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Sexta-feira, 28 de Janeiro de 2022 ARIO DA REPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA 1Série- No 19 Prego deste niimero - Kz: 3.400,00 Tals + caren ae SA aoe ASSINATURA Te Be ala Te es Dis relive 9 santo ¢ asinine do «Dio ane | du Rein 1462 vai & de Ke 7500 ep da Republica», deve ser diriaida & Imprens | a5 es gies Kz: 1675 106,04] a 3. serie Kz: 95.00, acrescido do respective Nacional EP, a Lands, Ri Heng de Nem EP ae Las a Bea oe aie = 99915567 | impos de sel, dapendondo spies de ovwinpretaneianl gorse Eads wie | A2° site 51789239 | sseiede depsitoprevion fecuarnterai Ad sie Kr1L00368 ) da nprens Nacional +E P SUMARIO Presidente da Republica to Present 3022: Aprovao Esato Orsiico do Instituto Superior de Ciencias da Educagio deCabinda stério do Ensino Superior, 1a, Tecnologia e Inovacdio Deceto Beton. 6722: ‘Apova 0 Kezlaneto Elon do Inthw Sapo Polio de Naina Deere seetivon 682: “Aporao Reglento Era! do nt Speed Cena de tied lige Banco Nacional de Angola Avion 122: Regulsmenta o govemo e sistemas de contolo item, ban como ‘define os padres minimos cm pe deve asentara cltra organi ‘acon do nstinges Finca Baneévias, — Revoua 0 Avivo ‘n° 1021, de 14 de So, sobre 0 Codigo do Govemo Societe das Instiigses Finance. PRESIDENTE DA REPUBLICA Decreto Presidencial n.? 30/22 de 28 de Janek Considerando que o Instituto Superior de Cincias da Educagio de Cabinda passou a ser uma Instituigao Publica de Ensino Superior Auténoma, nos termos da alinea c) do artigo 17.° do Decreto Presidencial n.° 285/20, de 29 de Outubro, que aprova aReomanizacio da Redede Instituigbes Piiblicas de Ensino Supei ‘Tendo em conta que o Decreto Presidencial n° 311 de 7 de Dezembro, estabelece uma nova configuragao orgi- nica para as Instituigdes Publicas de Ensino Superior, Havendo a necessidade de se proceder a aprovagio do Estatuto Organico do Instituto Superior de Cigncias da Educagio de Cabinda, instrumento fundamental para a sua ‘organizacio fimeionamento, nos dominios do ensino, da investiaagao cientfica e da extensto universitaria, com vista 20 melhor cumprimento das suas atribuigdes, Atendendo ao disposto nos n. 2 ¢ 3 do artigo 25° do Decreto Presidencial n.° 310/20, de 7 de Dezembro, e do ne 1 do artigo 18° do Decreto Legislativo Presidencial n° 2/20, de 19 de Fevereiro: 0 Presidente da Republica decreta, nos termos da ali- nea d) do artigo 120° e do n? 1 do artigo 125°, ambos da Constituigho da Republica de Angola, o seguinte ARTIGO 1? (Aprovacto) E aprovado 0 Bstatuto Organieo do Instituto Superior de Ciéncias da Edueagao de Cabinda, anexo ao presente Decteto Presidencial, de que é parte integrante. ARTIGO 2° (ividase omissoes As diividas e omissdes suscitadas na interpretagiio e apli- cacao do presente Diploma sao resolvidas pelo Presidente dda Republica ARTIGO 3! (Cntrada cn vig) (© presente Decreto Presidencial entra em vigor na data dda sua publicagao. Apreciado crm Conselho de Ministos, en Luanda aos 31 de Agosto de 2021, Publique-se. Luanda, aos 17 de Novembro de 2021 Presidente da Reptblica, JoS0 Manuet, Goncatves: Louamsco. 1120 DIARIO DA REPUBLICA BANCO NACIONAL DE ANGOLA Aviso. 