa nº 1, de 7 de março de 2015
SEÇÃO IV
Do Distrito Federal
CAPÍTULO III
Das Disposições Finais
144
Nota Técnica DSST/SIT nº 382, de 18 de
novembro de 2010
I - Relatório
Trata-se de consulta técnica formulada pelo Sr. Coordenador da Co-
missão Nacional Permanente do Benzeno CNPBz, a respeito da aplicação das
disposições do Acordo Nacional do Benzeno ANB aos trabalhadores terceiri-
zados em atividade nas instalações das empresas por ele abrangidas.
Esclarece-se que a questão vem sendo objeto de reiteradas discus-
sões na CNPBz, havendo levantamento de dúvidas por parte da bancada patro-
nal a respeito da segurança jurídica de as contratantes assumirem as ações de
vigilância e de proteção à saúde dos trabalhadores das contratadas.
Aponta-se que há um grupo minoritário de empresas englobadas pelo
ANB que já assumiram essas responsabilidades, assim como iniciativas insti-
tucionais nesse sentido, tal como a anexa "Recomendação Técnica de Procedi-
mento nº 1/2008", construída no âmbito da Comissão Estadual do Benzeno da
É o relatório.
145
Nota Técnica DSST/SIT nº 382, de 18 de novembro de 2010
II – Análise
A terceirização, aqui compreendida, de modo genérico, como tres-
passe da execução de funções acessórias da pessoa jurídica a terceiros1, é um
fenômeno sociojurídico cuja amplitude e dimensão apresentou crescimento ex-
ponencial no Brasil a partir da década de 1970.
Inserida no processo de reestruturação produtiva relacionado à evo-
lução competitiva dos mercados, a terceirização representou um novo padrão
-
rais do labor e no modo e extensão de acesso a direitos pelos trabalhadores.
Diversos estudos têm demonstrado impacto negativo da terceiriza-
ção sobre a saúde e segurança dos trabalhadores envolvidos2, indicando-se
como principais causas: a) a sua menor intimidade com as tarefas e/ou com o
espaço em que estas devem se desenvolver, em razão da alta rotatividade; b)
-
mentos menos frequentes e menos aprofundados, quando comparados àqueles
destinados aos trabalhadores contratados diretamente; d) a sua falta de conhe-
cimento quanto aos riscos existentes nos locais de trabalho e quanto aos meios
para preveni-los ou limitá-los; e) a atribuição, a eles, das atividades de maior
periculosidade.
Tendo em vista esses aspectos, as Normas Regulamentadoras NR
sobre segurança e medicina no trabalho estabelecem, em diversos dispositivos,
o dever de colaboração entre empregadores que realizem atividades em um
destacam-se3:
1. A extensão da assistência de seus Serviços Especiali-
zados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho
aos empregados das contratadas (itens 4.5 e respectivos subi-
tens, da NR nº 4);
2. A integração e participação dos trabalhadores das
contratadas em relação às decisões das CIPA existentes no es-
tabelecimento (item 5.47, da NR nº 5; item 18.33.6, da NR nº 18;
item 31.7.14, da NR nº 31);
1
toda forma de contratação indireta cujos trabalhadores envolvidos exerçam atividades nas instalações do
2
Vejam-se, à guisa de exemplo, os seguintes artigos: SOUZA, Douglas Martins de Souza. Terceirização:
suas implicações na saúde e segurança do trabalho. Belém, 1993 e MIRANDA, Carlos Roberto. Ataque
Salvador,
2003.
3
Além dos versículos citados, o item 10.13.1 da NR nº 10, o item 2 do Anexo nº 12 da NR nº 15, o item
32.11.4 da NR nº 32 e o item 33.5.2 da NR nº 33 estabelecem a responsabilidade solidária dos contratan-
tes e contratados em relação ao cumprimento das obrigações previstas nas correspondentes NR.
146
3. A adoção de medidas necessárias para que os traba-
lhadores das empresas contratadas recebam as informações
sobre os riscos presentes nos ambientes de trabalho, bem como
sobre as medidas de proteção adequadas (item 5.49 da NR nº 5;
item 7.1.3 da NR nº 7; item 10.13.2 da NR nº 10);
4. A implementação das medidas de prevenção de aciden-
tes e de doenças do trabalho de forma integrada com as contra-
tadas, de modo a garantir o mesmo nível de proteção em matéria
de segurança e saúde a todos os trabalhadores em atividade no
estabelecimento (item 5.48 da NR nº 5; item 9.6.1 da NR nº 9);
5. O acompanhamento do cumprimento das medidas
de segurança e saúde no trabalho pelas empresas contratadas
(item 5.50 da NR nº 5) e;
6. O auxilio na elaboração e implementação do Progra-
ma de Controle Médico de Saúde Ocupacional das empresas
contratadas (item 7.1.3 da NR nº 7).
-
jetável que as ações de vigilância e de proteção à saúde dos trabalhadores con-
tratados de forma indireta e expostos ao benzeno competem primacialmente
147
Nota Técnica DSST/SIT nº 382, de 18 de novembro de 2010
-
do não importam em insegurança jurídica para o contratante.
Isso porque os diversos dispositivos normativos analisados apontam
no sentido da corresponsabilidade do tomador em relação às medidas preven-
tivas de proteção dos trabalhadores contratados indiretamente4. Bem por isso,
a assunção da sua execução pelo contratante, ao contrário de gerar inseguran-
ça, resguarda-o de consequências detrimentosas decorrentes da eventual in-
cúria das empresas contratadas.
Além disso, se, do ponto de vista jurídico, os trabalhadores contrata-
dos direta e indiretamente pertencem a segmentos laborais diversos – tendo
3. Conclusão
Fundando-se em tudo o que antecede, conclui-se que a assunção, pelo
tomador dos serviços, das ações de vigilância e proteção à saúde dos trabalha-
4
Esta intelecção é corroborada pela disciplina jurisprudencial sobre a contratação indireta propugnada
pelo Tribunal Superior do Trabalho, que reconhece a responsabilidade subsidiária do tomador de ser-
viços relativamente a todas as obrigações trabalhistas, consoante o inciso IV do Enunciado nº 331, nos
seguintes termos: "O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a
responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços, quanto àquelas obrigações, inclusive quanto aos
órgãos da administração direta, das autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas e das so-
ciedades de economia mista, desde que hajam participado da relação processual e constem também do
título executivo judicial."
148
dores contratados indiretamente, além de não importar insegurança jurídica,
-
pacional ao benzeno.
É o meu parecer.
Brasília, 18 de novembro de 2010.
