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TEMAS EM DEBATE Direito administrative da seguranca publica Diogo de Figueiredo Moreira Neto ‘A vida do dirstto 6 um combate perpétuo para tograr a az .RIPERT ‘A ordem & 0 clima, o molo ambiente natural da paz, da Qual a cavsa e 0 resutade. P. BERNARD — INTRODUGAO ‘As condigdes gerals do convivencia dos grupes socials esto pautadas por Rormae oleae que tanto podem ectumirdefnigao post five, como serom costumoltas ou puraments morals. De qualquor forma, 6 nae Insiuigdes o mormente no Estado, a mals abrangonts ‘dolas, que o homem busen s naceesdrla garantia de quo aetardo seeguradas, ends que nom minimo Imprescindhvel & sua existéncla ‘9 ingolumlldaca, equolas condigdes gerats ‘Lovada um extromo concalual, em dima andlio, a fungHo- sintese do Estado & prestar jarani: 6 garantir todos os valo- rea qua Informam 0 propiciam a convivencia pactica 9 harmonioga fntre indiviguos, onlre grupos, entto da Nagao o entra esiados soberanos, “Todavia, neste limite, fcara excluido concaito de desenvol- vimonto, presente na conseprada dicolomia doutrnaria seguranga © ‘desenvolvimento, eabendo aguela o papel da. garatidor 4 ‘:de promotor do valores. Ambos se roferem a valores do toga eeps i, materiis ¢ eapltuse, mas enguanto a soguraniga esta reforida 0 possivel da establidade socal, © daservotumanto busca 0 pos Sel do prograsso human, singular © eoletvamonto cansidorado. Ora, 0 Direto oferace © quadro institucional em que esses dus maciofungtes do eetado cohtomporanao daverso @ poderGo. set fexercidaa: desde © surgimento do conettucinalismo, como téoniea pollca do racionalizagso do podor, por volts os fina do sgculo XVI, Fi quaso ui consensa universal Ge quo 0 esledo Jove 80 organlzat @ agit jurigieamento. ‘Organizagio @ apfo eubmetidas 20 Dicito ndo significa, entro- tanto, quo todo comportamanto dove estar necessariamente preserito fom Tel; né uma asta area do ago que no te compadece com a Ob, Pros. Ga, Rb de Jer, (a, 186 ® eomettia social de prévlas_dofnigbes vinculatves © que, assim, emandardojulzoe easulstcos de convaniéncia do oportunidado — ‘que se donomina do deericlonaredada — ou, ato, alm dos parte Imetres da propria fli uraica 0 quo ae denomina de lberdad © qua ee protende, com @ sujelodo do estado & lel, é que aja do acorde coma lel (ou delxe do agit) quando ela 0 determing; fue sla, danto dos limites da fo), quando ola sbra alteratvas de ‘pg de tompo © de modo, © quO nfo ala contra a fel, quando sua ‘380 for lve. ‘Organizada « nagio em estado estabelocida a moldura jrtlca para digelpiinar 0 poder que clo pasea a concontar, surge necos- Eideea clentfica de dlecriminar sous campos e modes do atuagao: 6'o diserimine dee competencies. € ainda tareta das Consituges fue, depols do estabelacerem 28 linhas gorsla aa competéncla {Keoinpetene von Kompetens, como onsinava P, LABAND), passa 20 Direto Acministravo 9 Uabalho do descer &s eepécies, slstomall- Zando ¢ definindo a aco do estado no que concorne aos princpios ‘'normas que regem alleae stlvidades que nao sejem s criagso da forma legal, no sentido estrita, polos 6¢gdos logiferantes, cua sua Splieagdo a stuagoes contoncioses, também no sentido esto, Delos gdos jucoantos este mancira, o Dreto Administativo tem a sou cargo dsc pln seguranga que 0 estado proporciona através de todes es goes, jrileamenta precerias ou néo dofoeas, quo nto sojam atra- ‘Ws da ecigto de nota iogal (compettncta fogsativa) ou de. sua Epicagao.contencigea aoe casos coneratos (competéncl Jurlsdicio- fa} reservas dos Poderes Legislatvo e vudlclarle respectivamente. ‘Cumpre, agora, dasoer 90 contaude do proprio Direto Adminis- ‘ratio na infulto de caractorisar 8 clintar seus campos espectfioe de atuagto, em busca do vine correla taxinomia da modalidade de Sequrance que o titulo deste enesio se propoe a examinar — a Segu- fartpa Publies, Para este fim, 6 usual @ adogao de um ertéio isto- fico, parinde da expresedo mals antiga da atvidado administrative fat aquela que male recertor mou a0 slonco das Tundes fo estado confomporanes, no procossa, ainda no cotreado, de Hipertrtia que ver experimentande cosde o Renascimento 'A primera exoressto da atvidade administrative do estado ma- ritesta'e, sm eeue albores, no campo da seguranca; mals prec mente, ¢a eaguranea publics, coma sora exeminado slant, raves ‘de medidas restrtivas 0 conaiclonadoras do exerclclo das lberdades dos eireltos Individuals, vesnco @ assogurer um mmo seatavol o-convivéneia eocll, ampllandovao até ehegar & imensao atual do Pedor de Policla. mora muito antigo, 0 Poder de Polfcla velo a caractorizar 0 estado liberal por se conattur no maximo de atvidade interentiv {Gus he revonhecia eliberaliemo burgues. Enetanto, quando eome- a A.B, Pros, Geral de Jana, (8, 1088 {glam rl 08 fundamentos do excuse indhldualte do tbe- c iment om conexdo com o exerci do Pad para tender ‘resconiea domandas de bomostar Gas populagéea que nfo te ‘tha male condigdes de serem salefeltee a conterto pela Ihre ago a empresa privada: surgle a arplissima cimensedo inervontiva de ‘tvigades 42 Servgos Bublooe Mas a expansto evolutiva da Administagto Publica tera ainda qe dar respostas mate compieras no campo'éa Economia. A Revo™ Igo Industral, madras em época do amplalberdado econGmica, havia acirado ‘insuportavermento as desigusldades. Paseave-so fxiit do estado nova modatidade do intowongdo para dlecipliner © ste mosme substii-se as aividades privadas hon procossca de pro- dluglo,erculagdo consumo das fguezas,pincpaimente no Campo financolo: estava conigurado o Ordenamento Econdmico, com todo seu mocanismo intervntvo, expropriatrlo © maropolista ave, de um indo, produeiu o Estado do’ Bem-estar Soca na feliz oxpressao co W. HOBSON, como evolugéo do Estado Liberal Burguts, © por outro lage também gerou 0 Estedo Socialist, om qua a pretexto oo oor. Gir