1/22 (28 de Saeco Considerando a recente adequagtio do Sistema Financeiro Angolano (SFA) as boas préticas intemacionalmente acei- tes, introduzidas pela Lei n° 14/21, de 19 de Maio — Lei do Regime Geral das Instituigoes Financeiras, particular mente no que conceme 20 Cédigo do Governo Societario das Institigoes Financeiras Bancarias, que visa reforgar 0 quadro juridico financeiro, conferindo mecanismos e pro- cedimentos adequados aos desafios actuais para o bom, Govemo Societério, em termos propercionais ao plano de negdcios, a complexidade das actividades exercidas © aos riscos associados; ‘Nos termos das disposigoes combinadas das alineas k) €1) don 1 do artigo 166° da Lein® 14/21, de 19 de Maio — Lei do Regime Geral das Instituigies Financeiras, e da alinea f) don 1 do artigo 31° ¢ da alinea £) do n° 1 do artigo 54°, ambos da Lei n® 24/21, de 18 de Outubro — Lei do Banco Necional de Angola, determine: CAPITULO I Disposicdes Gerais, ARTIGO L* (Object © presente Aviso visa regulamentar 0 governo e sis- temas de control intemo, bem como definir os padres minimos em que deve assentar a cultura organizacional das Instituicdes Financeiras Bancérias, adiante abreviadamente, designadas por nstituigdes> ARTIGO 2° moi) 1 O presente Aviso ¢ aplicivel as Instituigdes Financeiras Bancéias sob supervisiio do Baneo Nacional de Angola, previstas no n° 2 do artigo 7.° da Lei n° 14/21, de 19 de Maio — Lei do Regime Geral das Insttuigges Financeiras, 2. Ficam, igualmente, abrangidas pelo disposto no pre sente Aviso, a8 Instituig6es Financeiras Nao Bancérias sob suparvisio do Banco Nacional de Angola, previstas non? 3 do artigo 7° da Lei n® 14/21, de 19 de Maio — Lei do. Regime Geral das Instituig6es Financeiras, nomeadamente: 4) Sociedades Gestoras de Participagdes Socisis; € b) Sociedades Operadoras de Sistemas de Pagsmen- tos, nos termos do artigo 10. da Lei n® 40/20, de 16 de Dezembro — Lei do Sistema de Pagamen- tos de Angola, ¢ da alinea k) do n® 3 do artic 207° da Lein® 14/21, de 19 de Maio — Lei do Regime Geral das Institniges ARTIGO 5° Detiatcoes) ‘Sem prejuizo das definiges estabelecidasnaL.ein®14/21, de 19 de Maio — Lei do Regime Geral das Insituigbes Financeiras, para efeitos do presente Aviso, entende-se por 4) Adninisirador Executivo —membro do Orgio de Administragio com responsabilidades na gestio corrente, sem prejtizo das atribuigdes globais inerentes a0 seu cargo; b) Adninistrador Inckpendente —memiro do Orso de Administragao que exerce as suas funcoes com independéncia nos termos da alinea 1) do presente artis ©) Adninistrador Nao Executtvo — membro do Oro de Administragio, que deve participar nio proceso de tomada de decisées estratéxicas, aconselhar, fscalizar e avaliat a actividade dos Administradores Executivos, sem prejuizo das atribuigSes globais inerentes a0 seu cargo; @ Apatite ao Risco — o nivel agregado € 0 tipos de risco que uma Instituigto esta disposta a assum, definido antecipadamente € dentro da capacidade de isco de cada Instituigdo de forma 1 aleangar os seus objectivos estratégicos ¢ 0 seu plano de negécios: ©) Bereficidrio Rfectivo — entidade como verdadero interesse econdmico na detengao de um activo, possuindo 0 seu controlo final ou na realizagao de uma transacgao, A Comité de Auditoria — unidade tesponsavel pela fiscalizacao do desempentio do auditor externo a Instinuigio Financeira; ) Confito de Inieresses — situagio em que 0s accionistas, os membros dos dnados sociais ou os colaboradores tém interesses préprios mma relag2o da Inslituigo com terceiros, da qual csperam obter beneficios, 1) Deficiéncia de Controlo — exo na concepstio on utilizagio das politicas ou dos processos do Sis- tema de Controlo Interne, com impacto negative nos seus objectivos e principios: ) Bnpresa-Mae — pessoa colectiva que exerce relagZo de dominio ou de grupo relativamente 1 outra pessoa colectiva designada por filial, quando se trate de Insttuigées Financeiras sob supervisio do Banco Nacional de Angola; J) Factor de Risco — aspecto ou caracteristica dos produfos e mercados