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Autor: Otávio Souza – PMMinas – proibido compartilhamento, direitos reservados.

1. Declaração Universal dos Direitos Humanos — Resolução 217-A (III) da Assembleia


Geral das Nações Unidas, 1948.

2. Regras mínimas da ONU para o tratamento de pessoas presas.

3. Decreto nº 7.037/2009 e suas alterações (Programa Nacional de Direitos Humanos).

4. Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (arts. 62 a 64 da Lei de Execução


Penal e suas alterações).

5. Conselhos Penitenciários (arts. 69 e 70 da Lei de Execução Penal e suas alterações).

6. Conselhos da Comunidade (arts. 80 e 81 da Lei de Execução Penal e suas alterações).

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS

HIERARQUIA DE NORMAS:

1. NORMA CONSTITUCIONAL → são as normas mais “poderosas” (coroné); pois ocupam o


topo da pirâmide normativa.

2. NORMA SUPRALEGAL → está abaixo da Constituição e acima das leis (É O CASO DO


PACTO DE SÃO JOSÉ DA COSTA RICA – CADH).

3. NORMAS INFRACONSTITUCIONAL → está abaixo da constituição e abaixo das normas


supralegais.

NATUREZA DOS TRATADOS EM GERAL: são normas infraconstitucionais.


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RITO DOS TRATADOS QUE VERSAM SOBRE DIREITOS HUMANOS:


1. Equivalentes a Emendas Constitucionais:
Art. 5º, CF/88: §3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos
que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em DOIS TURNOS,
por TRÊS QUINTOS dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às
emendas constitucionais.
2. Norma supralegal: caso não atinjam o rito acima, por exemplo, a CADH.

NATUREZA/STATUS/CARÁTER DA DUDH → em uma perspectiva formal ela é mera


DECLARAÇÃO, RESOLUÇÃO, RECOMENDAÇÃO, NÃO é um tratado e NÃO tem força
vinculante para a maioria das bancas de concurso.

Ano: 2017 Banca: UECE-CEV Órgão: SEAS - CE Prova: UECE-CEV - 2017 - SEAS - CE -
Socioeducador
“Do ponto de vista técnico-formal, [...] é mera RESOLUÇÃO da Assembleia Geral das Nações
Unidas, com caráter de RECOMENDAÇÃO, juridicamente NÃO VINCULANTE. Com isso, os
preceitos contidos [...] não seriam, em princípio, obrigatórios, ao menos à luz de um entendimento
calcado em noções mais antigas do Direito, de caráter mais formalista e menos ligadas a valores,
dentro das quais, a propósito, a proteção da dignidade humana não tinha o destaque de que hoje
se reveste”.

O documento relacionado aos direitos humanos, ao qual o texto acima se refere, é denominado

A Pacto de São José da Costa Rica.

B Declaração Universal dos Direitos Humanos.

C Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos.

D Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais.

Segundo Rafael Barretto, temos que as CARACTERÍSTICAS dos Direitos Humanos são:
• Historicidade;
• Universalidade;
• Relatividade (não são absolutos);
Exceção: tortura e tráfico de escravos
“Artigo 4. Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e
o tráfico de escravos serão proibidos EM TODAS AS SUAS FORMAS.”
• Irrenunciabilidade;
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• Inalienabilidade;
• Imprescritibilidade;
• Unidade, indivisibilidade e interdependência

ABAIXO ALGUNS ARTIGOS CONTRAINTUITIVOS:


“O TRIO ARBITRÁRIO”
Artigo 9.
Ninguém será ARBITRARIAMENTE preso, detido ou exilado.
Artigo 15.
Ninguém será ARBITRARIAMENTE privado de sua nacionalidade, nem do direito de
mudar de nacionalidade.
Art. 12. CF/88, § 4º - Será declarada a PERDA da nacionalidade do brasileiro que:
I - tiver CANCELADA sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de
atividade nociva ao interesse nacional;
II - ADQUIRIR outra nacionalidade, SALVO nos casos:
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro
residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu
território ou para o exercício de direitos civis.
(Bizu: imagine que para o brasileiro casar-se no estrangeiro exige-se naturalização);
Artigo 17.
Ninguém será ARBITRARIAMENTE privado de sua propriedade.

