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DON. COS Cédigo Penal Militar 1.4 parte: fo ANTICS CUNT BE CORIGO PENAL AMLITAR vo B'Aquica) 2 DE MOTIVOS DO NUNISTRO GAMA E Boos, TAiMar de 1969) PARTE GERAL Livro 1 ‘Titulo X DA APLICAGSO DA LEI PENAL Prineipio de Yegalidade Art. 1° — Néo hé crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia comina- so legal. Lei supressiva de incriminagso Art, 2° — Ninguém seré punido por fato que let posterior deixa de considerar crime, eessando, om virtude dela, » propria vigéa- cia de sentenca condenatérie transitada em Julgedo, salvo quanto sos efeitos de natu- = I~ Aner de Cag ‘ee § 1° — A lei posterior que, de qualquer modo, favorece o agente, aplica-se retroat!- Ivo D’aguixo yamente, ainda quando j& tenha sobrevindo sentenca eondenatéria irrecorrivel, Apuragio da maior benignidade § 2° —~ Para se reconhecer qual a mais favoravel, a lel posterior ¢ a auterior devem ser consideradas separadamente, cada qual no conjunto de suas normas aplictveis a0 caso vertente, ‘Medidas de seguranca Art. 3.9 — As medidas do seguranga regem- se pela ei vigente ao tempo da sentenca, cyists Tirasileien de Crini= Stee de Os ‘dupositiver Iuio Ue-recudn eats Pepradinde de Anteproyto de Cod Bal do Min, NELSON HUNGILA. 102 REVISTA DE INFORMAGAO LEGISLATIVA prevalecendo, entretanto, se diversa, a lel vigente ao tempo da execuciio. Lei excepeional ou temporiria Art. 4.° — A lel excepcional, ou temporaria, embora decorrido o perfogo de sua duragho . ou cessadas as circunstancias que a determi- naram, aplica-se ao fato praticado durante sua . Concurso aparente de normas Art. 5° — Quando a um mesmo fa- to podem ser aplicadas duas ou mais normas penais militares, atende-se ao seguinte, a fim de que sé uma pena seja imposta: a) norma especial exclul a norma geral; ) a norma relative a crime que passa a ser elementa constitutive ou qualificativo de outro, 6 exclufds pela norma atinente a éste; ©) @ norma incriminedora de um fato que € melo necessério ou normal fase de prepa- raglio ou execugdo de outro erlme, 6 exctuida pela norma a éste relative, fo Ginico — A norma penal que pre- vé vérlos fatos, alternativamente, cama mo- dalldades de um mesmo crime, 86 & apli- edvel uma yez, ainda quando o8 ditos fatos slo praticados, pelo mesmo agente, sucessi- vamente. ‘Tempo do crime Art, 6° — Salvo disposigée em contrésio, 0 crime se entende praticado no momento da acho ou omissio, sind que outro sea o momento do resultado. Lugar do ertme Art. 7% — Aplica-se a lei penal mi- litar, sem prejuizo de convengoes, tra- tados e regras de direito internacional, ao crime cometido, no todo ou em parte, no territério nacional, ou fora déle, ainda que, neste caso, seja o agente processado ou tenha sido jul- gado pela justia estrangeira. ‘Territécia nacional por cxtensée § 19 — Para os efeitos da lei penal militar consideram-se como extensdo do territério nacional as aeronaves e navios brasileiros, onde quer que se encontrem, ainda que de propriedade privada, desde que estejam sob co- mundo militar ou militarmente utili- zados ou ocupados por ordem legal de autoridade competente. Apticagdo a naviog ou aeronayes estrangeires § 2° — £ também aplicdvel a lei penal militar aos crimes praticados a bordo de aeronaves e navios estran- geiros, desde que em lugar sujeito a administracdo militar, e 0 crime aten- te contra as instituigdes militares. Extraterritorialidsde Art, 8° A ida no estrangetro incre, de um 9 dols tergoe, a pens imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando al fas, on helo @ computads, quando Wiad, Crimes militares em tempe de pax Art. 9° — Consideram-se crimes mi- litares, em tempo de paz: I — os crimes de que trata ste Cédigo, quando defi de modo diverso na lei penal comum, ou nela n&o previstos, qualquer que ie ° agente, salvo disposigao e: 1 — os crimes previstos neste C6- digo, embora também o sejam com igual definicao na let penal comum, quando praticados: a) por militar em situagéo de ativi- dade ou assemethado, contra militar, na mesma situacdo ou assemelhado; b) por militar em situacdo de ativi- dade ou assemelhado, em lugar sujeito A administraggo militar, contra mili- tar da reserva, ou reformado, ou as- semelhado, ou civil; ©) por militar em servigo, ou em for- matura, ainda que fora do lugar sujei- to 4 administragao militar, contra mi- litar da reserva, ou reformado, ou as- semelhado, ou civil, d) por militar durante o perfodo de manobras ou exercicio, contra militar da reserva, ou reformado, ou asseme- Ihado, ou civil; e) por militar em situagdo de ati- vidade, ou assemelhado, contra o pa- triménio sob a administragao militar, ou a ordem administrativa militar; ABRIL A JUNHO — 1970 #) por militar em situacio de ati- vidade ou assemelhado que, embora nao estando em servigo, use de armas de propriedade militar ou de qualquer material bélico, sob guarda, fiscaliza- cdo ou administracio militar, para a pritica de ato ilegal. 1M — Os crimes praticados por mi- litar da reserva, ou reformado, ou por civil contra as instituicdes militares, considerando-se como tais nao s6 os compreendidos na alinea I, como os da alinea Il, nos seguintes casos: a) contra patriménio sob a admi- nistracéo militar, ou contra a ordem administrativa militar; b) em lugar sujeito a administragao militar contra militar em situagio de atividade ou assemelhado, ou contra funcionario pertencente a Ministério militar ou a Justi¢a Militar, no exer- cicio da fungao inerente ao seu car- $0; ) contra militar em formatura, ou durante o periodo de prontidio, vigi- Jancia, observagio, exploragao, exer- cicio,’acampamento, acantonamento ‘ou manobras; d) ainda que fora do lugar sujeito A administracdo militar, contra mili- tar em fungao de natureza militar, ou no desempenho de servico de vigilén- cia, garantia e preservagéo da ordem piiblica, administrativa ou judicidria, quando legalmente requisitado para aquéle fim, ou em obediéncia a de- terminacao legal superior. Crimes militares em tempo de guerra Art. 10 — Consideram-se crimes mi- Jifares, em tempo de guerra: 1 — os especialmente previstos nes- te Cédigo para o tempo de guerra; Ii — os crimes militares previstos para o tempo de paz; M1 — os crimes previstos neste C- digo, embora também o sejam com igual definicao na lei penal comum 303 ou especial, quando praticados, qual- quer que seja o agente: a} em territério, nacional, ou estran- geiro, militarmente ocupado; b) em qualquer lugar, se compro- metem ou