financeiros, dos interve- nientes na relagio de negécio e dos processos mn vigor nas Instituigdes, com intiuéncia no isco; 1 SERIE — N° 19 — DE 28 DE JANEIRO DE 2022, ua 1B Fungdo — conjunto integrado de processos rea lizados de forma recorrente, para se alcangar determinados objectivos da Tnstituigao e que, de forma auténoma, coresponde a uma unidade de cstrtura, D Fungoes ce Controlo— cada uma das components, do Sistema de Controlo Intemo, cujaresponsabi- lidade consiste em monitorar a conformidade da sua actuagao com a legislagao € procedimentos intemos, deve gerir e moniforar o risco a que a Instituigio esta on venha a estar exposta, reac zando avaliagdes € anlises objectivas, de forma independent e fiivel, bem como o reporte dos seus exames aos dais de gestao, im) Fungées de Negécio — compreendem as fungdes dicectamente ligadas a actividade principal ou negécio central da Instituigao; 1) Fungées de Suporte —comnpreendem as actividades da Instituigto, cnjo dia-a-dia nao se encontram ditectamente relacionadas a0 newécio da Insti tuieao, contudo, as auxiliam ¢ complementam; 0) Gesto Corrente — conjunto de decisbes, tomadas numa base diria e de forma recorrente, sobre matérias respeitantes administragao da Inst- Inigo, com exclusio das relativas a definicao da estratézia de negéeio, & estrutura orsinica € funcional, & divulzagao da informacao legal ou estatutariamente prevista eis operagGes relevan- tes ein fimgao do seu montante, riseo associado cu caracteristicas especiais; ) Governaaca Corporativa — conjunte de relacoes, politicas © processos, envolvenido os accio- nistas, 0s Grados sociais € 08 colaboradares da Institigio Financeira em articulagao com os omganismos de supervisio, os auditares externos € 08 restantes agentes dos metcados financeiros, tendo em vista 0 alcance de objectivos estra- téxicos, bem como promover a transparéncia omanizacional ¢ efectuar 0 controlo ¢ fiscaliza- 0 das Instituigbes, especificando, para o efeito, as fungdes acometidas s diversas unidades ‘onanicas € as competéncias, responsabilidades nivel de mutoridade dos diversos intervenientes nas Insttuigdes; @) Grupo Finaneeiro — conjunto de sociedades residentes © nfo residentes, possuindo 9 natue reza de InstituigSes Finaneeiras, com excepeao das Instituigbes Financeiras lizadas & activi- dade seguradora ¢ previdéncia social, cm que existe uma relagio de dominio por parte de tuma Empresa-Mae supervisionada pelo Banco ‘Nacional de Angola face as outras sociedacles, intearantes: 1) Independencia — capacidade para efectiar jui- 0s valoratives ¢ tomar decisies correctas, objectivas ¢ independentes sobre as politicas © processos da Instituigfo Financeira sem influencia da gestao didria e de interesses exte- riotes contririos aos objectives da Instituigio Financeira, considerando-se assim, que um ‘membro do Grado de Administraco nio cumpre 0s requisites de independéncia sempre que, se verificar alguma das seguintes situagoes i Temou teve, nos iltimos dazemeses, um cargo de Administrador Executivo na Instituiga0;, ii, Presta ou prestou, nos tltimos doze meses, servigos a Instiuigio; iii, Detéan ou representa um detentor de partici- ago qualificada no capital da Instituigo, on participagio superior a 2%, que permita, no catendimento do Banco Nacional de Angola, exereer inffuéncia significativa na Instituigao, ix Recebe uma remuneragao de componente variivel concedida pela Insttuigao; 1 Desempenka fangoes nos dtgaos sociais de coutra sociedade, sem que tenha existido pro- cesso_ formal de averiguagao de possiveis conflitos de interesses; ‘Tem uma relagio de cénjuge, descendente ou ascendente, de primeiro ¢ segundo grau, com pessoa abrangida por, pelo menos, uma das situagdes previstasnos incisos de ia v da pre- sentealinea; & vi, Se encontra abrangido por, pelo menos, uma das situagdes referidas nos incisos i iv e vi mimna sociedade que se encontre em relagao de dominio ou de grupo com aquela em que é membro do Orsi de Administragio. 