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LEGISLAÇÃO

EDUCACIONAL
DO ESTADO DE
MINAS GERAIS

Lei Estadual nº 23.197/2018 - (Plano Estadual de Educação de Minas


Gerais – PEE).
Lei Estadual nº 869/1952 - Dispõe sobre o estatuto dos funcionários
públicos civis do Estado de Minas Gerais.
Lei Estadual nº 15.293/2004 - Institui as carreiras dos Profissionais da
Educação do Estado.
Lei 21.710/2015 - Dispõe sobre a política remuneratória das carreiras do
Grupo de Atividades de Educação Básica do Poder Executivo, altera a
estrutura da carreira de Professor de Educação Básica.
Decreto Estadual nº 46.644/2014 - Dispõe sobre o código de conduta
ética do agente público e da alta administração estadual.
Resolução SEE nº 4.692/2021 - Dispõe sobre a organização e o
funcionamento do ensino nas Escolas Estaduais de Educação Básica de
Minas Gerais e dá outras providências.
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N. 869/ 1952
Estatuto dos Servidores Públicos do
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Estatuto dos Servidores Públicos do Estado de Minas Gerais

SUMÁRIO
Estatuto dos Servidores de Minas Gerais – Parte I ................................................................. 3
1. Abrangência e Linha do Tempo ................................................................................................. 4
1.1. Concurso Público ...................................................................................................................... 5
1.2. Provimento ................................................................................................................................ 7
1.3. Posse ..........................................................................................................................................12
1.4. Exercício ....................................................................................................................................15
1.5. Estágio Probatório .................................................................................................................. 17
1.6. Estabilidade ............................................................................................................................. 18
1.7. Vacância .................................................................................................................................... 20
2. Remoção e Substituição .......................................................................................................... 23
2.1. Remoção ................................................................................................................................... 23
2.2. Substituição ............................................................................................................................ 24
3. Da Frequência e do Horário .................................................................................................... 24
4. Tempo de Serviço ...................................................................................................................... 26
Resumo ............................................................................................................................................ 28
Questões de Concurso ................................................................................................................. 33
Gabarito ........................................................................................................................................... 37
Gabarito Comentado .................................................................................................................... 38

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ESTATUTO DOS SERVIDORES DE MINAS GERAIS

Na aula de hoje, estudaremos todos os detalhes sobre a Lei Complementar Estadual


n. 869/1952, norma que estabelece o Estatuto dos Servidores Públicos do Estado de Mi-
nas Gerais.
É importante mencionar que a norma em estudo foi editada no ano de 1952, quando es-
távamos na vigência de outra Constituição Federal. Sendo assim, diversos são os artigos e
dispositivos que não estão, atualmente, em vigor, conforme veremos no decorrer da aula.
Para treinar o conhecimento aprendido, selecionei questões anteriores e questões adapta-
das ao estilo da prova.
Grande abraço e boa aula!

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1. AbrAngênciA e LinhA do Tempo


A Lei Complementar n. 869/1952 é a norma que institui o Regime Jurídico dos Servidores
Públicos do Estado de Minas Gerais. É por meio das disposições da mencionada lei, dessa for-
ma, que os servidores estatutários encontram todos os direitos e garantias a eles conferidos,
bem como os requisitos para o seu exercício.
No entanto, as disposições da Lei Complementar n. 869/1952 não se aplicam a todos os
agentes públicos, mas sim apenas aos servidores públicos civis estaduais, o que implica dizer
que os empregados públicos, regidos pela CLT, não estão compreendidos dentro do campo de
atuação do estatuto estadual.
Da mesma forma, a norma não se aplica aos servidores públicos estatutários dos demais
entes federativos, tal como a União e os Municípios. Ainda que esses servidores sejam regidos
por um estatuto, caberá ao respectivo ente federativo, por meio de lei, a sua edição.

A LEI COMPLEMENTAR N. 869/1952 É APLI- A LEI COMPLEMENTAR N. 869/1952 NÃO É


CADA APLICADA
Aos servidores estatutários da Administração Aos empregados públicos estaduais, que são
direta estadual. regidos pelas disposições da CLT.
Aos servidores das autarquias e fundações Aos servidores públicos da União, do Distrito
estaduais. Federal e dos Municípios.
Ao Ministério Público e ao Magistério. Aos militares.

A linha do tempo do serviço público é uma forma de compreendermos todo o processo de


ingresso, desenvolvimento e saída de um respectivo servidor no serviço público.
Por meio de sua análise, é possível ter uma visão global de todas as etapas e compreender
os diversos institutos aos quais os servidores estão sujeitos.
Dessa forma, a linha do tempo do serviço público compreende, basicamente, as seguintes
fases: concurso, provimento, posse, exercício, estágio probatório, estabilidade e vacância.

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1.1. concurso púbLico


O concurso público é a forma objetiva de selecionar servidores, primando pelo princípio da
impessoalidade e assegurando igualdade de condições a todos os candidatos.
No entanto, não é de qualquer forma que tal processo pode ser realizado. Caso assim o
fosse, seria muito fácil administradores mal-intencionados fraudarem as regras previstas e
concederem certos favorecimentos para determinados candidatos, desrespeitando gravemen-
te a impessoalidade, princípio basilar de toda a atividade administrativa.
Por isso mesmo é que a Lei Complementar n. 869/1952 se preocupou em estabelecer
diversas regras a serem observadas pela Administração Pública quando da realização de con-
curso público. Tais regras, salienta-se, devem observar as disposições constitucionais sobre
a forma de realização dos concursos públicos, disposições estas de observância obrigatória
para toda a Administração Pública.
Nos artigos relacionados com a realização dos concursos, a norma faz referência ao art.
21 da Constituição Estadual. Sendo assim, é importante que tenhamos conhecimento das re-
gras do mencionado artigo.

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Art. 21. Os cargos, funções e empregos públicos são acessíveis aos brasileiros que preencham os
requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei.
§ 1º A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público
de provas ou de provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em
lei de livre nomeação e exoneração.
§ 2º O prazo de validade do concurso público é de até dois anos, prorrogável, uma vez, por igual
período.
§ 3º Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, o aprovado em concurso públi-
co será convocado, observada a ordem de classificação, com prioridade sobre novos concursados,
para assumir o cargo ou emprego na carreira.
§ 4º A inobservância do disposto nos §§ 1º, 2º e 3º deste artigo implica nulidade do ato e punição
da autoridade responsável, nos termos da lei.

Perceba que o concurso público poderá ser de provas ou de provas e títulos, mas nunca,
para os servidores estaduais, poderá ser exclusivamente de títulos.
Da mesma forma, o concurso terá validade de até dois anos, e a sua prorrogação, que po-
derá ocorrer uma única vez, deverá ser pelo mesmo prazo inicialmente previsto para a validade
do certame.

Exemplo: poderá a Administração, por exemplo, realizar concurso com prazo de validade de
um ano, estabelecendo no edital que o prazo ali estabelecido poderá ser prorrogado uma única
vez, por igual período.
Assim, vencido o prazo do concurso, pode a Administração (trata-se de uma faculdade) prorro-
gar a validade do mesmo por mais um ano ou realizar um novo concurso.
“E poderá a Administração publicar edital de concurso com o prazo de validade de dois anos,
improrrogáveis?”
Perfeitamente, pois nenhuma regra foi desrespeitada. O que houve apenas foi que a Adminis-
tração, discricionariamente, optou por não estabelecer a possibilidade de prorrogação.
“E se fosse publicado um edital com prazo de um ano, estabelecendo a possibilidade de pror-
rogação por três vezes e estando, por isso mesmo, com prazo total inferior a quatro anos, seria
válido?”
Ainda que o prazo total de quatro anos não tenha sido superado (2 + 2), foi desrespeitada a
regra de uma única prorrogação, devendo o edital ser considerado nulo neste aspecto.
“E se houver um edital regulamentando um concurso e estabelecendo como prazo de valida-
de dois anos, com a possibilidade de prorrogação por um ano. Estaria a Administração, nessa
situação, respeitando a lei complementar?”

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Aqui, há uma situação interessante: uma única prorrogação e o prazo total respeitado. No
entanto, além dessas regras, não podemos nos esquecer de que a prorrogação, em todos os
casos, deve ser pelo mesmo período inicialmente previsto no edital: 1 ano + 1 ano, 2 anos + 2
anos, 6 meses + 6 meses.

Em sintonia com as disposições da Constituição Estadual, merece destaque as disposi-


ções dos arts. 16 a 19 do Estatuto dos Servidores, de seguinte teor:

Art. 16. A primeira investidura em cargo de carreira e em outros que a lei determinar efetuar-se-á
mediante concurso, precedida de inspeção de saúde.
Parágrafo único. Os concursos serão de provas e, subsidiariamente, de títulos.
Art. 17. Os limites de idade para a inscrição em concurso e o prazo de validade deste serão fixados,
de acordo com a natureza das atribuições da carreira ou cargo, na conformidade das leis e regula-
mentos e das instruções respectivas, quando for o caso.
Art. 18. Não ficarão sujeitos a limites de idade, para inscrição em concurso e nomeação, os ocupan-
tes de cargos efetivos ou funções públicas estaduais.
Art. 19. Os concursos deverão realizar-se dentro dos seis meses seguintes ao encerramento das
respectivas inscrições.
Parágrafo único. Realizado o concurso será expedido, pelo órgão competente, o certificado de ha-
bilitação.

1.2. provimenTo
Realizado o concurso, é o momento de a Administração chamar os candidatos aprovados.
Tal como ocorre com o prazo de validade, uma série de regras devem ser estabelecidas pela
respectiva Administração.
Dessa forma, o provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade com-
petente, que é, no âmbito estadual, o Governador.

Art. 11. Compete ao Governador do Estado prover, na forma da lei e com as ressalvas estatuídas na
Constituição, os cargos públicos estaduais.

Os cargos públicos são acessíveis a todos os brasileiros, observados os requisitos que a


lei estabelecer.
De igual forma, os cargos de carreira serão de provimento efetivo. Já os cargos isolados,
em sentido oposto, serão de provimento efetivo ou em comissão, segundo a lei que os criar.
A Lei Complementar n. 869/1952 estabelece diversas formas de provimento de car-
go público:
• nomeação;
• promoção;
• reintegração;

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• readmissão;
• reversão;
• aproveitamento.

Ainda que o texto da norma estadual preveja a transferência como uma das formas de pro-
vimento, o STF possui entendimento sumulado acerca da inconstitucionalidade do instituto.

Súmula Vinculante n. 43
É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se,
sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que
não integra a carreira na qual anteriormente investido.

De igual forma, a forma de provimento readmissão teve todos os seus artigos revogados por
normas posteriores à edição do estatuto.

Das formas de provimento elencadas, apenas a nomeação é considerada forma originária,


sendo que as demais são classificadas como forma de provimento derivadas.
Como forma de facilitar a compreensão das formas de provimento previstas na Lei Com-
plementar n. 869/1952, veremos cada uma delas por meio dos quadros a seguir:

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Trata-se a nomeação do modo clássico de prover o servidor no cargo público, podendo ocor-
rer nas seguintes situações:
a) em caráter efetivo, quando se tratar de cargo de carreira ou isolado que, por lei, assim
deva ser provido;
b) em comissão, quando se tratar de cargo isolado que, em virtude de lei, assim deva ser
provido;
c) em substituição no impedimento legal ou temporário de ocupante de cargo isolado de
provimento efetivo ou em comissão.

No caso dos cargos efetivos, também chamados de cargo isolado de provimento efetivo
ou cargo de carreira, a nomeação, necessariamente, precisa de aprovação em concurso
público anteriormente realizado.
Nomeação
Para os cargos em comissão, uma vez que são considerados como de livre nomeação e
exoneração, tal característica nem sempre está presente.
E isso ocorre porque os cargos em comissão são destinados às funções de direção, chefia
e assessoramento, podendo, por isso mesmo, ser livremente escolhidos pela autoridade
nomeante, que pode optar por provê-los com um servidor de carreira ou com uma pessoa
até então estranha aos quadros funcionais do serviço público.

Na substituição, a nomeação possui um prazo determinado de tempo, sendo pautada no


princípio da continuidade do serviço público.

De acordo com a norma estadual, “é vedada a nomeação de candidato habilitado em con-


curso após a expiração do prazo de sua validade”.

A promoção ocorre quando o servidor é elevado para outra classe no âmbito da mesma car-
reira, ocorrendo, com o provimento, a vacância no cargo de classe mais baixa e o provimento
no cargo de classe mais alta.
Como resultado, ocorre simultaneamente uma vacância e um provimento, não gerando saldo
a ser reposto pela administração.
Vejamos o seguinte exemplo: no âmbito de determinado órgão público, os cargos são estru-
turados em três classes, sendo elas denominadas de A, B e C. Cada uma dessas classes é
Promoção subdividida em padrões, de forma que o servidor, ao entrar em exercício, ocupa a classe ini-
cial A e o padrão inicial 1.
Após o período de um ano de efeito exercício, o servidor passa para o padrão subsequente,
permanecendo, contudo, na mesma classe.
No nosso caso, o servidor passou de A1 para A2. Ao chegar ao último padrão da classe a que
pertence, no entanto, há a passagem de uma classe para outra da carreira, oportunidade em
que ocorre a promoção.
Com ela, o servidor, que até então ocupava a classe A, passa a ocupar a classe B.

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Reversão é o ato pelo qual o aposentado reingressa no serviço público, após


verificação, em processo, de que não subsistem os motivos determinantes da
aposentadoria.
Tal forma de provimento pode ocorrer de duas formas: a pedido ou de ofício. No
entanto, deve ser salientado que “o aposentado não poderá reverter à atividade
se contar mais de cinquenta e cinco anos de idade”.

Em nenhum caso poderá ser realizada a reversão sem fique provada, em inspe-
ção médica, a capacidade para o exercício da função.
De igual forma, será cassada a aposentadoria do servidor que reverter e não
Reversão
tomar posse ou entrar em exercício dentro dos prazos legais.

Além disso, algumas considerações merecem ser destacadas sobre a reversão:


a) a reversão far-se-á de preferência no mesmo cargo;
b) a reversão "ex officio" não poderá verificar-se em cargo de vencimento ou
remuneração inferior ao provento da inatividade;
c) a reversão ao cargo de carreira dependerá da existência da vaga que deva ser
preenchida mediante promoção por merecimento;
d) a reversão dará direito para nova aposentadoria, à contagem de tempo em
que o funcionário esteve aposentado.

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O aproveitamento pode ser entendido como o chamado, feito pela Administração


Pública, para que o servidor público em disponibilidade volte a exercer suas ativi-
dades.

Tal forma de provimento encontra definição nos arts. 57 e 58 da Lei Complementar


n. 869/1952/1952, de seguinte teor:

Art. 57. Aproveitamento é o reingresso no serviço público do funcio-


nário em disponibilidade.
Art. 58. Será obrigatório o aproveitamento do funcionário estável em
cargo, de natureza e vencimentos ou remuneração compatíveis com
Aproveitamento
o anteriormente ocupado.
Parágrafo único. O aproveitamento dependerá de prova de capacida-
de mediante inspeção médica.

Havendo mais de um concorrente à mesma vaga, terá preferência o candidato com


maior tempo de disponibilidade e, no caso de empate, o de maior tempo de serviço
público.
Se o funcionário não tomar posse no prazo legal, salvo caso de doença compro-
vada em inspeção médica, será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a
disponibilidade
Provada a incapacidade definitiva em inspeção médica, será decretada a aposen-
tadoria do servidor.

A reintegração consiste no retorno do servidor anteriormente demitido ao cargo ante-


riormente ocupado ou no cargo resultante de sua transformação, com ressarcimento
de todas as vantagens.
Caso o cargo já tenha sido provido ou extinto, a reintegração ocorrerá em cargo de natu-
reza, vencimento ou remuneração equivalentes, respeitada a habilitação profissional.
Reintegração Para que ocorra a reintegração, a demissão deverá ter sido invalidada por decisão admi-
nistrativa ou judicial.
Não sendo possível efetuar a reintegração, será o ex-funcionário posto em disponibili-
dade no cargo que exercia, com provento igual ao vencimento ou remuneração.
Frisa-se que o funcionário reintegrado será submetido a inspeção médica. Sendo verifi-
cada a incapacidade, será ele aposentado no cargo em que tiver sido reintegrado.

A Lei Complementar n. 869/1952 não elenca a readaptação como uma forma de provimen-
to dos cargos públicos estaduais. No entanto, e considerando que a norma regulamenta tal
instituto em capítulo à parte, relacionarei, aqui, as principais características da readaptação.
Basicamente, duas são as situações que dão ensejo à readaptação.
Nos casos de perda da capacidade funcional decorrente da modificação do estado físico
ou das condições de saúde do funcionário, que não justifiquem a aposentadoria. Nessa si-

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tuação, a readaptação será formalizada mediante atribuições de novos encargos ao servidor,


devendo estes ser compatíveis com a sua condição física e estado de saúde atuais.
Nos casos de desajustamento funcional no exercício das atribuições do cargo isolado de
que for titular o funcionário ou da carreira a que pertencer. Nesse caso, a readaptação poderá
ocorrer de duas diferentes formas, a depender do motivo ensejador do desajustamento funcio-
nal. Assim sendo, a readaptação poderá ocorrer:
• pelo cometimento de novos encargos ao funcionário, respeitadas as atribuições ineren-
tes ao cargo isolado ou à carreira a que pertencer, quando se verificar uma das seguintes
causas:
− o nível mental ou intelectual do funcionário não corresponder às exigências da função
que esteja desempenhando;
− a função atribuída ao funcionário não corresponder aos seus pendores vocacionais;
• por transferência, a juízo da Administração, nos casos de:
− não ser possível verificar-se a readaptação na forma do item anterior;
− não possuir o funcionário habilitação profissional exigida em lei para o exercício do
cargo de que for titular;
− ser o funcionário portador de diploma de escola superior devidamente legalizado, de
título ou certificado de conclusão de curso científico ou prático instituído em lei e es-
tar em exercício de cargo isolado ou de carreira, cujas atribuições não correspondam
aos seus pendores vocacionais, tendo-se em vista a especialização.

Independentemente dos motivos ensejadores da readaptação, as seguintes diretrizes de-


vem ser observadas pelo Poder Público:
• quando o vencimento do readaptando for inferior ao de cargo inicial da carreira para a
qual deva ser transferido, só poderá haver readaptação para cargo dessa classe inicial;
• se a readaptação tiver que ser feita para classe intermediária de carreira, só haverá
transferência para cargo de igual padrão de vencimento. Nessa situação, a readaptação
só poderá ser feita na vaga que deva ser provida pelo critério de merecimento;
• a readaptação por transferência só poderá ser feita mediante rigorosa verificação da
capacidade intelectual do readaptando;
• a readaptação será sempre ex officio e se fará nos termos do regulamento próprio.

1.3. posse
Ocorrendo a nomeação, que deve ser publicada na imprensa oficial, o nomeado tem o pra-
zo de 30 dias para tomar posse. Tal prazo poderá ser prorrogado, por outros 30 dias, mediante
solicitação escrita e fundamentada do interessado e despacho da autoridade competente para
dar posse.

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Caso não tome posse no prazo legal, o ato de nomeação será declarado sem efeito, uma
vez que a pessoa nomeada ainda não é considerada servidora pública, fato que apenas ocorre
com a posse.
Constitui a posse, dessa forma, o momento em que os candidatos aprovados e anterior-
mente nomeados têm o primeiro contato com a Administração Pública, passando, a partir de
então, a serem servidores públicos e estando legalmente investidos em cargo público.
Nesse sentido, merece destaque os conceitos de cargo e de servidor público (funcionário
público) apresentados pela Lei Complementar n. 869/1952. Além disso, relaciono os concei-
tos de classe, carreira e quadro, uma vez que a literalidade desses artigos possui uma grande
possibilidade de ser exigida em prova.

Art. 2º Funcionário público é a pessoa legalmente investida em cargo público.


Art. 3º Cargo público, para os efeitos deste estatuto, é o criado por lei em número certo, com a de-
nominação própria e pago pelos cofres do Estado.
Parágrafo único. Os vencimentos dos cargos públicos obedecerão a padrões previamente fixados
em lei.
Art. 4º Os cargos são de carreira ou isolados.
Parágrafo único. São de carreira os que se integram em classes e correspondem a uma profissão;
isolados, os que não se podem integrar em classes e correspondem a certa e determinada função.
Art. 5º Classe é um agrupamento de cargos da mesma profissão e de igual padrão de vencimento.
Art. 6º Carreira é um conjunto de classes da mesma profissão, escalonadas segundo os padrões
de vencimentos.
Art. 7º As atribuições de cada carreira serão definidas em regulamento.
Parágrafo único. Respeitada essa regulamentação, as atribuições inerentes a uma carreira podem
ser cometidas, indistintamente, aos funcionários de suas diferentes classes.
Art. 8º Quadro é um conjunto de carreiras, de cargos isolados e de funções gratificadas.
Art. 9º Não haverá equivalência entre as diferentes carreiras, nem entre cargos isolados ou funções
gratificadas.

Assim, podemos definir servidor público como a pessoa anteriormente aprovada em con-
curso público, nomeada (ato de provimento) e que dentro do prazo legal (30 dias, que podem
ser prorrogados por igual período) tomou posse perante a autoridade competente.
Ao se tornar servidor, o particular passa a ser titular de um cargo público, que é o conjunto
de responsabilidades e atribuições, definidas em lei, que o agora agente público terá na sua
carreira profissional.
Os cargos públicos, ainda que sejam, em sua maioria, providos para efetivo exercício, po-
dem também ser utilizados para provimento em comissão.

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O provimento em comissão é utilizado pela Administração Pública para as funções de dire-


ção, chefia e assessoramento, oportunidades em que as pessoas designadas poderão ou não
já ser integrantes do serviço público.

A lei estadual apresenta, ainda, regras procedimentais sobre a forma como ocorrerá a pos-
se dos servidores públicos. Nesse sentido é o teor dos arts. 61 a 65:

Art. 61. Posse é o ato que investe o cidadão em cargo ou em função gratificada.
Parágrafo único. Não haverá posse nos casos de promoção, remoção, designação para o desempe-
nho de função não gratificada e reintegração.
Art. 62. São competentes para dar posse:
I – o Governador do Estado;
II – os Secretários de Estado;
III – os Diretores de Departamentos diretamente subordinados ao Governador;
IV – as demais autoridades designadas em regulamentos.
Art. 63. A posse verificar-se-á mediante a lavratura de um termo que, assinado pela autoridade que
a der e pelo funcionário, será arquivado no órgão de pessoal da respectiva Repartição, depois dos
competentes registros.
Parágrafo único. O funcionário prestará, no ato da posse, o compromisso de cumprir fielmente os
deveres do cargo ou da função.

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Art. 64. A posse poderá ser tomada por procuração, quando se tratar de funcionário ausente do
Estado, em missão do Governo, ou em casos especiais, a critério da autoridade competente.
Art. 65. A autoridade que der posse deverá verificar, sob pena de ser pessoalmente responsabili-
zada, se forem satisfeitas as condições estabelecidas no art. 13 e as especiais fixadas em lei ou
regulamento, para a investidura no cargo ou na função.

Observe que o art. 65 estabelece que a autoridade competente para dar posse deverá veri-
ficar, sob pena de responsabilidade, se aquele que está sendo empossado atende a determina-
dos requisitos para ocupar o cargo público em questão.
Vamos conhecer quais são esses requisitos?

Art. 13. Só poderá ser provido em cargo público quem satisfizer os seguintes requisitos:
I – ser brasileiro;
II – ter completado dezoito anos de idade;
III – haver cumprido as obrigações militares fixadas em lei;
IV – estar em gozo dos direitos políticos;
V – ter boa conduta;
VI – gozar de boa saúde, comprovada em inspeção médica;
VII – ter-se habilitado previamente em concurso, salvo quando se tratar de cargos isolados para os
quais não haja essa exigência;
VIII – ter atendido às condições especiais, inclusive quanto à idade, prescrita no respectivo edital
de concurso.

Frisa-se que a lista apresentada não é exaustiva, podendo ser exigidos, em virtude das
atribuições do cargo, outros requisitos estabelecidos em lei, tal como a comprovação de expe-
riência mínima no ramo de atividade e a aprovação em curso de formação.

1.4. exercício
Ocorrendo a posse, há a investidura de mais um servidor para os quadros funcionais da
Administração Pública Estadual.
E como forma do servidor conhecer o local da repartição para onde foi nomeado e se orga-
nizar melhor com relação a mudanças, hospedagem e demais procedimentos, a Lei Comple-
mentar n. 869/1952 faculta ao servidor o prazo de 30 dias, contados da posse, para a entrada
em exercício. Esse prazo, assim como ocorre com a posse, pode ser prorrogado por igual
período mediante requerimento do interessado.

Art. 70. O exercício do cargo ou da função terá início dentro do prazo de trinta dias, contados:
I – da data da publicação oficial do ato, nos casos de promoção, remoção, reintegração e designa-
ção para função gratificada;
II – da data da posse, nos demais casos.

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§ 1º Os prazos previstos neste artigo poderão ser prorrogados, por solicitação do interessado e a
juízo da autoridade competente, desde que a prorrogação não exceda a trinta dias.
§ 2º No caso de remoção e transferência, o prazo inicial para o funcionário em férias ou licenciado,
exceto no caso de licença para tratar de interesses particulares, será contado da data em que voltar
ao serviço.

O servidor deverá apresentar ao órgão competente, após ter tomado posse e antes de en-
trar em exercício, os elementos necessários a abertura do assentamento individual.
Constitui o exercício o efetivo desempenho do cargo público ou da função de confiança.
Nos termos da norma estadual, o chefe da repartição ou do serviço para que for designado
o funcionário é a autoridade competente para dar-lhe exercício.
É durante o exercício do servidor que os demais institutos se fazem presentes, de forma
que passa o servidor a contar com uma série de direitos e de obrigações, submetendo-se a
um período de estágio probatório e adquirindo, caso cumpra os requisitos previstos em lei, a
estabilidade.
Dessa forma, vejamos as demais previsões legais relacionadas ao exercício dos servidores
públicos do Estado de Minas Gerais:

Art. 68. O início, a interrupção e o reinicio do exercício serão registrados no assentamento indivi-
dual do funcionário.
Parágrafo único. O início do exercício e as alterações que neste ocorrerem serão comunicados, pelo
chefe da repartição ou serviço em que estiver lotado o funcionário, ao respectivo serviço de pes-
soal e às autoridades, a quem caiba tomar conhecimento.
Art. 71. O funcionário nomeado deverá ter exercício na repartição cuja lotação houver vaga.
Parágrafo único. O funcionário promovido poderá continuar em exercício na repartição em que
estiver servindo.

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Art. 72. Nenhum funcionário poderá ter exercício em serviço ou repartição diferente daquele em
que estiver lotado, salvo os casos previstos neste Estatuto ou prévia autorização do Governador
do Estado.
Parágrafo único. Nesta última hipótese, o afastamento do funcionário só será permitido para fim
determinado e por prazo certo.
Art. 73. Entende-se por lotação o número de funcionários de cada carreira e de cargos isolados que
devam ter exercício em cada repartição ou serviço.
Art. 74. O funcionário deverá apresentar ao órgão competente, após ter tomado posse e antes de
entrar em exercício, os elementos necessários a abertura do assentamento individual.
Art. 75. O número de dias que o funcionário gastar em viagem para entrar em exercício será consi-
derado, para todos os efeitos, como de efetivo exercício.
Parágrafo único. Esse período de trânsito será contado da data do desligamento do funcionário.
Art. 76. Nenhum funcionário poderá ausentar-se do Estado, para estudo ou missão de qualquer
natureza, com ou sem ônus para os cofres públicos, sem autorização ou designação expressa do
Governador do Estado.
Art. 77. O funcionário designado para estudo ou aperfeiçoamento fora do Estado, com ônus para os
cofres deste, ficará obrigado a prestar serviços pelo menos por mais três anos.
Parágrafo único. Não cumprida essa obrigação indenizará os cofres públicos da importância des-
pendida pelo Estado com o custeio da viagem de estudo ou aperfeiçoamento.
Art. 78. Salvo casos de absoluta conveniência, a juízo do Governador do Estado, nenhum funcio-
nário poderá permanecer por mais de quatro anos em missão fora do Estado, nem exercer outra
senão depois de corridos quatro anos de serviço efetivo no Estado, contados da data do regresso.
Art. 79. O funcionário preso por crime comum ou denunciado por crime funcional ou, ainda, conde-
nado por crime inafiançável em processo no qual não haja pronúncia será afastado do exercício até
decisão final passada em julgado.
§ 1º Nos casos previstos neste artigo, o funcionário perderá, durante o tempo do afastamento, um
terço do vencimento ou remuneração, com direito à diferença, se absolvido.
§ 2º No caso de condenação, e se esta não for de natureza que determine a demissão, será o fun-
cionário afastado, na forma deste artigo, a partir da decisão definitiva, até o cumprimento total da
pena, com direito, apenas, a um terço do vencimento ou remuneração.

1.5. esTágio probATório


A partir da data em que entra em exercício, inicia-se, para o servidor ocupante de cargo efe-
tivo, o estágio probatório, período de avaliação no qual diversos fatores são levados em conta
para a verificação da aptidão e da capacidade do agente público.
O instituto do estágio probatório está intimamente ligado ao princípio da eficiência, sendo
um dos momentos em que a Administração pode verificar se o servidor atende às condições
por ela exigidas.
Tais condições, de acordo com a Lei Complementar n. 869/1952, são as seguintes:
• idoneidade moral;
• assiduidade;

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• disciplina;
• eficiência.

Ainda que o texto da norma afirme que o período de estágio probatório é de dois anos, de-
ve-se ressaltar que, com a entrada em vigor da Emenda Constitucional n. 19, ocorrida em 1998,
o período para aquisição da estabilidade passou a ser de três anos.
Assim, ainda que a Constituição Federal nada mencione acerca do período necessário para
a aquisição de estabilidade, o entendimento esposado por toda a doutrina majoritária é de que
o período de estágio probatório deve ser de três anos, sendo este o prazo utilizado, atualmen-
te, no âmbito do serviço público.
A avaliação do servidor que se encontra em estágio probatório deve ser periódica e de
acordo com a periodicidade prevista em regulamento de cada órgão. No âmbito estadual, as
seguintes disposições devem ser observadas com relação à avaliação do servidor:
• sem prejuízo da remessa periódica do boletim de merecimento ao serviço de pessoal, o
diretor da repartição ou serviço em que sirva o funcionário, sujeito ao estágio probatório,
quatro meses antes da terminação deste, informará reservadamente ao órgão de pesso-
al sobre o funcionário, tendo em vista os requisitos de avaliação do período de estágio
probatório;
• em seguida, o órgão de pessoal formulará parecer escrito, opinando sobre o mereci-
mento do estagiário em relação a cada um dos requisitos e concluindo a favor ou con-
tra a confirmação;
• desse parecer, se contrário à confirmação, será dada vista ao estagiário (servidor em
estágio) pelo prazo de cinco dias;
• se o despacho do Governador do Estado for favorável à permanência do funcionário, a
confirmação não dependerá de qualquer novo ato;
• a apuração dos requisitos deverá processar-se de modo que a exoneração do funcioná-
rio possa ser feita antes de findo o período de estágio.

1.6. esTAbiLidAde
A estabilidade constitui uma das principais garantias dos servidores públicos estatutários.
Por meio dela, objetiva-se proporcionar que o servidor desempenhe suas atribuições sem a
coação das autoridades superiores, que, não fosse a estabilidade, poderiam condicionar deter-
minados comportamentos dos servidores à exoneração do cargo público.
Como anteriormente mencionado, a estabilidade ocorre no âmbito do serviço público, e
não do cargo em que o servidor se encontra investigo. Nesse sentido, merece destaque o en-
tendimento de José dos Santos Carvalho Filho:

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A estabilidade é instituto que guarda relação com o serviço, e não com o cargo. Emana daí que, se
o servidor já adquiriu estabilidade no serviço ocupando determinado cargo, não precisará de novo
estágio probatório no caso de permanecer em sua carreira, cujos patamares são alcançados nor-
malmente pelo sistema de promoções.

Não se trata a estabilidade, no entanto, de uma regra absoluta, uma vez que não existem
direitos e garantias com essa qualidade.
Caso assim o fosse, estaríamos diante de um sério risco de engessamento do serviço
público, com a possibilidade surreal de existir servidores praticando faltas graves contra a Ad-
ministração sem a possibilidade de demissão.
Para que isso não ocorra, a Constituição de Minas Gerais estabelece, no art. 35, as hipóte-
ses em que o servidor público estadual estável poderá perder o cargo:

Art. 35. É estável, após três anos de efetivo exercício, o servidor público nomeado para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público.
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar,
assegurada ampla defesa.

Além delas, há, de acordo com a Constituição Federal, a possibilidade de perda do cargo
do servidor estável como decorrência da redução de despesas em virtude da não observância,
pelos entes federativos, do limite máximo de gastos com pessoal.

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1.7. vAcânciA
As diversas hipóteses de vacância são situações em que o servidor público deixa o cargo
público anteriormente ocupado. Tais situações podem ser de caráter definitivo, oportunidade
em que o agente estatal rompe o seu vínculo com o Poder Público, ou então tratar-se de hipó-
teses em que ocorre a simples troca dos cargos ocupados pelo servidor.
Vejamos, tal como feito com as situações de provimento, as hipóteses de vacância previs-
tas no estatuto estadual, que podem ser melhor visualizadas por meio da tabela adiante:

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A exoneração não se trata de uma forma de punição do agente público, mas sim do rompi-
mento do vínculo mantido entre o servidor e a Administração Pública. Tal forma de vacân-
cia pode ocorrer de maneira voluntária ou involuntária.
É voluntária quando a exoneração ocorre a pedido do servidor. Tratando-se de exoneração
de ofício, de iniciativa do Poder Público, estaremos diante da exoneração involuntária.
De acordo com a norma estadual, são as seguintes as hipóteses ensejadoras de vacância
no serviço público:
Exoneração a) a pedido do servidor;
b) a critério do Governo quando se tratar de ocupante de cargo em comissão ou interino
em cargo de carreira ou isolado, de provimento efetivo;
c) quando o servidor não satisfizer as condições de estágio probatório;
d) quando o servidor interino em cargo de carreira ou isolado, de provimento efetivo, não
satisfizer as exigências para a inscrição, em concurso;
e) automaticamente, após a homologação do resultado do concurso para provimento do
cargo ocupado interinamente pelo servidor.

Ao contrário da exoneração, que é a saída não punitiva do servidor, as situações que acar-
retam a demissão são hipóteses previstas em lei em que o servidor comete alguma infra-
Demissão ção disciplinar ou não observa determinadas normas previstas no estatuto funcional.
Nesse sentido, o art. 107 da Lei Complementar n. 869/1952 estabelece que “a demissão
será aplicada como penalidade”.

Trata-se da forma de vacância natural, na qual o servidor, após atender as condições


Aposentadoria previstas na Constituição Federal e nas demais normas estaduais, rompe o seu vín-
culo com o Poder Público, passando a receber proventos decorrentes da inatividade.

Com o falecimento, ocorre a vacância no cargo público, que será, após a publicação no
Falecimento
Diário Oficial, objeto de preenchimento por novo servidor público.

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A posse em cargo inacumulável trata-se da hipótese de vacância em que o servidor


público deixa de ocupar um cargo público para ingressar, sem quebra de vínculo com o
Poder Público, em outro órgão ou entidade do mesmo ente federativo.
Como exemplo, podemos apresentar um particular que tenha sido aprovado para o
cargo de Técnico Judiciário de um tribunal do Poder Judiciário.
Posse em cargo Posteriormente, o servidor é aprovado para o cargo de Auditor-Fiscal, cargo que, ainda
inacumulável, desde que integrante do Poder Executivo, pertence à mesma esfera federativa.
que dela se verifique Nessa situação, como forma de não perder o tempo de serviço público prestado como
acumulação vedada Técnico Judiciário, bem como utilizar os dias trabalhados na contagem de férias e
demais verbas acessórias, o servidor solicita vacância no órgão de origem com base
em posse em cargo inacumulável.
Caso, em sentido oposto, ele apenas tivesse solicitado exoneração, haveria a quebra
do vínculo com Poder Público, sujeitando-se o servidor às eventuais regras instituídas
antes da sua investidura no novo cargo.

Como vimos nas hipóteses de provimento, com a promoção, o servidor é alçado a uma
nova classe na carreira, de forma que o cargo anteriormente ocupado fica vago.
Promoção
Por isso mesmo, essa é uma das hipóteses em que ocorre, simultaneamente, um provi-
mento e uma vacância.

Ainda com relação à vacância, deve ser informado que, verificada a vaga em uma carreira,
serão, na mesma data, consideradas abertas todas as que decorrerem do seu preenchimento.
Nesse sentido, as vagas são consideradas abertas nos seguintes momentos:
• do falecimento do ocupante do cargo;
• da publicação do decreto que transferir, aposentar, demitir ou exonerar o ocupante do
cargo;
• da publicação da lei que criar o cargo, e conceder dotação para o seu provimento, ou da
que determinar apenas esta última medida, se o cargo estiver criado;

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• da aceitação de outro cargo pela posse do mesmo, quando desta decorra acumulação
legalmente vedada.

Quando, no entanto, estivermos diante de função gratificada, a vacância ocorrerá por:


• dispensa a pedido do funcionário;
• dispensa a critério da autoridade;
• não haver o funcionário designado assumido o exercício dentro do prazo legal;
• quando se verificar a falta de exação no seu desempenho;
• quando se verificar que, por negligência ou benevolência, o funcionário contribuiu para
que se não apurasse, no devido tempo, a falta de outro.

2. remoção e subsTiTuição
2.1. remoção
A remoção pode ser entendida como o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no
âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.
Do conceito legal, nota-se que a remoção (que não é uma forma de provimento em cargo
público), pode ocorrer tanto por iniciativa do servidor quanto por iniciativa do Poder Público.
Nesse mesmo sentido, poderá a remoção dar-se com ou sem a mudança da sede onde o ser-
vidor desempenha suas atribuições, podendo ocorrer em duas diferentes situações:

Art. 80. A remoção, que se processará a pedido do funcionário ou “ex officio”, dar-se-á:
I – de uma para outra repartição ou serviço;
II – de um para outro órgão de repartição, ou serviço.

Na remoção de ofício, é o interesse da Administração que é levado em conta, sem margem


de opção para a análise da vontade do servidor.
Na remoção a pedido, em sentido oposto, é a vontade do servidor que é levada em conta,
tratando-se de um ato, via de regra, discricionário do Poder Público. Por isso mesmo, a Admi-
nistração deve levar em conta a conveniência e a oportunidade para deferir ou não o pedido
de remoção.
A remoção só poderá ser feita respeitada a lotação de cada repartição ou serviço.
É importante mencionar que a autoridade competente para ordenar a remoção será aque-
la a quem estiverem subordinados os órgãos, ou as repartições ou serviços entre os quais
ela se faz.

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2.2. subsTiTuição
A substituição trata-se de instituto decorrente do princípio da continuidade dos serviços
públicos. Com ela, objetiva-se que o serviço não seja interrompido em razão da ausência do
titular da função. Caso assim não fosse, a coletividade usuária do serviço prestado é que seria
prejudicada pela sua interrupção.
Todos os órgãos ou entidades possuem cargos de chefia e funções de direção, sendo que
os servidores que ocupam tais funções, além de receber um adicional pelo exercício desempe-
nhado, exercem atividades que exigem um maior nível de responsabilidade.
Assim, quando os titulares desses cargos se ausentam (como, por exemplo, nas férias,
licenças ou afastamentos), o substituto, que deve ser anteriormente designado, assume cumu-
lativamente, ou seja, sem prejuízo do cargo que ocupa, o exercício temporário das atribuições
do titular.
Nesse sentido, inclusive, é o texto do art. 24, que apresenta a seguinte redação:

Art. 24. Haverá substituição no impedimento do ocupante de cargo isolado, de provimento efetivo
ou em comissão, e de função gratificada.

Deve ser salientado que a substituição será automática ou dependerá de ato da Admi-
nistração.
Especificamente no caso de substituição não automática, a norma estabelece a regra de
que tal forma de substituição, quando ocorrer por período igual ou inferior a 180 dias, será
feita por ato do secretário ou diretor do departamento em que estiver lotado o cargo ou se
exercer a função gratificada.
O substituto, como regra geral, perderá, durante o tempo da substituição, o vencimento ou
remuneração do cargo de que for ocupante efetivo. A exceção fica por conta da substituição
para função gratificada, quando utilizada a opção pelo recebimento do cargo efetivo.

3. dA FrequênciA e do horário
O expediente normal das repartições públicas será estabelecido pelo Governo, em de-
creto, no qual a determinará o número de horas de trabalho normal para os diversos cargos
e funções.
Assim sendo, deverá o servidor permanecer na repartição durante as horas do trabalho
ordinário e as do expediente.
A frequência dos servidores públicos estaduais será apurada por meio do ponto. Nesse
sentido, podemos conceituar “ponto” como o registro pelo qual é possível verificar, diariamen-
te, as entradas e saídas dos servidores em serviço.

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Nos registros de ponto, deverão ser lançados todos os elementos necessários à apuração
da frequência.
Como não poderia ser diferente, a regra geral é a de que todos os servidores estejam su-
jeitos ao regime de ponto, sendo tal prática utilizada, inclusive, para fins de pagamento de
pessoal. Nesse sentido, a norma estabelece que “salvo nos casos expressamente previstos
em lei ou regulamento, é vedado dispensar o funcionário de registro de ponto e abonar faltas
ao serviço”.
Em determinadas situações, no entanto, os servidores estarão dispensados do registro de
ponto. Em tais casos, o mais comum é a dispensa em virtude do desempenho de atividades
de confiança, de forma que o servidor não pode ficar vinculado a uma jornada específica de
trabalho.
Para efeito de pagamento, será apurada a frequência dos servidores da seguinte forma:
• pelo ponto;
• pela forma que for determinada, quanto aos servidores não sujeitos a ponto.

Considerando que o ponto é utilizado como base para fins de pagamento de pessoal, a
norma determina que o servidor perderá:
• o vencimento ou remuneração do dia, se não comparecer ao serviço;
• um quinto do vencimento ou remuneração, quando comparecer depois da hora marcada
para início do expediente, até 55 minutos;
• o vencimento ou remuneração do dia, quando comparecer na repartição sem a obser-
vância do limite horário estabelecido no item anterior;
• quatro quintos do vencimento ou remuneração, quando se retirar da repartição no fim da
segunda hora do expediente;
• três quintos do vencimento ou remuneração, quando se retirar no período compreendido
entre o princípio e o fim da terceira hora do expediente;
• dois quintos do vencimento ou remuneração, quando se retirar no período compreendi-
do entre o princípio e o fim da quarta hora;
• um quinto do vencimento ou remuneração, quando se retirar do princípio da quinta hora
em diante.

No caso de faltas sucessivas, serão computados, para efeito de descontos, os domingos


e feriados intercalados.
O servidor que, por motivo de moléstia grave ou súbita, não puder comparecer ao serviço,
fica obrigado a fazer pronta comunicação do fato, por escrito ou por alguém a seu rogo, ao
chefe direto, cabendo a este mandar examiná-lo, imediatamente, na forma legal.
Por fim, devemos conhecer as regras relacionadas com os servidores estudantes, para os
quais a norma flexibiliza as regras de frequência e registro de ponto.

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Sendo assim, aos servidores que sejam estudantes será possibilitada, nos termos dos re-
gulamentos, tolerância quanto ao comparecimento normal do expediente da repartição, obe-
decidas as seguintes condições:
• deverá o interessado apresentar, ao órgão de pessoal respectivo, atestado fornecido
pela secretaria do instituto de ensino comprovando ser aluno do mesmo e declarando
qual o horário das aulas;
• apresentará o interessado, mensalmente, atestado de frequência às aulas, fornecido
pela aludida secretaria da escola;
• o limite da tolerância será, no máximo, de uma hora e trinta minutos por dia;
• comprometer-se-á o interessado a manter em dia e em boa ordem os trabalhos que lhe
forem confiados, sob pena de perda da regalia.

4. Tempo de serviço
A apuração do tempo de serviço, para efeito de aposentadoria, promoção e adicionais, será
feita em dias.
Para efeito de aposentadoria e adicionais, o número de dias será convertido em anos, con-
siderados sempre estes como de 365 dias.
Feita a conversão, os dias restantes (até 182 dias) não serão computados, arredondando-
-se para um ano quando excederem esse número.
É importante mencionar que serão considerados de efetivo exercício, para os efeitos da
contagem de tempo de serviço, os dias em que o funcionário estiver afastado do serviço em
virtude de:
• férias e férias-prêmio;
• casamento, até oito dias;
• luto pelo falecimento do cônjuge, filho, pai, mãe e irmão até oito dias;
• exercício de outro cargo estadual, de provimento em comissão;
• convocação para serviço militar;
• júri e outros serviços obrigatórios por lei;
• exercício de funções de governo ou administração em qualquer parte do território es-
tadual, por nomeação do Governador do Estado;
• exercício de funções de governo ou administração em qualquer parte do território na-
cional, por nomeação do Presidente da República;
• desempenho de mandato eletivo federal, estadual ou municipal;
• licença ao funcionário acidentado em serviço ou atacado de doença profissional;
• licença à funcionária gestante;
• missão ou estudo de interesse da Administração, noutros pontos do território nacional
ou no estrangeiro, quando o afastamento houver sido expressamente autorizado pelo
Governador do Estado.

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Para efeito de promoção por antiguidade, será computado como de efetivo exercício o período
de licença para tratamento de saúde.

Deve ser destacado que é vedada a acumulação de tempo de serviço simultaneamen-


te prestado, em dois ou mais cargos ou funções, à União, ao Estado, aos Municípios e às
autarquias.
De igual forma, há uma regra importante com relação à contagem de tempo de serviço gra-
tuitamente prestado. De acordo com a norma, para nenhum efeito será computado o tempo de
serviço gratuito, salvo o prestado a título de aprendizado em serviço público.

Na contagem de tempo de serviço para efeito de aposentadoria, serão computadas inte-


gralmente as seguintes situações:
• o tempo de serviço público prestado à União, aos Municípios do Estado, às entidades
autárquicas e paraestatais da União e do Estado;
• o período de serviço ativo no Exército, na Armada, nas Forças Aéreas e nas Auxiliares,
prestado durante a paz, computando-se pelo dobro o tempo em operações de guerra;
• o número de dias em que o funcionário houver trabalhado como extranumerário ou sob
outra qualquer forma de admissão, desde que remunerado pelos cofres públicos;
• o período em que o funcionário esteve afastado para tratamento de saúde;
• o período em que o funcionário tiver desempenhado, mediante autorização do Governo
do Estado, cargos ou funções federais, estaduais ou municipais;
• o tempo de serviço prestado, pelo funcionário, mediante a autorização do Governo do
Estado, às organizações autárquicas e paraestatais;
• o período relativo à disponibilidade remunerada;
• o período em que o funcionário tiver desempenhado mandato eletivo federal, estadual
ou municipal, antes de haver ingressado ou de haver sido readmitido nos quadros do
funcionalismo estadual.