Artigo 14.
1. Toda pessoa, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar ASILO em
outros países.
CF/88 → art. 4º, X - concessão de asilo político.
2. Este direito NÃO pode ser invocado em caso de perseguição legitimamente motivada
por crimes de direito comum ou por atos contrários aos objetivos e princípios das Nações
Unidas.

Artigo 29.
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Todo ser humano tem DEVERES para com a comunidade, em que o livre e pleno
desenvolvimento de sua personalidade é possível.

Artigo 3.
Todo ser humano tem direito à VIDA, à LIBERDADE e à SEGURANÇA PESSOAL.
Artigo 23 → TRABALHO
1. Todo ser humano tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas
e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego.
2. Todo ser humano, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual
trabalho.
3. Todo ser humano que trabalhe tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que
lhe assegure, ASSIM COMO À SUA FAMÍLIA, uma existência compatível com a
DIGNIDADE HUMANA, e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de
proteção social.
4. Todo ser humano tem direito a organizar sindicatos e neles ingressar para proteção de
seus interesses.

Artigo 24.
Todo ser humano tem direito a repouso e lazer, inclusive à limitação razoável das horas
de trabalho e férias periódicas remuneradas.

Artigo 16 → CASAMENTO/FAMÍLIA
1. Os homens e mulheres de MAIOR IDADE, sem qualquer restrição de raça,
nacionalidade ou religião, têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam
de iguais direitos em relação ao casamento, sua duração e sua dissolução.
2. O casamento não será válido senão com o LIVRE e PLENO consentimento dos
nubentes (DOS DOIS → não basta que apenas um consinta).
3. A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção da
sociedade e do Estado.
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DECRETO Nº 7.037/2009 E SUAS ALTERAÇÕES (PROGRAMA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS)

Pontos iniciais:
1. Finalidade → nortear as medidas governamentais em prol da defesa dos direitos humanos;
2. Decreto emanado pelo Presidente da República em 2009;
3. Ações programáticas.

Art. 2º O PNDH-3 será implementado de acordo com os seguintes EIXOS ORIENTADORES e


suas respectivas DIRETRIZES:

MNEMÔNICO PARA OS EIXOS DA PNDH-3:


O INTER DESENVOLVEU O UNIVERSO COM SEGURANÇA, EDUCAÇÃO E MEMÓRIA.

1° INTERação DEmocrática

2° DESENVOLVimento e direitos humanos

3° UNIVERSalizar direitos humanos em um contexto de desigualdade

4º SEGURANÇA pública, acesso à justiça combate à violência

5° EDUCAÇÃO e Cultura em Direitos Humanos

6° Direito à MEMÓRIA e a verdade

Fonte: Edson Becker → Qconcursos

I - EIXO ORIENTADOR I: INTERAÇÃO DEMOCRÁTICA ENTRE ESTADO E SOCIEDADE


CIVIL:
a) Diretriz 1: Interação DEMOCRÁTICA entre Estado e sociedade civil como instrumento
de fortalecimento da democracia participativa;
b) Diretriz 2: Fortalecimento dos Direitos Humanos como instrumento transversal das
políticas públicas e de interação DEMOCRÁTICA; e
c) Diretriz 3: Integração e ampliação dos sistemas de informações em Direitos
Humanos e construção de mecanismos de avaliação e monitoramento de sua
efetivação (decorar → problemática);
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II - EIXO ORIENTADOR II: DESENVOLVIMENTO E DIREITOS HUMANOS:


a) Diretriz 4: Efetivação de modelo de desenvolvimento SUSTENTÁVEL, com inclusão
social e econômica, ambientalmente equilibrado e tecnologicamente responsável, cultural e
regionalmente diverso, participativo e não discriminatório;
b) Diretriz 5: Valorização da pessoa humana como sujeito central do processo de
desenvolvimento; e
c) Diretriz 6: Promover e proteger os direitos ambientais como Direitos Humanos,
incluindo as gerações futuras como sujeitos de direitos (decorar → problemática);

