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O Paradigma Pós-Crítico e o Ensino Religioso No Brasil
O Paradigma Pós-Crítico e o Ensino Religioso No Brasil
1. INTRODUÇÃO
Essa diversidade pode ser verificada nas próprias nas salas de aula,
inclusive, pelas dificuldades inerentes a aplicação de uma metodologia válida que,
relacione aprendizagem com as exigências sociais e legais de um Estado Laico.
Essa problemática tem se agravado nos últimos anos, principalmente pelo
surgimento e legitimação de novas abordagens epistemológicas buscando ideais de
inclusão sobre gênero, etno-racialidades, diferenças culturais, colonialidades, etc.
2. DESENVOLVIMENTO
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Os estudos pós-criticos, para situar melhor a proposta, foram desenvolvidos a
partir da década de 1990 entre pedagogos brasileiros preocupados com uma
proposta que atendesse à diversidade cultural brasileira. Dentre os principais
pesquisadores, destacamos os textos de Tadeu Tomaz da Silva, (1999) cuja
proposta além de atender à necessidade legal e pública, também tem potencial de
refletir de forma crítica sobre os paradigmas positivista e cartesiano (PACHECO,
2013; PARAÍSO 2004; BARBOSA, 2021). Todavia, devido às dificuldades relativas
tanto à cientificidade disciplinar do ER quanto ás epistemes que configuram o
paradigma pedagógico, o elemento religioso foi praticamente omitido de pesquisas
pós-críticas.
Assim, nossa proposta é refletir a partir dos estudos Pós-Críticos. Com isso, a
partir da proposta de diálogo com outras epistemes culturais, pode-se contribuir para
um programa epistemológico que atenda ao ER no Brasil. O fundamento dessa
proposta está no rompimento com os dualismos e na inclusão de chaves de leitura
que valorizem questões relacionadas a identidade, gênero, etno-racialidade,
colonialidade, e cultura em geral, já consideradas nos estudos pós-críticos, e a
estas, incluir a percepção religiosa como dimensão cultural. Essa proposta tem
como fundamento o diálogo intercultural, pressupondo a diversidade e pluralidade
como fundamentos do saber (HERVIEU-LEGER, 2008; OLIVEIRA; GOMES, 2021;
BORGES; BAPTISTA, 2020; MEYER; PARAÍSO, 2012; PANOTTO; FRANCO, 2021;
SANTOS, 2013).
3. CONCLUSÃO
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GIL FILHO, Sylvio Faustino (Org.) Liberdade e religião: o espaço do sagrado no século
XXI. Curitiba: CRV, 2016.
LINS, Ivan. História do Positivismo no Brasil. São Paulo: Cia Ed. Nacional, 1964.
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NASCIMENTO, Bruno Rafael Machado. O ensino religioso e seus modelos epistemológicos.
In: Rev. EDUCA, Porto Velho (RO), v.3, n.6, pp. 1-17, 2016.
PACHECO, José Augusto. Teoria (pós) crítica: passado, presente e futuro a partir de uma
Análise dos estudos curriculares. In: Revista e-Curriculum, São Paulo, v.11 n.01 abr.2013
PASSOS, João Décio. Ensino religioso: construção de uma proposta. São Paulo:
Paulinas, 2007. (Coleção temas do ensino religioso).
SANTOS, Boaventura de Sousa; MENEZES Maria Paula. Epistemologias do Sul. São Paulo:
Cortez, 2013.
SILVEIRA, Emerson Sena da; MORAES, Manoel Ribeiro. A dimensão teórica dos Estudos
da Religião. São Paulo: Fonte Editorial, 2017.