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RESUMO
A Lei Complementar 869, de 1952, é a norma que institui o regime jurídico dos servidores
públicos do Estado de Minas Gerais. É por meio das disposições da mencionada lei, desta for-
ma, que os servidores estatutários encontram todos os direitos e garantias a eles conferidos,
bem como os requisitos para o seu exercício.
No entanto, as disposições da Lei Complementar em questão não se aplicam a todos os
agentes públicos, mas sim apenas aos servidores públicos civis estaduais.

A Lei Complementar 869 não é


A Lei Complementar 869 é aplicada
aplicada

Aos servidores estatutários da Aos empregados públicos estaduais, que


administração direta estadual são regidos pelas disposições da CLT

Aos servidores das autarquias e fundações Aos servidores públicos da União, do


estaduais Distrito Federal e dos Municípios

Ao Ministério Público e ao magistério Aos militares

Os cargos, funções e empregos públicos são acessíveis aos brasileiros que preencham os
requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei.
A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso
público de provas ou de provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração.
O prazo de validade do concurso público é de até dois anos, prorrogável, uma vez, por
igual período.

A Lei Complementar estabelece diversas formas de provimento de cargo público, sendo elas:
a) Nomeação;
b) Promoção;
c) Reintegração;
d) Readmissão;
e) Reversão;
f) Aproveitamento.

Trata-se a nomeação do modo clássico de prover o servidor no cargo público, podendo


ocorrer nas seguintes situações:
a) em caráter efetivo, quando se tratar de cargo de carreira ou isolado que, por lei, assim
deva ser provido;

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b) em comissão, quando se tratar de cargo isolado que, em virtude de lei, assim deva
ser provido;
c) em substituição no impedimento legal ou temporário de ocupante de cargo isolado de
provimento efetivo ou em comissão.
No caso dos cargos efetivos, também chamados de cargo isolado de provimento efetivo
ou cargo de carreira, a nomeação, necessariamente, precisa de aprovação em concurso pú-
blico anteriormente realizado. Para os cargos em comissão, uma vez que são considerados
como de livre nomeação e exoneração, tal característica nem sempre está presente. Na subs-
tituição, a nomeação possui um prazo determinado de tempo, sendo pautada no princípio da
continuidade do serviço público.
A promoção ocorre quando o servidor é elevado para outra classe no âmbito da mesma
carreira, ocorrendo, com o provimento, a vacância no cargo de classe mais baixa e o provimen-
to no cargo de classe mais alta.
Como resultado, tem-se que ocorre simultaneamente uma vacância e um provimento, não
gerando saldo a ser reposto pela administração.
Reversão é o ato pelo qual o aposentado reingressa no serviço público, após verificação,
em processo, de que não subsistem os motivos determinantes da aposentadoria. Tal forma
de provimento pode ocorrer de duas formas: a pedido ou de ofício. Em nenhum caso poderá
ser realizada a reversão sem fique provada, em inspeção médica, a capacidade para o exercí-
cio da função.
O aproveitamento pode ser entendido como o chamado, feito pela administração pública,
para que o servidor público em disponibilidade volte a exercer suas atividades.
A reintegração consiste no retorno do servidor anteriormente demitido ao cargo anterior-
mente ocupado ou no cargo resultante de sua transformação, com ressarcimento de todas as
vantagens. Caso o cargo já tenha sido provido ou extinto, a reintegração ocorrerá em cargo de
natureza, vencimento ou remuneração equivalentes, respeitada a habilitação profissional. Para
que ocorra a reintegração, a demissão deverá ter sido invalidada por decisão administrativa ou
judicial.
Ocorrendo a nomeação, que deve ser publicada na imprensa oficial, o nomeado tem o pra-
zo de 30 dias para tomar posse. Tal prazo poderá ser prorrogado, por outros 30 dias, mediante
solicitação escrita e fundamentada do interessado e despacho da autoridade competente para
dar posse.
Caso não tome posse no prazo legal, o ato de nomeação será declarado sem efeito, uma
vez que a pessoa nomeada ainda não é considerada servidor público, fato que apenas ocorre
com a posse.
Cargo público é o criado por lei, em número certo, com a denominação própria e pago pe-
los cofres do Estado.
Classe é um agrupamento de cargos da mesma profissão e de igual padrão de vencimento.

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LEI ESTADUAL N. 869/1952
Estatuto dos Servidores Públicos do Estado de Minas Gerais

Carreira é um conjunto de classes da mesma profissão, escalonadas segundo os padrões


de vencimentos.
Quadro é um conjunto de carreiras, de cargos isolados e de funções gratificadas.
Assim, podemos definir servidor público como a pessoa anteriormente aprovada em con-
curso público, nomeada (ato de provimento) e que dentro do prazo legal (30 dias, que podem
ser prorrogados por igual período) tomou posse perante a autoridade competente.
Ao se tornar servidor, o particular passa a ser titular de um cargo público, que é o conjunto
de responsabilidades e atribuições, definidas em lei, que o agora agente público terá na sua
carreira profissional.
Os cargos públicos, ainda que sejam, em sua maioria, providos para efetivo exercício, po-
dem também ser utilizados para provimento em comissão. O provimento em comissão é utili-
zado pela administração pública para as funções de direção, chefia e assessoramento, oportu-
nidades em que as pessoas designadas poderão ou não já ser integrantes do serviço público.

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Estatuto dos Servidores Públicos do Estado de Minas Gerais

Ocorrendo a posse, temos a investidura de mais um servidor para os quadros funcionais


da administração pública. E como forma do servidor conhecer o local da repartição para onde
foi nomeado e se organizar-se melhor com relação a mudanças, hospedagem e demais proce-
dimentos, a lei faculta ao servidor o prazo de 30 dias, contados da posse, para a entrada em
exercício. Este prazo, assim como ocorre com a posse, pode ser prorrogado por igual período
mediante requerimento do interessado.

A partir da data em que entra em exercício, inicia-se, para o servidor ocupante de cargo
efetivo, o estágio probatório, período de avaliação onde diversos fatores são levados em conta
para a verificação da aptidão e da capacidade do agente público.
Tais condições, de acordo com a Lei Complementar 869, são as seguintes: a) idoneidade
moral; b) assiduidade; c) disciplina; d) eficiência.

O entendimento esposado por toda a doutrina majoritária é de que o período de estágio proba-
tório deve ser de 3 anos, sendo este o prazo utilizado, atualmente, no âmbito do serviço públi-
co.

Ainda que estável, o servidor público poderá perder o cargo público nas seguintes situações:

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A remoção pode ser entendida como o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no


âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.
Na remoção de ofício, é o interesse da administração que é levado em conta, sem margem
de opção para a análise da vontade do servidor.
Na remoção a pedido, em sentido oposto, é a vontade do servidor que é levada em conta,
tratando-se de um ato, via de regra, discricionário do Poder Público. Por isso mesmo, a admi-
nistração deve levar em conta a conveniência e a oportunidade para deferir ou não o pedido
de remoção.
A substituição trata-se de instituto decorrente do princípio da continuidade dos serviços
públicos. Com ela, objetiva-se que o serviço não seja interrompido em razão da ausência do
titular da função. Caso assim não fosse, a coletividade usuária do serviço prestado é que seria
prejudicada pela sua interrupção. Deve ser salientado que a substituição será automática ou
dependerá de ato da administração.
Especificamente no caso de substituição não automática, a norma estabelece a regra de
que tal forma de substituição, quando ocorrer por período igual ou inferior a 180 dias, será
feita por ato do Secretário ou Diretor do Departamento em que estiver lotado o cargo ou se
exercer a função gratificada.

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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (IBFC/AG SEG SOC/SEDS-MG/2014) De acordo com o Estatuto dos Funcionários Públi-
cos do Estado de Minas Gerais, as atribuições de cada carreira são definidas em:
a) Portaria.
b) Lei específica.
c) Regulamento.
d) Instrução normativa.

002. (FCC/ANE/SEE MG/ATIVIDADES TÉCNICAS EM SRE E ÓRGÃO CENTRAL DA SEE/2012/


ADAPTADA) Segundo o disposto no artigo 6º da Lei nº 869/1952, carreira é um conjunto de
classes da mesma profissão, escalonadas segundo os padrões de vencimentos.

003. (IBFC/AG SEG PEN/SEDS-MG/SEDS-MG/2014) A readaptação do servidor será:


a) Sempre “ex officio” e se fará nos termos do regulamento próprio.
b) Sempre a pedido e se fará nos termos da instrução normativa própria.
c) A pedido ou “ex officio” e se fará nos termos da lei.
d) A pedido e se fará nos termos da regulamentação própria.

004. (FUMARC OF JUD/TJM-MG/OFICIAL JUDICIÁRIO/2013/ADAPTADA) NÃO correspon-


de a conceito disciplinado pela Lei 869/1952 a previsão de que carreira é um conjunto de clas-
ses da mesma profissão, escalonadas segundo os padrões de vencimentos.

005. (FUMARC OF JUD/TJM-MG/OFICIAL JUDICIÁRIO/2013/ADAPTADA) NÃO correspon-


de a conceito disciplinado pela Lei 869/1952 a previsão de que cargo público é o criado por lei
em número certo, com a denominação própria e pago pelos cofres do Estado.

006. (FUMARC OF JUD/TJM-MG/OFICIAL JUDICIÁRIO/2013/ADAPTADA) NÃO correspon-


de a conceito disciplinado pela Lei 869/1952 a previsão de que cargos de Carreira são os que
se integram em classes e correspondem a uma profissão.

007. (FUNDEP/OF JUD/TJ-MG/OFICIAL DE APOIO JUDICIAL/2005/ADAPTADA) Conside-


rando-se a sistemática do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Minas Gerais,
é CORRETO afirmar que a expressão funcionário público designa o ocupante tanto de cargo
quanto de emprego público.

008. (FUNDEP/OF JUD/TJ-MG/OFICIAL DE APOIO JUDICIAL/2005/ADAPTADA) Conside-


rando-se a sistemática do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Minas Gerais,
é CORRETO afirmar que as atribuições de cada carreira são fixadas, necessariamente, em lei.

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009. (FUNDEP/OF JUD/TJ-MG/OFICIAL DE APOIO JUDICIAL/2005/ADAPTADA) Conside-


rando-se a sistemática do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Minas Gerais,
é CORRETO afirmar que cargo isolado é aquele que integra classe em extinção.

010. (FUNDEP/OF JUD/TJ-MG/OFICIAL DE APOIO JUDICIAL/2005/ADAPTADA) Consi-


derando-se a sistemática do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Minas
Gerais, é CORRETO afirmar que quadro é o conjunto de carreiras, cargos isolados e funções
gratificadas.

011. (FCC/ANE/SEE MG/NÍVEL I GRAU A/ATIVIDADES TÉCNICAS EM SRE E ÓRGÃO CEN-


TRAL DA SEE/2012) Em respeito ao disposto no artigo 47 da Lei nº 869/1952, a transferência
ex officio de funcionário, no interesse da administração, será feita mediante proposta
a) da comissão julgadora do Serviço de Pessoal.
b) do Governador do Estado.
c) do Presidente da Assembleia Legislativa do Estado.
d) do Secretário de Estado ou Chefe do departamento autônomo.

012. (FCC/ANE/SEE-MG/ATIVIDADES TÉCNICAS EM SRE E ÓRGÃO CENTRAL DA


SEE/2012/ADAPTADA) Segundo o disposto no artigo 6º da Lei nº 869/1952, classe é um con-
junto de cargos isolados e de funções gratificadas, sendo as pessoas legalmente investidas
em cargo público.

013. (FUNDEP/OF JUD/TJ-MG/ASSISTENTE TÉCNICO DE CONTROLE FINANCEIRO/2007/


ADAPTADA) Funcionário público é a pessoa legalmente investida em cargo público.

014. (FUNDEP/OF JUD/TJ-MG/ASSISTENTE TÉCNICO DE CONTROLE FINANCEIRO/2007/


ADAPTADA) Cargo público, para os efeitos do estatuto do servidor público do Estado de Minas
Gerais, é o criado por lei em número certo, com a denominação própria e pago pelos cofres
do Estado.

015. (FUNDEP/OF JUD/TJ-MG/ASSISTENTE TÉCNICO DE CONTROLE FINANCEIRO/2007/


ADAPTADA) Os cargos de carreira são aqueles que se integram em classes e correspondem
a uma profissão; isolados, os que não se podem integrar em classes e correspondem a certa
e determinada função.

016. (FUNDEP/OF JUD/TJ-MG/ASSISTENTE TÉCNICO DE CONTROLE FINANCEIRO/2007/


ADAPTADA) Classe é um agrupamento de cargos da mesma profissão e de igual padrão de
vencimento.

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017. (FUNDEP/TEC JUD/TJ-MG/ASSISTENTE SOCIAL JUDICIAL/2005/ADAPTADA) De


acordo com a disciplina do Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado de Minas Gerais, é
correto afirmar que a criação de cargo público depende sempre de lei.

018. (FUNDEP/TEC JUD/TJ-MG/ASSISTENTE SOCIAL JUDICIAL/2005/ADAPTADA) De


acordo com a disciplina do Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado de Minas Gerais, é
correto afirmar que as atribuições inerentes a uma carreira funcional podem ser indistintamen-
te cometidas aos funcionários de suas diferentes classes.

019. (FUNDEP/TEC JUD/TJ-MG/ASSISTENTE SOCIAL JUDICIAL/2005/ADAPTADA) De


acordo com a disciplina do Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado de Minas Gerais, é
correto afirmar que os cargos isolados não integram classes.

020. (FUNDEP/TEC JUD/TJ-MG/TÉCNICO DE APOIO JUDICIAL E OUTROS/2005) De acordo


com o Estatuto do Funcionário Público do Estado de Minas Gerais, são funcionários públicos:
a) tanto o ocupante de cargo público efetivo quanto o ocupante de cargo de confiança.
b) tanto o ocupante de cargo público efetivo quanto o ocupante de emprego público.
c) tanto o ocupante de cargo público efetivo quanto o ocupante de emprego e o contratado
temporário.
d) todas as pessoas físicas contratadas pelo Estado para a prestação de serviços.

021. (IBFC/AGPM/PM-MG/BIBLIOTECONOMIA/2015) Assinale a alternativa correta sobre


as disposições da Lei Estadual de Minas Gerais nº 869 de 05/07/1952 com referência à rea-
lização de concursos.
a) Os concursos deverão realizar-se dentro dos dois anos seguintes ao encerramento das
respectivas inscrições.
b) Os concursos deverão realizar-se dentro dos dezoito meses seguintes à publicação dos
respectivos editais.
c) Os concursos deverão realizar-se dentro dos dois anos seguintes à publicação dos res-
pectivos editais.
d) Os concursos deverão realizar-se dentro dos seis meses seguintes ao encerramento das
respectivas inscrições.

022. (IBFC/AG SEG SOC/SEDS-MG/SEDS-MG/2014) NÃO é forma de provimento de cargo,


prevista na Lei Estadual nº 869/1952 (Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado de Mi-
nas Gerais):
a) Reintegração.
b) Promoção.
c) Acesso.
d) Nomeação.

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023. (FUNDEP/TEC JUD/TJ-MG/TJ-MG/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2010) Considere a seguinte


situação: Demissão do servidor estável invalidada por sentença judicial. Nesse caso, é CORRE-
TO afirmar que
a) o servidor será aproveitado imediatamente.
b) o cargo que o servidor ocupou será extinto.
c) o servidor será reintegrado ao cargo.
d) o servidor terá direito à aposentadoria proporcional.

024. (FUNDEP/OF JUD/TJ-MG/OFICIAL DE APOIO JUDICIAL/2010/ADAPTADA) De acordo


com o Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado de Minas Gerais, é CORRETO afirmar que
classe é um agrupamento de funções gratificadas.

025. (FUNDEP/OF JUD/TJ-MG/OFICIAL DE APOIO JUDICIAL/2010/ADAPTADA) De acordo


com o Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado de Minas Gerais, é CORRETO afirmar que
disciplina, assiduidade, idoneidade e liderança profissional são requisitos observados durante
o estágio obrigatório.

026. (FUMARC/OF JUD/TJM-MG/OFICIAL JUDICIÁRIO/2013/ADAPTADA) NÃO correspon-


de a conceito disciplinado pela Lei 869/1952 a previsão de que cargos isolados são os que não
se podem integrar em classes e correspondem a certa e determinada função.

027. (FUNDEP/OF JUD/TJ-MG/OFICIAL DE APOIO JUDICIAL/2010/ADAPTADA) De acordo


com o Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado de Minas Gerais, é CORRETO afirmar que
funcionário público é a pessoa legalmente investida em cargo público.

028. (FCC/ANE/SEE-MG/ATIVIDADES TÉCNICAS EM SRE E ÓRGÃO CENTRAL DA


SEE/2012/ADAPTADA) Segundo o disposto no artigo 6º da Lei nº 869/1952, carreira é um
agrupamento de cargos da mesma profissão e de igual padrão de salário acrescido de gra-
tificações.

029. (FUMARC/OF JUD/TJM MG/OFICIAL JUDICIÁRIO/2013/ADAPTADA) NÃO correspon-


de a conceito disciplinado pela Lei 869/1952 a previsão de que classe é um agrupamento de
carreiras da mesma profissão e de igual padrão de vencimento.

030. (FUNDEP/TEC JUD/TJ-MG/TÉCNICO DE APOIO JUDICIAL E OUTROS/2005) De acor-


do com o Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado de Minas Gerais, é CORRETO afirmar
que o agrupamento de carreiras, cargos isolados e funções gratificadas constitui
a) a categoria.
b) a classe.
c) a seção.
d) o quadro.

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GABARITO
1. c
2. C
3. a
4. E
5. C
6. E
7. E
8. E
9. E
10. C
11. d
12. E
13. C
14. C
15. C
16. C
17. C
18. C
19. C
20. a
21. d
22. c
23. c
24. E
25. E
26. E
27. C
28. E
29. C
30. d

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GABARITO COMENTADO
001. (IBFC/AG SEG SOC/SEDS-MG/2014) De acordo com o Estatuto dos Funcionários Pú-
blicos do Estado de Minas Gerais, as atribuições de cada carreira são definidas em:
a) Portaria.
b) Lei específica.
c) Regulamento.
d) Instrução normativa.

De acordo com o art. 7º, “as atribuições de cada carreira serão definidas em regulamento”.
Letra c.

002. (FCC/ANE/SEE MG/ATIVIDADES TÉCNICAS EM SRE E ÓRGÃO CENTRAL DA


SEE/2012/ADAPTADA) Segundo o disposto no artigo 6º da Lei nº 869/1952, carreira é um
conjunto de classes da mesma profissão, escalonadas segundo os padrões de vencimentos.

A questão apresenta a definição de carreira, conforme previsão do art. 6º:

Art. 6º Carreira é um conjunto de classes da mesma profissão, escalonadas segundo os padrões


de vencimentos.
Certo.

003. (IBFC/AG SEG PEN/SEDS-MG/SEDS-MG/2014) A readaptação do servidor será:


a) Sempre “ex officio” e se fará nos termos do regulamento próprio.
b) Sempre a pedido e se fará nos termos da instrução normativa própria.
c) A pedido ou “ex officio” e se fará nos termos da lei.
d) A pedido e se fará nos termos da regulamentação própria.

De acordo com o art. 86, “a readaptação será sempre ‘ex officio’ e se fará nos termos do regu-
lamento próprio”.
Letra a.

004. (FUMARC OF JUD/TJM-MG/OFICIAL JUDICIÁRIO/2013/ADAPTADA) NÃO correspon-


de a conceito disciplinado pela Lei 869/1952 a previsão de que carreira é um conjunto de clas-
ses da mesma profissão, escalonadas segundo os padrões de vencimentos.

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Nos termos da lei, carreira é um conjunto de classes da mesma profissão, escalonadas segun-
do os padrões de vencimentos. Logo, o conceito apresentado está correto.
Errado.

005. (FUMARC OF JUD/TJM-MG/OFICIAL JUDICIÁRIO/2013/ADAPTADA) NÃO correspon-


de a conceito disciplinado pela Lei 869/1952 a previsão de que cargo público é o criado por lei
em número certo, com a denominação própria e pago pelos cofres do Estado.

Nos termos do art. 3º, “cargo público, para os efeitos deste estatuto, é o criado por lei em nú-
mero certo, com a denominação própria e pago pelos cofres do Estado”.
Certo.

006. (FUMARC OF JUD/TJM-MG/OFICIAL JUDICIÁRIO/2013/ADAPTADA) NÃO correspon-


de a conceito disciplinado pela Lei 869/1952 a previsão de que cargos de Carreira são os que
se integram em classes e correspondem a uma profissão.

São de carreira os que se integram em classes e correspondem a uma profissão; isolados, os


que não se podem integrar em classes e correspondem a certa e determinada função.
Errado.

007. (FUNDEP/OF JUD/TJ-MG/OFICIAL DE APOIO JUDICIAL/2005/ADAPTADA) Conside-


rando-se a sistemática do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Minas Gerais,
é CORRETO afirmar que a expressão funcionário público designa o ocupante tanto de cargo
quanto de emprego público.

De acordo com o art. 2º, funcionário público é a pessoa legalmente investida em cargo público,
e não, conforme informa a questão, em emprego público.
Errado.

008. (FUNDEP/OF JUD/TJ-MG/OFICIAL DE APOIO JUDICIAL/2005/ADAPTADA) Conside-


rando-se a sistemática do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Minas Gerais,
é CORRETO afirmar que as atribuições de cada carreira são fixadas, necessariamente, em lei.

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As atribuições de cada carreira serão definidas em regulamento, conforme expressão do art. 7º.

Art. 7º As atribuições de cada carreira serão definidas em regulamento.


Errado.

009. (FUNDEP/OF JUD/TJ-MG/OFICIAL DE APOIO JUDICIAL/2005/ADAPTADA) Conside-


rando-se a sistemática do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Minas Gerais,
é CORRETO afirmar que cargo isolado é aquele que integra classe em extinção.

De acordo com a lei, os cargos isolados são os que não se podem integrar em classes e cor-
respondem a certa e determinada função.
Errado.

010. (FUNDEP/OF JUD/TJ-MG/OFICIAL DE APOIO JUDICIAL/2005/ADAPTADA) Consi-


derando-se a sistemática do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Minas
Gerais, é CORRETO afirmar que quadro é o conjunto de carreiras, cargos isolados e funções
gratificadas.

De acordo com o art. 8º, “quadro é um conjunto de carreiras, de cargos isolados e de funções
gratificadas”.
Certo.

011. (FCC/ANE/SEE MG/NÍVEL I GRAU A/ATIVIDADES TÉCNICAS EM SRE E ÓRGÃO CEN-


TRAL DA SEE/2012) Em respeito ao disposto no artigo 47 da Lei nº 869/1952, a transferência
ex officio de funcionário, no interesse da administração, será feita mediante proposta
a) da comissão julgadora do Serviço de Pessoal.
b) do Governador do Estado.
c) do Presidente da Assembleia Legislativa do Estado.
d) do Secretário de Estado ou Chefe do departamento autônomo.

Para responder à questão, temos que fazer uso das disposições do art. 47, de seguinte redação:

Art. 47. A transferência “ex officio”, no interesse da administração, será feita mediante proposta do
Secretário de Estado ou Chefe do departamento autônomo.
Letra d.

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012. (FCC/ANE/SEE-MG/ATIVIDADES TÉCNICAS EM SRE E ÓRGÃO CENTRAL DA


SEE/2012/ADAPTADA) Segundo o disposto no artigo 6º da Lei nº 869/1952, classe é um con-
junto de cargos isolados e de funções gratificadas, sendo as pessoas legalmente investidas
em cargo público.

Encontramos o conceito de classe com base no art. 5º da Lei Complementar n. 869/1952, de


seguinte teor:

Art. 5º Classe é um agrupamento de cargos da mesma profissão e de igual padrão de vencimento.


Errado.

013. (FUNDEP/OF JUD/TJ-MG/ASSISTENTE TÉCNICO DE CONTROLE FINANCEIRO/2007/


ADAPTADA) Funcionário público é a pessoa legalmente investida em cargo público.

A questão está de acordo com a previsão do art. 2º do estatuto dos servidores. Apenas re-
lembrando que o termo funcionário é chamado, nos dias atuais, de servidor.

Art. 2º Funcionário público é a pessoa legalmente investida em cargo público.


Certo.

014. (FUNDEP/OF JUD/TJ-MG/ASSISTENTE TÉCNICO DE CONTROLE FINANCEIRO/2007/


ADAPTADA) Cargo público, para os efeitos do estatuto do servidor público do Estado de Minas
Gerais, é o criado por lei em número certo, com a denominação própria e pago pelos cofres
do Estado.

De acordo com o art. 3º, “cargo público, para os efeitos deste estatuto, é o criado por lei em nú-
mero certo, com a denominação própria e pago pelos cofres do Estado”.
Certo.

015. (FUNDEP/OF JUD/TJ-MG/ASSISTENTE TÉCNICO DE CONTROLE FINANCEIRO/2007/


ADAPTADA) Os cargos de carreira são aqueles que se integram em classes e correspondem
a uma profissão; isolados, os que não se podem integrar em classes e correspondem a certa
e determinada função.

Devemos responder à questão com base nas disposições do art. 4º da norma estadual:

Art. 4º Os cargos são de carreira ou isolados.

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Estatuto dos Servidores Públicos do Estado de Minas Gerais

Parágrafo único. São de carreira os que se integram em classes e correspondem a uma profissão;
isolados, os que não se podem integrar em classes e correspondem a certa e determinada função.
Certo.

016. (FUNDEP/OF JUD/TJ-MG/ASSISTENTE TÉCNICO DE CONTROLE FINANCEIRO/2007/


ADAPTADA) Classe é um agrupamento de cargos da mesma profissão e de igual padrão de
vencimento.

De acordo com o art. 5º, “classe é um agrupamento de cargos da mesma profissão e de igual
padrão de vencimento”.
Certo.

017. (FUNDEP/TEC JUD/TJ-MG/ASSISTENTE SOCIAL JUDICIAL/2005/ADAPTADA) De


acordo com a disciplina do Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado de Minas Gerais, é
correto afirmar que a criação de cargo público depende sempre de lei.

Todos os cargos públicos devem, obrigatoriamente, ser criados por lei, conforme previsão do
art. 3º da lei complementar:

Art. 3º Cargo público, para os efeitos deste estatuto, é o criado por lei em número certo, com a de-
nominação própria e pago pelos cofres do Estado.
Certo.

018. (FUNDEP/TEC JUD/TJ-MG/ASSISTENTE SOCIAL JUDICIAL/2005/ADAPTADA) De


acordo com a disciplina do Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado de Minas Gerais, é
correto afirmar que as atribuições inerentes a uma carreira funcional podem ser indistintamen-
te cometidas aos funcionários de suas diferentes classes.

Respeitada a regulamentação, as atribuições inerentes a uma carreira podem ser cometidas,


indistintamente, aos funcionários de suas diferentes classes. Nesse sentido, por exemplo, é o
texto do parágrafo único do art. 7º da norma estadual.

Art. 7º As atribuições de cada carreira serão definidas em regulamento.


Parágrafo único. Respeitada essa regulamentação, as atribuições inerentes a uma carreira podem
ser cometidas, indistintamente, aos funcionários de suas diferentes classes.
Certo.

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Estatuto dos Servidores Públicos do Estado de Minas Gerais

019. (FUNDEP/TEC JUD/TJ-MG/ASSISTENTE SOCIAL JUDICIAL/2005/ADAPTADA) De


acordo com a disciplina do Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado de Minas Gerais, é
correto afirmar que os cargos isolados não integram classes.

Estabelece a norma que são cargos isolados aqueles que não se podem integrar em classes e
correspondem a certa e determinada função.
Certo.

020. (FUNDEP/TEC JUD/TJ-MG/TÉCNICO DE APOIO JUDICIAL E OUTROS/2005) De acordo


com o Estatuto do Funcionário Público do Estado de Minas Gerais, são funcionários públicos:
a) tanto o ocupante de cargo público efetivo quanto o ocupante de cargo de confiança.
b) tanto o ocupante de cargo público efetivo quanto o ocupante de emprego público.
c) tanto o ocupante de cargo público efetivo quanto o ocupante de emprego e o contratado
temporário.
d) todas as pessoas físicas contratadas pelo Estado para a prestação de serviços.

A questão deve ser respondida com base no art. 2º do estatuto dos servidores, de seguin-
te redação:

Art. 2º Funcionário público é a pessoa legalmente investida em cargo público.


É importante mencionar que tanto o cargo efetivo quanto o cargo de confiança são considera-
dos cargo público.
Letra a.

021. (IBFC/AGPM/PM-MG/BIBLIOTECONOMIA/2015) Assinale a alternativa correta sobre


as disposições da Lei Estadual de Minas Gerais nº 869 de 05/07/1952 com referência à reali-
zação de concursos.
a) Os concursos deverão realizar-se dentro dos dois anos seguintes ao encerramento das
respectivas inscrições.
b) Os concursos deverão realizar-se dentro dos dezoito meses seguintes à publicação dos
respectivos editais.
c) Os concursos deverão realizar-se dentro dos dois anos seguintes à publicação dos respec-
tivos editais.
d) Os concursos deverão realizar-se dentro dos seis meses seguintes ao encerramento das
respectivas inscrições.

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Legislação Educacional
LEI ESTADUAL N. 869/1952
Estatuto dos Servidores Públicos do Estado de Minas Gerais

Em conformidade com o art. 19, “os concursos deverão realizar-se dentro dos seis meses se-
guintes ao encerramento das respectivas inscrições”.
Letra d.

022. (IBFC/AG SEG SOC/SEDS-MG/SEDS-MG/2014) NÃO é forma de provimento de cargo,


prevista na Lei Estadual nº 869/1952 (Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado de Mi-
nas Gerais):
a) Reintegração.
b) Promoção.
c) Acesso.
d) Nomeação.

Dentre as alternativas apresentadas, apenas a “c” (acesso) não se trata de uma forma de provi-
mento em cargo público. É importante salientar que, conforme mencionado em aula, a transferên-
cia não é admita, enquanto forma de provimento, pelo STF.

Art. 12. Os cargos públicos são providos por:


I – Nomeação;
II – Promoção;
IV – Reintegração;
V – Readmissão;
VI – Reversão;
VII – Aproveitamento.
Letra c.

023. (FUNDEP/TEC JUD/TJ-MG/TJ-MG/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2010) Considere a seguinte


situação: Demissão do servidor estável invalidada por sentença judicial. Nesse caso, é CORRE-
TO afirmar que
a) o servidor será aproveitado imediatamente.
b) o cargo que o servidor ocupou será extinto.
c) o servidor será reintegrado ao cargo.
d) o servidor terá direito à aposentadoria proporcional.

Tendo sido a demissão invalidada por sentença judicial, deverá o agente retornar ao serviço
público por meio do instituto da reintegração.

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LEI ESTADUAL N. 869/1952
Estatuto dos Servidores Públicos do Estado de Minas Gerais

Art. 50. A reintegração, que decorrerá de decisão administrativa ou sentença judiciária passada em
julgado, é o ato pelo qual o funcionário demitido reingressa no serviço público, com ressarcimento
dos prejuízos decorrentes do afastamento.
Letra c.

024. (FUNDEP/OF JUD/TJ-MG/OFICIAL DE APOIO JUDICIAL/2010/ADAPTADA) De acordo


com o Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado de Minas Gerais, é CORRETO afirmar que
classe é um agrupamento de funções gratificadas.

Ao contrário do que afirma a questão, a classe, de acordo com as disposições do art. 5º, é um
agrupamento de cargos da mesma profissão e de igual padrão de vencimento.
Errado.

025. (FUNDEP/OF JUD/TJ-MG/OFICIAL DE APOIO JUDICIAL/2010/ADAPTADA) De acordo


com o Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado de Minas Gerais, é CORRETO afirmar que
disciplina, assiduidade, idoneidade e liderança profissional são requisitos observados durante
o estágio obrigatório.

No período de estágio, apurar-se-ão os seguintes requisitos: idoneidade moral; assiduidade;


disciplina; eficiência.
Assim, diferentemente do que informa a questão, a liderança não é um requisito a ser observa-
do no período de estágio probatório.
Errado.

026. (FUMARC/OF JUD/TJM-MG/OFICIAL JUDICIÁRIO/2013/ADAPTADA) NÃO correspon-


de a conceito disciplinado pela Lei 869/1952 a previsão de que cargos isolados são os que não
se podem integrar em classes e correspondem a certa e determinada função.

Ao passo que são de carreira os cargos que se integram em classes e correspondem a uma
profissão, a norma define como isolados os cargos que não se podem integrar em classes e
correspondem a certa e determinada função.
Errado.

027. (FUNDEP/OF JUD/TJ-MG/OFICIAL DE APOIO JUDICIAL/2010/ADAPTADA) De acordo


com o Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado de Minas Gerais, é CORRETO afirmar que
funcionário público é a pessoa legalmente investida em cargo público.

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LEI ESTADUAL N. 869/1952
Estatuto dos Servidores Públicos do Estado de Minas Gerais

Trata-se da previsão do art. 2º, que apresenta a definição de funcionário público (termo que, na
atualidade, é denominado de servidor público).

Art. 2º Funcionário público é a pessoa legalmente investida em cargo público.


Certo.

028. (FCC/ANE/SEE-MG/ATIVIDADES TÉCNICAS EM SRE E ÓRGÃO CENTRAL DA


SEE/2012/ADAPTADA) Segundo o disposto no artigo 6º da Lei nº 869/1952, carreira é um
agrupamento de cargos da mesma profissão e de igual padrão de salário acrescido de gra-
tificações.

Ao contrário do que afirma a questão, carreira é um conjunto de classes da mesma profissão,


escalonadas segundo os padrões de vencimentos.
Errado.

029. (FUMARC/OF JUD/TJM MG/OFICIAL JUDICIÁRIO/2013/ADAPTADA) NÃO correspon-


de a conceito disciplinado pela Lei 869/1952 a previsão de que classe é um agrupamento de
carreiras da mesma profissão e de igual padrão de vencimento.

A questão está errada, uma vez que o conceito de classe envolve o agrupamento de cargos da
mesma profissão, e não de carreiras.

Art. 5º Classe é um agrupamento de cargos da mesma profissão e de igual padrão de vencimento.


Certo.

030. (FUNDEP/TEC JUD/TJ-MG/TÉCNICO DE APOIO JUDICIAL E OUTROS/2005) De acor-


do com o Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado de Minas Gerais, é CORRETO afirmar
que o agrupamento de carreiras, cargos isolados e funções gratificadas constitui
a) a categoria.
b) a classe.
c) a seção.
d) o quadro.

De acordo com o art. 8º, “quadro é um conjunto de carreiras, de cargos isolados e de funções
gratificadas”.
Letra d.

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LEI Nº 15.293 2004 de 05/08/2004 (texto original)


(Regulamentada pelo Decreto nº 46125/2013)

INSTITUI AS CARREIRAS DOS


PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO
BÁSICA DO ESTADO.

O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou, e eu, em seu nome,
promulgo a seguinte Lei:

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º Ficam instituídas, na forma desta lei, as seguintes carreiras dos Profissionais de
Educação Básica, que integram o Grupo de Atividades de Educação Básica do Poder
Executivo:

I - Professor de Educação Básica - PEB;

II - Especialista em Educação Básica - EEB;

III - Analista de Educação Básica - AEB;

IV - Assistente Técnico de Educação Básica - ATB;

V - Assistente Técnico Educacional - ATE;

VI - Analista Educacional - ANE;

VII - Assistente de Educação - ASE;

VIII - Auxiliar de Serviços de Educação Básica - ASB.

Parágrafo único - A estrutura das carreiras instituídas no "caput" deste artigo e o número
de cargos de cada uma delas são os constantes no Anexo I.

Art. 2º Para os efeitos desta lei considera-se:

I - grupo de atividades o conjunto de carreiras agrupadas segundo sua área de atuação;

II - carreira o conjunto de cargos de provimento efetivo agrupados segundo sua natureza

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e complexidade e estruturados em níveis e graus, escalonados em função do grau de


responsabilidade e das atribuições da carreira;

III - cargo de provimento efetivo a unidade de ocupação funcional do quadro de pessoal


privativa de servidor público efetivo, com criação, remuneração, quantitativo, atribuições e
responsabilidades definidos em lei e direitos e deveres de natureza estatutária estabelecidos
em lei complementar;

IV - quadro de pessoal o conjunto de cargos de provimento efetivo e de provimento em


comissão de órgão ou de entidade;

V - nível a posição do servidor no escalonamento vertical dentro da mesma carreira,


contendo cargos escalonados em graus, com os mesmos requisitos de capacitação e mesma
natureza, complexidade, atribuições e responsabilidades;

VI - grau a posição do servidor no escalonamento horizontal no mesmo nível de


determinada carreira;

VII - unidade escolar a escola de educação básica, o conservatório de música, o centro


estadual de educação continuada ou o centro de educação profissional de órgão ou de
entidade a que se refere o art. 5º desta lei.

Art. 3º A educação básica pública no Estado será exercida em consonância com os planos,
programas e projetos desenvolvidos pelos órgãos e pelas entidades a que se refere o art. 5º
desta lei e abrange as atividades de docência, apoio pedagógico, assistência ao educando,
apoio administrativo, apoio técnico-pedagógico, apoio técnico-administrativo, direção,
assessoramento, acompanhamento e normatização do sistema educacional.

Art. 4ºA estruturação das carreiras dos Profissionais de Educação Básica tem como
fundamentos:

I - a valorização do profissional da educação, observados:

a) a unicidade do regime jurídico;


b) a manutenção de sistema permanente de formação continuada, acessível a todo
servidor, com vistas ao aperfeiçoamento profissional e à ascensão na carreira;
c) o estabelecimento de normas e critérios que privilegiem, para fins de promoção e
progressão na carreira, o desempenho profissional e a formação continuada do servidor,
preponderantemente sobre o seu tempo de serviço;
d) a remuneração compatível com a complexidade das tarefas atribuídas ao servidor e o
nível de responsabilidade dele exigido para desempenhar com eficiência as atribuições do
cargo que ocupa;
e) a evolução do vencimento básico, do grau de responsabilidade e da complexidade de
atribuições, de acordo com o grau e o nível em que o servidor esteja posicionado na carreira;

II - a humanização da educação pública, observada a garantia de:

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a) gestão democrática da escola pública;


b) oferecimento de condições de trabalho adequadas;

III - o atendimento ao Plano Decenal da Educação Pública Estadual e, em cada unidade


escolar, aos respectivos planos de desenvolvimento pedagógico e institucional;

IV - a avaliação periódica de desempenho individual como requisito necessário para o


desenvolvimento na carreira por meio de promoção e progressão, com valorização do
desempenho eficiente das funções atribuídas à respectiva carreira.

Art. 5ºOs cargos das carreiras de que trata esta lei são lotados nos quadros de pessoal dos
seguintes órgãos e entidades da Administração direta, autárquica e fundacional do Poder
Executivo:

I - na Secretaria de Estado de Educação - SEE -, cargos das carreiras de:

a) Professor de Educação Básica - PEB;


b) Especialista em Educação Básica - EEB;
c) Analista de Educação Básica - AEB;
d) Assistente Técnico de Educação Básica - ATB;
e) Assistente Técnico Educacional - ATE;
f) Analista Educacional - ANE;
g) Assistente de Educação - ASE;
h) Auxiliar de Serviços de Educação Básica - ASB;

II - na Fundação Helena Antipoff - FHA -, cargos das carreiras de:

a) Professor de Educação Básica - PEB;


b) Especialista em Educação Básica - EEB;
c) Assistente Técnico de Educação Básica - ATB;
d) Assistente Técnico Educacional - ATE;
e) Analista Educacional - ANE;
f) Assistente de Educação - ASE;
g) Auxiliar de Serviços de Educação Básica - ASB;

III - na Fundação Educacional Caio Martins - FUCAM -, cargos das carreiras de:

a) Professor de Educação Básica - PEB;


b) Especialista em Educação Básica - EEB;
c) Analista de Educação Básica - AEB;
d) Assistente Técnico de Educação Básica - ATB;
e) Assistente Técnico Educacional - ATE;
f) Analista Educacional - ANE;
g) Assistente de Educação - ASE;
h) Auxiliar de Serviços de Educação Básica - ASB;

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IV - no Conselho Estadual da Educação - CEE -, cargos das carreiras de:


a) Assistente Técnico Educacional - ATE;
b) Analista Educacional - ANE;
c) Assistente de Educação - ASE;
d) Auxiliar de Serviços de Educação Básica - ASB. (Revogado pela Lei nº 20.748/2013)

Art. 6º As atribuições dos cargos das carreiras dos Profissionais de Educação Básica do
Estado são as constantes no Anexo II desta lei.

Art. 7ºA lotação dos cargos das carreiras de que trata esta lei nos quadros de pessoal dos
órgãos e das entidades a que se refere o art. 5º será definida em decreto e fica condicionada
à anuência das entidades envolvidas e à aprovação da Secretaria de Estado de Planejamento
e Gestão - SEPLAG -, observado o interesse da Administração.

Parágrafo único - No caso de extinção ou criação de órgão ou entidade, a lotação será


estabelecida em decreto e fica condicionada à aprovação da SEPLAG.

Art. 8ºA mudança de lotação de cargos e a transferência de servidores entre os órgãos e as


entidades do Poder Executivo somente serão permitidas dentro da mesma carreira.

Parágrafo único - A transferência de servidor nos termos do "caput" deste artigo fica
condicionada à existência de vaga no órgão ou entidade para o qual o servidor será
transferido, nos termos da legislação vigente, respeitada a carga horária do cargo ocupado
pelo servidor.

Art. 9º A cessão de servidor ocupante de cargo das carreiras de que trata esta lei para órgão
ou entidade em que não haja a carreira a que pertence o servidor somente será permitida
para o exercício de cargo de provimento em comissão ou função gratificada ou para adjunção,
nos termos da legislação vigente.

Art. 10 - O ocupante de cargo de carreira instituída por esta lei atuará:

I - o Assistente Técnico Educacional e o Analista Educacional, no órgão central e nas


Superintendências Regionais da SEE, na FHA, na FUCAM e no CEE;

II - o Assistente da Educação e o Auxiliar de Serviços de Educação Básica, nas unidades


educacionais, no órgão central e nas Superintendências Regionais da SEE, na FHA, na
FUCAM e no CEE;

III - o Professor de Educação Básica, o Especialista em Educação Básica, o Analista de


Educação Básica e o Assistente Técnico de Educação Básica, nas unidades escolares.

Parágrafo único - O ocupante de cargo da carreira de Analista Educacional que exerça


atividade de inspeção escolar será lotado em Superintendência Regional de Ensino e atuará
nas unidades escolares.

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CAPÍTULO II
DA CARREIRA

Seção I
Do Ingresso

Art. 11 -O ingresso em cargo de carreira instituída por esta lei depende de aprovação em
concurso público de provas ou de provas e títulos e dar-se-á no primeiro grau do nível
correspondente à escolaridade exigida.

Art. 12 -O ingresso em cargo de carreira de que trata esta lei ocorrerá nos níveis
mencionados a seguir e dependerá de comprovação mínima de:

I - para a carreira de Professor de Educação Básica:

a) habilitação específica obtida em curso de magistério de nível médio de escolaridade,


para ingresso no nível I;
b) habilitação específica obtida em curso superior com licenciatura ou graduação com
complementação pedagógica, conforme edital, para ingresso no nível II;
c) habilitação específica obtida em curso superior com licenciatura ou graduação com
complementação pedagógica, acumulada com mestrado em educação ou em área afim,
conforme edital, para ingresso no nível IV;

II - para a carreira de Especialista em Educação Básica:

a) habilitação específica em supervisão pedagógica ou orientação educacional obtida em


curso superior de Pedagogia ou especialização em Pedagogia com licenciatura em área
específica, conforme edital, para ingresso no nível I;
b) habilitação específica em supervisão pedagógica ou orientação educacional obtida em
curso superior de Pedagogia ou especialização em Pedagogia com licenciatura em área
específica acumulada com mestrado em educação ou em área afim, conforme edital, para
ingresso no nível III;

III - para a carreira de Analista de Educação Básica, formação de nível superior, com
graduação específica, entre outras, em Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional, Fisioterapia,
Psicologia, Serviço Social ou Biblioteconomia e registro em órgão de classe, quando este for
exigido por lei, para ingresso no nível I, na forma de regulamento e conforme edital;

IV - para a carreira de Assistente Técnico de Educação Básica, formação de nível médio


ou médio técnico, para ingresso no nível I;

V - para a carreira de Assistente Técnico Educacional, formação de nível médio técnico,


para ingresso no nível I;

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VI - para a carreira de Analista Educacional:

a) formação de nível superior, com graduação específica, entre outras, em Administração,


Pedagogia, Ciências Contábeis, Informática, Direito ou Engenharia, ou com licenciatura, nos
termos do edital, e registro no órgão de classe, quando este for exigido por lei, para exercer
atribuições técnico-administrativas e técnico-pedagógicas na área de sua formação
profissional, para ingresso no nível I;
b) formação de nível superior, com graduação específica, entre outras, em Administração,
Pedagogia, Ciências Contábeis, Informática, Direito ou Engenharia, ou com licenciatura,
acumulada com mestrado em educação, nos termos do edital, e registro no órgão de classe,
quando este for exigido por lei, para exercer atribuições técnico-administrativas e técnico-
pedagógicas na área de sua formação profissional ou em área afim, para ingresso no nível III;

VII - para a carreira de Assistente de Educação, formação de nível médio, para ingresso
no nível I;

VIII - para a carreira de Auxiliar de Serviços de Educação Básica:

a) conclusão da quarta série do ensino fundamental, para ingresso no nível I;


b) conclusão do ensino fundamental, para ingresso no nível II.

Art. 13 - O concurso público para ingresso nas carreiras dos Profissionais de Educação
Básica será de provas ou de provas e títulos, de caráter eliminatório e classificatório.

Parágrafo único - As instruções reguladoras dos processos seletivos serão publicadas em


edital, que conterá, tendo em vista as especificidades das atribuições do cargo, no mínimo:

I - o número de vagas existentes;

II - as matérias sobre as quais versarão as provas e os respectivos programas;

III - o desempenho mínimo exigido para aprovação nas provas;

IV - os critérios de avaliação dos títulos, se for o caso;

IV - os critérios de avaliação dos títulos e da experiência profissional do candidato em


atividades correspondentes ao cargo e à área de atuação para os quais se inscreveu, se for o
caso; (Redação dada pela Lei nº 22098/2016)

V - o caráter eliminatório ou classificatório de cada etapa do concurso;

VI - os requisitos para a inscrição, com exigência mínima de comprovação pelo


candidato:

a) de nacionalidade brasileira;
b) de idade mínima de dezoito anos;

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c) de estar no gozo dos direitos políticos;


d) de estar em dia com as obrigações militares;

VII - a escolaridade mínima exigida para o ingresso na carreira;

VIII - a carga horária de trabalho;

IX - o vencimento básico do cargo.