podem comprometer a pre- paracao, a eficiéncia ou as operagoes militares, ou, de qualquer outra for- ma, atentam’ contra a seguranca ex- terna do Pais ou podem expé-la a pe- rigo. IV — os crimes definidos na lei penal comum ou especial, embora nao previstos neste Cédigo, quando prati- cados em zona de efetivas operacdes mnilitares ou em territério estrangeiro, militarmente ocupado. Militares estrangelros Art. 11 — Os militares estrangeiros, quando em comissio ou estagio nas forgas armadas, ficam sujeitos 4 lei penal militar brasileira, sem prejuizo de convengoes, tratados e regras de direito internacional. Mititares da reserva ou reformados Art. 12 — O militar da reserva ou reformado, empregado na administra- cao militar, equipara-se 40 militar em situagdo de atividade, para o efeito da aplicacao da lei penal militar. Art. 13 — O militar da reserva, ou reformado, conserva as responsabili- dades e as prerrogativas do pésto ou graduacao, para o efeito da aplicagao da lei militar, quando pratica ou con- tra éle é praticado crime militar. Defeito de incorporagio Art. 14 — 0 defeito do ato de in- corporagio nao exclui a aplicacao da Jei penal militar, salva se alegado ou conhecido antes da pratica do crime. Efeitos da aplicagio da lei penal no tempo € ‘no espace Art, 15 — O tempo de guerra, para os efeitos da aplicacio da lei penal militar, comeca com a declaragio ow © reconhecimento do estado de guer- 104 REVISTA DE INFORMACAO LEGISLATIVA ra, ou com o decreto de mobilizagio se néle estiver compreendido aquéle reconhecimento; ¢ termina quando ordenada a cessacio das hostilidades. Pardgrafo tnico — 0 estado de guerra estende-se aos navios ou aero- maves em missao oficial fora do terri- t6rio nacional; e, dentro déste, a quaisquer vefculos de transporte ou comunicagéo terrestres, maritimos, fluviais, lacustres ou aéreos, "0 de- sempenho de misséo daquela nature- za. Contagem de prazo Art. 16 — No cbmputo dos prazos, penal- mente rélevantes, inclul-se o dia do comégo. Contam-se os dias, os meses e 08 anos pelo calendério comum. Paragrafo ‘inieo — Despreza-se, na pena privativa de liherdade, a fragho de dis, Legisingho especial Art. 17 — As regras gerais déste Cédigo aplicam-se fatos incriminados por lei militar especial, se esta nao dispde de modo diverso. Aplieacéo do Cédigo aos erimes praticados em prefuizo de pats allado Art. 18 — Ficam sujeitos as dispo- sigdes déste Cédigo os crimes prat cados em prejuizo de pais em guer- ra contra pais inimigo do Brasil: 1 — se o crime 6 praticado por bra- sileiro; il — se o crime é praticado no ter- ritério nacional, ou em territério es- trangeiro, militarmente ocupado por forga brasileira, qualquer que seja o agente. Infragées disciplinares Paragrafo dnico — Bete Cédigo nao compreende as infragdes dos regula- mentos disciplinares. Titulo 11 DO CRIME Belughio de causalidade Art. 19 — © resultado de que depende a existéneia do crime é imputével a quem Ihe deu causa. Considera-se cause a acho ou omissfo sem a quat o resultado nfo teria ocorrido. 8 L° — A ombssho é relevante como causa, quando quem omite devia e podi. agir pars, sihuogho de Tato crledo pels préprio omitente, ainda que sem culpa. 32° — A superventéncia de causa indepen- dente, ainda que relativamente tal, exclu! a imputago quando, por si s6, produsiu 0 resul~ tado; 0s fatos anteriores, entretanto, impu> tam-se @ quem os praticou. Tentative Art. 20 — Quem, com o fim de co- meter um crime, comeca sua execucao, com atos idéneos e inequivocos, mas nao yer a consumé-lo por circunstan- cias independentes de sua vontade, se- rd punido pela tentativa, salvo dispo- sigao especial, com a pena corres- pondente ao crime, diminufda de um. térco até a metade. Desisténela voluntécia ¢ arrependimente a0 agente que, voluntariamente, seguir na execugtic ou impede tuza, 96 responde pe~ Jos atos j& praticados. ‘Tentativa de ertme impossivel — Quando, por tneticéeta absolute. do meio empregado ou por absolute improprie~ dade do objeto, é impossivel consumar-se 0 erie, nenhuma pena 6 aplicdvel. Calpabiiidade Art, 21 — Diz-se 0 crime: I — doloso, quando o agente quis o resul- tedo ou assumfu o risco de produzi-lo; IK — culposo, quando o agente, detxando de empreyar a atenc&o ou diligéncie ordiné- tia, ou especial, a que estava obrigado em face das cireunstancias, nfo prevé 0 resultado que podia prever ou, prevendo-o, supe le- Vienamente que nfo se realizaria ou que poderia evité-lo. Excepcionalidade do crime eulposo Parigrafo Gnico — Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fate previsto como crime Seno quando o pratica dolosamente. ABRIL A JUNHO — 1970 ‘Nao ba pena sem culpabilidade Axt, 22 — Pelos resultados que agravam especialmente as penas 6 responde 0 agente quando os houver causado, pelo menos, cul~ posamente. Erro de fato, Descriminante putativa Art, 23 — Néo age dolosamente quem, #0 praticar o ctime, supée, por érro escusavel, ‘a inexisténcia dé circunstncias, de fato que © constitui, ou a existéncia de situagdo de fato que tomaria a acdo legitima, Erro eulposo § 2° — Ge o érro deriva de culpa, a éste titule responde o agente, se 0 fato é puntvel como crime culposo, Erro proyocado § 2.9 — Se o ér7o é provocado por terceiro, respondera éste pelo crime, a titulo de dolo ‘ou culpa, conforme o c950. Ignorancia on érro de direito Art. 24 — A ignorancia ou a errada compreensio da lei no eximem de pena, mas esta pode ser atenuada ou substituida por outra menos grave, ou mesmo exclufda, quando o agente, salvo em se tratando de crime que atente contra a hierarquia, a discipli- na, a ordem, o servigo, 0 dever ou 0 patriménio militar, supée Keito 0 fato, por escusdvel ignoraneia ou érro acei- tavel de interpretacao da lei. Brro acidental Art, 25 — Quando o agente, por érro de percepgie ou no uso dos meias de execucto ou outro acidente, atinge uma pessoa em vez de outta, responde como se tivesse praticado © crime contra aquela que realmente pre- tendia atingir. Nilo as condigées e qualidades de vitima, senfo as da outra pessoa se devem ver em conta para configuracho, aualificagio ou exclusdo do crime, ¢ agravagio ou atenus- fo da pena. Erro quanto ao bem juridico $ 1.