III - EIXO ORIENTADOR III: UNIVERSALIZAR DIREITOS EM UM CONTEXTO DE


DESIGUALDADES:
a) Diretriz 7: Garantia dos Direitos Humanos de forma UNIVERSAL, INDIVISÍVEL e
INTERDEPENDENTE, assegurando a cidadania plena;
b) Diretriz 8: Promoção dos direitos de crianças e adolescentes para o seu
desenvolvimento integral, de forma não discriminatória, assegurando seu direito de
opinião e participação;
c) Diretriz 9: Combate às desigualdades estruturais; e
d) Diretriz 10: Garantia da igualdade na diversidade;

IV - EIXO ORIENTADOR IV: SEGURANÇA PÚBLICA, ACESSO À JUSTIÇA E COMBATE À


VIOLÊNCIA:

a) Diretriz 11: DEMOCRATIZAÇÃO e MODERNIZAÇÃO do sistema de segurança


pública;

b) Diretriz 12: TRANSPARÊNCIA e PARTICIPAÇÃO POPULAR no sistema de segurança


pública e justiça criminal;

c) Diretriz 13: PREVENÇÃO da violência e da criminalidade e PROFISSIONALIZAÇÃO da


investigação de atos criminosos;

d) Diretriz 14: COMBATE à violência institucional, com ênfase na ERRADICAÇÃO da


tortura e na REDUÇÃO da letalidade policial e CARCERÁRIA;

e) Diretriz 15: Garantia dos direitos das vítimas de crimes e de proteção das pessoas
ameaçadas;
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f) Diretriz 16: MODERNIZAÇÃO da política de execução penal, priorizando a aplicação de


penas e medidas alternativas à privação de liberdade e melhoria do SISTEMA
PENITENCIÁRIO; e

g) Diretriz 17: Promoção de sistema de justiça mais ACESSÍVEL, ÁGIL e EFETIVO, para
o conhecimento, a garantia e a defesa de direitos;

V - EIXO ORIENTADOR V: EDUCAÇÃO E CULTURA EM DIREITOS HUMANOS:


a) Diretriz 18: Efetivação das diretrizes e dos princípios da política nacional de educação
em DIREITOS HUMANOS para fortalecer uma cultura de direitos;
b) Diretriz 19: Fortalecimento dos princípios da democracia e dos DIREITOS HUMANOS
nos sistemas de educação básica, nas instituições de ensino superior e nas instituições
formadoras;
c) Diretriz 20: Reconhecimento da educação não formal como espaço de defesa e
promoção dos DIREITOS HUMANOS;
d) Diretriz 21: Promoção da Educação em DIREITOS HUMANOS no serviço público; e
e) Diretriz 22: Garantia do direito à comunicação democrática e ao acesso à informação
para consolidação de uma cultura em DIREITOS HUMANOS; e

VI - EIXO ORIENTADOR VI: DIREITO À MEMÓRIA E À VERDADE:


a) Diretriz 23: Reconhecimento da MEMÓRIA e da VERDADE como Direito Humano da
cidadania e dever do Estado;
b) Diretriz 24: Preservação da MEMÓRIA histórica e construção pública da VERDADE; e
c) Diretriz 25: Modernização da legislação relacionada com promoção do direito à
MEMÓRIA e à VERDADE, fortalecendo a democracia.
Parágrafo único. A implementação do PNDH-3, além dos responsáveis nele indicados, envolve
parcerias com outros órgãos FEDERAIS relacionados com os temas tratados nos eixos
orientadores e suas diretrizes.
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1. Acerca do Programa Nacional de Direitos Humanos III (PNDH-3), julgue os itens que se
seguem.
É prevista como objetivo estratégico do PNDH-3 a garantia do trabalho decente, adequadamente
remunerado, exercido em condições de equidade e segurança.
Certo
Errado

2. Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MTE Prova: CESPE - 2013 - MTE - Auditor
Fiscal do Trabalho - Prova
Acerca do Programa Nacional de Direitos Humanos III (PNDH-3), julgue os itens que se seguem.
A DIRETRIZ referente à garantia dos direitos humanos de forma UNIVERSAL, indivisível e
interdependente, de modo a assegurar a cidadania plena, consta no eixo orientador denominado
Desenvolvimento e Direitos Humanos do PNDH-3
Certo
Errado

3. Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DEPEN Provas: CESPE - 2015 - DEPEN -
Especialista - Todas as áreas - Conhecimentos Básicos
Aprovado em 2009, o terceiro Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3) assenta-se nos
seguintes EIXOS ORIENTADORES: interação democrática entre Estado e sociedade civil;
desenvolvimento e direitos humanos; universalização dos direitos em um contexto de
desigualdades; segurança pública, acesso à justiça e combate à violência; educação e cultura em
direitos humanos; direito à memória e à verdade. A respeito desse assunto, julgue o item que se
segue.
Uma importante DIRETRIZ do PNDH-3 refere-se ao combate à violência institucional, com ênfase
na ERRADICAÇÃO da tortura e na REDUÇÃO da letalidade policial e carcerária.
Certo
Errado
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REGRAS MÍNIMAS DA ONU PARA O TRATAMENTO DE PESSOAS PRESAS

Conteúdo: 40 páginas e 122 regras que se subdividem.

OBJETIVO: As regras que a seguir se enunciam NÃO pretendem descrever em pormenor um


modelo de sistema prisional. Procuram UNICAMENTE, com base no consenso geral do
pensamento atual e nos elementos essenciais dos sistemas contemporâneos mais adequados,
estabelecer o que geralmente se aceita como sendo bons princípios e práticas no
tratamento dos reclusos e na gestão dos estabelecimentos prisionais.

Resumindo:
1. Não pretende descrever um modelo de sistema prisional em seus pormenores (detalhes);
2. Estabelecer um consenso geral de bons princípios e práticas no tratamento de reclusos e na
gestão de estabelecimentos prisionais.

Atenção: as regras podem ser aplicadas em todos os locais e em todos os momentos?


NÃO! Em razão das variedades legais, sociais, econômicas e geográficos em todo o mundo.

AS REGRAS SÃO OBRIGATÓRIAS NO SENTIDO DE TEREM FORÇA VINCULANTE?


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R.: NÃO, são uma espécie de recomendação/modelo a ser seguido.

O termo “PUNIR” aparece apenas uma vez em toda a PNDH-3, então cuidado com as questões
que trouxerem essa palavra.
“As administrações prisionais NÃO devem PUNIR qualquer conduta do recluso se esta for
considerada como resultado direto da sua doença mental ou incapacidade intelectual.”

BOM SENSO + LÓGICA DE PROTEÇÃO AOS PRESOS, VEJA:


Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DEPEN Provas: CESPE / CEBRASPE - 2021 -
DEPEN - CARGO 1 - Enfermagem
As Regras Mínimas para o Tratamento de Reclusos, apelidadas de “Regras de Mandela”
em homenagem ao ex-presidente da África do Sul e ex-presidiário, Nelson Mandela, lembram ao
mundo que prisioneiros são seres humanos, nascidos com dignidade e com direito à segurança
e proteção dos seus direitos humanos. Os avanços trazidos pela edição das regras são muito
importantes para garantir que os presos tenham, por exemplo, as mesmas condições de
atendimento à saúde que pessoas livres. Com referência às Regras Mínimas para o Tratamento
de Reclusos, julgue o item que se segue.
Suponha que determinado profissional de saúde, ciente dos efeitos colaterais causados
pela sanção disciplinar imposta a determinado preso, tenha demorado a reportar tal fato ao diretor
do presídio. Com base nessas informações, não se pode afirmar que, nessa situação, a demora
da comunicação contraria as regras mínimas da ONU para o tratamento de pessoas presas, uma
vez que não há prazo estabelecido para tal comunicação.
Certo
Errado
Regra 46
2. Os profissionais de saúde devem transmitir ao diretor, SEM DEMORA,
qualquer efeito colateral causado pelas sanções disciplinares ou outras
medidas restritivas à saúde física ou mental do recluso submetido a tais
sanções ou medidas e devem aconselhar o diretor se considerarem
necessário interrompê-las por razões físicas ou psicológicas.

COMPATIBILIDADE COM A CF/88 → art. 5º, XLIX - é assegurado aos PRESOS o respeito à
integridade física e moral;
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É desejável que nos ESTABELECIMENTOS PRISIONAIS FECHADOS a individualização


do tratamento não seja prejudicada por um número demasiado elevado de reclusos. Nalguns
países entende-se que a população destes estabelecimentos não deve ultrapassar os
QUINHENTOS. Nos ESTABELECIMENTOS ABERTOS, a população deve ser tão reduzida
quanto possível.
Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DEPEN Provas: CESPE / CEBRASPE -
2021 - DEPEN - CARGO 1 - Enfermagem
As Regras Mínimas para o Tratamento de Reclusos, apelidadas de “Regras de
Mandela” em homenagem ao ex-presidente da África do Sul e ex-presidiário, Nelson
Mandela, lembram ao mundo que prisioneiros são seres humanos, nascidos com dignidade
e com direito à segurança e proteção dos seus direitos humanos. Os avanços trazidos pela
edição das regras são muito importantes para garantir que os presos tenham, por exemplo,
as mesmas condições de atendimento à saúde que pessoas livres. Com referência às
Regras Mínimas para o Tratamento de Reclusos, julgue o item que se segue.
Medida adotada por alguns países de limitar a população em unidades prisionais
fechadas a quinhentos detentos está alinhada ao entendimento de que essas unidades não
devem ser grandes demais a ponto de impossibilitar o tratamento individualizado dos
presos.
Certo
Errado

Regra 1 → TODOS os reclusos devem ser tratados com o respeito inerente ao valor e dignidade
do ser humano. NENHUM recluso deverá ser submetido a TORTURA ou outras penas ou a
tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes e DEVERÁ ser protegido de tais atos, não
sendo estes justificáveis em qualquer circunstância. A segurança dos RECLUSOS, do PESSOAL
DO SISTEMA PRISIONAL, dos PRESTADORES DE SERVIÇO e dos VISITANTES deve ser
SEMPRE assegurada.

Regra 4 → 1. Os OBJETIVOS DE UMA PENA DE PRISÃO ou de qualquer outra medida


restritiva da liberdade são, prioritariamente, PROTEGER A SOCIEDADE CONTRA A
CRIMINALIDADE e REDUZIR A REINCIDÊNCIA. Estes objetivos só podem ser alcançados se o
período de detenção for utilizado para assegurar, sempre que possível, a REINTEGRAÇÃO
destas pessoas na sociedade após a sua libertação, para que possam levar uma vida
autossuficiente e de respeito para com as leis.
Objetivos PRIORITÁRIOS da pena de prisão:
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1. PROTEGER A SOCIEDADE CONTRA A CRMINALIDADE;


2. REDUZIR A REINCIDÊNCIA;
3. REINTEGRAÇÃO.

As seguintes práticas, em particular, devem ser PROIBIDAS:


• Confinamento solitário indefinido ou prolongado;
• Encarceramento em cela escura ou constantemente iluminada;
• Castigos corporais ou redução da dieta ou água potável do preso; castigos coletivos.