Art. 14 - Concluído o concurso público e homologados os resultados, a nomeação dos


candidatos habilitados obedecerá à ordem de classificação e ao prazo de validade do
concurso.

§ 1º - O prazo de validade do concurso será de até dois anos, contados a partir da data
de sua homologação, prorrogável uma vez por igual período.

§ 2º - Para a posse em cargo de provimento efetivo, o candidato aprovado deverá


comprovar:

I - cumprimento dos requisitos constantes nos incisos VI e VII do parágrafo único do art.
13;

II - idoneidade e conduta ilibada, nos termos de regulamento;

III - aptidão física e mental para o exercício do cargo, por meio de avaliação médica, nos
termos da legislação vigente.

§ 3º - A nomeação dos candidatos classificados em concurso público para carreira de


Profissional de Educação Básica, no limite das vagas previstas no edital, dar-se-á dentro do
prazo de validade do concurso.

Art. 15 -O servidor público ocupante de cargo de provimento efetivo do Poder Executivo do


Estado de Minas Gerais que, em razão de concurso público posterior à publicação desta lei,
ingressar em cargo de carreira dos Profissionais de Educação Básica, com jornada
equivalente à do cargo de origem, cuja remuneração, incluídos adicionais, gratificações e
vantagens pessoais, for superior à remuneração do cargo de carreira instituída por esta lei,
poderá perceber a diferença a título de vantagem pessoal nominalmente identificada, sujeita
exclusivamente à revisão geral da remuneração dos servidores estaduais.

Parágrafo único - Para o cálculo da diferença prevista no "caput" deste artigo, não serão
computados os adicionais a que se refere o art. 118 do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias da Constituição do Estado.

Seção II
Do Desenvolvimento na Carreira

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Legislação Educacional

O desenvolvimento do servidor em carreira de Profissional de Educação Básica dar-


Art. 16 -
se-á mediante progressão ou promoção.

Parágrafo único - A progressão será concedida automaticamente ao servidor, cumpridos


os requisitos legais, e a promoção deverá ser requerida pelo servidor, na forma de
regulamento.

Progressão é a passagem do servidor do grau em que se encontra para o grau


Art. 17 -
subseqüente no mesmo nível da carreira a que pertence.

§ 1º - Fará jus à progressão o servidor que preencher os seguintes requisitos:

I - encontrar-se em efetivo exercício;

II - ter cumprido o interstício de dois anos de efetivo exercício no mesmo grau;

III - ter recebido duas avaliações de desempenho individual satisfatórias desde a sua
progressão anterior, nos termos das normas legais pertinentes.

§ 2º - Nos casos de afastamento superior a noventa dias por motivo de licença para
tratamento de saúde, a contagem do interstício para fins de progressão será suspensa,
reiniciando-se quando do retorno do servidor, para completar o tempo de que trata este artigo.

§ 3º - O período de afastamento por doença profissional será computado para efeitos de


progressão e promoção.

Promoção é a passagem do servidor de um nível para o imediatamente superior, na


Art. 18 -
mesma carreira a que pertence.

§ 1º - Fará jus à promoção o servidor que preencher os seguintes requisitos:

I - encontrar-se em efetivo exercício;

II - ter cumprido o interstício de cinco anos de efetivo exercício no mesmo nível;

III - ter recebido cinco avaliações de desempenho individual satisfatórias, desde a sua
promoção anterior, nos termos das normas legais pertinentes;

IV - comprovar a titulação mínima exigida.

§ 2º - Para promoção aos níveis em que a titulação mínima exigida seja a pós-graduação
"lato sensu", o mestrado ou o doutorado, o servidor poderá comprovar, alternativamente, a
aprovação em exame de certificação ocupacional realizado pela SEE ou por instituição por ela
credenciada, nos termos do regulamento.

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§ 3º - O posicionamento do servidor no nível para o qual foi promovido se dará no


primeiro grau cujo vencimento básico seja superior ao percebido pelo servidor no momento da
promoção.

§ 4º - Nos casos de afastamento superior a noventa dias por motivo de licença para
tratamento de saúde, a contagem do interstício para fins de promoção será suspensa,
reiniciando-se quando do retorno do servidor, para completar o tempo de que trata este artigo.

Art. 19 - Se, por omissão da SEPLAG, deixar de ser realizada uma ou mais avaliações de
desempenho, o número de avaliações não realizadas no interstício será subtraído do número
de avaliações de desempenho individual satisfatórias exigido para progressão ou promoção.

Art. 20 - Após a conclusão do estágio probatório, o servidor considerado apto será


posicionado no segundo grau do nível de ingresso na carreira.

Art. 21 - A contagem do prazo para fins da primeira promoção e da segunda progressão terá
início após a conclusão do estágio probatório, desde que o servidor tenha sido aprovado.

Art. 22 - Poderá haver progressão ou promoção por escolaridade adicional, nos termos de
decreto, aplicando-se fator de redução ou supressão do interstício necessário e do quantitativo
de avaliações periódicas de desempenho individual satisfatórias para fins de progressão ou
promoção, nas seguintes hipóteses:

I - formação complementar ou superior àquela exigida para o nível em que o servidor


estiver posicionado, desde que relacionada com a natureza e a complexidade da respectiva
carreira;

II - participação do servidor, com avaliação positiva, em atividades de formação


continuada ou de desenvolvimento profissional promovidas pela SEE ou por instituição por ela
credenciada.

Art. 23 - Os títulos apresentados para aplicação do disposto no art. 22 somente poderão ser
utilizados uma única vez, sendo vedado seu aproveitamento para fins de concessão de
qualquer vantagem pecuniária, salvo para concessão do Adicional de Desempenho - ADE.

Art. 24 - O poder público incentivará a formação no nível de pós-graduação dos servidores


das carreiras de Professor de Educação Básica, Especialista em Educação Básica, Analista
de Educação Básica e Analista Educacional, na forma de regulamento.

Art. 25 - Perderá o direito à progressão e à promoção o servidor que, no período aquisitivo:

I - sofrer punição disciplinar em que seja:

a) suspenso;
b) exonerado ou destituído de cargo de provimento em comissão ou função gratificada
que estiver exercendo;

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II - afastar-se das funções específicas de seu cargo, excetuados os casos previstos como
de efetivo exercício nas normas estatutárias vigentes e em legislação específica.

§ 1º - Nas hipóteses previstas no inciso I do "caput" deste artigo, o tempo anterior ao


cumprimento da penalidade aplicada não poderá ser computado para efeito de integralização
do interstício.

§ 2º - Na hipótese prevista no inciso II do "caput" deste artigo, o afastamento ensejará a


suspensão do período aquisitivo para fins de promoção e progressão, contando-se, para tais
fins, o período anterior ao afastamento, desde que tenha sido concluída a respectiva
avaliação periódica de desempenho individual.

CAPÍTULO III
DOS CARGOS EM COMISSÃO E DAS GRATIFICAÇÕES DE FUNÇÃO

Art. 26 - São de provimento em comissão os cargos de:

I - Diretor de Escola, com um quantitativo de quatro mil cargos;

II - Secretário de Escola, com um quantitativo de quatro mil cargos.

Art. 27 - O cargo de Diretor de Escola, com carga horária de quarenta horas semanais, será
exercido em regime de dedicação exclusiva por servidor ocupante de função ou cargo das
carreiras deProfessor de Educação Básica e Especialista em Educação Básica.

§ 1º - Em situações excepcionais, o cargo de Diretor de Escola poderá ser ocupado por


Analista Educacional habilitado em Inspeção Escolar.

§ 2º - Nas escolas com até quatro turmas que ofereçam apenas a educação infantil e as
séries iniciais do ensino fundamental, a direção será exercida por professor da própria escola,
na função de Coordenador de Escola a que se refere o inciso II do art. 29, sem afastamento
da regência, nos termos da legislação vigente.

Art. 28 - O cargo de Secretário de Escola, com carga horária semanal de trinta horas, é
exclusivo de servidor ocupante de função ou cargo das carreiras dos Profissionais de
Educação Básica, à exceção da carreira de Especialista em Educação Básica, com exercício
em unidade escolar.

Art. 29 - São gratificações de função:

I - a do Vice-diretor de Escola, correspondente a vinte e cinco por cento do vencimento


básico do servidor;

II - a do Coordenador de Escola, correspondente a dez por cento do vencimento básico


do professor, por turma existente na escola, até o máximo de quarenta por cento;

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III - a do Coordenador de Posto de Educação Continuada - PECON -, correspondente a


vinte por cento do vencimento básico do professor.

O exercício da função de Vice-diretor, a que se refere o inciso I do art. 29, é restrito a


Art. 30 -
ocupante de cargo das carreiras de Professor de Educação Básica e Especialista em
Educação Básica.

§ 1º - No exercício da função de Vice-diretor, o servidor cumprirá carga horária de vinte e


quatro horas semanais.

§ 2º - O Especialista em Educação no exercício da função de Vice-diretor cumprirá vinte e


quatro horas semanais, complementando a carga horária de quarenta horas, quando for o
caso, no desempenho da sua especialidade, hipótese em que não fará jus ao acúmulo de
gratificações.

As atividades de inspeção escolar serão exercidas por servidor ocupante do cargo de


Art. 31 -
Analista Educacional, com habilitação em Inspeção Escolar, em regime de dedicação
exclusiva, com gratificação de cinqüenta por cento do vencimento básico do cargo de
provimento efetivo.

O Profissional de Educação Básica sujeito à exigência de dedicação exclusiva não


Art. 32 -
pode ocupar outro cargo, emprego ou função públicos na União, Estado ou Município.

CAPÍTULO IV
DA CARGA HORÁRIA DE TRABALHO

Art. 33 - A carga horária semanal de trabalho do servidor que ingressar em cargo das
carreiras dos Profissionais de Educação Básica será de:

I - vinte e quatro horas para as carreiras de Professor de Educação Básica e Especialista


em Educação Básica;

II - trinta horas para as carreiras de Analista de Educação Básica, Assistente Técnico de


Educação e Auxiliar de Serviços de Educação Básica;

III - quarenta horas para as carreiras de Analista Educacional, Assistente Técnico


Educacional e Assistente de Educação.

§ 1º - A carga horária semanal de trabalho de Professor de Educação Básica


compreenderá:

I - dezoito horas destinadas à docência;

II - seis horas destinadas a reuniões e outras atribuições e atividades específicas do


cargo.

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Legislação Educacional

§ 2º - O Professor de Educação Básica que exercer a docência na função de Professor


no Núcleo de Educação Tecnológica - NET - , no ensino do uso de biblioteca, na recuperação
de alunos ou na educação de jovens e adultos, na opção semipresencial, cumprirá vinte e
duas horas semanais na docência e duas horas semanais em outras atividades inerentes ao
cargo.

§ 3º - O Professor de Educação Básica deverá integralizar sua carga horária em outra


escola, na hipótese de não haver aulas suficientes para cumprimento integral da carga horária
a que se refere o inciso I do "caput" deste artigo na escola em que estiver em exercício, na
forma de regulamento.

Art. 34 - O cargo efetivo de Professor de Educação Básica poderá ser provido,


excepcionalmente, com carga horária igual ou superior a sete horas e inferior a vinte e quatro
horas semanais, para um mesmo conteúdo curricular.

§ 1º - O Professor de Educação Básica que estiver cumprindo a carga horária semanal


de que trata o "caput":

I - cumprirá, para cada conjunto de três horas destinadas a docência, uma hora adicional
destinada a reuniões e outras atribuições e atividades específicas do cargo;

II - assumirá as aulas de mesmo conteúdo curricular que surgirem na escola em que


estiver em exercício, até o limite de dezoito horas semanais destinadas a docência.

§ 2º - Para efeito do disposto neste artigo, serão destinadas a docência, no mínimo, cinco
horas, e a reuniões e outras atribuições e atividades específicas do cargo, no mínimo, duas
horas.

§ 3º - O vencimento básico do Professor de Educação Básica de que trata este artigo


será estabelecido conforme tabela prevista no parágrafo único do art. 42 e será proporcional
ao número de horas semanais cumpridas.

§ 4º - As aulas assumidas na forma do inciso II do § 1º deste artigo passarão a integrar a


carga horária semanal do servidor, a qual não poderá ser reduzida após essa alteração.

Art. 35 - A carga horária semanal de trabalho do Professor de Educação Básica, a que se


refere o inciso I do "caput" do art. 33, poderá ser estendida em até cinqüenta por cento, em
conteúdo curricular para o qual o professor esteja habilitado, com valor adicional proporcional
ao vencimento básico percebido, na forma do regulamento.

§ 1º - A extensão de que trata este artigo será concedida pela SEE, após anuência do
servidor.

§ 2º - As aulas atribuídas por exigência curricular não estão incluídas no percentual de


que trata o "caput".

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Legislação Educacional

§ 3º - A extensão de que trata este artigo independe da existência de cargo vago.

§ 4º - A extensão de que trata este artigo não poderá exceder a dois anos se decorrente
da existência de cargo vago.

§ 5º - O servidor ocupante de dois cargos de Professor de Educação Básica fará jus à


extensão de que trata o "caput", desde que o somatório das horas destinadas à docência dos
dois cargos não exceda a trinta e seis horas, excluídas desse total as aulas assumidas por
exigência curricular.

§ 6º - O valor adicional decorrente da extensão de carga horária de que trata este artigo
não constituirá base de cálculo para a concessão de adicionais por tempo de serviço nem para
descontos previdenciários.

§ 7º - A extensão de carga horária concedida ao Professor de Educação Básica não


poderá ser reduzida em um mesmo ano letivo, exceto nos casos de:

I - desistência do servidor;

II - redução do número de turmas ou de aulas na escola em que estiver atuando;

III - retorno do titular do cargo, quando a extensão resultar da existência de cargo vago;

IV - provimento do cargo, quando a extensão resultar da existência de cargo vago;

V - ocorrência de movimentação de professor;

VI - afastamento do efetivo exercício do cargo por período superior a sessenta dias no


ano;

VII - resultado insatisfatório na avaliação de desempenho individual, nos termos da


legislação vigente.

Art. 36 - A carga horária semanal de Professor de Educação Básica que, por exigência
curricular, exceder as dezoito horas semanais será obrigatoriamente assumida pelo professor,
que receberá valor adicional proporcional ao vencimento básico percebido, enquanto
permanecer essa situação.

Parágrafo único - O valor adicional a que se refere o "caput" não constituirá base de
cálculo para concessão de adicionais por tempo de serviço nem para descontos
previdenciários.

CAPÍTULO V
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS

Art. 37 -
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Legislação Educacional

Art. 37 -Para a obtenção do número de cargos das carreiras de que trata esta lei, previsto no
Anexo I, são realizados os seguintes procedimentos:

I - ficam os cargos de provimento efetivo lotados nos órgãos e nas entidades


relacionados no art. 5º transformados em cargos das carreiras instituídas por esta lei, na forma
da correlação estabelecida no Anexo IV, ressalvados, na SEE, os seguintes cargos vagos de
provimento efetivo, no total de cinqüenta e seis mil novecentos e setenta e nove, que ficam
extintos:

a) mil oitocentos e dezoito cargos de Auxiliar Administrativo;


b) dezenove mil trezentos e onze cargos de Técnico de Nível Médio;
c) cinqüenta e um cargos de Auxiliar de Enfermagem;
d) vinte e seis cargos de Laboratorista;
e) quatro mil e vinte e sete cargos de Tesoureiro Escolar;
f) dois mil cento e sessenta e três cargos de Assistente de Turno;
g) dois mil e setenta e sete cargos de Auxiliar de Biblioteca;
h) quatorze mil quatrocentos e trinta e nove cargos de Auxiliar de Nível Médio;
i) três mil setecentos e onze cargos de Auxiliar de Secretaria;
j) dezessete cargos de Analista da Saúde;
l) vinte e um cargos de Analista de Agropecuária;
m) dois cargos de Analista de Atividade Fazendária;
n) cinqüenta e oito cargos de Analista de Sistemas;
o) três mil seiscentos e vinte e nove cargos de Técnico de Nível Superior;
p) quatro cargos de Pesquisador;
q) seis cargos de Programador Visual;
r) oitenta e oito cargos de Analista de Obras Públicas;
s) quarenta e três cargos de Analista de Comunicação Social;
t) cinco mil trezentos e quarenta e nove cargos de Analista da Educação;
u) cento e vinte cargos de Analista da Administração;
v) dezenove cargos de Rádio Técnico;

II - ficam criados vinte e sete mil setecentos e cinqüenta cargos de provimento efetivo de
Auxiliar de Serviços de Educação Básica - ASB.

Parágrafo único - A identificação dos cargos transformados, criados e extintos por esta lei
será feita em decreto.

Art. 38 - Os servidores que, na data de publicação desta lei, forem ocupantes de cargo de
provimento efetivo lotado nos órgãos e nas entidades relacionados no art. 5º serão
enquadrados na estrutura estabelecida no Anexo I, conforme tabela de correlação constante
no Anexo IV, considerados o órgão ou a entidade de lotação do cargo e a unidade de
exercício.

Parágrafo único - Para fins do disposto no "caput", consideram-se unidades de exercício


o órgão central, os órgãos regionais e as unidades escolares dos órgãos e das entidades
relacionados no art. 5º.

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Legislação Educacional

Art. 39 - Ao servidor que, na data de publicação desta lei, for ocupante de cargo de
provimento efetivo lotado nos órgãos e nas entidades relacionados no art. 5º será concedido o
direito de optar por não ser enquadrado na estrutura das carreiras instituídas por esta lei,
observado o seguinte:

I - a opção a que se refere o "caput" deverá ser formalizada por meio de requerimento
escrito, dirigido ao Secretário de Estado de Educação;

II - o prazo para a opção a que se refere o "caput" será de noventa dias, contados da
data de publicação do decreto que estabelecer as regras de posicionamento.

Parágrafo único - O servidor que optar pelo não-enquadramento, na forma deste artigo,
não fará jus às vantagens atribuídas às carreiras instituídas por esta lei.

Art. 40 - Na ocorrência da opção prevista no art. 39, a transformação do cargo ocupado pelo
servidor em cargo de carreira constante no Anexo I, nos termos do inciso I do art. 37, somente
se efetivará após a vacância do cargo original.

Art. 41 -Fica assegurado ao servidor que for enquadrado nas carreiras de que trata esta lei,
nos termos do art. 38, bem como ao que fizer a opção de que trata o art. 39, o direito previsto
no art. 115 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição do Estado,
acrescido pela Emenda à Constituição nº 57, de 15 de julho de 2003.

Art. 42 -A tabela de vencimento básico das carreiras dos Profissionais de Educação Básica
será estabelecida em lei, observada a estrutura prevista no Anexo I.

Parágrafo único - O vencimento básico dos cargos das carreiras de que trata esta lei será
estabelecido em tabela que conterá valores diferenciados para as cargas horárias definidas
nos incisos do "caput" do art. 33 e no § 2º do art. 48.

Art. 43 -As regras de posicionamento decorrentes do enquadramento a que se refere o art.


38 serão estabelecidas em decreto, após a publicação da lei de que trata o art. 42, e
abrangerão critérios que conciliem:

I - a escolaridade do cargo de provimento efetivo ocupado pelo servidor;

II - o tempo de serviço no cargo de provimento efetivo transformado por esta lei;

III - o vencimento básico do cargo de provimento efetivo percebido pelo servidor na data
de publicação do decreto a que se refere o "caput".

§ 1º - As regras de posicionamento não acarretarão redução da remuneração percebida


pelo servidor na data de publicação do decreto que as estabelecer.

§ 2º - O texto do decreto que estabelecer as regras de posicionamento ficará disponível,

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Legislação Educacional

para consulta pública, na página da SEPLAG na internet, durante, pelo menos, os quinze dias
anteriores à data de sua publicação, após notícia prévia no órgão oficial de imprensa do
Estado.

Art. 44 - Os atos de posicionamento dos servidores efetivos decorrentes do enquadramento


de que trata o art. 38 somente ocorrerão após a publicação da lei que estabelecer a tabela de
vencimento básico das carreiras de que trata esta lei, bem como do decreto a que se refere o
art. 43.

§ 1º - Os atos a que se refere o "caput" deste artigo somente produzirão efeitos após sua
publicação.

§ 2º - Enquanto não ocorrer a publicação dos atos de posicionamento de que trata o


"caput" deste artigo, será mantido o valor do vencimento básico percebido pelo servidor
ocupante de cargo das carreiras de que trata esta lei na data de publicação do decreto que
estabelecer as regras de posicionamento, acrescido das vantagens previstas na legislação
vigente.

§ 3º - Os atos de posicionamento a que se refere o "caput" deste artigo serão


formalizados por meio de resolução conjunta do Secretário de Estado de Educação e do
Secretário de Estado de Planejamento e Gestão.

Art. 45 - O cargo correspondente à função pública a que se refere a Lei nº 10.254, de 20 de


julho de 1990, cujo detentor tiver sido efetivado em decorrência do disposto nos arts. 105 e
106 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, acrescidos pela Emenda à
Constituição do Estado nº 49, de 13 de junho de 2001, será transformado em cargo de uma
das carreiras dos Profissionais de Educação Básica, observada a correlação estabelecida no
Anexo IV.

§ 1º - Os cargos resultantes da transformação de que trata o "caput" deste artigo serão


extintos com a vacância.

§ 2º - Aplicam-se ao detentor do cargo a que se refere o "caput" deste artigo as regras de


enquadramento e posicionamento de que tratam os arts. 38 e 43.

§ 3º - O detentor de função pública a que se refere a Lei nº 10.254, de 1990, que não
tenha sido efetivado será enquadrado na estrutura das carreiras de que trata esta lei apenas
para fins de percepção do vencimento básico correspondente ao nível e ao grau em que for
posicionado, observadas as regras de enquadramento e posicionamento a que se referem os
arts. 38 e 43 e mantida a identificação como "função pública", com a mesma denominação do
cargo em que for posicionado.

§ 4º - A função pública de que trata o § 3º deste artigo extingue-se com a vacância.

§ 5º - O quantitativo de cargos a que se refere o § 1º deste artigo e de funções públicas


de que trata o § 3º deste artigo é o constante no Anexo III.

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Legislação Educacional

Art. 46 - O servidor que, na data de publicação desta lei, for ocupante de cargo de provimento
efetivo do Quadro de Magistério, lotado em caráter excepcional no órgão central da SEE e nas
suas Superintendências Regionais de Ensino, nos termos da Lei nº 9.346, de 5 de dezembro
de 1986, e da Lei nº 13.961, de 27 de julho de 2001, ou no Conselho Estadual de Educação,
nos termos da Lei nº 9.413, de 2 de julho de 1987, será enquadrado em uma das carreiras
instituídas por esta lei, observada a correlação estabelecida para o cargo que ocupa.

Art. 47 - O servidor inativo será enquadrado na estrutura das carreiras de que trata esta lei, na
forma da correlação constante no Anexo IV, apenas para fins de percepção do vencimento
básico correspondente ao nível e ao grau em que for posicionado, observadas as regras de
posicionamento estabelecidas para os servidores ativos, levando-se em consideração, para tal
fim, o cargo ou a função em que se deu a aposentadoria.

Parágrafo único - Ao servidor inativo fica assegurado o direito à opção de que trata o art.
39 desta lei, com as mesmas regras estabelecidas para o servidor ativo.

Art. 48 -Fica mantida a carga horária semanal de trabalho dos servidores que, na data de
publicação desta lei, forem ocupantes de cargos de provimento efetivo transformados em
cargos das carreiras de que trata esta lei.

§ 1º - Aplica-se o disposto no "caput" deste artigo aos servidores que, na data de


publicação desta lei, forem detentores de função pública.

§ 2º - A carga horária semanal de trabalho do servidor a que se refere o "caput" deste


artigo é de:

I - vinte e quatro horas para os servidores dos órgãos e das entidades relacionados no
art. 5º que tiverem seus cargos transformados em cargos de Professor de Educação Básica,
respeitado o disposto nos §§ 1º, 2º e 3º do art. 33 e no art. 35;

II - vinte e quatro ou quarenta horas para os servidores dos órgãos e das entidades
relacionados no art. 5º que tiverem seus cargos transformados em cargos de Especialista em
Educação Básica, conforme a situação de cada servidor na data de publicação desta lei;

III - trinta ou quarenta horas para os servidores ocupantes de cargos lotados na SEE e no
CEE, conforme a situação de cada servidor na data de publicação desta lei, excetuando-se os
que se enquadrarem nas hipóteses previstas nos incisos I e II;

IV - quarenta horas para os servidores ocupantes de cargos lotados na FUCAM e na


FHA, excetuando-se os que se enquadrarem nas hipóteses previstas nos incisos I e II.

Art. 49 - O valor correspondente aos adicionais por tempo de serviço que teve como base de
cálculo o valor decorrente de aulas facultativas ou exigência curricular, concedido nos termos
do § 1º do art. 31 da Constituição do Estado, entre 5 de junho de 1998 e 15 de julho de 2003,
passará a ser percebido a título de vantagem pessoal.

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Legislação Educacional

Compete à SEE adotar as medidas necessárias para o cumprimento desta lei e, no


Art. 50 -
que couber, articular-se com a SEPLAG para a sua execução.

Art. 51 - Esta lei será regulamentada pelo Poder Executivo.

Art. 52 - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 5 de agosto de 2004.

Aécio Neves
Governador do Estado

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Legislação Educacional

LEI Nº 21.710 DE 30/06/2015

DISPÕE SOBRE A POLÍTICA


REMUNERATÓRIA DAS CARREIRAS
DO GRUPO DE ATIVIDADES DE
EDUCAÇÃO BÁSICA DO PODER
EXECUTIVO, ALTERA A ESTRUTURA
DA CARREIRA DE PROFESSOR DE
EDUCAÇÃO BÁSICA E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, O Povo do Estado de Minas Gerais, por


seus representantes, decretou e eu, em seu nome, promulgo a seguinte Lei:

Art. 1ºFica extinta a remuneração por subsídio, fixada em parcela única, estabelecida pela
Lei nº 18.975, de 29 de junho de 2010, para os servidores das carreiras de Professor de
Educação Básica, Especialista em Educação Básica, Analista de Educação Básica, Assistente
Técnico de Educação Básica, Técnico da Educação, Analista Educacional, Assistente de
Educação e Auxiliar de Serviços de Educação Básica, que integram o Grupo de Atividades de
Educação Básica do Poder Executivo, de que trata a Lei nº 15.293, de 5 de agosto de 2004,
bem como para os servidores ocupantes dos cargos de provimento em comissão de Diretor de
Escola e de Secretário de Escola, de que trata o art. 26 dessa mesma Lei.

§ 1º Em decorrência da extinção da remuneração por subsídio, os servidores de que trata


o caput passam a ser remunerados, a partir de 1º de junho de 2015, por meio de vencimento,
acumulável com as seguintes vantagens pecuniárias:

I - Abono Incorporável, de que trata o art. 8º desta Lei;

II - Adicional de Valorização da Educação Básica - Adveb -, de que trata o art. 12 desta


Lei;

III - Adicional por Extensão de Jornada - AEJ -, de que trata o art. 35 da Lei nº 15.293, de
2004;

IV - Adicional por Exigência Curricular - AEC -, de que trata o art. 36 da Lei nº 15.293, de
2004;

V - gratificação natalina;

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Legislação Educacional

VI - adicional de férias;

VII - adicional de insalubridade;

VIII - adicional de periculosidade;

IX - adicional noturno;

X - adicional pela prestação de serviço extraordinário;

XI - espécies remuneratórias percebidas pelo exercício de cargo de provimento em


comissão ou de função de confiança;

XII - Gratificação Temporária Estratégica - GTE -, instituída pelo art. 14 da Lei Delegada
nº 174, de 26 de janeiro de 2007;

XIII - abono de permanência previsto no § 19 do art. 40 da Constituição da República,


bem como no § 5º do art. 2º e no § 1º do art. 3º da Emenda à mesma Constituição nº 41, de
19 de dezembro de 2003;

XIV - prêmio por produtividade;

XV - férias-prêmio convertidas em espécie, nos termos do art. 117 do Ato das


Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição do Estado;

XVI - vantagens pessoais destinadas a assegurar a irredutibilidade remuneratória ou


instituídas para cumprimento de decisão judicial.

§ 2º O vencimento não poderá ser percebido cumulativamente com vantagens diversas


das citadas no § 1º, sem prejuízo de outras parcelas que vierem a ser disciplinadas por
legislação específica superveniente.

§ 3º O disposto neste artigo aplica-se, no que couber, aos pensionistas e servidores


inativos que fizerem jus à paridade, nos termos da legislação vigente, bem como aos
detentores de função pública de que trata o art. 4º da Lei nº 10.254, de 20 de julho de 1990,
cujos proventos ou cuja remuneração tiverem como referência os valores aplicáveis às
carreiras do Grupo de Atividades de Educação Básica do Poder Executivo, de que trata a Lei
nº 15.293, de 2004.

§ 4º Fica assegurada a incorporação da maior média quinquenal das horas de trabalho


assumidas, nos termos do art. 35 da Lei nº 9.381, de 18 de dezembro de 1986, quando da
aposentadoria.

Art. 2º Para a fixação do vencimento inicial das carreiras de Professor de Educação Básica,
Especialista em Educação Básica e Analista Educacional na função de inspetor escolar, das
quais trata a Lei nº 15.293, de 2004, correspondente às cargas horárias previstas no Anexo V

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Legislação Educacional

desta Lei, serão observadas as normas pertinentes ao piso salarial profissional nacional para
os profissionais do magistério público da educação básica, conforme o disposto no art. 2º da
Lei Federal nº 11.738, 16 de julho de 2008.

Parágrafo único. O piso salarial profissional nacional previsto na lei federal a que se
refere o caput será assegurado integralmente ao servidor ocupante do cargo de Professor de
Educação Básica com carga horária de 24 horas semanais.

Art. 3º Os valores do vencimento das carreiras do Grupo de Atividades de Educação Básica


do Poder Executivo, de que trata a Lei nº 15.293, de 2004, e do Abono Incorporável de que
trata o art. 8º serão reajustados por lei específica, em decorrência de atualizações do valor do
piso salarial profissional nacional dos profissionais do magistério público da educação básica
de que trata a Lei Federal nº 11.738, de 2008.

Parágrafo único. Os reajustes de que trata o caput se darão na mesma periodicidade


prevista na lei federal a que se refere o caput.

Art. 4ºA vantagem pessoal nominal a que se refere o § 3º do art. 4º da Lei nº 18.975, de
2010, percebida pelos servidores posicionados no grau P de qualquer nível das tabelas das
carreiras do Grupo de Atividades de Educação Básica do Poder Executivo, de que trata a Lei
nº 15.293, de 2004, passa a ter natureza de vencimento.

Art. 5ºA estrutura das carreiras de Professor de Educação Básica, Analista de Educação
Básica, Assistente Técnico de Educação Básica, Técnico da Educação, Analista Educacional
e Assistente de Educação, a que se referem os itens I.1, I.3, I.4, I.5, I.6 e I.7 do Anexo I da Lei
nº 15.293, de 2004, passa a vigorar, a partir de 1º de junho de 2015, na forma constante no
Anexo I desta Lei.

Art. 6º Os servidores posicionados em maio de 2015 no nível T1 da carreira de Professor de


Educação Básica, constante no Anexo I da Lei nº 18.975, de 2010, serão reposicionados no
nível I da tabela constante no Anexo I da Lei nº 15.293, de 2004, com a redação dada pelo art.
5º desta Lei.

§ 1º O reposicionamento de que trata o caput se dará no grau com valor igual ou


imediatamente superior ao do subsídio percebido em maio de 2015 e terá efeito a partir de 1º
de junho de 2015.

§ 2º O servidor reposicionado conforme a regra estabelecida no caput e no § 1º que


implementar as condições para promoção fará jus a um novo posicionamento no nível I,
alcançando o grau com o valor de vencimento igual ou imediatamente superior ao valor a que
teria direito caso a promoção fosse concedida na estrutura de carreira vigente até maio de
2015.

§ 3º O disposto no § 2º terá efeito em 1º de setembro de 2015, caso o servidor já tenha,


até essa data, cumprido os requisitos para promoção, ou na data em que o servidor vier a
cumprir tais requisitos.

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§ 4º A concessão de progressão na carreira ao servidor reposicionado nos termos deste


artigo é condicionada à comprovação de conclusão de curso superior na modalidade
licenciatura plena ou de graduação com complementação pedagógica.

§ 5º No caso do servidor posicionado no grau P do nível T1 da carreira, será considerada


a soma do subsídio percebido em maio de 2015 com a respectiva vantagem pessoal nominal,
a que se refere o § 3º do art. 4º da Lei nº 18.975, de 2010, para efeito de aplicação das regras
previstas neste artigo, resultando o posicionamento em:

I - incorporação ao vencimento e consequente extinção da vantagem pessoal, caso o


valor de vencimento decorrente do posicionamento seja maior ou igual ao valor da soma do
subsídio percebido em maio de 2015 com a referida vantagem pessoal;

II - dedução, do valor da vantagem pessoal, da diferença entre o valor do vencimento


decorrente do posicionamento e o valor do subsídio percebido em maio de 2015, caso o valor
de vencimento decorrente do posicionamento seja menor que o valor da soma do subsídio
percebido em maio de 2015 com a referida vantagem pessoal.

§ 6º O reposicionamento previsto no caput estende-se aos pensionistas e servidores


inativos que fizerem jus à paridade.

Art. 7º Fica acrescentado ao art. 12 da Lei nº 15.293, de 2004, o seguinte inciso IX:

"Art. 12 ...

IX - para a carreira de Professor de Educação Básica:

a) habilitação específica obtida em curso superior com licenciatura plena ou graduação


com complementação pedagógica, nos termos do edital do concurso público, para ingresso no
nível I, conforme a estrutura prevista no item I.1 do Anexo I desta Lei;
b) habilitação específica obtida em curso superior com licenciatura plena ou graduação
com complementação pedagógica, acumulada com mestrado em Educação ou em área afim,
nos termos do edital do concurso público, para ingresso no nível IV, conforme a estrutura
prevista no item I.1 do Anexo I desta Lei.".

Art. 8º Fica concedido Abono Incorporável aos servidores ocupantes de cargos de provimento
efetivo e aos detentores de função pública de que trata o art. 4º da Lei nº 10.254, de 1990, das
carreiras do Grupo de Atividades de Educação Básica do Poder Executivo, previstas na Lei
nº 15.293, de 2004, cujos valores são:

I - os constantes no Anexo II, a partir de 1º de junho de 2015;

I - os constantes no Anexo II, a partir de 1º de junho de 2015, e os constantes


no Anexo II-A, a partir de 1º de janeiro de 2016; (Redação dada pela Lei nº 22062/2016)

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II - os constantes no Anexo III, a partir de 1º de agosto de 2016;

III - os constantes no Anexo IV, a partir de 1º de agosto de 2017.

§ 1º A percepção do Abono Incorporável por cumprimento de jornada de trabalho


semanal inferior ou superior à prevista nos Anexos II a IV da respectiva carreira será
proporcional à carga horária do servidor.

§ 2º O abono não integrará a remuneração de contribuição a que se refere o art. 26 da


Lei Complementar nº 64, de 25 de março de 2002, não se incorpora aos proventos e não será
considerado para o cálculo de nenhuma outra vantagem, exceto férias e gratificação natalina.

Art. 9ºAs tabelas de vencimento das carreiras do Grupo de Atividades de Educação Básica
do Poder Executivo são:

I - as constantes no item V.1 do Anexo V desta Lei, a partir de 1º de junho de 2015;

II - as constantes no item V.2 do Anexo V desta Lei, a partir de 1º de junho de 2017;

III - as constantes no item V.3 do Anexo V desta Lei, a partir de 1º de julho de 2018.

§ 1º As tabelas constantes no item V.2 do Anexo V desta Lei refletem a incorporação dos
abonos previstos nos incisos I e II do art. 8º, bem como a concessão de reajuste dos valores
do vencimento visando à manutenção da variação entre os níveis e graus existente nas
tabelas vigentes em maio de 2015.

§ 2º As tabelas constantes no item V.3 do Anexo V desta Lei refletem a incorporação do


abono previsto no inciso III do art. 8º, bem como a concessão de reajuste dos valores do
vencimento visando à manutenção da variação entre os níveis e graus existente nas tabelas
vigentes em maio de 2015.

§ 3º Em decorrência da incorporação de que tratam os §§ 1º e 2º, o abono a que se


refere o art. 8º será extinto integralmente em 1º de julho de 2018.

Art. 10 Os servidores posicionados no grau P de qualquer nível das tabelas das carreiras do
Grupo de Atividades de Educação Básica do Poder Executivo, de que trata a Lei nº 15.293, de
2004, que fizerem jus à vantagem pessoal nominal a que se refere o § 3º do art. 4º da Lei
n º 18.975, de 2010, terão preservado o valor dessa vantagem no ato da incorporação dos
abonos prevista nos §§ 1º e 2º do art. 9º desta Lei.

Parágrafo único. A vantagem a que se refere o caput será reajustada nas mesmas datas
e com os mesmos índices aplicáveis às tabelas de vencimento estabelecidas no Anexo V
desta Lei.

Art. 11 A incorporação prevista nos §§ 1º e 2º do art. 9º e o pagamento do Abono


Incorporável de que trata o art. 8º estendem-se aos pensionistas e servidores inativos que

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Legislação Educacional

fizerem jus à paridade, nos percentuais e termos da legislação vigente.

Art. 12 Fica instituído o Adicional de Valorização da Educação Básica - Adveb - para os


ocupantes de cargo de provimento efetivo das carreiras do Grupo de Atividades de Educação
Básica do Poder Executivo, de que trata a Lei nº 15.293, de 2004, na forma de lei específica.

Parágrafo único. O Adveb será atribuído mensalmente ao servidor a que se refere o


caput e terá como base de cálculo valor correspondente a 5% (cinco por cento) do vencimento
do servidor, a cada cinco anos de efetivo exercício, contados a partir de 1º de janeiro de 2012.

Art. 13 Fica acrescentado ao art. 6º da Lei nº 19.973, de 27 de dezembro de 2011, o seguinte


inciso XI:

"Art. 6º ...

XI - concessão de Adicional de Valorização da Educação Básica - Adveb -, nos termos do


art. 12 da Lei que o instituiu.".

Art. 14O caput do art. 19-A da Lei nº 19.837, de 2 de dezembro de 2011, passa a vigorar
com a seguinte redação:

"Art. 19-A O tempo de serviço compreendido entre 1º de janeiro de 2012 e 31 de agosto


de 2015 dos servidores das carreiras do Grupo de Atividades de Educação Básica do Poder
Executivo a que se refere esta Lei e as avaliações de desempenho individual concluídas
nesse período serão considerados para fins de concessão de promoção com vigência a partir
de 1º de setembro de 2015, observados os requisitos para o desenvolvimento na carreira
previstos na legislação vigente e o disposto em regulamento.".

Art. 15 Fica acrescentado à Lei nº 19.837, de 2011, o seguinte art. 19-C:

"Art. 19-C A promoção subsequente à que se dará em 1º de setembro de 2015 em


decorrência do disposto no art. 19-A desta Lei será antecipada para:

I - a partir de janeiro de 2016, para os servidores que teriam direito a essa promoção
subsequente em 2017 na regra vigente antes de 1º de janeiro de 2012;

II - a partir de janeiro de 2017, para os servidores que teriam direito a essa promoção
subsequente em 2018 na regra vigente antes de 1º de janeiro de 2012;

III - a partir de janeiro de 2018, para os servidores que teriam direito a essa promoção
subsequente em 2019 na regra vigente antes de 1º de janeiro de 2012;

IV - a partir de dezembro de 2018, para os servidores que teriam direito a essa promoção
subsequente em 2020 na regra vigente antes de 1º de janeiro de 2012.".

Art. 16 Aplica-se o disposto no art. 19-A da Lei nº 19.837, de 2011, com a redação dada pelo

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Legislação Educacional

art. 14 desta Lei, ao servidor inativo ou que se encontre em afastamento preliminar à


aposentadoria, desde que tenha cumprido os requisitos para mudança de nível quando em
atividade.

Art. 17 Fica acrescentado ao art. 18 da Lei nº 15.293, de 2004, o seguinte § 5º:

"Art. 18 ...

§ 5º Não será exigida a certificação para a promoção ao nível III das carreiras de
Professor de Educação Básica, Analista Educacional e Analista de Educação Básica e aos
níveis II e III das carreiras de Técnico da Educação, Assistente Técnico de Educação Básica e
Assistente de Educação enquanto o processo para a obtenção do referido título não for
regulamentado e implementado pela SEE.".

Art. 18 O art. 21 da Lei nº 15.293, de 2004, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 21 A contagem do prazo para a primeira promoção começa após a entrada em


exercício do servidor no cargo efetivo.".

Art. 19 O disposto no art. 21 da Lei nº 15.293, de 2004, com a redação dada pelo art. 18
desta Lei, estende-se ao servidor que tiver ingressado na carreira a partir de 1º de janeiro de
2008, observado o disposto nos arts. 19-A e 19-C da Lei nº 19.837, de 2011, com a redação
dada por esta Lei.

Art. 20 O art. 23 da Lei nº 15.293, de 2004, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 23 Os títulos apresentados para aplicação do disposto no art. 22 somente poderão


ser utilizados uma única vez, sendo vedado seu aproveitamento para fins de concessão de
qualquer vantagem pecuniária.".

Art. 21O § 2º do art. 34, o § 3º do art. 35 e o § 1º do art. 36 da Lei nº 15.293, de 2004,


passam a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 34 ...

§ 2º O vencimento do cargo de Professor de Educação Básica a que se refere este artigo


será proporcional ao número de horas semanais fixadas para o cargo, na forma de
regulamento.

...

Art. 35 ...

§ 3º Ao assumir extensão de carga horária, o professor fará jus ao Adicional por


Extensão de Jornada - AEJ -, cujo valor será proporcional ao do vencimento estabelecido na
tabela da carreira de Professor de Educação Básica acrescido da vantagem pessoal nominal a

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que se refere o § 3º do art. 4º da Lei nº 18.975, de 2010, enquanto permanecer nessa


situação.

...

Art. 36 ...

§ 1º Ao assumir exigência curricular, o professor fará jus ao Adicional por Exigência


Curricular - AEC -, cujo valor será proporcional ao do vencimento estabelecido na tabela da
carreira de Professor de Educação Básica, acrescido da vantagem pessoal nominal a que se
refere o § 3º do art. 4º da Lei nº 18.975, de 2010, enquanto permanecer nessa situação.".

Art. 22 O art. 35 da Lei Delegada nº 182, de 21 de janeiro de 2011, passa a vigorar com a
seguinte redação:

"Art. 35 O servidor ocupante de cargo de provimento efetivo nomeado para o exercício do


cargo de provimento em comissão de Diretor de Escola do Colégio Tiradentes da Polícia
Militar, de que trata o art. 8º D da Lei nº 15.301, de 2004, poderá optar:

I - pela remuneração do cargo de provimento em comissão;

II - pela remuneração do seu cargo efetivo acrescida de 50% (cinquenta por cento) da
remuneração no cargo de provimento em comissão.".

Art. 23 O servidor ocupante de cargo de provimento efetivo nomeado para o exercício do


cargo de provimento em comissão de Diretor de Escola ou de Secretário de Escola, de que
trata o art. 26 da Lei nº 15.293, de 2004, poderá optar:

I - pela remuneração do cargo de provimento em comissão;

II - pela remuneração do cargo de provimento efetivo acrescida de 50% (cinquenta por


cento) da remuneração do cargo de provimento em comissão.

§ 1º O servidor ocupante de cargo de provimento efetivo com carga horária semanal de


24 horas nomeado para o cargo de provimento em comissão de Diretor de Escola poderá
optar pelo recebimento do dobro da remuneração do cargo de provimento efetivo acrescido de
50% (cinquenta por cento) da remuneração do cargo de provimento em comissão.

§ 2º O acréscimo de 50% (cinquenta por cento) da remuneração do cargo de provimento


em comissão a que se referem o inciso II do caput e o § 1º, bem como o acréscimo
equivalente a 100% (cem por cento) da remuneração do cargo de provimento efetivo a que se
refere o § 1º, não se incorporarão à remuneração nem servirão de base para o cálculo de
nenhuma outra vantagem, ressalvada a decorrente de gratificação natalina e adicional de
férias.

§ 3º O servidor inativo apostilado no cargo de provimento em comissão de Diretor de

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Legislação Educacional

Escola ou Secretário de Escola que tenha adquirido o direito ao apostilamento anteriormente à


vigência da Lei nº 14.683, de 30 de julho de 2003, poderá optar:

I - pelo recebimento da remuneração do cargo em que foi apostilado;

II - pela remuneração do cargo efetivo acrescida da parcela de 50% (cinquenta por cento)
da remuneração do cargo em que foi apostilado. (Redação acrescida pela Lei nº 21726/2015)

§ 4º É assegurado ao servidor inativo apostilado no cargo de provimento em comissão de


Diretor de Escola que passou para a inatividade em cargo efetivo com jornada de trabalho
igual ou inferior a vinte e quatro horas semanais optar pelo recebimento do dobro da
remuneração do cargo de provimento efetivo acrescido da parcela de 50% (cinquenta por
cento) da remuneração do cargo de provimento em comissão. (Redação acrescida pela Lei
nº 21726/2015)

Art. 24 O vencimento dos cargos de provimento em comissão de Diretor de Escola e de


Secretário de Escola, de que trata o art. 26 da Lei nº 15.293, de 2004, fica reajustado em
10,25% (dez vírgula vinte e cinco por cento), a partir de 1º de junho de 2015.

Parágrafo único. Em decorrência do reajuste de que trata o caput, as tabelas de


vencimento dos cargos de Diretor de Escola e de Secretário de Escola são as constantes nos
itens VI.1 e VI.2 do Anexo VI da Lei nº 15.293, de 2004, acrescentado por esta Lei.

Art. 25 Fica acrescentado à Lei nº 15.293, de 2004, o seguinte art. 28-A:

"Art. 28-A As tabelas de vencimento dos cargos de provimento em comissão de Diretor de


Escola e de Secretário de Escola, de que trata o art. 26, são as constantes no Anexo VI desta
Lei.".

Art. 26 Fica acrescentado à Lei nº 15.293, de 2004, o Anexo VI, na forma do Anexo VI desta
Lei.

Art. 27Os valores das gratificações de função de Coordenador de Escola e de Coordenador


de Posto de Educação Continuada - Pecon -, de que trata o art. 29 da Lei nº 15.293, de 2004,
ficam reajustados em 10,25% (dez vírgula vinte e cinco por cento), a partir de 1º de junho de
2015.

Parágrafo único. Em decorrência do reajuste de que trata o caput, o Anexo V da Lei


nº 15.293, de 2004, passa a vigorar na forma do Anexo VII desta Lei.

Art. 28 O inciso I do art. 29 da Lei nº 15.293, de 2004, passa a vigorar com a seguinte
redação:

"Art. 29 ...

I - a de Vice-Diretor de Escola, correspondente a 40% (quarenta por cento) do

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vencimento do cargo de Diretor de Escola - D-VI -, a que se refere o item VI.1 do Anexo VI
desta Lei, com jornada de trabalho semanal de 30 horas;".