° — Se, por érro ou por outro acidente na execugé, é atingido bem juridico diverso do visado pelo agente, responde éste por culpa, se 0 fato € previsto como crime cul- ‘p0s0, Duplicidade do resultado 8 2° — Se, no caso do artigo, 6 também atingida a pessoa visada, on, no caso do pa- ragrafo anterior, ocorre ainda o resultado pretendido, aplica-se a regra do art, 63. Art. 26 — Nao & culpado quem comete o crime: ‘Coacéo irresistivel a) sob coacao irresistivel ou que Ihe suprima a faculdade de agir segundo a propria vontade; ‘Ordem de superior hierérquice b) em estrita obediéncia a ordem direta de superior hierdrquico, em matéria de servigo, Paragrafo tinico — Responde pelo crime 0 autor da congéo ou de ordem. Congio fisica ou material Art. 27 — Nos crimes em que ha violacio do dever militar, o agente nao pode invocar coacao ‘irresistivel senao quando fisica ou material. Paragrafo Gnico — Se a ordem do superior tem por objeto a pratica de ato manifestamente criminoso, ou ha excesso nos atos ou na forma da exe- cugdo, 6 punivel também o inferior. Inexigibilidade de outra conduta Art, 28 — Também nfo € culpado quem, pela necessidade de proteger direito proprio ‘ou de seu parente em linha reta, irmfo ou conjuge, contra periga certo ¢ atual que nic provocou, nem de outro modo podia evitar, saerifica direfto alheio, ainda quando supe- rior ao direito protegide, desde que néo the era razoavelmente exigivel conduta diversa, Atenuagio de pena Att, 29 — Nos casos do art. 26, letras ae b, se era possivel vencer ou resistir a caagiho, ou se a ordem ngo era manifestamente ilegal; 0u, no caso do art. 28, se eta Tazoavelmente exigivel o sacrificio do direito amencado, 0 Juiz, tendo em vista as condigées pessoais do réu, pede atenuar a pena, Exelusio de crime Ant. 30 — Néo hé crime quando o agente pratica 0 fato: 1 — em estado de necessidade; MI — em legitima defess; ii! — em estrito cumprimento do dever legal ou no exercicio regular de direito. Estado de necessidade Art, $1 — Considera-se em estado de ne- cessidade quem pratica um mal para pre- 106 servar de perigo certo e atual, que nfio pro- vooou, nem podie de outro modo, evitar, di- ello Seu ou abel, desde que o ml causado, pela sua natureza ¢ considera~ Yelmente inferior eo tal evlago, 60 agents niio era legalmente obrigado @ arrostar 0 perigo. Legitima defesa Art, 32 — Entende-se em legitima defesa quem, usando m¢ lamente dos melos ne- eesitlos, Fepele inyuste agressfo, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem, Excesso culposo Art, 33 — O agente que, em qualquer dos casos de exclusio palo fato, se éste é punivel a titulo de culpa, Excesso escusivel § 1% — Nao é punivel o excesso quando resulta de escusavel surprésa ou perturbagde de dnimo, em face da situagao. Excesso doloso 42° — Ainda quando puntvel o fato por excesso doloso, 0 Jule pode wtenuar @ pena, Act. 34 — O comandante de navio, aeronave ou praca de guerra, na imi- néncia de porigo ou grave calamida- de, pode compelir os subalternos, por meios violentos, a executar servicas e manobras urgentes, para salvar a uni- dade ou vidas, ou evitar 0 desdnimo, © terror, a desordem, a rendigio, a revolta ou o saque. ‘Titulo DA RESPONSABILIDADE PENAL Arresponséveis Art, 35 — Néo ¢ penslmente responsével quem, no momento da echo ou omiseto, nfo possui, em virtude de morbida perturhagio mental, de desenvolvimento tneompleto ou retardado ou de outra grave anomalia psfqui- capecidade de entender o carter feito do fato olde governar a propria conduta. RedugSo fecultativa da pena Parigrato finico — Se » perturbachio, defi- de entendimento da fiicitude do fato ou a de autogovérno, nfo fica exelufda a responsabt- Udede, mas'a pena pode ser atenuade, sem prejuizo do disposto no art. 100. REVISTA DE INFORMAGAO LEGISLATIVA ‘Emogic e prisie, Embriaguer Art, 36 — Nao excluem a responsa- bilidade penal: t— a emocio ou a paixio; Ul — a embriaguez, voluntaria ou culposa, pelo dlcool ou substancia de efeito andlogo, ainda quando comple- fa. § 1® — £ isento de pena o agente que, por embriaguez completa, prove- niente de caso fortuito, fraude ou forga maior, era, ao tempo da acao ou da omisséo, inteiramente incay de entender o carater ilfcito do ou de governar a propria conduta. § 2° — A pena pode ser reduzida de um térco até a metade se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito, fraude ou forga maior, nao possufa, ao tempo da agao ou omissio, a plena capacidade de entender o ca- rater ilfcito do fate ou de governar a propria conduta. Menores Art. 37 — O menor de dezoito anos & penalmente irresponsavel, salvo se, tendo j4 completado dezesseis anos, revela periculosidade, ou suficiente desenvolvimento psiquico para enten- der o carter ilfcito do fato e gover- nar a propria conduta. Neste caso, a pena aplicdvel é diminufda de um tér- ¢o até a metade. Parégrafo onica — Equiparam: aos maiores de dezoito anos, ainda que n&o tenham atingido essa idade: 8} os militares; b) os convocados, os que se apre- sentam & incorporagéo e 08 que dis- pensados temporariamente desta, dei- xam de se apresentar, decorrido o prazo de licenciamento; <) os alunos, de colégios ou outros estabelecimentos de ensino, sob dire- ¢4o e disciplina militares, que ja te- nham completado dezessete anos. ABRIL A JUNHO — 1970 107 Art, 38 — Os menores entre oito e deres- seis anos, bem como os menores de dezoito © malores de dezesseis ndo responsdveis, fleam sujeltos as medidas educativas, curatives ou disciplinares determinadas em ‘legislacéa es- pectal. ‘Titulo 1V DO CONCURSO DE AGENTES Co-autori Art, 39 ~ Quem, de qualquer modo, concor- re para o crime incide nas penas a éste co~ minadas, Condig6es ou citcunstineias pessoais § 1° — A punibilidade de qualquer dos con- correntes € independente da dos outros, niio se comunicando, outrossim, as circunstancias de cardter pessoal, salvo quando elementares do crime. Agravagao de pena 82° — A pone é agravada em relagio 20 agente que: 1 — promove ou organiza # coaperagio no crime ou ditige a atividade dos demais agen- tes; 1 — determina a cometer o crime alguém sujeito & sua autoridade, ou nfo puntvel, em. virtude de condi¢éo ow qualidade pessoal. Atenriagio especial § 3° — Se algum dos concorrentes desde que nao se trate de superior de qualquer dos outros, quis participar de crime menos grave fa pena, em relagéo a éle, é diminuida de um. treo aié a metade, n&o podendo, entretanto, ser inferior ao minimo da cominada ao crime. Caberas § 4° — Na pratica de crime de au- toria coletiva necessaria, reputam-se eabecas os que dirigem, provocam, instigam ou excitam a agao. § 5° — Quando o crime ¢ cometido por inferiores e um ou mais oficiais, sao éstes considerados cabecas, as- sim como os inferiores que exercem fungao de oficial. Elementos no constitutivos Art. 40 — Deixam de ser elementos constitutivos do crime: 1 — a qualidade de superior ou a de inferior, quando nao conhecida do agente; 1) — a qualidade de superior ou a de inferior, a de oficial-de-dia, de ser- vico ou de quarto, ou a de sentinela, vigia ou plantéo, quando a acgao é praticada em repulsa a agressiio. Casos de impunibilidade Art. 41 — 0 ajuste, a determinacio ou instigacao e o auxilio, salvo dispo- sigdo em contrério, nao ‘so punfveis se o crime nao chega pelo menos. a ser tentado. ‘Titulo ¥ DAS PENAS CAPITULO 1 DAS PENAS PRINCIPAIS Enumersgio Art, 42 — As penas principais sio: a) morte; b) reclusio; <) detenedo; d) prisdo; e) suspensio do exercicio do pésto, graduacao, cargo ou fungio; ) reforma. Pena de morte Art. 43 — A pena de morte é exe- cutada por fuzilamento. Art. 44 — A sentenca definitiva de condenagdo & morte é comunicada, k go que passe em julgado, ao Pre: dente da Republica, e no pode ser executada senfio depois de sete dias apés a comunicaca Pardgrafo nico — Se a pena é imposta em zona de operacio de guerra, pode ser imediatamente exe- eutada, quando o exigir o interésse da ordem e da disciplina militares. Fungo finalistica das penas de teclusio detencio Art, 45 — A pena de reclusio e a de deten- ho, aquela sob regime mais rigoroso do que esta, sao cumpridas em estabelecimentos ou. em secdes especiais do mesmo estabelecimen- to, ou em locais reservados para o cumpri- REVISTA DE INFORMACAO LEGISLATIVA mento de cada uma delas, e devem ser exe- cutadas de modo que exergam sobre 0 conde- nado uma individuatizada agéo educacional, no sentido de sua gradativa recuperagdo s0- lal, Minimos ¢ maximes genérlcos § Lf — O minimo de pena de reclusio é de um ano, eo méximo, de quarenta anos; o minimo da pena de detencio ¢ de trinta dias, € 0 maximo, de vinte anos, Obrigas&o de trabalho 8 2° — © condenado ¢ obrigado a traba~ Yhar na medida de suns f6rgas © aptidbes, ‘Exercido durante o dia e em comum, 0 tra- balho € remunerado e deve obedecer & fina~ Iidede de proporcionar so condenado @ m ou O aperteicoamento de um offclo que Ihe sirva, de futuro, como meio do vida honesto, Tsolamento celular § $¢ — O isolamento celular néo € permi- {ido fora das horas de repouso neturtio. Separagie dos sexos 4° — As mulheres cumprem pena em es- tabelecimentos especials ou, na falta, em sesGio adequada de estabelecimenta penal, comum, com inteira separago da destinada ‘aos homens. Menores de 21 anos § 5° — Os menores de vinte e um anos ‘cumprem pena inteiramente apartedos dos condenados adultes, Pena menor de dols anos insposta » militar Art. 46 — A pena de reclusio ou de detencao por tempo até dois anos, imposta a militar, é convertida em pe- na de prisdo e cumprida: 1 ~ pelo oficial, em recinto de es- tabelecimento militar; 1 — pela praca, em estabelecimen- to penal militar, onde se observaré 0 disposto nos paragrafos 3%, 4° e 5° do art. 45, e a sua separagao de presos que estejam cumprindo pena discipli- nar ou pena privativa de liberdade por tempo superior a dois anos. Separaséo de pracas ¢ graduados § 1° — Para efeito de separacao, no cumprimento da pena de prisdo, aten- der-se-a, também, a condig&o das pra- gas especiais e a das graduadas, ov no; e, dentre as graduadas, a das que tenham graduagao especial. ‘Nilo sssemelhades § 2° — O assemelhado cumpre a pe- na conforme o pésto ou graduagao que the é correspondente. § 3° — Para os funciondrios nio as- semelhados e para os extranumerarios dos Ministérios da Marinha, da Guerra e da Aerondutica, que nio tenham honras militares, regulase a corres- pondéncla pelo padrao de vencimen- Pena superior » dois anes imposta » militar Art. 47 —- A pena privativa de liber- dade por mais de dois anos, imposta a militar, 6 cumprida em penitencidria militar e, na falta desta, em peniten- ciaria civil, ficando o recluso ou de- tento sujeito ao regime do estabeleci- mento a que seja recothido. Pens privative da liberdade, imposta a elvil 48 — © civil cumpre a pena imposta pela Justicga Militar em peni- tenciaria civil, ficando sujeito ao re- gime do estabelecimento a que seja recolhido. Camprimente em penitencléria militar Parégrafo Unico — Por crime mili- tar em tempo de guerra poderé o ci- vil ficar sujeito a cumprir a pena, no todo ou em parte, em penitencidria militar, se, em beneficio da seguran- ga nacional, assim o determinar a sentenca, Converséo da pena de reclusio em detencho Art. 49 — A pena de reclusio pode ser, a pedido do condenado e a crité- tio do juiz, convertida em detencio, com aumento até a décima parte. Pena de suspensio do exetcicle do pésto, graduagio, cargo ou funcho Art. 50 — A pena de suspensao do exercicio do posto, graduagio, cargo, ou fungio consiste no afastamento, agregacao, licenciamento ou disponi- pilidade do condenado, pelo tempo fi- xado na sentenca, sem prejuizo do seu comparecimento regular a sede do servico e execugdo de outros encar- gos compativeis com o pésto, gradua- go ou cargo. Nao sera contado como fempo de servigo, para qualquer efei- to, 0 do cumprimento da pena. Caso de reserva, reforma ou aposentadoria, Pardgrafo unico — Se 0 condenado, quando proferida a sentenga, ja esti- ver ha reserva, ou reformado ou apo- sentado, a pena prevista neste artigo sera converlida em pena de detencao, de trés meses a um ano, se outra nao é cominada ao crime. ‘Pena de reforma Art. 51 — A pena de reforma sujei- tao condenado & situacao de inativida- de, com direito A percepgao de um vin- te e cinco avos de séldo, por ano de servigo, ndo podendo, entretanto, re- ceber itaportincia superior 4 de séldo. ‘Superveniéncia de doenga mental Art, 52 — O condenado a que sobrevenha agence mental deve ser recothido @ manied- mio judiciario ou, na falta, 2 outro estabele- cimento adequado, onde ihe seja assegurada a custoaia, ‘Tempo computavel Art. 53 — Computam-se na pena privativa ae Iiberdade o tempo de prisao preventiva ou proviséria, no Brasil ou no estrangeiro, e 0 de internagéo em hospital ou manicd- mnio, bem como 0 excesso de tempo, reconhe- cido em grau de recurso ou revistio, ou em habeas corpus, na pena cumprida por outro crime, desde que a decisio seja posterior ao crime de que se trata. Transferéncia de eondenados Art, 54 — O condenado pela Justica Militar de uma regiao, distrito ou 2o- na, pode cumprir pena em estabeleci- mento de outra regiao, distrito ou zona. CAPITULO IT DA APLICAGAO DA PENA Fixacio da Pena. Art. 55 — Para fixagio da pena privativa de Uberdade, o juiz aprecia a gravidade do