ao desigualdades, hiperotiauce agudamente.o2,Instutos Intorventvos, exproprattios'» monopoleas, a0 ponto de reduzt ao tin porns suportvol (ugh Insoportave) ab erdade ina uaeo concomitantomante a necessidade do impor uma disci plina ao desenvolvimento do home enquanto ser social, com asl fos mais ampiosaigm daguclos de qus-goza como individvo, sin fularmento consierado, comstou também eo enado a testa do Srdenar fondmenos como educerto, saide, rabaino, previdenca, © futon, quo acaberam por conatitvit um novo remo" intervenva = 2 Ordenamento Soak ‘Mas néo parou ai, Estado do Bem-Ester Social dovera expe monlar ainda uma anpiagto do alvidedes neste seu, Indaba dlontomento de credo, dutrina ou ideolopa,assomava a consalencia, {de "que 0 papel do estado dovera ampilt-o ate a0" 0 autor dae ‘onclgbes dintmices. da médma fealzagdo ce pessoa humana. ‘ante ser individual 0 enquanto. sor sociel; om outs alavran Passa e ser um Estado da Plentude Socal. Para apressar 0 s0U [dvonto, nfo ara bastanis cegotar-e como gerantder da convivencia Dacca e harmoniosa através. do exerica do Peder de. Pail) ama prestador de Servigos Pabllcos, como organlzador de rquszes no Ordenamento Ezondmico 2 dlecpiinador doe provessos soctals nals senolels, no Ordenamento Bock Yo} necesstrfopropiclar, par {dos 08 moles a su sloance, 0 ecees0 doa Indviduee, dos gtupos tconbmicos e ds grupos sociale 8s condlgBos de progresto, ado. Dk. Proa, 6 Fo de Jano, (6, 6 tendo mesidas cepazee de inoontivar @ do mobilzar a inicatva pre ‘Yada para somerse & eua agio na provencto do Intereses coletvo. stave dofiida a quinia modslidade de aluacao do estado contor pordnoo no campo da Administrepto © do Dielto Administrative: Pemonto Publica 1 — 0 PODER DE POLICIA Enquanto acto desenvolvimento ocorle, expandindo 2 alversit- ‘cando'a stuagae adminisiraliva do estado, o Poder de Pola, a mals ‘anliga desses tivdades, sofia tambem Uma evolugto prépria, adap Tango ides eucoesivan tases historicas, O con fella Go seguranga, ineisimente sieunserito eo ambito. da, convi- Veneie, notedamente de convivencia publics, xe fol ampliando seomodar todae as garantias que 0 estado deverla propels, fedoe o8 campos do af human. A necessidade do ordem feria desca 28 relagboe intorndviduals, paseando peas inorgrupsl, £18 & Nagao 8 ao concert Intarnacional. (© poder de polci. om guas manifestagbes aresicas, nada mais era que a aivdade destinada a mantor uma ordem intema do grupo Inclepensavel & sug propria sobrevvbncla. A ordem pablca, ent, tstavaagsimilada.& ordem inorna do grupo, tal como chegou até foseos las em publicctas, como GARRIDO FALLA (Las Transfor- ‘macionee det Regimen Adminitraivo, Madrid, 1954 . 119), Em razto esta Indistingde, durante sézulos a no¢do de police foi sinénima do ackmiisragto. com o sentido de adiministraeko quo o vocébulo polica chege te a Ronasconca (ct, OTTO MAYER — Deutsc Verwaltungerecht, 1895, T. I, 12, 6 18), derivado da glo do polis, ‘rege, 2 da poll atna, para dedignarfodae as modidas pels qual fsutcricads mantém "a'boa.ordem da colsa publica” (“Guter Stand des Gemelnwesene"). A iia da adminisvacdo da cldade havia se ‘Sxpandldo a ebaresr todas a8 avidades admielstrativas do estado, Soin exoegso dequsles ligedae a dotoes externa (alla). Fo) esta scepeio, cmasladamente goneralzada, que a doutrina franesee. acoiheu, como so pode verear no regio feo por H. LAFERRIENE, um dos precureoree do Diroto Adminisratho, no seu Goure do droit public ot admltstrat ’ aflmagto da importinca @ a expansto do concelto do poder 4e polela, ave eolnclaia, ent, com o factiglo dae monarqulse abs litds (os Estados de Policia), oncontrou, com a asconsdo do ibe tisme, sue cortengao o redimensionamento. No diel slomdo, invooau-se o dali natural « mesma teoria aque JA havia ustioada ate o poder cbscluto, para ee Iniciar a limi- {gud do poder de policia (ver OTTO MAYER, obra ctada, V. 1, L. 1, $75) 5). No airttafranods, a uta liberal culminava com 0 dacrste ry Dir, Prac. Gara lo de Janeiro, (6, 1806 do 16 de agosto de 1700, da Assombisla Constitute, prociamando-se ‘principio eonelitucional da complota dletingso enize as dues ativ- {lea No dei novteamerieano, ouva vie gona tilhada, a.conten- ‘980 lusepradencial Inelada. com MARSHAL ©. culminada ‘com Fromugagso da 4 Emenda, para a protegao dos vested slaht ‘erato ‘consttuoionalzeda dos alrttos nature (CAIO TACITO, Poder de Policia e sous Lies", In RDA, V. 27, 1952). (0s progregsos jurcicas produsiram, no campo do Dicito Publica, © conoollo do Estado de ‘Diceito, no qual, um dos Indispenstvots Suportes volo sera difrenciagSo © a eoparacso das grandes ative aces funcionais do estado a dvido do poderes: a parihainst- {clonal do poder estta Esta evolugda nfo 96 focalizou, defnitivamente, 0 poder de pol cla como uma expansio dos podores adminisiaves, que nas part. thas eonatiucionsle cabem, maclgamente, ao Podar Executvo, como ubmetoram-no a ardom juidica. Em outas paavras, a ordem pablo doveria sor manta atravée do aividados administaivas dentro dos times Mago Estado de Dialto, quo tove seus, primérdios om lima Tibor, “ora abetencionlata em eaue comegos"s coma lembra GAR FIDO FALLA, reduzindo. a ordem pibitea ® "tianguildade de ru (obra citeda, p. 17) @ Ito levou 4 contencto do poder de police, {ezendo-o mingutr, @Uase ® Inexpreselvidade om virlos campos em ‘Gus hoje pareco-nos impreecindlval, Este recuo tela eeu prego na ‘ultiplieagao dae abusos deo Tranqtias do Mberalsino que aeabaram Dor proveear ee reapes, nao menos exagertdas, do socialism, Jo Eslatismo e das idoologias totltaras, que se eeguriam. Entetanto, destacando-se ens formas radicale © caricatas de reagho soe sbusos do tiborllamo, evoluram, por um caminhe Mmoderaso, se corregbes que produziiam o Estado do. Bem-Estar Social, No seu bolo, ressurgiia 0 poder do pollela Incorporando a tutola do noves valores corvivenciale & oFdom piblca Para justiicar a inlovongso coretiva dos dosoustamentos, hipertrorias 6 doformagdes causados polo iberallemo, 0 concato ao fordem poblice, que adianto eeludaromos, tovo que. soffer alarga- menos sobre varias formas de ralacoes jrldicas, lé mesmo sobre tqolas consideredas bases sagradoa do Diralto Privado. 