Art. 29 Ficam anistiadas as ausências ao trabalho dos servidores ocupantes dos cargos das
carreiras do Grupo de Atividades de Educação Básica do Poder Executivo, de que trata a Lei
n º 15.293, de 2004, em razão de movimento grevista nos anos de 2010 a 2014, ficando
garantido que tais ausências:

I - não acarretarão conceitos negativos na avaliação de desempenho do servidor;

II - não serão computadas para o percentual de infrequência, que pode ocasionar a


exoneração do servidor em estágio probatório;

III - não representarão dispensa de servidores designados;

IV - não configurarão abandono de cargo, inassiduidade, desídia ou infração disciplinar


do servidor, nem ensejarão instauração de processo administrativo;

V - não implicarão a perda do direito às férias-prêmio;

VI - não acarretarão prejuízo na designação, na distribuição de turmas e na contagem de


tempo de serviço para aposentadoria e aquisição de férias regulamentares;

VII - não ensejarão a aplicação de qualquer tipo de penalidade.

Parágrafo único. A autoridade competente procederá à revisão dos processos


administrativos já aplicados e dos que estão em andamento em decorrência dos movimentos
de greve.

Art. 30O Estado garantirá a alimentação dos servidores da educação que atuam nas escolas
estaduais.

O caput do inciso VI do caput do art. 2º e o caput do art. 12 da Lei nº 18.975, de 2010,


Art. 31
passam a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 2º ...

VI - Analista de Gestão da Polícia Militar, Assistente Administrativo da Polícia Militar e


Auxiliar Administrativo da Polícia Militar:

..."

"Art. 12 Os servidores ocupantes do cargo de provimento em comissão de Diretor de


Escola do Colégio Tiradentes da Polícia Militar, de que trata o art. 8º D da Lei nº 15.301, de
2004, serão remunerados por subsídio, fixado em parcela única, no qual ficam incorporadas
as seguintes parcelas:".

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Art. 32 O art. 7º da Lei nº 19.837, de 2011, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 7º A tabela de subsídio do cargo de provimento em comissão de Diretor de Escola


do Colégio Tiradentes da Polícia Militar, de que trata o art. 8º D da Lei nº 15.301, de 2004,
estabelecida no Anexo III da Lei nº 18.975, de 2010, passa a vigorar, a partir de 1º de janeiro
de 2012, na forma do Anexo II desta Lei.".

Art. 33Ficam substituídas, na Lei nº 15.293, de 2004, a expressão "Assistente Técnico


Educacional" pela expressão "Técnico da Educação" e a sigla "ATE" pela sigla "TDE".

Art. 34O subsídio do cargo de provimento em comissão de Diretor de Escola do Colégio


Tiradentes da Polícia Militar, de que trata o art. 8º D da Lei nº 15.301, de 2004, fica reajustado
em 10,25% (dez vírgula vinte e cinco por cento), a partir de 1º de junho de 2015.

Parágrafo único. Em decorrência do reajuste de que trata o caput, a tabela de subsídio do


cargo de Diretor de Escola do Colégio Tiradentes da Polícia Militar é a constante no Anexo VII
da Lei nº 18.975, de 2010, acrescentado pelo Anexo VIII desta Lei.

Art. 35 Fica acrescentado à Lei nº 18.975, de 2010, o seguinte art. 12-A:

"Art. 12-A A tabela de subsídio do cargo de provimento em comissão de Diretor de Escola


do Colégio Tiradentes da Polícia Militar é a constante no Anexo VII desta Lei.".

Art. 36Fica acrescentado à Lei nº 18.975, de 2010, o Anexo VII, na forma do Anexo VIII
desta Lei.

Art. 37 O servidor ocupante de cargo de provimento efetivo da carreira de Professor de


Educação Básica posicionado em maio de 2015 no nível T2 da estrutura constante no Anexo I
da Lei nº 18.975, de 2010, será reposicionado, a partir de 1º de junho de 2015, no nível I da
tabela constante no item I.1 do Anexo I da Lei nº 15.293, de 2004, com a redação dada pelo
art. 5º desta Lei, no grau identificado com a mesma letra correspondente ao respectivo
posicionamento, mediante comprovação da conclusão de curso superior com licenciatura
plena ou de graduação com complementação pedagógica e observados os demais requisitos
previstos na legislação vigente.

§ 1º Aplica-se o disposto no caput ao servidor inativo ou que se encontre em afastamento


preliminar à aposentadoria, posicionado no nível T2 da carreira de Professor de Educação
Básica em maio de 2015, desde que tenha cumprido os requisitos para promoção previstos no
art. 18 da Lei nº 15.293, de 2004, quando em atividade.

§ 2º Na hipótese de não preenchimento dos requisitos para promoção na carreira, o


servidor de que trata o caput será reposicionado no nível I da tabela constante no item I.1 do
Anexo I da Lei nº 15.293, de 2004, com a redação dada pelo art. 5º desta Lei, aplicando-se,
para tal fim, as regras estabelecidas no art. 6º.

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§ 3º Aplica-se ao servidor que tiver o reposicionamento concedido a partir de 1º de junho


de 2015 a antecipação da promoção subsequente, conforme a data prevista no art. 19-A da
Lei nº 19.837, de 2011, com a redação dada pelo art. 14 desta Lei.

Art. 38O disposto nesta Lei aplica-se, no que couber, aos pensionistas e servidores inativos
que fizerem jus à paridade, nos termos da legislação vigente, bem como ao detentor de função
pública de que trata o art. 4º da Lei nº 10.254, de 1990, cujos proventos ou cuja remuneração
tiverem como referência os valores aplicáveis às carreiras do Grupo de Atividades de
Educação Básica do Poder Executivo, de que trata a Lei nº 15.293, de 2004.

Ficam revogados o inciso I do art. 1º, os incisos I, II e III do art. 2º, os arts. 10 e 13 e
Art. 39
os Anexos I, III e IV da Lei nº 18.975, de 2010.

Art. 40 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, ressalvadas as vigências
específicas estabelecidas nos artigos desta Lei.

Palácio Tiradentes, em Belo Horizonte, aos 30 de junho de 2015; 227º da Inconfidência


Mineira e 194º da Independência do Brasil.

FERNANDO DAMATA PIMENTEL

Download: Anexo - Lei nº 21710/2015 - Minas Gerais-MG

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Legislação Educacional

GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Código de Conduta Ética do Agente Público e da


Alta Administração Estadual (DECRETO Nº 46.644,
DE 6 DE NOVEMBRO DE 2014)

&

Deliberações do Conselho de Ética

Dezembro / 2016

CONSELHO DE ÉTICA PÚBLICA


ESTADO DE MINAS GERAIS

189
Legislação Educacional

GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

GOVERNADOR

Fernando Damata Pimentel

C O N S E L H O D E É T I C A P Ú B L I C A - CONSET

www.conselhodeetica.mg.gov.br

Elaboração : Secretaria Executiva do CONSET

Dezembro / 2016

190
2
Legislação Educacional

SUMÁRIO
1 - Código de Conduta Ética - Decreto 46.644/2014 ................................................................... 5

2 - Regimento Interno do CONSEP/MG- Deliberação nº. 001/2004 ......................................... 15

3 - Participação de autoridade pública em atividades de natureza político-eleitoral-


Deliberação nº. 002/2004 ............................................................................................................ 19

3 - Denúncia ética, presentes, rito de apuração de falta ética, conflito de interesses e outras
regulamentações - Deliberação nº. 003/2004 ............................................................................. 21

4 - Declaração Confidencial de Informações - Anexo da Deliberação 003/2004 ....................... 25

5 - Situações que podem suscitar conflito de interesses e modo de prevenir- Deliberação nº.
004/2004...................................................................................................................................... 27

6 – Regimento Interno Padrão das Comissões de Ética (RIP) – Deliberação nº. 05/2005 ....... 29

7 – Formulário “Prestação de Compromisso Solene” - Anexo I (RIP) ........................................ 33

8 - Formulário “Síntese de Ocorrência Ética” - Anexo II (RIP) ................................................... 35

9 - Reexame de decisão - Deliberação nº. 006/2007 ................................................................ 39

10 - Alterações na Prestação de Compromisso Solene e na Síntese de Ocorrência Ética –


Deliberação n.º 007/2007 ............................................................................................................ 42

11 - Orienta sobre medidas a serem tomadas com relação a brindes e presentes- Deliberação
nº 008/2008 ................................................................................................................................. 49

12 - Orienta sobre a competência para instauração ,instrução, julgamento e


aplicação de sanção decorrente de processo ético- Deliberação nº 009/2008 .......................... 53

13 - Orienta sobre o apoio ou patrocínio de empresas e eventos institucionais- Deliberação nº


10/2009 ........................................................................................................................................ 54

14 - Orienta o titular de órgão ou entidade quanto à escolha de membros da comissão e suas


atribuições- Deliberação nº 11/2009 ........................................................................................... 56

15 - Introduz alteração na Deliberação nº 10/2009- Deliberação nº 12/2009 ............................. 59

16 - Modifica sigla do Conselho de Ética Pública- Deliberação nº 13/2010 .............................. 60

17 - Define competência para instauração, instrução e conclusão de processo ético

191
3
Legislação Educacional

em desfavor de membro de conselho interno- Deliberação nº 14/2010 ..................................... 61

18 - Estabelece assessoria das Comissões de Ética nos processos de competência originária


do CONSET- Deliberação nº 15/2010 ......................................................................................... 63

19 - Esclarece prazo de mandato para substituição de membros do CONSET e de comissões


de ética- Deliberação nº 16/2011 ................................................................................................ 64

20 - Estabelece rito para elaboração de pareceres, de que trata o § 3º do art. 1º do Decreto n.º
45.604, de 18 de maio de 2011- Deliberação nº 17/2011........................................................... 65

21 - Altera o formulário de Declaração Confidencial de Informações (DCI) e o Termo de


Compromisso Solene - Deliberação nº 18/2012 ......................................................................... 67

22 - Estabelece critérios para atualização da Declaração Confidencial de Informações (DCI) -


Deliberação nº 19/2014 ............................................................................................................... 75

23 - Introduz alteração nas Deliberações nº 1, de 5 de julho de 2004, e nº 3, de 23 de setembro


de 2004, e dá outra providência - Deliberação nº 20/2014. ...................................................... 77

24 – Dispõe sobre a Declaração Confidencial de Informações (DCI) e atualização de


formulários - Deliberação nº 21/2014 ......................................................................................... 79

25 - Dispositivos da Lei Delegada 180/2011, referentes ao CONSET ....................................... 93

192
4
Legislação Educacional

DECRETO Nº 46.644, DE 6/11/2014.*

Dispõe sobre o Código de Conduta Ética do


Agente Público e da Alta Administração
Estadual.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, no uso de atribuição


que lhe confere o inciso VII do art. 90 da Constituição do Estado, DECRETA:

TÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º O Código de Conduta Ética do Servidor Público e da Alta Administração


Estadual, instituído pelo Decreto nº 43.673, de 4 de dezembro de 2003, e disciplinado
pelo Decreto nº 43.885, de 4 de outubro de 2004, passa a denominar-se Código de
Conduta Ética do Agente Público e da Alta Administração Estadual e a reger-se pelas
normas estabelecidas neste Decreto.

Art. 2º O Código de Conduta Ética do Agente Público e da Alta Administração


Estadual é instrumento de orientação e fortalecimento da consciência ética no
relacionamento do agente público estadual com pessoas e com o patrimônio público.
Parágrafo único. No texto deste Decreto, equivalem-se as expressões “Código de
Conduta Ética do Agente Público e da Alta Administração” e “Código de Ética”.

Art. 3º Para fins deste Código de Ética considera-se agente público todo aquele que
exerça, ainda que transitoriamente e sem remuneração, por eleição, nomeação,
designação, convênio, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo,
mandato, cargo, emprego ou função pública em órgão ou entidade da Administração
Pública Direta ou Indireta do Poder Executivo Estadual, inclusive os integrantes da
Alta Administração do Poder Executivo Estadual de que trata o Capítulo II do Título IV
deste Código de Ética.

Parágrafo único. O agente público deve prestar compromisso solene de acatamento


e observância ao disposto neste Código de Ética, em formulário próprio estabelecido
pelo Conselho de Ética Pública – CONSET, a ser arquivado juntamente com os
documentos comprobatórios de seu vínculo com o Poder Executivo no respectivo
órgão ou entidade.

Art. 4º As condutas elencadas neste Código de Ética, ainda que tenham descrição
idêntica à de outros estatutos, com eles não concorrem nem se confundem.

Art. 5º Este Código de Ética não impede a criação e a existência de códigos de ética
específicos, desde que esses não contrariem o disposto neste Decreto.

Art. 6º As atividades de divulgação e orientação sobre conduta ética no Poder


Executivo Estadual são de competência do CONSET e das Comissões de Ética
existentes em cada órgão ou entidade, segundo as disposições constantes deste
Código de Ética e das Deliberações do CONSET.

TÍTULO II

DA CONDUTA ÉTICA

CAPÍTULO I

193
5
Legislação Educacional

DOS PRINCÍPIOS E VALORES FUNDAMENTAIS

Art. 7º A conduta do agente público integrante da Administração Pública do Poder


Executivo Estadual deve reger-se pelos seguintes princípios:

I - boa-fé;

II - honestidade;

III - fidelidade ao interesse público;

IV - impessoalidade;

V - dignidade e decoro no exercício de suas funções;

VI - lealdade às instituições;

VII - cortesia;

VIII - transparência;

IX - eficiência;

X - presteza e tempestividade;

XI - respeito à hierarquia administrativa;

XII - assiduidade;

XIII - pontualidade;

XIV - cuidado e respeito no trato com as pessoas, subordinados, superiores e colegas;


e

XV - respeito à dignidade da pessoa humana.

CAPÍTULO II

DOS DIREITOS E GARANTIAS NO AMBIENTE DE TRABALHO

Art. 8º Como resultantes da conduta ética que deve imperar no ambiente de trabalho e
em suas relações interpessoais, são direitos e garantias do agente público:

I - igualdade de acesso e oportunidades de crescimento intelectual e profissional em


sua respectiva carreira;
II - liberdade de manifestação, observado o respeito à imagem da instituição e dos
demais agentes públicos;
III - igualdade de oportunidade nos sistemas de aferição, avaliação e reconhecimento
de desempenho;
IV - manifestação sobre fatos que possam prejudicar seu desempenho ou reputação;
V - sigilo a informação de ordem pessoal;
VI - atuação em defesa legítima de seu interesse ou direito; e
VII - ciência do teor da acusação e vista dos autos, quando estiver sendo investigado.

194 6
Legislação Educacional

CAPÍTULO III

DOS DEVERES E DAS VEDAÇÕES DO AGENTE PÚBLICO

Seção I

Dos Deveres Éticos Fundamentais

Art. 9º São deveres éticos fundamentais do agente público:


I - agir com lealdade e boa-fé;
II - ser justo e honesto no desempenho de funções e no relacionamento com
subordinados, colegas, superiores hierárquicos, parceiros, patrocinadores e usuários
do serviço;
III - observar os princípios e valores da ética pública;
IV - atender prontamente às questões que lhe forem encaminhadas;
V - ser ágil na prestação de contas de suas atividades;
VI - aperfeiçoar o processo de comunicação e contato com o público;
VII - praticar a cortesia e a urbanidade e respeitar a capacidade e as limitações
individuais de colegas de trabalho e dos usuários do serviço público, sem preconceito
ou distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, preferência política,
posição social e outras formas de discriminação;
VIII - representar contra atos que contrariem as normas deste Código de Ética;
IX - resistir a pressões de superiores hierárquicos, contratantes, interessados e outros
que visem a obter favores, benesses ou vantagens ilegais ou imorais, denunciando
sua prática;
X - comunicar imediatamente aos superiores todo ato ou fato contrário ao interesse
público, para providências cabíveis;
XI - participar de movimentos e estudos relacionados à melhoria do exercício de suas
funções, visando ao bem comum;
XII - apresentar-se ao trabalho com trajes adequados ao exercício da função;
XIII - manter-se atualizado com instruções, normas de serviço e legislação pertinentes
ao órgão ou entidade de exercício;
XIV - facilitar atividades de fiscalização pelos órgãos de controle;
XV - exercer função, poder ou autoridade de acordo com a lei e regulamentações da
Administração Pública, sendo vedado o exercício contrário ao interesse público; e
XVI - divulgar e estimular o cumprimento deste Código de Ética.

Seção II

Das Vedações

Art. 10. É vedado ao agente público:


I - utilizar-se de cargo, emprego ou função, de facilidades, amizades, posição e
influências para obter favorecimento para si ou para outrem;
II - prejudicar deliberadamente a reputação de subordinados, colegas, superiores
hierárquicos ou pessoas que dele dependam;
III - ser conivente com erro ou infração a este Código de Ética ou ao Código de Ética
de sua profissão;
IV - usar de artifícios para procrastinar ou dificultar exercício de direito de qualquer
pessoa;
V - deixar de utilizar conhecimentos, avanços técnicos e científicos ao seu alcance no
desenvolvimento de suas atividades;
VI - permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou interesses
de ordem pessoal interfiram no trato com o público ou com colegas hierarquicamente
superiores ou inferiores;
VII - pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber ajuda financeira, gratificação,
prêmio, comissão, doação ou vantagem, para si ou outra pessoa, visando ao
cumprimento de sua atribuição, ou para influenciar outro servidor;

7 195
Legislação Educacional

VIII - alterar ou deturpar teor de documentos;


IX - iludir ou tentar iludir pessoa que necessite de atendimento em serviços públicos;
X - desviar agente público para atendimento a interesse particular;
XI - retirar de repartição pública, sem autorização legal, documento, livro ou bem
pertencente ao patrimônio público;
XII - usar informações privilegiadas obtidas em âmbito interno de seu serviço, em
benefício próprio, de parentes, amigos ou de terceiros;
XIII - apresentar-se embriagado ou drogado para prestar serviço;
XIV - permitir ou contribuir para que instituição que atente contra a moral, honestidade
ou dignidade da pessoa humana tenha acesso a recursos públicos de qualquer
natureza;
XV - exercer atividade profissional antiética ou ligar seu nome a empreendimentos que
atentem contra a moral pública;
XVI - permitir ou concorrer para que interesses particulares prevaleçam sobre o
interesse público;
XVII - exigir submissão, constranger ou intimidar outro agente público, utilizando-se do
poder que recebe em razão do cargo, emprego ou função pública que ocupa; e
XVIII - participar de qualquer outra atividade que possa significar conflito de interesse
em relação à atividade pública que exerce.

Art. 11. Para os fins deste Código de Ética, ao agente público é vedada ainda a
aceitação de presente, doação ou vantagem de qualquer espécie, independente do
valor monetário, de pessoa, empresa ou entidade que tenha ou que possa ter
interesse em:
I - quaisquer atos de mero expediente de responsabilidade do agente público;
II - decisão de jurisdição do órgão ou entidade de vínculo funcional do agente público;
e
III - informações institucionais de caráter sigiloso a que o agente público tenha acesso.

Art. 12. O agente público que fizer denúncia infundada estará sujeito às sanções deste
Código.

TÍTULO III

DO CONSELHO E DA COMISSÃO DE ÉTICA

CAPÍTULO I

DO CONSELHO DE ÉTICA PÚBLICA – CONSET

Art. 13. O Conselho de Ética Pública – CONSET, criado pelo Decreto nº 43.673, de 4
de dezembro de 2003, passa a reger-se pelas normas estabelecidas neste Decreto,
competindo-lhe:
I - assessorar o Governador e os Secretários de Estado em questões que envolvam
normas deste Código de Ética;
II - receber denúncias sobre atos de autoridade praticados em contrariedade às
normas deste Código de Ética e proceder à apuração de sua veracidade, desde que
devidamente instruídas e fundamentadas;
III - instaurar, após as apurações pertinentes, processo ético que envolva conduta de
integrante da Alta Administração Estadual, assim como decidir sobre recursos contra
decisão sua ou proferida em processos instaurados pelas Comissões de Ética do
Poder Executivo;
IV - submeter ao Governador do Estado sugestões de aprimoramento deste Código de
Ética;
V - dirimir dúvidas a respeito da interpretação das normas deste Código de Ética e
deliberar sobre os casos omissos;

196 8
Legislação Educacional

VI - promover ampla divulgação deste Código de Ética;


VII - convocar qualquer autoridade ou agente público do Poder Executivo para prestar
esclarecimento sobre denúncias em desfavor da respectiva instituição ou de seus
dirigentes;
VIII - responder consultas de autoridades e de agentes públicos em matéria regulada
por este Código de Ética;
IX - emitir parecer acerca de enquadramento em hipóteses de impedimento para fins
de nomeação, designação ou contratação, a título comissionado, de pessoas para o
exercício de funções, cargos e empregos no Poder Executivo Estadual; e
X - elaborar o seu regimento interno.

Art. 14. O CONSET é composto por sete membros, escolhidos e designados pelo
Governador do Estado entre brasileiros de reconhecida idoneidade moral, reputação
ilibada e dotados de notórios conhecimentos de Administração Pública.

§ 1º O exercício da função de conselheiro, no âmbito do CONSET, é considerado de


relevante interesse público, não enseja qualquer espécie de remuneração, sendo
permitido o pagamento de verbas indenizatórias para despesas com deslocamento,
hospedagem e alimentação.

§ 2º Cabe ao Governador do Estado escolher o Presidente do Conselho, entre seus


membros.

§ 3º Os membros do CONSET cumprirão mandato de três anos, admitida uma


recondução.

§ 4º O voto de desempate compete ao Presidente.

Art. 15. A Secretaria Executiva do Conselho de Ética Pública tem por finalidade o
apoio técnico e administrativo às ações de competência do CONSET.

Art. 16. Normas complementares ao funcionamento do CONSET serão estabelecidas


em Deliberação.

CAPÍTULO II

DAS COMISSÕES DE ÉTICA

Art. 17. Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Direta e Indireta do


Poder Executivo Estadual haverá uma Comissão de Ética com a finalidade de divulgar
as normas deste Código de Ética e atuar na prevenção e na apuração de falta ética no
âmbito da respectiva instituição.

Art. 18. Compete à Comissão de Ética:


I - orientar e aconselhar o agente público sobre ética profissional no respectivo órgão
ou entidade;
II - alertar agentes públicos quanto à conduta no ambiente de trabalho, especialmente
no tratamento com as pessoas e com o patrimônio público;
III - adotar formas de divulgação das normas éticas e de prevenção de falta ética;
IV - registrar condutas éticas relevantes;
V - decidir pela instauração e conduzir processo ético, observadas as normas
estabelecidas no Título V deste Decreto e em Deliberações do CONSET;
VI - elaborar seu regimento interno, observadas normas e diretrizes expedidas pelo
CONSET; e
VII - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas ou delegadas pelo CONSET.

9 197
Legislação Educacional

Art. 19. A Comissão de Ética é composta por três titulares e dois suplentes escolhidos
pelo dirigente máximo entre os agentes públicos em exercício no órgão ou entidade e
com mandatos de três anos, sendo facultada uma recondução por igual período.

§ 1º Exceções ao disposto no caput deste artigo serão analisadas pelo CONSET e


deliberadas em reunião plenária.

§ 2º A atuação em Comissão de Ética não enseja remuneração e os trabalhos nela


desenvolvidos são considerados prestação de relevante serviço público.

§ 3º Os órgãos e entidades regionalmente estruturados podem instituir Comissões de


Ética Regionais, que receberão normas e diretrizes expedidas pelo CONSET, por meio
da respectiva Comissão de Ética Central.

TÍTULO IV

DA CONDUTA ÉTICA DO GESTOR PÚBLICO

CAPÍTULO I

DAS NORMAS ÉTICAS FUNDAMENTAIS

Art. 20. Para fins deste Código de Ética considera-se gestor público, o agente público
que por força do cargo, emprego ou função recebe poder público para coordenar e
dirigir pessoas e trabalhos.

Art. 21. A atuação do gestor público deve pautar-se especialmente nas seguintes
condutas:
I - adotar medidas para evitar conflitos de interesse privado com o interesse público;
II - tratar respeitosamente subordinados e demais colegas de trabalho;
III - combater práticas que possam suscitar qualquer forma de abuso de poder;
IV - utilizar, exclusivamente, o poder institucional que lhe é atribuído por meio do
cargo, função ou emprego público que ocupa, para viabilizar o atendimento ao
interesse público;
V - buscar a excelência na qualidade do trabalho, utilizando a crítica, quando
necessária, de forma construtiva e em caráter reservado, focando o ato ou fato e não a
pessoa; e
VI - apoiar a divulgação e adoção de condutas éticas no ambiente de trabalho.

Art. 22. É vedado ao gestor público receber auxílio-transporte, hospedagem e demais


recursos financeiros ou favores de particulares que possam gerar dúvidas quanto a
sua probidade ou imparcialidade.

Parágrafo único. É permitida a participação em eventos, desde que tornada pública


qualquer remuneração, bem como pagamento de despesas de viagem pelo promotor
do evento, que não poderá ter interesse em decisão a ser proferida pelo gestor.

Art. 23. É permitido ao gestor público o exercício não remunerado de encargo de


mandatário, desde que não implique a prática de atos de comércio ou quaisquer
outros incompatíveis com o exercício do seu cargo, emprego ou função, nos termos da
lei.

Art. 24. O gestor público deverá informar a existência de eventual conflito de


interesses, bem como comunicar qualquer circunstância ou fato impeditivo de sua
participação em decisão coletiva ou em órgão colegiado.

Art. 25. É vedado ao gestor público opinar publicamente sobre:

198 10
Legislação Educacional

I - honorabilidade e desempenho funcional de outro gestor público estadual;


II - mérito de questão a ele submetida, para decisão individual ou em órgão colegiado;
e
III - matérias não atinentes a sua área de competência.

CAPÍTULO II

DA ALTA ADMINISTRAÇÃO

Art. 26. A Alta Administração do Poder Executivo Estadual compõe-se dos seguintes
gestores públicos:
I - Governador e Vice-Governador;
II - Secretários de Estado, Secretários-Adjuntos, Subsecretários, Chefes de Gabinete e
equivalentes hierárquicos de órgãos da Administração Direta do Poder Executivo
Estadual, bem como titulares de unidades administrativas ligadas diretamente ao
dirigente máximo ou ao subsecretário e equivalentes hierárquicos;
III - Dirigentes e Vice-Dirigentes de entidades da Administração Indireta do Poder
Executivo Estadual, seus Chefes de Gabinete e titulares de unidades administrativas
ligadas diretamente ao dirigente máximo;
IV - ocupantes de cargo de direção e assessoria direta ao Governador, Vice-
Governador e dirigente máximo de órgão ou entidade da Administração Pública Direta
e Indireta do Poder Executivo Estadual;
V - Presidentes de órgãos colegiados deliberativos de empresas públicas e
sociedades de economia mista do Poder Executivo;
VI - Presidentes de Conselhos Estaduais; e
VII - outros agentes públicos, conforme deliberado pelo CONSET.

Parágrafo único. Para efeito deste Código de Ética, o termo “autoridade pública”
equivale aos gestores públicos da Alta Administração.

Art. 27. A autoridade pública deve possibilitar à sociedade aferir a lisura de processo
decisório governamental e adotar mecanismos de consulta, visando à transparência
de sua gestão.

Art. 28. A autoridade pública contribuirá para o fortalecimento da conduta ética na


instituição, apoiando as ações da Comissão de Ética.

Art. 29. A autoridade pública enviará ao CONSET, no prazo de dez dias contados do
início do exercício no cargo, emprego ou função, declaração de informações sobre sua
situação patrimonial e de trabalhos exercidos anteriormente.

Parágrafo único. Compete ao CONSET, por meio de Deliberação, a regulamentação


da forma de encaminhamento da declaração, os critérios de atualização das
informações, a documentação a ser anexada, as medidas em razão do
descumprimento do envio e demais questões pertinentes ao cumprimento do disposto
neste artigo.

Art. 30. A autoridade pública que mantiver participação superior a cinco por cento do
capital social ou votante de sociedade de economia mista, instituição financeira ou
empresa que negocie com o Poder Público deverá comunicar esse fato ao CONSET.

Art. 31. Informações pertinentes à situação patrimonial da autoridade pública serão


analisadas pelo CONSET e arquivadas em envelope lacrado, que poderá ser reaberto
para efeito de reexame ou atualização de informações.
Parágrafo único. As alterações relevantes no patrimônio da autoridade pública deverão
ser imediatamente comunicadas ao CONSET.

11 199
Legislação Educacional

Art. 32. Propostas de trabalho ou negócio futuro em setor privado e negociações que
envolvam conflito com o interesse público deverão ser imediatamente informadas ao
CONSET, independentemente de sua aceitação ou rejeição.
Parágrafo único. Cabe ao CONSET regulamentar a forma de encaminhamento da
informação de que trata o caput .

Art. 33. Após deixar o cargo, função ou emprego público, a autoridade pública não
poderá:
I - atuar em benefício ou em nome de pessoa física ou jurídica, inclusive sindicato ou
associação de classe, em processo ou negócio do qual tenha participado, em razão do
cargo, emprego ou função; e
II - prestar consultoria a pessoa física ou jurídica, inclusive sindicato ou associação de
classe, valendo-se de informações não divulgadas publicamente a respeito de
programas ou políticas do órgão ou da entidade da Administração Pública Estadual a
que esteve vinculado ou com que tenha tido relacionamento direto e relevante nos seis
meses anteriores ao término do exercício de função pública.

Art. 34. Na ausência de lei que estabeleça outro prazo, será de quatro meses,
contados da saída da Administração Pública do Poder Executivo Estadual, o período
de interdição para atividade incompatível com cargo, função ou emprego público
anteriormente exercido, obrigando-se a autoridade a observar, nesse prazo, as
seguintes regras:
I - não aceitar cargo, emprego ou função de administrador ou conselheiro, ou
estabelecer vínculo profissional com pessoa física ou jurídica com a qual tenha
mantido relacionamento oficial direto e relevante nos seis meses anteriores à da saída
do Poder Executivo; e
II - não intervir, em benefício ou em nome de pessoa física ou jurídica, junto a órgão
ou entidade da Administração Pública Estadual com que tenha tido relacionamento
oficial direto e relevante nos seis meses anteriores à da saída do Poder Executivo.

Art. 35. Ao deixar o cargo, emprego ou função, a autoridade pública deverá observar
as limitações constantes deste Código de Ética e as deliberadas pelo CONSET.

Art. 36. O CONSET informará ao Governador do Estado o nome da autoridade que


descumprir o disposto neste Código de Ética.

TÍTULO V

DO PROCEDIMENTO E DAS SANÇÕES ÉTICAS

Art. 37. A apuração de fato com indícios de desrespeito a este Código de Ética será
instaurada em razão de denúncia fundamentada ou de ofício pela Comissão de Ética
ou pelo CONSET.

§ 1º A apuração será conduzida pela Comissão de Ética ou pelo CONSET, segundo


respectivas competências, e poderá ocorrer mediante averiguação preliminar ou
processo ético.

§ 2º A averiguação preliminar pode culminar em processo ético ou arquivamento com


ou sem recomendação.

§ 3º O processo ético será instaurado quando a Comissão ou o CONSET entender


que a conduta seja passível de sanção .

Art. 38. Observadas as competências originária e recursal e após o devido processo


ético, a violação do disposto neste Código de Ética, acarretará as seguintes sanções
aplicáveis pela Comissão ou pelo CONSET:
I - advertência; ou

200 12
Legislação Educacional

II - censura.

Parágrafo único. A ocorrência de mais de uma advertência no mesmo período


avaliatório de desempenho ou uma de censura é considerada violação grave a este
Código de Ética.

Art. 39. Da decisão final em Processo Ético caberá:


I – pedido de reconsideração à instância responsável pela abertura do processo ético;
e
II – recurso ao CONSET.

Art. 40. Na hipótese de aplicação de sanção, após esgotados os recursos, serão


informados:
I - a chefia imediata e o dirigente máximo do órgão ou entidade em que o agente
público sancionado está em exercício; e
II - o Governador, no caso de sanção de agente da Alta Administração do Poder
Executivo Estadual.

Parágrafo único. Cópia da síntese de ocorrência ética será enviada:


I - à unidade de gestão de pessoas para ser juntada e considerada no processo de
avaliação de desempenho do agente público sancionado; e
II – ao Conselho de Ética Pública.

Art. 41. O CONSET pode avocar processo em trâmite na Comissão de Ética.

Art. 42. A Comissão de Ética e o CONSET não podem escusar-se de proferir decisão
em processo ético, alegando omissão deste Código de Ética que, se existente, será
suprida pela invocação dos princípios que regem a Administração Pública.

Art. 43. O exercício de apuração de falta ética prescreve em dois anos.

§1º O prazo de prescrição começa a ser contado a partir da data de ocorrência do


fato.

§2º A instauração de averiguação preliminar ou processo ético interrompe a


prescrição.

§3º A prescrição intercorrente não se aplica nos procedimentos éticos de que trata
este Código de Ética.

Art. 44. Normas complementares à matéria tratada neste Título V serão estabelecidas
em Deliberação do CONSET.

TITULO VI

DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 45. Os atuais mandatos de membros de Comissões de Ética serão ajustados


conforme o disposto no art. 19 deste Código de Ética.

Art. 46. O apoio logístico-operacional necessário ao funcionamento do Conselho de


Ética Pública é de responsabilidade da Secretaria de Estado de Casa Civil e de
Relações Institucionais – SECCRI, conforme disposto no inciso XXVII do art. 84 da Lei
Delegada nº 180, de 20 de janeiro de 2011.
Parágrafo único. Qualquer órgão ou entidade do Poder Executivo Estadual pode
complementar o apoio logístico-operacional da SECCRI ao CONSET de forma
eventual ou, se contínua, por meio de Termo de Cooperação. (Revogado pelo art. 50 do
Decreto nº. 47.058, de 14/10/2016)

13 201
Legislação Educacional

Art. 47. Ficam revogados os Decretos nº 43.673, de 4 de dezembro de 2003, nº


43.885, de 4 de outubro de 2004, e nº 44.591, de 7 de agosto de 2007.

Art. 48. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio Tiradentes, em Belo Horizonte, aos 6 de novembro de 2014; 226º da


Inconfidência Mineira e 193º da Independência do Brasil.

ALBERTO PINTO COELHO


Danilo de Castro
Maria Coeli Simões Pires
Renata Maria Paes de Vilhena

*Decreto publicado em 7/11/2014 e retificado em 18/11/2014 e 17/12/2014.

202 14
Legislação Educacional

DELIBERAÇÃO Nº. 001, DE 05 DE JULHO DE 2004.

Aprova o Regimento Interno do Conselho de Ética


Pública do Estado de Minas Gerais - CONSEP/MG.

O CONSELHO DE ÉTICA PÚBLICA, com fundamento no Art. 2º, inciso VII do Decreto
nº. 43.673, de 04 de dezembro de 2003 (substituído pelo Decreto 46.644/2014), delibera:

Art. 1º - Fica aprovado na forma desta Deliberação o Regimento Interno do


Conselho de Ética Pública.

Art. 2º - Esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3º - Revogam–se as disposições em contrário.

REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO DE ÉTICA PÚBLICA


DO ESTADO DE MINAS GERAIS - CONSEP-MG

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - O Conselho de Ética Pública do Estado de Minas Gerais-CONSEP-MG


é órgão colegiado consultivo, pertence à estrutura orgânica do Poder Executivo, como
órgão de administração direta do Governo e tem sua competência estabelecida no
Decreto nº 43.673/2003 (substituído pelo Decreto 46.644/2014) que o criou.

Art. 2º - O funcionamento do CONSEP rege-se pelo disposto no Decreto nº.


43673/2003 (substituído pelo Decreto 46.644/2014), e neste Regimento Interno.
Art. 3º - Para efeito deste regimento, a palavra Conselho e a sigla CONSEP
equivalem-se à denominação Conselho de Ética Pública do Estado de Minas Gerais.

CAPÍTULO II
Da Competência

Art. 4º - Compete ao Conselho de Ética Pública:


I - zelar pelo cumprimento dos princípios e regras éticas e pela transparência
na conduta da Administração Pública Direta e Indireta do Estado;
II - assessorar o Governador e os Secretários de Estado em questões que
envolvam normas do Código de Conduta Ética;
III - receber denúncia sobre atos de autoridades praticados em contrariedade
às normas do Código de Conduta Ética e proceder à apuração de sua veracidade,
desde que devidamente instruídas e fundamentadas, inclusive com a identificação do
denunciante;
IV - comunicar ao denunciante as providências adotadas, ao final do
procedimento;
V - submeter ao Governador do Estado sugestões de aprimoramento do
Código de Conduta Ética;
VI - dirimir dúvidas a respeito da interpretação das normas do Código de
Conduta Ética e deliberar sobre os casos omissos:
VII - expedir normas e diretrizes para orientação das Comissões de Éticas dos
Órgãos e Entidades da Administração Pública Estadual Direta e Indireta;

VIII - expedir outras normas complementares necessárias ao desempenho de


suas funções previstas no Código de Conduta Ética;

15 203
Legislação Educacional

IX - dar ampla divulgação ao Código de Conduta Ética.

CAPITULO III
DA Composição

Art. 5º - O Conselho de Ética Pública é composto por cinco membros,


escolhidos e designados pelo Governador do Estado entre brasileiros de reconhecida
idoneidade moral, reputação ilibada e dotados de notórios conhecimentos de
Administração Pública.

Art. 5º - O Conselho de Ética Pública é composto por sete membros, escolhidos


e designados pelo Governador do Estado entre brasileiros de reconhecida idoneidade
moral, reputação ilibada e dotados de notórios conhecimentos de Administração
Pública. (Redação dada pelo art. 1º do Decreto nº 44.445, de 25/1/2007, posteriormente substituído
pelo Decreto 46.644/2014)

§ 1º - A atuação, no âmbito do Conselho de Ética Pública não enseja qualquer


remuneração para seus membros e os trabalhos nele desenvolvidos serão
considerados prestação de relevante serviço público.
§ 2º - Cabe ao Governador do Estado escolher o Presidente do Conselho,
entre seus membros.
§ 3º - Os membros do Conselho de Ética Pública cumprirão mandato de três
anos, admitida uma recondução.

CAPÍTULO IV
Do Funcionamento

Art. 6º - As deliberações do Conselho de Ética Pública serão tomadas por voto


da maioria de seus membros, cabendo ao Presidente o voto de qualidade.
Art. 7º - O Conselho de Ética Pública terá uma Secretaria-Executiva, que lhe
prestará apoio técnico e administrativo.

Art. 8º - As reuniões do Conselho de Ética Pública ocorrerão, em caráter


ordinário mensalmente e, extraordinariamente, sempre que necessário, por iniciativa
de qualquer de seus membros.
§ 1º - A pauta das reuniões do Conselho de Ética Pública será organizada pelo
Secretário-Executivo a partir da composição de sugestão de qualquer de seus
membros, admitindo-se, no início de cada reunião a inclusão de novos assuntos.
§ 2º - Assuntos específicos e urgentes poderão ser objeto de deliberação
mediante comunicação entre os membros do Conselho de Ética Pública.

Art. 9º - A convocação para a reunião ordinária, seu adiamento ou suspensão,


far-se-á por escrito, com pelo menos 5 (cinco) dias de antecedência e, quando a
reunião for extraordinária 48 (quarenta e oito) horas quando o motivo não exigir
urgência maior.

Art. 10 - As reuniões do Conselho obedecerão ao seguinte roteiro:


I - Abertura;
II - leitura e aprovação de ata de reunião anterior;
III - apresentação de matéria em pauta;
IV - discussão, votação e deliberação de matéria apresentada;
V - assuntos gerais;
VI - encerramento.

Art. 11 - As decisões do conselho serão tomadas por maioria dos votos dos
membros presentes e registradas em ata.

204 16
Legislação Educacional

Art. 12 - O Conselho solicitará às Secretarias de Estado de Governo, à


Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão e à Auditoria-Geral do Estado a
assessoria de que necessitar.

CAPITÚLO V
Das Atribuições

Art. 13 - Ao Presidente do Conselho de Ética Pública compete:


I - convocar e presidir as reuniões;
II - orientar os trabalhos do Conselho, ordenar os debates, iniciar e concluir as
deliberações;
III - orientar e supervisionar os trabalhos da Secretaria-Executiva;
IV - tomar os votos e proclamar os resultados;
V - autorizar a presença de pessoas nas reuniões que, por si ou por entidades
que representem, possam contribuir para os trabalhos do Conselho;
VI - assinar correspondência externa em nome do Conselho e solicitar as
assinaturas dos demais Conselheiros quando considerar conveniente;
VII - proferir voto de qualidade;
VIII - determinar ao Secretário-Executivo, ouvido o Conselho, providências
junto a determinada Comissão de Ética para instauração de procedimentos de
apuração, quando detectar prática de ato ou fato passível de infringência a princípio ou
regra ético-profissional ou em desacordo com o preceituado no Código de Conduta
Ética e neste Regimento.
IX - decidir os casos de urgência, ad referendum do Conselho.

Art. 14 - Aos membros do Conselho de Ética Pública compete:


I - examinar as matérias que lhes forem submetidas, emitindo pareceres;
II - pedir vista de matéria em deliberação no Conselho;
III - solicitar informações a respeito de matérias sob exame das Comissões;
IV - representar o Conselho em atos públicos, por delegação de seu
Presidente;

Art. 15 - Ao Secretário-Executivo compete:


I - organizar a agenda das reuniões, assegurar o apoio logístico ao Conselho e
gerir a Secretaria Executiva;
II - secretariar as reuniões do Conselho;
III - proceder ao registro das reuniões e à elaboração de suas atas;
IV - dar apoio ao Conselho e aos seus integrantes para o cumprimento das
atividades que lhe sejam próprias;
V - instruir as matérias submetidas a deliberações;
VI - providenciar, previamente à instrução de matéria para a deliberação pelo
Conselho, nos casos em que houver necessidade, parecer sobre a legalidade de ato a
ser por ele baixado;
VII - desenvolver ou supervisionar a elaboração de estudos e pareceres com
vistas a subsidiar o processo de tomada de decisão do Conselho;
VIII - solicitar às autoridades submetidas ao Código de Conduta Ética do
Servidor Público e da Alta Administração Estadual informações e subsídios para
instruir assunto sob apreciação do Conselho;
IX - tomar as providências necessárias ao cumprimento do disposto no art. 7º,
VII deste Regimento, bem como outras determinadas pelo Presidente do Conselho, no
exercício de suas atribuições.

CAPÍTULO VI
Dos Deveres e Responsabilidades dos Membros do Conselho

17 205
Legislação Educacional

Art. 16 - Os membros do Conselho obrigam-se a apresentar e manter


arquivadas na Secretaria-Executiva as declarações de bens e rendas assim como
informações sobre sua situação patrimonial que, real ou potencialmente, possam
suscitar conflito com o interesse público, indicando o modo pelo qual irão evitá-lo.

Art. 17 - O membro do Conselho que, em razão de sua atividade profissional,


tiver relacionamento específico em matéria que envolva autoridade submetida ao
Código de Conduta Ética do Servidor Público e da Alta Administração Estadual,
deverá abster-se de participar de deliberação que, de qualquer modo, a afete.

Art. 18 - As matérias examinadas nas reuniões do Conselho são consideradas


de caráter sigiloso até sua deliberação final.

Art. 19 - Os membros do Conselho não poderão se manifestar publicamente


sobre situação específica que possa vir a ser objeto de deliberação formal do
Colegiado.

Art. 20 - Os membros do Conselho deverão justificar eventual impossibilidade


de comparecer às reuniões.

CAPITULO VII
Disposições Gerais e Finais

Art. 21 - Caberá ao Conselho dirimir qualquer dúvida relacionada a este


Regimento Interno, bem como promover as modificações que julgar necessárias.
Parágrafo único - Os casos omissos serão resolvidos pelo colegiado.

Belo Horizonte, 05 de julho de 2004.

CONSELHO DE ÉTICA PÚBLICA

Ayrton Maia
Conselheiro Presidente
Paulo Roberto Haddad
Conselheiro

Raul Machado Horta


Conselheiro

João Camilo Penna


Conselheiro

Adrienne Giannetti Nelson de Senna


Conselheira

206 18
Legislação Educacional

DELIBERAÇÃO Nº. 002, DE 05 DE AGOSTO DE 2004.

Dispõe sobre a participação de autoridade pública


submetida ao Código de Conduta Ética do Servidor
Público e da Alta Administração Estadual em atividades
de natureza político-eleitoral.

O Conselho de Ética Pública, com fundamento no art. 2º do Decreto nº 43673, de 04


dezembro de 2003 (substituído pelo Decreto 46.644/2014) adota, nos termos da Resolução
nº. 07 da Comissão de Ética, da Presidência da República, a presente deliberação
interpretativa do Código de Conduta Ética do Servidor Público e da Alta Administração
Estadual, no que se refere à participação de autoridades públicas em eventos político-
eleitorais.

Art. 1º - A autoridade pública submetida ao Código de Conduta Ética do


Servidor Público e da Alta Administração Estadual poderá participar, na condição de
cidadão-eleitor, de eventos de natureza político-eleitoral, tais como convenções e
reuniões, de partidos políticos, comícios e manifestações públicas autorizadas em lei.
Parágrafo único - Para efeito desta Deliberação a expressão Código de Conduta Ética
do Servidor Público e da Alta Administração Estadual e a sigla CCESPAA se
equivalem.

Art. 2º - A Atividade político-eleitoral da autoridade não poderá resultar em


prejuízo do exercício da função pública, nem implicar o uso de recursos, bens públicos
de qualquer espécie ou de servidores a ela subordinados.

Art. 3º - A autoridade deverá abster-se de:


I - se valer de viagens de trabalho para participar de eventos político-eleitorais;
II - expor publicamente divergências com outra autoridade administrativa ou
criticar-lhe a honorabilidade e o desempenho funcional;
III - exercer, formal ou informalmente, função de Administrador de campanha
eleitoral.

Art. 4º - Nos eventos político-eleitorais de que participar, a autoridade não


poderá fazer promessa, ainda que de forma implícita, cujo cumprimento dependa do
cargo público que esteja exercendo, tais como realização de obras, liberação de
recursos e nomeação para cargos ou empregos.

Art. 5º - A autoridade, a partir do momento em que manifestar de forma pública


a intenção de candidatar-se a cargo eletivo, não poderá praticar ato de gestão do qual
resulte privilégio para pessoa física ou entidade, pública ou privada, situada em base
eleitoral ou de seus familiares.

Art. 6º - Para prevenir-se de situação que possa suscitar dúvidas quanto à sua
conduta ética e ao cumprimento das normas estabelecidas pelo CCESPAA, a
autoridade deverá consignar em agenda de trabalho de acesso público:
I - audiências concedidas, com informações sobre seus objetivos, participantes
e resultados, as quais deverão ser registradas por servidor do órgão ou entidade por
ela designado para acompanhar a reunião;
II - eventos político-eleitorais de que participe, informando as condições
logísticas e financeiras da sua participação.

Art. 7º - Havendo possibilidade de conflito de interesse entre a atividade


político-eleitoral e a função pública, a autoridade deverá abster-se de participar
daquela atividade ou requerer seu afastamento do cargo.