ABRIL A JUNHO — 1970 109 crime praticado e a personalidade do réu, devendo ter em conta a maior ow menor ex- tensio do dano ou perigo de dano, os meios erapregados, 0 modo de execugso, as citcuns- tancias de tempo e lugar, a intensidade do dolo, ou grau de culpa, os antecedentes do réu, sue maior ou menor periculosidade on capacidade de delingitir, meto social em que vive, e sua atitude de insensibilidade, indife- renga ou artependimento apés o crime, Limites legais da pena § 1° Salvo o disposto no art. 64, & fixada dentro dos limites legais’ a quantidade da pena aplicavel. Determinagio da pena § 2° Se sio cominadas penas alter- nativas, o juiz deve determinar qual delas é aplicavel. Art, 56 — Sdo cireunstancias que sempre agravam a pena, quendo néo integrantes ou qualificativas do crime: 1 — a retneidéneia; i ~ ter o agente cometido 0 crime: a) por motive fitil ou torpe; b) para facilitar ou assegurar a execucho, ‘8 ocultagio, a impunidade ou vantagem de outro crime} ©) depois de embriagar-se, salvo se a embriaguez decorre de caso fortui- to, fraude ou férea maior; d) A traigéo, de emboscada, ou com sur- présa, ou outro recurso insidiose que dificul- tou ou @ tornou impossivel a defesa da vi- uma; e) com o emprégo de veneno, fogo, explosive, astixia, tortura, ou’ outro meio insidioso ou cruel, ou de que podia resultar perigo comum; 1) contra ascendente, descendente, immio ou conjuges g) com abuso de autoridade, ou prevale- eondo-se de relagées domésticas, de coablta~ go ou de hospitalidade; ‘h) contra crianca, velho ow enférmo; 1 quando o ofendido estava sob a imetia~ ta protecio da autoridade; 3) em ocasiéo de incéndio, naufréeio, en- calhe, alagamento, inundagio, ou qualquer calamidade pitblica, ou de desgrags parti- cular do ofendido; 0 REVISTA DE INFORMAGAO LEGISLATIVA \) estando de servico; 1) com emprégo de arma, material ou instrumento de servigo, para ésse fim procurado; m) em auditério da Justica Militar ou local onde tenha sede a sua admi- nistra¢ao; n) em pais estrangeiro. Parégrafo Gnico — As circunstin- cias das letras ¢, salvo no caso de em- briaguez pré-ordenada, k, 1 e n sd agravam © crime quando praticado por militar. Reineidéncis Art, 57 — Verifiea-se a reincidéncla quan- do © agente comete névo crime, depots de transitar em julgado a sentenga que, no Pais ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior. ‘Temporariedade da reincidéncia 4 L* — Nfo se tome em conta, para efel- to da reincidéncia, a condenacio anterior, se, entre @ data do cumprimento ou extingio da pena eo crime posterior, decorreu perio do de tempo superior @ cinco anos. Reineliténcia espeeifica em crime doloso $2" — Se o crime anterlor 0 posterior sho dolosos e da mesme natureza, a reinci- déncia importa 8 aplicacko da pena restriti- va de Mberdade acima da metade da soma do minimo com o mdximo. Entendem-se por crimes da mesma natureza os previstes ‘10 mesmo dispositive legal, bem como os que, embora previstos em dispositivos diversos, apresentam, pelos fatos que os constituem ou por seus motives determinantes, caracte- res fundamentais comuns, Crimes nfo considerados pata efelto de reipcidéncia § 3° Para efeito da reincidéncia, néo se consideram os crimes anistia: dos e os que tenham sido julgados, em sentenca definitiva, pela Justica Militar. Circunstincias atenuantes Art. 58 — S80 circunstancias que sempre atenuam a pena: 1—ser o agente menor de vinte @ um ou mator de setenta anos; I — ter sido de somenos importancia sua Participacéo no crime; 1M — ser particularmente meritério seu comportamento anterior; IV — ter 0 agente: 8) cometido o crime por motivo de rele- vante valor social ou moral; b) procurado, por sua espontanea vonta- de e com eficléncia, logo apds 0 crime, evi- tar-lne ou minorar-Ihe as conseqlléncias, ou ter, antes do julgemente, reparado 0 dano; ©) cometido o crime sob = influéncia de Wiolenta emogiio, provoeada por ato injusto da vitima; @ confessado espontaneamente, perante a, sutoridade, a autoria do crime, ignorada ou imputada a outrem; €) cometide o crime sob a influéncia da miultidéo em tumulto, se, Mclta s reunifo, néo provocou o tumulto hem é relneldente, V — tratamento com rigor no per- mitido em lei. Néio atendimento de atenuantes Pardgrafo Unico — Nos crimes em. que a pena maxima é de morte, ou de Teclusao por trinta anos, ao juiz 6 fa- cultado atender, ou nfo, as circuns- ancias atenuantes enumeradas no ar- igo. Agravantes especials Art. 59 — So circunstancias agra- vantes especiais no crime de desergao: | — a auséncia do desertor de uni- dade estacionada em fronteira ou pafs estrangeiro; N — levar o desertor arma ou ins- trumento de servigo. Atenunntes especiais Art. 60 — Sao circunstancias ate- nuantes especiais: 1 — no crime de desergdo, a apre- sentac4o voluntaria, dentro do prazo de sessenta dias, contados do dia da auséncia; WW — no crime de insubmissio: a) 4 ignorncia ou a errada compre- ensao dos atos da conyocagéo militar, quando escusdveis; ABRIL A JUNHO — 1970 b) a apresentacio voluntaria dentro do prazo de um ano, contado do ultimo dia marcado para a apresentagio. Quantum da agravzedo ou atenuasio Art. 61 — Quando a lei determina a agra- vagao ov atennagio da pena sem mencionar © quantum, deve o juiz fixa-lo entre um guinto e um térco, guardados os limites da pena cominads ao crime, Mais de uma agravante ou atenuante Art, 6% —~ Quando ocorre mais de uma. agravante ou mais de uma atenuante, o juiz se limitaré a uma s6 agravagio ou a uma 86 atenuasio, Concurso de agravantes ¢ atenuantes Art. 63 — No concurso de agravantes ou atenuantes, se, conforme razoavel aprecia- ‘40 do juiz, preponderam as agravantes, so consideradas inexistentes as atenuantes, se a0 contrério, preponderamn estes, ficam ‘ex- cluidas aquelas, Se hi equivaléncia entre umas ¢ outras, 6 como se nao tivessem ocor- rido. ‘Majorantes e minorantes Art, 6 — Quando a Jel prevé causas es peciais de aumento ou de diminuigSo da pe- na, n&o fica o juiz adstrito aos limites da pena comineds uo crime, senéo openas aos fa esnécle de pena aplicivel (art. 45, § 1°) Parigrafo tinico — No concurso de causes especials de aumento ou de diminuigio pre- vistas na Parte Especial, pode o juia limi- jar-se @ um 36 aumento‘ow a uma 56 dimi- nuig&o, prevalecendo, todavia, a causa que mais sumente ou diiinun, Pena-base Art, 65 — A pena que tenba de ser au- mentada ou diminuida, de quantidade fixa ou dentro de determinadas limites, é a que © juiz aplicaria, se ndo existisse a