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Cópia de As-Transformacoes-Economicas-Na-Europa-E-No-Mundo
Cópia de As-Transformacoes-Economicas-Na-Europa-E-No-Mundo
Desde que começou a haver avanços industriais, que os maquinismos eram muito simples e eram
concebidos por artesãos e pequenos empresários que se aplicaram no aperfeiçoamento dos seus instrumentos e
das técnicas de trabalho. Mas, esta situação mudou completamente em meados do século XIX. Os antigos
maquinismos simples, agora eram mais complexos e necessitavam de bastantes conhecimentos teóricos. Agora,
existia imensa concorrência entre empresas do mesmo ramo, portanto, era necessário não parar de investigar com
o fim de progredir, portanto, esta concorrência obrigava às empresas a actualizar permanentemente as tecnologias
de fabrico.
Assim, os institutos e as universidades assumiram um papel extremamente importante pois fornecem
formação profissional especializada. Com isto, foi inaugurada a época dos engenheiros e da ligação entre a ciência e
a técnica onde a ciência desenvolve a ciência e a ciência desenvolveu a técnica.
Agora o inventor/engenheiro tem de ter, obrigatoriamente, formação e tem de ser criativo. Existe o
“inventor feliz” que é aquele que tem as suas próprias teorias e consegue concretiza-las.
Agora, mais do que nunca, era necessário existir empresas que investissem enormes capitais nas
investigações pois agora o mais importante era ter os melhores produtos para poder estar economicamente
estável, caso contrário, os países iriam ficando retardados nos progressos industriais e economicamente não iriam
ficar em bom estado. As grandes empresas inglesas e alemãs foram as que mais investiram capitais para
investigações.
Ao contrário do passado, onde os produtos eram inventados por uma só pessoa, agora eram inventados por
uma equipa de pessoas especializadas no assunto... Era um trabalho colectivo conduzido pela ciência.
Este século, é essencialmente conhecido por aperfeiçoar tudo o que foi inventado até à data, isto é, os
inventores pegavam nas invenções já terminadas e procuravam eventuais imperfeições e corrigiam-nas. Cada
avanço dado surge um novo desafio ao qual a ciência tenta responder.
Gera-se assim, um conjunto de progressos que resultam da ligação entre a ciência-técnica (progressos
cumulativos) que resultam num progresso técnico enorme, isto é, surgiram novas formas de energia, novos sectores
produtivos, novos meios de transporte e uma multiplicidade de objectos novos transformam o mundo
industrializado. Este conjunto de inovações marca o início de um novo período, designado por Segunda Revolução
Industrial.
A indústria Siderúrgica fornece essencialmente máquinas, carris, locomotivas, e esta indústria foi uma das
mais importantes da época, mas progrediu mais ainda quando Bessemer inventou um conversor que transforma de
forma rápida e barata, o ferro em aço. O aço reunia as vantagens do ferro e tem maior plasticidade e dureza,
alargam o mercado siderúrgico, tanto na indústria pesada, como na produção de bens de consumo.
Mas também foi a era da indústria química. Perkin apresenta, na Inglaterra, algo revolucionário na indústria
tintureira: matérias corantes.
Apesar da pesquisa e da produção de corantes artificiais ter começado na Inglaterra impulsionado pelas
necessidades do sector têxtil, as investigações vão continuar na Alemanha, e isto leva a que grandes indústrias
como a BASF (Badische Anilin und Soda Fabrik) e Bayer & Co. Investissem grandes fortunas em equipamentos de
grandes laboratórios de investigação.
A indústria química, um dos sectores mais característicos da Segunda Revolução Industrial, estava ligada à
pesquisa e inovação. Ela fornece inúmeros componentes essenciais a vários sectores e, chegou a desenvolver um
conjunto de produtos próprios, como os insecticidas, fertilizantes e medicamentos.
Capitalismo
Operariado
Trabalho
A concentração Industrial
Com toda a industrialização, as pequenas oficinas começaram a ceder e, em lugar delas, surgiram as
grandes fábricas. Devido às máquinas enormes, pesadas e complexos, começou a ser necessário construir grandes
espaços onde inúmeros trabalhadores vigiavam o movimento das máquinas. O edifício enorme e imensos
trabalhadores tornaram-se símbolos da civilização industrial.