19 207
Legislação Educacional

Art. 8º - Em caso de dúvida, autoridade poderá consultar o Conselho de Ética.

Art. 9º - Esta Deliberação entra em vigor na data de sua assinatura.

Belo Horizonte, 05 de agosto de 2004.

CONSELHO DE ÉTICA PÚBLICA


Ayrton Maia
Conselheiro Presidente

Paulo Roberto Haddad


Conselheiro

Raul Machado Horta


Conselheiro

João Camilo Penna


Conselheiro

Adrienne Giannetti Nelson de Senna


Conselheira

208 20
Legislação Educacional

DELIBERAÇÃO Nº. 003, DE 23 DE SETEMBRO DE 2004.

Regulamenta dispositivos do Código de Conduta Ética do


Servidor Público e da Alta Administração Estadual.

O Conselho de Ética Pública, no uso da competência que lhe é conferida pelo


Decreto nº 43.673 (substituído pelo Decreto 46.644/2014), em seu Art. 1º e no Art. 2º, inciso
V, e, tendo em vista as disposições constantes do Código de Conduta Ética do
Servidor Público e da Alta Administração, delibera:

Art. 1º - Equivalem-se, para efeitos desta Deliberação, as expressões


“Conselho de Ética Pública” e “Conselho”; “Comissão de Ética” e “Comissão”; “Código
de Conduta Ética do Servidor Público e da Alta Administração Estadual” e “Código de
Conduta Ética”.

Art. 2º - Compete ao Conselho apurar, de ofício, ou mediante denúncia, ato ou


fato, considerado antiético, em tese, e atribuído a Secretário de Estado, Secretário-
Adjunto, Subsecretário, Chefe de Gabinete, Superintendente e seus equivalentes
hierárquicos nos demais Órgãos da Administração Direta; Presidente ou Diretor-Geral
e Diretor de Autarquia, Fundação ou Empresa Pública.
Parágrafo único - O serviço de expediente, a assessoria técnica e
administrativa do Conselho ficam a cargo de sua Secretaria Executiva.

Art. 3º - Os servidores públicos que integram a Comissão de Ética são


indicados pelo titular de cada órgão ou entidade, devendo ter reputação ilibada e
notórios conhecimentos sobre a missão e atribuições do órgão ou entidade em que se
encontre lotado.

Art. 4º - Está sujeito ao Código de Conduta Ética todo aquele que exerça, ainda
que transitoriamente e sem remuneração, por eleição, nomeação, designação,
contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo,
emprego ou função pública em Órgão ou Entidade da Administração Pública Direta e
Indireta do Poder Executivo.
Parágrafo único - O titular do órgão ou entidade deve encaminhar ao Conselho
os nomes dos servidores titulares da Comissão de Ética e de seus substitutos, assim
como o respectivo presidente.

Art. 5º - A Comissão de Ética e a Secretaria Executiva do Conselho deverão


dispor de Livro de Protocolo e arquivo seguro para a guarda das denúncias
apresentadas, dos procedimentos instaurados e concluídos, bem como dos
expedientes encaminhados e recebidos.

Art. 6º - A denúncia sobre ato ou fato, relativo à conduta ética, deverá


descrever a conduta considerada antiética, em tese, as infringências às disposições
constantes dos Títulos I e II do Código de Conduta Ética, anexar as provas já
existentes e indicar o nome e endereço completos do denunciante.
§ 1º - A denúncia será protocolada, por ordem de chegada e autuada, na
Comissão ou na Secretaria Executiva do Conselho, e encaminhada para exame e
decisão.
§ 2º - A denúncia que não atender às condições estabelecidas no “caput” será
devolvida ao denunciante pela Secretaria Executiva do Conselho ou pela Comissão.

Art. 7º - Aquele que apresentar denúncia infundada está sujeito às penalidades


do Código de Conduta Ética do Servidor Público e da Alta Administração.

Art. 8º - As dúvidas a respeito da interpretação das normas do Código de


Conduta Ética deverão ser apresentadas, por escrito, para que possam ser objeto de
exame e decisão do Conselho.

21 209
Legislação Educacional

Art. 9º - O Servidor Público e as Autoridades mencionadas no Art. 11 do Código


de Conduta Ética não poderão aceitar brindes, independentemente de seu valor, salvo
quando estes forem distribuídos a título propaganda, divulgação habitual ou por
ocasião de eventos especiais ou datas comemorativas. (Revogado pelo art.13 da
Deliberação nº 008, de 14/10/2008)

Art.10 - A forma de doação de presentes, de que trata o Parágrafo único do Art.


18º do Código, deverá ser comprovada mediante recibo da beneficiária, que será
encaminhado em até 10 (dez) dias úteis, contados da doação para a Comissão de
Ética, quando se tratar de servidor público ou para o Conselho de Ética Pública,
quando se tratar das autoridades mencionadas no Art. 11º do Código de Conduta
Ética. (Revogado pelo art.13 da Deliberação nº 008, de 14/10/2008)

Art. 11 - É dever do servidor não atender a pressões de qualquer natureza que


visem à obtenção de favores, benesses e vantagens indevidas, observando-se
também os deveres de cortesia, urbanidade e respeito, previstos no Art. 5º, incisos VI
e VIII, do Código de Conduta Ética.

Art. 12 - As autoridades mencionadas no Art. 11 do Código de Conduta Ética


deverão avaliar se o exercício concomitante de outras atividades ou se sua situação
patrimonial poderá suscitar conflito com o interesse público, devendo preencher o
formulário anexo a esta Deliberação e protocolá-lo junto à Secretaria Executiva do
Conselho de Ética Pública, em até 10 (dez) dias úteis contados da data da posse.
Parágrafo único - As autoridades empossadas anteriormente à data desta
deliberação terão 10 (dez) dias úteis, contados de sua publicação, para o cumprimento
do disposto no “caput”.

Art. 13 - As hipóteses previstas nos Artigos 14 e 15 do Código de Conduta


Ética deverão ser comunicadas e protocoladas junto à Secretaria Executiva do
Conselho, em até 10 (dez) dias úteis contados da data da alteração patrimonial.

Art. 14 - A apuração de falta ética, pelo Conselho ou pela Comissão de Ética,


obedecerá ao seguinte rito:
I - conhecimento e registro do ato ou fato considerado antiético, de ofício, ou
mediante denúncia;
II - exame do ato ou fato segundo os princípios, direitos, deveres e vedações
constantes do Código de Conduta Ética, em até 10 (dez) dias úteis;
III - notificação ao Denunciado, em 5 (cinco) dias úteis, que deverá manifestar-
se sobre as irregularidades, em igual prazo.
IV - realização de diligências e produção de provas pela Comissão de Ética ou
pelo Conselho de Ética Pública ou pelo Denunciante, em 15 (quinze) dias corridos;
V - notificação ao Denunciado para produzir as provas, em 15 (quinze) dias
corridos;
VI - encerrada a instrução, notificar o Denunciado, em 5 (cinco) dias úteis, para
apresentar suas razões finais de defesa, em igual prazo.
VII - recebidas as razões finais de defesa, elaborar, em até 30 (trinta) dias
corridos a síntese da ocorrência, o julgamento e a notificação da decisão ao
Denunciado, conforme ANEXO II, da Deliberação Nº 005; (Este Anexo foi substituído
pelo ANEXO II, da Deliberação nº 007, de 14/11/2007.)

VIII - comunicação ao superior hierárquico e à Comissão de Avaliação de


Desempenho da aplicação de advertência ou censura, na hipótese do Denunciado não
apresentar recurso, em até 5 (cinco) dias úteis, após a ciência da decisão da
Comissão de Ética ou do Conselho de Ética Pública, em grau de recurso.

210 22
Legislação Educacional

Parágrafo Único – É considerada falta ética não atender convocação do


Conselho ou de Comissão de Ética. (Acrescentado pela Deliberação nº 20, de 20/8/2014.)

Art. 15 - As autoridades julgadas pelo Conselho de Ética Pública poderão


apresentar Pedido de Reconsideração ao Conselho, em até 5 (cinco) dias úteis,
contados da ciência da decisão e, em 2ª instância, recurso ao Governador do Estado.
§ 1º - O Pedido de Reconsideração ou o Recurso ao Governador serão
protocolados na Secretaria Executiva do Conselho.
§ 2º - O Pedido de Reconsideração ou o Recurso deverão ser decididos, em
até 15 (quinze) dias úteis.
§ 3º - O Conselho, em 3 (três) dias úteis, poderá rever a sua decisão no Pedido
de Reconsideração ou dar encaminhamento ao recurso apresentado. (Revogado pelo
art.20 da Deliberação nº 006, de 10/10/2007)

Art. 16 - O recurso da decisão da Comissão de Ética, previsto no Art. 7º, § 7º


do Código de Conduta Ética, será endereçado ao Conselho de Ética Pública, por
intermédio da Comissão, que poderá, em 3 (três) dias, rever sua decisão no Pedido de
Reconsideração anteriormente apresentado ou dar encaminhamento ao recurso, que
deverá ser decidido em até 30 (trinta) dias.
Parágrafo único - O servidor poderá, ainda, recorrer ao Conselho de Ética
Pública, de cuja decisão não caberá Pedido de Reconsideração ou Recurso ao
Governador. (Revogado pelo art.20 da Deliberação nº 006, de 10/10/2007)

Art. 17 - Quando a Comissão concluir que o servidor, além da falta ética,


poderá ser responsabilizado nas esferas administrativa, civil ou penal, encaminhará
cópia do procedimento à unidade correicional do órgão/entidade ou à
Superintendência Central de Correição Administrativa da Auditoria-Geral do Estado.
§ 1º - A gravidade da conduta será considerada em razão da lesão ou prejuízo
causado à eficácia e eficiência do serviço público.
§ 2º - O Conselho de Ética encaminhará à Superintendência Central de
Correição Administrativa cópia do processo quando a autoridade processada for
também detentora de cargo, emprego ou função pública e a conduta for considerada
grave.

Art. 18 - As ementas previstas no Art. 7º, § 8º, *do Decreto 43885/2004, serão
divulgadas pela Comissão de Ética no próprio órgão ou entidade e uma cópia será
enviada ao Conselho de Ética Pública, para sua distribuição junto às demais
Comissões de Ética, objetivando a formação da consciência ética na prestação de
serviços públicos e a homogeneidade de procedimentos que garantam a igualdade de
tratamento. (*o texto sublinhado não constou da deliberação original.)

Art. 19 - As Comissões de Ética, observadas as disposições do Código de


Conduta Ética do Servidor Público e as diretrizes emanadas do Conselho de Ética
Pública, terão Regimento Interno - padrão aprovado previamente pelo Conselho.
Parágrafo único - O Conselho designará 03 (três) servidores membros da
comissão de ética para a elaboração da proposta de Regimento – padrão.

Art. 20 - O disposto nesta Deliberação não esgota a competência


regulamentadora do Conselho que, a qualquer tempo, poderá estabelecer outras
normas que considerar pertinentes. (Revogado pelo art. 20 da Deliberação nº 006, de
10/10/2007)

23 211
Legislação Educacional

Art. 21 - Esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, aos 23 de setembro de 2004.

CONSELHO DE ÉTICA PÚBLICA

Ayrton Maia
Conselheiro Presidente

Paulo Roberto Haddad


Conselheiro

Raul Machado Horta


Conselheiro

João Camilo Penna


Conselheiro

Adrienne Giannetti Nelson de Senna


Conselheira

212 24
Legislação Educacional

GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS


CONSELHO DE ÉTICA PÚBLICA

DECLARAÇÃO CONFIDENCIAL DE INFORMAÇÕES


(Instituída pelo Art.12 da Deliberação Nº. 003/2004 do Conselho de Ética Pública, devendo ser
preenchida pelas autoridades mencionadas em seu Art. 2º, que se enquadrarem na hipótese prevista no
Art. 11 do Código de Conduta Ética).
I – DADOS PESSOAIS
1. Nome completo 2. Servidor do quadro permanente da Adm. Pública?
| | Sim | | Não
3. Cargo 4. Data Posse 5. Órgão/Entidade

6. Cônjuge 7. Profissão (do cônjuge)

8. Endereços
- Trabalho:
- Residência:
9. Endereço para correspondência 10. Telefone 11. E-mail

II - ATIVIDADES ANTERIORES - ÚLTIMOS 12 MESES ANTES DA POSSE NO ATUAL


CARGO
12. Atividade 13. Órgão, Empresa, etc. Renda Renda
Fixa Variável
(Valor) (Valor)

a.

b.

c.

d.
III - BENS E DIREITOS – (PESSOAIS, CÔNJUGE E DEPENDENTES)
14. Tipo 15. Data da aquisição ou 16. Administrador (se terceiro) 17. Valor
constituição

a.

b.

c.

( ) – NÃO POSSUÍMOS NENHUM BEM


OU DIREITO
IV - CONFLITO REAL/POTENCIAL COM O INTERESSE PÚBLICO
18. Atividades concomitantes ao exercício do Cargo Público.

19. Declaração de existência ou não de conflito real/potencial com o Interesse Público, salvo melhor juízo.

20. Havendo conflito real/potencial, indicar as medidas adotadas para evitá-lo.

______________________________________________________ ______________________________________________________
(cidade, dia, mês, ano) (CPF e Assinatura)

OBS.: Caso o espaço não seja suficiente juntar anexo contendo assinatura.

25 213
Legislação Educacional

INSTRUÇÕES PARA PREENCHIMENTO


DA DECLARAÇÃO CONFIDENCIAL DE INFORMAÇÕES INSTITUÍDA PELO ART.12 DA
DELIBERAÇÃO Nº. 003/2004 DO CONSELHO DE ÉTICA PÚBLICA

I - DADOS PESSOAIS

1. Nome completo sem abreviações;


2. Informar se é ou não servidor efetivo do Poder Executivo Estadual;
3. Indicar o cargo para o qual foi nomeado (Secretário de Estado, Secretário-Adjunto,
Subsecretário, Chefe de Gabinete, Superintendente e seus equivalentes hierárquicos nos demais
Órgãos da Administração Direta; Presidente ou Diretor de Autarquia, Fundação ou Empresa
Pública);
4. Data da posse;
5. Órgão para o qual foi nomeado;
6. Nome completo do cônjuge, sem abreviações;
7. Profissão do cônjuge. Se mais de uma, indicar a de rendimento mais expressivo;
8. Endereços do local de trabalho e da residência, incluindo cidade, estado e CEP;
9. Endereço para correspondência, se diferente do residencial;
10. Número de telefone precedido do código de área;
11. Endereço do correio eletrônico.

II - ATIVIDADES ANTERIORES - 01 (UM) ANO ANTES DA POSSE NO ATUAL CARGO

12. Informar as atividades exercidas nos últimos doze meses antes da posse no atual cargo;
13. Indicar o nome da Empresa ou Órgão onde exerceu tais atividades e o valor da renda fixa ou
variável;

III - BENS E DIREITOS – UTILIZAR FOLHA À PARTE OU VERSO SE NECESSÁRIO.

14. Relacionar os bens e direitos do patrimônio do declarante, do cônjuge e dos dependentes;


15. Indicar a data da aquisição ou constituição do bem ou direito;
16. Informar o responsável pela administração, quando não for o declarante;
17. Indicar o valor de mercado do bem ou direito no mês da posse.

IV - CONFLITO REAL/POTENCIAL COM O INTERESSE PÚBLICO

18. Informar claramente a existência ou não de atividades concomitantes ao exercício do cargo


público.
Exemplo: Não possuo atividades concomitantes ao exercício do cargo público.

19. Declarar expressamente a existência ou não de conflito real/potencial com o Interesse


Público em razão do exercício das atividades mencionadas no item anterior.
Exemplo: Não possuo atividade que signifique conflito com o interesse público.

20. Em caso de declaração afirmativa nos campos 18 e 19, indicar as medidas adotadas para
evitar conflito real/potencial com o Interesse Público.

OBSERVAÇÕES: I – Nenhum campo do formulário deve ficar em branco. Todos devem ser
preenchidos de maneira expressa, sem traços ou expressões que comprometam a clareza da
informação, tais como “nada consta”, “nenhuma”, “nada a declarar”, “não”, etc. Estes casos não
serão aceitos.
II – a) Havendo dúvidas, consulte a Secretaria Executiva do Conselho de Ética
Pública;
b) Após analisadas pelo Conselho, as informações serão encerradas em envelope
lacrado;
c) O envelope só poderá ser aberto por determinação da autoridade declarante ou
de membro do Conselho de Ética Pública.

214 26
Legislação Educacional

DELIBERAÇÃO Nº. 004, DE 23 DE SETEMBRO DE 2004.

Identifica situações que suscitam conflito de interesses e


dispõe sobre o modo de preveni-los.

O Conselho de Ética Pública, com o objetivo de orientar as autoridades submetidas


ao Código de Conduta Ética do Servidor Público e da Alta Administração Estadual na
identificação de situações que possam suscitar conflito de interesses, observado o
disposto na Lei Federal nº. 8.429, de 02 de junho de 1992 e na Deliberação nº 003
deste Conselho, esclarece:

Art. 1º - Considera-se “autoridade submetida ao Código de Conduta Ética do


Servidor Público e da Alta Administração” aquelas de que trata o artigo 11 do Decreto
nº 43.673/2003 (substituído pelo Decreto 46.644/2014) que contém o referido Código.

Art. 2º - Suscita conflito de interesses o exercício de atividades que:


I - em razão da sua natureza, incompatíveis com as atribuições do cargo ou
função pública da autoridade, prevista no art. 11 do Código de Conduta Ética do
Servidor Público e da Alta Administração, inclusive, a atividade desenvolvida em áreas
ou matérias afins à competência funcional;
II - violem o princípio da integral dedicação pelo ocupante de cargo em
comissão ou função de confiança, que exige a precedência das atribuições do cargo
ou função pública sobre quaisquer outras atividades;
III - impliquem a prestação de serviços a pessoa física ou jurídica ou a
manutenção de vínculo de negócio com pessoa física ou jurídica que tenha interesse
em decisão individual ou coletiva da autoridade;
IV - possam, pela sua natureza, implicar o uso de informação à qual a
autoridade tenha acesso em razão do cargo e não seja de conhecimento público.

Art. 3º - A ocorrência de conflito de interesses independe do recebimento direto


ou por meio de terceiros de qualquer ganho ou retribuição pela autoridade.

Art. 4º - A autoridade poderá prevenir a ocorrência de conflito de interesses ao


adotar, conforme o caso, uma ou mais das seguintes providências:
I - encerrar a atividade externa ou licenciar-se do cargo público, enquanto
perdurar a situação passível de suscitar conflito de interesses;
II - alienar bens e direitos que integram o seu patrimônio e cuja manutenção
possa suscitar conflito de interesses;
III - transferir a administração dos bens e direitos que possam suscitar conflito
de interesses à instituição financeira ou a administradora de carteira de valores
mobiliários autorizada a funcionar pelo Banco Central ou pela Comissão de Valores
Mobiliários, conforme o caso, mediante instrumento contratual que contenha cláusula
que vede a participação da autoridade em qualquer decisão de investimento, assim
como o seu prévio conhecimento de decisões da instituição administradora quanto à
gestão dos bens e direitos;
IV - na hipótese de conflito de interesses específico e transitório, comunicar
sua ocorrência ao superior hierárquico ou aos demais membros de órgão colegiado de
que faça parte a autoridade, em se tratando de decisão coletiva, abstendo-se de votar
ou participar da discussão do assunto;
V - divulgar publicamente sua agenda de compromissos, com identificação das
atividades que não sejam decorrência do cargo ou função pública.

Art. 5º - As propostas de trabalho ou de negócio futuro no setor privado, bem


como qualquer negociação que envolva conflito de interesses, deverão ser
imediatamente informados pela autoridade pública ao CONSEP, independentemente
da sua aceitação ou rejeição.

27 215
Legislação Educacional

Art. 6º - O Conselho de Ética Pública deverá ser informado pela autoridade e


opinará, em cada caso concreto, sobre a suficiência da medida adotada para prevenir
situação que possa suscitar conflito de interesses.

Art. 7º - O formulário anexo à Deliberação nº 003/2004 deste Conselho deverá


ser atualizado sempre que necessário e encaminhado ao CONSEP.

Art. 8º - A participação de autoridade em conselhos de administração e fiscal


de empresa privada, da qual a União seja acionista, somente será permitida quando
resultar de indicação institucional da autoridade pública competente. Nestes casos, é-
lhe vedado participar de deliberação que possa suscitar conflito de interesses com o
Poder Público.

Art. 9º - No trabalho voluntário em organizações do terceiro setor, sem


finalidade de lucro, também deverá ser observado o disposto na Deliberação.

Art. 10 - As consultas dirigidas ao Conselho de Ética Pública deverão estar


acompanhadas dos elementos pertinentes à legalidade da situação exposta.

Art. 11 - Esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, aos 23 de setembro de 2004.

CONSELHO DE ÉTICA PÚBLICA

Ayrton Maia Paulo Roberto Haddad


Conselheiro Presidente Conselheiro

Adrienne Giannetti Nelson de Senna Raul Machado Horta


Conselheira Conselheiro

João Camilo Penna


Conselheiro

216 28
Legislação Educacional

DELIBERAÇÃO Nº. 005, DE 03 DE MARÇO DE 2005.

Aprova o Regimento Interno Padrão das Comissões


de Ética de que dispõe o Código de Conduta Ética do
Servidor Agente Público e da Alta Administração
Estadual. (Texto modificado no Decreto 46.644/2014),

O Conselho de Ética Pública do Estado de Minas Gerais – CONSEP CONSET


(sigla modificada pela Deliberação nº 13/2010), no uso da competência que lhe é
conferida pelos Decretos nº 43.673, de 04 de dezembro de 2003 (substituído pelo
Decreto 46.644/2014), e nº 43.885, de 04 de outubro de 2004 (substituído pelo Decreto
46.644/2014), delibera:

Art. 1º - Fica aprovado o Regimento Interno Padrão da Comissão de Ética de


que trata o Capítulo I do Decreto no 43.885, de 04 de outubro de 2004 (substituído pelo
Decreto 46.644/2014), que dispõe sobre o Código de Conduta Ética do Servidor Público e
da Alta Administração Estadual.
Parágrafo único - Normas complementares ao Regimento aprovado por esta
Deliberação poderão ser estabelecidas no âmbito de cada órgão ou entidade.

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 2º - O funcionamento da Comissão de Ética de que trata o Decreto nº


43.885, de 04 de outubro de 2004 (substituído pelo Decreto 46.644/2014), rege-se pelo
Código de Conduta Ética do Servidor Público e da Alta Administração Estadual e por
este Regimento Interno Padrão – RIP.
Parágrafo único - Havendo necessidade, a Comissão de Ética poderá propor
ao titular do órgão ou entidade que representam, normas de funcionamento
complementares a este Regimento Interno.

Art. 3º - Para efeitos deste Regimento, equivalem-se às expressões “Código de


Conduta Ética do Servidor Público e da Alta Administração Estadual” e “Código de
Ética”; “Comissão de Ética e “Comissão”; “Conselho de Ética Pública do Estado de
Minas Gerais”, “Conselho de Ética e CONSEP CONSET”; “Regimento Interno Padrão”,
“Regimento” e “RIP”.

CAPÍTULO II
DA COMPETÊNCIA

Art. 4º - Compete à Comissão de Ética:


I - zelar pela observância do Código de Conduta Ética do Servidor Público e da
Alta Administração Estadual, especificamente seu Título I, responsabilizando-se pela
formalização do compromisso solene de seu acatamento, no ato de posse, investidura
em função pública ou celebração de contrato de trabalho, conforme ANEXO I; (Este
Anexo foi substituído pelo ANEXO II, da Deliberação nº 21, de 11/12/2014.)

II - responsabilizar-se pela divulgação das Deliberações do Conselho de Ética


Pública - CONSEP CONSET em seu órgão ou entidade;

III - planejar e executar atividades periódicas que visem à prevenção de


desvios éticos;
IV - orientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor público, no
tratamento com as pessoas e com o patrimônio público e ainda conhecer
concretamente de imputação ou de procedimento susceptível de censura;

29 217
Legislação Educacional

V - apurar, de ofício ou em razão de denúncia, condutas que possam


configurar infringência a princípio ou regra ético - profissional;
VI - conhecer de consultas, denúncias ou representações formuladas contra
servidor público, repartição ou setor em que haja ocorrido a falta, cuja análise e
deliberação forem recomendáveis para atender ou resguardar o exercício do cargo,
emprego ou função pública, desde que formuladas por autoridade, servidor, qualquer
cidadão ou entidade associativa regularmente constituída, com a devida identificação.
VII - fornecer à Comissão de Avaliação de Desempenho de que trata a Lei
Complementar nº. 71, de 30 de julho de 2003, os registros sobre a conduta ética dos
servidores públicos, para o efeito de instruir e fundamentar promoções e para os
demais procedimentos próprios da carreira do servidor público;
VIII - esclarecer dúvidas a respeito da aplicação do Código de Ética em seu
órgão ou entidade e solicitar orientações ao CONSEP CONSET, quando necessário;
IX - colaborar, quando solicitado, com órgãos e entidades da administração
federal, estadual e municipal, ou dos Poderes Legislativo e Judiciário;
X - seguir as normas e diretrizes emanadas pelo CONSEP CONSET e atender
prontamente suas solicitações;
XI - adotar orientações complementares, de caráter geral, quando houver
necessidade, ou específico mediante resposta a consultas formuladas por servidores.
XII - encaminhar sugestão ou consulta ao Conselho de Ética Pública, quando
considerar necessário;
XIII - instaurar procedimento para apuração de ato que possa configurar
descumprimento ao Código de Conduta Ética;
XIV - adotar uma das seguintes providências em caso de infração apurada em
processo ético:
a) advertência verbal ou escrita, nos casos de menor gravidade; ou
b) censura ética, nos casos de maior gravidade ou de reincidência na alínea
“a”;
c) encaminhamento de sua decisão e respectivo expediente para a unidade
correicional do órgão, da entidade ou à Superintendência Central de Correição
Administrativa, nos casos de maior gravidade da conduta do servidor ou de sua
reincidência.
XV - elaborar ementa da qual conste o número do processo, o ato ou fato
apurado e a decisão proferida, sem, contudo mencionar o nome do acusado, a qual
deverá ser afixada em lugar visível, no órgão ou entidade, e divulgada junto às demais
comissões de ética, objetivando o desenvolvimento da consciência ética.

CAPÍTULO III
DA COMPOSIÇÃO

Art. 5º - A Comissão é composta por três membros titulares e dois suplentes,


escolhidos e designados pelo dirigente do órgão ou entidade, com mandato de dois
anos, facultada uma recondução por igual período.
§ 1º - O Presidente da Comissão será designado pelo titular do órgão ou
entidade.
§ 2º - O membro titular, em seu impedimento, será substituído pelo suplente,
convocado pelo Presidente, em tempo hábil.

CAPÍTULO IV
DO FUNCIONAMENTO

Art. 6º - A Comissão reunir-se-á pelo menos a cada 30 dias.


§ 1º - A Comissão estabelecerá o dia e a semana no mês em que se reunirá, e
em caso de necessidade de alteração da data estabelecida, haverá necessidade de
comunicação formal;

218 30
Legislação Educacional

§ 2º - Haverá obrigatoriamente relatório de todas as reuniões realizadas,


ordinárias e extraordinárias, inclusive aquelas com a presença de servidores
submetidos ao Código de Ética, rubricado pelos membros em todas as páginas.
Art. 7º - A Comissão poderá ter um secretário, designado dentre os servidores
lotados no órgão/entidade para apoio técnico e administrativo.
Parágrafo único - O Presidente da Comissão poderá solicitar apoio técnico e
administrativo às diversas Unidades dos órgãos e entidades.

Art. 8º - Compete ao Presidente da Comissão:


I - presidir as reuniões e os trabalhos da Comissão;
II - colocar em votação os assuntos submetidos à Comissão

Art. 9º - As reuniões da Comissão obedecerão ao seguinte roteiro:


I - leitura e aprovação do relatório da reunião anterior e das medidas em
andamento dos trabalhos da Comissão;
II - discussão das medidas em andamento e da nova matéria;
III - programação das ações necessárias aos próximos trabalhos da Comissão;
IV - assuntos gerais.

Art. 10 - Compete aos membros da Comissão:


I - solicitar informações a respeito de matérias sob exame da Comissão;
II - instruir as matérias submetidas à deliberação;
III - providenciar a instrução de matéria nos casos em que houver necessidade
de parecer sobre a legalidade de ato a ser por ela baixado;
IV - requisitar aos servidores submetidos ao Código de Conduta Ética
documentos, informações e subsídios para instruir assunto sob apreciação da
Comissão.

CAPÍTULO V
DA APURAÇÃO DE FALTA ÉTICA

Art.11 - A apuração de falta ética, pela Comissão de Ética, obedecerá ao


seguinte rito:
I - conhecimento e registro do ato ou fato considerado antiético, de ofício, ou
mediante denúncia identificada *fundamentada. (*Com base na redação do art. 37, do
Decreto nº 46.644/2014.)
II - exame do ato ou fato segundo os princípios, direitos, deveres e vedações
constantes do Código de Conduta Ética, em até dez dias úteis;
III - notificação ao Denunciado, em 5 (cinco) dias úteis, que deverá manifestar-
se sobre as irregularidades, em igual prazo.
IV - realização de diligências e produção de provas pela Comissão de Ética ou
pelo denunciante, em 15 dias corridos;
V - notificação ao Denunciado para produzir as provas, em 15 dias corridos;
VI - encerrada a instrução, notificar o Denunciado, em 5 (cinco) dias úteis, que
deverá apresentar suas razões finais de defesa, em igual prazo.
VII - recebidas as razões finais de defesa, elaborar, em até 30 (trinta) dias
corridos a síntese da ocorrência, o julgamento e a notificação da decisão ao
Denunciado, conforme ANEXO II, da Deliberação nº. 005; (Este Anexo foi substituído
pelo ANEXO III, da Deliberação nº 21, de 11/12/2014.)

VIII - comunicação ao superior hierárquico e à Comissão de Avaliação de


Desempenho da aplicação de advertência verbal ou censura, na hipótese do
denunciado não apresentar recurso, em até cinco dias úteis 10 (dez) dias, após a
ciência da decisão da Comissão de Ética ou do Conselho de Ética Pública em grau de
recurso. (Prazo alterado pelo art. 3º da Deliberação nº 006, de 10/10/2007.)

31 219
Legislação Educacional

§ 1º - Não será conhecida denúncia anônima, sendo ainda considerada como


tal aquela em que o signatário não tenha existência legal. (Revogado tacitamente
conforme caput do art. 37 do Decreto nº 46.644/2014.)
§ 2º - O servidor deverá ser notificado para tomar ciência do julgamento
(campo IV do formulário “Síntese de Ocorrência Ética”) em até 30 (trinta) dias corridos,
contados da data da decisão.

Art.12 - Quando a Comissão concluir que o servidor, além da falta ética, poderá
ser responsabilizado nas esferas administrativa, civil ou penal, encaminhará cópia do
procedimento à unidade correicional do órgão/entidade ou à Superintendência Central
de Correição Administrativa da Auditoria-Geral Controladoria-Geral do Estado.
(Mudança de denominação conforme Art. 35 da Lei Delegada nº 180, de 20 de janeiro de 2011)

CAPÍTULO VI
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 13 - O Presidente da Comissão, na sua ausência, será substituído pelo


membro mais antigo da Comissão e, no caso de empate, pelo que estiver a mais
tempo no serviço público.

Art. 14 - O membro da Comissão que incorrer, em tese, em falta ética será


afastado pelo titular do órgão ou entidade, podendo ser reconduzido caso seja
absolvido.

Art. 15 - Eventuais conflitos de interesse, efetivos ou potenciais, que possam


surgir em função do exercício de atividades profissionais, deverão ser informados aos
demais membros da Comissão.

Art. 16 - As matérias examinadas nas reuniões da Comissão são consideradas


de caráter sigiloso até sua deliberação final, quando a Comissão deverá decidir sua
forma de encaminhamento.

Art. 17 - Os membros da Comissão não poderão se manifestar publicamente


sobre situação específica que possa vir a ser objeto de sua deliberação formal.

Art. 18 – Esta deliberação entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, aos 3 de março de 2005.

CONSELHO DE ÉTICA PÚBLICA

Ayrton Maia
Conselheiro Presidente

Paulo Roberto Haddad


Conselheiro

Raul Machado Horta


Conselheiro

João Camilo Penna


Conselheiro

Adrienne Giannetti Nelson de Senna


Conselheira

220 32
Legislação Educacional

(Este anexo foi substituído pelo Anexo II da Deliberação nº 21/2014)

(Este anexo foi substituído pelo Anexo I da Deliberação nº 007/2007)

ANEXO I
(a que se refere o inciso I do Art. 4º do Regimento Interno Padrão-RIP - Deliberação nº
005/2005)

PRESTAÇÃO DE COMPROMISSO SOLENE

(conforme Art. 9º do Decreto 43.885 de 04/10/2004 [substituído pelo Decreto 46.644/2014])


(FAVOR PREENCHER COM LETRA DE FORMA OU DIGITAR)
DADOS PESSOAIS
1. Nome completo 2. Servidor do quadro permanente da Adm. Pública?
| | Sim | | Não
3. Cargo efetivo 4..MASP

5- Unidade de lotação

TERMO DE COMPROMISSO SOLENE

Declaro conhecer os princípios, valores éticos e as normas estabelecidas pelo Código de


Conduta Ética do Servidor Público e da Alta Administração Estadual e, neste Ato,
comprometo-me com sua observância e acatamento e com todos os valores morais que se
apliquem à Administração Pública.

Cargo ________________________Data da Posse______________________

Assinatura do servidor

__________________________________________________
(nome e MASP)

Presidente da Comissão de Ética

__________________________________________________
(nome e MASP)

Titular ou representante da unidade de Pessoal

__________________________________________________
(nome e MASP)

_______________________________________________________
(cidade, dia, mês, ano)

33 221
Legislação Educacional

Orientações gerais para preenchimento do Anexo I

Dados pessoais do servidor

Preencher com letra de forma ou digitar

1- Apresentar nome completo;


2- Informar se é servidor do quadro permanente do Estado;
3- Se sim para a pergunta 2, informar denominação e código do cargo efetivo ocupado;
4- Se sim para a pergunta 2, informar MASP;
5- Informar a unidade administrativa de lotação, no órgão ou entidade.

Termo de Compromisso Solene


1- Ler a declaração
2- Preencher o nome do cargo e data de posse a que se refere este termo

3- Assinatura

4- O nome e masp do servidor, presidente e titulares das unidades de pessoal ou


recursos humanos devem vir digitados.

OBSERVAÇÕES:
a) - A assinatura do Termo de Compromisso Solene pressupõe o recebimento e a
leitura prévia do Código de Conduta Ética do Servidor Público e da Alta Administração.
b) - Em se tratando de posse em cargo efetivo, informar denominação e código.
c) - No caso de cargo em comissão, informar denominação, código, símbolo e forma de
recrutamento, se amplo (A), ou limitado (L).
d) - O Presidente da Comissão de Ética do órgão /entidade, bem como o titular ou
representante da unidade de pessoal deverão apresentar nome, MASP e assinar o Termo.

222 34
Legislação Educacional

(Este anexo foi substituído pelo Anexo III da Deliberação nº 21/2014)


(Este anexo foi substituído pelo Anexo II da Deliberação nº 007/2007)

ANEXO II
(a que se refere o inciso VII do Art. 11 do Regimento Interno Padrão-RIP - Deliberação nº
005/2005)

SÍNTESE DE OCORRÊNCIA ÉTICA

(conforme Art. 7º, §§ 4º, 5º e 6º do Decreto 43.885 de 04/01/04 [substituído pelo Decreto
46.644/2014])

(FAVOR PREENCHER COM LETRA DE FORMA OU DIGITAR)


I - DADOS PESSOAIS DO SERVIDOR
1. Nome completo 2. Servidor do quadro permanente da Adm. Pública?
( ) Sim ( ) Não
3. Cargo efetivo 4- Cargo em comissão
4 5- Masp 6.. Outra função

7 Unidade de lotação 8. Profissão

9. Endereço

II – RESUMO DA OCORRÊNCIA - DATA:____/_____/____

III- PARECER E DECISÃO DA COMISSÃO DE ÉTICA - DATA:____/____/____

NOME E ASSINATURA DOS MEMBROS DA COMISSÃO DE ÉTICA

__________________________________________________ __________________________________________________
PRESIDENTE (nome e MASP) (nome e MASP)

__________________________________________________
(nome e MASP)

IV – CIÊNCIA DA DECISÃO
ASSINATURA DO SERVIDOR

__________________________________________________ _______________________________________________________
(nome e MASP) (cidade, dia, mês, ano)

Observação: havendo aplicação de sanção (Art.8º) após o prazo regulamentar para interposição de recurso ao Conselho de Ética ou após o
indeferimento do recurso, uma cópia desta decisão deverá ser encaminhada ao presidente da Comissão de Avaliação de Desempenho
Individual, mediante protocolo.
(Caso o espaço não seja suficiente juntar anexo contendo assinatura)

35 223
Legislação Educacional

Orientações gerais para preenchimento do Anexo II

Preencher com letra de forma ou digitar

I - Dados pessoais do servidor


1- Nome completo (do servidor a ser investigado);
2- Informar se é servidor do quadro permanente do Estado;
3- Se sim para a pergunta 2, informar denominação e código do cargo efetivo ocupado;
4- Se ocupante de cargo em comissão, informar denominação, código, símbolo e forma
de recrutamento, se amplo (A), se limitado (L);
5- Se sim para a pergunta 2, informar número do MASP;
6- No caso da pessoa não ser servidor efetivo ou comissionado, qual a função que
desempenha, tais como contrato, estágio, etc.
7- Informar a unidade administrativa de lotação ou prestação de serviço no órgão ou
entidade;
8- Profissão do servidor;
9- Informar endereço completo: rua / avenida, nº., complemento, logradouro, município,
CEP.

II - Resumo da ocorrência

Informar a data do relato da ocorrência. O relato deve reunir, de forma sucinta,


informações fidedignas e objetivas, garantindo o registro transparente e a compreensão
clara do evento às partes interessadas envolvidas e às instâncias responsáveis pela sua
tramitação. Caso o espaço não seja suficiente utilizar folha própria à parte e rubricá-la
(modelo acompanha o formulário).

III - Parecer e decisão da Comissão de Ética

Informar data do Parecer. A Comissão de ética do órgão / entidade deverá apresentar


suas conclusões e proferir decisão (obs.: a decisão só pode ser ética) sobre a ocorrência,
baseando-se no Código de Conduta Ética do Servidor Público e da Alta Administração e
demais princípios que regem a Administração Pública.
Caso o espaço não seja suficiente utilizar folha própria à parte e rubricá-la
(modelo acompanha o formulário).

IV - Ciência da decisão

Como forma de registro de que foi dado ao Servidor conhecimento da Síntese de


Ocorrência Ética, este deverá conferir seus dados nos campos 1 a 9, assinar e datar o
documento.

224 36
Legislação Educacional

Anexo II– RESUMO DA OCORRÊNCIA – DATA: ___/___/___ (Continuação)

Rubrica: .

37 225
Legislação Educacional

Anexo II–PARECER E DECISÃO DA COMISSÃO DE ÉTICA – DATA:___/___/___


(Continuação)

.
Rubrica:
.

226 38
Legislação Educacional

DELIBERAÇÃO Nº. 006, DE 10 DE OUTUBRO 2007.

Regulamenta o reexame de decisão em processo


ético e o julgamento de processos de competência
originária do Conselho de Ética.

O Conselho de Ética Pública, no uso da competência que lhe é conferida pelo


Decreto n.º 43.673 (substituído pelo Decreto 46.644/2014), em seu Art. 1º e no Art. 2º,
inciso V, e, tendo em vista as disposições constantes do Código de Conduta Ética do
Servidor Público e da Alta Administração Estadual, DELIBERA:

CAPÍTULO I

Do Reexame da Decisão

Art. 1º. A instância máxima para tratar de ética no Estado de Minas Gerais é o
Conselho de Ética Pública.

Art. 2º. Equivalem-se, para efeitos desta Deliberação, as expressões “Conselho


de Ética Pública” ou “Conselho de Ética” e “Conselho”; “Comissão de Ética” e
“Comissão”; “Código de Conduta Ética do Servidor Público e da Alta Administração
Estadual” e “Código de Conduta Ética” ou “Código de Ética”.

Art. 3º. O pedido de reexame de decisão da Comissão de Ética ou do Conselho


de Ética deverá ser requerido em até 10 (dez) dias contados da ciência da decisão,
por meio de pedido de reconsideração ou recurso hierárquico.

Art. 4º. O pedido de reconsideração será dirigido à turma que apurou e julgou o
processo.

Art. 5º. O recurso hierárquico esgota o julgamento na esfera administrativa e


será dirigido ao presidente do Conselho de Ética, podendo ser protocolizado e
encaminhado pela Comissão de Ética.

Art. 6º. Para o encaminhamento de pedido de reconsideração ou recurso


hierárquico, o interessado deverá providenciar:

I – a exposição do fato e do direito;


II – a demonstração do cabimento da reconsideração ou do recurso interposto;
III – a apresentação das razões do pedido de reforma da decisão;

Parágrafo único. Quando o pedido de reconsideração ou recurso hierárquico


basear-se em divergência jurisprudencial, o requerente deverá prová-la.

Art. 7º. Se o julgamento do pedido de reconsideração ou do recurso for pela


aplicação de sanção ética, o fato deverá ser formalmente comunicado à Comissão de
Avaliação de Desempenho e ao dirigente do órgão ou entidade em que o agente
público encontrar-se em exercício.

§ 1º - A sanção ética será considerada pela Comissão de Avaliação de


Desempenho somente no período avaliatório em que ocorreu sua aplicação.
§ 2º - Caso a aplicação de sanção atinja a autoridade máxima de órgão ou
entidade, o Conselho de Ética Pública informará a decisão ao governador do Estado.

Art. 8º. As denúncias, pedidos de reconsideração e recursos hierárquicos,


assim como demais documentos pertinentes, serão protocolizados, numerados e
organizados em pastas.

39 227
Legislação Educacional

Art. 9º. O recurso de processo oriundo de Comissões de Ética será julgado por
turma, em câmara, composta por três conselheiros designados pelo presidente do
Conselho de Ética, que também especificará as funções de presidente, relator e
revisor.

§1º. O relator negará seguimento a recurso manifestamente inadmissível,


improcedente, prejudicado ou em confronto com decisões dominantes do Conselho de
Ética.
§2º. Na ocorrência do disposto no parágrafo anterior, caberá pedido de
reconsideração em até 05 (cinco) dias úteis, contados da ciência formal da decisão.

Art. 10. Após o julgamento do recurso, o Conselho informará a decisão do


julgado à Comissão de Ética, retornando-lhe os autos do processo, para que, em 05
(cinco) dias, providencie a entrega de cópia da decisão ao recorrente.

CAPÍTULO II

Do Procedimento Ético de Competência do Conselho

Art. 11. Antes da instauração de procedimento ético, o presidente do Conselho


poderá designar de um a três conselheiros para proceder a investigação preliminar.

Art. 12. O processo será instruído por uma Comissão Processante, composta
por três conselheiros designados pelo presidente do Conselho de Ética, que também
especificará as funções de presidente, relator e revisor.

§ 1º – Terminada a instrução, o relator elaborará, em até 30 dias, o


relatório final.
§ 2º – O conselheiro da Comissão que não acompanhar a conclusão
proposta pelo conselheiro relator, apresentará seu voto, separadamente.
§ 3º – Proferidos os votos, o presidente da Comissão anunciará o resultado do
julgamento, designando, para redigir o acórdão, o relator, ou, se este for vencido, o
autor do primeiro voto vencedor.
§ 4º – Aprovado o acórdão pela Comissão Processante, a Secretaria
Executiva do Conselho de Ética encaminhará cópia ao acusado, que poderá
apresentar pedido de reconsideração, em até 10 dias.

Art. 13. O pedido de reconsideração do resultado do julgamento será dirigido


ao Presidente da Comissão Processante.
Art. 14. A decisão da Comissão Processante quanto ao pedido de
reconsideração será encaminhada ao recorrente, que poderá apresentar recurso ao
Conselho de Ética, em até 10 (dez) dias.

Art. 15. O recurso, protocolizado junto à Secretaria Executiva, será dirigido ao


presidente do Conselho de Ética, que designará o relator e o revisor, e será julgado
em reunião plenária.

Parágrafo único. A designação do relator recairá sobre conselheiro que


não tenha participado do julgamento anterior.

Art. 16. O relator fará a leitura do relatório na reunião plenária, proferindo voto,
quando o presidente concederá a palavra aos demais conselheiros para apresentarem
seus votos.

Art. 17. O conselheiro poderá pedir vista dos autos, ficando o julgamento
suspenso até a próxima reunião do Conselho de Ética.

228 40
Legislação Educacional

Art. 18. Proferidos os votos, o presidente do Conselho anunciará o resultado


do julgamento e indicará, para redigir a decisão, o relator, ou, se este for vencido, o
autor do primeiro voto vencedor.

§ 1º – O presidente do Conselho de Ética encaminhará a decisão ao


recorrente.
§ 2º – Os autos serão arquivados no Conselho de Ética Pública.

CAPÍTULO III

Disposições Finais

Art. 19. Esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 20. Revogam-se as disposições em contrário, especialmente as contidas


nos artigos 15, 16 e 20 da Deliberação Nº. 03, de 23 de setembro de 2004.

Belo Horizonte, aos 10 de outubro de 2007.

CONSELHO DE ÉTICA PÚBLICA

Hugo Bengtsson Júnior


Conselheiro Presidente

Adrienne Giannetti Nelson de Senna


Conselheira

Alysson Paolinelli
Conselheiro

Luiz Vicente Ribeiro Calicchio


Conselheiro

Maurício Brandi Aleixo


Conselheiro

Paulo Roberto Haddad


Conselheiro

Roberto Luiz Soares de Mello


Conselheiro

41 229
Legislação Educacional

(*A Deliberação nº. 007/2007 foi revogada pela Deliberação nº. 21/2014)

*DELIBERAÇÃO N.º 007, DE 14 DE NOVEMBRO DE 2007.

Promove alterações no ANEXO I - PRESTAÇÃO DE


COMPROMISSO SOLENE E ANEXO II – SÍNTESE DE
OCORRÊNCIA ÉTICA, ambos da DELIBERAÇÃO N.º 005
de 03 de março de 2005.

O Conselho de Ética Pública do Estado de Minas Gerais - CONSEP, no uso da


competência que lhe é conferida pelos Decretos n.º 43.673, de 04 de dezembro de
2003 (substituído pelo Decreto 46.644/2014), e n.º 43.885, de 04 de outubro de 2004
(substituído pelo Decreto 46.644/2014), delibera;

Art. 1º - O ANEXO I – PRESTAÇÃO DE COMPROMISSO SOLENE, da


DELIBERAÇÃO N.º 005, de 03 março de 2005, fica substituído pelo ANEXO I desta
Deliberação;

Art. 2º - O ANEXO II – SÍNTESE DE OCORRÊNCIA ÉTICA, da DELIBERAÇÃO N.º


005, de 03 de março de 2005, fica substituído pelo ANEXO II desta Deliberação.