cireuns- téncia ou causa que importa o aumento ou diminuigéo, ‘Criminoso habitual ou por tendéncia Art. 66 — Em se tratando de criminoso habitual ou por tendéncia, a pena ou soma, de penas pode ser aumeniuild até 0 dobro, salvo 0 disposto no art. 64. Mabitualidade presumida 51° — Considera-se criminoso habitual aquiéie que: 2) reincide pela segunda vez na pritica de crime doloso da mesma natureza, punt- vel com pena privativa de lberdade; Habitualidade reconhecivel pelo juiz b) embora sem condenagio anterior, eo- mete sucessivamente, em periodo de tempo nao superior a cineo anos, quatre ou mais crimes da mesma natureza, puniveis com pene privativa de llberdade, e demonstra, elas suas condicdes de vida e peles citcuns- tancies dos fatos apreciados em conjunto, acentuada inclinagéo pare tais crimes. Criminoso por tendéncia § 2° — Considera-se criminoso por ten- déncia_aquéle gue comete homicidio, tenta- tiva de homicidio ou tes4o corporal grave, ©, pelos motives determinantes @ meios ou modo do execugio, revela extraordinaria tor- peza, perversio ou malvadez. Ressalva do art. 100 $38 ~ Fica ressalvado, em qualquer ca- 50, 0 disposto no art. 100, Habitnalidade ¢ tendéueia perante a Justign ‘Militar Art. 67 — Para a habitualidade, a que se referem as letras ae b do §'19 do art. 68, consideram-se apenas os crimes previstos neste Cédigo; mas, para a qualificagdo compreendida no § 2° do mesmo artigo, inclui-se, tam- bém, o homicidio, a tentativa de homi- cidio on a lesio corporal grave, ainda que nao reputado, qualquer déles, cri- me militar. Concurso He crimes Art. 68 — Quando 9 agente, mediante uma sé ou mats de uma acao ou omisséo, Pratica dois ou mais crimes, idénticos on ilo, as penas privativas de liberdade devem ser unificadas. Se as penas sho da mesma espécie, & pena iniea é a soma de todas se de espécies diferentes, a pena tnica é & mais grave, mas com aumento corresponden- te A metade do tempo das menos graves. Crime continuado Art. 69 — Quando 0 agente, mediante mais de uma agio ou amissio, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condicées de tempo, lugar, maneira de exe. cugdo e outras semelhantes, devem os sub- seqitentes ser considerados ‘como continua- eo do primeiro, impée-se-Ihe, quanto as peras privatives de liberdade, Uma sd den- tre elas, se idénticas, ov & mais grave, se Aiversas, aumentada, em qualquer caso, de uum sexto a dois tergos, Parigrafo Gnico — Nao € reconhecivel a continuaeso quande se trata de crimes ofen- nz REVISTA DE INFORMACAO LEGISLATIVA sivos de bens juridicos inerentes & pessoa, salvo se dirigidos contre & mesma vitims, Limite da pena unificads Art. 70 — A pena uniticada, salvo dispo- sigfio em contrario, nko pode ultrapassar de trinta anos, se 6 de reclusio, ou de quinse anos, se € de detencéo. Graduagéo no casa de pena de morte § 1° — Quando cominadas a pena de morte como grau maximo e a de reclusio como grau minimo, aquela corresponde para o efeito de gradua- ho, a de reclusdo por trinta anos, Cateulo da pena aplichvel A tentativa § 2° — Nos crimes punidos com a pena de morte, esta corresponde a de reelusao por trinta anos, para cdlculo da pena aplicével a tentativa, salvo disposigao especial. Ressalya do art, 66, § 1%, letra “b” Art, TL — Quando se apresenta 0 caso do art, 66, § 1, letra b, fice sem aplicacdo o disposto quanite ao coneurso material de cri- mes idénticas ou se crime eontinuado, Penas no privativas de Uberdade Art.72 — As penas nio privativas de li- berdate so aplicudas aistinta e integral crimes concorrent CAPITULO UT DA SUSPENSAO CONDICIONAL DA PENA ‘Pressupostos de saspenséo art. 73 ~ A exccugio da pens de deten- reclusio, nfio excedente do mesmo prazo, podem ser suspensas, de dois a sels anos, desde que: 1 — nfio tenha o réu sofrido condensgso auterior por crime revelador de mé indole; WK — os seus antecedentes @ personallda~ de, 05 motives e circunstincias dé seu crime, bem como sua conduta posterior a éste, in- dicativa de artependimente ou do sincero de- sejo de reparacéo do dano, autorizem @ pre- sungtio de que nfo tornaré a delingiiir. © que a suspensée néo abrange Parigrafo nico — A suspensio no se estende As penas previstas nas le- tras @ e f do art. 42, ou a pena aces- séria, nem exclui a aplicagdo de me- dida de seguranca nao detentiva. Condigées Art, 74 — A sentenca deve especificar as condicées # que fica subordinada a suspen- so. Revoragio obrigatéria da suspensio Art. 75 — A suspensio 6 revogads se, no curso do prazo, 0 beneficidrio: 1 — 6 condenado, por sentenca ir- recorrivel, na justica militar ou na comum, em razio de crime, ou de contravencao reveladora de mad indo- je ou a que tenha sido imposta pena privativa de liberdade; Ul — nfo efetua, sem motivo justi- ficado, a reparagao do dano; It — sendo militar, 6 punido por infragdo disciplinar considerada grave. § 1° — A suspensio ser também re- vogads, se 0 condenado deixa de cumprir qualquer das obrigugtes wea da sen~ tenga. ‘Prorrogagée de prazo 24 — Quando facultative a revogagso, 0 20 fnvés de decreté-ts, prorrogar 0 periodo de prova até o méxtmo, se este :! Extingio da pens Art. 76 — Se 0 prazo expira sem que te- nha sido revogeda a no mals se execute ® pena privativa de liberdsde, Néo aplicagho da suspensto condicional da ‘pena Art. 77 — A suspensio condicional da pena nao se aplica: { — ao condenado por crime come- tido em tempo de guerra; ll — em tempo de paz: a) por crime contra a seguranga ex- terna do pafs, de aliciagio e incita- mento, de violéncia contra superior, oficial-de-dia, de servigo ou de quarto, sentinela, vigia ou plantao, de desres- peito a superior, de insubordinacao, de insubmissao ou de desergao; b) pelos crimes previstos nos arts. 148, 217, 275 e pardgrafo unico, mameros I a 1V. CAPITULO IV ‘DO LIVRAMENTO CONDICIONAL ‘Requisitos ‘Art. 18 — O condenado 4 pens de reclusfio ‘ou de detengiio por tempo igual ou superior a dois anos pode ser liberado condicjonal- mente, desde que: I — tenha cumprido: a) metade da pena, se primério; ‘b) dois tergos, se reincidente; ©) tres quartos, se criminoso habitual cu por tendéneia; Ii — tenha reparado, na medida do pos~ sivel, o ano causedo pelo crime; UI — sua boa conduta durante a exe~ euedio da pena, sua adaptagéo ao trabalho @ as circunstineias atinentes & sua persona- Hdade, ao meio social e & sua vida pregressa permite supor quo nio voliari a delingair. Penas em concurso de infragses § 1° — No caso de condenasio por in- fragdes penais em concurso (arts. 