5) Insituigdes Financeiras Bancdrlas de Inportécla Sistémica —Instituigbes Financeiras Bancérias, qualificadas come tal pelo Banco Nacional de Angola; 1) Grgio de Adiministrazdo — pessoa out conjunto de pessoas, eletas pelos accionistas, incumbicios de representa a sociedade, detiberar sobre tolos os assintos e praticar todos os actos para a realiza- 0 do seu objecto social 1) Pelouro —atribuicao de fungdes especificas ou da superintendéncia de unidades organizacionais, um membro do Oraao de Administragao, sem prejuizo das responsabilidades. acometidas a0 Orato de Administragao, ¥) Perfil de Risco — representagio da exposigio real a0 risco de uma Instituigao, © qual esta intrinsecamente ligado a estratéwia de neaécio, € depende do tipo de actividades realizadas pela Instituigao, bem como ao riseo inerente as mes- 122 DIARIO DA REPUBLICA Ww) Politica de Compliance — documento com ditectrizes, cayjo objective € 0 de garantir a conformidade com os principios éticos € os requisitos legais e regulamentares, nacionais € internacionais, que regem, directa ou indirecta- mente, toda a actividade da Insttuigio; 1) Politica de Remuneragiio — conjunto de politicas ce processos destinados a estabelecer os critérios, a periodicidade, os responsaveis pela avaliagao do desempenho €a forma, estutura ¢ condi¢oes ‘de pagamento das remuncracies _y) Renaneragdio— conjunto de beneficios econémi 0s atvibuides aos membres dos éraios sociais € a0s colaboradores de uma Instiuigdo, como contrapartida dos servigos prestados, podendo ter cardcter periddico ou nao, fixo ou varidvel, monetirio our, ineluindo, designadamente, os salarios, os premios de desempenho, subsidios € as responsabilidades por pensbes de reforms, 2 Risco — possibilidade de ocorrer um aconteci mento futuro com impacto negativo na situagio liquida das Instituigdes, considerando-se, desig- nnadamente, as seguintes catezorias 4. Risco de Crédito — proveniente do incum- primento dos compromissos financeiros contratualmente estabelecidos, por parte de um mutuatio on de uma contraparte nas ‘operagdes; ji, Risco de Estratégia — proveniente de alte- rag6es adversas no ambiente de neascios, da incapacidade de resposta a estas alte- rages © de decisdes de gestiio estratégica inadequadas; iti, Risco de Liquidez — proveniente da incapa- cidade de a Insttuigo cumprir com as suas responsabilidades quando estas se tomarem esigiveis: i Risco de Mercado — proveniente de movi- mentos adversos nos pregos de obrigagses, acedes ou mercadorias, incluindo o risco de taxa de cémbio ede taxa de juro: @ Riscode Taxa de Cdmbio — proveniente de movimentos nas taxas de cimbio, resul- tando das posigves cambiais originadas pela existencia de instnumentos finaneei- ros denominados em diferentes moedas; b. Risco de Teva de Jiro — proveniente de movimentos nas taxas de juro, resultando de desfasamentos no montante, nas matu- ridades om nos prazos de refixagio das taxas de juro, observados nos instrumen- tos financeiros com juros a receber © a pagar Risco Operacional — proveniente da ina- dequagao dos processos intemes, pessoas ou sistemas, possibilidade de ocoméncia de frauds, intemas ¢ extemas, bem como dos eventos extemos, incluindo o risco de siste- mas de informagao e de Compliance; vi