Art. 3º - Esta Deliberação entra em vigor, na data de sua publicação.

Belo Horizonte, aos 14 de novembro de 2007.

CONSELHO DE ÉTICA PÚBLICA

Hugo Bengtsson Júnior


Conselheiro Presidente

Adrienne Giannetti Nelson de Senna Maurício Brandi Aleixo


Conselheira Conselheiro

Alysson Paolinelli Paulo Roberto Haddad


Conselheiro .. Conselheiro

Luiz Vicente Ribeiro Calicchio Roberto Luiz Soares de Mello


Conselheiro Conselheiro

230 42
Legislação Educacional

ANEXO I

(a que se refere o Art. 1º da Deliberação - CONSEP n.º 007 de 14 de novembro de 2007)


----------------------------------------------------------
ANEXO I
(a que se refere o inciso I do Art. 4º da Deliberação - CONSEP n.º 005 de 03 de março de 2005)

PRESTAÇÃO DE COMPROMISSO SOLENE


(conforme Art. 9º do Decreto 43.885 de 04/10/2004 [substituído pelo Decreto 46.644/2014])

Versão: novembro/2007
DADOS PESSOAIS
1. Nome completo 2. Servidor Público?
| | Sim | | Não
3. Cargo ou função 4. MASP

5. Órgão ou Entidade / unidade de lotação

TERMO DE COMPROMISSO SOLENE

Declaro conhecer os princípios, os valores éticos e as normas estabelecidas pelo Código


de Conduta Ética do Agente Público e da Alta Administração Estadual, comprometendo-
me, neste Ato, com sua observância e acatamento.

Assinatura do agente público

Ass.:__________________________________________________
(nome e MASP)

_______________________________________________________
(cidade, dia, mês, ano)

Assinatura do Presidente da Comissão de Ética

Ass.:__________________________________________________
(nome e MASP)

Este formulário, preenchido e assinado, deve integrar a pasta funcional do agente público.

43 231
Legislação Educacional

Orientações gerais para preenchimento do Anexo I

A assinatura do Termo de Compromisso Solene pressupõe o recebimento e a leitura


prévia do Código de Conduta Ética.

Dados pessoais do agente público:

1- Informar nome completo;


2- esclarecer se é servidor público do Estado;
3- se servidor público, informar a denominação do cargo; se não, informar a função;
4- informar o MASP; caso não tenha MASP, informar o número do Cadastro de Pessoa
Física (CPF);
5- informar o órgão ou entidade de lotação e a unidade administrativa de exercício.

Observação:

O Presidente da Comissão de Ética do órgão ou entidade deverá indicar nome e MASP,


assinar o Termo e encaminha-lo à área responsável pela administração de recursos
humanos.

232 44
Legislação Educacional

ANEXO II
(a que se refere o Art. 2º da Deliberação - CONSEP n.º 007 de 14 de novembro de 2007)
----------------------------------------------------------
ANEXO II
(a que se refere o inciso VII do Art. 11 da Deliberação - CONSEP n.º 005 de 03 de março de 2005)

SÍNTESE DE OCORRÊNCIA ÉTICA


(conforme §§ 4º, 5º e 6º, Art. 7º do Decreto 43.885 de 04/01/04 [substituído pelo Decreto 46.644/2014])

Versão: novembro/2007
I – DADOS PESSOAIS
1. Nome completo 2. Servidor Público?
( ) Sim ( ) Não
3. Cargo efetivo 4. Cargo em comissão 5. MASP 6. Outra função

7. Órgão ou entidade / unidade administrativa

8. Endereço

II - RESUMO DA OCORRÊNCIA - DATA: ____/_____/____

(continuar em folha anexa)

III - PARECER E DECISÃO DA COMISSÃO DE ÉTICA - DATA: ____/____/____

(continuar em folha anexa)

NOME E ASSINATURA DOS MEMBROS DA COMISSÃO DE ÉTICA

Ass.: __________________________________________________ Ass.: __________________________________________________


PRESIDENTE (nome e MASP) (nome e MASP)

Ass.: __________________________________________________
(nome e MASP)

IV – CIÊNCIA DA DECISÃO
ASSINATURA DO AGENTE PÚBLICO

Ass.: ________________________________________________ _____________________________________________________


(nome e MASP) (cidade, dia, mês, ano)

Observação: havendo aplicação de sanção (Art.8º do Decreto 43.885) após o prazo regulamentar para interposição de recurso ao Conselho de Ética ou após o indeferimento
do recurso, uma cópia desta decisão deverá ser encaminhada ao presidente da Comissão de Avaliação de Desempenho Individual, mediante protocolo.

(Caso o espaço não seja suficiente, juntar anexo contendo assinatura)

45 233
Legislação Educacional

Orientações gerais para preenchimento do Anexo II

Preencher com letra de forma ou digitar.

I - Dados pessoais

1- Nome completo;
2- informar se é servidor do quadro do Estado;
3- se sim para a pergunta 2, informar denominação do cargo efetivo ocupado;
4- se ocupante de cargo em comissão, informar denominação, código, símbolo e forma
de recrutamento, se amplo (A) ou limitado (L);
5- se sim para a pergunta 2, informar número do MASP;
6- caso não seja servidor efetivo ou comissionado, informar qual função desempenha
(estagiário, contratado, etc.);
7- informar o órgão ou entidade e a unidade administrativa de exercício ou prestação de
serviço;
8- informar endereço completo: rua / avenida, n.º, complemento, logradouro, município,
CEP.

II - Resumo da ocorrência

Informar a data do relato da ocorrência. O relato deve reunir, de forma sucinta,


informações fidedignas e objetivas, para garantir o registro transparente e a
compreensão clara do evento às partes interessadas envolvidas e às instâncias
responsáveis por sua tramitação. Caso o espaço não seja suficiente, utilizar folha
própria à parte e rubricá-la (modelo acompanha o formulário).

III - Parecer e decisão da Comissão de Ética

Informar a data do Parecer. A Comissão de Ética do órgão / entidade deverá apresentar


sua conclusão e proferir decisão, que deve tratar somente de ética, sobre a ocorrência,
baseando-se no Código de Conduta Ética e demais princípios que regem a
Administração Pública.
Caso o espaço não seja suficiente, utilizar folha própria à parte e rubricá-la (modelo
acompanha o formulário).

IV - Ciência da decisão

O Agente Público deverá conferir seus dados nos campos 1 a 9, assinar e datar o
documento.

234 46
Legislação Educacional

Anexo II – RESUMO DA OCORRÊNCIA – DATA:__ _/_ __/ _(Continuação)

Rubrica:

47 235
Legislação Educacional

Anexo II–PARECER E DECISÃO DA COMISSÃO DE ÉTICA – DATA:___/___/___


(Continuação)

Rubrica:

236 48
Legislação Educacional

DELIBERAÇÃO Nº 008, DE 14 DE OUTUBRO DE 2008.

Orienta sobre as medidas a serem tomadas com relação


a brindes e presentes.

O Conselho de Ética Pública, objetivando orientar autoridades e agentes públicos


submetidos ao Código de Conduta Ética do Servidor Público e da Alta Administração
Estadual quanto ao recebimento de brindes ou presentes, esclarece:

CAPÍTULO I
Disposições Preliminares

Art. 1º - Considera-se agente público todo aquele que exerça, ainda que
transitoriamente e sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação
ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou
função pública em órgão ou entidade da Administração Pública Direta e Indireta do
Estado, conforme o disposto no parágrafo único do art. 4º do Decreto nº. 43.673, de
2003 (substituído pelo Decreto 46.644/2014).

Art. 2º - Considera-se autoridade o agente público ocupante dos seguintes


cargos:

I - Secretários de Estado, Secretários-Adjuntos, Subsecretários, Chefes de


Gabinete e seus equivalentes hierárquicos nos Órgãos da Administração Direta; e

II – ocupantes dos cargos comissionados integrantes da estrutura básica das


Entidades da Administração Indireta do Estado e da estrutura básica das Secretarias
de Estado e Órgãos Autônomos, até o nível de Superintendência. (Retificação
publicada no Diário Oficial do Estado, em 18/10/2008).

Parágrafo único – Para efeitos desta Deliberação, equivalem-se os termos


autoridade e alta administração estadual.

Art. 3º - Nos termos do Art. 18 do Código de Conduta Ética, considera-se


brinde qualquer objeto, benefício ou vantagem de valor até 208,16 UFEMGs
(duzentas e oito vírgula dezesseis Unidades Fiscais do Estado de Minas Gerais) e
presente o que exceder ao referido quantitativo.

Parágrafo único – O valor em Real (R$) da UFEMGs poderá ser pesquisado no


seguinte “link” do “site” da Secretaria de Estado da Fazenda:
www.fazenda.mg.gov.br/empresas.

CAPÍTULO II
Oferta em razão do exercício do cargo ou função

Art. 4º - O agente público deve recusar o recebimento de brindes, presentes ou


vantagens, quando o ofertante enquadrar-se nas seguintes situações:

I - estiver sujeito à jurisdição regulatória do órgão a que pertença a autoridade


ou agente público;

49 237
Legislação Educacional

II - tiver interesse pessoal, profissional ou empresarial em decisão que possa


ser tomada pela autoridade, mediante decisão individual ou coletiva, em razão do
cargo;

III - mantiver relação comercial com o órgão a que pertença a autoridade ou


agente público;

IV - representar interesse de terceiro, como procurador ou preposto, de pessoa,


empresa ou entidade compreendida nas hipóteses anteriores.

CAPÍTULO III
Aceitação de Brindes

Art. 5º - Quando o ofertante não se enquadrar nas hipóteses previstas no Art.


4º, é permitida a aceitação de brindes, como tal entendidos aqueles:

I – que não tenham valor comercial ou sejam distribuídos por entidade de


qualquer natureza a título de cortesia, propaganda, divulgação habitual ou por ocasião
de eventos ou datas comemorativas de caráter histórico ou cultural;

II – cuja periodicidade de distribuição não seja inferior a 12 (doze) meses; e

III – que sejam de caráter geral e não se destinem, portanto, a agraciar


exclusivamente uma determinada autoridade.

Parágrafo único - Havendo dúvida se o brinde tem valor comercial de até


208,16 UFEMGs, a autoridade ou agente público providenciará a sua avaliação junto
ao comércio ou, se julgar conveniente, dar-lhe o tratamento de presente e promover a
sua doação.

CAPÍTULO IV
Aceitação de Presentes

Art. 6º - É permitida a aceitação de presentes:

I – em razão de laços de parentesco ou amizade, desde que o seu custo seja


arcado pelo próprio ofertante e não por pessoa, empresa ou entidade que se enquadre
em qualquer das hipóteses previstas no Art. 4º;

II – quando ofertados por autoridades estrangeiras, nos casos protocolares em


que houver reciprocidade ou em razão do exercício de funções diplomáticas.

CAPÍTULO V
Impossibilidade de Recusa e Doação

Art. 7º - Não sendo viável a recusa ou a devolução imediata de brinde ou


presente, o agente público deverá adotar uma das seguintes providências, em razão
da natureza do bem:

I – tratando-se de bem de valor histórico, cultural ou artístico, destiná-lo ao


acervo do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais -
IEPHA, que lhe dará destino legal adequado;
II – nos demais casos, promover a sua doação ao Serviço Voluntário de
Assistência Social – SERVAS ou a outra entidade de caráter assistencial ou
filantrópico, reconhecida como de utilidade pública, que vier a ser legalmente indicada.

238 50
Legislação Educacional

Art. 8º - A doação de brindes ou presentes será comprovada mediante recibo


da beneficiária, que o agente público deve encaminhar, em até 10 (dez) dias úteis,
contados do recebimento, à Comissão de Ética ou ao Conselho de Ética, no caso do
presenteado compor a Alta Administração.

CAPÍTULO VI
Prêmios e Bolsas de Estudo

Art. 9º - É permitido o recebimento de Prêmios e Bolsas de Estudo, sob as


seguintes condições:

I – prêmio em dinheiro ou bens concedidos à autoridade por entidade


acadêmica, científica ou cultural, em reconhecimento por sua contribuição de caráter
intelectual;

II – prêmio concedido em razão de concurso de acesso público a trabalho de


natureza acadêmica, científica, tecnológica ou cultural;

III – bolsa de estudos vinculada ao aperfeiçoamento profissional ou técnico da


autoridade, desde que o patrocinador não tenha interesse em decisão que possa ser
tomada pela autoridade, em razão do cargo que ocupa.

CAPÍTULO VII
Disposições Finais

Art. 10 - A autoridade deverá transmitir a seus subordinados as normas


constantes desta Deliberação, de modo que tenham ampla divulgação no ambiente de
trabalho.

Art. 11 - A incorporação de presentes ao patrimônio histórico cultural e artístico,


assim como a sua doação a entidade de caráter assistencial ou filantrópico
reconhecida como de utilidade pública, deverá ser documentada e uma cópia enviada
ao CONSEP.

Art. 12 - Dúvidas específicas a respeito da implementação das normas sobre


presentes e brindes poderão ser submetidas à Comissão de Ética do órgão ou
entidade ou ao Conselho de Ética Pública.

Art. 13 – Revogam-se os Artigos 9º e 10 da DELIBERAÇÃO Nº 003, de


23/09/2004 e o COMUNICADO Nº 002, de 03/12/2007.

Art. 14 - Esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, aos 14 de outubro de 2008.

CONSELHO DE ÉTICA PÚBLICA

Hugo Bengtsson Júnior


Conselheiro Presidente

Adrienne Giannetti Nelson de Senna


Conselheira

Ângela Maria Prata Pace Silva de Assis

51 239
Legislação Educacional

Conselheira

Luiz Vicente Ribeiro Calicchio


Conselheiro

Maurício Brandi Aleixo


Conselheiro

Paulo Roberto Haddad


Conselheiro

Roberto Luiz Soares de Mello


Conselheiro

240 52
Legislação Educacional

DELIBERAÇÃO Nº. 009, DE 23 DE OUTUBRO DE 2008.

Orienta sobre a competência para a instauração,


instrução, julgamento e aplicação de sanção decorrente
de processo ético.

O Conselho de Ética Pública do Estado de Minas Gerais – CONSEP-MG, no uso da


competência que lhe é conferida pelos Decretos nº. 43.673, de 04 de dezembro de
2003, e nº. 43.885, de 04 de outubro de 2004 (substituído pelo Decreto 46.644/2014),
delibera:

Art. 1º - A competência para instaurar, instruir, julgar e aplicar sanção


decorrente de processo ético é da Comissão de Ética do órgão ou entidade em que o
agente público encontrar-se em exercício.

Art. 2º - A comunicação de sanção ética de agente público, prevista no Art. 7º,


§ 5º, do Código de Conduta Ética (Decreto nº 43.885/2004 [substituído pelo Decreto
46.644/2014]) será efetuada à Comissão de Avaliação de Desempenho do órgão ou
entidade em que se encontra em exercício.

Art. 3º - A Comissão de Ética do órgão ou entidade de exercício, quando do


desligamento do agente público, encaminhará os seus registros à Comissão de Ética
competente.

Art. 4º - Esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, aos 23 de outubro de 2008.

CONSELHO DE ÉTICA PÚBLICA

Hugo Bengtsson Júnior


Conselheiro Presidente

Adrienne Giannetti Nelson de Senna


Conselheira

Ângela Maria Prata Pace Silva de Assis


Conselheira

Luiz Vicente Ribeiro Calicchio


Conselheiro

Maurício Brandi Aleixo


Conselheiro

Paulo Roberto Haddad


Conselheiro

Roberto Luiz Soares de Mello


Conselheiro

53 241
Legislação Educacional

DELIBERAÇÃO Nº 10, DE 06 DE MAIO DE 2009.

Orienta sobre o apoio ou patrocínio de empresas


a eventos institucionais.

O Conselho de Ética Pública, objetivando orientar autoridades e agentes públicos


submetidos ao Código de Conduta Ética do Servidor Público e da Alta Administração
Estadual quanto ao estabelecimento de parcerias para apoio ou patrocínio de eventos
institucionais, esclarece:

Art. 1º - Considera-se evento institucional aquele cuja finalidade seja o


interesse público e esteja em consonância com programas, projetos ou ações
governamentais, definidos no Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado (PMDI) e
no Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG).

Art. 2º - O evento institucional poderá ser apoiado ou patrocinado por entidade


de direito privado, EXCETO quando esta encontrar-se nas seguintes situações:

I – estiver sujeita à jurisdição regulatória de órgão ou entidade que esteja


promovendo o evento;

II – tiver interesse em decisão que possa ser tomada por qualquer autoridade
de órgão ou entidade patrocinada;

III – mantiver contrato com o órgão ou a entidade a ser patrocinada;

IV – fizer parte de grupo empresarial que inclua empresa que se enquadre nas
hipóteses anteriores.

Parágrafo Único – As vedações previstas no artigo anterior não se aplicam a


eventos artístico-culturais cujo apoio ou patrocínio for regido por lei específica.

Parágrafo Único – As vedações previstas no artigo anterior não se aplicam a


eventos artístico-culturais, técnicos científicos e outros cujo impedimento venham
causar prejuízo daquela função pública, observadas as limitações legais. (Redação dada
pela Deliberação nº 012, de 10/12/2009)

Art. 3º - Esta deliberação entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, aos 06 de maio de 2009.

CONSELHO DE ÉTICA PÚBLICA

Hugo Bengtsson Júnior


Conselheiro Presidente

Adrienne Giannetti Nelson de Senna


Conselheira

Ângela Maria Prata Pace Silva de Assis


Conselheira

Décio Fulgêncio Alves da Cunha


Conselheiro

242 54
Legislação Educacional

DELIBERAÇÃO Nº. 011, DE 08 DE JULHO DE 2009.

Orienta o titular de órgão ou entidade quanto à


escolha de membros da Comissão de Ética e
estabelece suas atribuições.

O Conselho de Ética Pública do Estado de Minas Gerais - CONSEP, no uso da


competência que lhe é conferida pelos Decretos nº. 43.673, de 04 de dezembro de
2003 (substituído pelo Decreto 46.644/2014), e nº. 43.885, de 04 de outubro de 2004
(substituído pelo Decreto 46.644/2014), delibera:

CAPÍTULO I
DOS MEMBROS DA COMISSÃO DE ÉTICA

Art. 1º – Os membros da Comissão de Ética devem estar em exercício de


cargos ou empregos públicos e atenderem aos requisitos de idoneidade moral,
reputação ilibada e notória experiência em administração pública.

Parágrafo único – Em razão da complexidade da função que desempenham o


titular de órgão ou entidade, seu adjunto e seu chefe de gabinete não serão membros
da comissão de ética.

Art. 2º – O titular do órgão ou entidade, objetivando facilitar o desenvolvimento


dos trabalhos da Comissão de Ética, deverá convidar e designar agentes públicos que
atendam o seguinte perfil:

I – discrição;

II - habilidade e seriedade comprovada para ouvir as pessoas e discernimento


para orientá-las quanto à conduta ética desejável;

III - facilidade para o desenvolvimento de atividades de comunicação oral e


escrita;

IV – desempenho de atividades no mesmo endereço do órgão ou entidade e


com jornada de trabalho integral;

V – condições de compatibilizar seu trabalho na instituição com as atividades


da Comissão de Ética.

Parágrafo único – Embora os membros da Comissão de Ética sejam escolhidos


pelo titular do órgão ou entidade, as suas decisões são soberanas.

CAPÍTULO II
DAS ATRIBUIÇÕES DA COMISSÃO DE ÉTICA
Art. 3º - Compete às Comissões de Ética:
I - elaborar e cumprir seu Regimento Interno, observando as orientações
previstas na DELIBERAÇÃO Nº. 5, de 03 de março de 2005;

II – elaborar e executar seu Plano de Ação Anual de Gestão da Ética;

56 243
Legislação Educacional

III - promover ações contínuas de divulgação de normas éticas em sua área de


abrangência;

IV - orientar e aconselhar sobre a conduta ética do agente público, inclusive no


relacionamento com o cidadão e na preservação do patrimônio público;

V – observado o grau de sua competência estabelecido no Código de Conduta


Ética, atuar mediante conhecimento ou denúncia de desvio ético, instaurar e instruir o
procedimento, estabelecer a sanção ética cabível e promover a sua aplicação ou
decidir pelo arquivamento da denúncia;

VI – após a conclusão do processo ético e esgotados os recursos cabíveis,


comunicar ao dirigente máximo a ocorrência da aplicação de sanção ética,
considerando-se que a sanção ética afeta a confiança para o exercício de cargo em
comissão ou função gratificada;

VII – dirimir dúvidas da interpretação das normas de conduta ética e deliberar


sobre os casos omissos, em sua área de competência, observando as normas e
orientações do Conselho de Ética Pública;

VIII - atuar como instância consultiva do dirigente máximo e dos agentes


públicos do órgão ou entidade com relação à conduta ética regulada pelo Código de
Conduta Ética;

IX – fundamentar suas decisões nas disposições contidas no Código de


Conduta Ética e, na sua ausência, nos princípios constitucionais que regem a
Administração Pública, especialmente os da moralidade e do interesse público;

X – elaborar ementas de decisões, indicando o fato, as disposições éticas


infringidas e a sanção aplicada e enviá-las ao Conselho de Ética, que promoverá a sua
divulgação, sem citar nome de agentes envolvidos, com o objetivo de formação de
consciência ética na prestação de serviços públicos;

XI – manter registros sobre a conduta ética que mereça destaque para instruir
e fundamentar promoções bem como elogios formais;

XII - atuar de forma independente e imparcial;

XIII - preservar a honra e a imagem da pessoa investigada;

XIV – encaminhar à unidade correicional ou à auditoria setorial os autos que


apresentarem indícios de ocorrência de ilícito administrativo disciplinar, civil, penal ou
de improbidade administrativa.

Belo Horizonte, aos 08 de julho de 2009.

CONSELHO DE ÉTICA PÚBLICA

Hugo Bengtsson Júnior


Conselheiro Presidente

Adrienne Giannetti Nelson de Senna


Conselheira

Ângela Maria Prata Pace Silva de Assis


Conselheira

Décio Fulgêncio da Cunha

244 57
Legislação Educacional

DELIBERAÇÃO Nº 012, DE 10 DE DEZEMBRO DE 2009.

Introduz alteração na Deliberação nº 10, de 06 de maio de


2009.

Art. 1º - O Parágrafo Único do artigo 2º da Deliberação Nº 10, de 06 de maio de


2009, do Conselho de Ética Pública, passa a ter a seguinte redação

“Art. 2º - .........

Parágrafo Único – As vedações previstas no artigo anterior não se aplicam a


eventos artístico-culturais, técnicos científicos e outros cujo impedimento venham
causar prejuízo daquela função pública, observadas as limitações legais.”

Art. 2º - Esta deliberação entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, aos 10 de dezembro de 2009.

CONSELHO DE ETICA PÚBLICA

Hugo Bengtsson Júnior


Conselheiro Presidente

Adrienne Giannetti Nelson de Senna


Conselheira

Ângela Maria Prata Pace Silva de Assis


Conselheira

Décio Fulgêncio Alves da Cunha


Conselheiro

Luiz Vicente Ribeiro Calicchio


Conselheiro

Paulo Roberto Haddad


Conselheiro

Roberto Luiz Soares de Mello


Conselheiro

59 245
Legislação Educacional

DELIBERAÇÃO Nº. 013, DE 27 DE OUTURO DE 2010

Modifica a sigla do Conselho de Ética Pública do


Estado de Minas Gerais.

O CONSELHO DE ÉTICA PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS, no uso das


atribuições conferidas pelos arts. 1º e 2º do Decreto nº. 43.673, de 4 de dezembro de
2003 (substituído pelo Decreto 46.644/2014), e considerando o disposto no Decreto nº.
43.885, de 4 de outubro de 2004 (substituído pelo Decreto 46.644/2014),

DELIBERA:

Art. 1º A sigla do Conselho de Ética Pública do Estado de Minas Gerais passa a ser
CONSET.

Art. 2º Esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, aos 27 de outubro de 2010.

CONSELHO DE ÉTICA PÚBLICA

Hugo Bengtsson Júnior


Conselheiro Presidente

Décio Fulgêncio Alves da Cunha


Conselheiro

Helvécio Tamm Lima


Conselheiro

Luiz Vicente Ribeiro Calicchio


Conselheiro

Miracy Barbosa de Sousa Gustin


Conselheira

Ricardo Arnaldo Malheiros Fiuza


Conselheiro

Roberto Luiz Soares de Mello


Conselheiro

246 60
Legislação Educacional

DELIBERAÇÃO Nº. 014, DE 27 DE OUTURO DE 2010

Define competência para a instauração, instrução e


conclusão de processo ético em desfavor de membro
de conselho interno dos órgãos e entidades do Poder
Executivo Estadual.

O CONSELHO DE ÉTICA PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS, no uso das


atribuições conferidas pelos arts. 1º e 2º do Decreto nº. 43.673, de 4 de dezembro de
2003 (substituído pelo Decreto 46.644/2014), e considerando o disposto no Decreto nº.
43.885, de 4 de outubro de 2004 (substituído pelo Decreto 46.644/2014),

DELIBERA:

Art. 1º Compete à Comissão de Ética, em sua área de atuação, instaurar, instruir e


concluir processo ético em desfavor de membro de conselho interno de órgão ou
entidade do Poder Executivo Estadual.

§ 1º Entende-se “membro de conselho interno” os membros de conselhos


curadores, conselhos de administração, unidades colegiadas específicas e outros
colegiados.

§ 2º Caso o membro de conselho interno de órgão ou entidade do Poder Executivo


seja uma das autoridades públicas elencadas no art.3º do Decreto n.º 44.591, de 7 de
agosto de 2007 (substituído pelo Decreto 46.644/2014), é competência do Conselho de
Ética Pública instaurar, instruir e concluir o processo ético.

Art. 2º Esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, aos 27 de outubro de 2010.

CONSELHO DE ÉTICA PÚBLICA

Hugo Bengtsson Júnior


Conselheiro Presidente

Décio Fulgêncio Alves da Cunha


Conselheiro

Helvécio Tamm Lima


Conselheiro

Luiz Vicente Ribeiro Calicchio


Conselheiro

61 247
Legislação Educacional

DELIBERAÇÃO Nº. 015, DE 23 DE MARÇO DE 2011

Estabelece assessoria das Comissões de Ética nos


processos de competência originária do CONSET.

O CONSELHO DE ÉTICA PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS, no uso das


atribuições conferidas pelos arts. 1º e 2º do Decreto nº. 43.673, de 4 de dezembro de
2003 (substituído pelo Decreto 46.644/2014), e considerando o disposto no Decreto nº.
43.885, de 4 de outubro de 2004 (substituído pelo Decreto 46.644/2014),

DELIBERA:

Art. 1º É facultado ao Conselho de Ética Pública – CONSET, quando entender


necessário, delegar funções às Comissões de Ética durante as averiguações
preliminares de denúncias ou no decorrer de processos éticos que sejam de
competência originária do Conselho.

§1º Estão entre as delegações, a que se refere o caput deste art. 1º:
I – oitiva de pessoas;
II – entrega de notificações cabíveis aos envolvidos;
III – recebimento e encaminhamento de documentação pertinente; e
IV – outras atividades que o CONSET determinar, no âmbito de sua competência.

§2º A realização das atividades de que trata o §1º deste art. 1º depende de prévia
requisição do CONSET à Comissão de Ética, sob pena de seus efeitos não serem
considerados pelo Conselho.

Art. 2º Esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, aos 23 de março de 2011.

CONSELHO DE ÉTICA PÚBLICA

Hugo Bengtsson Júnior


Conselheiro Presidente

Décio Fulgêncio Alves da Cunha


Conselheiro

Helvécio Tamm Lima


Conselheiro

Luiz Vicente Ribeiro Calicchio


Conselheiro

Miracy Barbosa de Sousa Gustin


Conselheira

Ricardo Arnaldo Malheiros Fiuza


Conselheiro

Roberto Luiz Soares de Mello


Conselheiro

248 63
Legislação Educacional

DELIBERAÇÃO Nº. 016, DE 11 DE MAIO DE 2011

Esclarece prazo de mandato para substituição de


membros do Conselho de Ética Pública e de
Comissão de Ética.

O CONSELHO DE ÉTICA PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS, no uso das


atribuições conferidas pelos arts. 1º e 2º do Decreto nº. 43.673, de 4 de dezembro de
2003 (substituído pelo Decreto 46.644/2014), e considerando o disposto no Decreto nº.
43.885, de 4 de outubro de 2004 (substituído pelo Decreto 46.644/2014),

DELIBERA:

Art. 1º O mandato de três anos de membro do Conselho de Ética Pública – CONSET


– inicia-se a partir da designação, não sendo computado o período cumprido pelo seu
antecessor, observado o disposto no §3º do art. 3º do Decreto n.º 43.673, de 4 de
dezembro de 2003 (substituído pelo Decreto 46.644/2014).

Art. 2º O mandato de dois *três anos de membro de Comissão de Ética inicia-se a


partir da designação, não sendo computado o período cumprido pelo seu antecessor,
observado o disposto no §2º do art. 7º do Decreto n.º 43.885, de 4 de outubro de 2004
(substituído pelo Decreto 46.644/2014) (*Prazo alterado pelo Decreto 46.644/2014)

Art. 3º Esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, aos 11 de maio de 2011.

CONSELHO DE ÉTICA PÚBLICA

Hugo Bengtsson Júnior


Conselheiro Presidente

Décio Fulgêncio Alves da Cunha


Conselheiro

Helvécio Tamm Lima


Conselheiro

Luiz Vicente Ribeiro Calicchio


Conselheiro

Miracy Barbosa de Sousa Gustin


Conselheira

Ricardo Arnaldo Malheiros Fiuza


Conselheiro

Roberto Luiz Soares de Mello


Conselheiro

64 249
Legislação Educacional

DELIBERAÇÃO Nº. 17, DE 14 DE SETEMBRO DE 2011

Estabelece rito para elaboração de pareceres, de que


trata o § 3º do art. 1º do Decreto n.º 45.604, de 18 de
maio de 2011, que estabelece hipóteses de
impedimento para nomeação, designação ou
contratação, em comissão, de funções, cargos e
empregos na administração pública direta e indireta do
Poder Executivo.

O CONSELHO DE ÉTICA PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS, no uso das


atribuições conferidas pelos arts. 1º e 2º do Decreto nº. 43.673, de 4 de dezembro de
2003 (substituído pelo Decreto 46.644/2014), e considerando o disposto no Decreto nº.
43.885, de 4 de outubro de 2004 (substituído pelo Decreto 46.644/2014),

DELIBERA:

Art. 1º O Conselho de Ética Pública – CONSET, ao receber documentação que


demande elaboração de parecer sobre possível inclusão nas hipóteses constantes do
art. 1º do Decreto n.º 45.604, de 18 de maio de 2011, que estabelece hipóteses de
impedimento para nomeação, designação ou contratação, em comissão, de funções,
cargos e empregos na administração pública direta e indireta do Poder Executivo,
adotará o rito estabelecido por esta Deliberação.

Parágrafo único. O parecer, a que se refere este artigo, objetiva subsidiar a decisão
da autoridade do Poder Executivo quanto à conveniência para o exercício de função,
cargo e emprego na administração pública estadual.

Art. 2º Cabe à Secretaria Executiva do CONSET receber, registrar, autuar, elaborar


nota informativa e encaminhar ao Conselheiro-Presidente a documentação a que
refere o art. 1º desta Deliberação.

Art. 3º O Conselheiro-Presidente, após análise preliminar dos autos, designará um


Relator, entre os Conselheiros, para cada parecer de que trata esta Deliberação e
remeterá os expedientes, imediatamente, ao conselheiro escolhido.

§ 1º Na reunião plenária subsequente, o Conselheiro-Relator submeterá seu parecer


para manifestação dos demais conselheiros.

§ 2º Excepcionalmente, o Presidente pode suspender a pauta ou parte da pauta da


reunião plenária, optando por distribuir e direcionar o período da reunião para a
análise e manifestação do relator e dos demais conselheiros e concluir, na mesma
plenária, a votação do parecer.

Art. 4º Caso o relator ou qualquer dos demais conselheiros considere que há


necessidade de esclarecimentos adicionais para definir o posicionamento do Conselho
em parecer final, o CONSET solicitará informações adicionais à autoridade
demandante ou a quem entender ser necessário.

Art. 5º O parecer será submetido à votação e, sendo aprovado, assinado pelos


Conselheiros presentes.

250 65
Legislação Educacional

Art. 6º O Parecer assinado será juntado aos autos, que serão encaminhados pelo
Presidente do CONSET à autoridade demandante ou ao Governador, conforme
deliberado em reunião plenária.

Art. 7º Esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, aos 14 de setembro de 2011.

CONSELHO DE ÉTICA PÚBLICA

Hugo Bengtsson Júnior


Conselheiro Presidente

Décio Fulgêncio Alves da Cunha


Conselheiro

Helvécio Tamm Lima


Conselheiro

Luiz Vicente Ribeiro Calicchio


Conselheiro

Miracy Barbosa de Sousa Gustin


Conselheira

Ricardo Arnaldo Malheiros Fiuza


Conselheiro

Roberto Luiz Soares de Mello


Conselheiro

66 251
Legislação Educacional

(*A Deliberação nº. 18/2012 foi revogada pela Deliberação nº. 21/2014)

*DELIBERAÇÃO Nº. 18, DE 20 DE JUNHO DE 2012

Altera o formulário de Declaração Confidencial de


Informações (DCI) e o Termo de Compromisso Solene.

O CONSELHO DE ÉTICA PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS, no uso das


atribuições conferidas pelos arts. 1º e 2º do Decreto nº. 43.673, de 4 de dezembro de
2003 (substituído pelo Decreto 46.644/2014), e considerando o disposto no Decreto nº.
43.885, de 4 de outubro de 2004 (substituído pelo Decreto 46.644/2014),

DELIBERA:

Art. 1º Os agentes públicos integrantes da Alta Administração Estadual, a que se


referem os artigos 2º e 3º do Decreto n.º 44.591, de 7 de agosto de 2007 (substituído
pelo Decreto 46.644/2014), deverão preencher o formulário de Declaração Confidencial de
Informações (DCI) constante do Anexo I desta Deliberação e protocolá-lo junto à
Secretaria Executiva do Conselho de Ética Pública em até 10(dez) dias contados da
data da posse.

Art. 2º A prestação de compromisso solene perante a respectiva Comissão de Ética


que, conforme art. 9º do Decreto n.º 43.885, de 4 de outubro de 2004 (substituído pelo
Decreto 46.644/2014), deve acompanhar o ato de posse, investidura em função pública
ou celebração de contrato de trabalho, será efetivada com o preenchimento do
Termo constante do Anexo II desta Deliberação.

Art. 3º Ficam revogados:

I - o art. 12 e o anexo da Deliberação n.º 003, de 23 de setembro de 2004, do


Conselho de Ética Pública; e
II - o art. 1º e o anexo I da Deliberação n.º 007, de 14 de novembro de 2007, do
Conselho de Ética Pública.

Art. 4º Esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, aos 20 de junho de 2012.

CONSELHO DE ÉTICA PÚBLICA

Hugo Bengtsson Júnior


Conselheiro-Presidente

Décio Fulgêncio Alves da Cunha


Conselheiro

Helvécio Tamm Lima


Conselheiro

Luiz Vicente Ribeiro Calicchio


Conselheiro

Ricardo Arnaldo Malheiros Fiuza


Conselheiro

Roberto Luiz Soares de Mello


Conselheiro

252 67
Legislação Educacional

DECLARAÇÃO CONFIDENCIAL DE INFORMAÇÕES - DCI


( Formulário de acordo com o art. 1º da Deliberação n.º 18, de 20 de junho de 2012, do Conselho de Ética
Pública e art. 13 do Decreto n.º 43.885, de 04 de outubro de 2004 [substituído pelo Decreto
46.644/2014] )

Atenção: Nenhum campo poderá ficar em branco.

I - DADOS PESSOAIS
1. Nome completo 2. Data de
nascimento
/ /
3. Formação profissional 4. Cargo

5. Função 6. Órgão / Entidade 7. Data da posse
/ /
8. Ocupa cargo ou emprego de quadro permanente na Administração Pública?
Não Sim. Qual ?      Órgão/entidade de origem:     
9. É membro de Conselho Estadual?
Não Sim. Qual?
10. Endereço do trabalho CEP 11. Telefone do trabalho
. - ( )
12. Endereço residencial CEP 13. Telefone residencial
. - ( )
14. E-mail 15. Celular
( )
16. Endereço para correspondências 17. Estado Civil
Residencial Trabalho Casado Solteiro Outros: Qual?
18. Cônjuge /Companheiro (a) 19. Atividade profissional do cônjuge

II - ATIVIDADE(S) ANTERIOR(ES) - Atividades exercidas nos últimos 12 meses antes da posse atual

20. Atividade 21. Órgão, Empresa, etc. 22. Remuneração/Renda

R$

R$

23. Não exerci nenhuma atividade profissional neste período.

24. Permanece exercendo alguma(s) atividade(s) citada(s) acima?


Não Sim. Qual(is)?

68 253
Legislação Educacional

III - BENS E DIREITOS - Bens e direitos pessoais que ainda não constem na declaração exigida na seção V desta DCI

26. Administrador, se terceiro, e


25. Tipo 27. Valor do bem
parentesco com o declarante.
R$

R$

R$

28. Não possuo nenhum bem ou direito.

29. Não possuo bem ou direito além dos constantes na declaração exigida na seção V desta DCI.

30. Possui familiar proprietário de instituição cuja atividade está relacionada ao campo de atuação do órgão/entidade em
que tomou posse atualmente?
Não Sim. Descrever:     
IV. SITUAÇÕES QUE PODEM SUSCITAR CONFLITO COM O INTERESSE PÚBLICO.

31. Exerce outra(s) atividade(s) além do cargo, função ou emprego público?


Não
Sim. Qual?
32. Possui outra renda além do cargo, função ou emprego público?
Não
Sim. Qual?
33. Em caso afirmativo no campo 31 ou 32, há conflito potencial com o Interesse Público?
Não
Sim. Preencher campo 34
Tenho dúvida. Preencher campo 34
34. Descrever a situação ou atividade, no caso de marcar “Sim”ou “Tenho dúvida” no campo 33.


V. ANEXOS OBRIGATÓRIOS
 Imposto de Renda - Cópia da última declaração de bens e direitos.
 Imposto de Renda - Cópia da última declaração de rendimentos.
Comprometo-me com a veracidade dos fatos relatados e responsabilizo-me por possíveis omissões, que possam resultar na
transgressão do Código de Conduta Ética do Agente Público e da Alta Administração Estadual.

Local Data

Assinatura
Nome:
CPF:

254 69
Legislação Educacional

ORIENTAÇÕES PARA PREENCHIMENTO


DECLARAÇÃO CONFIDENCIAL DE INFORMAÇÕES - DCI

ORIENTAÇÕES GERAIS

 Esta DCI dever ser encaminhada ao Conselho de Ética Pública do Estado de Minas Gerais em até
10 (dez) dias da posse no cargo/emprego/função atual e atualizada conforme hipóteses
deliberadas pelo referido Conselho.

 Todos os campos do formulário devem ser preenchidos de maneira legível e sem rasuras.

 A declaração deverá ser devidamente assinada e rubricadas todas as vias e anexos obrigatórios.

 O formulário de DCI enviado ao Conselho não poderá ser por meio eletrônico ou fax, nem cópia
xerográfica.

 Expressões que comprometam a clareza das informações, tais como “nada consta”, “nada a
declarar” e outras, devem ser evitadas.

 Após analisadas pelo Conselho, as declarações confidenciais serão encerradas em envelope


lacrado e ficarão sob a guarda do Conselho de Ética Pública.

 Em caso de dúvida, consulte o Conselho de Ética Pública:


o Correio eletrônico: conselhodeetica@conselhodeetica.mg.gov.br
o Telefone: (31) 3217 6488
o Endereço: Rua da Bahia, n.º 1.816– 3º Andar – Lourdes – Belo Horizonte – MG – CEP
30.160.924

I. DADOS PESSOAIS

Seção destinada à informação dos dados pessoais e profissionais do declarante.

Campo – 1: Nome completo do declarante, sem abreviações.

Campo – 2: Data de nascimento do declarante.

Campo – 3: Formação Profissional do declarante.

Campo – 4: Cargo público para o qual foi nomeado (exemplos: Secretário de Estado de ... ;
DAD-8; DAI-23 etc.).

Campo – 5: Função quando esta for diferente do cargo (exemplos: Chefe de Gabinete;
Assessor-Chefe de ...; Superintendente de ...; Diretor de ... etc.).

Campo – 6: Órgão ou entidade da posse atual.

Campo – 7: Data da posse atual.

Campo – 8: Informar se é integrante de quadro permanente de órgão ou entidade da


Administração Pública (compreende União, Estados e Municípios). Caso positivo,
informar qual cargo ou emprego e o órgão ou entidade de origem.

Campo – 9: Marcar se é membro de Conselho Estadual e, em caso positivo, informar qual.

Campo – 10: Endereço completo do trabalho atual no Serviço Público, incluindo cidade, estado e
CEP. Para as unidades em funcionamento na Cidade Administrativa Presidente
Tancredo Neves, pode-se utilizar a sigla “CAMG” e informar prédio e andar.

Campo – 11: Número do telefone precedido do código de área.

Campo – 12: Endereço onde mantém residência permanente, incluindo cidade, estado e CEP.

70 255
Legislação Educacional

Campo – 13: Número do telefone precedido do código de área.

Campo – 14: Endereço de correio eletrônico pessoal ou institucional.

Campo – 15: Número do telefone precedido do código de área.

Campo – 16: Indicar qual endereço deve ser utilizado para correspondência.

Campo – 17: Informar o estado civil. Marcada a opção outros, informar situação atual.

Campo – 18: Nome completo do cônjuge ou companheiro (a) sem abreviações.

Campo – 19: Atividade profissional do cônjuge ou companheiro (a) do declarante.

II. ATIVIDADE (S) ANTERIOR (ES)

Seção destinada a informações de atividades exercidas nos 12 meses anteriores à posse atual.

Campo – 20: Atividade(s) que exerceu nos 12 meses anteriores à posse atual.

Campo – 21: Empresa, órgão ou entidade onde exerceu as atividades.

Campo – 22: Valor da remuneração/ renda obtida pela atividade anterior.

Campo – 23: Marcar, caso não tenha exercido atividade profissional nos 12 meses anteriores à
posse atual.

Campo – 24: Indicar se ainda exerce alguma atividade informada no campo 20.

III. BENS E DIREITOS

Seção destinada aos bens e direitos que compõem o patrimônio da autoridade e de seus familiares
proprietários de instituições que exercem atividades relacionadas ao órgão/entidade da posse atual.

Os campos 25, 26 e 27 devem ser preenchidos se houver algum bem que não conste na declaração
de Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) exigida na seção Anexo V deste formulário de DCI.

Campo – 25: Tipo do bem ou direito (exemplos: casa, apartamento, automóvel, propriedade
rural, etc).

Campo – 26: Nome do administrador do bem ou direito, quando não se tratar do próprio
declarante, e parentesco com o declarante, se for o caso.

Campo – 27: Informar o valor (efetivo ou estimado) de mercado.

Campo – 28: Marcar se não possuir nenhum bem ou direito.

Campo – 29: Marcar se não há outro bem ou direito além da relação constante da Declaração de
IRPF.

Campo – 30: Marcar se possui algum membro da família que seja proprietário de instituição que
exerce atividade relacionada ao órgão/entidade da posse atual do declarante. Em
caso afirmativo, descrever as principais características da instituição, além de
informar qual seria o familiar e o grau de parentesco.

IV. SITUAÇÕES QUE PODEM SUSCITAR CONFLITO COM O INTERESSE PÚBLICO

Seção destinada à apresentação de informações de situações que, efetiva ou potencialmente,


possam suscitar conflito com o interesse público.

Campo – 31: Marcar se exerce atividade concomitante ao cargo, função ou emprego público. Se
sim, informar qual.

256 71
Legislação Educacional

Campo – 32: Marcar se possui outra renda além do cargo, função ou emprego público. Se sim,
informar qual (exemplo: aposentadoria, pensão, dividendos etc.).

Campo – 33: Responder se acredita haver conflito de interesse entre a atividade privada e a
renda que recebe com a função pública que exerce atualmente. Em caso positivo
ou duvida preencher o campo 34.

Campo – 34: Para os casos positivos ou de dúvida no campo 33 , descrever a(s) situação(ões) ou
atividade(s).

V. ANEXOS OBRIGATÓRIOS

Anexar cópias das partes da última declaração de Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF)
entregue à Receita Federal, que contenha a relação completa de bens, direitos e
rendimentos.

72 257
Legislação Educacional

PRESTAÇÃO DE COMPROMISSO SOLENE


(conforme art. 2º da Deliberação n.º 18, de 20 de junho de 2012, e art. 9º do Decreto n.º 43.885, de 04 de outubro de 2004
[substituído pelo Decreto 46.644/2014])

NOME DO ÓRGÃO / ENTIDADE :

DADOS PESSOAIS
1. Nome completo 2. MASP / Matrícula


TERMO DE COMPROMISSO SOLENE

Declaro conhecer o Código de Conduta Ética do Agente Público e da Alta Administração


Estadual, comprometendo-me, neste ato, com sua observância e acatamento.

Assinatura do agente público

Ass.:__________________________________________________
(Nome e MASP / Matrícula)

__________________________________________/_____/_____
(Local e Data)

Assinatura do Presidente da Comissão de Ética

Ass.:__________________________________________________
(Nome e MASP / Matrícula)

Este formulário, depois de preenchido e assinado, deve integrar a pasta funcional do agente público.

258 73
Legislação Educacional

Orientações gerais para preenchimento do Termo de Compromisso Solene

A assinatura do Termo de Compromisso Solene pressupõe o recebimento e o


conhecimento do Código de Conduta Ética.

Dados pessoais do agente público:

1- Informar nome completo;


2- informar o MASP; caso não tenha MASP, informar a matrícula ou outro registro na
instituição.

Observação:

O Presidente da Comissão de Ética do órgão ou entidade deverá indicar nome e MASP /


Matrícula, assinar o Termo e encaminhá-lo à área responsável pela administração de
recursos humanos.

74 259
Legislação Educacional

(*A Deliberação nº. 19/2014 foi revogada pela Deliberação nº. 21/2014)

*DELIBERAÇÃO Nº. 19, DE 11 DE JUNHO DE 2014

Estabelece critérios para atualização da Declaração


Confidencial de Informações (DCI).