68, 69 © 25, £ 2°), deve ter-se em conta a pena unifi- cada. Condensdos menores de 21 anos ou maiores de 70 anos § 22 — Se 0 condenado ¢ primirio e me- nor de vinte € um ou maior de setenta anos, © tempo de cumprimento da pena pode ser reduzido a um tér¢0. Especifieagiio das condig6es. Preliminares da eoncessiio Art, 19 — A sentenca deve especificar as condig6es @ que fica subordinado o livra- mento, Art. 80 — O livramento sdmente se concede mediante parecer do Conse- Iho Penitenciario, ouvidos o diretor do estabelecimento, em que est4 ou tenha estado 0 liberando, e 0 repre- sentante do Ministério Ptblico Mili- tar; e, se imposta medida de seguran- ABRIL A JUNHO — 1970 113 ga detentiva, apés pericia médica con- Clusiva da néo-periculosidade do li- berando, ‘Vigilancia do liberado Art, $1 — Na falta de patronato oficial ov particular, dirigido ou inspeciomado pelo Conselho Penitenelério, fica o liberado sob a vigilancia da autoridade policial. Revogacao obrigatéria Art, $2 — Revoga-se 0 lisramento, se 0 berado vem a ser condenade, em centen- ga inecorrivel, a pena privativa de Mber~ dae: 3} — por infragio penal cometida durante a vigéncia do beneficio; IL ~ por infragao penal anterior, salvo se, tendo de ser unificadas as penas, nio fiea prejudicado o requisito do art. 78, n° I, letra a. Revogagao facultativa § 19 O juiz pode, também, revogar © livramento se o liberado deixa de cumprir qualquer das obrigacées constantes da sentenga ou é irrecorti- velmente condenado, por motivo de contravenedo, a pena que nao seja pri- vativa de liberdade; ou se militar, so- fre penalidade por infracdo discipli- nar considerada grave. Infragéo sujeita A furisdieao penal comum § 2° — Para os efeitos da revoga- cao obrigatéria, sto tomadas, também, em consideragio, nos térmos dos nimeros I e Il déste artigo, as infra- goes sujeitas a jurisdicdo penal co- mum; e, igualmente, a contravencao compreendida no ¢ 19, se assim, com. prudente arbitrio, 0 entender o juiz. Efeitos da revogacio Art. & — Revogado 0 livramento, nio pode ser novamente concedido e, salvo quando a revogagio resulta de condenagio por infracdo pena? antertor ao heneficio, néo se desconia na pena o tempo em que esteve solto 0 condenado. Extinedo da pena Art, $4 — Se, até o seu térmo, o Jivra- mento nao é revogado, considera-se extinta, @ pena privativa de liberdade. Parkgrafo anieo — Enquanto nae passa em julgado a sentenga em proceso que responde © liberado por infragéo cometida na vigenela, do livramento, deve o Juiz abs- ter-se de declarar a extingio da pena. Nio aplicagée do livramento condicional ja do aireite Art, 85 — O livramento condicional nfo se aplica ao crime cometido em tempo de guerra. 8 1° — Em tempo de paz, por crime con- tra a seguranga externa do pais, ou de re- volta, motim, aliciagéo e incitamento, vio- Sencla contre superior, oficlal-dedia, de ser Te Ii ¢ pardgratos 1.9 e 2° 8 2° — O condenado por sentenga defini~ tiva, que fupir, perde 0 direito ao livramento condicional. CAPITULO V DAS PENAS ACESSORIAS ‘Quais sejam Art. 86 — S6o penas acessérias: 4 — a perda de pésto e patente; N — a indignidade para 0 oficia- Jato; il — a excluséo das fércas arma- TV — a perda da funcéo publica, ainda que eletiva; V ~ a inabilitsgéo para o exerciclo de fungéo péblice; ‘VI — 8 suspenstio dos direitos politicos; ‘VI — inebilitagSo para o exervicio do patrio poder, tuteia ov curatela, Fungi poblica equiparada Porégrato nico — Equipera-se a fun- slo piblica a que € exercida em entidade ‘paraestatal ou em socledade de economia mista. Perda de piste e patente Art. 81 -- A perda de posto e Sulta da condenagdo & pena privativa de tt berdade por tempo superior @ dois anos, ¢ importa em perda de condecoragées. Parégrafo Unico — A perda do pés- to e patente assegura a familia do con- denado o direito 4 heranca militar, ao montepio civil ou beneficio de fami lia, como se 0 condenado houvesse falecido. Indignidade para oficialato Art, 88 — Fica sujeito a declaragéo de indignidade para 0 oficialato o mi- Titar condenado, qualquer que seja a pena, nos crimes de traigéo, espiona- gem ou cobardia, ou em qualquer dos definidos nos arts. 148, 222, 225, 227, 231, 236, 237, 289, 290, 295 e 296. § 1? — Se a pena aplicada nao im- porta perda de pésto ¢ patente, o mili- tar declarado indigno para o oficialato sera reformado, com os vencimentos do pésto, mas sem outras quaisquer vantagens, apos cumprimento da pe- na. § 2° — A declaracao de indignidade importa em perda de condecoragies. Exclusio das férgas srmadaa Art. 89 — A condenagéo de praca A pena privativa de liberdade, por tem- po superior a dois anos, importa sua exclusio das férgas armadas, Perda da fungéo piblies Art. 90 — Incorre na perda de fun- 40 publica o assemelhado ou o civil: 1 — condenado a pena privativa de liberdade por crime cometido com abuso de poder ou violacao de dever inerente 4 fungao piiblica; it — condenado, por qualquer cri- me, 4 pena privativa de liberdade por mais de dois anos. Parégrafo unico — O disposto no artigo aplica-se ao militar da reserva, ou reformado, se estiver no exercicio de fungdo publica de qualquer natu- reza, Inabilitagéo para 0 exercicle de fongio publics Art, 91 — Incorre na inabilitagéo para o exercicio de funcgao publica, pelo prazo de dois até vinte anos, 0 condenado & recluséo por mais de quatro anos, em virtude de crime praticado com abuso de poder ou vio- ABRIL A JUNHO — 1970 jagao do dever militar ou inerente & fungao publica. Tnabilitagio para o patrio poder, tutela ou curatela Art. 92 — Ao condenado & pena privativa de liberdade por mais de dois anos, seja qual fér o crime prati- cado, fica suspenso 0 exercicio do pa- trio poder, tutela ou curatela, enquan- to dura a execugado da pena, ou da medida de seguranca imposta em subs- tituigao. ‘Suspensio de direitos politicos Art, 93 — Durante a execucio da pena privativa de liberdade ou da medida de se- guranca imposta em substituieo, ou enquan- to perdura. a inabilitaeao para funcio pSbli- ea, 0 condenado nfo pode votar, nem ser votedo. Imposigiio de pena acesséria Art. 94 — Salvo os casos dos arts, 87 e 90, n° I, e do artigo anterior, a imposicfo da pena acesséria deve constar expressamente da sentenca, que the fixara a duragao. ‘Térmo inicial das inabllitagdes Art. 95 — © prazo das inabilitagdes tem- pordtias comega ao término da exectigéo da pena privativa de liberdade ou da medida Ge soguranca imposta em substituiedo, on da daca ean que se exlingue # pena pela pres