Brasília, 19/11/2010
149
Parecer Técnico de 19 de março de 2010
Ministério do Trabalho e Emprego
Fundacentro
151
Parecer Técnico de 19 de março de 2010
152
153
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Parecer Técnico de 19 de março de 2010
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Parecer Técnico de 19 de março de 2010
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Parecer Técnico de 19 de março de 2010
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Parecer Técnico de 19 de março de 2010
168
Parecer Técnico Complementar de 05 de julho de 2010
Ministério do Trabalho e Emprego
Fundacentro
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Parecer Técnico Complementar de 05 de julho de 2010
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Parecer Técnico Complementar de 05 de julho de 2010
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Parecer Técnico Complementar de 05 de julho de 2010
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Parecer Técnico Complementar de 05 de julho de 2010
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Parecer Técnico Complementar de 05 de julho de 2010
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Parecer Técnico Complementar de 05 de julho de 2010
180
181
Portaria nº 186, de 28 de maio de 2010
Ministério do Trabalho e Emprego
Secretaria de Inspeção do Trabalho
(DOU de 1º/06/2010 – Seção 1 – p. 111)
183
Portaria nº 186, de 28 de maio de 2010
184
mentadoras, e, ao estabelecer conceitos inovadores, buscar a
fundamentação técnica, jurídica ou semântica que garanta sua
adequada compreensão;
IX. analisar estrategicamente se a explicitação de soluções técni-
-
dade da regulamentação.
185
Portaria nº 186, de 28 de maio de 2010
186
Portaria nº 191, de 19 de novembro de 2010
Ministério do Trabalho e Emprego
Secretaria de Inspeção do Trabalho
(DOU de 22/11/2010 – Seção 1 – p. 91)
Art. 1º
CNPBz, como Comissão Nacional Tripartite Temática – CNTT responsável pelo
acompanhamento permanente do cumprimento do Anexo 13A – Benzeno da
Norma Regulamentadora – NR nº 15, aprovada pela Portaria MTE nº 3214, de 8
de junho de 1978, conforme prevê o art. 9º da Portaria nº 1.127 de 2 de outubro
de 2003.
187
Portaria nº 191, de 19 de novembro de 2010
188
Art. 4º A CNPBz obedecerá ao regimento interno das CNTTs aprova-
do pela Portaria SIT nº 186, de 28 de maio de 2010.
189
Portaria nº 203, de 28 de janeiro de 2011
Ministério do Trabalho e Emprego
Secretaria de Inspeção do Trabalho
(DOU de 01/02/2011 – Seção 1 – p. 180)
-
lam benzeno e suas misturas líquidas contendo 1% (um por cento) ou mais de vo-
lume devem cadastrar seus estabelecimentos no DSST.
191
Portaria nº 203, de 28 de janeiro de 2011
trabalho.”
-
pulam benzeno em suas misturas líquidas contendo 1% (um por cento) ou mais
do volume devem apresentar ao DSST o documento-base do PPEOB, juntamen-
te com as informações previstas no subitem 4.1.”
Art. 2º
Anexo 13-A da NR nº 15, aprovada pela Portaria MTb nº 3.214, de 1978.
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data da sua publicação.
192
Portaria nº 207, de 11 de março de 2011*
Ministério do Trabalho e Emprego
Secretaria de Inspeção do Trabalho
(DOU de 17/03/2011 – Seção 1 – p. 85)
193
Portaria nº 207, de 11 de março de 2011
194
§3º Da decisão da SRTE caberá recurso para o DSST.
-
195
Portaria nº 252, de 04 de agosto de 2011
Ministério do Trabalho e Emprego
Secretaria de Inspeção do Trabalho
(DOU de 08/08/2011 – Seção 1 – p.139)
197
Portaria nº 252, de 04 de agosto de 2011
198
Portaria nº 291, de 08 de dezembro de 2011
Ministério do Trabalho e Emprego
Secretaria de Inspeção do Trabalho
(DOU de 09/12/2011 – Seção 1 – p. 131)
199
Portaria nº 291, de 08 de dezembro de 2011
200
Portaria nº 333, de 28 de agosto de 2012
Ministério do Trabalho e Emprego
Secretaria de Inspeção do Trabalho
(DOU de 29/08/2012 – Seção 1 – p. 90)
201
Nota Técnica CGMBI/DPSSO/SPPS nº 006,
de 02 de julho de 2012
Ministério da Previdência Social
Secretaria de Políticas de Previdência Social
CGMBI
203
Nota Técnica CGMBI/DPSSO/SPPS nº 006/2012
guro Social-INSS, conforme o disposto nas Leis nos 8.212 e 8.213, ambas de 24
RPS,
aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999, alterado pelo Decreto nº
4.882, de 18 de novembro de 2003.
2. De pronto esclarecemos, quanto à tolerância do benzeno, que os §§ 7º e 11
do art. 68 do RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 1999, na redação dada
pelo Decreto nº 4.882, de 2003, determinou que as avaliações ambientais de-
204
3. Tem-se expressamente disposição normativa quantitativa para o item
15.1.1 e qualitativa para o item 15.1.2, ou seja, não há, absolutamente, ausência
ou omissão de critério de insalubridade, ao contrário, positiva-se no direito
trabalhista-previdenciário brasileiro duas abordagens clássicas da engenharia
de segurança, quais sejam:
I - o fator de risco que possui linha divisória entre condição segura e insegura,
conhecida como limite de tolerância, fator esse que necessariamente carece
de reconhecimento e avaliação quantitativa, onde se encaixa o subitem 15.1.1
(anexos 1,2: ruídos; 3: calor; 5: radiação ionizante; 11: agentes químicos e 12:
poeiras minerais); e
II - os fatores de riscos listados no subitem 15.1.2 que possuem nocividade
ostensiva e altamente deletéria ao ser humano, a ponto de prescindirem de
-
de não há limite de tolerância porque exatamente não é tolerável, bastando
o reconhecimento da existência do fator de risco nas atividades sujeitas aos
respectivos agentes.
4. O limite de tolerância para insalubridade e, por conseguinte, para aposen-
tadoria especial, descrito pela NR 15, é o Valor de Limite de Exposição VLE
205
Nota Técnica CGMBI/DPSSO/SPPS nº 006/2012
negociação tripartite. O VRT deve ser considerado como referencia para pro-
gramas de melhoria contínua das condições dos ambientes de trabalho. O cum-
primento do VRT é obrigatório e não exclui risco à saúde. (grifos nossos)
7. Outra questão que se discute é se todo mundo teria direito à aposentadoria
especial, uma vez que o benzeno estaria presente em todo lugar. Cabe escla-
recer que qualquer pessoa, no exercício de sua atividade, estará em contato
com bacilos, bactérias, fungos, esporos, vírus, sem, no entanto, estar, neces-
sariamente, exposto a um fator de risco, salvo se o Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais PPRA, que sistematizou esse ambiente de trabalho, assim
8. Por analogia, a presença do agente Benzeno, por si só, não determina o fator
de risco, pois é possível que ele exista no processo produtivo, mas não haja fa-
tor de risco, porquanto exista um aparato tal de prevenção e proteção que au-
torize ao responsável técnico pelo PPRA/PPEOB asseverar nesse sentido, jun-
tamente com as evidencias epidemiológicas extraídas do Programa de Contro-
le Médico de Saúde Ocupacional PCMSO.