O CONSELHO DE ÉTICA PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS, no uso das


atribuições conferidas pelo art. 2º do Decreto nº. 43.673, de 4 de dezembro de 2003
(substituído pelo Decreto 46.644/2014), e considerando o disposto no Decreto nº. 43.885,
de 4 de outubro de 2004 (substituído pelo Decreto 46.644/2014),

DELIBERA:

Art. 1º A pessoa que vier a ocupar cargo, emprego ou função de Alta Administração, a
que se referem os artigos 2º e 3º do Decreto n.º 44.591, de 7 de agosto de 2007
(substituído pelo Decreto 46.644/2014), deve preencher e encaminhar ao Conselho de Ética
Pública - CONSET - o formulário “Declaração Confidencial de Informações – DCI”, de
que trata a Deliberação Conset nº. 18, de 2012, no prazo de 10 (dez) dias a partir da
posse, independentemente de ter encaminhado em virtude de cargo, emprego ou
função anteriores.

Art. 2º As autoridades que compõem a Alta Administração Estadual devem


encaminhar ao CONSET, anualmente, a declaração de Imposto de Renda de Pessoa
Física (IRPF) entregue à Receita Federal, com a relação completa de bens, direitos e
rendimentos.

Parágrafo único. O prazo para o encaminhamento de que trata o caput do artigo é de


30 (trinta) dias após o final do prazo estabelecido pela Receita Federal para a entrega
da declaração de IRPF.

Art. 3º Na hipótese de ter encaminhado a declaração de IRPF ao CONSET e vier a


ocupar outro cargo, emprego ou função da Alta Administração Estadual ainda no
período de vigência dessa declaração, a autoridade pode encaminhar o novo
formulário de DCI, sem necessidade de anexar a mesma declaração de IRPF já
enviada.

260 75
Legislação Educacional

Art. 4º O formulário da DCI pode ser atualizado, a qualquer momento e por iniciativa
da autoridade ou do CONSET, quando detectado algum erro de preenchimento ou
verificada necessidade de completar ou ajustar informações em seus campos.

Art. 5º O CONSET informará ao Governador do Estado o nome da autoridade que


descumprir o disposto nesta Deliberação, conforme previsto no §1º do art. 3º do
Decreto n.º 44.591, de 2007.

Art. 6º Esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, aos 11 de junho de 2014.

CONSELHO DE ÉTICA PÚBLICA

Cláudio Renato dos Santos Costa


Conselheiro-Presidente

Décio Fulgêncio Alves da Cunha


Conselheiro

Efigênio E. Meira
Conselheiro

Helvécio Tamm Lima


Conselheiro

José Antero Monteiro Filho


Conselheiro

Maria Elza Campos Zettel


Conselheira

Ricardo Arnaldo Malheiros Fiuza


Conselheiro

76 261
Legislação Educacional

DELIBERAÇÃO Nº. 20, DE 20 DE AGOSTO DE 2014

Introduz alteração nas Deliberações nº 1, de 5 de julho


de 2004, e nº 3, de 23 de setembro de 2004, e dá outra
providência.

Art. 1º - O artigo 13 da Deliberação nº 1, de 5 de julho de 2004, do Conselho de Ética


Pública, passa a vigorar com a seguinte redação

....................................................................................................................

“Art. 13 - Ao Presidente do Conselho de Ética Pública compete:


I - convocar e presidir as reuniões;
II - orientar os trabalhos do Conselho, ordenar os debates, iniciar e concluir as
deliberações;
III - orientar e supervisionar os trabalhos da Secretaria Executiva;
IV – votar, tomar os demais votos e proclamar os resultados;
V - proferir também voto de qualidade.
VI - autorizar a presença de pessoas nas reuniões que, por si ou por entidades que
representem, possam contribuir para os trabalhos do Conselho;
VII - assinar correspondência externa em nome do Conselho e solicitar as assinaturas
dos demais Conselheiros quando considerar conveniente;
VIII - determinar ao Secretário Executivo, ouvido o Conselho, providências junto a
determinada Comissão de Ética para instauração de procedimentos de apuração,
quando detectar prática de ato ou fato passível de infringência a princípio ou regra
ético-profissional ou em desacordo com o preceituado no Código de Conduta Ética e
neste Regimento; e
IX - decidir os casos de urgência, ad referendum do Conselho.
.......................................................................................................................” (nr)

Art. 2º - O artigo 14 da Deliberação nº 3, de 23 de setembro de 2004, do Conselho de


Ética Pública, fica acrescido do seguinte parágrafo único:

“Art. 14 - ................................................................................................................

Parágrafo único – É considerada falta ética não atender convocação do Conselho ou


de Comissão de Ética.
......................................................................................................................” (nr)

Art. 3º - A autoridade que for consultada sobre matéria em análise no Conset


responderá com informações circunstanciadas, após necessárias apurações internas.

Art. 4º Esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, aos 20 de agosto de 2014.

262 77
Legislação Educacional

DELIBERAÇÃO Nº. 21, DE 11 DE DEZEMBRO DE 2014

Dispõe sobre a Declaração Confidencial de Informações


(DCI) e atualização de formulários.

O CONSELHO DE ÉTICA PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS, no uso de


atribuição que lhe confere o art. 13 do Decreto n.º 46.644, de 6 de novembro de 2014,
e considerando o disposto no art. 38 do Lei Delegada n.º 180, de 20 de janeiro de
2011,

DELIBERA:

Art. 1º A declaração de informações de que trata o artigo 29 do Código de Conduta


Ética do Agente Público e da Alta Administração Estadual é feita em formulário
próprio, intitulado “Declaração Confidencial de Informações - DCI”, expedido pelo
Conselho de Ética Pública – CONSET - e consta, em versão atualizada, do Anexo I
desta Deliberação.

Art. 2º A pessoa que vier a ocupar cargo, emprego ou função de Alta Administração, a
que se refere o artigo 26 do Decreto n.º 46.644, de 6 de novembro de 2014, deve
preencher e encaminhar ao CONSET o formulário “Declaração Confidencial de
Informações – DCI”, de que trata o art. 1º desta Deliberação.

§ 1º O ocupante de cargo, emprego ou função da Alta Administração enviará ao


CONSET, no prazo de dez dias contados do início do exercício no cargo, emprego ou
função, o formulário de DCI, de que trata o caput deste artigo, independentemente de
ter encaminhado em virtude de cargo, emprego ou função anteriores.

§ 2º As autoridades que compõem a Alta Administração Estadual devem encaminhar


ao CONSET, anualmente, a declaração de Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF)
entregue à Receita Federal, com a relação completa de bens, direitos e rendimentos,
em até 30 (trinta) dias contados do final do prazo estabelecido pela Receita Federal
para a entrega da declaração de IRPF.

§ 3º Na hipótese de ter encaminhado a declaração de IRPF ao CONSET e vier a


ocupar outro cargo, emprego ou função da Alta Administração Estadual ainda no
período de vigência dessa declaração, a autoridade pode encaminhar o novo

79 263
Legislação Educacional

formulário de DCI, sem necessidade de anexar a mesma declaração de IRPF já


enviada.

§ 4º O formulário de DCI deve ser protocolado junto à Secretaria Executiva do


Conselho de Ética Pública.

Art. 3º Ao preencher o formulário de DCI, a autoridade da Alta Administração deverá


avaliar se o exercício anterior ou concomitante de outras atividades ou se sua situação
patrimonial poderá suscitar conflito com o interesse público.

Art. 4º. A autoridade pública que mantiver participação superior a cinco por cento do
capital social ou votante de sociedade de economia mista, instituição financeira ou
empresa que negocie com o Poder Público deverá comunicar esse fato na DCI,
conforme disposto no art. 30 do Decreto 46.644, de 2014.

Art. 5º O formulário de DCI é analisado pelo CONSET e arquivado em envelope


lacrado, que poderá ser reaberto para efeito de reexame ou atualização de
informações, conforme previsto no art. 31 do Decreto n.º 46.644, de 2014.

Parágrafo único. As alterações relevantes no patrimônio da autoridade pública


deverão ser imediatamente comunicadas ao CONSET e a informação correspondente
será anexada à DCI mais recente da mesma autoridade.

Art. 6º O CONSET informará ao Governador do Estado o nome da autoridade que


descumprir o disposto nesta Deliberação, conforme previsto no art. 36 do Decreto n.º
46.644, de 2014.

Art. 7º A DCI pode ser atualizada, a qualquer momento e por iniciativa da autoridade
ou do CONSET, quando detectado algum erro de preenchimento ou verificada
necessidade de completar ou ajustar informações em seus campos.

Art. 8º As autoridades que já entregaram DCI correspondente a seu cargo atual, não
precisam encaminhar novamente, ressalvado o disposto no art. 7º.

Art. 9º O “Termo de Compromisso Solene – TCS”, a que se refere o parágrafo único


do art. 3º do Decreto n.º 46.644, de 2014, constante do Anexo II desta Deliberação, é
firmado por agente público do Poder Executivo, perante a respectiva Comissão de
Ética, e deve acompanhar o ato de posse, investidura em função pública ou
celebração de contrato de trabalho.

264 80
Legislação Educacional

Parágrafo único. O formulário a que se refere este artigo será arquivado juntamente
com os documentos comprobatórios do vínculo do agente público com o Poder
Executivo no respectivo órgão ou entidade.

Art. 10. O formulário “Síntese de Ocorrência Ética – SOE” fica ajustado na forma do
Anexo III desta Deliberação.

Art. 11. Ficam revogadas


I - a Deliberação n.º 007, de 14 de novembro de 2007;
II – a Deliberação n.º 18, de 20 de junho de 2012; e
III – a Deliberação n.º 19, de 11 de junho de 2014.

Art. 12. Esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, aos 11 de dezembro de 2014.

CONSELHO DE ÉTICA PÚBLICA

Cláudio Renato dos Santos Costa


Conselheiro-Presidente

Efigênio E. Meira
Conselheiro

José Antero Monteiro Filho


Conselheiro

Maria Elza Campos Zettel


Conselheira

Ricardo Arnaldo Malheiros Fiuza


Conselheiro

81 265
Legislação Educacional

Anexo I
( a que se refere o art. 1º da Deliberação n.º 21, de 11 de dezembro de 2014)

DECLARAÇÃO CONFIDENCIAL DE INFORMAÇÕES – DCI


( Formulário de acordo com o art. 1º da Deliberação n.º 21, de 11 de dezembro de 2014, do Conselho de Ética Pública e art.
29 do Decreto n.º 46.644, de 6 de novembro de 2014. )

Atenção: Todos os campos devem ser respondidos.


Consulte as normas de preenchimento.

I - DADOS PESSOAIS
1. Nome completo 2. Data de nascimento
/ /
3. Formação profissional 4. Cargo

7. Data da nomeação/
5. Função 6. Órgão / Entidade
designação.
/ /
8. Ocupa cargo ou emprego de quadro permanente na Administração Pública?
Não Sim. Qual ?      Órgão/entidade de origem:     
9. É membro de Conselho Estadual ou de Conselho de Empresa Estatal?
Não Sim. Qual(is)?
10. Endereço do trabalho CEP 11. Telefone do trabalho
. - ( )
12. Endereço residencial CEP 13. Telefone residencial
. - ( )
14. E-mail 15. Celular
( )
16. Endereço para correspondências 17. Estado Civil
Residencial Trabalho Casado Solteiro Outros: Qual?
18. Cônjuge /Companheiro (a) 19. Atividade profissional do cônjuge

II - ATIVIDADE(S) ANTERIOR(ES) - Atividades exercidas nos últimos 12 meses antes da posse atual

20. Atividade 21. Órgão, Empresa, etc. 22. Remuneração/Renda

R$

R$

23. Não exerci nenhuma atividade profissional neste período.

24. Permanece exercendo alguma(s) atividade(s) citada(s) acima?


Não Sim. Qual(is)?

82
266
Legislação Educacional

III - BENS E DIREITOS - Bens e direitos pessoais que não constem na declaração exigida na seção V desta DCI

26. Administrador, se terceiro, e


25. Tipo 27. Valor do bem
parentesco com o declarante.
R$

R$

R$
28. Possui participação superior a 5% (cinco por cento) do capital social ou votante de sociedade de economia mista,
instituição financeira ou empresa que negocie com o Poder Executivo do Estado de Minas Gerais?
Não Sim. Qual(is) empresa(s)?

29. Não possuo nenhum bem ou direito.

30. Não possuo bem ou direito além dos constantes na declaração exigida na seção V desta DCI.

31. Possui familiar proprietário de instituição cuja atividade está relacionada ao campo de atuação do órgão/entidade em
que tomou posse atualmente?
Não Sim. Descrever:     

IV. SITUAÇÕES QUE PODEM SUSCITAR CONFLITO COM O INTERESSE PÚBLICO.

32. Exerce outra(s) atividade(s) além do cargo, função ou emprego público?


Não
Sim. Qual?
33. Possui outra renda além do cargo, função ou emprego público?
Não
Sim. Qual?
34. Em caso afirmativo no campo 32 ou 33, há conflito potencial com o Interesse Público?
Não
Sim. Preencher campo 35
Tenho dúvida. Preencher campo 35
35. Descrever a situação ou atividade, no caso de marcar “Sim”ou “Tenho dúvida” no campo 34.

V. ANEXOS OBRIGATÓRIOS

 Imposto de Renda - Cópia da última declaração de bens e direitos.

 Imposto de Renda - Cópia da última declaração de rendimentos.

36. Isento de declarar Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF).

Comprometo-me com a veracidade dos fatos relatados e responsabilizo-me por possíveis omissões, que possam resultar na
transgressão do Código de Conduta Ética do Agente Público e da Alta Administração Estadual.

Local Data
Assinatura:
Nome:
CPF:

83 267
Legislação Educacional

NORMAS DE PREENCHIMENTO
DECLARAÇÃO CONFIDENCIAL DE INFORMAÇÕES – DCI

ORIENTAÇÕES GERAIS
 Esta DCI dever ser encaminhada ao Conselho de Ética Pública do Estado de Minas Gerais
em até 10 (dez) dias da posse no cargo/emprego/função atual e atualizada conforme
hipóteses deliberadas pelo referido Conselho.
 Todos os campos do formulário devem ser preenchidos de maneira legível e sem rasuras.
 A declaração deverá ser devidamente assinada e rubricadas todas as vias e anexos
obrigatórios.
 O formulário de DCI enviado ao Conselho não poderá ser por meio eletrônico ou fax,
nem cópia xerográfica.
 Expressões que comprometam a clareza das informações, tais como “nada consta”,
“nada a declarar” e outras, devem ser evitadas.
 Após analisadas pelo Conselho, as declarações confidenciais serão encerradas em
envelope lacrado e ficarão sob a guarda do Conselho de Ética Pública.
o Em caso de dúvida, consulte o site do Conselho de Ética Pública (
www.conselhodeetica.mg.gov.br ) ou utilize o correio eletrônico: conselhodeetica@conselhodeetica.mg.gov.br

VI. DADOS PESSOAIS


Seção destinada à informação dos dados pessoais e profissionais do declarante.
Campo – 1: Nome completo do declarante, sem abreviações.
Campo – 2: Data de nascimento do declarante.
Campo – 3: Formação Profissional do declarante.
Campo – 4: Cargo público para o qual foi nomeado (exemplos: Secretário de Estado de ... ;
DAD-8; DAI-23 etc.).
Campo – 5: Função quando esta for diferente do cargo (exemplos: Chefe de Gabinete;
Assessor-Chefe de ...; Superintendente de ...; Diretor de ... etc.).
Campo – 6: Órgão ou entidade da posse atual.
Campo – 7: Data da nomeação ou designação no cargo ou função atual.
Campo – 8: Informar se é integrante de quadro permanente de órgão ou entidade da
Administração Pública (compreende União, Estados e Municípios). Caso
positivo, informar qual cargo ou emprego e o órgão ou entidade de origem.
Campo – 9: Marcar se é membro de Conselho Estadual ou de Conselho de Empresa estatal
e, em caso positivo, informar qual(is).
Campo – 10: Endereço completo do trabalho atual no Serviço Público, incluindo cidade,
estado e CEP. Para as unidades em funcionamento na Cidade Administrativa
Presidente Tancredo Neves, pode-se utilizar a sigla “CAMG” e informar prédio
e andar.
Campo – 11: Número do telefone precedido do código de área.
Campo – 12: Endereço onde mantém residência permanente, incluindo cidade, estado e
CEP.
Campo – 13: Número do telefone precedido do código de área.
Campo – 14: Endereço de correio eletrônico pessoal ou institucional.

268 84
Legislação Educacional

Campo – 15: Número do telefone precedido do código de área.


Campo – 16: Indicar qual endereço deve ser utilizado para correspondência.
Campo – 17: Informar o estado civil. Marcada a opção outros, informar situação atual.
Campo – 18: Nome completo do cônjuge ou companheiro (a) sem abreviações.
Campo – 19: Atividade profissional do cônjuge ou companheiro (a) do declarante.

VII. ATIVIDADE (S) ANTERIOR (ES)


Seção destinada a informações de atividades exercidas nos 12 meses anteriores à nomeação
ou designação atual.
Campo – 20: Atividade(s) que exerceu nos 12 meses anteriores à nomeação ou designação
atual.
Campo – 21: Empresa, órgão ou entidade onde exerceu as atividades.
Campo – 22: Valor da remuneração/ renda obtida pela atividade anterior.
Campo – 23: Marcar, caso não tenha exercido atividade profissional nos 12 meses
anteriores à nomeação ou designação atual.
Campo – 24: Indicar se ainda exerce alguma atividade informada no campo 20.

VIII. BENS E DIREITOS


Seção destinada aos bens e direitos que compõem o patrimônio da autoridade e de seus
familiares proprietários de instituições que exercem atividades relacionadas ao
órgão/entidade da posse atual.
Os campos 25, 26 e 27 devem ser preenchidos se houver algum bem que não conste na
declaração de Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) exigida na seção Anexo V deste
formulário de DCI.
Campo – 25: Tipo do bem ou direito (exemplos: casa, apartamento, automóvel,
propriedade rural, etc).
Campo – 26: Nome do administrador do bem ou direito, quando não se tratar do próprio
declarante, e parentesco com o declarante, se for o caso.
Campo – 27: Informar o valor (efetivo ou estimado) de mercado.
Campo – 28: Indicar se possui ou não possui participação superior a 5% (cinco por cento)
do capital social ou capital votante de sociedade de economia mista,
instituição financeira ou empresa que negocie com o Poder Executivo do
Estado de Minas Gerais. Se possuir, informar em qual(is) empresa(s) possui a
participação.
Campo – 29: Marcar se não possuir nenhum bem ou direito.
Campo – 30: Marcar se não há outro bem ou direito além da relação constante da
Declaração de IRPF.
Campo – 31: Marcar se possui algum membro da família que seja proprietário de
instituição que exerce atividade relacionada ao órgão/entidade da posse atual
do declarante. Em caso afirmativo, descrever as principais características da
instituição, além de informar qual seria o familiar e o grau de parentesco.

85 269
Legislação Educacional

IX. SITUAÇÕES QUE PODEM SUSCITAR CONFLITO COM O INTERESSE PÚBLICO


Seção destinada à apresentação de informações de situações que, efetiva ou
potencialmente, possam suscitar conflito com o interesse público.
Campo – 32: Marcar se exerce atividade concomitante ao cargo, função ou emprego
público. Se sim, informar qual.
Campo – 33: Marcar se possui outra renda além do cargo, função ou emprego público. Se
sim, informar qual (exemplo: aposentadoria, pensão, dividendos etc.).
Campo – 34: Responder se acredita haver conflito de interesse entre a atividade privada e
a renda que recebe com a função pública que exerce atualmente. Em caso
positivo ou duvida preencher o campo 35.
Campo – 35: Para os casos positivos ou de dúvida no campo 34 , descrever a(s)
situação(ões) ou atividade(s).

X. ANEXOS OBRIGATÓRIOS
Anexar cópias das partes da última declaração de Imposto de Renda de Pessoa Física
(IRPF) entregue à Receita Federal, que contenha a relação completa de bens,
direitos e rendimentos.

Campo – 36: Marcar se for isento de fazer declaração de IRPF.

270 86
Legislação Educacional

Anexo II
( a que se refere o art. 9º da Deliberação n.º 21, de 11 de dezembro de 2014)

PRESTAÇÃO DE COMPROMISSO SOLENE


(conforme art. 9º da Deliberação n.º 21, de 11 de dezembro de 2014, e parágrafo único do art. 3º do Decreto n.º 46.644, de 6 de novembro de
2014)

NOME DO ÓRGÃO / ENTIDADE :

DADOS PESSOAIS
1. Nome completo 2. MASP / Matrícula


TERMO DE COMPROMISSO SOLENE

Declaro conhecer o Código de Conduta Ética do Agente Público e da Alta Administração


Estadual, comprometendo-me, neste ato, com sua observância e acatamento.

Assinatura do agente público

Ass.:__________________________________________________
(Nome e MASP / Matrícula)

__________________________________________/_____/_____
(Local e Data)

Assinatura do Presidente da Comissão de Ética

Ass.:__________________________________________________
(Nome e MASP / Matrícula)

Este formulário, depois de preenchido e assinado, deve integrar a pasta funcional do agente
público.

87 271
Legislação Educacional

Normas de preenchimento do Termo de Compromisso Solene

A assinatura do Termo de Compromisso Solene pressupõe o recebimento e o conhecimento do


Código de Conduta Ética.

Dados pessoais do agente público:

1- Informar nome completo;


2- informar o MASP; caso não tenha MASP, informar a matrícula ou outro registro na instituição.

Observação:

O Presidente da Comissão de Ética do órgão ou entidade deverá indicar nome e MASP /


Matrícula, assinar o Termo e encaminhá-lo à área responsável pela administração de recursos
humanos.

272 88
Legislação Educacional

Anexo III
( a que se refere o art. 10 da Deliberação n.º 21, de 11 de dezembro de 2014)

GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS


COMISSÃO DE ÉTICA
NOME DO ÓRGÃO / ENTIDADE:

SÍNTESE DE OCORRÊNCIA ÉTICA


(conforme parágrafo único do art. 40 do Decreto 46.644, de 06/11/2014)
Versão: dezembro/2014
I – DADOS PESSOAIS
1. Nome completo 2. Servidor Público Efetivo?
Sim Não

3. Cargo efetivo 4. Cargo em comissão 5. MASP /Matricula 6. Outra função

7. Órgão ou entidade / unidade administrativa

II - RESUMO DA OCORRÊNCIA - DATA: / /

(continuar em folha anexa)

III - PARECER E DECISÃO DA COMISSÃO DE ÉTICA - DATA: / /

(continuar em folha anexa)l


NOME E ASSINATURA DOS MEMBROS DA COMISSÃO DE ÉTICA

Ass.: __________________________________________________ Ass.: __________________________________________________


PRESIDENTE (nome e MASP) (nome e MASP)

Ass.: __________________________________________________
(nome e MASP)

IV – CIÊNCIA DA DECISÃO
ASSINATURA DO AGENTE PÚBLICO

Ass.: ________________________________________________ _____________________________________________________


(nome e MASP) (cidade, dia, mês, ano)

Observação: havendo aplicação de sanção (art. 38 do Decreto n º 46.644 / 2014), após o prazo regulamentar para interposição de recurso
ao Conselho de Ética ou após o indeferimento do recurso, uma cópia desta decisão deverá ser encaminhada ao Conselho de Ética Pública
e, mediante protocolo, à área de gestão de pessoas, para ser considerada na avaliação de desempenho individual do sancionado.
(Caso o espaço não seja suficiente, juntar anexo contendo assinatura)

89 273
Legislação Educacional

Normas de preenchimento da Síntese de Ocorrência Ética

Preencher com letra de forma ou digitar.

I - Dados pessoais

1- Nome completo;
2- informar se é servidor público do quadro do Estado;
3- se sim para a pergunta 2, informar denominação do cargo efetivo ocupado;
4- se ocupante de cargo em comissão, informar denominação, código, símbolo e forma de
recrutamento, se amplo (A) ou limitado (L);
5- se sim para a pergunta 2, informar número do MASP ou matrícula;
6- caso não seja servidor público efetivo ou comissionado, informar qual função desempenha
(estagiário, contratado, etc.);
7- informar o órgão ou entidade e a unidade administrativa de exercício ou prestação de serviço.

II - Resumo da ocorrência

Informar a data do relato da ocorrência. O relato deve reunir, de forma sucinta, informações
fidedignas e objetivas, para garantir o registro transparente e a compreensão clara do evento às
partes interessadas envolvidas e às instâncias responsáveis por sua tramitação. Caso o espaço
não seja suficiente, utilizar folha própria à parte e rubricá-la (modelo acompanha o formulário).

III - Parecer e decisão da Comissão de Ética

Informar a data do Parecer. A Comissão de Ética do órgão / entidade deverá apresentar sua
conclusão e proferir a decisão, do ponto de vista ético, sobre a ocorrência, baseando-se no
Código de Conduta Ética e demais princípios que regem a Administração Pública.
Caso o espaço não seja suficiente, utilizar folha própria à parte e rubricá-la (modelo acompanha
o formulário).

IV - Ciência da decisão

O Agente Público deverá conferir seus dados nos campos 1 a 7, conhecer a decisão, assinar e
datar o documento, atestando a ciência.

274 90
Legislação Educacional

Anexo II – RESUMO DA OCORRÊNCIA – DATA:_ / / _(Continuação)

Rubrica:

91 275
Legislação Educacional

Anexo II–PARECER E DECISÃO DA COMISSÃO DE ÉTICA – DATA: / /


(Continuação)

Rubrica:

276 92
Legislação Educacional

(*A Lei Delegada nº. 180/2011 foi revogada pela Lei nº. 22.257/2016)

DISPOSITIVOS DA LEI DELEGADA 180/2011, REFERENTES AO CONSET

LEI DELEGADA 180, de 20/01/2011

Dispõe sobre a estrutura orgânica da Administração Pública do Poder Executivo do Estado de


Minas Gerais e dá outras providências.

Art. 29 Subordinam-se diretamente ao Governador:


I - os órgãos colegiados:
a) Conselho de Governo;
b) Conselho de Defesa Social;
c) Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social;
d) Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável de Minas Gerais - CONSEA-MG;
e) Conselho Gestor de Parcerias Público-Privadas - CGPPP;
f) Conselho de Ética Pública - CONSET; e
g) Conselho de Corregedores dos Órgãos e Entidades do Poder Executivo Estadual;
II - os órgãos autônomos:
a) Advocacia-Geral do Estado - AGE;
b) Controladoria-Geral do Estado - CGE;
c) Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Minas Gerais - CBMMG;
d) Escritório de Prioridades Estratégicas;
e) Gabinete Militar do Governador do Estado de Minas Gerais - GMG;
f) Ouvidoria-Geral do Estado de Minas Gerais - OGE;
g) Polícia Civil do Estado de Minas Gerais - PCMG; e
h) Polícia Militar do Estado de Minas Gerais - PMMG.

Art. 38 Integram o Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Estadual, como órgãos diretamente
subordinados ao Governador:
I - a Controladoria-Geral do Estado, como órgão central;
II - a Ouvidoria-Geral do Estado;
III - a Advocacia-Geral do Estado; e
IV - o Conselho de Ética Pública.
Parágrafo único. Integram ainda o Sistema de que trata o caput:
I - o Conselho de Corregedores dos Órgãos e Entidades do Poder Executivo;
II - o Colegiado de Corregedorias dos Órgãos de Defesa Social;
III - os órgãos setoriais e núcleos de auditoria interna;
IV - os órgãos seccionais de auditoria interna; e
V - as unidades de controle interno das empresas públicas e sociedades de economia mista.
............……………………………………………………………………………………………………………………………
§ 5º As diretrizes de articulação e integração ao Sistema de Controle Interno do Poder Executivo, incluídas as
referentes à colaboração do Poder Executivo com órgãos autônomos, instituições e assemelhados não integrantes do
Sistema, serão tratadas em regulamento.
.

CAPÍTULO V
DA SECRETARIA DE ESTADO DE CASA CIVIL E DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

Art. 84 A Secretaria de Estado de Casa Civil e de Relações Institucionais, a que se refere o inciso II do art. 5º da Lei
Delegada nº 179, de 2011, tem por finalidade assistir diretamente o Governador no desempenho de suas atribuições,
especialmente nos processos decisórios, por meio da elaboração, instrução e publicidade dos atos oficiais de governo;
do assessoramento técnico-legislativo para o exercício das competências colegislativas e do poder regulamentar; e
do apoio ao relacionamento institucional do Governo em todos os níveis, visando à integração da ação governamental,
competindo-lhe:
............……………………………………………………………………………………………………………………………
XXVII - garantir o apoio logístico-operacional necessário ao funcionamento do Conselho de Ética Pública - CONSET;
............……………………………………………………………………………………………………………………………
Parágrafo único. As normas complementares para o aprimoramento do relacionamento institucional de que trata este artigo
serão estabelecidas em Decreto.

93 277
Legislação Educacional

DISPOSITIVOS DA LEI 22.257/2016, REFERENTES AO CONSET

LEI Nº 22.257, DE 27 DE JULHO DE 2016.

Estabelece a estrutura orgânica da administração pública do Poder Executivo do


Estado e dá outras providências.

Art. 9º O controle interno do Poder Executivo será exercido pelos seguintes órgãos diretamente subordinados ao
Governador:
I – Controladoria-Geral do Estado – CGE –, como órgão central;
II – Advocacia-Geral do Estado – AGE;
III – Conselho de Ética Pública;
IV – Ouvidoria-Geral do Estado.
§ 1º São órgãos de apoio de controle interno do Poder Executivo:
I – Conselho de Corregedores dos Órgãos e Entidades do Poder Executivo;
II – unidades setoriais de controle interno;
III – unidades seccionais de controle interno;
IV – unidades de controle interno das empresas públicas e sociedades de economia mista;
V – corregedorias e núcleos de correição;
VI – Colegiado de Corregedorias dos Órgãos de Defesa Social.
§ 2º As unidades setoriais de controle interno compreendem as funções de auditoria, transparência e correição e
integram a estrutura dos órgãos da administração direta.
§ 3º As unidades seccionais de controle interno compreendem as funções de auditoria, transparência e correição e
integram a estrutura das autarquias e fundações.
§ 4º As unidades de controle interno das empresas públicas e sociedades de economia mista compreendem as
funções de auditoria, transparência e correição dos referidos entes, nos termos da legislação aplicável.
§ 5º (VETADO).
§ 6º As unidades de controle interno das empresas públicas e sociedades de economia mista obedecerão às
orientações técnicas da CGE no que tange às atividades de transparência, auditoria e correição.
§ 7º As atribuições e diretrizes de articulação e integração dos órgãos de controle interno do Poder Executivo serão
estabelecidas em decreto.

Art. 45. Subordinam-se diretamente ao Governador os seguintes órgãos colegiados:


I – Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social – Cedes;
II – Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável de Minas Gerais – Consea-MG;
III – Conselho de Ética Pública – Conset;
IV – Conselho de Corregedores dos Órgãos e Entidades do Poder Executivo Estadual;
V – Conselho de Defesa Social;
VI – Câmara de Coordenação das Políticas de Segurança Pública – CCPSP. Parágrafo único. A Seplag prestará
apoio logístico, operacional, administrativo, material, orçamentário e financeiro para o funcionamento do Consea-
MG.

1
Art. 195. Ficam revogados:

…………………………………………..

XCVI – a Lei Delegada nº 180, de 2011;


…………………………………………..

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
1
Artigo 195 da Lei nº. 22.257/2016 revoga a Lei Delegada nº. 180/2011 que atribui competência à SECCRI no
sentido de garantir o apoio logístico-operacional ao CONSET.

278 94
Legislação Educacional

DISPOSITIVOS DO DECRETO 47.058/2016, REFERENTES AO CONSET

DECRETO Nº 47.058, DE 14 DE OUTUBRO DE 2016.

Dispõe sobre a organização da Secretaria de Estado de Casa Civil e de Relações


Institucionais

Art. 50 – Ficam revogados:


I – o Decreto nº 45.682, de 9 de agosto de 2011;
II – o Decreto n° 45.736, de 21 de setembro de 2011;
1
III – art. 46 do Decreto n° 46.644, de 6 de novembro de 2014;
IV – o inciso III do art. 3° do Decreto n° 46.647, de 11 de novembro de 2014.

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
1
Artigo 50 do Decreto nº. 47.058//2016 revoga o art. 46 do Decreto n. 46.644/2014 que atribui competência à
SECCRI no sentido de garantir o apoio logístico-operacional ao CONSET.

95 279
Legislação Educacional

GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO

N.1260.01.0137888/2021-60 /2021

RESOLUÇÃO SEE Nº 4.692, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2021.

Dispõe sobre a organização e o funcionamento do ensino nas Escolas Estaduais de


Educação Básica de Minas Gerais e dá outras providências.

A SECRETÁRIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO, no uso de atribuição prevista no art.


93, §1º, III da Constituição do Estado de Minas Gerais e,

CONSIDERANDO o disposto na Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que


estabelece as diretrizes e bases da educação nacional;

CONSIDERANDO a Res. CNE/CEB nº 4, de 13 de julho de 2010, que define diretrizes


curriculares nacionais gerais para a educação básica, Res. CNE/CEB nº 7, de 14 de
dezembro de 2010, que fixa diretrizes curriculares nacionais para o ensino
fundamental de 9 (nove) anos, Res.CNE/CEB nº 03, de 21 de novembro de 2018, que
atualiza as diretrizes curriculares nacionais para o ensino médio;

CONSIDERANDO o Parecer CEE nº 1.132, de 12 de dezembro de 1997, que dispõe


sobre a Educação Básica, nos termos da Lei 9.394/96 e do Parecer CEE nº 1.158, de
11 de dezembro de 1998, que responde consulta da SEE/MG e da Federação dos
Estabelecimentos de Ensino de Minas Gerais, com as orientações ao sistema
estadual de ensino para operacionalização do disposto no Parecer nº 1.132/1997;

CONSIDERANDO a Lei nº 13.415, de 17 de fevereiro de 2017, que altera as Leis n º


9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional, e 11.494, de 20 de junho 2007, que regulamenta o Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação, a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo
Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e o Decreto-Lei nº 236, de 28 de
fevereiro de 1967; revoga a Lei nº 11.161, de 5 de agosto de 2005; e institui a
Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo
Integral e o Decreto Estadual nº 47.227/17, de 02 de agosto de 2017, que dispõe
sobre a Educação Integral e Integrada na rede de ensino pública do Estado;

CONSIDERANDO a Resolução CNE/CP nº 2, de 22 de dezembro de 2017, que institui e


orienta a implantação da Base Nacional Comum Curricular, a ser respeitada
obrigatoriamente ao longo das etapas e respectivas modalidades no âmbito da
Educação Básica, a Resolução CNE/CP nº 4, de 17 de dezembro de 2018, que institui
a Base Nacional Comum Curricular na Etapa do Ensino Médio (BNCC-EM), como

Resolução 4692 (40224204) SEI 1260.01.0137888/2021-60 / pg. 1

280
Legislação Educacional

etapa final da Educação Básica, nos termos do artigo 35 da LDB, completando o


conjunto constituído pela BNCC da Educação Infantil e do Ensino Fundamental, com
base na Resolução CNE/CP nº 2/2017, fundamentada no Parecer CNE/CP nº 15/2017,
Resolução SEE nº 4256, de 10 de janeiro de 2020, que institui as Diretrizes para
normatização e organização da Educação Especial na rede estadual de Ensino de
Minas Gerais e a RESOLUÇÃO CEE Nº 481, de 1º de julho de 2021, que institui e
orienta a implementação do Currículo Referência de Minas Gerais nas escolas
de Educação Básica do Sistema de Ensino do Estado de Minas Gerais.

RESOLVE:

TÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO ESCOLAR

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - A presente Resolução estabelece as diretrizes para a organização e o


funcionamento do ensino nas escolas estaduais de educação básica de Minas Gerais.

Art. 2º - O disposto nesta Resolução, complementada por normas específicas,


quando necessário, aplica-se a todas as etapas e modalidades da educação básica.

Art. 3º - As escolas da rede estadual de ensino adotarão a concepção de educação


voltada para a formação integral dos sujeitos.

Art. 4º - As escolas da rede estadual de ensino deverão considerar a diversidade e


inclusão como norteadores éticos, democráticos e estéticos em suas ações
pedagógicas.

Art. 5º - A educação básica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurar-


lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe
meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.

Art. 6º - A transição entre as etapas da educação básica – educação infantil, ensino


fundamental e ensino médio – deve assegurar formas de articulação das dimensões
orgânica e sequencial que garantam aos estudantes um percurso de avanço
contínuo de aprendizagem, com qualidade.

Art. 7º - A rede estadual deve oferecer, como prioridade, o ensino médio e


assegurar o ensino fundamental.

Parágrafo único. A educação infantil, na rede estadual, será ofertada em situações


excepcionais, com prévia autorização da SEE para as escolas estaduais indígenas.

CAPÍTULO II
DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO E DO REGIMENTO ESCOLAR

Art. 8º - O projeto político pedagógico, que se constitui num documento formal,


intencional e articulador dos processos que ocorrem na escola, é um conjunto de
diretrizes organizacionais e operacionais que expressam e orientam os programas,
projetos e práticas pedagógicas e administrativas da escola, obedecidas as normas
do sistema educacional.

Resolução 4692 (40224204) SEI 1260.01.0137888/2021-60 / pg. 2

281
Legislação Educacional

§1º - Os planos e projetos de que a escola faz parte devem estar contemplados no
projeto político pedagógico.
§ 2º - A escola estadual deverá avaliar seu projeto político pedagógico anualmente e
atualizar periodicamente e sempre que houver alteração na oferta de
nível/modalidade de ensino.

Art. 9º - O regimento escolar é um documento que reúne um conjunto de normas


administrativas, financeiras e disciplinares que, em conformidade com a legislação
vigente, rege as relações intraescolares e deve expressar as intenções educativas da
escola.
§1º - O regimento escolar estabelece os direitos e deveres de estudantes e
profissionais da instituição, as atribuições e competências dos servidores e dos
órgãos colegiados existentes.
§2º - O regimento escolar legitima e regulamenta as ações propostas no projeto
político pedagógico e os atos escolares praticados no âmbito da escola.

Art. 10 - O projeto político pedagógico e o regimento escolar devem ser aprovados


pelo colegiado da escola, implementados e amplamente discutidos e divulgados na
comunidade escolar.

CAPÍTULO III
DO CALENDÁRIO ESCOLAR E DA ORGANIZAÇÃO DO TEMPO ESCOLAR

Art. 11 - O calendário escolar deve ser elaborado pela escola, em acordo com os
parâmetros definidos em norma específica, publicada anualmente pela Secretaria
de Estado de Educação, discutido e aprovado pelo colegiado e amplamente
divulgado na comunidade escolar.
§1º - Cabe ao Serviço de Inspeção Escolar das Superintendências Regionais de
Ensino supervisionar o cumprimento das atividades nele previstas.
§2º - Serão garantidos, no calendário escolar, o mínimo de 200 (duzentos) dias
letivos e carga horária obrigatória de:

I - 800 horas para o ensino fundamental anos iniciais;


II - 833 horas e 20 minutos para o ensino fundamental anos finais;
III - 1000 horas para o ensino médio;
IV - 1466 horas e 40 minutos para o ensino fundamental em tempo integral anos
iniciais - EFTI;
V - 1500 horas para o ensino fundamental em tempo integral anos finais - EFTI;
VI - 1500 horas para o ensino médio em tempo integral - EMTI;
VII - 1500 horas para o ensino médio em tempo integral - EMTI Profissional.

§3º - Para a educação de jovens e adultos, na etapa ensino fundamental e ensino


médio, serão garantidos o mínimo de 100 dias letivos e a carga horária mínima de
400 horas semestrais.
§4º - Para os cursos de educação profissional, deverá ser considerado o
cumprimento da carga horária total prevista na matriz curricular específica.

Art. 12 - É exigida do estudante a frequência mínima obrigatória de 75% da carga


horária letiva ofertada para aprovação.

Art. 13 - Considera-se dia letivo aquele em que professores e estudantes


desenvolvem atividades de ensino e aprendizagem, de caráter obrigatório,
independentemente do local onde sejam realizadas.

Resolução 4692 (40224204) SEI 1260.01.0137888/2021-60 / pg. 3

282
Legislação Educacional

Parágrafo único. Para as escolas que adotarem a metodologia da pedagogia da


alternância, consideram-se, também, dias letivos, aqueles do tempo laboral ou de
atividades realizadas nos territórios das comunidades em que os estudantes
desenvolvam ações orientadas por seus professores.

Art. 14 - Considera-se dia escolar aquele em que são realizadas atividades de


caráter pedagógico e administrativo, com a presença obrigatória do pessoal
docente, técnico e administrativo, podendo incluir a representação de pais e
estudantes.

Art. 15 - É recomendada a abertura da escola nos feriados, finais de semana e férias


escolares para o desenvolvimento de atividades educativas e comunitárias, cabendo
à direção da escola encontrar formas para garantir o funcionamento previsto,
observadas as vedações previstas em leis.

Art. 16 - A jornada escolar deverá obedecer a carga horária anual ou semestral


prevista para cada etapa ou modalidade da educação básica conforme matriz
curricular vigente.

CAPÍTULO IV
DO ATENDIMENTO DA DEMANDA, DA MATRÍCULA E DA FREQUÊNCIA

Art. 17 - A inscrição e o encaminhamento para matrícula dos estudantes e


candidatos às vagas no ensino fundamental e ensino médio, para ingresso na rede
pública de ensino de Minas Gerais, será regulamentada por normas específicas.

Art. 18 - É vedada qualquer forma de discriminação, em especial aquelas


decorrentes de idade, gênero, orientação sexual, origem, etnia, cor e deficiência, no
ato de efetivação e de renovação da matrícula dos estudantes.
§1º - A matrícula dos estudantes poderá ocorrer em qualquer época do ano.
§2º - A matrícula do estudante público da educação especial é compulsória, deve ser
realizada preferencialmente em escola regular, sendo vedada a possibilidade de
negativa de vaga, conforme legislação vigente.

Art. 19 - No ato da matrícula, os recursos pedagógicos da classificação e da


reclassificação poderão ser utilizados pela escola, para fins de posicionamento e/ou
reposicionamento do estudante, em consonância com a legislação vigente.

Art. 20 - A escola deve oferecer atividades complementares para os estudantes que,


no ato da matrícula, não tiverem optado por cursar o componente curricular ensino
religioso, de oferta obrigatória e matrícula facultativa, para cumprimento da carga
horária obrigatória.

Art. 21 - No ato da matrícula, o estudante transgênero interessado que seu nome


social conste em diários de classe, cadastros, fichas, listagens, formulários e demais
documentos internos, poderá fazer a solicitação, por escrito, conforme legislação
específica.
§ 1º - Em se tratando de estudantes menores, é necessária a manifestação, por
escrito, do responsável legal.
§ 2º - O nome civil deverá ser usado em declarações, transferências, certificados,
histórico escolar, diplomas e outros documentos que resguardem a vida escolar do
estudante.

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Legislação Educacional

Art. 22 - No ato da matrícula, a direção da escola deverá informar ao estudante ou a


seu responsável legal sobre os principais aspectos da organização e funcionamento
do estabelecimento de ensino, apresentar o projeto político pedagógico, o regimento
escolar e disponibilizar cópia das vedações previstas no art. 115.

Art. 23 - O controle de frequência diária dos estudantes é de responsabilidade do


professor, sob monitoramento do especialista da educação básica, e deverá ser
registrada no diário escolar digital.
§ 1º - Em casos excepcionais o registro de frequência diária dos estudantes poderá
ser realizado por meio de diários físicos, conforme orientação da SEEMG.
§ 2º - A observância de eventuais faltas dos estudantes deverá ser comunicada à
direção da escola, para as providências cabíveis.
§ 3º - O estabelecimento de ensino, após apurar a frequência do estudante e
constatar faltas não justificadas superior a 5 (cinco) dias letivos consecutivos ou 10
(dez) dias letivos alternados, deve entrar em contato, por escrito, com os pais ou o
responsável legal pelo estudante faltoso, com vistas a promover o seu imediato
retorno às aulas e a regularização da frequência escolar.
§ 4º - O dirigente da instituição escolar deve remeter ao Conselho Tutelar, ao Juiz
competente da comarca e ao respectivo representante do Ministério Público a
relação nominal dos estudantes cujo número de faltas injustificadas atingir 15
(quinze) dias letivos consecutivos ou alternados e, também, ao órgão competente,
no caso de estudante cuja família é beneficiada por programas de assistência
vinculados à frequência escolar.

Art. 24 - Terá sua matrícula cancelada o estudante que, sem justificativa, deixar de
comparecer à escola, por um período de 25 dias letivos consecutivos em qualquer
época do ano letivo, configurando, assim, o abandono escolar.
§ 1º - Antes de efetuar o cancelamento da matrícula, a direção da escola deve
esgotar todas as alternativas de busca ativa e entrar em contato, por escrito, com o
estudante ou seu responsável legal, quando menor, alertando-o sobre a
obrigatoriedade da frequência e do seu direito à educação.
§ 2º - Constatado o abandono do estudante, a escola deve informar o fato, por
escrito, ao Conselho Tutelar, ao Juiz competente da comarca e ao representante do
Ministério Público do município.
§ 3º - O estudante que teve a sua matrícula cancelada poderá retornar a qualquer
tempo para a mesma escola, se houver vaga, ou para outra escola pública estadual,
excetuando-se os estudantes dos cursos semestrais da educação profissional e
tecnológica, que devem se atentar às orientações específicas.
§ 4º - Terá sua matrícula cancelada o estudante dos cursos semestrais da educação
profissional e tecnológica que, sem justificativa, deixar de comparecer à escola, por
um período de 15 dias letivos consecutivos em qualquer época do semestre letivo,
configurando, assim, o abandono escolar.

Art. 25 - É assegurado ao estudante, no exercício da liberdade de consciência e de


crença, o direito de, mediante prévio e motivado requerimento, ausentar-se de aula
ou de atividade avaliativa marcada para dia em que, segundo os preceitos de sua
religião, seja vedado o exercício de tais atividades, devendo-se-lhe atribuir, a critério
da instituição, uma das seguintes alternativas:
I - aula de reposição ou atividade avaliativa, conforme o caso, a ser realizada em
data alternativa, no turno de estudo do estudante ou em outro horário agendado
com sua anuência expressa;
II - trabalho escrito ou outra modalidade de atividade de pesquisa, com tema,

Resolução 4692 (40224204) SEI 1260.01.0137888/2021-60 / pg. 5

284
Legislação Educacional

objetivo e data de entrega definidos pela instituição de ensino.

§ 1º - A alternativa definida pela escola deverá observar o plano de aula do dia da


ausência do estudante.
§ 2º - O cumprimento de qualquer das alternativas de que trata esse artigo
substituirá a obrigação original para todos os efeitos, inclusive regularização do
registro de frequência.
§ 3º - O estudante de que trata o caput não terá sua falta abonada, mas justificada.

Art. 26 - O descumprimento dos dispositivos que obrigam a comunicação da


infrequência e do abandono escolar ao responsável, à família e às autoridades
competentes, implicará responsabilização administrativa à gestão da escola.

Art. 27 - O estudante que estiver em tratamento de saúde em regime hospitalar ou


domiciliar por tempo prolongado terá assegurado o atendimento educacional
conforme orientação específica.

TÍTULO II
DAS ETAPAS E ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 28 - Na organização curricular da educação básica, deve ser observado o


conjunto de competências e habilidades estabelecidas no currículo referência de
Minas Gerais a serem desenvolvidas e trabalhadas, obrigatoriamente, por todas as
unidades escolares da rede estadual de ensino.