As empresas com mais estabilidade económica espalhavam empresas suas (mais pequenas) por todo o
mundo, envolvendo capitais enormes. O sector metalúrgico foi onde esta tendência teve mais adeptos. Mas nem
todos os sectores aderiram a esta nova tendência, como os sectores da alimentação, vestuário ou calçado. A
evolução tecnológica ajuda as grandes empresas a inovar e a resistir às crises cíclicas. Nestas crises do capitalismo,
as empresas mais pequenas não aguentam e abrem falência ou deixam-se absorver pelas grandes empresas. Com o
fim de serem mais competitivas e terem mais força, algumas grandes empresas juntam-se.
Sendo origem desta dinâmica económica, surgem dois tipos de concentração: horizontal e vertical.
Concentração vertical
Uma empresa controla todas as fases de produção (desde obter as matérias-primas até vender o produto
acabado)
Assume um caracter monopolista para que tenham maior controlo sobre o sector
Mais usual na metalurgia
Apareceram marcas como a Skoda
Concentração horizontal
Várias empresas juntam-se para evitar a concorrência (podem ser ou não do mesmo sector)
As quantidades a produzir, preços de venda e datas de colocação no mercado eram acordadas entre as
empresas
Na europa ficou conhecido por Cartel
A concentração Bancária
Os bancos tiveram um papel extremamente importante no crescimento económico. Graças à sua
actividade, foi permitido a movimentação de enormes capitais relacionadas com o comércio internacional
e, graças ao crédito, foi possível fundar ampliar e modernizar as indústrias.
O sistema bancário está integrado na dinâmica do mundo industrial, isto é, registou um enorme
crescimento acompanhando a diminuição do de número de instituições. As pequenas instituições
bancárias não conseguiam aguentar e por isso abriam falência, os grandes e poderosos bancos tornavam-
se cada vez maiores abrindo assim bancos mais pequenos espalhados pelo mundo. Esta mentalidade de
tornarem-se bancos maiores e mais poderosos (através das sucursais) permitiu uma maior eficácia na
centralização das poupanças dispersas para o investimento lucrativo.
Para além das operações comerciais e dos créditos, os bancos participaram directamente no
desenvolvimento industrial através do investimento de grandes capitais nas empresas, especialmente na
siderurgia e nos transportes.
A racionalização do trabalho
Com o aumento da concorrência fez com que as empresas começassem a pensar em produzir com
qualidade e produzir a baixo preço.
Taylor publica a obra “Princípios de Direcção cientifica da empresa”, onde expunha o seu método
para melhorar o rendimento da fábrica. Este método ficou conhecido por Taylorismo.
O Taylorismo assentava na divisão máxima do trabalho, seleccionando-o em pequenas tarefas
elementares e encadeadas. Cada operário executava repetidamente uma das tarefas que o operário
seguinte continuava. Tinham um tempo mínimo para executar tal tarefa, e assim o cronómetro entrava
nas fábricas.
Este trabalho retirava qualquer criatividade e todo o seu saber que o trabalhador pudesse ter,
resultando assim numa produção maciça de objectos iguais em termos de volume, qualidade e preço.
Foi o construtor de automóveis Henry Ford que pôs em prática o taylorismo. Na fábrica foi
introduzida uma linha de montagem seguindo os métodos que Taylor inventou. O ritmo de produção
tornou-se alucinante.
Melhorando todos os defeitos que existiam, o tempo de montagem do Taylorismo baixou e o custo
do carro reduziu.
Os trabalhos eram muito duros pois andar um dia inteiro a fazer sempre os mesmos movimentos
não era fácil, e por isso, para compensar isso e para incentivar os trabalhadores, os ordenados deles foram
aumentados o dobro. Esta medida aumentou a qualidade de vida dos trabalhadores e isto permitiu-lhes
possuir um automóvel.
Foi criada uma forma nova de gerir grandes empresas. Os métodos taylorizados provocaram uma
grande contestação por parte dos sindicatos e também de grandes intelectuais. Era criticada a
racionalização excessiva do trabalho que retirava toda a dignidade ao trabalho transformando o
trabalhador num mero autómato, escravo de uma cadeia de máquinas.
A Geografia da Industrialização
A Hegemonia Inglesa
A Inglaterra foi a pioneira da industrialização, ganhando assim um grande avanço sobre os outros países.