'A per de umn Direto Civil, de Indole Indvidualista@ Hberal, de formagso secular, algotrse um Dirtto Adiinistrativo nascente, di feito do desiguale, dielto de excooto, de preocupagso colatva e do teunho social Estava dflagredo 0 fendmano quo, mals tarde, GEOR GES RIPERT via a donominar do “publcizacdo do Direlto Privado” Na ligdo. de SCHINDLER, a norma do Delo Public nfo surge 6 0 leglalador nile impo una detorminada forma de atuagso 90 par- flovlen até que se haja demonsirado que a sociedado, por suas Di, Proo, Gaal, lo de Janko, (1988 ” propria forges, @ Incanar do realizar um fim de utlidede pébiica Gievista de Estudoo Peltices, Mecria, n° 47) elo segundo surto Nstético expansionista do poser do poliia, | doravants diferenctado contre 2s alividades edministrtivas do betedo, Jf perfatamente bslizndo polo Estado de Direito, 6 0 que prodizia eua aul concencuo e presente dimensdo nos estados de- Frocrtices contomporaneos. Por outro lado, 0 antigo conceito de soguranga ultrapassou os limites do Poser de Policle, A soguranga passeu a ser Uma preocupa- (Glo em todos os campos 2 stores da vida humana, do invididuo & ‘$Eeiedade nacional e dasa & sociedade universal, enquanto quo o Poder do Policia, como atividade aaministrativa do estado, juridics- mronto felerida, nasecstava contro om sou conceto proprio, para Comtinuar a ditingu-o do outras menifectagdes coorcltves do poder fo estado, come, por sxomplo, o podor de spicar sangdes inaivi- ‘uals (opressto judioiaia, prorogetlva do Poder Judiciario através ie seus brats [urediclonals) © como o podar de ompregar toda a forga dsponivel em apboe do deteea (ropraseao oporativ, preroga liva Go Poder Execulvo atravée de suse Foroae Armadas), 0 poder {o Intrvir coarltivamonts nos processas economicos (Ordenamento Eeonemico), ste '0 certo 6 que, com esta dimensso, Jd ancontrames, no somaro geste ebeulo, una conceituaeao baslanio precisa em OTTO MAYER, Sa mividago 00 Estado que.vies a dofondot, pelos melos do poder da aitoridado, a boa orcom da colca publica. contra 3s perturbag (Quo a2 reelidades individuals possam tazar”. (Lo droladminitatt ldlemand, Parle ed. V. Glraré & E. bre, Tomo Ny 1908, pp-6 07). Mais do tbe quartos do séoulo @ pouco terlamos a rotocar neste ‘once iade, nao obstante oa evangos soutndrios dispo- alvigace toisativa do estado, procurande atondor ao que ‘0 Mactre de Estrasburgo cnameu do "roalidades Individuals”, pertur- Bedorae da "boa ordom da oolss pablica", age compatiblizando In recta © exerlcio dea liberdades e dos’ dltos das individuos @ des grunes, mas nfo pode prover e esgotar todos os comportamentos possivas in eonereta, canazes do rarer prlulzo aoe intoresses cole= fivos na eonvivéncia socal paciica e harmoniosa. A solupko 6 ofe- rocer padiees lopais genérleae do atunglo proventva e roprossva pera a 9¢so da Adminisragao POblica, abrindohe um campo de tung dleerilondrl, caracteristica do Poder de Policia, (0 Poder de Policia eases anpeotos, como a por fim lintar @ condiclonar o exorclclo daa lbordados 0 alrefoe rlvduals vieando a sseogurar, om nivel eapaz do presorvar a ordem publles, © atoncimonto de valores minimos da conivéncia social, holadamente a soguranca, a salubridade, 0 decoro e a estéic, « Di. Fron, Gar Alo de Jan, (8, 180 Nos 6 necassrio un alta repressso quo fel sobre ber cae ¢inolaeda dn bousoa ds pads seeders ns wt ar Sfdacs ram em coreg, 9 minino sbsoutamontsincaponsvel 8 imautonguo ou ropongs condom pies Enganto aut au demas fares roprescivas qs rsaom sobre cues valores stnonts © Pes on aus"nso wqulos moncionades, romanescom 00 tal Gb “unos ge impca ne nego do papas private as 'ibocade (os dna so antes Go Poe” sudo Somonte Sm eataco de noses punicn © do tata. cofesa, cous gents pods 0 Endo str oven, don mts co Poder so do bards fn sda) dos fsponedves pot om poe, suhando-o, fim, 8 ap prassoosios Pla sts eta dieting nos lve natirament Bs, due clsticas subd sea Pots em Pella Acrisieratia «Polis Judega.©, om Folia Aomintstve Gora 8 Poicia Aomisttva da Sopuronce Pabien No 6 escope, neste nasi, peraur msi protundamenta, 28 estas Snanfengis oso dournaramonte base avtrarse ou, Sino mulge ators loo eran, Noen propos com objatho mals filo: saber ay eta stn stonds seaftriamanto ft nocost Unc do cepars tum cones ul ce Drove Asmansatvo: do Sepuranga Pot, Be nacneorem ae Cassieagdos sono wero imress pit. Embora om todos 08 atos esteam em Joop a seguranca de volorn so conven soci enlcneso am Poe Adit: too Poti uilrastendo to mode ce stanéo da Acme ict Adrunstate Gofal Potcia Aamii ang ao eso So stato de Ac so. HELY LOPES MEIRELLES 6 autor quo fez ‘oer distingao nc do ramo que denomina Polls de Mancenges ae Ordom Pobilen re ponsoss ova gue donoming co Poke ‘amiitratv out cout) = cabana, rots eavicades Gm ito Aariistvo rata, Seo Pola, &* ea: Revit dos Tribal, {ap ‘igs sverotncla de nomenciatr o concolor # que fase Mont Pa mia epropriag, mos como todab an polls lo eranistetvs, Mtvgados qua 9, 40 estado engueto. Aominevagge Pablo, & uuitengdo' “ecintatie mana oem ae ral ce ah ‘Eredo da sgurangn pice sorta e050 roar dels, Vale como press de wma prescapagse Go ngor seman. Quan A Polcia Judildn, ele eo iting nifidamerio da Polit Admiitatv, polo ook Pai handed sto. Guano & finale, x rong ets na repress: enquarto no cxersii Ge Pola Admiisvava'ropreseio' Prope es Rem Db Poo. Ga Flo de Jan, (108 ristragdo que @ emprega ascrclonéria e exaculoriament até resta- Beleosr a ardem piblice, no exarotclo.da Poliela Judeléra 8 repres- ho € propria e oxclusia do Poser