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Cinética Química II
Cinética Química II
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Ordem da reação
É o expoente expresso pelo reagente citado na equação da lei de velocidade. A ordem global se dá pela
soma de todos os expoentes presentes na lei de velocidade (primeira, segunda, terceira…)
A correta determinação da lei das velocidades deve ser obtida experimentalmente, nunca de forma
manual ou intuitiva, variando-se a concentração dos agentes da reação. Via de regra, pode-se observar
uma tendência a reproduzir uma relação com os índices estequiométricos da reação, porém, nem
sempre válida.
Outras possibilidades:
- V = K[NO]: nesse caso, é a reação de 1ª ordem global e 1ª ordem em relação ao NO.
- V = K[NO][Cl2]: reação de ordem global 2 (2ª ordem) e de 1ª ordem para cada reagente (nesse
caso, o expoente não acompanha o balanço estequiométrico).
- V = K: esse caso específico representa uma reação de ordem ZERO, sem influência das
concentrações dos reagentes (V = K[NO]0[Cl2]0), ou seja, a velocidade é constante.
Dados experimentais
Quando falamos de reações e para entender a sua cinética, precisamos testar como se comporta a
velocidade em função da concentração dos reagentes.
É importante notar que para fazer a análise, por ser uma reação envolvendo três reagentes, precisa-se,
ao analisar um dos reagentes, que os outros dois permaneçam intactos para que se leve em
consideração apenas um ativo fenomenologia da Lei da Velocidade.
Portanto, para se analisar a participação de A, utiliza-se o primeiro e o segundo experimentos, pois as
concentrações de B e C permanecem inalteradas mas a concentração de A é duplicada e, ao duplicar a concentração
de A, percebe-se que a velocidade aumentou em 4x (0,5 → 2,0). Para validar a influência da concentração de B,
usam-se o segundo e o terceiro experimentos, pois neles as concentrações de A e C permanecem inalteradas
enquanto que a concentração de B é duplicada. Curiosamente nessa situação a velocidade da reação não foi
alterada, mesmo tendo duplicado a concentração de B. Para validar a influência da concentração de C usa-se o
terceiro e o quarto experimentos onde apenas a concentração de C é duplicada enquanto que as concentrações de A
e B se mantêm estáveis. Ao fazer isso, percebe-se que a velocidade aumentou em 8x (2,0 → 16,0).
Considerações:
- Dobrada a concentração de A, manticas as concentrações de B e C: A velocidade quadruplica.
- Dobrada a concentração de B, mantidas as concentrações de A e C: A velocidade não altera.
- Dobrada a concentração de C, mantidas as concentrações de A e B: A velocidade octuplica.
Mas e o valor de K?
Determinando o Valor de K
A partir dos dados experimentais e conhecendo-se a Lei da Velocidade, a uma dada temperatura, pode-
se calcular o valor de K substituindo-se os valores na Lei das Velocidades. No exemplo anterior, pode-
se optar por qualquer um dos experimentos e substituir o valor de V, e das concentrações de A e C,
visto que B não interfere na velocidade. O resultado deverá ser expresso na unidade correspondente.
- ordem 0: mol/L.tempo
- 1ª ordem: tempo-1
- 2ª ordem: L/mol.tempo
- 3ª ordem: L2/mol2.tempo
- 4ª ordem: L3/mol3.tempo
- E assim sucessivamente…
A meia vida (t½) é o parâmetro relacionado com o qual a concentração de uma espécie atinja a metade
do seu valor inicial em processos de primeira ordem. Sua aplicabilidade reside na capacidade de nos
mostrar a velocidade de uma reação, pois quanto maior for este valor, mais lenta é a transformação em
questão e vice-versa.
t½ = 0,693/K
OBS: A equação acima só se aplica para reações de primeira ordem e veremos que t½ independe da
concentração! Por exemplo: decaimento radioativo. ( se eu tenho um composto a 100 e ele decai a 50,
esse tempo será demarcado pois é o tempo de meia vida dele)
Pensando na reação A + B → C + D
onde há uma primeira fase sem interação
entre os reagentes A e B, uma segunda fase
com o complexo AB e uma terceira fase com
os produtos C e D. O estado ativado pode
ser conhecido como estado de transição ou
complexo ativado
A elevação da curva na reação exotérmica é menor que na reação endotérmica, o que significa que o
complexo é ativado. O estado requer na reação endotérmica um acúmulo muito grande como pode ser
visto nos gráficos de reações acima.
Há ainda reações que acontecem envolvendo várias etapas onde a curva acaba se mostrando de forma
sinuosa pois há a formação de vários complexos, várias substâncias intermediárias até que haja a
formação do produto final.
A segunda parte do polinômio que é e-Ea/RT é entendida como a fração de moléculas que conseguem
alcançar o mínimo de energia de ativação necessária para que a reação aconteça. A equação de
Arrhenius nos permite calcular o valor da Ea ou calcular K, lembrando que tais valores são únicos para
cada reação numa dada condição de temperatura. Quanto menor a Ea e maior a temperatura, maior é o
valor de K.