Possuía uma indústria extremamente mecanizada o que permitia abastecer o mundo com produtos têxteis,
artefactos metálicos e bens de equipamentos a presos muito baixos. O facto de possuir muitas linhas ferroviárias
assegura a eficaz circulação interna do carvão, matérias-primas e produtos acabados.
Tanto poder económico leva a que sejam acumulados capitais que são aplicados no espaço colonial inglês, nos
países da América Latina e da Ásia. A libra esterlina era a moeda-padrão utilizada nas trocas comerciais.
Porém, no final do século, a Inglaterra começou a ter dificuldades em acompanhar os outros países e foi
então que toda a supremacia inglesa, acaba uma vez que não consegue acompanhar o avanço tecnológico e não
reorganiza as antigas fábricas para que sejam capazes de competir com as do estrangeiro.
A França:
Industrializou-se a um ritmo mais lento dado que não tinha algo essencial: o carvão. Ou seja, nesta altura,
para haver movimento, era necessário carvão e França não tinha muitas jazidas e as que tinha não eram as
melhores. E, para além disso, era um país muito ligado à tradição e, por isso, quando havia alguma tentativa de
mudança na agricultura pro exemplo, existia uma reacção negativa por parte dos agricultores pois a agricultura
era o seu meio de subsistência.
Entre 1901 e 1913, houve um grande dinamismo e a França conseguiu ultrapassar alguns países nos
sectores da electricidade, do automóvel, do cinema e da construção.
A Alemanha:
Foi um dos países mais dinâmicos. Privilegiou os sectores do carvão, caminhos-de-ferro e aço. E, mais
tarde, aparecem os sectores da química da construção naval e da electricidade.
No fim do século, a indústria alemã e a siderurgia em particular faziam uma grande concorrência aos
produtos ingleses. Isto leva a que comece a existir uma grande rivalidade entre a Alemanha e a Inglaterra.
Estados Unidos:
Tinha uma grande abundância em matérias-primas o que foi bastante benéfico para o país.
O primeiro sector que existiu foi o têxtil favorecido com a abundância de algodão e lã e com a ajuda da
política económica proteccionista, as indústrias prosperaram rapidamente. No entanto, o sector siderúrgico foi o
maior dinamizador da indústria americana.
Pouco depois, começam a ser desenvolvidos os sectores enérgicos mais modernos: como a electricidade
e o petróleo. A seguir vem a indústria automóvel.
No fim do século XIX os Estados Unidos eram a primeira potência mundial.
Japão:
A indústria entrou no japão através do imperador Mutsu-Hito que lançou o país na era Meiji. O japão era
um país atrasado e agrícola e converteu-se num país competitivo.
O facto do Japão se ter tornando num dos países mais industrializados do mundo deveu-se ao incentivo
dado pelo estado que promoveu a entrada de capitais e técnicos estrangeiros e financiou a criação de novas
indústrias. Os sectores que o japão valorizou foram: a siderurgia, a construção naval e o têxtil.
Foi Juglar quem estudou estas crises e os seus mecanismos. Na altura de crescimento, quando a procura
se sobrepõe à oferta, os preços sobem. Isto leva a que as indústrias amplifiquem-se recorrendo ao crédito,
especula-se na bolsa. Mais tarde, uma vez que há falta de previsão financeira e excesso de investimentos a
tendência inverte-se.
Fases das crises cíclicas:
o Superprodução (armazéns cheios com stocks)
- empresas suspendem fabrico
- redução de salários
- despedimentos
o Preços baixam para que os produtos sejam vendidos
- podem ser destruídos stocks para evitar que os preços desçam em demasia
o Pagamentos aos bancos, créditos e investimentos financeiros são suspensos
- crash bolsista
- falências
- desemprego cresce
Consumo diminui e produção cai mesmo
Estas crises podem-se iniciar num ou em vários países ao mesmo tempo e é com rapidez que se
espalham, uma vez que todos os países têm ligações financeiras e comerciais uns com os outros.
Em 1810 deu-se a primeira grande crise e, em 1929, deu-se a crise mais grave de todas.
No fim do século, o proteccionismo tinha voltado a ganhar força e, depois da grande depressão de 1929,
entendeu-se que era realmente necessário a intervenção do estado na economia.