exigho. ‘Tempo computavel Paragrafo anico — Computa-se no prazo ‘0 tempo de liberdade resultante da suspen- so condicional da pena ou do livramento condicional, se nfio sobrevém revogagéo. CAPITULO VI DOS EFEITOS DA CONDENACAO Obrigagéo de reparar o dano Art. 96 — So efeitos da condenagéo: 1 — tornar certa a obrigacio ae reparar 0 dano resultante do crime; Perda em favor da Fazenda Nacional I~ a perda, em favor da Fazenda Nacio- nal, ressalvado 0 direito do lesado ou de terceito de boa-fé: a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienagao, us uso, porte ou detengéo constitua fato ili- el >) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito aufe- Tido pelo agente com a sua pratica. Titulo VI DAS MEDIDAS DE SEGURANCA Fspécies de medidas de seguranca Art. 97 ~ As medidas de seguranca séo pessoais ou patrimoniais. As da primeira es- pécie subdividem-se em detentivas e nio de- tentivas. As detentivas sio internacio em manicémio judiciario © a intermagao em es- tabelecimento psiquiétrico anexo ao mani- cémio judiciério ou ao estabelecimento pe~ nal, ou em seco especial de um ou de outro. As no detentivas so a interdicao de exer- cicio de profissio, a cassagfo de leenca para direc de veiculos motorizados, 0 exi- Uo local e @ proibicéo de freqilentar deter- minados Jugares, As patrimoniais sio inter- aipdo de estabelecimento ou sede de socie- dade ou associacao, e 0 confisca, ‘Medidas de seguranea impostas 2 militares Art. 98 — As medidas de seguran- a somente podem ser impostas: 1 — aos civis; i — aos militares ou assemelhados condenados por tempo superior a dois anos, ou aos que de outro modo hajam perdido fungao, pésto e patente, ou hajam sido excluidos das férgas ar- madas; Ill — aos militares ou assemelhados absolvidos, no caso do artigo 35; 1V — aos militares ou assemelha- dos, no caso do art. 102, com aplica- go dos seus §§ 19, 29 e 3% Manicomio judiciario Art. 99 — Quando o agente é penalmente irresponsdvel (art. 35), mas oferece perigo & seguranga pilblica, o julz determina sua in- ternacio em manicémio judiciério, 8 1° — A internagdo, cujo minimo deve ser fixado de entre um'a trés anos, é por ‘tempo indeterminado, perdurando enguanto ndo f6r averiguada, mediante pericia médica, @ cessacéo de periculosidade do internato. 8 2° — A pericia médica ¢ realizada 20 término do prazo minimo fixado & interna- 80 €, nfo sendo esta revogada, deve ser Tepetida de ano em ano. Desinternagio condicional § 3° — A desinternagho € sempre condiclo- nal, devendo ser restabelecida a situagio anterior, se o individuo, antes do decurso de um ano, vem a praticar fato indicative de pereisténcia de sus periculosidade. 8 4° — Durante o periodo de prova apli- ca-se 0 disposto no art, 81. Anexo ou segiio especial de manicémio ou estabelecimento penal Art. 190 — Quando 0 condenado se enqua- dra no parégrafo inico do art. 35 e neces- sta de especial tratamento curativo, a pena privativa de Uberdade € substituida pela in- ternacio em estabelecimento psiquitrico. anexo ao manicémio judiciério ou ao esta- belecimento penal ou em sepia especial de um ou de outro. ‘Superveniéncia de curs § L° — Sobrevindo a cura, nfo se dé a transferéncia do internado para o estabele- cimento penal, mas néo fica excluido o seu direito a Uvramento condicional, como se estivesse a cumprir a substituida’ pena pri- vativa de liberdade, § 2° — Se, a0 término do prazo, persistir © mérbido estado psiquico do internado, con- dictonante, de periculosidede atual, a inter- negio passa a ser por tempo indeterminsdo, aplicando-se 0 disposto nos §§ 1.9 a 4° do artigo anterior. ‘Bhrios habituals ou toxicémanos § 3° — A idéntica internagdo para fim curativo, sob as mesmas normas, ficam su- Jesios os condenados reconhecidos como ‘brios habituais ou toxicOmanos. Regime de internapio Art, 101 — A internagao, em qualquer dos casos previstos nos artigos precedentes, deve visar néo apenas so tratamento curative do internado, seno também ao seu afeloamen- to & um regime educacional ou de trabalho, juerativo ou nio, segundo 0 permitirem suas condigbes pessoais, Cassagio de licenga para dirigir veteulos ‘motorizados Ast. 102 — Ao condenado por crime come- tide na diresio ou relacionadamente & di- regio de vefeuios motorizados, na via pitbli- ca, deve ser cassada s licenca pare tal fim, pelo prazo minimo de um ano, se as circuns- tancias do caso e os antecedentes do con- denado revelam @ sua inaptidiio para essa REVISTA DE INFORMAGAO LEGISLATIVA atividade e conseqliente perige para a inco- lumidade dos transeuntes, § 19 — O prazo da interdigéo se conta do dia em que termina a exe- cugao da pena privativa de liberdade ou da medida de seguranca detentiva, ou data da suspensao condicional da pena ou da concessio do livramento ‘ou desinternagao condicionais, § 2° — Se, antes de expirado 0 prazo es- tabelecido, é averiguada a cessagho do perigo condicionante da interdigo, esta & revoga- a; mas por outro lado, se 0 perigo peraiste: ao término do prazo, prorroga-se éste en- quanto no cessa aquéle, 88° — A cassagiio da lieenga deve ser de- terminada ainda no caso de absolvigéo do réu em razio de irresponsabilidade penel. Exilio local Art. 103 — © exillo local, aplicével quando © julz considera necessério como medida preventiva, a bem da ordem piblica ou do préprio condenado, consiste na proibicho de que éste resida ou permanega, durante um ano, pelo menos, na localidade, municipio ou comarca em que o crime foi praticado, Parigrafo Ginico — 0 exilio deve ser cum- Brido logo que cess ou € suspensa condiclo- nalmente a execuSo da pena privativa de Hberdade. Proibigie de freqiientar determinados lugares Art. 104 — A prolbigio de fregientar de- terminados lugares consiste em privar 0 con- denago, durante um ano, pelo menos, da fa- culdade de acesso a lugares que favorecam, por qualquer motivo, seu retorno & atividade criminosa. Parigrafo nico — Para o cumprimento a8 protbigho, aplica-se o disposto no peré- grafo tinico do artigo antertor. Interdigéo de estabelecimento comercial, on industrial, ou de associagio Art. 105 — Pode ser decretada a interdicgao, por tempo néo inferior 2 quinze dias nem superior a seis meses, do cstabelecimento comercial ou in- dustrial, bem como da sociedade ou associagdo, que sirva de meio, incen- tivo ou pretexto ou cuja sede seja uti- lizada, de qualquer modo, para a pré- tica de infracio penal que atente con- tra as instituigdes militares.

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