9. Portanto, a empresa cujo processo produtivo que demonstrar, via sistema
-
-
teção são capazes de controlar ou eliminar o fator de risco, estará isenta da
insalubridade, e por consequência, da aposentadoria especial.
função das políticas internas das empresas, das cargas, das matérias-primas,
dos regimes de produção, que exige alerta máximo permanente ao longo da
-
nação ou controle do fator de risco, até porque os indicadores biológicos e epi-
demiológicos do PCMSO não são imediatos, dada a característica insidiosa e de
media latência das doenças relacionadas.
206
-
ção direta entre a presença do agente benzeno no processo produtivo com a
insalubridade e, por conseguinte, com a aposentadoria especial é que a norma
-
sumem insalubres.
-
cana ACGIH pois a NR-15 é explícita. Eventual alteração na referida NR seria
acatada pela Previdência Social.
De acordo
207
Portaria nº 371, de 26 de abril de 2013
Ministério do Trabalho e Emprego
Secretaria de Inspeção do Trabalho
(DOU de 29/04/2013 – Seção 1 p. 97)
Art. 2º -
perintendência Regional do Trabalho e Emprego SRTE publicada no Diário
209
Portaria nº 371, de 26 de abril de 2013
-
tros documentos que visem facilitar a aplicação do ANB;
c) manter-se informada, através de seus representantes, sobre novos
projetos, ampliações de instalações a partir do inicio do processo
de licenciamento ambiental e incorporação de novas tecnologias de
produção e controle pelas empresas que possam impactar a exposi-
ção ocupacional ao benzeno;
d) considerar em suas discussões os aspectos inerentes às empresas
prestadoras de serviço que atuam em áreas e atividades previstas
no Programa de Prevenção da Exposição Ocupacional ao Benzeno
PPEOB;
e) comunicar à CNPBz distorções, efeitos não previstos ou não preten-
didos ocasionados pela aplicação de regulamentações sobre o ben-
zeno na sua área de atuação;
f) contribuir para a melhoria e aperfeiçoamento da regulamentação,
com apresentação à CNPBz de propostas de atualização ou altera-
ção normativa que priorizem a eliminação ou o controle dos riscos à
saúde relacionados ao uso do Benzeno;
g) manifestar-se quando solicitado pelo Departamento de Segurança e
Saúde no Trabalho DSST da Secretaria de Inspeção do Trabalho
SIT, pela Comissão Nacional Permanente do Benzeno CNPBz, e pe-
las Superintendências Regionais do Trabalho, nos assuntos relativos
ao benzeno, especialmente no que diz respeito ao cadastramento e
descadastramento de empresas abrangidas pelo ANB;
h) manter a SRTE, a Gerência Regional do Trabalho e Emprego GRTE
e a CNPBz permanentemente informados do andamento de suas ati-
vidades mais relevantes, por meio do encaminhamento das atas de
suas reuniões e do planejamento anual;
i) estimular, através das três bancadas, o intercâmbio de informações
entre as CERBz e a CNPBz.
210
Art. 6º A CERBz deve ser tripartite e paritária, sendo constituída por
representantes de governo, trabalhadores e empregadores formalmente indi-
cados à SRTE por suas organizações representativas, com cópia para o coorde-
nador da CERBz.
§ 1º A CERBz deve ser coordenada por um membro do Ministério do
Trabalho e Emprego - MTE ou, na falta deste, por um representante das demais
representações do governo.
§ 2º Cabe ao Coordenador de cada bancada, por meio de registro em
ata, permitir a substituição dos representantes por no máximo duas vezes con-
secutivas.
211
Resolução ANP nº 40, de 25 de outubro de 2013
Ministério de Minas e Energias
Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
(DOU de 30/10/2013 – Seção 1 – p. 55-56)*
Seção I
Das Disposições Preliminares
Art. 1º
gasolinas de uso automotivo, consoante as disposições contidas no Regulamen-
to Técnico nº 3/2013, parte integrante desta Resolução, e as obrigações quanto
* Nota da editoria: Publicada, primeiramente, no DOU de 28/10/2013, Seção 1, p. 83 a 85, com incorre-
ção. Alterada pela Resolução ANP nº 684, de 29 de junho de 2017, como se verá adiante.
213
Resolução ANP nº 40, de 25 de outubro de 2013
Seção II
Art. 3º
I - Boletim de Conformidade: documento da qualidade, emitido pelo
distribuidor, que deve conter os resultados das análises das características do
214
V - Importador de gasolina A: pessoa jurídica autorizada pela ANP
para o exercício da atividade de importação;
VI - importador de aditivos: pessoa jurídica que importa e comercia-
liza aditivos.
VII - Produtor de aditivos: pessoa jurídica que produz aditivos via sín-
tese ou formulação;
petroquímicas e formuladores.
Seção III
Das Obrigações quanto ao Controle da Qualidade
215
Resolução ANP nº 40, de 25 de outubro de 2013
-
mercialização da gasolina realizadas pelo distribuidor deverão indicar o códi-
go e a descrição do produto estabelecidos pela ANP, além do número do Bole-
tim de Conformidade correspondente ao produto.
216
Seção IV
Do Controle da Formação de Depósitos
Seção V
Do Controle da Movimentação dos Detergentes Dispersantes
217
Resolução ANP nº 40, de 25 de outubro de 2013
Seção VI
Das Disposições Transitórias
Art. 16. -
218
I - Na distribuição: 60 dias após a data da entrada em vigor do Regu-
lamento Técnico nº 3/2013, constante desta Resolução;
II - Na revenda: 90 dias após a data da entrada em vigor do Regula-
mento Técnico nº 3/2013, constante desta Resolução.
Seção VII
Das Disposições Gerais
219
Resolução ANP nº 40, de 25 de outubro de 2013
Seção VIII
Das Disposições Finais
Art. 21.
do Regulamento Técnico nº 7/2011 da Resolução ANP nº 57, de 20 de outubro
de 2011, passa a vigorar com a seguinte redação:
LIMITE MÉTODO
Gasolina Comum Gasolina Premium
CARACTERÍSTICA UNIDADE
ABNT
Tipo A Tipo C Tipo A Tipo C ASTM
NBR
...
Teor de Metanol,
% volume 0,5 (1) 16041 -
máx
...
(1) Proibida a adição. Deve ser medido quando houver dúvida quanto à ocorrência de contami-
nação.
Art. 22.
do Regulamento Técnico nº 3/2011 da Resolução ANP nº 7, de 09 de fevereiro
de 2011, passa a vigorar com a seguinte redação:
LIMITE MÉTODO
CARACTERÍSTICA UNIDADE
EAC EHC NBR ASTM
...
Teor de Metanol, máx % volume 0,5 (11) 16041 -
...
-
ção de produto pelo importador e em caso de dúvida quando da possibilidade de contaminação
por metanol, o que não isenta de responsabilidade cada agente econômico que comercializa o
220
Art. 23. Fica revogada a Resolução ANP nº 38, de 9 de dezembro de
2009, e, a partir de 1º de janeiro de 2014, a Resolução ANP nº 57, de 20 de ou-
tubro de 2011.
