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MEE Assédio Moral 0 LADO DO TRABALHO O assédio moral esté disseminado. O atual cenario econémico tem degradado ainda mais as relag¢des satnensnn nites Oza Seer Ueieeate nigeareeaes ieee Sesnaneee aes Sorcaenaess set eae pee ee cee aia tooo ase ean ee = lo, Entre 2000 e 2005, a especiaista entrvistou 42 mil fincionérios de empresas pi- vada, organizagOes ndo-governamen- ats ¢entdadesflanrdpicas, esse pt- afrmaram sofrer humilhagSes ou cons tos freglientes no trabalho. A maioria des- ratos eram praticadas por seus superiores. Niimeros do assédio moral no Brasil 42% dos trabalnadores sofreram ‘ou sofrem violncia no trabalho 36% das queixas séo de homens 64% das mulheres retatam ter passado pelo tormento em 12% dos casos, envolvendo tunciondrias, © problema comecou com abordagem sexual (60% das vitimas entraram em depressio ‘em decorréncia do assécio “uma relidade cruel ¢ com conse- | de saiide e bancirios softem humi- ajgnciasdramiticas. Condutas dessa | Thagdesfreqientes no trabalho. “Sem raturezatrazem danos sade fisica | falar que o softimento dos funcioné- « psiquca dos tabalhadores. Mas por | ros piblicos € agravado porque eles | desquaificadoe ainda & ‘medo de perder 0 emprego muitos si-| no podem ser demitides. Portanto, | obrigada a executartaefas in- leneiam”, firma se submetem as humilhagSes e abu- | feriores. Ou, pelo contrrio, recebe De acordo com Margarida, respon- | Sos por mais tempo. Como as admi- | uma missio muito superior sua ea- ‘ivel pela introduo da discuss so- ss mudam a cada quatro anos, | pacidade. Tudo com o objetivo de bre assédio moral no Brasil, as con- | muitos esperam se livar da tortura | levé-la a pedir demissio. Com isso, Sealiéncias dessa violéncia invisivel | nesses momentos. Mas, ds vezes,car- | o funcionio vai se desestabilizando podem ir além da demissao, Dados | regam 0 estigma e 0 softimento con- | emocionalmente até no aglentar e reelados peo estado montaram que | tua, Nesses stores, em gen as | desis. Os efios da opressto ps problemas como estesse,hiperten- | chefias atuam como se fossem impe- | col6gica sio percebidos por manifes- slo, perda de memria, . tagdes como distisbios obesidade © depressio = W) aigestives, tonturas,son- slo distirbios comuns tls timento de inuttidade, entre as vitimas. Hit mais tum agravante. Com a sade fisicae psicol6gi- mulheres discutem a ca abaladas, o trabalha- ‘ago com colegas¢f- dor muda seu comport niiares, enquanto o ho- ‘mento social e familiar ‘mem guarda para si o ese f80la do. con sonnet, vio com os amigos e, em (Os danos causados casa, se mostra mais por esse terror psicolé- agressivo com of filhos ico podem provocar a esposa. Nesse clima traumas. Em alguns ca- de intenso desgosto, 4 sos, cles slo irrecupe: ‘muitos acabam buscan: riveis. Mesmo fasta do refigio nas drogas © «das do ambiente opres- no leool”, observa. E Sor, muitas pessoas con- Essa violéncia psico- tinuam a carregar a an- Jgica esti disseminada em todas as | radores, donos da empres ‘sia de terem convivido tanto tem- categoris ¢ ni Segundo os estudiosos do assun- | po com aquele tormento. Elas revi- to sotmes pablico © privade. © ue | Ws us abuses eametidos no ainbieme | Yeu! um umnentan de Witt ex po se vetifica & que o problema € mais | profisional nem sempre sio perce- | sadelos durante o sono. Nio raro se ‘constants em algumas reas. O estu- | bidos pela pessoa assediada, No ini- | transformam om individuos insegu. do de Margarida mostrou que a vio- | cio, as piadinhas e brincadeiras sio | ros, © que os impedem de voltar a0 lencia ¢ mais acentuada nas reas de | consideradas “normais” pela vtima, | mercado de trabalho. “Essas pesso- comunicagio (0 que também envol- | Com o tempo —e se nada for feito -, | as comecam a ter uma imagem ne- ve educagio), sade € no mercado | esse comportamento evolui para | gativa de si e até se culpam pelo financeiro (principalmente banoos). | agressBes mais explicitas. A vitima ¢ | acontecido”, afirma Roberto Heloa- Professores, jomalistas, profssionais | isolada do. grupo, tem seu trabalho | ni, professor da disciplina de Psico- HB Assédio Moral logia do Trabalho da invisivel. “As pessoas Fundagdo Getilio Var- ‘achavam que er normal gas (FGV), em Sio uum chefe humilhar 0 Paulo, e da Universi funcionirio, Nio havia dade’ de Campinas a compreensio de que (SP), @ Unicamp. 0 P esas agressdes configu ‘tatamento passa prin- ram uma violagio dos) cipaimente por sessbes direitos fundamentais”, de psicoterapia “sso P firma a pesquisadora, ied ajudar a vitima a Desde entio 0 assunto se reestruturar nova- tem se tornado alvo de Esse cenério de vi- freas do conhecimento, coléncia, evidentemen- entre elas a medicin, @ te, mo € exclusivo do | psiologia eo dit. Brasil Porém, um es- AAs anlises ajudaram a tudo da Orgenizagio ‘Lconceituar © assédio Intemacional do. Tra- # moral bao (OIT) revela que 2 Dentro desse cendcio © assédio moral nos € possivelconcluic que paises em desenvolvi- © mundo do trabalho mento € uma “reg” e std cada vez mais pe- © no uma exceeio. oso eas condigdes que Fm menor pronorcio a le imp ext se tr violéacia no trabalho é um proble- ) provocado a degradacio permanente | nando psicologicamente devastado- ‘ma nos paises desenvolvidos. Um es- | das relagdes de trabalho. Com pro- | ras. Vale ressltar, entretanto, que tudo do Fundo Europeu para Me- | postas ambiciosas para superar me- | esse ambiente € por si sO um espa- Ioria das Condicées de Trabalho € | tas e principalmente reduzireustos, | co de competicao epressio. E &im- de Vida, apontou que 8% dos taba- | as empresas extmpolam os limites do | portante que esse esprito de disp ‘adores da Unido Furopéia —cerea | susttivel. “Lum modelo de gestio | ta exist. Afinl, estima @ riati-

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