Risco de Compliance — proveniente de vio~ Jagdes ou incumprimento de leis, regras, reaulagses, contratos, praticas prescritas ou standards ou passes étivos; vii, Risco de Sistemas de Informaséo — pro- veniente da inadequagao das tecnologias de informagao em termos de processamento, intearidade, controto, disponibilidade con- timuidade, proveniente de estratégias ou tilizagbes inadequadas; © vi. Risco de Reputado—percepgao adversa da imagem das Instituigdes por parte de clientes, contrapartes, accionistas, investidores, super~ visotes ¢ opinio piblica em geral, aa) Segregagtio de Fungées — conjunto de rearas € directrizes de controlo intemo que visam descen- walizar a gestto, estabelecendo independéncia entre as fungdes de controlo, negécio e suporte; bb) Silos Organizacionais — barreiras organiza- cionais que dificultam e/ou impossibilitam a comunicagio e/ou a cooperagio atempada, objectiva, concisa, efectiva e completa entre as varias unidades organizacionais efou entre fimgoes;, ce) Sistema ce Conirolo Interno — conjunto inte grado de politicas © processos, com cardeter permanente e transversal a toda Instimigao, rea lizados pelo Orato de Administragao ¢ demais colaboradores, no sentido de se alcangarem of objectivos de eficigncia na execugio das operagses, controlo dos riscos, fiabilidade da informagio contabilistica; ede suporte a gestio © cumprimento dos normativos legais © das irectrizes internas, dh Toleréncia ao Risco — cquantidnde» maxima de riseo que uma Institnigao € capaz de assumir, dada a sua base de capital, gestio do riseo capacidades de controlo, bem como as suas res- {tiges reaulatétias, ee) Transacgées com Partes Relactonadas — trans- feréncia de recursos, servigos ou obrigagdes entre a Instituigao e uma entidade relacionada, independentemente de haver ou néo wm débito de prego: € ff) Unidacks ce Negécio — depastamentos ou areas da Instituiga0 que representam e desempenham ‘uma fino especifica 1 SERIE — N° 19 — DE 28 DE JANEIRO DE 2022, 123 CAPITULO IT Governanga Corporativa ARTIGO 4° (@rincpios 0 «Codigo de Governo Societario das Instituigdes» tem subjacente os seautintes principios: 4) Estimulo & cultura da transparéneia no ambito interno das Instituiges, ) Contribuicfo para o reforgo da integridade insti- tucional, visando promover maior confianga, qualidade ¢ seguranga dos produtos ¢ servigos comercializados no Sistema Financeiro; ©) Favorecimento de politicas conve texto da erganizasa0, @ Promogao do acesso a informacio tempestiva, clara ¢transparente; ©) Promogio da comunicagao entre © éraao da admi- nistracdo, fiscalizagao € comités instituidos, LH Actuago independente © auténoma, com lime acesso as informagves necessatias para o exer cicio de fugoes ou atribuigoes, 8) Monitorizacio continua do ambiente regulatorio € divulaagao de normativos aplicaveis para a actuagio das éreas responsiveis, € ‘hy Avaliagao. do cumprimento dar ites no con amentagao € implementagdo de manuais de processos € procedimentos, bem como de outras politicas insttucionais que digam respeito as actividades das Insituigdes que mitiguem 0s riscos associa- dos. ARTIGO S° (Catrn eestrutura orgntzaconaly 1A cultura organizacional da Instinaigdo deve constitr preocupagio constante do Oraio de Administragioe iscali- zac, a qual assenta em bases sélidas ¢elevados padeoes de controle intemo relativos a autorizagao, execuao, resisto, contabilizagdo e controlo das operagées, designadamente, através da: 4) Observincia de elevados principios éticos © de intearidade, consubstanciados em cédigos de conduta e em politcas que identifiquem e miti- stuea 0s contltes de interesses; bj Definigdo ¢ implementagao de processos em hinha com 08 prineipios € as priticas de controlo Inlemo, os quais determina que existe un conhecimento dos riseos relevantes e da forma como podem ser geridos; € 0) Adequada searegagito entre as fungBes de auteriza- Ho, de execugao, de registo, de contabilizagao € de controlo, adaptada a dimensto, natureza € complexidade da setividade. 