Anexo
REGULAMENTO TÉCNICO ANP Nº 3/2013
1. Objetivo
Este Regulamento Técnico aplica-se às gasolinas A e C, de uso auto-
motivo, comercializadas em todo o território nacional e estabelece suas espe-
2. Normas aplicáveis
A determinação das características dos produtos será realizada me-
diante o emprego de Normas Brasileiras (NBR) da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT) ou de normas da ASTM International.
Os dados de precisão, repetibilidade e reprodutibilidade, fornecidos
nos métodos relacionados a seguir, devem ser usados somente como guia para
aceitação das determinações em duplicata do ensaio e não devem ser conside-
NBR 7148
densidade relativa e °API - Método do densímetro
(...)
221
Resolução ANP nº 40, de 25 de outubro de 2013
(...)
Método ABNT Título
NBR 9619 Produtos de petróleo - Destilação à pressão atmosférica
Gasolina automotiva - Determinação do teor de álcool etílico anidro
NBR 13992
combustível (AEAC)
Destilados de petróleo e óleos viscosos - Determinação da massa
NBR 14065
NBR 15289
gasosa
Combustíveis de motores a explosão - Determinação de benzeno por
NBR 15441
espectroscopia de infravermelho médio
Etanol combustível - Determinação dos teores de metanol e etanol por
NBR 16041
223
Resolução ANP nº 40, de 25 de outubro de 2013
LIMITE
Gasolina Gasolina MÉTODO
Comum Premium
ABNT
CARACTERÍSTICA UNIDADE
Tipo Tipo
Tipo C Tipo C ASTM
A A
NBR
Cor - (2) (3) (2) (3) visual
14954 D4176
Aspecto - (4)
(5) (5)
%
volume
7148 D1298
kg/m³ anotar
20ºC 14065 D4052
Destilação 9619 D86
10% evaporado, máx. 65,0
50% evaporado, máx. 120,0 80,0 120,0 80,0
°C
90% evaporado, máx. 190,0
PFE, máx. 215,0
Resíduo, máx. % volume 2,0
Nº de Octano Motor -
- - 82,0 - - - D2700
MON, mín. (9)
Índice Antidetonante - D2699
- - 87,0 - 91,0 -
IAD, mín. (9) (10) D2700
D4953
Pressão de Vapor a 45,0 a 69,0 45,0 a 69,0 14149 D5191
kPa
37,8ºC (11) 62,0 (máx.) 62,0 (máx.) 14156 - D5482
D6378
Goma Atual Lavada, mg/
5 14525 D381
máx. 100mL
Período de Indução a
min - 360 - 360 14478 D525
100°C, mín. (12)
(...)
224
(...)
LIMITE
Gasolina Gasolina MÉTODO
Comum Premium
ABNT
CARACTERÍSTICA UNIDADE
Tipo Tipo
Tipo C Tipo C ASTM
A A
NBR
Corrosividade ao Co-
- 1 14359 D130
bre a 50°C, 3h, máx.
D2622
D3120
Teor de Enxofre, máx. D5453
mg/kg - 50 - 50 ----
(13) D6920
D7039
D7220
D3606
15289
Benzeno, máx (13) % volume - 1,0 - 1,0 D5443
- 15441
D6277
- D7757
Teor de Silício mg/kg anotar
AAS ICP-AES
Hidrocarbonetos: (13)
14932 D1319
(14)
Aromáticos - 35 - 35
% volume - 25 - 25
Saturados anotar
(1) É permitida a utilização de aditivos, conforme legislação em vigor, sendo proibidos os aditivos
que apresentam compostos químicos à base de ferro ou metais pesados.
(2) De incolor a amarelada, isenta de corante.
(3) De incolor a amarelada, se isenta de corante, cuja utilização é permitida, no teor máximo de 50
ppm, com exceção da cor azul, restrita à gasolina de aviação.
(4) Límpido e isento de impurezas.
(5) Procedimento 1.
(6) Proibida a adição. Deve ser medido quando houver dúvida quanto à ocorrência de contamina-
ção. Considera-se o limite máximo de 1% em volume;
(7) O teor de etanol anidro combustível (EAC) a ser misturado à gasolina A para produção da gaso-
lina C deverá estar em conformidade com a legislação vigente.
(8) Este método não se aplica para gasolina C com teor de etanol inferior a 20%.
(9) Os ensaios de número de octano MON e RON deverão ser realizados com a adição de EAC à gaso-
lina A, no teor de um ponto percentual abaixo do valor em vigor na data da produção da gasolina A.
(10) Índice Antidetonante é a média aritmética dos valores de número de octano determinados
pelos métodos MON e RON.
225
Resolução ANP nº 40, de 25 de outubro de 2013
(11) Para os Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espí-
rito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Tocantins, bem como para o Dis-
trito Federal, admite-se, nos meses de abril a novembro, um acréscimo de 7,0 kPa ao valor máximo
(12) O ensaio de Período de indução deverá ser realizado após a adição de etanol anidro à gasolina A,
no teor de um ponto percentual acima do valor em vigor na data da produção da gasolina A.
-
verão ser realizados com a adição de EAC à gasolina A, no teor de um ponto percentual abaixo do
valor em vigor na data da produção da gasolina A.
-
lores determinados pelo ensaio realizado conforme a norma ABNT NBR 14932 ou ASTM D1319.
LIMITE
Gasolina Gasolina MÉTODO
Comum Premium
ABNT
CARACTERÍSTICA UNIDADE
Tipo Tipo
Tipo C Tipo C ASTM
A A
NBR
Teor de Metanol, máx. % volume 0,5 16041 -
Chumbo, máx. g/L 0,005 - D3237
Fósforo, máx. mg/L 1,3 - D6261
(1) Proibida a adição. Devem ser medidos quando houver dúvida quanto à ocorrência de contami-
nação.
226
Nota Técnica CGNOR/DSST/SIT nº 207,
de 05 de agosto de 2013
Ministério do Trabalho e Emprego
Secretaria de Inspeção do Trabalho
227
Nota Técnica CGNOR/DSST/SIT nº 207, de 05 de agosto de 2012
228
229
Nota Técnica CGNOR/DSST/SIT nº 207, de 05 de agosto de 2012
230
Nota Informativa CGNOR/DSST/SIT nº 43,
de 21 de março de 2014
Ministério do Trabalho e Emprego
Secretaria de Inspeção do Trabalho
231
Nota Informativa CGNOR/DSST/SIT nº 43, de 21 de março de 2014
232
233
Memorando-Circular DIRSAT/INSS nº 8,
de 08 de julho de 2014
Ministério da Previdência Social
Instituto Nacional do Seguro Social
Diretoria de Saúde do Trabalhador
Memorando-Circular nº 8 /DIRSAT/INSS
Em 8 de julho de 2014.
235
Memorando-circular DIRSAT/INSS nº8, de 08 de julho 2014
Atenciosamente,
236
Portaria Interministerial nº 09,
de 07 de outubro de 2014
Ministério do Trabalho e Emprego
Ministério da Saúde
Ministério da Previdência Social
(DOU de 08/10/2014 Seção I p. 140-142)
do Objetivo 4; e
Considerando a elevada incidência de câncer no Brasil; e
237
Portaria Interministerial nº 9, de 07 de outubro de 2014
Art. 2º -
dos de acordo com os seguintes grupos:
I - Grupo 1 - carcinogênicos para humanos;
II - Grupo 2A - provavelmente carcinogênicos para humanos; e
III - Grupo 2B - possivelmente carcinogênicos para humanos.