Judiclérl, nfo eabendo @ Uso {de deericionaredego e da executo‘odado sono instrumentaimento, fo ectrita lito para 2 Administrapdo fograr @ apresentagso do oneével ela violagio & ordem publica, oventualmente tipiicada ‘omo conduta punivel, & Justge ‘Quanta ao objeto, a ciferenca reside na amplitude de, ag8o da Policia Administrativa que, para mantor todos os agpoctos da Ordon Peblice, pode ined sobre postaas, individual ou coletivamante con Eideradas, sobre direitos. Bene 0 atividades, enquanto que a acto fia Poliela Judiléra, para submetsr ao Poder Judiclrio equsias ‘iolagdos eapectieas’ da Ordom Publica, tipileadas como crimes @ Conttavengoes panale,recsl apenas sobre & pessoa dos indivcues, Singularmenta considerados ‘Obsorve-se, de Importtncia, que © poder repressivo do estado conta a perurbagie da ofdam, e0 oxgota na agio discriciondrla & Execute da Agministragdo sampre aus 0 intresse protegido for Sample campo 6a order publica eal foros a Policia Adminis- omen, 0 poder repressor do astado contra a pert Hague da order, ndo se segota na apso discrciondra e executéia, ‘da Acministragao, lvaves oa Polcia Judcéri sempre que se trator fe perturbegdes que so inserevam no campo mais resto da ordem Jridiea que tpica condutae Puno. Neste ose0, a Policia Judicls- Fia age como inetrumonto da repressio reservada ao Poder Jud rl, eso, sim, que a esg0ta, Pera & Polcia Judiclria, 0 poder de policia é um meio, um Intrumento de apo, pars atingir& un objetvo: apresontar um delin= (quonte & Jusiga, Para 8 Policia Adminlaativa, 0 poder de polcia Xion mai, om Instrumente, para restabelecor exeoutorlamente, pla ‘issuasto' de preterenela, pela forga se nevossario, 0 império da ordem public ‘Outre consaqisncla diferenciatéria, 6 que o uso da forga pola Policia Judiclania'se volta & coagdo legal do pessoas singularmente Eonsideradee {Indiciados ©. scusacos) absolutamente necesséria & Sua vonaugdo & barra dos tibunala, quo faz a represséo a posteror, bso ue forgs pala Policia Administratva, preventive e repressive. ‘ent, 88 dinge contra a agio do pessoas, singularmente au colet- Vimerte eonelderadas, que, na prdtiea de aces, criminals ou no, ‘easionem perturb le, fazondo @ Topressd0. NO ‘momento om cue oobi. "JULIO SCANTIMBURGO, entre 08 sdministatlvstas bresiliros, isso-o com a qualidade da bea sintoso: “A Polela Judi, tam bem chamada repressive, aparece dopole de comelida a Inireg8o, fa postertor,nvostige of falce {& praticados", enquanto que PRfica"Adminitetva, tamisém eremada preventive, age a Por Ito ry A Dr, Pro®. Ga, Ro Jet, 188 6, tenta evita que 08 dots o outros falos reproviveis salam co- ‘Motidos” (in Elomentos de Direlto Administrave, So Paulo, Max Timon, ps 68) Estas observagdes pom om ovldéncla um aspecto bastants inte- ressante: @ Policia Administaiva & preponderantemente preventva excopelonalmente repressiva, sua'manclra normal de stuar & & Prevengao — evita perturbagso 6 ao que ela visa, A Polfcia Judi- late bmbora posse vsar de melas ooorcltves, ndo 8 preventiva nem ‘eprossiva (condo na medida em que sue atuacuo poses clesuadir a pratioa do duifos), ela & preparatéria da roprossto — lovar 0 respon ‘avel punivel pola porurbagao &[ustge, 6 so que ela vi ‘Também neste sentido se exprime MARCELLO CAETANO: uma vez ocorido © dano social, oxprosado propostadaments ampla, “im porte staihar de modo a resiinglio vam o deixar ampllar” — Isto Soria Policia Administrative. "Por outro lado", continua © Mestre 0 caso do dano consi na violagdo. do ‘una norma penal, & iimpunidade do violader constiulré a confissfo pablica da ineticéola Ga Tol 6 um Incentvo a movas vlolag6es: ha que intervr para inves- {igar os termos em aus ae verlcou a infregao e descobrt o infrator, G2 odo'a habiltar & Ministero Publica pereeguiro responsével ‘eran 0s Wibunais, Este 6 0 amo do palica chamado poll lala e que no 6, de nenhurn modo, ume fepressso dos crimes compete aoa tibunale! fnentale do Dirito Administativa, Forense, 1977, p. 942 — grifamos fo alime pardgrato). ‘Asta altura, deaponta que uma Inequhoca definiedo do campo do estado do Diruito Asminisvativo da Seguranga Publica, necessita Se estribar-ee em conceltos mals aprotundades de Seguranca Palicn ‘de Ordem Pabllea, Serdo estes oo proximos dos [tens deste ensai. Il — SEGURANGA POBLICA Dizer que alguém ov algo estio eeguros equvalo a alemer que estio. gattides contra todo 0 quo, provsivelments, possa so thes Spor. No hé garentia absolut; ago ndo ha segurange absolute, Ela SS‘cpresentard sempre como un cancalto relative, produto do cotejo ‘ntre os reooe previeivels © ss garatias possivels. 'De qualquer forma, o sentido da seguranga que tem sido desen- voWvide muito nos. ditmes tompos, tanto nes relagbes ifernas das Tesves quanto nae relagdee internclonels, por autores de Poltica, Ge Estatigia © de Dirlt, 6, basicamenta, a garanta ce preservagdo fe valores. EstGo, assim, niplctos na ila ‘2) 0 gud ee garante (valor) ) quem garante (autor da garentia) ) contra quem (ou contra 0 qué) s0 garsn (perigo) 1) com 0 qud so garante (ator da garatia) Dl Pros, Ge, Ra de Joao, 0), 868 a Um estodo sistomatico da seguranga, sinda que breve, como 0 protonde neste trabalho, nfo pode #0 furar a debulhar ostes aepoctos. 