2. Accultura organizacional deve ser do conhecimento de todos os colaboradores ¢ os mesmos devem contribuir para um eficiente Sistema de Controlo Intemo, devendo assim, ‘compreender o seu papel no sistema implementado. 3. A cstrutura organizacional, considerada na sua vor tente orgiinica e funcional, deve 4) Estar adequadamente definida, servindo assim, de suporte @ actividade e & implementagao de um Sistema de Controlo Intemo adequado e eficaz; b) Ser compativel com a estratésia, adaptada a0 ‘vohime, natureza ¢ complexidade da actividade desenvolvida e prever recursos humanos sufi- cientes em termos de mtimero, conhecimento © experiéncia para as tarefas que thes esto aco- etidas; © ©) Ser transparente, coerente, objectiva e perceptivel na definigdo das unidades organizacionais, das atribuigdes € competéncias, responsabilidades € autoridade, respeitando a scaregayao de fungoes € estabelecendo linhas precisas de prestagio de informagao, 4. Sempre que seja reduzida @ amplitude de actividade & de riscos associados de uma Instituigao, ¢devido a limitagao, de recursos humanos disponiveis, seja inesequivel a total searezagao de fimgdes potencialmente conflituantes, deve ser implementados procedimentos altemativos de controlo, de modo a evitar ou a reduzir ao minimo, orisco da oconén- cia de confitos de interesses, 5. A estrutura organizacional, incuindo as competéncias responsabilidades de cada tidade organizacional e/on angio, as linhas dereporte € de autoridade e o grate Ambito de cooperagao entre os diversos departamentos ou fungoes, deve ser documentada, analisada e revista periodicamente, visando garantir a sua permanente adequagao. ARTIGO 6" (Governanca Corporativa) 1. 0 modelo de Goveanga Corporativa deve ser com- pativel 4 dimensao, natureza, complexidade, estrutura, perfil de isco.e xo modclo de negocio da institu. 2.0 Orgao de Administragao ¢ responsavel peladefinigao de politieas, devendo aprovar e supervisionar a implemen- tapio dos objectivos estatégicos da Instiuigto por parte da gestdo, estrutura de governanga € cultura organizacional. 3. 0 Orgao de Administragio e fisealizagio ou erase com competéncias deleandas previstos nos artigos 12°, 13°, 15.° € 16, todos do presente Aviso, devem: a) Reunir nas periodicidades formalmente definidas, sem prejuizo de reunides extraordinarias deter- minadas por acontecimentos relevantes; b) Formalizar adequadamente as ordens de trabalho, agendas e demais documentos de suporte as re nides referidas na alinea a) do presente numero, bem come parilharatempadamente 0s mesmos, 124 DIARIO DA REPUBLICA ©) Refiectir, de forma sucinta e objectiva, as deliberages em actas, de modo a garantir a fun- damentagao das decisses tomadas, bem como reflectir 0 sentido das declaragbes de voto, se requerid @ Garantir que todas as decisdes sto devidamente fundamentadas, € ¢) Dar conhecimento das actas © dos restantes documentos, referidos na alinea b) do presente mimero, a todos os membros recolher a assi- natura das actas de todos os participantes nas reunioes. 4. As Instituigdes podem contratar servigos de consulto- ria independente para auviliar as entidadles ou os éraios com competéncias delegadas, mantendo a responsabilidade pelas fuungdes que thes estao acometidas. 