Art. 3º A LINACH será atualizada semestralmente.
Manoel Dias
Ministro de Estado do Trabalho e Emprego
Arthur Chioro
Ministro de Estado da Saúde
Garibaldi Alves Filho
Ministro de Estado da Previdência Social
Anexo
Lista Nacional de Agentes Cancerígenos para Humanos - LINACH¹
Grupo 1* ²
Registro no Chemical
Agente
Abstracts Service - CAS
Acetaldeído associado com o consumo de bebidas alcoólicas 000075-07-0
Ácido Aristólico 000313-67-7
Ácido Aristólico (plantas que o contem) 000313-67-7
Ácidos Mistos, Inorgânicos Fortes Não se aplica
001402-68-2
Alcool Isopropilico, manufatura usando ácidos fortes Não se aplica
Alumínio, produção de Não se aplica
(...)
1
A lista de agentes cancerígenos da Agência Internacional para a Investigação do Câncer - Iarc, conside-
238
(...)
Registro no Chemical
Agente
Abstracts Service - CAS
4-Aminobifenila 000092-67-1
Arsênio e compostos inorgânicos de arsênio 007440-38-2
001332-21-4
Asbestos ou amianto - todas as formas, inclusive actinolita, 013768-00-8
012172-73-5
(nota: Substâncias minerais, a exemplo do talco ou vermicu- 017068-78-9
lita, que contenham amianto também devem ser considerados 012001-29-5
como cancerígeno para os seres humanos) 012001-28-4
014567-73-8
Auramina, produção de Não se aplica
Azatioprina 000446-86-6
Bebidas alcoólicas Não se aplica
Benzeno 000071-43-2
Benzidina 000092-87-5
Benzo[a]pireno 000050-32-8
Berílio e seus compostos 007440-41-7
Bifenis policlorados 001336-36-3
Bifenis policlorados, 'dioxin-like' ('tipo dioxina' ou 'do grupo
das dioxinas'), com Fator de Equivalência de Toxicidade de
Não se aplica
acordo com a OMS (PCBs 77, 81, 105, 114, 118, 123, 126, 156,
157, 167, 169, 189)
Borracha, indústria de transformação da Não se aplica
Breu de alcatrão de hulha 065996-93-2
Bussulfano 000055-98-1
1,3 Butadieno 000106-99-0
Cádmio e compostos de cádmio 007440-43-9
000050-18-0
Ciclofosfamida
006055-19-2
059865-13-3
Ciclosporina
079217-60-0
Clonorchis sinensis, Infecção com Não se aplica
Clorambucil 000305-03-3
Cloreto de vinila 000075-01-4
Clornafazina 000494-03-1
Compostos de cromo (VI) 018540-29-9
Compostos de níquel Não se aplica
(...)
239
Portaria Interministerial nº 9, de 07 de outubro de 2014
(...)
Registro no Chemical
Agente
Abstracts Service - CAS
Coque, produção de Não se aplica
Corantes que liberam benzidina no metabolismo Não se aplica
Destilação do alcatrão de hulha 008007-45-2
Detilestilbestrol 000056-53-1
Emissões em ambiente fechado na combustão doméstica do
Não se aplica
carvão
Erionita 066733-21-9
Estrogênio-progesterona associados como contraceptivo oral
(nota: há também provas convincentes em seres humanos de
Não se aplica
que esses agentes conferem um efeito protetor contra o câncer
em endométrio e ovário)
Estrogênio-progesterona associados em terapia menopausal
Não se aplica
combinada
Estrógeno, terapia pós-menopausal Não se aplica
Etanol em bebidas alcoólicas 000064-17-5
000542-88-1
Éter bis (clorometílico); éter metílico de clorometila
000107-30-2
Etoposide 033419-42-0
033419-42-0
Etoposide em associação com cisplatina e bleomicina 015663-27-1
011056-06-7
Exaustão do motor diesel Não se aplica
Fenacetina 000062-44-2
Fenacetina (mistura de analgésicos contendo fenacetina) Não se aplica
Formaldeído 000050-00-0
Fósforo 32, como fosfato 014596-37-3
Fuligem (como os encontrados na exposição ocupacional dos
Não se aplica
limpadores de chaminés)
Fundição de ferro e aço (exposição ocupacional em) Não se aplica
Não se aplica
Gás Mostarda 000505-60-2
Helicobacter pilori, Infecção com Não se aplica
Hematita, mineração subterrânea Não se aplica
Magenta, produção de Não se aplica
Material particulado na poluição do ar Não se aplica
(...)
240
(...)
Registro no Chemical
Agente
Abstracts Service - CAS
Melfalano 000148-82-3
Metoxsalen associado com radiação ultravioleta A 000298-81-7
4,4'-Metileno bis (2-cloroanilina) (MOCA) 0 00101-14-4
MOPP e outros agentes quimioterápicos, inclusive agentes
Não se aplica
alquilantes
2 -Naftilamina 000091-59-8
N'- nitrosonornicotina (NNN) e 4-. (metilnitrosamino)-1-(3- 016543-55-8
piridil)1-butanona (NNK) 064091-91-4
Noz de Areca Não se aplica
Noz de Betel, misturada com tabaco Não se aplica
Noz de Betel, não misturada com tabaco Não se aplica
Óleos de xisto 068308-34-9
Óleos minerais (não tratados ou pouco tratados) Não se aplica
Opisthorchis viverrini, Infecção com Não se aplica
Óxido de Etileno 000075-21-8
Papilomavírus humano - HPV tipos 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45,
Não se aplica
cancerígenos para humanos podem diferir na magnitude do
risco em relação ao câncer cervical)
Peixe estilo chinês , salgado Não se aplica
3, 4, 5, 3´, 4' - Pentaclorobifenil (PCB - 126) 057465-28-8
2 ,3 ,4 ,7 , 8 - Pentaclorodibenzofurano 057117-31-4
Pintor (exposição ocupacional como pintor) Não se aplica
Plutônio 007440-07-5
Poeira de couro Não se aplica
Poeira de madeira Não se aplica
Poeira de sílica, cristalina, em forma de quartzo ou cristo-
014808-60-7
balita
Poluição do Ar Não se aplica
Poluição do ar em partículas Não se aplica
Não se aplica
Radiação de Nêutrons Não se aplica
Radiação Ionizante (todos os tipos) Não se aplica
Radiação Solar Não se aplica
(...)
241
Portaria Interministerial nº 9, de 07 de outubro de 2014
(...)