8) @ qb a6 garanto (0 valor) A saguranga pode so rotor & vida e & Incolumiidade das pes- soaa, valores basioos na sociedad, so exercclo do sous direitos © Iiberdades, valores lundamortals da socledads civilzada, @ 20 fun Cionamento dae inelllgdoa, prinsipalmante do estado, valores Im Drescindivels & exaténcia da ellizagto tal como a teros Por ser tio. abrangonte, tdb asto eritero, 0 conceltocomporta varias clessieagdes, Mas, agu, besa dostacer a divledo entro SogU Tange intemacional, quando eo rofere os valores do. conuvincla pectica entre aa nacbos e a Segurenea Naclonel, quando 20 relere foe valoreetim da sccledads nacional ) quam garante (0 autor da geranta) Com © menopblo do uso de forca nas socladades organlzad ‘0 estado fomou a ei a fesponsaclidada de. proporcionar onimo Garantie. la 4, portant 0 aor, ro senlde do garantdor, da Segu- ange Inleracionel, em concerto com-os demals estados, soba éaide {Ge Biroio Intemacional Poblieo, 6 tambem o garantidor geral da Segurance Naclonal, sob 0 mpérlo da Conatiulgda o das fis (que ‘Slpulam quale 02 valores 2 so'om protegidoe o qual o limite da gfo do estado). ©) contra quem (ou © qut) se gorante(perige) © perigo 6 © antvalor. Potencal ou eftiv, No ca range fhieracional, 2 gareria 90 criga 2 coniengdo de bstados, grupos do aslados ou grupos organizados que stentem con ra a pas 0.2 hormenia entre as Nagbes, No campo da Soguranca Nacional, so ange & contengto das maniestapbee antagénleas, com som Uso Co force, conta os valores expreseos nos, objetvos, fcionals; so provindss do exterior —~ ser4 0 campo da Seguranga Extoma © so Surgldae no Interior — cord 0 campo da Seguranga Interna 4) com 0 qud se garante (ftor de garantia) (© melo empregado como fator do gorantla hé de sor distinto, conforme se trate do cada um doe tipos de seguranga acima role Fidos, Na Seguranga Internacional, o fetor do seguranga est no uso provontivo e Tepressivovdasuaeerio da éiplomacia © no Uso repres- Siovdlssueséro s detensivo-compuls6rlo das foreas armadas, ambos 2 Instrumentoe elocedos ao Poder Exocutvo (ledera), Na Segu- Internacional. Os valores em jogo e80 diver so os motos. Na Seguranga intorna, 0, tao preventive a repressivo do todos os fom agGos dietas oo mals Imedistamen ‘49 Poder Judilario, am 2080s ponais contra, Svole por stoa dolituosee, dentro da amplitude da Soguranga Intoms eefota menor, 8m quo 0 valor do relordncia 6 a con fe harmonioes, aqusle quo exclul a valencia © 20 abt {ongdo de una satistaria “ordem da colga publica": €, Dag st, Seguranga Public. ‘Na Seguranga Pablie: 4) 0 qub 80 garante 6 o inotév! valor da eonvivéncta pacition hharmonions, quo excl a volénoia nas relopbee soclas, v0 80 Con tam no concalto do Ordem Publica b) quam garante 6 0 estado, jf que tomou a si o monopélio do uso da forga na soclodade © 6, pols, 0 responsével pela Ordom eta no ysc0 fhageo cia patifien arante-se a ordom publica contra ago de sous pertur- da 4 ordom publica atrawts do 0 rletragso, do Poder de Pol cleo, pola Admi- CChogacse, assim, 20 coragio desta posqusa: © concoito de Cordem Pubes, referoneal ca Seguranga Publica. v — ORDEM POBLICA So, sinotcamente, Seguranca Pébllca é a garantia da Ordem Pablica, esta 6 0 ob[eto daquela. Quanto mais procteamente cor caltuarmes a orcom piblica, male oxatamonto lr-to-a compreeneigo 4 Seguranca Publica, em’ consequéncta, mals adequadamonto po- dderemos desenvolver vin quadro operative para as agoee do Polloia {de Soguranga Publics, Juidieamente balsado por um Biel Admi= nistratvo da Seguranga Publica. ‘A nogio de ordem pablica ndo & nova. Vamos Direto Romano, O"termo ainda nfo, ‘contetdo correspondia ao concolta de mores. A clones. de ‘unhada, me ‘order oatum pull romani, asia male proxima tinha ele um agente pablico para controll 19 na mod fo Intermedio, AD, Proo. Gaal, Aloe Jar, (0, 1908 * piblicos", ne inguagem dos lagistas ¢ dos glosadores, com um las {ro moral muita profundo ho cratlanisme. Ao chegar ao seculo XIX, 8 iborllsa relborta 0 cone lalea maa o reatinge, como sor eae esperar, a aepectos quace casulticos. Com.o\advento do Estado do BomEstar Social, ordem publica se hipertrofia e passa {eer 0 concolto instrumental para‘o alargamento do pape! Interven tivo do estaco nos vari campos de atividad Humana; passa a sorvir fifo 80 20 Poder de Polcin aos Servigos Pdbiicos como ao Orde- ‘amento Eeondmioo @ ao Ordenamento Social, as nove modaldades 0 agso do estado prosentes nas conetitulgoes do eéculo XX Emoora modifeads, ne fampo e no espago, em fungo dss dver- nt as concengbos polices jureicas, a ordem publica se apr fife com alguns tragoe de geralrecanhecimento capazes de car {oreéela vome un ‘concalta jurfea, antea'e relhormente que. um oncato legal Mae, ainda assim, cumpre obsorvar que ordem pibiica & esses concaitoe extromamante, Usados mas pouco estudades. No ‘bstante a aua longa trajeteia hsieriea o reconhecida Importénci, $5 se produrls, na itoratura juraieg, uma monografia de flego — tq Notion ordre public en erolt administra, do PAUL BEFNARD, publlcada om 1983, com um etclarecedor pretacla de G. PEGUIGNOT (ue. desde logo a assonta em dois elementos universaimente reco- Ahecldos: "a aueéneia de perlurbacdo" a "dleposigfo harmoniosa das retagbes socials”. a nossa estranheza dianto da indigénela doutrindria sobro 0 toma, 86'S menor que 0 do proprio monogratsta quo desde as pr mmoités paginas © confossa: ‘Mas nosso espanto 6 grande 20 constatar que, até equi fora do excelente estudo sobre polela municipal do St. Teilgen, mennuma pesquisa fol consagrada & ogo d freom pablles, quando 0 ostudo do Sr, Heurts sobre @ frdem publica proceseuel, Nossa surpresa 6 ainda mals ‘iva porquanto, eo Um modo goral, es formulas euja impr sto nfo exci, eendo, 20 contrarla, sua ampla apica ‘oo, tom o.com do exctar @ culostdade dos autores” Cn ‘Op. eit, Para, Librairie. Générale de Droit ot de Jureprur once, 1962, pp. 9.8 4 — nossa tradugio) Enlretanto, a ordam publica, agucando ainda mais este inti- ‘gante paradoxo, pode aparecer, 8s verse, como um concelto 140 Sbrangonte que’ PONTES DE MIRANDA chega a detintia como um obredieto" (Comentérioe & Consitulebo de 1967, Tomo | p. 124), sese v8 que 6 neceasérlo um arduo trabalho para resgatarmos o ‘onesito da penumbra da Inprecleto © dos paramos’ da metajuri- sade para latrear a Segurenga Publica @ 0 ramno do dlrelto que supe- “ Bl. Pr, Geral, Rl de Jano, (6, 186 Fintonde & sua ago por parte do estado; mais especiicamente, no ‘Geso bres, om decorrencia da oxpreasa menggo quo co The faz Sranigo 13, § 42, da Gonetiuiggo da Repualica Fecoratva do Brasil: “an 13. 