5. Na subcontratagao de servicos para o exercicio de fim- des, ns Instituigbes ever assegurar 0 exacto cumprimento dos objectivos © prineipios de Govemnanga Coxporativa, cemuniciados no presente Aviso, designadamente, no que res- Peita as responsabilidades do Orafo de A dministragao. 6. 0 Orgiio de Administragio deve promover for- inalizagio, divulzagio € revisio peiodica do modelo de Govemnanga Corporativa ei vigor na Insti. 7. Os principios estabelecidos nos niameros anteriores devem ser eonsistentemente aplicados no Grupo Financeiro, comp etindo 4 Empresa-Mae implementar ui sélido modelo de Governanga Corporativa, garantindo: a) Aos seus Staiios socials uma visio completa, verdadeira e actual da sociedade pertencente a0 Grupo Financeiro, bem como das respectivas cstruturas de capital, oranica ¢ fumcional: € b) Uma comecta politica de divulgagao de infor- agao, nos temos dos artigos 24° © 25° do presente Aviso, ARTIGO T* (Modelo de Governanea Corporativa) 1. As Insttuigdes devem definir, implementar ¢, perio- dicamente, rever o seu modelo de Govemanga Corporativa, ‘pelo menos uma vez pot ano, contemplando a estrunura de capital, a estratéxia de newécio, as politicas ¢ processos de sestio do risco, as unidades e estruturas onzinicas € as poli- ticas aplicadas, designadamente: 4) Appolitica de remuneragao; b)A politica de controlo interno; ©) Apolitica de compliance; A politica de transac bes com partes relacionadas € de prevengio de conflitos de interesses, ©) Apolitica de transparéncia e divulzagao de infor= magi, AO Codigo de Conduta: € 2) O canal de demincias. 2.0 Cratto de Administragio € 0 responsivel méximo perante os accionistas, reguladores ¢ outras partes nteressadas 3. O Orato de Administragio deve desenvolver uma cestnitra de Goveranga Corporativa e de risco, que faci= lite a supervisio ¢ contribua para a definigao da cstratégia da Instituigao, a cultura de risco e o apetite a0 risco. 4. A estrutura de Governanga Corporativa deve facilitar « viabilizar avaliagdes independentes da qualidade, preciso « eficacia das atribuigoes de gestao do risco da Instituiga0, relatorios financeiros e conformidacle com a reaulagio. 5. A alteragio do modelo de Governanga Corporativa deve ser comunicada previamente a0 Banco Nacional de Angola, senido necessria wna justificago, co pontode vista prudencial, da razio pela qual a Insttuigo considera que ‘© novo modelo de Governanga Corporativa contribui para uma gestdo mais s8 ¢ prudente, considerando a situagao da Instituigao. ARIIGOS: (Estrtrnde cpitl) 1. As Instituises devem assegurar a transparéacia da sua cestrutura de capital, mediante a identificago dos detentores de participagaes qualificadas, considerando toda a cadeia de centidades a quem a patticipagao € imputada nos termos do ‘ntimero seguinte. 2. No céleulo das participagdes qualificadas devem ser considerados, para além dos respeitantes a patticipagdes directas, os direitos de voto: @) Partencentes @ sociedades que se encontrem em. relagao de dominio ou de grupo com o patici- ante; bj Pertencentes a terceiros, mas por conta do patti- cipante; o) Pertencentes a tereeiros com os quais o participante tenha celebrado acordo para 0 exercicio dos eitos associados, exceptuando os casos em que, pelo mesmo acordo, o participante estiver vinculado a seguir instrugoes do terceiro; A) Pertencentes aos membros dos éraiios sociais do participante, nos casos em que este é uma socie- dade; @) Que possam ser adquiridos pelo participante atra- ‘ves deum acordo previamente celebrado com os respectivos titulares; f Referentes a acces entregues em garantia ao patti- cipante, nos casos em que os direitos de voto the foram atribuidos; 8) Para os quais os tinilares tenham conferido poderes discricionérios de exercicio 20 patticipante, 1 SERIE — N° 19 — DE 28 DE JANEIRO DE 2022, 128 hi Pertencentes a pessoas que tenham celebrado algum acordo com o patticipante de exercicio concertado de influéncia sobre a sociedade par- ticipada; € f) Imputaveis as pessoas referidas nas alineas ante- riores, por aplicagao articulada e conjunta dos criterios nelas descritos. 