INSPEÇÕES INTERNAS E EXTERNAS


Regra 83
1. Deve haver um sistema DUPLO de inspeções REGULARES nos estabelecimentos e
serviços prisionais:
(a) Inspeções INTERNAS ou administrativas conduzidas pela administração
prisional central;
(b) Inspeções EXTERNAS conduzidas por um órgão independente da administração
prisional, que pode incluir órgãos internacionais ou regionais competentes.

INOVAÇÕES JURÍDICAS - ALTERAÇÕES DE 2015:


Regra 44
Para os efeitos tidos por convenientes, o CONFINAMENTO SOLITÁRIO refere-se ao
confinamento do recluso por 22 HORAS ou mais, por dia, sem contato humano
significativo. O CONFINAMENTO SOLITÁRIO PROLONGADO refere-se ao confinamento
solitário por mais de 15 dias consecutivos (Bizu: cuidado para não confundir com o RDD
na LEP, 2 anos, e no RENP, 360 dias).
CONFINAMENTO SOLITÁRIO → 22 horas ou mais por dia sem contato humano
significativo.
CONFINAMENTO SOLITÁRIO PROLONGADO → tem duração maior que 15 dias
consecutivos.
O confinamento solitário deve ser somente utilizado em CASOS EXCECIONAIS,
como ÚLTIMO RECURSO e durante o menor tempo possível.

PRESO PROVISÓRIO X PRESO “CONDENADO”


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Regra 111
1. Os detidos ou presos em virtude de lhes ser imputada a prática de uma infração penal,
quer estejam detidos sob custódia da polícia, quer num estabelecimento prisional, mas que
AINDA NÃO FORAM JULGADOS E CONDENADOS, são doravante designados nestas
Regras por “detidos preventivamente”.
2. As pessoas detidas preventivamente PRESUMEM-SE INOCENTES e como tal devem
ser tratadas.

Artigo 11 da DUDH
1.Todo ser humano acusado de um ato delituoso tem o direito de ser
PRESUMIDO INOCENTE até que a sua culpabilidade tenha sido provada de
acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido
asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa.

Regra 112
1. As pessoas detidas preventivamente devem ser MANTIDAS SEPARADAS dos
reclusos condenados.
2. Os JOVENS detidos preventivamente devem ser mantidos separados dos
ADULTOS e ser, em princípio, detidos em estabelecimentos prisionais separados.
Regra 113
As pessoas detidas preventivamente devem DORMIR SOZINHAS em quartos
separados, sob reserva de diferente costume local relativo ao clima.
Regra 114
Dentro dos limites compatíveis com a boa ordem do estabelecimento prisional, as
pessoas detidas preventivamente podem, se o desejarem, mandar vir
ALIMENTAÇÃO DO EXTERIOR a expensas próprias, quer através da
administração, quer através da sua família ou amigos. Caso contrário a
administração deve fornecer-lhes a alimentação.
Regra 115
A pessoa detida preventivamente deve ser autorizada a usar a sua PRÓPRIA
ROUPA se estiver limpa e for adequada. Se usar roupa do estabelecimento
prisional, esta será diferente da fornecida aos condenados.
Regra 116
Será sempre dada à pessoa detida preventivamente a oportunidade de trabalhar,
mas esta NÃO SERÁ OBRIGADA A FAZÊ-LO. Se optar por trabalhar, será
remunerada.
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CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA CRIMINAL E PENITENCIÁRIA


(ARTS. 62 A 64 DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL E SUAS ALTERAÇÕES)