Parágrafo único. Na perspectiva da formação integral dos estudantes para o


desenvolvimento da cidadania, deverão ser incluídos, permeando todo o currículo,
os Temas Integradores.

CAPÍTULO II
DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Art. 29 - A educação infantil, de responsabilidade do Município, tem como finalidade


o desenvolvimento integral da criança de zero a cinco anos e onze meses de idade
em seus aspectos físico, afetivo, intelectual, linguístico e social, complementando a
ação da família e da comunidade.

Parágrafo único. Às escolas estaduais que ofertam a educação escolar indígena é


autorizada a oferta da pré-escola, etapa da educação infantil.

CAPÍTULO III
DO ENSINO FUNDAMENTAL

Art. 30 - O ensino fundamental, etapa de escolarização obrigatória, deve


comprometer-se com a formação integral dos estudantes, ofertando uma educação
com equidade e qualidade.

Parágrafo único. O ensino fundamental deve promover um trabalho educativo


inclusivo e equitativo que reconheça e valorize as experiências e habilidades
individuais; atenda às diferenças e necessidades específicas de cada um,

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Legislação Educacional

favorecendo, assim, uma cultura escolar respeitosa à diversidade de indivíduos e


garantidora do direito a uma educação de qualidade.

Art. 31 - Os anos iniciais devem garantir o princípio da continuidade da


aprendizagem de todos os estudantes, sem interrupção, com foco na alfabetização e
na matemática, na perspectiva do letramento.

Art. 32 - Os anos finais devem ampliar e intensificar, gradativamente, o processo


educativo no ensino fundamental, bem como considerar o princípio da continuidade
da aprendizagem, garantindo a consolidação da formação do estudante nas
competências e habilidades indispensáveis ao prosseguimento de estudos no ensino
médio.

SEÇÃO I
DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Art. 33 - Os anos iniciais do ensino fundamental são organizados por dois ciclos
contínuos de aprendizagem.
§ 1º - O ciclo da alfabetização, formado pelo 1° e 2° ano, tem o foco no processo de
alfabetização para garantir aos estudantes a apropriação do sistema de escrita
alfabética de modo articulado ao desenvolvimento de outras habilidades de leitura e
de escrita, permitindo, assim, seu envolvimento em práticas diversificadas de
letramentos, bem como o desenvolvimento da capacidade de ler e escrever
números, compreender suas funções e o significado e uso das quatro operações
matemáticas.
§ 2º - Ciclo complementar, formado pelo 3°, 4° e 5° ano, tem o objetivo de
consolidar aprendizagens anteriores e ampliar as práticas de linguagem e da
experiência estética e intercultural das crianças, ampliando a autonomia intelectual,
a compreensão de normas e os interesses pela vida social, possibilitando ao
estudante lidar com sistemas mais amplos que dizem respeito às relações dos
sujeitos entre si, com a natureza, com a história, com a cultura, com as tecnologias
e com o ambiente.

Art. 34 - O ensino, nos anos iniciais do ensino fundamental, deve estar articulado
com as experiências vividas na educação infantil, prevendo progressiva
sistematização dessas experiências quanto ao desenvolvimento de novas formas de
relação com o mundo, novas formas de ler e formular hipóteses sobre os
fenômenos, de testá-las, refutá-las, elaborar conclusões, em uma atitude ativa na
construção de conhecimentos.

Art. 35 - As escolas devem organizar suas atividades de modo a assegurar aos


estudantes um percurso de avanço contínuo de aprendizagens e a articulação do
ciclo da alfabetização, com o ciclo complementar, considerando que o processo de
alfabetização e o letramento são a base de sustentação para o prosseguimento de
estudos com sucesso.

Art. 36 - A escola deve, ao longo de cada ano dos ciclos - alfabetização e


complementar, acompanhar, sistematicamente, a aprendizagem dos estudantes,
utilizando estratégias e recursos diversos para sanar as dificuldades evidenciadas no
momento em que ocorrerem e garantir a progressão continuada dos estudantes.

SEÇÃO II
DOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Resolução 4692 (40224204) SEI 1260.01.0137888/2021-60 / pg. 7

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Legislação Educacional

Art. 37 - A transição dos estudantes do ciclo complementar dos anos iniciais para os
anos finais do ensino fundamental deverá garantir a articulação sequencial
necessária, em face das demandas diversificadas exigidas dos estudantes, pelos
diferentes professores, em contraponto à unidocência dos anos iniciais.

Art. 38 - Os anos finais do ensino fundamental compreendem os 6º, 7º, 8º e 9º anos


e têm como objetivo retomar e ressignificar as aprendizagens do ensino
fundamental – anos iniciais no contexto das diferentes áreas, visando ao
aprofundamento e à ampliação de repertórios dos estudantes e fortalecendo a sua
autonomia, oferecendo-lhes condições e ferramentas para acessar e interagir
criticamente com diferentes conhecimentos e fontes de informação.

Parágrafo único. Considerando o currículo referência de Minas Gerais, as atividades


pedagógicas serão organizadas de forma gradativa e crescente em complexidade,
de modo a assegurar que, ao final desta etapa, todos os estudantes tenham
garantido o desenvolvimento das competências específicas de cada componente
curricular.

CAPÍTULO IV
DO ENSINO MÉDIO

Art. 39 - O ensino médio, etapa final da educação básica, com duração mínima de
três anos, terá como finalidades:
I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino
fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar
aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar a novas condições de ocupação ou
aperfeiçoamento posteriores;
III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação
ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;
IV - a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos
produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada componente
curricular;
V - o desenvolvimento do protagonismo juvenil como forma de exercício da
autonomia e fortalecimento dos processos de escolhas dos estudantes.

Art. 40 - O currículo do ensino médio é composto pela formação geral básica e por
itinerários formativos, de forma indissociável.

Art. 41 - A formação geral básica é composta por competências e habilidades


previstas no currículo referência de Minas Gerais, organizadas por áreas de
conhecimento e seus respectivos componentes curriculares.
§1º - A organização curricular do ensino médio abrange as áreas de conhecimento
referentes às linguagens e suas tecnologias, matemática e suas tecnologias, ciências
da natureza e suas tecnologias e ciências humanas e sociais aplicadas.
§2º - A implementação do currículo do ensino médio deve garantir tanto
conhecimentos e saberes comuns necessários a todos os estudantes, quanto uma
formação que considere a diversidade, as características locais e especificidades
regionais.
§3º - Devem ser incluídos os temas contemporâneos transversais exigidos por
legislação e normas específicas, de forma integradora, tais como:

Resolução 4692 (40224204) SEI 1260.01.0137888/2021-60 / pg. 8

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Legislação Educacional

I - Ciência e tecnologia;
II - Meio ambiente (educação ambiental e educação para o consumo);
III - Economia (trabalho, educação financeira e educação fiscal);
IV - Saúde (saúde, educação alimentar e nutricional);
V - Cidadania e civismo (vida familiar e social, educação para o trânsito, educação
em direitos humanos, direitos da criança e dos adolescentes, processo de
envelhecimento, respeito e valorização da pessoa idosa);
VI - Multiculturalismo (diversidade cultural, educação para valorização do
multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras) .

§ 4º - A implementação do currículo do ensino médio deve ser organizada e


planejada dentro das áreas de forma interdisciplinar e transdisciplinar.

Art. 42 - Os itinerários formativos deverão ser organizados por meio da oferta de


diferentes arranjos curriculares, conforme a relevância para o contexto local,
considerando as propostas estabelecidas pela Secretaria Estadual de Educação.
§1º - O itinerário formativo poderá ser composto por projeto de vida, introdução ao
mundo do trabalho, tecnologia e inovação, eletiva e aprofundamento nas áreas do
conhecimento ou formação técnica e profissional.
§2º - O componente curricular projeto de vida deve priorizar a formação integral do
estudante, de maneira a desenvolver um trabalho voltado para as dimensões
pessoal, social ou cidadã e profissional.
§3º - Para a oferta de diferentes Itinerários Formativos, podem ser estabelecidas
parcerias entre a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais e diferentes
instituições de ensino, observada a legislação específica.
§4º - No caso das escolas que ofertam o ensino médio em tempo integral, o
itinerário formativo será composto também por atividades integradoras.
§5º - No ensino médio, as atividades extraescolares desenvolvidas pelos estudantes
poderão ser lançadas como aproveitamento de estudos realizados e conhecimentos
constituídos, integralizando a carga horária do itinerário formativo prevista na matriz
curricular, conforme orientação específica.

Art. 43 - O primeiro ano do ensino médio deve assegurar a transição harmoniosa dos
estudantes provenientes do ensino fundamental com estratégias para garantir a
integração e a continuidade dos processos de aprendizagens, observando a
progressão de habilidades e competências previstas para cada etapa, bem como a
articulação entre as áreas do conhecimento.

Art. 44 - O planejamento pedagógico da escola deve garantir que, ao final do ensino


médio, o estudante demonstre:
I - competências e habilidades na aplicação dos conhecimentos desenvolvidos;
II - domínio dos princípios científicos e tecnológicos que estão presentes na produção
moderna;
III - práticas sociais e produtivas determinando novas reflexões para a
aprendizagem;
IV - domínio das formas contemporâneas de linguagem.

Art. 45 - O ensino médio noturno, direito do estudante, deve atender com qualidade
a sua singularidade, com uma organização curricular e metodológica diferenciada,
para garantir a permanência e o êxito dos estudantes.

TÍTULO III
DAS MODALIDADES DA EDUCAÇÃO BÁSICA

Resolução 4692 (40224204) SEI 1260.01.0137888/2021-60 / pg. 9

288
Legislação Educacional

Art. 46 - São modalidades da educação básica:


I - Educação de Jovens e Adultos;
II - Educação Especial;
III - Educação Profissional e Tecnológica;
IV - Educação do Campo;
V - Educação Escolar Indígena ;
VI - Educação Escolar Quilombola.

Parágrafo único. As etapas da educação básica poderão ofertar uma ou mais


modalidades acima.

CAPÍTULO I
DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Art. 47 - A educação de jovens e adultos - EJA - destina-se àqueles que não tiveram a
oportunidade de frequentar ou de concluir os estudos no ensino fundamental e
médio na idade própria e constituirá instrumento para reparação de direitos, para a
educação e para a aprendizagem.

Art. 48 - A educação de jovens e adultos deve comprometer-se em oferecer


oportunidades educacionais adequadas às características de seus estudantes, às
experiências de vida, aos seus interesses, às condições de vida e de trabalho.

Art. 49 - A educação de jovens e adultos é oferecida por meio de:


I - curso presencial;
II - curso semipresencial em Centros Estaduais de Educação Continuada – CESEC;
III - exames especiais para certificação de conclusão de ensino fundamental e
médio, nos Centros Estaduais de Educação Continuada por meio das bancas
permanentes de avaliação;
IV- exames nacionais de certificação.

Parágrafo único. A idade mínima para matrícula em cursos e realização dos exames
especiais descritos no caput é de 15 anos completos para o ensino fundamental e 18
anos completos para o ensino médio.

Art. 50 - Nos cursos presenciais, a EJA ensino fundamental será organizada em 4


(quatro) semestres letivos e EJA ensino médio, em 3 (três) semestres letivos.
§1º - Os cursos presenciais da educação de jovens e adultos devem ser oferecidos
nas escolas, para atendimento à demanda efetivamente comprovada, após
aprovação da Secretaria de Estado de Educação.
§2º - As escolas que atendem aos indivíduos privados de liberdade oferecendo
cursos presenciais, anos iniciais e finais do ensino fundamental e ensino médio, na
modalidade educação de jovens e adultos, terão seu funcionamento regulamentado
por orientações específicas.

Art. 51 - Os Centros Estaduais de Educação Continuada - CESEC - oferecem curso


semipresencial de educação de jovens e adultos nos anos finais do ensino
fundamental e no ensino médio e têm a sua organização e funcionamento
regulamentados por Resolução específica.

Art. 52 - É autorizado a todas as escolas estaduais, que ministram os anos iniciais do


ensino fundamental, proceder à avaliação de candidato com 15 anos completos ou

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289
Legislação Educacional

mais que requeira o comprovante de conclusão do 5º ano do ensino fundamental.

Parágrafo único. Nos municípios em que não houver escola estadual com oferta de
anos iniciais do ensino fundamental, compete às Superintendências Regionais de
Ensino credenciar escola da rede municipal de ensino, em ação solidária com a
Secretaria Municipal de Educação, para proceder a esta avaliação.

CAPÍTULO II
DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Art. 53 - A educação especial, modalidade de ensino, oferecida preferencialmente


na rede regular de ensino, que perpassa todos os níveis, etapas e modalidades, é
destinada aos estudantes com deficiência, transtorno do espectro autista e altas
habilidades/superdotação.

Art. 54 - A educação especial, prevista obrigatoriamente no projeto político


pedagógico e no regimento escolar, deverá viabilizar as condições de acesso,
percurso, permanência com qualidade e conclusão das etapas de ensino, garantindo
o desenvolvimento e a aprendizagem dos estudantes e as flexibilizações previstas na
legislação vigente.

Art. 55 - O atendimento educacional especializado (AEE) consiste na utilização de


métodos, técnicas, recursos e procedimentos didáticos desenvolvidos nas diferentes
modalidades, anos de escolaridade e níveis de ensino para complementar ou
suplementar a formação dos estudantes público da educação especial e garantir o
acesso ao currículo com qualidade.

Art. 56 - O plano de desenvolvimento individual (PDI) é documento obrigatório de


registro do desenvolvimento e da aprendizagem do estudante da educação especial,
norteia as ações educacionais e identifica os recursos de acessibilidade necessários
a cada estudante.

Art. 57 - O atendimento educacional dos estudantes público da educação especial,


bem como os atendimentos educacionais especializados são regulamentados por
normas específicas.

CAPÍTULO III
DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

Art. 58 - A educação profissional e tecnológica é modalidade educacional,


transversal e integrada a outras modalidades e às dimensões do trabalho, da
ciência, da cultura e da tecnologia, organizada por eixos tecnológicos.

Parágrafo único. A educação profissional e tecnológica deve estar em consonância


com a estrutura sócio-ocupacional do trabalho e as exigências da formação
profissional nos diferentes níveis de desenvolvimento, observadas as leis e normas
vigentes.

Art. 59 - A educação profissional e tecnológica é desenvolvida por meio de cursos e


programas de:
I - qualificação profissional, inclusive a formação inicial e a formação continuada de
trabalhadores;
II - educação profissional técnica de nível médio, incluindo saídas intermediárias de

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Legislação Educacional

qualificação profissional técnica e cursos de especialização profissional técnica.

Art. 60 - Os cursos técnicos serão desenvolvidos nas formas integrada,


concomitante, concomitante intercomplementar e subsequente ao ensino médio,
assim caracterizadas:
I - integrada, ofertada somente a quem já tenha concluído o ensino fundamental,
com matrícula única na mesma instituição, de modo a conduzir o estudante à
habilitação profissional técnica ao mesmo tempo em que conclui a última etapa da
educação básica;
II - concomitante, ofertada a quem ingressa no ensino médio ou já o esteja
cursando, efetuando-se matrículas distintas para cada curso, aproveitando
oportunidades educacionais disponíveis, seja em uma mesma instituição ou em
distintas instituições e redes de ensino;
III - concomitante intercomplementar, desenvolvida simultaneamente em distintas
instituições ou redes de ensino, mas integrada no conteúdo, mediante a ação de
convênio ou acordo de intercomplementaridade, realizado pela SEE, para a
execução de projeto pedagógico unificado; e
IV - subsequente, desenvolvida em cursos destinados exclusivamente a quem já
tenha concluído o ensino médio.

Art. 61 - Os cursos de educação profissional e tecnológica serão organizados


observando as orientações do catálogo nacional de cursos técnicos (CNCT) e
dispostas em norma específica.

CAPÍTULO IV
DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Art. 62 - A educação do campo é a modalidade de ensino que incorpora os espaços


das populações do campo, respeitando sua diversidade nos aspectos sociais,
culturais, ambientais, políticos, econômicos, de gênero, geracional e de etnias.
§ 1º - São populações do campo os agricultores familiares, os extrativistas, os
ribeirinhos, os assentados e acampados da reforma agrária, os trabalhadores
assalariados rurais, os quilombolas, geraizeiros, vazanteiros, caatingueiros,
veredeiros, pescadores artesanais, integrantes do movimento dos atingidos por
barragens, apanhadores de sempre viva, faiscadores e outros que produzam suas
condições materiais de existência a partir do trabalho no meio rural.
§ 2º - A educação do campo será ofertada, preferencialmente, nas próprias
comunidades, evitando-se os processos de fusão de escolas e de turmas e o
deslocamento de estudantes para fora de sua comunidade de pertencimento.

Art. 63 - Escola do campo é aquela situada em área rural, conforme definido pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE -, ou em área urbana, desde que
atenda predominantemente estudantes residentes no campo.
§ 1º - Serão consideradas do campo as turmas anexas e/ou localizadas nos segundos
endereços vinculados às escolas com sede em área urbana que funcionem nas
condições especificadas no caput deste artigo.
§ 2º - As turmas anexas e/ou localizadas nos segundos endereços de escolas com
sede em área urbana deverão ser contempladas no Projeto Político Pedagógico da
respectiva sede.

Art. 64 - As escolas do campo devem proceder às adequações necessárias às


especificidades da vida no campo e de cada região, observando os seguintes
aspectos essenciais à organização da ação pedagógica:

Resolução 4692 (40224204) SEI 1260.01.0137888/2021-60 / pg. 12

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Legislação Educacional

I - conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades e aos


interesses dos estudantes do campo, considerando as práticas socioculturais da
população do campo e suas formas específicas de organização do tempo;
II - organização escolar própria, flexível, com garantia de adequação do calendário
escolar às fases do ciclo agrícola, às condições climáticas e às características
socioculturais da região;
III - adequação à natureza do trabalho dos estudantes do campo.

Art. 65 - As escolas estaduais do campo podem adotar a metodologia da pedagogia


da alternância, nos anos finais do ensino fundamental, no ensino médio, na
educação de jovens e adultos e na educação profissional.
§ 1º - As escolas do campo que optarem por utilizar a metodologia da pedagogia da
alternância devem manifestar esse interesse por meio de ata registrada em reunião
com a comunidade escolar, enviada por meio da Superintendência Regional de
Ensino, para análise da Subsecretaria de Desenvolvimento da Educação Básica, até
o mês de maio do ano anterior àquele em que se propõe a sua implementação.
§ 2º - A implementação do currículo na pedagogia da alternância deve considerar
eixos temáticos, temas geradores ou contextuais em seus componentes
curriculares, áreas do conhecimento e itinerários formativos tendo em vista
abordagens multidisciplinares, interdisciplinares e transdisciplinares, bem como a
construção coletiva e a valorização da cultura local e da agroecologia.
§ 3º - O desenvolvimento da educação nas escolas do campo, bem como a
organização metodológica da pedagogia da alternância deverão levar em conta os
princípios estabelecidos em orientações específicas.

CAPÍTULO V
DA EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA

Art. 66 - A educação escolar indígena constitui-se espaço de construção de relações


interétnicas orientadas para a manutenção da pluralidade cultural, pelo
reconhecimento de diferentes concepções pedagógicas e pela afirmação dos povos
indígenas objetivando:
I – a recuperação de suas memórias históricas; a reafirmação de suas identidades
étnicas; a valorização de suas línguas e ciências;
II – o acesso às informações, conhecimentos técnicos, científicos e culturais da
sociedade nacional e demais sociedades indígenas e não-indígenas.

Art. 67 - A educação escolar indígena será ofertada em unidades educacionais


localizadas em terras habitadas pela comunidade indígena a ser atendida, em todos
os níveis, etapas e modalidades de ensino da educação básica.

Parágrafo único. Para atender ao disposto no caput, poderão ser criadas escolas ou
anexos escolares indígenas, em atendimento à reivindicação, por iniciativa e
anuência da comunidade interessada, respeitadas suas formas de representação.

Art. 68 - Constituem elementos básicos para a organização, a estrutura e o


funcionamento das unidades educacionais que ofertam a educação escolar indígena:
I - a centralidade do território para o bem viver dos povos indígenas e para seus
processos formativos;
II - a importância das línguas indígenas e dos registros linguísticos específicos da
língua portuguesa para o ensino ministrado nas línguas maternas das comunidades
indígenas, como uma das formas de preservação da realidade sociolinguística de
cada povo;

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292
Legislação Educacional

III - o atendimento a comunidades indígenas por professores indígenas oriundos da


respectiva comunidade, de acordo com normas específicas;
IV - a organização própria, devendo considerar a participação de lideranças
indígenas da comunidade na definição do modelo de organização e gestão, bem
como de suas estruturas sociais, suas práticas socioculturais e econômicas, suas
formas de produção de conhecimento, processos próprios e métodos de ensino e
aprendizagem, o uso de materiais didático-pedagógicos produzidos de acordo com o
contexto sociocultural de cada povo indígena;
V - a oferta do ensino intercultural, bilíngue ou multilíngue com vistas à afirmação e
à manutenção da diversidade étnica e linguística.

Art. 69 - A organização curricular específica da educação escolar indígena deve


seguir os mesmos princípios, direitos de aprendizagem, competências e habilidades
das áreas de conhecimento, instituídos pelo currículo referência de Minas Gerais,
atendendo às especificidades da educação escolar indígena, incluindo conteúdos
curriculares próprio de cada etnia, respeitando os seus modos de transmissão de
saberes.

Art. 70 - O desenvolvimento da educação escolar indígena deverá observar as


determinações estabelecidas em legislações e orientações específicas.

CAPÍTULO VI
EDUCAÇÃO ESCOLAR QUILOMBOLA

Art. 71 - A educação escolar quilombola destina-se ao atendimento das populações


quilombolas rurais e urbanas em suas mais variadas formas de produção cultural,
social, política e econômica.

Art. 72 - A educação escolar quilombola será ofertada, preferencialmente, por


estabelecimentos de ensino localizados em comunidades quilombolas, rurais e
urbanas, reconhecidas pelos órgãos públicos responsáveis.

Parágrafo único. As escolas estaduais, em que a maior parte de seus estudantes


forem oriundos dos territórios quilombolas, deverão ofertar a educação escolar
quilombola.

Art. 73 - O calendário da educação escolar quilombola, respeitando as normas


vigentes, poderá adequar-se às especificidades locais, inclusive climáticas, da
agricultura de base familiar e socioculturais.

Parágrafo único. O calendário escolar deve incluir as datas consideradas mais


significativas para a população negra e para cada comunidade quilombola, de
acordo com a região e a localidade, consultadas as comunidades e lideranças
quilombolas.

Art. 74 - O desenvolvimento da educação escolar quilombola deverá observar as


determinações estabelecidas em normas específicas.

TÍTULO IV
DOS CONSERVATÓRIOS

Art. 75 - Os conservatórios estaduais de música integram a rede de escolas


estaduais e têm suas ações voltadas para a formação profissional de músicos em

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293
Legislação Educacional

nível técnico, a educação musical e a difusão cultural.


§ 1º - A educação musical abrange a formação inicial e sistemática na área da
música pela oferta de cursos regulares a crianças, jovens e adultos.
§ 2º - A formação profissional de músicos abrange as funções de criação, execução
e produção próprias da arte musical, objetivando:
I – a capacitação de estudantes com conhecimentos, competências e habilidades
gerais e específicas para o exercício de atividades artístico-musicais;
II - a habilitação profissional em nível técnico para o exercício competente de
atividades profissionais na área da música;
III – o aperfeiçoamento e a atualização de músicos em seus conhecimentos e
habilidades, bem como a qualificação, a profissionalização e a requalificação de
profissionais da área da música para seu melhor desempenho no trabalho artístico.
§ 3º - A difusão cultural deverá ocorrer por meio de cursos livres, oficinas e
atividades de conjunto, visando ao enriquecimento da produção artística dos
conservatórios e à preservação do patrimônio artístico-musical regional.

Art. 76 - A formação profissional, em nível médio, para a habilitação em música será


ofertada de forma concomitante ou subsequente ao ensino médio.

Parágrafo único. Os conservatórios estaduais de música poderão ofertar outros


cursos técnicos em conformidade com o quadro de áreas profissionais constantes no
catálogo nacional de cursos técnicos e as diretrizes da legislação para a educação
profissional em vigor.

Art. 77 - A organização dos cursos e dos conservatórios estaduais de música deverá


observar as determinações estabelecidas em normas específicas.

TÍTULO V
DO CURSO NORMAL EM NÍVEL MÉDIO

Art. 78 - O curso normal possibilita a formação docente para o exercício do


magistério a partir do desenvolvimento de competências necessárias ao exercício da
atividade inicial docente e de atividades curriculares integradas à prática de
formação.

Art. 79 - A oferta e organização do curso normal em nível médio para as escolas da


rede estadual de ensino de Minas Gerais serão normatizadas em orientações
específicas.

TÍTULO VI
DA EDUCAÇÃO INTEGRAL

CAPÍTULO I
DO ENSINO FUNDAMENTAL EM TEMPO INTEGRAL - EFTI

Art. 80 - A proposta pedagógica das escolas que ofertam o ensino fundamental em


tempo integral - EFTI - terá por base a formação integral dos estudantes a partir da
ampliação da carga horária da matriz curricular, de forma a garantir os direitos à
aprendizagem e o pleno desenvolvimento do estudante.

Art. 81 - A organização curricular do EFTI é composta pelos componentes das áreas


do conhecimento e pelas atividades integradoras, possibilitando o desenvolvimento
integrado dos objetivos de aprendizagem previstos no currículo referência de Minas

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Legislação Educacional

Gerais.

Art. 82 - A educação integral deverá atender às necessidades e peculiaridades de


cada uma das diferentes etapas e modalidades da educação básica.

Parágrafo único. O atendimento em Unidades de Internação do Socioeducativo e na


Educação Escolar Indígena poderá ser realizado por meio de oficinas pedagógicas e
agrupar estudantes de diferentes anos de escolaridade, em razão de suas
especificidades.

CAPÍTULO II
DO ENSINO MÉDIO EM TEMPO INTEGRAL - EMTI

Art. 83 - A proposta pedagógica das escolas que ofertam o ensino médio em tempo
integral - EMTI terá por base a ampliação da jornada escolar e a formação integral
do estudante.

Art. 84 - A organização curricular do ensino médio em tempo integral é estruturada


por formação geral básica e itinerário formativo, que inclui as atividades
integradoras.

Art. 85 - As atividades integradoras possuem componentes curriculares articulados


que possibilitam a ampliação, o enriquecimento e a diversificação dos repertórios de
experiências e conhecimentos, abrangendo todas as áreas do conhecimento.

TÍTULO VII
DA EDUCAÇÃO ESCOLAR DOS ADOLESCENTES EM CUMPRIMENTO DE MEDIDA
SOCIOEDUCATIVA

Art. 86 - O atendimento escolar dos adolescentes em cumprimento de medidas


socioeducativas, ofertado em unidades educacionais localizadas nas dependências
dos centros socioeducativos, levará em consideração os direitos e deveres
individuais e coletivos e a condição peculiar do adolescente como pessoa em
desenvolvimento, atendendo-se às normas específicas.

TÍTULO VIII
DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

CAPÍTULO I
DOS PROCESSOS DE AVALIAÇÃO

Art. 87 - A avaliação da aprendizagem dos estudantes, realizada pelos professores


em conjunto com toda a equipe pedagógica da escola, é parte integrante da
proposta curricular, redimensionadora da ação pedagógica.

Art. 88 - A avaliação da aprendizagem, de caráter processual, formativo e


participativo, deve:
I - ser contínua, cumulativa e diagnóstica;
II - utilizar vários instrumentos, recursos e procedimentos;
III - fazer prevalecer os aspectos qualitativos do aprendizado dos estudantes sobre
os quantitativos;
IV - assegurar tempos e espaços diversos para que os estudantes com menor
rendimento tenham condições de ser devidamente atendidos ao longo do ano letivo;

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Legislação Educacional

V- prover, obrigatoriamente, intervenções pedagógicas, ao longo do ano letivo, para


garantir a aprendizagem no tempo certo;
VI- possibilitar aceleração de estudos para os estudantes com distorção idade/ano de
escolaridade;
VII- considerar as habilidades desenvolvidas ao longo do processo de ensino e
aprendizagem.

Art. 89 - O processo de avaliação da aprendizagem, discutido com a comunidade


escolar, deve estar expresso no projeto político pedagógico da escola.

Art. 90 - Na avaliação da aprendizagem, a escola deverá utilizar procedimentos,


recursos de acessibilidade e instrumentos diversos, tais como a observação, o
registro descritivo reflexivo, os trabalhos individuais e coletivos, os portfólios,
exercícios, entrevistas, testes, questionários, autoavaliação, adequando-os à faixa
etária e às características de desenvolvimento do educando e utilizando a coleta de
informações sobre a aprendizagem dos estudantes como diagnóstico para as
intervenções pedagógicas necessárias, realizando devolutivas para o estudante.
§ 1º - As formas e procedimentos utilizados pela escola para diagnosticar,
acompanhar e intervir, pedagogicamente, no processo de aprendizagem dos
estudantes, devem expressar, com clareza, o que é esperado do educando em
relação à sua aprendizagem e ao que foi realizado pela escola, devendo ser
registrados para subsidiar as decisões e informações sobre sua vida escolar.
§ 2º - Devem ser oferecidas condições adequadas para realização das avaliações, de
acordo com suas necessidades, aos estudantes diagnosticados com transtornos que
alterem a atenção, o comportamento, provocam a hiperatividade, distúrbios de
linguagem, escrita, leitura, cálculo e outras percepções e organizações cotidianas,
de modo a proporcionar a eliminação de barreiras no processo avaliativo e
formativo destes estudantes.
§ 3º - Para a avaliação dos estudantes público da educação especial dever-se-ão
utilizar recursos pedagógicos alternativos, tais como: extensão do tempo da prova,
adaptações no formato das avaliações, teste oral, utilização de recursos
tecnológicos, materiais concretos, recursos humanos de apoio, dentre outras
modificações que se fizerem necessárias, sempre norteado pelo PDI.

Art. 91 - A escola deve realizar, no início do ano letivo, avaliações diagnósticas,


elaboradas pelos professores, com o objetivo de identificar as competências e as
habilidades já adquiridas pelos estudantes, para subsidiar o planejamento e as ações
pedagógicas a serem desenvolvidas pela escola.

Art. 92 - A escola deve garantir, no ano em curso, estratégias de intervenção


pedagógica, para atendimento aos estudantes que ainda apresentam defasagens
na(s) habilidade(s) do(s) componente(s) curricular(es) do ano anterior.

Art. 93 - No processo de avaliação da aprendizagem, as escolas estaduais deverão


distribuir, obrigatoriamente, de 0 a 100 pontos ao longo do período letivo para todos
os componentes curriculares.
§1º - O ano letivo será organizado em quatro bimestres, sendo distribuídos 25 pontos
em cada bimestre por componente curricular.
§2º - Para os cursos semestrais, as escolas estaduais organizarão o semestre letivo
em dois bimestres, sendo distribuídos 50 pontos por componente curricular em cada
bimestre.
§3º - Será considerado aprovado o estudante que obtiver 60% ou mais pontos no
total distribuído em cada componente curricular e 75% ou mais da frequência na

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Legislação Educacional

carga horária anual ou semestral, conforme o caso.

Art. 94 - Os componentes curriculares, cujos objetivos educacionais colocam ênfase


nos aspectos afetivo, social, psicomotor e desenvolvimento do protagonismo
estudantil, não poderão influir na classificação e promoção dos estudantes, a saber:
I - arte, ensino religioso e educação física;
II - os componentes das seguintes unidades curriculares do itinerário formativo do
ensino médio, do EMTI e EMTI Profissional: projeto de vida; eletivas; preparação para
o mundo do trabalho; aprofundamento nas áreas do conhecimento; atividades
integradoras; e, formação técnica e profissional - preparação básica para o trabalho
e empreendedorismo;
III - todos os componentes das atividades integradoras do EFTI.

Parágrafo único. Os componentes curriculares anteriormente citados deverão ter


notas computadas, variando entre 60 e 100 pontos anuais e ter a frequência do
estudante computada para fins de registro de vida escolar, como os demais
componentes da matriz curricular.

Art. 95 - A escola deve oferecer aos estudantes diferentes oportunidades de


aprendizagem com atividades de intervenções pedagógicas ao longo de todo o ano
letivo, a saber:
I - estudos contínuos de recuperação, ao longo do processo de ensino e
aprendizagem, em sala de aula, constituídos de atividades específicas para o
atendimento ao estudante ou grupos de estudantes que não desenvolveram as
habilidades trabalhadas;
II - estudos periódicos de recuperação, aplicados ao final de cada bimestre, antes da
realização do Conselho de Classe, para o estudante ou grupo de estudantes que não
desenvolveram as habilidades previstas para o bimestre;
III - estudos independentes de recuperação, realizados após o último conselho de
classe, com atividades avaliativas a serem aplicadas antes do encerramento do ano
escolar, quando as estratégias de intervenção pedagógica previstas nos incisos I e II
não tiverem sido suficientes para atender às necessidades mínimas de
aprendizagem do estudante.

Parágrafo único. Para os estudos independentes de recuperação, deverá ser


elaborado, pelo professor responsável pelo componente curricular, um plano de
estudos, com orientações e atividades que contemplem o(s) objeto(s) do
conhecimento e a(s) habilidade(s) que não foram consolidadas pelo estudante.

Art. 96 - Após o encerramento de cada um dos 4(quatro) bimestres, deverão ser


comunicados, por escrito, em até 10 dias úteis, aos estudantes e aos seus
responsáveis legais, quando menor, os resultados da avaliação da aprendizagem.

Parágrafo único. Devem ser informadas, também, as estratégias de intervenção


pedagógica que foram utilizadas e que serão oferecidas pela escola para o
estudante que ainda não desenvolveu as habilidades previstas.

Art. 97 - O conselho de classe é uma instância colegiada, responsável por favorecer


a articulação entre professores, realizar a análise das metodologias utilizadas,
estabelecer a relação dos diversos pontos de vistas e as intervenções necessárias
nos processos de ensino e de aprendizagem.

Parágrafo único. O conselho de classe terá sua composição e organização

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Legislação Educacional

regulamentadas por documento específico.

Art. 98 - A promoção dos estudantes do ensino fundamental e do ensino médio deve


ser decidida, coletivamente, pelos professores no conselho de classe, levando-se em
conta o desempenho global do estudante, seu envolvimento no processo de
aprender e não apenas a avaliação de cada professor em seu componente
curricular, de forma isolada, considerando-se os princípios da continuidade da
aprendizagem do estudante e da interdisciplinaridade.

Art. 99 - No encerramento do ano letivo e após os estudos independentes de


recuperação, a escola deve comunicar aos responsáveis, por escrito, o resultado
final da avaliação da aprendizagem dos estudantes, informando, inclusive, a situação
de progressão parcial, quando for o caso.

Art. 100 - A escola deve utilizar-se de todos os recursos pedagógicos disponíveis e


mobilizar pais e educadores, para que sejam oferecidas aos estudantes do 3º
ano/período do ensino médio condições para que possam ser vencidas as
dificuldades ainda existentes, considerando que o estudante só concluirá a educação
básica quando tiver obtido aprovação em todos os componentes curriculares.

Art. 101 - Serão realizadas avaliações sistêmicas, promovidas ou apoiadas pelo


Órgão Central da SEE, com o objetivo de subsidiar a formulação e implementação de
políticas públicas educacionais, a partir de parâmetros de qualidade e equidade,
bem como produzir informações claras e confiáveis aos professores, gestores,
educadores e público em geral.
§ 1º - A SEE poderá promover avaliações diagnósticas, no início do ano letivo e
avaliações formativas ao longo do ano letivo, com o objetivo de verificar as
aprendizagens consolidadas pelos estudantes e subsidiar o trabalho pedagógico dos
professores.
§ 2º - A SEE poderá promover avaliações externas, ao final do ano letivo, para
subsidiar decisões sobre a implementação, formulação, reformulação e
monitoramento de políticas educacionais, fornecendo aos gestores evidências
acerca da qualidade do trabalho realizado.
§ 3º - A SEE poderá apoiar a aplicação de avaliações externas promovidas pelo
governo federal e organizações internacionais, em consonância com as diretrizes
estaduais e as regulamentações de cada avaliação.

Art. 102 - Os resultados das avaliações internas da aprendizagem, realizadas pela


escola, e os resultados das avaliações sistêmicas, promovidas ou apoiadas pelo
Órgão Central da SEE, devem ser considerados para o planejamento das ações de
intervenção pedagógica que promovam a efetiva aprendizagem dos estudantes.

CAPÍTULO II
DA PROGRESSÃO CONTINUADA NOS CICLOS DA ALFABETIZAÇÃO E COMPLEMENTAR

Art. 103 - A progressão continuada, com aprendizagem e sem interrupção, adotada


nos ciclos da alfabetização e complementar está vinculada à avaliação contínua e
processual que permite ao professor acompanhar o desenvolvimento e detectar as
dificuldades de aprendizagem apresentadas pelo estudante, no momento em que
elas surgem, intervindo de imediato, com estratégias adequadas, para garantir as
aprendizagens básicas.

Parágrafo único. A progressão continuada nos anos iniciais do ensino fundamental

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Legislação Educacional

deve estar apoiada em ações de intervenção pedagógica significativas, para garantir


a consolidação das habilidades previstas para o ano em curso.

Art. 104 - As escolas e os professores, com o apoio da família e da comunidade,


devem envidar esforços para assegurar o progresso contínuo dos estudantes no que
se refere ao seu desenvolvimento pleno e à aquisição de aprendizagens
significativas, fazendo uso de todos os recursos disponíveis, e ainda:
I - criando, ao longo do ano letivo, novas oportunidades de aprendizagem para os
estudantes que apresentem baixo desempenho escolar;
II - organizando agrupamento temporário para estudantes de níveis equivalentes de
dificuldades, com a garantia de aprendizagem e de sua integração nas atividades
cotidianas de sua turma;
III - adotando as providências necessárias para que a operacionalização do princípio
da continuidade não seja traduzida como promoção automática de estudantes de
um ano ou ciclo para o seguinte, e para que o combate à repetência não se
transforme em descompromisso com o ensino e aprendizagem.

CAPÍTULO III
DA PROGRESSÃO PARCIAL

Art. 105 - A progressão parcial é o procedimento que permite ao estudante avançar


em sua trajetória escolar, possibilitando-lhe novas oportunidades de estudos, no ano
letivo subsequente, naqueles aspectos dos componentes curriculares nos quais
necessita, ainda, consolidar conhecimentos e habilidades básicas.
§ 1º - A progressão parcial é prevista do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e no
1º e 2º ano do ensino médio.
§ 2º - O disposto no caput aplica-se também na transição do 9º ano do ensino
fundamental para o 1º ano do ensino médio.

Art. 106 - O estudante poderá beneficiar-se da progressão parcial em até 3 (três)


componentes curriculares no ano letivo subsequente.

Parágrafo único. O estudante promovido em progressão parcial tem sua matrícula


garantida no ano de escolaridade subsequente apenas nas escolas da rede pública
estadual de ensino de Minas Gerais.

Art. 107 - Ao estudante em progressão parcial, devem ser assegurados estudos


orientados, conforme plano de intervenção pedagógica elaborado, conjuntamente,
pelos professores do(s) componente(s) curricular(es) do ano anterior e do ano em
curso, com a finalidade de proporcionar a superação das defasagens e dificuldades
no(s) objeto(s) do conhecimento, habilidade(s) identificadas pelo professor e
discutidas no conselho de classe.

Art. 108 - Na transferência de estudantes aprovados em regime de progressão


parcial, independentemente da escola de destino, a escola estadual de origem deve
anexar ao histórico escolar um relatório descrevendo a situação escolar com o
detalhamento das habilidades não consolidadas no(s) componente(s) curricular(es)
em progressão.

Parágrafo único. A escola de destino deverá realizar um plano de estudos orientado


com base no relatório enviado pela escola de origem, com o objetivo de superar a
progressão parcial e garantir ao estudante o seu percurso escolar.

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Legislação Educacional

Art. 109 - As ações do plano de estudo orientado devem ser desenvolvidas por meio
de diferentes estratégias, obrigatoriamente, pelo(s) professor(es) do(s)
componente(s) curricular(es) do ano letivo imediato ao da ocorrência da progressão
parcial.

Parágrafo único. As ações referentes ao cumprimento da progressão parcial


deverão ser realizadas, com vistas à recuperação da aprendizagem do estudante, e
o resultado registrado no SIMADE.

CAPÍTULO IV
DA CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO

Art. 110 - O recurso da classificação, na educação básica, tem por objetivo


posicionar o estudante no ano de escolaridade compatível com sua idade,
experiência, nível de desempenho ou de conhecimento, nas seguintes situações:
I - por promoção, para estudantes que cursaram, com aproveitamento, o ano
anterior, na própria escola;
II - por transferência, para estudantes procedentes de outra escola situada no país
ou no exterior, considerando a idade e desempenho;
III - independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela
escola, que defina o grau de desenvolvimento, considerando a idade do estudante,
exceto no 1º ano do ensino fundamental.

Parágrafo único. Os documentos que fundamentarem e comprovarem a


classificação do estudante deverão ser arquivados na sua pasta individual.

Art. 111 - A reclassificação é o reposicionamento do estudante no ano diferente de


sua situação atual, a partir de uma avaliação de seu desempenho, podendo ocorrer
nas seguintes situações:
I - avanço: propicia condições para conclusão de anos da educação básica, em
menos tempo, ao estudante com altas habilidades/superdotação, comprovadas por
avaliações diagnósticas em todos os componentes curriculares e relatórios
complementares de profissionais competentes;
II - aceleração: é a forma de reposicionar o estudante com atraso escolar em
relação à sua idade, durante o ano letivo;
III - transferência: o estudante proveniente de escola situada no país ou exterior
poderá ser avaliado e posicionado, em ano diferente ao indicado no seu histórico
escolar da escola de origem, desde que comprovados conhecimentos e habilidades;
IV - frequência: para o estudante com frequência inferior a 75% da carga horária
mínima exigida e que apresentar desempenho satisfatório em todos os
componentes curriculares.
§1º - os recursos da reclassificação dispostos nesse artigo poderão ser aplicados em
todas as modalidades de ensino, exceto na educação profissional e tecnológica e
curso normal de nível médio.
§2º - Os documentos que fundamentarem e comprovarem a reclassificação
deverão ser arquivados na pasta individual do estudante.

TÍTULO IX
DA PUBLICIDADE DOS ATOS

Art. 112 - A escola deve divulgar, amplamente, os dados e as informações relativos:


I - ao projeto político pedagógico;
II - às diretrizes previstas no regimento escolar;

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Legislação Educacional

III - às formas de avaliação interna;


IV - aos projetos, propostas e ações previstas e desenvolvidas para melhoria dos
processos de ensino e aprendizagem;
V - aos resultados do desempenho escolar dos estudantes;
VI - aos indicadores, estatísticas e resultados educacionais obtidos pela instituição
nas avaliações externas.
§1º - A escola, ao publicitar os atos, dados e informações deve atentar-se para as
restrições da Lei de Acesso à Informação em vigor.
§2º - Considera-se relevante para o cumprimento do que estabelece o caput,
informar:
I - número de estudantes matriculados por ciclo ou ano escolar;
II - percentual de estudantes em abandono por ano e as medidas para evitar a
evasão escolar;
III - taxas de distorção idade/ano de escolaridade e as medidas adotadas para
reduzir esta distorção;
IV - resultado do desempenho dos estudantes de acordo com a etapa e modalidades
da Educação Básica;
V - medidas adotadas no sentido de melhorar o processo pedagógico e garantir o
sucesso escolar.

Art. 113 - Compete à escola manter atualizados os dados da secretaria escolar e do


sistema mineiro de administração escolar – SIMADE, bem como o registro estatístico
escolar nacional anual, e organizados de acordo com as normas estabelecidas pelos
respectivos sistemas de ensino.

TÍTULO X
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 114 - No primeiro bimestre de cada ano letivo, com o objetivo de propor
medidas imediatas de intervenção pedagógica, as Superintendências Regionais de
Ensino promoverão junto às escolas o levantamento da situação dos estudantes cuja
trajetória escolar esteja comprometida por:
I - distorção idade/ano de escolaridade;
II - defasagens de aprendizagem;
III - situação de progressão parcial.

Parágrafo único. Os estudantes com distorção idade/ano de escolaridade deverão


ser atendidos pela escola, utilizando-se das seguintes estratégias:
I - reclassificação, conforme previsto no artigo 111 desta Resolução;
II - organização de turmas específicas de aceleração, conforme diretrizes
estabelecidas pela Secretaria de Estado de Educação;
III - encaminhamento à educação de jovens e adultos - EJA, desde que atendidas as
exigências de idade.

Art. 115 - É vedado à escola pública estadual:


I - cobrar taxas, contribuições ou exigir pagamentos a qualquer título;
II - exigir das famílias a compra de material escolar mediante lista estabelecida pela
escola;
III - impedir a frequência às aulas ao estudante que não estiver usando uniforme ou
não dispuser do material escolar;
IV - vender uniformes.

Art. 116 - Os projetos e ações propostos pela escola devem ser desenvolvidos de

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maneira integrada ao projeto político pedagógico e estar alinhados com as diretrizes


da Secretaria de Estado de Educação.

Parágrafo único. A direção da escola poderá buscar parcerias para o


desenvolvimento de suas ações e projetos junto a associações diversas, instituições
filantrópicas, iniciativa privada, instituições públicas e comunidade em geral,
propondo às Superintendências Regionais de Ensino, quando for o caso, a assinatura
de convênios ou instrumentos jurídicos equivalentes para viabilizar as referidas
parcerias.

Art. 117 - É assegurado aos estudantes matriculados no 2° e 3° ano do ensino médio


no ano letivo de 2022 e no 3° ano do ensino médio no ano letivo de 2023 o direito
de concluírem seus estudos segundo organização curricular orientada pela
Resolução SEE nº 4.234, de 22 de novembro de 2019.

Art. 118 - Revogam-se a Resolução SEE nº 2.197, de 20 de outubro de 2012, a


Resolução SEE nº2.807, de 29 de outubro de 2016, a Resolução SEE nº 4058, de 21
de dezembro de 2018, e as demais disposições em contrário.

Art. 119 - Esta Resolução entra em vigor a partir de 01 de janeiro de 2022.

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO, em Belo Horizonte, aos 29 de


dezembro de 2021.

Julia Sant'Anna
Secretária de Estado de Educação
Documento assinado eletronicamente por Julia Sant'Anna, Secretária de
Estado de Educação, em 29/12/2021, às 17:20, conforme horário oficial de
Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 47.222, de 26 de
julho de 2017.

A autenticidade deste documento pode ser conferida no site


http://sei.mg.gov.br/sei/controlador_externo.php?
acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0, informando o
código verificador 40224204 e o código CRC 46C60D21.

Referência: Processo nº 1260.01.0137888/2021-60 SEI nº 40224204

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