5.49 — As pollclas mlitare, Intl {80 da ordem publica no Estado, ter Federal fos eno Distrito A esto ponto devernes astingul, para exclu, aquoles aspectos amplissimos, de “sobrediello" que sarver do gula. a0 Judiiélo, Guano, por exemplo, sonsidera tna eontonce estangelra para ho- fhologéria ou nfo, ou aa Legisiavo, quando, por exomplo, consider tim fiatado para ratifieslo ou nf S0.0 concelt serve 20 Legisle tio @ a0 sudllarlo, com a amplitude a que PONTES se relere, par Exeoutvo 6 que se apresenta como nogto de uso. permanent, Slutumo, domandanéo menos rarctagao, descendo 20 Universo jure ‘doo da’ epioagso corriquetre, quase logal, para eervr de suporte para ss agdee Sisercionarias quo o estado deve execular para pro- potclonar a soguranga publica. ‘Ora, 29 @ seguranca piblica ee pertaz com a manvtongio da oxdom pablica este concolto dove sor suflientomanta procieo Ser jello (distingso) som sor exce legal (ostioto). PAUL BERNARD tom este culdado, como se pode \woohe de sua monograt ‘A nogto de ardem pblica ult f organtzaram poral esa procoupacdo, permanent ume a face quotidlana da vida. Fra um texto serie osnaturéia, suprimisa” (op. elt, p. 13 — nossa tradu- fo) Roaimente, 0 afimame moments cuando que aueremen algo quo, fa opnido de quarion autres Soneattu-o, dove ser suflentomente amplo. para contompar as ‘igonclas moras» coneustudinares da socogase, 8 por Isto au ‘monografat eo rtore a fontes extajnaies ¢e.er8om Di ‘fogdo'ee acha na mite. do log 6 da marl” (287) sci aden pba nao ao Ips geo ra Mesa ‘om gus.e msio social postu ete imperativa p25) Yop ly nossa tradugto @ grifos nossos). ae ata ofdom pubes, na lgho de MARCELLO CAETANO, 80 co- nota a Stamos" soca" como “es pejlz-eaueadoe 8 ga om Di, Pn, Gar Rl de Sano, 186 * socledade qu que ponham em causa a convivéncia do todos o8 mom bros dela (op. et, p. 942); no substrata do cancelto sta, assim, o ano seclal (op. el, p. 34}, (© monografistatrancts & mals expliito,ellhando 08 sequins ciamentos, auséncia do perturbacSes, paz publica e disposigeo hal monlosa da convivoncia (op. et, p. 252); aos quale deverso acres. Genlar 08 elomontos metajridico: referencial morale reterencil onsuetudinsro (op. elt, pp. 257 0 258) Pode parecer supéfivo, J& que @ jurlieo contém or moral, quo se fale. em clmesto corre, conscientemente, aos jurltas, que consideram que a conve Vénela'pactica © harmotiosa nda se esgota no Dirt; ha atuagees {uo embora néo previsas no rete pocltvo eo perturedorss. da Siuapo de paz oe harmonie social por stem atetatorias& moral Toms-se, a propésii, 8 ebservagse de MARCEL WALINE om ou Dirato Administrative tag80 ral aa orden pobli, Mas ito ‘A nocdo de Ordem Pabicn 6 extremamonte vage © am pla. Ndo es traia apenas de manutongto normal Ga orders Faun, maa tembem do mantor ume cova orca nom (Groit ‘administra, 9 od, Paris, 1063, p. 642) A ordom luridion, om r |aéia de conjunto de normas. Assimilar-eo a ordem Juridica & order legal normativa nfo 6 ertado mas 9 Ineuilcianta, A ordem jurdica fengloba outros slomentes. que’ Iho $80 easenciaia © quo. tomar Glatinta @ mais ampla quo 8 elementos postivas qué. a inigram. Isto ocorre porqua, como tdo bom oxpée SANTI ROMANO, a crcom Juri 8 uma entidade permaneniomente em movimento tanto so. undo suas notmas como, sobreluso, movendo suas propriga nor. mas, de modo que o Diao nso 80 eegota nas normas 96 nfo Gus sia sho 0 produto da vontado que as ta (El Ordenamlonto Jur. ‘ico — acti, Insite do Estudios Poltions, 1968p. 85) Por cutro lado, a order publica ¢ una etuagso viive,prtice, jtarto ea obsoivancta da ordom juridioa. Desta concalio, assim iendida, com oata imenea rguern contoudisties, a owem hurdles, ‘chaga-so & ardem publica com um aspocto visivel do sua reelsaofo, como uma ida que tom a vocagdo de\um enderegamento pritice, {ue tom a var com a harmoniosa convivénela lara, com'o cia go paz social, com a exciusdo aa voibncla'e como tYedalno perma Ferto dos agentes do segurenga publica na quarda deseee velores, Nostes tormos, @ ordem pablica 6 @ concretizagto am tempo © lugar detmnadc, don von conioniis poids pol cam Juridica, Aasim, a ofdem jurdiea pode @ dove ballzar 0/emprego dow ‘molos do Peder de Palcla mas # a neseesidage de manter 2 Order °s De. Re, Ger, Rl de Jane, (8, 188 rblca que dove indear as meses do sou emerogo donro desson finiten em tormos, Jo oportentsade, convenience 8 contotde. S80, Pottani, concatoe complomentaree. No Brasil bem possivelmento, a perplexidade gerade pela cardn- cla doutrndla scabou provocando © surgimento do ut © {opal com toda ‘a sua coorte do Inconvenient: 0 Podor Exec fmbofa com a preceupagso vallda do oblaivar olhor 3 "va Simpl” nogao-do ordom publics, como diz WALINE, soebou por eu Sumtir 4 tontagto do detinigao, assim deerotando (Decreto n° 68.777, 2°20 ce solombro do 1963, ar 29,21) “Ordom pablice — CConlunto do rogras formals que emanam do ordenamento Iuridico da nagto, tendo por essopo rogular as rolagdos Eoclale do todos 6e nivel, do Interesse publica, estabelo- ‘eendo’ um lima de convivencla harmoniosa ¢ paction, {iscalizada pelo poder de police, @ constituindo uma st tagdo ou Gondigao que conduz ao bem comum.” Empolada, confusa, chai de eros: ume bo tum desterviga so alto ofends 0 ava Clénce Primeiramente, conceltie-es erdem pUblioa como, “conjunto de regres formats” tio: crdom publica do 280 regres, s80.0 reduade {proclavel do sua obtervanola,€ uma stuagla que se quo" mantot u's que se quar chogar, so for altarada. 0 “conjuno. do regrae fo" pedera sor nam meamo a ordom Turlea pol, como vines, tein envote faibom norma no formals, ndo poslvacas, como 0 Frincipos gorals © panculeros do Direto, Alsm disso, lnitando.