Do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária


Art. 62. O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, com sede na Capital da
República, é subordinado ao Ministério da Justiça.
Art. 63. O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária será integrado por 13 (treze)
membros designados através de ato do MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, dentre professores e
profissionais da área do Direito Penal, Processual Penal, Penitenciário e ciências correlatas, bem
como por representantes da comunidade e dos Ministérios da área social.
Parágrafo único. O mandato dos membros do Conselho terá duração de 2 (dois) anos,
renovado 1/3 (um terço) em cada ano.
Art. 64. Ao Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, no exercício de suas
atividades, em âmbito federal ou estadual, incumbe (NÃO tem municipal):
I - propor diretrizes da política criminal quanto à prevenção do delito, administração da
Justiça Criminal e execução das penas e das medidas de segurança;
II - contribuir na elaboração de planos nacionais de desenvolvimento, sugerindo as
metas e prioridades da política criminal e penitenciária;
III - promover a avaliação periódica do sistema criminal para a sua adequação às
necessidades do País;
IV - estimular e promover a pesquisa criminológica;
V - elaborar programa nacional penitenciário de formação e aperfeiçoamento do servidor;
VI - estabelecer regras sobre a arquitetura e construção de estabelecimentos penais e
casas de albergados;
VII - estabelecer os critérios para a elaboração da estatística criminal;
VIII - inspecionar e fiscalizar os estabelecimentos penais, bem assim informar-se, mediante
relatórios do Conselho Penitenciário, requisições, visitas ou outros meios, acerca do
desenvolvimento da execução penal nos Estados, Territórios e Distrito Federal, propondo
às autoridades dela incumbida as medidas necessárias ao seu aprimoramento;
IX - representar ao Juiz da execução ou à autoridade administrativa para instauração de
sindicância ou procedimento administrativo, em caso de violação das normas referentes à
execução penal;
X - representar à autoridade competente para a interdição, no todo ou em parte, de
estabelecimento penal.
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DO CONSELHO PENITENCIÁRIO (LEP)

Art. 69. O Conselho Penitenciário é órgão CONSULTIVO e FISCALIZADOR da execução da


pena.
§ 1º O Conselho será integrado por membros nomeados pelo GOVERNADOR DO
ESTADO, do Distrito Federal e dos Territórios, dentre professores e profissionais da área
do Direito Penal, Processual Penal, Penitenciário e ciências correlatas, bem como por
representantes da comunidade. A legislação federal e estadual regulará o seu
funcionamento.
§ 2º O mandato dos membros do Conselho Penitenciário terá a duração de 4 (quatro)
anos.
Art. 70. Incumbe ao Conselho Penitenciário:
I - emitir PARECER sobre livramento condicional, indulto e comutação de pena;
I - emitir PARECER sobre indulto e comutação de pena, excetuada a hipótese de pedido
de indulto com base no estado de saúde do preso;
II - inspecionar os estabelecimentos e serviços penais;
III - apresentar, no 1º (primeiro) trimestre de cada ano, ao Conselho Nacional de Política
Criminal e Penitenciária, relatório dos trabalhos efetuados no exercício anterior;
IV - supervisionar os patronatos, bem como a assistência aos egressos.

DO CONSELHO DA COMUNIDADE (LEP)

Art. 80. Haverá, em cada comarca, um Conselho da Comunidade composto, no mínimo:


1. por 1 (um) representante de associação comercial ou industrial,
2. 1 (um) advogado indicado pela Seção da Ordem dos Advogados do Brasil,
3. 1 (um) Defensor Público indicado pelo Defensor Público Geral e
4. 1 (um) assistente social escolhido pela Delegacia Seccional do Conselho Nacional de
Assistentes Sociais.
Parágrafo único. Na falta da representação prevista neste artigo, ficará a critério do JUIZ
da execução a escolha dos integrantes do Conselho.
Art. 81. Incumbe ao Conselho da Comunidade:
I - visitar, pelo menos mensalmente, os estabelecimentos penais existentes na comarca;
II - entrevistar presos;
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III - apresentar relatórios mensais ao Juiz da execução e ao Conselho Penitenciário;


IV - diligenciar a obtenção de recursos materiais e humanos para melhor assistência ao
preso ou internado, em harmonia com a direção do estabelecimento.

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