Registro no Chemical
Agente
Abstracts Service - CAS
Radiação ultravioleta (100-400 nm, abrangendo UVA, UVB e
Não se aplica
UVC)
Radiação ultravioleta emitida por dispositivos de
Não se aplica
bronzeamento
Radiações X e gama Não se aplica
Rádio-224 e seus produtos de decaimento 013982-63-3
Rádio-226 e seus produtos de decaimento 015262-20-1
Rádio-228 e seus produtos de decaimento 010043-92-2
Radioiodos, incluindo o iodo-131 Não se aplica
Radionuclídeos, emissores de partículas alfa, internamente
Não se aplica
depositados
Radionuclídeos, emissores de partículas beta, internamente
Não se aplica
depositados
Radônio-222 e seus produtos de decaimento 013233-32-4
Sarcoma de Kaposi associado com herpes vírus Não se aplica
Schistosoma haematobium, infecção com Não se aplica
Semustina [1-(2 - c l o ro e t i l ) -3-(4-metilciclohexil)-1-nitro-
013909-09-6
sourea, Metil CCNU]
Tabaco em uso passivo Não se aplica
Tabaco sem fumaça Não se aplica
Tabagismo Não se aplica
Tamoxifeno (nota: há evidências também conclusivas para seu
uso na redução do risco de câncer de mama contralateral em 010540-29-1
pacientes com câncer de mama)
2, 3, 7, 8 - Tetraclorodibenzo - para - dioxina 001746-01-6
Tiotepa 000052-24-4
orto-Toluidina 000095-53-4
Treosulfano 000299-75-2
Tricloroetileno 000079-01-6
Tório-232 e seus produtos de decaimento 007440-29-1
Vírus da Hepatite B, infecção crônica com Não se aplica
Vírus da Hepatite C, infecção crônica com Não se aplica
Não se aplica
Vírus Epstein-Barr Não se aplica
Vírus linfotrópico célula-T humana tipo I Não se aplica
242
Memorando-Circular DIRSAT/INSS nº 02,
de 13 de janeiro de 2015
Ministério da Previdência Social
Instituto Nacional do Seguro Social
Diretoria de Saúde do Trabalhador
Memorando-Circular nº 2 /DIRSAT/INSS
Em 13 de janeiro de 2015.
243
Memorando-circular DIRSAT/INSS nº2, de 13 de janeiro 2015
ATENCIOSAMENTE,
244
Instrução Normativa nº 77, de 21 de janeiro de 2015*
Ministério da Previdência Social
Instituto Nacional do Seguro Social
(DOU de 22/01/2015 – Seção I - p. 32-80)**
245
Instrução Normativa nº 77, de 21 de janeiro de 2015
complementar ou emergencial;
II - das condições de funcionamento e do uso ininterrupto do EPI ao
às condições de campo;
246
Portaria nº 507, de 29 de setembro de 2015
Ministério do Trabalho e Emprego
Secretaria de Inspeção do Trabalho
(DOU de 01/10/2015 – Seção I p. 123)
247
Portaria nº 507, de 29 de setembro de 2015
248
Portaria no 1.109, de 20 de setembro de 2016*1
MINISTÉRIO DO TRABALHO
GABINETE DO MINISTRO
* Este anexo foi deslocado para a Norma Regulamentadora nº 20 - Segurança e Saúde no Tra-
que a aprovou na forma do Anexo IV (Exposição Ocupacional ao Benzeno em Postos de Serviços
Revendedores de Combustíveis Automotivos).
249
16
Quadro 1
Itens Prazo
2.1.2.1 12 meses
5.1 24 meses
8.1 12 meses
9.1 6 meses
9.2 84 meses
9.4 12 meses
10.2 18 meses
14.3 36 meses
Quadro 2
Prazos aplicáveis ao item 14.1
250
5 Anos
ANEXO
Anexo 2
Exposição Ocupacional ao Benzeno em Postos Revendedores de Combustíveis
Sumário:
1. Objetivo e Campo de Aplicação
2. Responsabilidades
3. Dos Direitos dos Trabalhadores
4. Da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA
5. Da Capacitação dos Trabalhadores
6. Do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO
7. Da Avaliação Ambiental
8. Procedimentos Operacionais
9. Atividades Operacionais
10. Ambientes de Trabalho Anexos
11. Uniformes
12. Equipamentos de Proteção Individual - EPI
13. Sinalização referente ao Benzeno
14. Controle Coletivo de Exposição durante o abastecimento
251
16
252
5 Anos
253
16
254
5 Anos
255
255
Nota Técnica CGNOR/DSST/SIT nº 164,
de 13 de abril de 2017
Ministério do Trabalho
Secretaria de Inspeção do Trabalho
257
Nota técnica CGNOR/DSST/SIT nº164, de 13 de abril 2017
258
259
Ministério de Minas e Energias
Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
(DOU de 30/06/2017 – Seção 1 – p. 68-69)
261
Considerando
cesso de aditivação a conveniência
compulsória de todadea incluir,
gasolina na automotiva
especificaçãocomercializada
da gasolina
automotiva,
no território nova metodologia, Resolve:
nacional."
Art. 1º Alterar o artigo 14 da Resolução ANP nº 40, de 25 de outubro
Art. 2º Fica incluída, na Tabela de Métodos ASTM, item 2.2 do Regula-
de 2013, que passa a vigorar com a seguinte redação:
mento Técnico nº 3/2013 da Resolução ANP nº 40, de 25 de outubro de 2013, a
norma D6729“Art. 14. Ficam suspensos
- Determination os efeitos
of Individual dos artigos in
Components 7º Spark
ao 12 eIgnition
do artigo
Engi-
17, para realização de estudo de reavaliação, pelos segmentos
ne Fuels by 100 Metre Capillary High Resolution Gas Chromatography. envolvidos, do
processo de aditivação compulsória de toda a gasolina automotiva
Art. 3º no território nacional."
comercializada -
solinas Comum e Premium), item 3 do Regulamento Técnico nº 3/2013 da Re-
Art. 2º Fica incluída, na Tabela de Métodos ASTM, item 2.2 do
solução ANP nº 40, de 25 de outubro de 2013, passa a vigorar com a seguinte
Regulamento Técnico nº 3/2013 da Resolução ANP nº 40, de 25 de outubro de
redação.
2013, a norma D6729 - Determination of Individual Components in Spark Ignition
Engine Fuels by 100 Metre Capillary High Resolution Gas Chromatography.
LIMITE MÉTODO
Art. 3º AUNIDADE
CARACTERÍSTICA característica benzeno
Gasolina Comumda Gasolina
Tabela Premium
1 (Especificações das
gasolinas Comum e Premium),Tipo
itemA 3 do Regulamento
Tipo C Tipo A
Técnico nº 3/2013 da
Tipo C ABNT NBR ASTM
Resolução ANP nº 40, de 25 de outubro de 2013, passa a vigorar com a
seguinte redação.
15289 D3606
LIMITE MÉTODO
- D5443
Benzeno, máx. (14)
% volume - 1,0 - 1,0
(16) 15441 D6277
CARACTERÍSTICA UNIDADE Gasolina Comum Gasolina Premium
- D6729
Tipo A Tipo C Tipo A Tipo C ABNT NBR ASTM
Art. 4º -
D3606
linas Comum e Premium), item 3 do Regulamento Técnico15289 nº 3/2013 da Reso-
lução ANP
Benzeno, nº(14)
máx. 40, de 25 de outubro de 2013, que passa a vigorar com a seguinte
D5443
% volume - 1,0 - 1,0 -
redação.