3. 0 Banco Nacional de Angola pode requererinfor- magao adicional as Institigdes, sempre que considere nao existir transparéncia na titularidade das participagées, desig- nadamente por nao estar identificado o seu beneficiério ultimo, ARTIGO 9° (Esteaégia « Gestao do Rico) 1. 0 modelo de Governanga Corporativa em vigor nas Instituigdes deve permitir a correcta definigao, implemen- tag’o, monitorizagio € revisio do seu Sistema de Controlo Interno, designadamente da estratézia do neaécio, das poli- ticas e dos processos de gestio do risco. 2. As fingoes de gestao relevante deve assegurar que 0 Orgao de Administragao tenha conhecimento, frequente & tempestivo, de questées matcriais relacionadas com a alte- rages na estratégia de negécio, gestio e apetite ao rsco, ARTIGO 10 (Modelo de organszasio) 1. As Institnigdes devem adoptar um modelo de Govenanga Corporativa que melhor se adeque aos proces- 0s organizativos, de gesto correntee derisco da sociedade 2. As Instituigdes devem adoptar uma Comissio Executiva, nos termos da Lei n® 14/21, de 19 de Maio — Lei do Regime Geral das Instituigdes Financeira. 3. O Presidente do Orgio de Administragio nto pode, cumulativamente, desempenhar fungées de Presidente da Comissio Exeentiva e vice-versa 4. 0 Grgto de Administragio deve distribuir pelonros pelos seus membros, resp eitando as regras de segregagao de fungoes de negécio, suporte e centrolo, 5. Os responsaveis pelas fungdes de controlo interio: devem reportar toda a informagio relativa ao desempenho das suas fungbes, directamente ao administrador do pelouro €, Sempre que ocorram situagées, entre outras, susceptivers de afectar a estabilidade financeira da Instituigao, configu- rar riscos de branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo, bem como conflito de interesses, a0 Oruao de Administragao. 6. Sempre que se trate do modelo de organizagao de um Grupo Financeiro, 0 Oraio de Administragao da Empresa- “Mae tem a responsabilidade de assegurar a implementagio © o fimcionamento eficaz de uma estrutura de Governanga Corparativa clara ¢ adequada 4 composigto, actividade ¢ riscos quer do grupo como um todo, quer das Instituigdes dividnalmente consideradas. ARTIGO 11 (Orato de Adinistracio) 1. 0 Orga de Administragio deve ser constituido por tum nitimero impar de membros fixados pelos estatutos da sociedade, englobando, no minio, 1 (um) administrador ndependente, 0 qual exerce a referida fimgao por um man- dato tmnico, no renovavel 2. 0 disposto no niimero anterior nao ¢ aplicivel as instituigSes de importancia sistemica, cujo Orsio de Administragio deve ser constitnido, no minimo, por 3 (trés) Adininistradores Independentes, os quais exercem a refe fungio por um mandato nico, nao renovavel 3. O mimero de membros refetidos nos numeros anterio- res deve ser suficiente, atendendo a dimensio, a natureza, a complexidade ¢ a situagio econémica da Instituigao, a actividade efectivamente exercida, a sua implantaga0 geo- srifica, bem como a disponibilidade para 0 exercicio da fungao, devendo possuir 0 seauinte:

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