¢ Erdom publi ts regras formal, fearam excludes es referonclapdes "moral e aos costumes vigentes quo, como 20 exp0e, 80 Impor- {ames S80 eoneidoraaa polos avovs. organ pln fossa rain up eonuio do rogras formats” nao ia claro como este conunta podoria “regu "3 relagdes sovals do fodos on nivel, do Inteesse publoo Deeds fo, 0 que slo do lnaroeso pli: "ralagdes' soci fu todos do nite"? € como foam a8 rela do intresse pobli¢o fa familia, no: primaire Sas, @ a8 telagdos co iterosso publica ne ‘ida inlersacional, no segundo? Gomo se enguadram as relagbes Intoresso.poblioo a nivel partgirlo ou eetatutario? De acordo que {odas essus “relagdes socials, do todos gs niveis” intoressam & trdom jurdleay ms como eubmotéan 80 “eonlunto do ogres fr tats duo sera 0 Ordom Pubiea? Prossegue o texto fazando meneHo & “isclizaeto do Poder de joica como nteganta do ooncola. Desde logo, 0 Poder de Pola Soprescinavel na ermapio do concolio do ordom pebla; nele pod fia terngresto apenas pra ossarecer dus melea 0 ostago emprage neo que presta Or, Pre. Goa, Ao ce Jaw, (a, 186 7 para manté-lo. © quo nfo tom nenhum cabimento 6 mencionar-se Apenas um mode do eluagto Inlormodléria do Poder de Pollcie: a Mecatzacto. Ora, 22 0s modes sto qual: etdem de plfela, consen= timento de polcia,Mieeallzapto de palcla.e sancdo go pollela, por a8 mario eapecton a im side? Sera exclusonte os dale modos ou merecom destaque? Em ambos os casea, haverla um oro ddoutrindrio inceltvl Fieclmente, a menpo ao “bem comum”, como 2 fnalidade do rmanter a aituagdo do ordom pibllea, 6 supériva © desnecesséria, Sua presenga neste concelo & Igo exabundante, como reproduz/a fom cada concato tecnico. do. Dielto Publico: Pederos do Estado, Poder ce Polls, to adminiatrativ, icenga ete. A alcandorada ro inisslo ao “bem comum', sobre a nada lover do constutve ou do esclarecedor, pode, ao eérivéro, confundir 0 agente do polfcla fa- Zendo-o crer quo om seu dmb do alericlonariedade do ag8o, qUo eve e0 exorcer dentro dos limites da ol, poderla Inciulr considora- (9605 axllogicas sobre a coateddo @ tmtes do bem comm, 0 que ia catastoico, Imagine-se 0 etibull-se a0 guarda do transit, fenearragedo de daterminado aspecto e sefor da ordom plblica na ‘uss, uma avaliegao de sus mises @ de suas ordone... em termos (Ge bem comm, ‘Tem rezto.os autores quo advertom sobre a inconveniéncia dos concelts Togais: o minima que. podem trazer de inconveniante @ Cristalzar una Impropriedada até que um novo Conoelto “ravogue" Slantorior. Nao 6 assim, em defini, que eo faz Cina do Dire $0 se tata do buscar um conceite operative, multo melhor fol @ solugto da Policia Militar do Estado co flo go vancivo, ue escolneu tum documento dovtrinario para expé-o: 0 Manual de’ Bases Douti- arias para o emprego da Fores (Boietim Fos. PM n° 66, do 15-00 ‘bri do 1982), (Ordem pdblica o estado de paz socll que experimenta 4 populacto, decorrenta do. grau do. garantia.Inavidual ‘ou, eoletiva propiciada pelo pader pabico, que onvalve, ‘além das garantas do ogutanea, trengUlidade 0 salubr- ‘dade, a8 nopbes do ordom moral, eatgic, polica © eco pica ingependentomente do rantestgtos vais So 4 50 trata do um concelto incomparavelmente melhor que 0 do decroto examinado. A garerla ‘anaparsce com sun Tsionomia ine {rumertal o.@ order pablea 6, fina, uma situegao, um estado, Um focultado & ser mantize ou ser aleancado. No parece apropriado, {edavie, 0 apéndice "indopendentomente do manifostagSos vievols do desdrdom quo cou sem antocedanto claro. Afi, "ingepengon- {smente” medica quo verbo? “que experimenta a populagte™ ou "propiciado pelo Poder Pablieo”” ou “que smvolw"? arose haver « Dr, Pree. Gar lb de Jeno, fm, 186. ‘uma tautologa: a ordem pice excluria a desordem, pelo menos a shel... ou uma Inooorencia: a ordem publica ndo lem a ver com {apt proventiva da dosordem enauanto inviivel ‘esta altura |d eo pode armar um conceit doutindrio & med- ‘ago de lator proseupado com um sentido pratico de ordem pdbites. ‘Ordem pibiica, objeto da Seguranca Publica, @ a situagio de conviveneia pacitia e hermoniosa de populagdo, hundada nos prine iploe élicos vigentos na sociedade. ‘Ao declaré-a abjoto de Seguranga Public, az-s0 a vinculagso operative Dizondo-a ume situaglo, mosire-co que ola @ um fal, ndo “um cconjunto de normas”, nam o rsultado do exercielo do Poder do Poll- la. € uma situaggo a sor mantida ou recupered. Esta stuagt, contudo, so ralere & paz @ & harmonia da conv éncia social, excluidoe,a2sim, & violénca,o toro, a intimidagso © ‘8 antagoniemos delterios, que doteloram aquela‘situagdo. Finaimenta,o fundamento exiolégico da ordem publica sto as vigtnelas tions da sociedad: 0 doo, costume @ a mora Ha, portante, conaiedes do passar a0 conoeio titulo desto tre batho \V — DIREITO ADMINISTRATIVE DA SEGURANCA POBLICA A soto do estado contemportnao estépautade pelo Disito. ‘la vinetlads (segundo fly disercionvia (otto dos times fo) ou livre (080 Imposida pela To}, sempre esaré jurdcaments refed. No campo da soguranga, em consoqUnca, sla qual for © valor tuted, sojam quae Yorem os melow Go que vale, soja gual for 9 tamnpo.d quo £0 rai, Internacional ou noctonal, externa ou Interna, STeetado antars sompre suelo 20 impér co Dito. Em especial, no campo da Seguranca Pablca,dicipinsmna os ramos do Dirao Consluclonl, do Dieto Adminisrativo, do Dreto Penal o do Dito Processual Penal Em principio, ou 0 estado age Individual, eotetve, discrcionéria «9 executoriamento, na preservagdo dos valores da Seguranga Interna, fc use do suse atibugbes surinistatves (Poder Executvo) OU 896 IMatiual, vncuaga © executoramonta, na proservacte dostee vo- fee protegides por presale punitves, no uso de suds atbuigdos Jtretiotonas (Poder Jude) © Direito da Seguranca PAblica tem, assim, dol ramos: um, ue nao nos toca desenvover nesta ensalo, que inch 9 Dele Penal S'Sirto Penal Millar, 0 Dito Processual Penel, 0 Direlto Prooee: Sual Penal Mita, aism doe precelios do Dieta Constucional api A Dr, Pros, Gus, Ro