(16) D6277
15441
D6729
"(16) Em caso de desacordo entre resultados, prevalecerão os valores
determinados pelo ensaio realizado conforme a norma ASTM D3606."
Art. 5º
Art. 4º Esta
Fica Resolução
incluída a entra
nota 16
emna Tabela
vigor 1 (Especificações
na data das
de sua publicação.
gasolinas Comum e Premium), item 3 do Regulamento Técnico nº 3/2013 da
Décio
Resolução ANP nº 40, de 25 de outubro de 2013, queFabricio Oddone
passa a vigorar daaCosta
com
seguinte redação.
"(16) Em caso de desacordo entre resultados, prevalecerão os valores
determinados pelo ensaio realizado conforme a norma ASTM D3606."
Art. 5º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Décio Fabricio Oddone da Costa
262
5 Anos
263
Lei nº 16.656, de 12 de janeiro de 2018
Assembleia
Assembleia Legislativa
Legislativa
(DOSP de 13/01/2018 – Legislativo – p. 4)
(DOSP de 13/01/2018 – Legislativo – p. 4)
Deputado Marcos
Martins - s
(Projeto de lei nº 247, de 2015, do Deputado Marcos Mar-
abasteçam com combustível os veículos após ser
tins - PT). Proíbe que postos de combustíveis abasteçam
acionada a trava de segurança da bomba de
com combustível os veículos após ser acionada a trava de
abastecimento.
segurança da bomba de abastecimento.
O PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA:
Faço saber que a Assembleia Legislativa decreta e eu promulgo, nos
O PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA:
termos do artigo 28, § 8º, da Constituição do Estado, a seguinte lei:
Faço saber que a Assembleia Legislativa decreta e eu promulgo, nos
termos do artigo
Artigo28,1º§ 8º,
Ficadaproibido,
Constituição do Estado,
no Estado, que apostos
seguinte
de lei:
revenda de
combustíveis permitam o abastecimento de tanques veiculares após o desarme
Artigo 1º Fica proibido, no Estado, que postos de revenda de com-
do sistema automático das bombas de combustível.
bustíveis permitam o abastecimento de tanques veiculares após o desarme do
sistema automático
Parágrafodas bombas
único – Osdepostos
combustível.
ficam autorizados a proceder ao
abastecimento dos tanques após o desarme automático somente nos casos em
que houver o desligamento precoce do bico, que pode ocorrer em função de -
tecimento dos tanques após o desarme automático somente nos casos em que
características de determinados tubos de enchimento do próprio tanque do
houver o desligamento precoce do bico, que pode ocorrer em função de carac-
veículo.
terísticas de determinados tubos de enchimento do próprio tanque do veículo.
Artigo 2º Fica proibido o abastecimento com bicos e bombas que não
possuam o sistema de desarme automático nos postos de revenda de combustíveis.
Artigo 3º O Chefe do Poder Executivo Estadual regulamentará a pre-
sente lei, no que couber, no prazo de até 90 (noventa) dias.
Artigo 4º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, aos 12 de janeiro de 2018.
266
Decreto no. 9.759, de 11 de abril de 2019
DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO
Publicado em: 11/04/2019 | Edição: 70-A | Seção: 1
267
D
III - comissões;
IV - grupos;
V - juntas;
VI - equipes;
VII - mesas;
VIII - fóruns;
IX - salas; e
X - qualquer outra denominação dada ao colegiado.
Parágrafo único. Não se incluem no conceito de colegiado de que trata o caput :
I - as diretorias colegiadas de autarquias e fundações;
II - as comissões de sindicância e de processo disciplinar; e
III - as comissões de licitação.
Norma para criação de colegiados intermininisteriais
Art. 3º Os colegiados que abranjam mais de um órgão, entidades vinculadas a
órgãos distintos ou entidade e órgão ao qual a entidade não se vincula serão criados por
decreto.
Parágrafo único. É permitida a criação de colegiados por meio de portaria
interministerial nas seguintes hipóteses:
I - quando a participação do outro órgão ou entidade for na condição de
convidado, sem direito a voto; ou
II - quando o colegiado:
a) for temporário e tiver duração de até um ano;
b) tiver até cinco membros;
c) tiver apenas agentes públicos da administração pública federal entre seus
membros;
d) não tiver poder decisório e destinar-se a questões do âmbito interno da
administração pública federal; e
e) as reuniões não implicarem deslocamento de agentes públicos para outro
ente federativo.
268
5 Anos
Cláusula de revogação
Art. 10. Fica revogado o Decreto nº 8.243, de 23 de maio de 2014.
Vigência
Art. 11. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 11 de abril de 2019; 198º da Independência e 131º da República.
JAIR MESSIAS BOLSONARO
ONYX LORENZONI
270
Decreto no. 9.812, de 30 de maio de 2019
DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO
Publicado em: 31/05/2019 | Edição: 104 | Seção: 1 | Página: 1
Órgão: Atos do Poder Executivo
Altera o , que
extingue e estabelece diretrizes, regras e limitações
para colegiados da administração pública federal.
271
IV - as comissões de que trata o art. 10 da Lei nº 12.846, de 1º de agosto
de 2013;
V - a Comissão de Ética Pública vinculada ao Presidente da República e às
comissões de ética de que trata o Decreto nº 1.171, de 22 de junho de 1994; e
VI - as comissões de avaliação ou de acompanhamento criadas para
analisar contratos de gestão com:
a) organizações sociais ou agências executivas qualificadas pelo Poder
Executivo federal;
b) serviços sociais autônomos; e
c) comissões de que trata o art. 3º da Lei nº 10.881, de 9 de junho de
2004." (NR)
"Art. 3º ....................................................................................................................
Parágrafo único. Nas hipóteses do caput , é permitida a criação de
colegiados por meio de portaria:
I quando a participação de outro órgão ou entidade ocorrer na condição
de convidado para reunião específica, sem direito a voto; ou
.................................................................................................................................." (NR)
"Art. 6º As propostas de criação, de recriação, de extinção ou de
modificação de colegiados deverão:
...........................................................................................................................................
VI - não prever a criação de subcolegiados por ato do colegiado princial,
exceto se:
............................................................................................................................................
b) estabelecido caráter temporário e duração não superior a um ano; e
............................................................................................................................................
§ 1º A mera necessidade de reuniões eventuais para debate, articulação ou
trabalho que envolva agentes públicos da administração pública federal não será
admitida como fundamento para as propostas de que trata o caput .
§ 2º Aplica-se aos subcolegiados o disposto neste artigo e nos art. 36 a art.
38 do Decreto nº 9.191, de 1º de novembro de 2017." (NR)
Art. 2º Ficam revogados os seguintes dispositivos do Decreto nº 9.759, de
2019:
I - o parágrafo único do art. 1º; e
II - o parágrafo único do art. 6º.
Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 30 de maio de 2019; 198º da Independência e 131º da República.
JAIR MESSIAS BOLSONARO
ONYX LORENZONI
272
Portaria no. 972, de 21 de agosto de 2019
DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO
Publicado em: 22/08/2019 | Edição: 162 | Seção: 1 | Página: 19
Órgão: Ministério da Economia/Secretaria Especial de Previdência e
Trabalho/Secretaria de Previdência
Revoga portarias de criação de colegiados e de
aprovação dos respectivos regimentos no âmbito do
extinto Ministério do Trabalho - (Processo nº
19964.103375/2019-89).
portarias. Sendo assim, reproduzimos apenas o trecho que trata da revogação da Comissão Nacio-
nal Permanente do Benzeno. A portaria na íntegra pode ser consultada em https://www.in.gov.
br/web/dou/-/portaria-n-972-de-21-de-agosto-de-2019-211908255”.
273
Anexos
Informações Complementares
Anexo A - O que é a Comissão Nacional Permanente do Benzeno
Anexo A
O que é a Comissão Nacional Permanente do Benzeno
CNPBz*
*
-
no_oquee.asp>. Acesso em: 28 out. 2015.
276
As atribuições da CNPBz são as seguintes:
a) Acompanhar a implantação e o desenvolvimento do presente acordo
e auxiliar os Órgãos Públicos nas ações que visem o cumprimento
dos dispositivos legais que o acompanham;
b) Conhecer, analisar e propor soluções para os impasses que vierem a
ocorrer no cumprimento do presente acordo;
c) Complementar o presente acordo nas questões relacionadas ao su-
porte aos trabalhadores com alterações da saúde provenientes da
exposição ocupacional ao benzeno, respeitada a realidade dos dife-
rentes segmentos signatários do presente acordo, com início dos tra-
balhos após 30 (trinta) dias da instalação da CNP-benzeno e prazo
previsto de 120 (cento e vinte) dias para apresentação das primeiras
277
Anexo B - Recomendação nº 144 de 1971
Anexo B
Recomendação nº 144 de 1971
Proteção Contra os Riscos da Intoxicação pelo Benzeno
Organização Internacional do Trabalho
I. Campo de aplicação
278
percentagem de benzeno deveria ser determinada por métodos ana-
líticos recomendados por organizações internacionais competentes.
279
Anexo B - Recomendação nº 144 de 1971
-
toridade competente.
12. Nenhum alimento deveria ser introduzido ou ingerido nos recintos onde
são fabricados, manipulados ou utilizados benzeno ou contendo benzeno. Deve-
ria, além disso, ser proibido fumar nesses recintos.
15. (1) Quando trabalhadores são chamados a efetuar trabalhos que tenham
como conseqüência a exposição ao benzeno ou a produtos contendo benzeno,
deveriam ser submetidos a:
a) um exame médico completo de aptidão, anterior ao emprego, e que in-
clua exame de sangue;
b) exames ulteriores que compreendam exames biológicos (inclusive de
legislação nacional).
281
Anexo B - Recomendação nº 144 de 1971
16. Por ocasião dos exames, os trabalhadores em questão deveriam receber ins-
truções escritas a respeito das medidas de proteção a serem tomadas contra os
riscos devidos ao benzeno.
V. Recipientes
21. (
claramente visíveis em qualquer recipiente que encerre benzeno ou produtos
contendo benzeno.
(2) Deveria também ser feita menção da percentagem de benzeno contida
nos referidos produtos.
(3) Os símbolos de perigo mencionados no subparágrafo 1 do presente pa-
rágrafo deveriam ser internacionalmente reconhecidos.
282
Anexo B - Recomendação nº 144 de 1971
VI. Educação
23. Cada Membro deveria tomar medidas apropriadas para que todo trabalha-
dor exposto ao benzeno ou a produtos contendo benzeno receba, às custas do
empregador, a formação e as instruções adequadas a respeito das medidas de pre-
venção a serem tomadas para salvaguarda da saúde e a prevenção de acidentes,
assim como as medidas a serem tomadas no caso em que sintomas de intoxicação
se manifestem.
24. Nos recintos em que são empregados benzeno ou produtos contendo ben-
zeno, avisos deverão ser empregados em lugares próprios, indicando:
a) os riscos;
b) as medidas de prevenção a serem tomadas;
c) os dispositivos de proteção a serem utilizados;
d) as medidas de primeiros socorros a serem tomadas em caso de into-
xicação aguda devida ao benzeno.
283
Anexo C
Fluxograma para Diagnóstico e Encaminhamento de Possíveis Casos
de Benzenismo
Exposição Benzeno (Benzenismo)*
Caracterização da Exposição:
- Função/atividade/área de trabalho/
Paciente exposto a tempo de exposição
benzeno e com sinais - Avaliação Qualitativa/Quantiativa
e sintomas sugestivos Ambiental e Biológica Sinais e Sinto-
mas do Benzenismo: astenia, mialgia,
Sonolência, tonturas e sinais infecccio-
História Clínica e sos de repetição
Ocupacional Exame Alterações hematológicas
Físico
linfocitopenia, monocitopenia, mac-
Avaliação Clínica
Completa e Exames Pelger e plaquetopenia
Hematológicos
Caso de
Não
Benzenismo **
Paciente com
Benzenismo Sim
Encaminhamentos
Encaminhar ao
Avaliar risco Acompanhar INSS
de exposição evolução clínica em caso de Emitir CAT***
afastamento
do trabalho
Notas:
* Fluxograma extraído de: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáti-
cas Estratégicas. Risco químico: atenção à saúde dos trabalhadores expostos ao benzeno. Brasília: Editora do Ministério da
Saúde, 2006. p. 46-47. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/risco_saude_trabalhadores_expostos_ben-
zeno.pdf. Acesso em: 29 maio 2019.
** Serão considerados como casos de benzenismo aqueles com sinais e sintomas e complicações decorrentes da exposição
ocupacional, aguda ou crônica, ao hidrocarboneto aromático benzeno, após investigação médica criteriosa.
meses, através de parecer clínico-ocupacional à instância regional de acompanhamento do Acordo Nacional do Benzeno.
Casos especiais que necessitem de um período de investigação superior a 01 (um) ano, incluindo aqueles casos considerados
inconclusivos, devem ser discutidos nas instâncias regionais, em busca de consenso técnico. A CNPBz atuará na busca do
consenso como instancia de apoio criando mecanismos de assessoramento.
285
Anexo D - Referências complementares
Anexo D:
Referências Complementares.
286
Diretrizes para a vigilância do câncer relacionado ao trabalho. Instituto
Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva; Organização Fátima Sueli Neto
Ribeiro, Ubirani Barros Otero. 2ª edição revista e atualizada. INCA, 2013. 192 p.
Rio de Janeiro, Brasil.
O conteúdo completo pode ser acessado em:
-
trizes-vigilancia-cancer-relacionado-2ed.compressed.pdf
287
Sobre o livro
Composto em Caimbra 14 (título)
Caimbra10,5 (texto)
1ª edição: 2023