Jans, 8), 1868 « cfiels, que regen a atuagdo vinculada do estado na aplcagto da sanglo oe doltos; o cur, ue 6 o que nes tntersa ag, que incl preceitos do Dirato Constlucional ge Dirlto Acministratve (Poder {e Poles), que rogom a stuaedo dIeerciondra do estado na Tutela ‘iets imodiata da ordem publics. Diteto Administrative da Seguranga Publica 6, ue o homem 6 atogado por uma stbse 0 do concoltos que no rao ‘Perplexo, mais inermo © male int ‘© esludo do Dirito Adminisratvo de Soguranga Pilica deve, uo nie fosso por imperatvo do ome, pelo manos dos dles de Inae- huranca quo vivemos, neste Quadro do difeuideges sconomless avo {cimam’om empocer'e desenvolvimento do tantos pales, eno. os Asis o Brest vola-se A configuagto cada vox mals prosisa dos dole non de ‘acdo no campo. do Foser do Policia especiicn: et bes preventivae © ae agBee represses. Esta simples dlotinodo 4, todavia, insutcinto se se tata do situermos a competéncis fedeative e, dentro dela, do cade organ. acto 2 aue oe cometo legaimonte a doicada competénola no campo a ordom pobica. No qu s oor conpatancin para tala sobre a até & seguranga pati esta catrbulda na Consitulgto pelos Woe niveie {ederatvos, Ha toda uma competénela normative amps. Uniso, Special oe MV, Vil minente do Ministerio no spertlgoamnte desta norma: {ivideda. A competincia doe estadce em termos do ordem poblict att do artigo 8°, pardgrafo nize, especialmente. a alines Ve Siigo 18, § 4°, Quento soe munlipios oe temas e ordem péblice thes edo afetos sompre que digam respelto ao seu pec nfresse, ontorme 0 ergo 18, i caput © linen. ‘Quanto. ao exarccle do Dirsito. Administrative da, Seguranca Pabiie, 0 estado tem 0 manopdto da forga mas oi. nfo a exeroe spon ‘través do Um BrgBo ou. de um nivel fedoratvo, Na Yordedo, {ambdm ost cisiibuldo entre varios 6res dotados de competénela para Uso da forge: a Pilla Federal, se Forgas Armadas, as Forges Prices dos eslados e, onde ex ‘Suardas Municipals, som rjulzo das atibulghes eepectfeas ae Policias Judiolaries $ das Polleias Especiaizedes, estas, de eragto legal a quo também 20 Di. Prs, Ga, Ro de Jan, (8, 1086 10 festendem as prerogatives de user a forga no desempenho daquelas Suas missoee que Team sujelias 26 ordanamonta aaminitratvo do Soguranca publi No caso das Forpas Armadas e da Force Publica dos Estadoe, 6 poder-daver de agirclanto do porturbagso de ordem publica arma {im slstoma do competencis quo’ se funds no bindmio Itensideds Perleosldade de perturbagio. te sistema de compotdncia, de que tazom porte as Forsas ‘Armacas, no pleno Toderal 2 a0 Forgas Publieas doo Estados (Pot las Milistes}, no plano estadual, decarre da Consttueso Federal, {es Consituigbes Estadual, do Decrota-el n° 687, de 03 de fulho {1960 (com a odacdo que 9 Desreto-el n° 2.010, de 12 de jonho 0 1909 dou aos artigos 2° 6 49, que ratam da missto dae Pali Mitaros) ¢ do Dacreto n° 88:77, do 30 do eotombro de 1989, cost ‘adae com 0 subsidioa doutindroe dlopontots, ‘Assim 6 que, eaquematicamente, podemos armar um ‘Quatro de Apdo do Estado no Campo da Sé 1. — Prevengio na order pblica 4.1 — Dissuasio pola presenca — £ a misséo tiples do polciamento ostensivo = Trata-se oe evter 0 porturbagio potencial da ‘order pébiica — A competéncla 6 da forga poblion dos estados- rrombros (Polclas titres). 1,2 — Dlasuasso pola forea = £ 2 missto tpioa do poticiamento operat, = Trate-so do impedir a perturbagdo iminente da ctdem pobiics, — A compotincia 6 da forea publica dos ostados- ‘mombros (Polciae’ Miltares), apllcads ‘como forga’do dlssuaede, na Plea 2 — Reprecso na ordem pibitea do policiamento operative = Tratee0 do reestabelacer a ordem publica, con tendo @ perlurbagio detagrada. — A compaténcia 6 sinda da forea poblica dos eetedos-mombros (Police Miltaes), aplioada om foroa de repressto, procedondo ao ove {ual emprego das Forgas Armada 102 Ob, Pre, Gaal, Ro at, (8, 188 2.2 — Repressfo por ellminago = € miss de emprego operativo das Forgas ‘Armada, — Trata-so 6o roconstituie a ordem pabiica etimi- nando a grave perturbagdo que a sacriicgu, fo todo ou em parte, empregando melos algm fo oparativa das forgas_poblicas ‘doe Estados, quo, ndo.cbstante, continua a ‘er omponhdas, om missdes aye Ines forem estinadas pola Forge Torres & qual passam Ss integrarsa come Forgas Auxilros. — Nosto nivel do gravidede de perturbagio, da "a Unido ea dou trina’ tem conelderado” quo, car frave compromelimente da otdem pablica, pas Saveo da Sogurenga Publica para & Seguranga Intora, com toaas as impicagbes.poltlcas congoquentes, especialmente a. posebitdade fe docrotaeas do ostado do silo (artigo 155 Saquintes da Consuls). vu — concLussEs ‘Adontrar nos estudos do Direio Administrativo de. Soguranga Pbica, puseando um embasamanto doutindrla © um fen trave}ar ‘monte slstomdlico, az logo & eviddncia a escassez do concoltes, do ‘ities ©-¢ dlperséo das normas logale aplicdvl inllel, muita vezes, a perploxdado do lelelader © do ‘administrador alanta de quadro tao dasordonedo © problomatoc. a cosordom dourindraaningutm reas oa ningun ‘servo; falta de clara defiicses, as propras autoridades potclals fifo tém eandledos do render tudo 0 que poderiam em tomas do ftcléncla, Perplexidades, divides, euperposigdes, campos de con- 2 eficioncia a garantia ‘ve dovem proporcioner as populacées, Esto estudo tem pretensio de servi de diagnéstico, mals que 4e terapbutice, na tetaliva do eatuturar um ram dldatlee do Dato ‘aminitatve, Na ersta da onda do violéncla que, verre a nspéo, terrvel se- a de cree eoondmica le desabou desde o segundo chogue do Batrdlo, do 1979, 0 como conseqdacia mais protunda do. desert prego e'do deseepero que a acomparinem,crelo quo qualquer sub- Eisio'om termas. da aperfelgearento da ordem public tein Impor- tanci; urginela @ valdade, A Ot, Pros. Gea, Ro Jao, 0), 988 3

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